Google remove significado impróprio de professora da busca
Plataforma informava que palavra era um sinônimo para prostituta
Muita gente tem o costume de procurar o significado das palavras no dispositivos de buscas do Google. No início da semana, diversos internautas perceberam que a palavra “professora” estava associada à um significado impróprio. A plataforma informava que, no Brasil, professora significava, entre outras coisas “prostitutas com quem adolescentes se iniciam na vida sexual”.
Acontece que a expressão é um “brasileirismo”, ou seja, uma gíria típica de determinada região do país. No passado, a sexualização da profissão, assim como assimilação dela com a iniciação sexual de jovens, realmente acontecia e não apenas em cidades pequenas do Nordeste, como insiste o site do Aurélio, por exemplo. Em filmes mais antigos e na literatura é possível ver exemplos de sexualização de docentes, que costumam ser fetichizadas por adolescentes.
A própria empresa, ao retificar o anúncio, negou que a frase tenha sido escrita por algum usuário mal-intencionado. O Google afirma que seu parceiro - a Oxford University Press - “trabalha com tradicionais editores de dicionário no Brasil, e adota uma abordagem baseada em evidências ao fazer a curadoria do conteúdo”. Porém, após denúncias de diversos usuários e uma investigação referente ao uso da palavra reforçando fetiches e estereótipos já ultrapassados, “estabeleceu que a segunda definição exibida na Busca está em desuso e não é atual o bastante para ser considerada nos resultados”e, por isso, foi removida dos resultados.
Como denunciar significados impróprios ou adulterados no Google
O caso da “professora” no Google gerou muita repercussão e traz um alerta: o que fazer quando encontramos significados impróprios ou incorretos na ferramenta de busca da companhia? Confira abaixo: