Quando as crianças vão para a escola
Início da vida escolar é fundamental para o desenvolvimento dos pequenos
Antes do ensino médio ou da entrada na universidade, e, até mesmo, antes da alfabetização. O início da formação escolar é repleto de valor, mas não apenas para o início da vida escolar das crianças, e sim também para a formação delas como cidadãos.
Todavia, nem sempre é fácil tirar os filhos do ambiente familiar e inserí-los na escola. Pais sofrem com a separação, e os pequenos de saudade. Porém, para Ana Lúcia Toledo, mãe dos gêmeos Nícolas e Luna, ambos de sobrenomes Toledo Moreira, e de quatro anos de idade, esta experiência não foi tão difícil. “Eles entraram na escola com dois anos e quatro meses. Para mim não foi tão difícil, porque eu tinha outra filha mais velha e vivi essa experiência antes. A criança começa a criar outras necessidades além do ambiente familiar, e por isso a escola é tão importante”, conta.
Ana Lúcia destaca que o processo de socialização também é um papel da escola, que faz com que as crianças comecem a entender como é fundamental conviver com outras pessoas. “A criança tem que entender que ela não é única no mundo. Luna era mais retraída do que Nícolas, e após a o início na escola, ela teve uma mudança muito grande e hoje é muito comunicativa”, relata.
Momento certo
De acordo com a psicopedagoga Janaína Soares, que também é coordenadora do maternal da Escola Madre de Deus, localizada no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, existe um momento ideal para que as crianças entrem na escola. “Nosso mundo é tão globalizado que a idade ideal para uma criança ingressar na escola é partir de quando ela começa a andar. A vida escolar ajuda a desenvolver a coordenação motora”, explana a educadora. “Existem prioridades no início da vida escolar, que são a coordenação motora, socialização, autonomia e vocabulário”, completa Janaína.
No processo de ajuda a habilidade motora dos pequenos estudantes, a psicopedagoga conta que na própria escola são realizadas atividades que ajudam as crianças nos primeiros passos. São obstáculos colocados em percursos perante os meninos, e, assim, eles podem passar por eles usando a maneira correta de se movimentar.
Apesar de todo esse aparato que as escolas devem oferecer, nem todas as crianças conseguem se desenvolver bem. De acordo com Janaína, cerca de 15% dos alunos têm mais dificuldades. Esses recebem atendimentos individuais. “A gente observa que são crianças que em casa são super protegidas e que não tem autonomia na ambiente escolar”.
Os educadores também precisam mostrar que a escola não é um ambiente de brincadeiras. “Nós dizemos que brinquedos são materiais, porque na escola a gente não brinca, e sim trabalhamos. Já começamos a desenvolver nos alunos a vontade de fazer atividades do dia a dia, mas é claro que existem os momentos de mais descontração”, diz a psicopedagoga.