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O Ministério da Educação (MEC) divulga no Diário Oficial da União (DOU) o valor do piso salarial profissional nacional do magistério público da educação básica a ser pago no exercício de 2024, que será de R$ 4.580,57. O novo piso representa um reajuste de 3,62% em relação ao valor do ano passado, fixado em R$ R$ 4.420,55.

A portaria do MEC, publicada em edição extra do Diário Oficial desta quarta-feira, 31, já está em vigor e tem com efeitos financeiros a partir de 1º de janeiro de 2024.

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O piso nacional da categoria, que é reajustado anualmente, sempre em janeiro, é o valor mínimo que deve ser pago aos professores do magistério público da educação básica, em início de carreira, para a jornada de, no máximo, 40 horas semanais. Previsto na Constituição Federal e na Lei de Diretrizes e Base da Educação (LDB), o piso foi regulamentado pela Lei 11.738/2008.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) realiza processo seletivo para elaboradores e revisores de itens do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2024. Os professores interessados devem se inscrever pelo Sistema BNI até 9 de fevereiro.

Serão selecionados docentes de cursos de nível superior em licenciatura das seguintes áreas: artes visuais; ciências biológicas; ciências sociais; computação; educação física; filosofia; física; geografia; história; letras (português, inglês e espanhol); matemática; música; pedagogia; e química.

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Para participar da seleção, é necessário ter diploma de conclusão de curso de graduação de nível superior e exercer ou ter exercido atividade docente nos últimos 24 meses, no curso para o qual pretende se inscrever.

É preciso, ainda, comprovar o vínculo com a instituição na qual trabalha por meio da Declaração de Exercício de Atividade Docente, além de outros documentos comprobatórios. A experiência como professor de educação básica também contará como pontuação para a classificação.

O colaborador será considerado apto somente após a capacitação, que será entre março e abril. As dúvidas sobre o processo de seleção podem ser enviadas para o e-mail bnienade@inep.gov.br. Veja o edital.

Remuneração

O valor a ser pago pelas atividades será de até R$ 500 por item elaborado e de até R$ 200,00 por item revisado, desde que aprovados para compor o Banco Nacional de Itens (BNI).

Banco Nacional de Itens

O BNI armazena itens com qualidade técnica para a montagem das provas aplicadas pelo Inep, incluindo o Enade. O objetivo é subsidiar provas capazes de estimar com maior precisão a proficiência dos estudantes com relação a conteúdos programáticos, habilidades e competências previstos nas Diretrizes Curriculares Nacionais dos respectivos cursos de graduação.

Da Agência GOV

A empresa Edify Education, que promove soluções educacionais em inglês com tecnologia, está com vagas abertas para professores de inglês nas suas escolas parceiras. As vagas são para o município de Petrolina, no sertão de Pernambuco. 

Os interessados devem ter licenciatura em letras ou pedagogia para se candidatar, além de inglês avançado. A experiência em escolas regulares e com educação bilíngue não é obrigatória, mas é desejável.

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Os profissionais contratados terão que cumprir uma jornada presencial, com remuneração “de acordo com o mercado”. As inscrições devem ser feitas pela página da Gupy da firma.

A vaga dá direito a formação contínua e personalizada, mentoria individual para desenvolvimento profissional, acesso a uma plataforma gratuita e exclusiva para desenvolvimento linguístico, certificação, acesso a uma comunidade de professores de inglês para trocas e networking, plataforma exclusiva para planejamento de aulas e outros.

O prefeito do Recife João Campos (PSB) anunciou, na última segunda-feira (4), a nomeação de um mil novos professores aprovados no concurso público da Secretaria municipal de Educação. Os nomeados vão compor o quadro de Professor I, da Educação Infantil e Anos Iniciais, e Professor II (Anos Finais) já no ano letivo de 2024.

De acordo com a gestão municipal, a listagem com todos os nomes está disponível no site do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe) e no Diário Oficial do Recife nesta terça-feira (5). Nas redes sociais, João Campos, ao lado do secretário municipal de Educação, Fred Amâncio, afirmou que este é "o maior ato de nomeação da história". 

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Confira a publicação:

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A Prefeitura do Recife (PCR) homologou e divulgou, nesta terça-feira (21), o resultado final do concurso para professor da Rede Municipal de Ensino do Recife. A previsão é que a nomeação dos mil professores aprovados no concurso seja realizada na próxima semana.

Do total de profissionais que serão nomeados, 800 são para Professor I (Educação Infantil e Anos Iniciais) e 200 para Professor II (Anos Finais), nas disciplinas de Artes, Ciências, Educação Física, Geografia, História, Língua Inglesa, Língua Portuguesa e Matemática.

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Os novos professores começam a tomar posse ainda este ano e serão lotados - além das unidades de ensino já existentes - nas novas escolas e creches que estão sendo construídas. Os docentes assumirão as salas de aulas no início do ano letivo de 2024.

“Hoje é um dia histórico para a educação. Estamos assinando a homologação do maior concurso da história de professores do Recife. São mil vagas de professores e professoras que agora estão devidamente homologadas. O resultado vai ser divulgado e a gente já vai fazer a nomeação a partir da semana que vem. Aqui não tem a história de homologar o concurso e sabe lá quando vai chamar”, destacou o prefeito João Campos.

