Greve continua e professores fazem passeata
Saídos da Assembleia Legislativa, a categoria fez do Colégio Central a nova base do movimento e saiu pra protestar em avenidas de Salvador
Por Diogo de Oliveira
Na manhã desta terça-feira (24) os professores do estado da Bahia decidiram permanecer em greve e fizeram o primeiro ato público depois de serem expulsos da Assembleia Legislativa. A assembleia geral ocorreu com cerca de 500 professores no Colégio Central, na avenida Joana Angélica, em Salvador. O ato público foi uma passeata que saiu do colégio e fez o percurso até o Campo Grande, provocando congestionamento no trânsito, segundo a Superintendência de Transporte e Trânsito (Transalvador).
A assembleia geral foi marcada por agitação, falas dos representantes e divergência entre a categoria. O presidente do Sindicato dos Professores e Letrados (APLB), Rui Oliveira, explicou o motivo de ter concordado em sair da Assembleia Legislativa: “foi para não descumprir uma ação judicial e ser preso”. A divergência está tanto em falas individuais de alguns professores, como no processo de votação. Na assembleia, alguns professores se posicionaram contra a permanência da greve e foram vaiados pela grande maioria. Ainda foi decidido que a diretora do setor jurídico da APLB, Marilene Betros, e o diretor, Claudemir Nonato, permanecem como representantes do movimento.
A manifestação de rua que marcou esse momento pode ser um indicativo do caráter das medidas que os professores irão adotar. Por enquanto, a única deliberação foi a manutenção do processo de greve.