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O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) anunciou uma assembleia geral para deliberar sobre a possível greve da categoria. A reunião foi marcada na próxima terça (23), às 17h, na sede do sindicato, em Santo Amaro, no Centro do Recife.

A mobilização cobra o reajuste dos policiais e mais investimento na segurança. A direção do Sinpol aponta que sofre dificuldades para negociar as pautas com o governo do estado.

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"A valorização salarial é crucial para atrair e manter profissionais qualificados, garantindo a eficiência das investigações e diminuindo a impunidade", destaca o sindicato.

Além do Sinpol, apoiam a causa outras entidades profissionais:  Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (ADEPPE),  ⁠Associação de Polícia Científica de Pernambuco – APOC-PE (Peritos Criminais),  ⁠Sindicato dos Peritos Oficiais de Natureza Criminal (SINPOCRIM), ⁠Associação dos Peritos Médicos Legistas e Odontolegistas ⁠(APEMOL), ⁠Associação dos Agentes de Perícia e de Medicina Legal (APEMEPE) e a União dos Escrivães de Polícia de Pernambuco (UNEPPE).  

A Torre Eiffel, uma das maiores atrações turísticas do mundo, ficou fechada nesta quarta-feira (27), devido a uma greve de funcionários, informou um de seus operadores.

A mobilização, convocada no centenário da morte do engenheiro Gustave Eiffel, que construiu o monumento, é um protesto contra "a gestão atual", de acordo com um comunicado do sindicato CGT.

A empresa que opera este símbolo parisiense, SETE, está "caminhando para o desastre", acrescentou, alertando para "um modelo (econômico) muito ambicioso e insustentável".

O sindicato denuncia a desvalorização "dos orçamentos para as obras do monumento" e a "sobrevalorização das receitas" com base em uma meta "de 7,4 milhões de visitantes", um número nunca alcançado até então.

Em 2022, o monumento mais famoso de Paris recebeu 5,9 milhões de visitantes, a marca mais elevada desde 2019.

Construída em 1889, para a Exposição Universal de Paris, a Torre Eiffel se tornou rapidamente o símbolo da capital francesa.

Seu construtor, Gustave Eiffel, nasceu em 15 de dezembro de 1832 em Dijon e faleceu em 27 de dezembro de 1923, em Paris, aos 91 anos.

Depois de anunciar uma greve nesta sexta-feira, 1º, motoristas e cobradores de ônibus da cidade de São Paulo recuaram e decidiram suspender a paralisação. A razão do impasse é uma disputa pela presidência do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores dos Ônibus de São Paulo (SindMotoristas).

A categoria decidiu cancelar a paralisação depois que a Prefeitura de São Paulo protocolou no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região um mandado de segurança cível contra a entidade na tarde desta quinta-feira, 30. Na ação, o poder municipal requer a garantia do funcionamento da frota de ônibus, sob pena de multa de R$ 1 milhão por dia de paralisação.

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Não houve uma assembleia formal para definir a greve, que foi convocada pelo candidato Edvaldo Santiago, vencedor das eleições pela chapa 4. O diretor Nailton Francisco de Souza, representante da chapa vencedora, afirma que uma audiência está marcada para a manhã desta sexta-feira com o Tribunal Regional do Trabalho para discutir a questão.

A paralisação foi cogitada como um protesto contra o cancelamento do resultado das eleições da entidade pela Justiça do Trabalho. Após a eleição, a Justiça atendeu pedido da chapa 1 (Manoel Portela) e suspendeu as eleições, determinando novo pleito com urnas eletrônicas.

A chapa 4, que assumiria a direção nesta sexta-feira, afirma ter entrado com recurso - que não foi julgado pelo TRT - e defende que a eleição foi legítima. Segunda essa corrente, a decisão judicial fere o estatuto do sindicato.