Após a nomeação, os aprovados darão início à entrega dos documentos, que são RG; CPF; Certidão de regularização da situação cadastral no CPF; Título de eleitor; Certidão de quitação eleitoral; Captura de tela da página de qualificação cadastral no eSocial; Comprovante de inscrição do PIS/PASEP; Certidão de nascimento e Declaração de união estável (se houver) ou Certidão de Casamento; Laudo médico com CID (se PCD); Certificado de reservista (homens); Comprovante de residência atualizado de até 90 dias; Cópia do cartão do Banco Bradesco ou do Comprovante de abertura de conta; Comprovante de escolaridade, conforme exigido no edital.

Os aprovados ainda precisam apresentar as seguintes certidões: Certidão Negativa de Atos de Improbidade Administrativa e Inelegibilidade; Certidão Negativa de Crimes Eleitorais - TSE; Certidão Negativa de Antecedentes Criminais - Polícia Federal; Certidão Negativa de Antecedentes Criminais Federal - Justiça Federal; Certidão Negativa de Antecedentes Criminais Estadual – SDS/PE (ou do Estado onde residiu nos últimos 5 anos); e Certidão Negativa de Antecedentes Criminais - TJPE.

Alguns exames também precisam ser entregues no momento da comprovação dos doumentos: hemograma completo; glicemia de jejum; exame de urina tipo I (rotina EAS); exame psiquiátrico com laudo (emitido por psiquiatra com RQE); audiometria; videolaringoscopia (com laudo e fotos); e laudo oftalmológico constando obrigatoriamente acuidade visual, detalhado em valores para ambos os olhos, conforme escala de snellen.

“Estamos muito contentes em dar mais esse passo tão importante para a nossa educação da cidade do Recife. Esses são os profissionais que chegam para somar e serem os principais condutores no processo de ensino-aprendizagem de nossas crianças e jovens da Rede Municipal. O concurso para mil professores foi um compromisso do prefeito João Campos para fortalecer a educação do Recife e que agora se concretiza com a homologação e, na sequência, com a nomeação desses novos profissionais.”, celebrou o secretário de Educação do Recife, Fred Amancio.

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), Manuel Palácios, informou, durante coletiva do balanço preliminar do segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, neste domingo (12), que será aberto, em janeiro de 2024, um edital de seleção para novos elaboradores de questões e confecção das provas. 

A informação foi dada após questionamentos devido à anulação de uma questão de matemática da avaliação. A justificativa dada foi a falta de ineditismo, tendo em vista que a questão já havia sido aplicada no Enem de Pessoas Privadas de Liberdade (PPL), em 2010

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O edital abrirá vagas para elaboradores e revisores de itens. “Nós vamos fazer um esforço mais significativo de mobilização das nossas universidades e das coordenações pedagógicas das diferentes secretarias de educação”, declarou Palácios.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) terá que esclarecer um discurso onde comparou professores a traficantes de drogas. O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Kássio Nunes Marques, deu 15 dias para que o filho do ex-presidente se manifeste a respeito do ação da deputada Luciene Cavalcante (PSOL).

"Além de ser uma fala ABSURDA, é uma violação expressa da nossa Constituição por um legislador, o que agrava o caso. Professores devem ter liberdade de cátedra garantida, bem como zelar pelos direitos humanos e estimular a tolerância e o respeito à diversidade e liberdade individuais. O que eles chamam de "doutrinadores" são professores que cumprem o seu papel de educar cidadãos para viverem coletivamente com respeito, harmonia, saúde e segurança", postou a deputada no Instagram.

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"Não à toa vemos casos de violências nas escolas aumentarem, como ocorreu em Sapopemba na semana passada. A constante perseguição a que profissionais da educação defensores dos direitos humanos estão submetidos devido à crescente cultura do medo e pânico moral também tem gerado adoecimentos, demissões e precarizado a educação. Toda a comunidade escolar perde com essa triste situação", finalizou Luciene.

O que ele disse?

Em Julho, em evento realizado pelo grupo Pró Armas em Brasília, Eduardo Bolsonaro declarou que "não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar e levar os nossos filhos para o mundo do crime".

Outra ação

Esta mesma fala do deputado é alvo de outra ação da Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (APUFPR). A entidade, que representa quatro mil servidores da UFPR quer que o parlamentar pague uma indenização de R$ 20 mil por docente.

A Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (APUFPR) entrou com um processo, no dia 17 de outubro, contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A entidade, que representa quatro mil servidores da UFPR quer que o parlamentar pague uma indenização de R$ 20 mil por docente por comparar professores a traficantes, em um ato pró-armas realizado em Brasília, em julho deste ano.

Encostado na bandeira do Estado do Paraná que estava enrolada em um trio elétrico, Eduardo Bolsonaro disse, em um ato pró-armas realizado no dia 9 de julho, que não haveria diferenças entre traficantes de drogas e "professores doutrinadores".

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"Não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar e levar os nosso filhos para o mundo do crime. Talvez até o professor doutrinador seja ainda pior", disse Eduardo.

 

Valor de indenizações pedidas soma R$ 80 milhões

Somados os quatro mil professores representados, a indenização paga pelo deputado seria de R$ 80 milhões. Nas eleições do ano passado, Eduardo Bolsonaro declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um patrimônio de R$ 1,76 milhão. Além da fortuna em reparações, a associação de docentes também exige que o parlamentar faça uma representação pública nos principais meios de comunicação do País.

