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Nesta sexta-feira (4), uma das maiores redes sociais e marcas comerciais do mundo completa 18 anos. Sem dúvidas, o Facebook mudou a forma de utilizar e ver a sociedade digital. O primeiro site foi oficialmente lançado em 4 de fevereiro de 2004 e era chamado de "TheFacebook". A princípio, a plataforma só rodava no campus de Harvard, onde seus criadores estudaram. Todo o código para a criação da plataforma foi feito por Mark Zuckerberg, em seu dormitório da faculdade.
Mark se aliou com Dustin Moskovitz, cofundador e primeiro chefe de tecnologia da plataforma; e com Chris Hughes, porta-voz da empresa até 2008. Sem esquecer do brasileiro Eduardo Saverin, que era chefe financeiro do projeto.
Em 2005, a plataforma começou a se expandir. O site abriu cadastrado para estudantes do ensino médio e retirou o "The" do nome oficial. No final do ano, a plataforma começou a receber postagem de fotos e a possibilidade de marcar os amigos nas imagens.
No ano seguinte (2006), a versão mobile da plataforma foi ao ar. Em setembro do mesmo ano, a função de "feed" foi habilitada, agora os usuários poderiam ver as atualizações de seus amigos, além disso, qualquer pessoa poderia se registrar no site.
Já em 2007, surgiram diversas funções essenciais até hoje, como: Marketplace, postagem de vídeos, páginas de pessoas/empresas/e mais. Além da criação do Facebook Platforms, que vai dividir funções de fotos, vídeos e apps criados por desenvolvedores de um lado, e perfis e postagens de ouro.
E em 2008 se iniciou a internacionalização da plataforma, o que fez o site alavancar de vez. Para o publicitário e docente orientador de Trabalhos de Conclusão do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade de Guarulhos, Fábio Martins, o que é o Facebook teve como diferencial em relação a outras redes sociais foi o fato de reunir em uma única plataforma,todos os anseios de quem pretende ter uma vida digital ativa, sem exigir grande conhecimento de seus usuários. "É uma interface simples, fluida e que permite ao usuário se informar, se comunicar, aprender, se divertir e interagir com um grande número de pessoas", diz Martins.
Em 2014, o Facebook fez sua primeira grande compra do mercado digital. Por 19 bilhões de dólares, Mark Zuckerberg adquiriu o popular "WhatsApp". Porém, antes disso, em 2012, Mark já tinha adquirido o Instagram, plataforma que se tornou um sucesso desde a chegada dos smartphones. "A Meta (Facebook) é uma empresa com enorme capacidade de inovação e que não tem nenhum problema em adequar soluções inovadoras que não tenham saído de suas plataformas. Não têm a vaidade de ser os primeiros, mas, de tornarem acessíveis às grandes ideias a seus usuários", lembra Martins.
"Outro ponto importante é que criamos uma espécie de patrimônio digital no decorrer dos últimos anos. Nossas vivências, amizades e memórias estão contidos nessas redes. Migrar para outra mídia social significa começar do zero e renunciar às suas memórias afetivas, lembranças, comentários 'lacradores', acessos permitidos por meio da plataforma", completa.
Em 2021, a empresa Facebook mudou seu nome para "Meta", mas manteve o nome antigo para sua rede social. O nome é uma alusão ao MetaVerso, uma proposta que visa unir realidade aumentada e virtual. O MetaVerso é a principal ocupação de Mark Zuckerberg, que visa criar uma "realidade virtual'', a qual poderemos fazer tudo da vida real na plataforma por meio de tecnologia. O proessor Martins explica como essa nova tendência chega ao mercado:
"O conceito base do “Metaverso” já havia sido explorado por uma ferramenta chamada “Second Life”, em 2003. Uma excelente ideia que sofreu pela falta de familiaridade das pessoas com o universo digital, a indisponibilidade de equipamentos capazes de permitir uma boa experiência na plataforma, o alto custo do tráfego de dados e as deficiências de infraestrutura. Essa primeira experiência, junto à gamificação, realidade virtual e realidade aumentada, trouxeram, paulatinamente, o cenário ideal para o desenvolvimento do “Metaverso” nesse momento. Algo importante que o Zuckerberg fez foi aproximar o conceito dos usuários e se apropriar do termo", avalia Martins.
"Foi como um marco que apresentou a todos uma nova perspectiva de relacionamento, experiências, aprendizado e comércio de bens e serviços. O mercado já vem criando ferramentas de interatividade em ambiente virtual. Este é um caminho sem volta. O que a Meta fez foi reunir essas ações em um conceito e colocar a empresa no centro dessa revolução. Sinalizou que estão investindo tempo, esforço, dinheiro, pesquisa e capital humano para oferecer a melhor experiência ao usuário e ser o intermediador deste processo para empresas", completa.