As outras chapas e a diretoria do sindicato afirmam que o chamamento da greve não representava toda a categoria dos motoristas de ônibus. "O Sindimotoristas, através do seu presidente, cujo mandato foi prorrogado (...) informa a população em geral e as autoridades competentes que não convocou a realização de greve / protesto. A paralisação está sendo convocada pela extinta comissão eleitoral e pelo encabeçador da Chapa 4, que concorreu na eleição do sindicato, eleição esta que teve seus efeitos suspensos pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2.ª Região", diz nota da entidade. "Essas pessoas buscam coagir o Poder Judiciário para validarem de qualquer maneira uma eleição viciada e fraudulenta."

O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss) informa que desconhece os motivos para a paralisação de motoristas dos ônibus urbanos. "E, se o motivo é briga interna sindical e questões judiciais, o que a população usuária e as empresas têm a ver com esses problemas, para serem prejudicadas, tanto na operação como na mobilidade?", questiona, em nota.

Essa seria a segunda greve na cidade de São Paulo na mesma semana. No dia 28, terça-feira, metroviários e ferroviários, além de trabalhadores da saúde e educação, pararam as atividades em protesto contra os planos de privatização do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos).

A greve, chamada pelo governador de "deboche" e movimento "político", afetou praticamente todas as linhas de transporte sobre trilhos. A paralisação durou 24 horas.

Votação já causou transtornos

A eleição do sindicato dos motoristas já havia trazido transtornos para a cidade. No dia 21 de novembro, trabalhadores fecharam nove terminais de ônibus na véspera do encerramento da votação, sem qualquer aviso prévio. Longas filas de ônibus se formaram no corredor na avenida Santo Amaro, uma das vias mais importantes para a mobilidade na zona sul de São Paulo. Ao menos 530 mil passageiros e 368 linhas de ônibus foram afetados.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), voltou a mirar os sindicatos. Em meio à greve dos metroviários, disse que a paralisação, além de não ter pauta, é apenas contra o avanço de projeto de privatizações e que é encabeçada por movimentos "capturados por partidos políticos" para prejudicar seu governo.

"Existe uma clara motivação política. Essas pessoas (sindicalistas) não representam os metroviários", disse o governador, em entrevista à CNN Brasil, nesta tarde. Tarcísio repetiu o que disse durante a manhã desta terça, 28, ao declarar que a proposta de liberar as catracas seria "irresponsável" por poder causar acidentes, e criticou os sindicalistas por, segundo ele, "ignorar solenemente" as decisões do Judiciário.

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A greve conjunta de funcionários da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) e da Companhia Paulista dos Trens Metropolitanos (CPTM) prejudica nesta terça-feira, 28, o funcionamento das linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô, e as linhas 7-Rubi, 10-Turquesa e 11-Coral, da CPTM.

Metrô

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- Linha 1-Azul: operação parcial (entre Tiradentes e Ana Rosa);

- Linha 2- Verde: operação parcial (entre Alto do Ipiranga e Clínicas);

- Linha 3-Vermelha: operação parcial (entre Bresser e Santa Cecília);

- Linha 5-Prata: paralisada.

CPTM

- Linha 7-Rubi: operação parcial (entre Luz e Caieiras);

- Linha 10-Turquesa: paralisada;

- Linha 11-Coral: operação parcial (entre Luz e Guaianases);

- Linha 12-Safira: funcionamento integral (intervalo de 8 minutos);

- Linha 13-Jade: funcionamento integral (intervalo de 30 minutos).

As linhas 12-Safira e 13-Jade, anteriormente previstas na paralisação, entraram em operação integral pela manhã, embora com intervalos maiores. A Linha 11-Coral, por sua vez, funciona apenas entre Luz e Guaianases com intervalos maiores.

Linhas administradas pela iniciativa privada

Metrô

- Linha 4-Amarela: operação normal;

- Linha 5-Lilás: operação normal.

De trens metropolitanos

- Linha 8-Diamante: funcionamento integral (em algumas estações, os intervalos variam entre 6 e 12 minutos);

- Linha 9-Esmeralda: funcionamento integral (em algumas estações, os intervalos chegam a 6 minutos).