Segundo o advogado Daniel Godoy Junior, que representa a associação no processo, o valor pedido para a indenização aos associados é "uma referência", e o juiz que julgar o processo deverá fixar um valor de reparação aos profissionais da universidade paranaense.

A União também é responsabilizada pelas falas do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo a ação, o Estado seria responsável pelos danos causados por funcionários públicos. O desejo da ação movida pela APUFPR é que o poder público pague, junto ao parlamentar, o montante indenizatório de R$ 20 mil a cada um dos professores.

De acordo com Daniel Godoy, as falas de Bolsonaro lesaram diretamente o direito à honra dos servidores da UFPR. além de incentivar o ódio e contribuir para uma "atmosfera de hostilidade contra professores, especialmente entre grupos inclinados ao radicalismo e ao uso de armas para resolver conflitos".

"Nesse contexto, tendo em mente malferir diretamente a dignidade da pessoa humana consubstanciada como Princípio Fundamental do Estado Democrático de Direito, expõe-se que a conduta perpetrada pelo Agente Público Eduardo Nantes Bolsonaro lesou o direito à honra - direito de personalidade constitucionalmente garantido - de cada professor filiado à APUFPR", afirma o advogado.

Em assembleia da Associação de Docentes da Universidade de São Paulo (Adusp), realizada na noite desta quinta-feira (5), os professores da USP decidiram manter a paralisação da categoria até a próxima terça-feira (10), quando devem se reunir novamente para deliberar como devem seguir no movimento.

Com a decisão de manter os braços cruzados, os professores continuam acompanhando os estudantes na greve estudantil, deflagrada há mais de duas semanas. As principais reivindicações dos manifestantes, que marcharam na Avenida Paulista nesta quinta, são a contratação de novos docentes e a melhoria na política de permanência estudantil.

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Conforme o Estadão mostrou, a universidade perdeu 800 professores nos últimos dez anos. Como a reposição da categoria não acompanha a quantidade de alunos, os estudantes de algumas faculdades precisam se juntar com outras turmas para acompanhar as aulas, e disciplinas correm o risco de deixar de serem oferecidas em virtude da ausência de profissionais para lecioná-las.

A greve ganhou adesão na última semana, com a inclusão de faculdades como Poli, Medicina e unidades da USP de outras cidades. Os grevistas têm feito barricadas nas faculdades, controlado acesso e, segundo professores, barrado a entrada de docentes no interior dos prédios. Os alunos entendem que esta é a única forma de impedir que a greve não seja desrespeitada com a retomada de aulas.

Uma negociação na quarta (4), entre os manifestantes e reitoria da USP avançou para um acordo entre as partes, com a proposta de abertura de mais 148 vagas para contratação de professores, número que corresponde à quantidade de profissionais aposentados em 2022. Entretanto, os estudantes resolveram manter a greve por entender que ainda há pautas que precisam ser atendidas. Uma nova reunião com a reitoria está agendada para a próxima segunda, 9.

O mesmo foi interpretado pelos docentes da Adusp nesta quinta. A categoria reconhece os avanços nas negociações, mas entende que ainda há possibilidades de mais progressos. Entre eles, a "reposição automática de cargos vagos em função de mortes, aposentadorias ou exonerações e às políticas de permanência estudantil", conforme afirma a nota divulgada pela Adusp.

Não são todos os professores que são à favor da paralisação das atividades. Docentes da Faculdade de Direito do Largo São Francisco divulgaram nesta quinta uma carta dizendo que não há mais possibilidade de negociação com os estudantes grevistas e que as aulas voltarão em formato online.

"A 'greve' não é dos professores. As aulas não serão repostas. Haverá perda do semestre para aqueles que não voltarem às atividades. Provavelmente, isso poderá causar prejuízos a todos e, mais imediatamente, àqueles que deveriam colar grau no final do ano", disse o diretor da São Francisco, Celso Fernandes Campilongo. "As aulas prosseguirão de modo virtual (online), para os professores que assim desejarem fazer", completou.

O professor da Escola de Comunicação e Artes (ECA) e ex-presidente do centro acadêmico da São Francisco, Eugênio Bucci, afirmou em artigo publicado nesta quinta no Estadão que as reivindicações dos grevistas já foram atendidas, com a contratação de mais professores e aumento das bolsas para estudantes vulneráveis, e entende que não há razão para o movimento atual.

"Os piquetes, organizados pela minoria da minoria, amontoando cadeiras escolares para bloquear portas e corredores das faculdades, ofendem a comunidade e rendem fotografias impactantes, que só servem para abastecer o discurso contrário à vida intelectual, à ciência e às artes", diz Bucci. "A história está cheia de jornadas de lutas estudantis que nos orgulham. Não é o caso da presente greve, é óbvio. Ela não nos orgulha", completou o professor.

Os Programas Profissionais para Professores da Educação Básica (Prof/ProEB), ligados à Capes, abrem  4,7 mil vagas de mestrado para professores. Esta chamada conta com oportunidades nas áreas de Artes (301), Biologia (330), Física (710), História (672), Letras (721), Matemática (1,8 mil) e Química (252). Todos os editais estão disponíveis para consulta nas páginas do programa. Cada seletiva segue um cronograma específico.

Os candidatos selecionados deverão começar as atividades no primeiro semestre de 2024. Ao todo, há 12 programas de mestrado e um de doutorado, em História. Além dos mestrados mencionados, a iniciativa inclui  vagas para Educação Física, Educação Inclusiva, Filosofia, Geografia e Sociologia.

