'Avatar: Frontiers of Pandora' acerta em sua proposta
Tudo em Pandora é um espetáculo à parte, desde as vegetações, vida animal, água e efeitos de luzes
A franquia de filmes “Avatar”, do cineasta canadense James Cameron, se consolidou em 2010, como uma das maiores experiências 3D do cinema, seja pelos efeitos especiais ou pelo enredo envolvente. A aguardada sequência “O Caminho da Água” estreou nas telinhas em 2022 e, em dezembro, o game “Avatar: Frontiers of Pandora” foi lançado pela Ubisoft, com a promessa de expandir este universo e agradar os jogadores que são fãs da saga. O LeiaJá pode testar o título na versão de Playstation 5.
O jogador assume o controle de um Na’Vi (nome da raça que habita o planeta Pandora), que pertence a um grupo de crianças que foram sequestradas por uma equipe de humanos e afastados de suas culturas. O título se passa após os eventos do primeiro filme, quando Jake Sully domina a criatura lendária Toruk Makto e expulsa a grande maioria dos seres humanos de Pandora.
Após esses acontecimentos, o grupo de crianças é colocado para hibernar por 17 anos e o game se inicia no momento em que eles acordam. O protagonista se trata de um personagem criado pelo próprio jogador, onde é possível definir detalhes do rosto, proporção do corpo e sexo. A princípio, será preciso fugir das ruínas de uma base, mas não demora muito para que o título introduza um vasto mundo aberto.
Um dos grandes acertos de “Frontiers of Pandora” é o seu visual deslumbrante, que consegue transmitir com fidelidade os cenários vistos nos filmes de James Cameron. Tudo em Pandora é um espetáculo à parte, desde as vegetações, vida animal, água e efeitos de luzes, que conseguem impressionar tanto no modo gráfico, quanto no modo desempenho.
Vale destacar que assim como em outros títulos da Ubisoft, este também conta com inúmeras tarefas secundárias distribuídas pelo vasto mapa, que buscam estender o tempo de duração do game. Contudo, essas missões tendem a ficar repetitivas após serem realizadas diversas vezes. Outro problema é que a narrativa do game se desenvolve de uma maneira lenta, o que torna a parte inicial bastante arrastada.
Além de uma skin de Far Cry
Logo quando foi anunciado, muitos jogadores se questionaram se “Frontiers of Pandora” seria apenas um game de “Avatar” com a estrutura de “Far Cry” (outra franquia famosa da Ubisoft). Muito disso foi validado com o gameplay em primeira pessoa e também pelo combate. Porém, existem diversos recursos que tornam o game bem único.
Da mesma maneira que é mostrado nos filmes, os Na’Vis são seres com o dobro de tamanho dos humanos e essa proporção é visível durante o gameplay. Outra característica, é o sentido Na’Vi, que funciona como uma espécie de bússola e serve para indicar a direção dos objetivos. O ponto fraco, é que este radar é bastante impreciso e pode deixar o jogador confuso em diversos momentos.
Para se locomover no mapa, o jogador também contará com um Ikran (uma criatura alada) que servirá como principal meio de transporte ao longo da jornada. Também é possível utilizar outras montarias, ao se aproximar com calma de alguns animais selvagens e domá-los.
Assim como em Far Cry, também é possível caçar animais selvagens para recolher alimentos e outros recursos. Mas, caso o jogador abuse demais desta matança, ele será punido pelo planeta Pandora, sendo impedido de utilizar montarias ou o sentido Na’Vi por um tempo de um minuto.
Combate repetitivo
A maior falha de “Frontiers of Pandora” é a pouca diversidade de inimigos, que torna o combate repetitivo a longo prazo. Durante a maior parte da aventura, o jogador terá que lidar com alguns inimigos de armaduras, que possuem aproximadamente quatro variações.
Outro ponto que pode desagradar alguns jogadores, são os níveis de dificuldades, que não oferecem um desafio real, já que apenas aumentam artificialmente a resistência dos inimigos e reduz a quantidade de dano que o personagem pode receber.
‘Avatar: Frontiers of Pandora’ é um game que consegue oferecer uma experiência bastante sólida, que deve agradar principalmente os fãs da franquia de filmes. Com um visual rico, o título é bem sucedido em fazer o jogador se sentir um verdadeiro Na’Vi, por outro lado, a jornada cai em algumas repetições durante o percurso. O título está disponível para Playstation 5 e Xbox Series X/S e por R$329,90; e PC por R$299,99.
Colaboração de Alfredo Carvalho para o LeiaJá