Dificuldades

Ainda que tenha lido sobre a greve, a faxineira Leniria Pereira, de 61 anos, chegou a ir duas vezes até a estação Corinthians-Itaquera, na zona leste, para ver como estava a situação na manhã desta terça. "Tinha visto que pelo menos no horário de pico alguns trens do Metrô iam passar", disse. Moradora de São Miguel Paulista, ela trabalha na Santa Cecília, na região central.

Ao chegar na estação, porém, foi informada que a linha da CPTM estava fazendo apenas o trajeto da estação Guaianases até a Luz. Decidiu não arriscar. "Vou descer na Luz e fazer o que?", questionou. Logo após falar com a reportagem, ela tirava uma foto das portas do Metrô fechada para enviar para o empregador. "Ônibus hoje fica difícil, lota muito."

A situação é parecida com a da cuidadora Eliene Alves, de 42. Vizinha da estação Itaquera, ela tinha que se deslocar até o Parque São Pedro, na zona sul, para trabalhar. Diante dos portões fechados, cogitava voltar para casa quando falou com a reportagem. "Se o trem da CPTM já chega lotado em dia normal, imagina hoje", disse, encostada em um dos portões fechados do Metrô.

O auxiliar de infraestrutura Levy Reis, de 24, esperava encontrar uma situação melhor entre os ônibus na manhã desta terça. "Na greve de outubro gastei 5h para chegar ao trabalho, desta vez achei que fossem estar mais preparados", disse ele, que trabalha na região da Barra Funda, na zona oeste.

Quando falou com a reportagem, pouco antes das 7 horas, Levy ainda não sabia como chegaria ao trabalho. Os olhos não saiam das filas de ônibus que se formavam do lado externo da estação. "Tenho alguns planos. Já avisei no trabalho e vou esperar para ver se consigo entrar em algum ônibus."

Na zona sul de São Paulo, o movimento no Terminal Santo Amaro estava normal no início da manhã, segundo funcionários e passageiros. A reportagem não encontrou grandes filas ou aglomerações nos pontos de paradas de ônibus, cujos trajetos ligam a zona sul ao centro e a outras zonas da capital. Os veículos não saíam cheios do terminal.

As linhas 5-Lilás, do Metrô, e 9-Esmeralda, da CPTM, que fazem a conexão intermodal com o Terminal Santo Amaro, operam normalmente.

Pouco depois das 7 horas, a reportagem constatou que os vagões da Linha 5-Lilás chegavam cheios no sentido de Chácara Klabin, mas nada fora do normal.

Em razão da greve, passageiros como a copeira Maria do Rosário, que trabalha na Ana Rosa e normalmente utiliza a Linha 1-Azul, hoje com funcionamento parcial, optaram por utilizar as linhas em operação normal para chegar o mais próximo possível do trabalho e, então, terminarão o trajeto de ônibus.

"Eu consigo ir até a estação Santa Cruz pela Linha Lilás e de lá pegar um ônibus para terminar de chegar. Vou levar um pouco mais de tempo, mas até que não vai atrapalhar tanto", diz Maria.

Já Rodrigo dos Santos, administrador, pretende pegar um carro por aplicativo na estação Mackenzie-Higienópolis, da Linha 4-Amarela, para chegar até a Barra Funda. "Normalmente, eu vou para a estação Conceição (Linha 1-Azul) e pego a Linha Vermelha na Sé, até a Barra Funda. Hoje, resolvi vir por Santo Amaro para pegar a Esmeralda até a Linha Amarela. Achei que ia estar lotado aqui, mas está bem tranquilo. Acho que muita gente ficou em casa ou está indo trabalhar de carro", disse Rodrigo.

Rodízio de veículos

Por causa da paralisação, a Prefeitura de São Paulo suspendeu o rodízio nesta terça-feira e vai disponibilizar mais ônibus na capital enquanto as mobilizações estiverem em curso.