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Estudantes em greve da Universidade de São Paulo (USP) e representantes da reitoria reuniram-se nesta quinta-feira (28) para discutir a pauta de reivindicações dos alunos. O encontro, o segundo  desde o início da mobilização dos estudantes, durou mais de duas horas, mas terminou sem acordo.

Segundo a reitoria, os estudantes apresentaram 12 reivindicações. “A contratação de docentes, o primeiro ponto da pauta, começou a ser debatida na mesa, mas ainda sem conclusão”, disse a reitoria, em nota. Uma nova reunião foi marcada para a próxima quarta-feira (4).

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As demandas estudantis estão focadas principalmente na contratação de docentes e na reativação do gatilho automático que liberava a contratação de um professor para substituir um outro em caso de aposentadoria, exoneração ou morte. Eles pedem ainda o aumento das bolsas para permanência na universidade e melhorias no acesso dos indígenas na instituição.

Segundo a Associação de Docentes da Universidade de São Paulo (Adusp), a instituição de ensino, que contava com cerca de seis mil professores em 2014, agora em 2023, tem cerca de 4,9 mil.

“Nós estamos diante de uma greve importante, que tem crescido um dia após o outro, com várias demandas. Há cursos correndo risco real de fechar por falta de professores. Eu sou da faculdade de Letras e temos a situação aqui em que o curso de coreano, a partir do ano que vem, não vai mais ter entrada de alunos”, disse a estudante de Letras, Mandi Coelho, uma das alunas que participou da reunião com a reitoria.

Além dos alunos em greve, os professores aprovaram em assembleia, na última terça-feira (26), iniciar uma paralisação até a próxima segunda-feira, quando irão votar o início de uma greve em apoio aos estudantes. Professores de cinco unidades de ensino da universidade aderiram ao movimento: Instituto de Matemática e Estatística (IME); Faculdade de Educação; Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH); Instituto de Psicologia; e Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas (FFLCH).

Levantamento divulgado pela Associação de Docentes da Universidade de São Paulo mostra que - no período de 2014 até agosto de 2023 - o corpo docente da USP encolheu 17,5% – de aproximadamente seis mil professores para 4,9 mil. 

Já no período de 1995 a 2022, ainda segundo a entidade, o número de cursos de graduação cresceu cerca de 150%; as vagas na graduação aumentaram mais de 60%; o número de estudantes matriculados na graduação cresceu 80% e, na pós-graduação, 50%; e os títulos de mestrado e doutorado cresceram mais de 100%.

“No entanto, o número de docentes cresceu apenas 2% e de técnico (a)s-administrativos decresceu em 15% em relação a 1995”, diz balanço da entidade.

Segundo a presidenta da Adusp, a professora Michele Schultz, as cerca de 800 contratações de professores anunciadas pela reitoria não suprem a necessidade da instituição. “Continua havendo perdas, as pessoas continuam morrendo, se aposentando, sendo desligadas por exoneração ou outro motivo. Desde janeiro de 2022, segundo o nosso levantamento, 305 professores deixaram a universidade”, disse.

Pauta primordial

Em nota divulgada ontem (27), a reitoria da USP disse que tem como pauta primordial a contratação de novos docentes e que já garantiu a distribuição de 879 cargos a todas as unidades de ensino e pesquisa da universidade. 

“Importante destacar que o quadro atual de arrecadação do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) impõe responsabilidade e atenção com o que foi previsto nessa alínea do orçamento”, acrescenta a nota.

A reitoria disse ainda que as faculdades e escolas podem, caso necessitem, solicitar cargos para a contratação de docentes temporários “para amenizar a morosidade encontrada na execução dos concursos”.

O Sesc Pernambuco abriu processo seletivo com 12 vagas para profissionais na área de educação. Os interessados têm até às 15h do dia 2 de outubro para se inscrever pelo siteAs oportunidades estão nos municípios de Araripina, Arcoverde, Belo Jardim, Caruaru, Garanhuns, Goiana, Recife, São Lourenço da Mata e Surubim.

As vagas disponíveis são para os cargos de assistente I – apoio escolar infantojuvenil, auxiliar de atividades pedagógicas, professor I – educador infantil, séries iniciais do ensino fundamental e EJA, professor II – séries finais do ensino fundamental e ensino médio – matemática. Mais informações estão disponíveis na página do processo seletivo.

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Um estudante de 14 anos esfaqueou ao menos cinco pessoas, incluindo alunos e professores, em uma escola secundária em Jerez de la Frontera, no sul da Espanha, informou a polícia local nesta quinta-feira (28).

Segundo as autoridades, o ataque deflagrado no colégio Elena García Armada ocorreu por volta das 8h25 (horário local). O menor foi detido após cometer a agressão.

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A polícia revelou que uma testemunha ligou para a delegacia local para informar que uma pessoa armada agredia alunos e professores da instituição. O jovem, aluno do oitavo ano, portava duas facas e atingiu três professores e dois estudantes, que foram levados para diferentes hospitais.

De acordo com relatos, todos sofreram ferimentos de "gravidade variável". Até o momento, a motivação do ataque ainda não foi identificada.

A ministra da Educação da Espanha, Pilar Alegría, anunciou que está em contato com as autoridades da escola e manifestou o seu apoio, assim como os sindicatos escolares, que ressaltaram a necessidade de "implementar medidas que garantam que os centros educativos sejam sempre espaços seguros".

