Dicas para sair da "falência"

Especialista diz o que causa a quebra das empresas e dá dicas de superação

por Nathan Santos dom, 06/05/2012 - 16:04
Nathan Santos/LeiaJáImagens Bolso falido é sinal de falta de planejamento financeiro Nathan Santos/LeiaJáImagens

Uma pessoa junta uma boa quantia de dinheiro e investe em um empreendimento. Obviamente, o pensamento do indivíduo é ter sucesso com o negócio, e esse sucesso deve produzir lucros. Todavia, não são todos os empreendimentos que dão certo. De acordo com um estudo realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), sete em cada dez empresas sobrevivem no Brasil após dois anos de abertura. As três que ficam á margem dos bons resultados, são as chamadas empresas falidas.

Então, será que quando um empresário chega no “vermelho” e entra de vez na falência é o fim da sua carreira empreendedora? Não! Ainda existe esperança, e a situação pode ser contornada, segundo especialistas.



O que diz quem entende do assunto



O analista de orientação empresarial do Sebrae em Pernambuco, Luiz Nogueira (foto à esquerda), diz que existem algumas ações mal feitas que resultam na falência das empresas. O planejamento é o principal delas. “Grande parte dos erros está ligado ao planejamento que deve ser feito antes da abertura das empresas e muitos empresários não o fazem”, comenta.



O planejamento deve abordar alguns aspectos. “É preciso identificar quem são os seus concorrentes. É fundamental, também,  calcular o capital financeiro, para que no futuro não ocorra a ausência dele”, explica.

O empreendedor também tem que atentar para as necessidades do mercado e não pensar na sua própria necessidade ou gosto. “Um erro é pensar apenas no próprio gosto. O correto é pensar na necessidade do mercado. É o mercado que viabiliza o negócio”, alerta Nogueira.



As soluções - Luiz Nogueira afirma que existem saídas para a falência. Uma delas é gerir todos os pontos da empresa. “É descobrir o que está ruim para corrigir. Os empresários têm que ter noção do tamanho da crise, e aí eles devem pensar numa forma de solucionar de vez o problema e nunca amenizar”, diz o analista.

Para que o empreendimento “saia do buraco” um empréstimo pode ser a solução. Entretanto, o valor tem que ser usado em ações que solucionem de vez o problema. “O dinheiro tem que comprar algo ou servir como investimento que traga bons resultados. Esse investimento deve ser feito para corrigir o principal causador da falência e daí em diante deve ser projetado como o lucro pode voltar a brotar na empresa”, esclarece Nogueira.

E quem está sujo no mercado financeiro, como deve proceder?



Para quem não pode pedir empréstimos a situação é mais complicada. Mas, por incrível que pareça ainda existe solução. O analista do Sebrae tem uma história que ilustra bem essa situação. “Um empresário que começou como feirante virou um grande distribuidor de alimentos para supermercados. Depois de um tempo ele teve vários problemas e a empresa faliu. Os problemas se agravaram, pois ele ficou sujo no mercado, e já não sabia mais o que fazer”, conta o analista. A principal orientação nesses casos é voltar para onde tudo começou.



“A solução foi o empresário voltar para a humilde feira onde ele era apenas mais um feirante. Assim ele poderá fazer um novo planejamento e criar meio para lucrar novamente. O negócio sempre tem que produzido pensando nos lucros”, orienta Nogueira.



Então, para a falência não atingir a sua empresa, é fundamental planeja e saber as suas possibilidades. Outra orientação é ter cuidado sobre quem vai pagar pelos investimentos, podendo ser sócios, bancos, ou até mesmo o próprio empresário. Contudo, independentemente do investidor, o negócio deve ser pensado em paralelo com os lucros. E essa análise tem que ser feita mensalmente nas empresas, para avaliação dos bons e maus resultados.  

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