Desemprego na UE é o maior em 17 anos, diz relatório
A taxa de desemprego na zona do euro está no maior nível em mais de 17 anos, segundo relatório do Banco Mundial (Bird, na sigla em inglês) divulgado nesta segunda-feira (1). Segundo a instituição, 18,19 milhões de pessoas estavam sem ocupação em agosto deste ano, o equivalente a uma taxa de 11,4% de desemprego, o patamar mais elevado registrado na região desde que os dados passaram a ser compilados, em janeiro de 1995.
Esse problema, diz o documento, é ainda mais grave para os cidadãos que estão ingressando no mercado de trabalho. "Mais de 620 milhões de jovens não estão trabalhando nem estudando", apontou Martin Rama, diretor do Relatório de Desenvolvimento Mundial 2013, produzido pelo Banco Mundial. "Apenas para manter as taxas de emprego constantes, o número de postos de trabalho (no mundo) terá de aumentar ao redor de 600 milhões num período de 15 anos", estima Rama.
Para o Banco Mundial, o setor privado é fundamental para viabilizar o crescimento dos países, uma vez que é responsável pela geração de 90% dos empregos no mundo. "Um bom emprego pode mudar a vida de uma pessoa e empregos corretos podem transformar sociedades inteiras. Os governos precisam mover os empregos para o foco central a fim de promover prosperidade e combater a pobreza", recomenda o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim.
Para ele, é imprescindível que seja estimulada a expansão de pequenas empresas no setor urbano e o aumento da produção agrícola. "Os governos têm um papel central para fomentar o ambiente de negócios e fortalecer a demanda por trabalho", ressaltou o economista-chefe do Banco Mundial, Kaushik Basu.