Além disso, o sindicatos alertaram que este episódio "é fruto de uma sociedade que recorre à violência com cada vez mais frequência".

Já o secretário-geral da Conferência Episcopal Espanhola, Francisco García Magán, também manifestou a sua solidariedade para com os feridos, apelando à unidade de todas as instituições em favor de uma formação "humana e moral" que garanta a saúde mental dos jovens. 

Da Ansa

A maior parte dos formandos em licenciaturas no Brasil não cumpre a carga horária mínima exigida no estágio obrigatório. Além disso, cerca de um a cada dez futuros professores sequer fez o estágio. Os dados são do último Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), de 2021, e foram compilados pelo Todos pela Educação, com exclusividade para a Agência Brasil.  

O estágio obrigatório é um período que os estudantes de licenciaturas acompanham a rotina escolar, sempre supervisionados por professores. A intenção é que eles tenham contato com as escolas e se preparem para o trabalho como professores. De acordo com resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE), esse estágio deve ter a duração de pelo menos 400 horas.  

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Os dados do Enade, no entanto, mostram que a regra, na prática, não está sendo cumprida. O Enade é um exame realizado por estudantes que estão concluindo os cursos de graduação. A cada ano, o exame avalia um conjunto diferente de cursos. Em 2021, foi a vez das licenciaturas. Além de realizar as provas, os alunos respondem a um questionário sobre a formação.  As perguntas sobre o estágio fazem parte deste questionário.  

Cerca de 55% dos concluintes em licenciaturas, o equivalente a cerca de 165 mil estudantes, disseram que cumpriram menos de 300 horas de estágio. Outros 11,82%, o equivalente a 35,5 mil alunos, disseram que sequer fizeram o estágio. Os dados mostram ainda que 19,49%, ou 58,5 mil, cumpriram entre 301 e 400 horas e apenas 13,71%, ou 41,2 mil, fizeram estágios de mais de 400 horas. 

“O estágio permite essa conexão da teoria com a prática. Tudo que se aprende na teoria, se vê aplicações práticas na escola”, diz o gerente de Políticas Educacionais do Todos Pela Educação, Ivan Gontijo.  

“É importante que os estudantes conheçam a dinâmica da escola, os papéis e as responsabilidades de cada um dos atores da equipe escolar. Nesse período, vão entender como é a organização do espaço e como é o trabalho ali. O estágio tem caráter de observação e, progressivamente vai permitindo participar mais, acompanhar professores nas avaliações e atividades. Por isso a carga horária é grande.”  

Gontijo ressalta que aqueles que se formaram em 2021 foram impactados pela pandemia, que levou ao fechamento das escolas por pelo menos um ano. Apesar disso, os dados do Enade mostram que mesmo antes, o estágio não era totalmente cumprido. Em 2014 e em 2017, anos em que as licenciaturas foram avaliadas, cerca de 3%, ou mais de 7 mil estudantes em ambos os anos, declararam que não fizeram o estágio. Também em ambos os anos, cerca de 60% dos estudantes disseram que não cumpriram a carga horária mínima, fazendo 300 horas ou menos de estágio obrigatório. 

Para receber o diploma, os estudantes precisam cumprir o estágio. Segundo Gontijo, as altas porcentagens de estudantes que declaram que não concluíram os estágios pode ocorrer porque muitos acabam conseguindo documentos afirmando que fizeram as práticas ou mesmo realizaram o estágio de forma não estruturada, o que dá uma sensação de que não o cumpriram.   

“Isso chama atenção desses dados porque em tese é obrigatório cumprir as horas de estágio, então, para conseguir esse diploma, eles precisaram apresentar algo, mas não têm a percepção de que fizeram o estágio.” 

Nas escolas

Gina Vieira, professora aposentada da rede pública no Distrito Federal, que trabalha atualmente como professora voluntária na Universidade de Brasília (UnB) e atua na formação de professores da educação básica, reforça a importância do estágio.  

“A formação dos professores tem sido cada vez mais frágil e insipiente porque formar um bom profissional é caro. Muitas vezes, há precarização na formação inicial desses profissionais”, afirmou. Segundo ela, muitas vezes os alunos desses cursos precisam conciliar a formação com trabalho e outras demandas, o que faz com que eles não consigam cumprir a carga horária mínima.  

O questionário do Enade mostra ainda que a maior parte dos formandos deseja atuar nas escolas. A maioria( 64%) dos concluintes dos cursos de formação inicial docente quer atuar em escolas públicas em médio prazo daqui a cinco anos. Outros 13% preferem atuar com gestão educação no setor público e 11% pretendem buscar outro campo de atuação, fora da área da Educação. Os dados mostram ainda que 8% desejam ser professor na rede privada e 4% pretendem trabalhar na gestão educacional de alguma instituição também privada.  

“É fundamental que esse profissional, como parte da sua formação, tenha contato com a pratica pedagógica, com a sala de aula, com o chão da escola, porque é isso que vai ajudá-lo a ter um pouco mais de entendimento do que é ser professor. Formar professor com a qualidade que se espera passa por uma articulação permanente entre teoria e prática. Prática sem teoria não sustenta. Mas teoria sozinha não vai te ajudar a ser bom profissional”, ressalta Vieira.  