Outras restrições permanecem valendo

As restrições de Zona de Máxima Restrição à Circulação de Caminhões (ZMRC) e a Zona de Máxima Restrição ao Fretamento (ZMRF) permanecem, bem como as proibições de circulação de veículos nas faixas e corredores de ônibus. As vagas rotativas de Zona Azul também não sofrerão alterações.

Reforço na frota de ônibus

A frota de ônibus está reforçada com mais 200 veículos (passará de 11.934 para 12.134) que ajudarão no transporte da população. Os itinerários de algumas linhas que costumam ter estações de metrô e trem como pontos finais também serão ampliados com o objetivo de levar os passageiros para regiões centrais e mais próximas de locais onde há maior concentração de comércio e serviços.

Ponto facultativo

O governo de São Paulo determinou ponto facultativo em todos os serviços públicos estaduais da capital paulista. A Prefeitura de São Paulo fez o mesmo. Cirurgias, exames e consultas médicas poderão ser remarcadas. Já escolas e creches, serviços de saúde, assistência social e segurança não serão interrompidos.

Outras categorias também aderem ao movimento

A greve de metroviários e ferroviários inclui também funcionários da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), professores da rede estadual de ensino e profissionais de outros serviços, como Fundação Casa.

Os manifestantes convocaram o movimento como forma de protesto às medidas adotadas pela gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) de privatizar serviços como a Sabesp, e linhas do Metrô e da CPTM. As categorias também defendem que esse processo precisa ser feito por meio de um plebiscito e pedem para que o governo recontrate funcionários do Metrô demitidos por conta de paralisações anteriores.

Em comunicado divulgado na noite de segunda-feira, 27, o governo do Estado chamou a paralisação de "uma greve abusiva e política dos sindicatos de trabalhadores do Metrô, da CPTM e da Sabesp". O movimento, segundo o governo, deve deixar mais de 4,6 milhões de passageiros sem acesso ao transporte sobre trilhos e provocar perdas de mais de R$ 60 milhões ao comércio nesta terça-feira.

"Ao ignorarem a lei que rege o direito à greve, os sindicalistas tornam toda uma população refém de interesses políticos e corporativos. Em menos de dois meses, tal prática inescrupulosa já prejudicou milhões de pessoas tanto na greve do dia 3 de outubro como no feriado do dia 12 do último mês. E o mesmo acontecerá de novo nesta terça", diz trecho do comunicado.

Na segunda-feira, a Justiça determinou que os metroviários e ferroviários trabalhem, respectivamente, com 80% e 85% do efetivo nos horários de pico, e com 60% nos demais períodos. Os funcionários da Sabesp também estão sendo ordenados, judicialmente, a não paralisar 100% das atividades e manter a operação de serviços essenciais durante toda terça.

Se as medidas forem descumpridas, os sindicatos de cada categoria estão sujeito a pagar uma multa de até R$ 700 mil.

Com a expectativa de greve dos sindicatos de trabalhadores do Metrô, CPTM e Sabesp - em razão dos planos do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) de privatizar as companhias - o governo do Estado determinou ponto facultativo em todos os serviços públicos estaduais da capital nesta terça-feira (28).

"A medida visa a reduzir os prejuízos à população, garantindo a remarcação de consultas, exames e demais serviços que estavam agendados para a data da greve", diz nota do governo.

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Segundo o Executivo, serviços de segurança pública não serão afetados, assim como os restaurantes e postos móveis do Bom Prato. Consultas em Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) da capital e em outras unidades de saúde terão seus reagendamentos garantidos, assim como nos postos do Poupatempo.

Os estudantes inscritos no Provão Paulista, cujo exame começaria na terça, tiveram suas provas reagendadas para a partir do dia 29. Os profissionais da educação estão excepcionalmente excluídos do ponto facultativo, já que estarão envolvidos na preparação do Provão.

O texto destaca que mesmo com a greve, as linhas concedidas do metrô e trens, como as Linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda, vão funcionar normalmente. Na última greve, Tarcísio destacou as linhas como um exemplo dos benefícios da privatização. No entanto, a linha 9-Esmeralda, citada pelo governador, apresentou uma série de falhas no dia da greve. O fato municiou a oposição no discurso contra a privatização tanto do transporte público, quanto do serviço de saneamento.

