Português Joel Calderon/LeiaJá Imagens

Continuando com nossa série de reportagens sobre as matérias que fazem parte dos vestibulares das concorridas universidades públicas de Pernambuco, chegou a hora dos estudantes darem uma conferida nos assuntos de Português.

Nosso idioma oficial, português não parece trazer tantas facilidades para os feras. Mas na prática é diferente. A aluna Ana Paula Souza, 21, estudante de pré-vestibular, afirma ter uma grande paixão por matemática, já pelo português ela diz que existe uma certa dificuldade em seguir tantas regras exigidas pela gramática. “Nós convivemos com o português todas as horas, falar português é fácil, as coisas se dificultam quando vamos passar para o papel. E quando chega na hora do vestibular as coisas só pioram, já que notamos uma grande fluxo de perguntas que envolvem crase e variedades nas conjugações de verbos irregulares”, garante.

A professora de português, Karolina Ferreira, 24, afirma que existe uma grande divisão dentro do português que acaba por dificultar a vida dos estudantes. “Há uma polêmica antiga entre gramáticos e linguísticos, os primeiros defendem a obrigatoriedade de falarmos de acordo com as regras gramaticais determinadas. Já os linguísticos, pensam que o português vai além da gramática, e estes são a favor de que se leve em conta as necessidades impostas pela comunicação”.

De acordo com a professora, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que vale como primeira fase no vestibular da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e como única fase para ingresso na UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco), envolve uma grande diversidade de assuntos, porém se preocupa mais com o perfil linguístico. “CRAOs assuntos que mais caem são os gêneros textuais, os alunos precisam saber sobre tipos de linguagem, não julgando a forma correta ou incorreta, mas julgando se o exemplo é informal, formal, regional e assim por diante”.

Nos vestibulares tradicionais, que envolvem mais o lado gramatical, como o da UPE, Karolina Ferreira explica que os assuntos que são mais propícios a caírem na prova são: regência, interpretação de texto, concordância verbal e nominal, vocabulário, crase, orações subordinadas e ordenadas, conectivos, preposições e crases.

Já na UFPE, que tem como primeira fase o Enem, aplica em sua segunda fase, para todos os grupos exceto o grupo 2, duas perguntas discursivas que frequentemente giram em torno de aspectos linguísticos, textuais e discursivos presentes em passagens da imprensa escrita ou em tiras, cartuns, gráficos e outros gêneros das linguagens do cotidiano. Já para o grupo 2 é aplicado uma prova envolvendo questões que variam entre gramática e linguística.

Para os feras não se prejudicarem basta fazer igual a estudante de pré-vestibular Marcela Mendes, 28, que pretende ser médica veterinária. "Para mim linguística e gramática são bastante importantes, divido o tempo igualmente entre as duas e acho que uma pode vir a complementar a outra na hora da prova", completa.