Vieira explicou que um bom estágio permite que os estudantes tenham contato com as salas de aula, possam dar aulas e também que recebam retornos dos profissionais que os supervisionam e tenham a oportunidade experimentar o que esses retornos propõem. Para isso, a professora defende inclusive a ampliação do tempo de estágio. “Esse estágio precisa acontecer e acho que carga horária precisa ser ampliada.”  

Atualmente, das 1.648.328 matrículas nos cursos de licenciatura, 35,6% foram registradas em instituições públicas e 64,4%, em privadas de ensino superior, de acordo com o último Censo da Educação Superior, de 2021. Dos estudantes matriculados em cursos de licenciatura, 61% frequentam curso à distância.

Os professores da Universidade de São Paulo (USP) decidiram na noite da terça-feira, 26, paralisar as atividades docentes até a próxima segunda, 2. O gesto, aprovado em assembleia geral, é uma demonstração de apoio à greve dos estudantes, deflagrada na semana passada. De acordo com a Associação de Docentes da USP (Adusp), os professores vão se reunir na segunda-feira que vem, em uma nova assembleia, para decidir o indicativo de greve.

A greve estudantil foi aprovada na última terça-feira, 20, sob o argumento de que a USP apresenta defasagem no quadro de professores, e a falta de contratação tem colocado em risco a continuidade de algumas disciplinas, como Japonês e Coreano, que são ministradas no curso de Letras, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH).

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Foi justamente a FFLCH a primeira a aprovar a greve, que ganhou adesão de outras faculdades, como a Faculdade de Direito, nos últimos dias. Nesta terça, 26, os universitários fizeram uma manifestação pelas ruas da capital até o Largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo.

As assembleias setoriais que trouxeram deliberação de paralisação foram a Faculdade de Educação, Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) - que já tinha demonstrado apoio aos estudantes na semana passada -, o Instituto de Matemática e Estatística (IME) e o Instituto de Psicologia (IP).

Embora não estivessem presentes todas as faculdades e institutos da USP, a decisão vale para todos os representantes da categoria da universidade, de acordo com Michele Schultz, presidente da Adusp.

"A deliberação de uma assembleia geral vale para toda a categoria docente, de todas unidades. Agora, as assembleias setoriais debaterão o indicativo de greve para levar seus posicionamentos para a geral no dia 2 de outubro", disse Michele ao Estadão.

Assim como os estudantes, os docentes também reivindicam mais contratações de professores. "O número adequado de servidoras e servidores docentes e técnico-administrativas (os) é a garantia de melhores condições de trabalho e estudo. É inadmissível que estudantes sejam prejudicadas e prejudicados por falta de docentes", completa a presidente da Adusp.

O corpo docente da USP foi encolhendo ao longo dos últimos anos. Como mostrou uma reportagem do Estadão, a USP perdeu 818 professores entre 2014 e 2023, o que representa uma queda de 15% na quantidade de docentes, dentro de um cenário onde o mesmo número de alunos continuou igual.

Na Faculdade de Medicina Veterinária e Zoologia (FMZV), por exemplo, o quadro encolheu 22,1% entre setembro de 2014 e agosto de 2023 (queda de 104 para 81 professores); na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 21,37% (de 117 para 92), e no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICM), a queda foi 21,13% (142 para 112).

Os números foram divulgados pela Adusp, com base nas folhas de pagamento disponíveis no portal de transparência da universidade. A defasagem é resultado de anos de crise financeira e do período de pandemia, que impediram novas contratações. A FFLCH, responsável pelo início da greve, é uma das faculdades mais prejudicadas.

A greve também foi impulsionada pelo pedido dos alunos por melhorias na política de permanência estudantil. Na votação pela paralisação, os docentes engrossaram o apoio à pauta.

"A administração da universidade tem condições de ampliar as políticas de permanência estudantil", Michele Schultz. "A universidade passou a receber mais estudantes em situação de maior vulnerabilidade social com a política de cotas. É necessário que haja efetiva inclusão destes estudantes", completou.

Procurada pelo Estadão, a reitoria da USP não retornou até a publicação desta reportagem.

Após a entrada dos professores da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP), agora é a vez dos estudantes da Faculdade de Direito aderirem à greve de estudantes iniciada pelos alunos da FFLCH que demanda por novas contratações de professores. Uma Assembleia Geral realizada na noite da segunda-feira (25) decidiu pela adesão do corpo estudantil do curso.

Segundo o Centro Acadêmico 11 de Agosto, responsável pela reunião, dos 630 estudantes presentes, 606 votos foram positivos a inclusão.

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A greve começa nesta terça-feira (26), com as negociações das pautas e uma nova reunião deve ser realizada na próxima segunda-feira (2), para decidir os próximos passos do grupo.

Dentre as reivindicações estudantis, a principal é a disponibilização de vagas para novos docentes efetivos, suficientes para preenchimento necessário e a garantia das políticas afirmativas na reserva de vagas para os concursos públicos a serem realizados para os cargos. Além disso, também exigem melhores condições de permanência estudantil.

Como mostrou uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, a USP perdeu 818 professores entre 2014 e 2023. São 15% a menos de docentes, sem que tenha mudado o número de alunos, resultado de anos de crise financeira e do período de pandemia, quando não foram autorizadas novas contratações. A FFLCH, responsável pelo início da greve, é uma das faculdades mais prejudicadas.

A reitoria da universidade afirma manter em curso um esforço para a contratação de docentes de forma escalonada, até 2025. Uma parte das vagas foram adiantadas, mas, a maioria dos novos professores só deve chegar no próximo ano.

"Temos 641 vagas para preencher e 238 já foram preenchidas. Ao final desse esforço, a USP terá o mesmo número de professores e professoras de 2014", afirmou em nota publicada na última quinta-feira (21).

Como parte da greve que começa nesta terça-feira, o Centro Acadêmico afirmou que as entradas da Faculdade serão interditadas com uso de cadeiras e mesas e aulas online serão vetadas e sofrerão intervenção.

Uma reunião de negociação com a reitoria está marcada para ocorrer nesta quinta-feira (28), e uma Assembleia Geral da Universidade na sexta-feira (29), ambas na Cidade Universitária.

O Ministério da Educação (MEC) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) lançaram, nesta quinta-feira (21), o Programa Nacional de Fomento à Equidade na Formação de Professores da Educação Básica (Parfor Equidade). A iniciativa tem o objetivo de formar professores em licenciaturas específicas e pedagogos, para que possam atender nas redes públicas e comunitárias que ofertam educação escolar indígena, quilombola e no campo, educação especial inclusiva e educação bilíngue de surdos. 

O Parfor Equidade é executado pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC, e pela Capes, autarquia vinculada à pasta. O programa prevê que os cursos sejam ofertados por instituições de ensino superior federais ou comunitárias que tenham Índice Geral de Curso (IGC) igual ou superior a 3 e instituições estaduais e municipais como autorização para funcionamento. Todas devem ter experiência na área e cada uma ofertará de 30 a 200 vagas.  

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Os cursos ofertados serão: Pedagogia Intercultural Indígena, Licenciatura Intercultural Indígena, Licenciatura em Educação do Campo, Licenciatura em Educação Escolar Quilombola, Licenciatura em Educação Especial Inclusiva e Licenciatura em Educação Bilíngue de Surdos.  

De acordo com o MEC, ao menos 50% das vagas serão destinadas a professores da rede pública que já atuem na área do curso, porém sem a formação adequada, com preferência aos grupos indígenas, quilombolas, negros ou pardos, pertencentes a populações do campo, pessoas surdas e público-alvo da educação especial. Para os demais públicos, informou o ministério, haverá processo seletivo de cada instituição de ensino, incluída a destinação de cotas para indígenas, quilombolas, pretos e pardos, populações do campo, pessoas surdas e para o público-alvo da educação especial.

Além de promover uma formação mais especializada para professores em exercício, o Parfor Equidade pretende ampliar o número de profissionais que atuam com na educação desses segmentos mais vulneráveis. Serão formadas 2 mil pessoas, no primeiro edital do programa, com investimento de R$ 135 milhões ao longo de cinco anos.  

O Parfor Equidade nasce de um programa já existente, o Parfor, criado em 2009, que já formou mais de 100 mil professores da educação básica que não tinham a especialização adequada para lecionar na área em que atuavam. O Parfor Equidade também integra o Programa de Desenvolvimento Acadêmico Abdias Nascimento, relançado pelo MEC em 2023, com ações destinadas à formação de estudantes autodeclarados pretos, pardos, indígenas e alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades.  

Com a aproximação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), as expectativas em torno dos estudantes sobre a prova aumentam. Para cumprir a análise crítica, que é uma de suas características, o exame vai exigir dos alunos suas capacidades em trazer resoluções para os diversos problemas sociais, algo que é muito refletido no tema e no desenvolvimento da redação. O LeiaJá conversou com dois professores para saber quais os principais assuntos que estão sendo comentados e se eles têm chances de caírem na prova.

A redação do Enem desafia os candidatos a escrever um texto dissertativo-argumentativo, defendendo um ponto de vista sobre um tema proposto. A nota do texto é calculada com base em cinco competências: domínio da norma-padrão da língua portuguesa, compreensão da proposta, capacidade de argumentação, elaboração de propostas de intervenção e coerência textual. Essa avaliação é fundamental, pois pode ser determinante para a aprovação ou eliminação do candidato.

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De acordo com Diogo Didier, professor especialista em redação, se preparar com antecedência é necessário para quem quer se sair bem nessa parte do exame. “Seria perfeito um ano, mas se você vem há seis meses praticando redação pelo menos uma vez na semana. Lendo, já que o aluno de redação precisa ter o máximo de bagagem possível, para que se possa construir um texto bem estruturado”, afirma.

“Além de ler sobre tudo, além de praticar bastante redações, dos temas mais diversos possíveis, eu acho que algumas dicas que a gente pode dar para que esse estudante se diferencie do vestibular, é que ele tente, primeiro, se basear nas redações que já tiraram nota mil no Enem. Ele precisa olhar para essas redações e ver o que elas têm de diferente de tantas outras. O que os candidatos que chegaram a nota mil fizeram de diferente para que conseguisse tal nota?”.

Após a primeira explicação, o professor continua.  "Segundo ponto, eu acho que eles precisam ter contato com textos argumentativos bem escritos, artigos de opinião, resenhas, editoriais, esses tipos de textos têm construções argumentativas muito interessantes, inclusive de referências que podem ser enriquecedoras. Uma outra dica valiosa que eu gosto muito, que me ajuda muito a produzir textos é ler críticas de livros, críticas de cinema, críticas de séries. Tem até um site muito bacana chamado Pano Crítico, que faz análises de séries, filmes, obras do universo mais cinéfilo. E o interessante dessas obras são as referências, as analogias, as construções que são elaboradas, que podem despertar esse candidato a criatividade necessária para ele fazer o próprio texto. E eu acho que eu encerraria com um pouco mais de ousadia. Sai um pouco mais da caixa, pensar naquilo que o concorrente não vai dizer. Claro, respeitando a estrutura redacional como um todo, vamos tentar brincar com isso para inovar-se, fazer o que poucas pessoas fizeram na redação do ENEM”, completa.

Já para o professor de linguagem Felipe Rodrigues, especialista em linguística, uma das principais dicas é se atualizar pelas redes socias, espaço que une algo que já usamos em nosso cotidiano aos nossos estudos. “Tudo pode ser abordado em uma redação do Enem, não podemos nos prender apenas a alguns temas. O estudante pode trazer qualquer repertório, usando sempre muita cautela e elegância, principalmente nesta disputa que nós estamos de um curso universitário da sua região, do seu estado. 

Ambos professores dividem opiniões próximas sobres os possíveis temas que podem cair nesta edição da redação. “Diversas pautas sociais podem ser abordadas, como transfobia; as vertentes do racismo; o feminismo, que adentra essa política de lutas sociais; o capacitismo; pessoas em situações de rua. Dentro de temas ambientais, eu tenho uma aposta que seria mobilidade urbana, catástrofes naturais, macrocefalia urbana”, ressaltou Felipe. 

“Falar hoje em dia em tema de ENEM é meio que dar chute no escuro, porque a prova se tornou muito imprevisível. Mas, é possível que caia alguma coisa ligada a aquecimento global, por exemplo, que nunca cai no vestibular, alguma coisa sobre desmatamento, até porque já caiu a Amazônia no vestibular. Eu sou mais para aquecimento global, mundo sustentável, sustentabilidade, economia verde, essas vertentes mais socioambientais eu creio que seja possível de cair. Temas sociais propriamente ditos eu sou muito fã de mobilidade urbana, eu acho que é um tema bacana, que é uma discussão antiga que ainda não caiu no vestibular. Também tem essa coisa da inteligência artificial, que deu uma expansão interessante nesses tempos. Então, são discussões interessantes que podem cair, assim como a uberização também. Que é uma problemática muito conhecida e que também está muito em alta”, explica Diogo Didier.

A redação do Enem é um desafio que requer preparação e dedicação dos estudantes. E como destacou os professores, ficar atento às tendências atuais e praticar a escrita de textos dissertativo-argumentativos são passos importantes para o sucesso na prova. Independentemente do tema escolhido, a capacidade de expressar ideias com clareza e embasar argumentos de forma sólida continua sendo a chave para obter uma boa pontuação na redação do Enem. Portanto, estudar, praticar e se manter atualizado são os melhores caminhos para enfrentar essa importante etapa do exame.

A 14ª edição da Bienal Internacional do Livro em Pernambuco iniciou, nesta terça-feira (12), o curso de atualização pedagógica voltado para educadores e participantes interessados em educação. As aulas fazem parte do projeto de pré-bienal e são gratuitas, com direito a certificado de participação.

Serão 4 minicursos de 8h cada, com direito à conferência de abertura de 2h cada, totalizando 10h aula por mini curso. O participante pode escolher quantos deseja participar e receber o mínimo de 10h de participação ou o máximo de 40h.

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As aulas trarão temas como "A Educação e as Tecnologias Digitais: Mitos e Desafios", "Ferramentas de Inovação Tecnológica na Educação: Caminhos para a Intervenção Pedagógica em Contextos Digitais", "Cultura e Arte como Lugar de Ensino e Aprendizagem: Os Museus como Espaços Não Formais de Educação", "A Importância da Família e da Escola na Saúde Mental de Crianças e Adolescentes" entre outros.

O curso de extensão acontecerá em dois momentos: o primeiro na semana de 12 a 15 de setembro, e o segundo na semana de 19 a 22 do mesmo mês. O conteúdo será todo em formato presencial, com aulas pela manhã e pela tarde na Faculdade de Ciências da Administração de Pernambuco, UPE – FCAP.

Profissionais interessados podem se inscrever virtualmente pelo formulário e detalhar quais são os cursos que deseja participar. Mais detalhes do calendário e informações sobre o curso de atualização pedagógica podem ser conferidas no site da Bienal.

A ELT Week Brazil 2023, projeto de formação continuada gratuita para professores de inglês, está com inscrições abertas, pelo site do programa. A iniciativa é da British Council e já alcançou 5,8 mil inscritos. Interessados em receber o certificado de participação devem se inscrever até o dia 15 de setembro.

Todos os conteúdos desenvolvidos diariamente pelo ELT Week Brazil 2023, desde o dia 28 de agosto, possuem sessões temáticas para facilitar o ensino do idioma e continuarão disponíveis para novos participantes. Podem se inscrever docentes da educação básica, nível superior ou de curso de idiomas. 

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Ao todo, serão oferecidas mais de 20 horas de palestras e atividades, mais 4 horas de conteúdo voltado para coordenadores e diretores escolares. Entre as 5,8 mil pessoas já inscritas, todos as regiões do Brasil estão representadas, sendo o Sudeste com maior participação (57,2%), o Nordeste em segundo (20,7%), o Sul em terceiro (11,9%), seguido do Centro-Oeste (5,5%) e o Norte em último com 4,4%.

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