Determinações da Justiça

Por determinação da Justiça, 70% dos trens da CPTM deverão operar nos horários de pico e 50% nos demais períodos, sob pena diária de R$ 30 mil ao sindicato. O governo também protocolou um pedido de tutela antecipada na Justiça contra a paralisação pelos metroviários. O pedido do Metrô, que ainda aguarda decisão final do Judiciário, obriga a presença de 100% dos funcionários do sistema de transporte durante os horários de pico e de pelo menos 80% no restante do dia.

Às vésperas da Black Friday, que ocorre nesta sexta-feira (24), os trabalhadores dos Correios do Rio de Janeiro, São Paulo, Maranhão e Bauru, em São Paulo, desistiram de entrar em greve por tempo indeterminado. Tocantins, que já estava em greve, suspendeu a paralisação.

É que os sindicatos decidiram aceitar proposta da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos apresentada no final da tarde de quarta-feira e aprovada em assembleia dos trabalhadores na noite passada.

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De acordo com a Findect, a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios, a empresa atendeu as reivindicações da categoria e enviou para os sindicatos um termo aditivo, se comprometendo a fechar um acordo, no próximo dia 28, para que os trabalhadores desistissem da greve.

Entre as cláusulas do documento, estão o reajuste salarial de 3,53% a partir de janeiro de 2024, reajuste no Vale Refeição,  a concessão de um vale extra no valor de R$ 1,5 mil  no dia 15 de dezembro, e a antecipação de 50% do décimo terceiro para aqueles que optarem em receber a gratificação natalina no seu período de férias, de janeiro a novembro.

Em razão de uma greve que prejudicou a partida de ônibus da Viação Grajaú, ao menos 37 linhas do transporte coletivo da zona sul de São Paulo tiveram a circulação afetada no início da manhã desta sexta-feira (10). A São Paulo Transporte (SPTrans) disse que acionou o Plano de Apoio entre Empresas de transporte frente as Situações de Emergência (Paese), assim como irá registrar um boletim de ocorrência junto à polícia.

Entre as regiões mais afetadas estão: Grajaú, Jabaquara, Santo Amaro e Varginha.

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"A SPTrans está autuando a Viação Grajaú por todas as partidas não realizadas na manhã desta sexta-feira. A gestora acionou o Paese junto a outras concessionárias para que atendam emergencialmente os passageiros da zona Sul, com 185 ônibus", disse em nota.

A saída da frota da garagem localizada na Rua Elísia Gonçalves Barcelos, 93, foi atrasada entre 3h05 e 4h15 da manhã, quando começou a ser liberada, afetando o funcionamento de linhas de ônibus da zona sul no período da manhã.

Por meio das redes sociais, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), também criticou a paralisação.

Procurada pela reportagem, a Viação Grajaú não se posicionou, ficando o espaço aberto para manifestação.

O Sindicato dos Atores de Hollywood (Sag-Aftra, na sigla em inglês) rejeitou a "última e definitiva" proposta dos estúdios, representados pela Aliança de Produtores de Filmes e Televisão (Amptp), sobre as medidas a serem incluídas no novo contrato dos intérpretes.

"Os dois lados ainda estão distantes em várias questões importantes, incluindo a inteligência artificial", escreveu a Sag-Afra em uma breve nota divulgada na noite da última segunda-feira (6).

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A associação, que representa cerca de 160 mil artistas que vão desde figurantes até grandes atores de cinema, afirmou que "está determinada a garantir o acordo correto e, portanto, terminar esta greve de forma responsável".

Com o "não" do sindicato, a possibilidade de encerrar a greve iniciada no último dia 14 de julho fica cada vez mais distante.

Segundo o site americano Deadline, as negociações podem ser suspensas até janeiro de 2024.

Até o momento, no entanto, não há informações oficiais sobre quando as partes retomarão as negociações. Em declaração à ANSA, o CEO da Netflix, Ted Sarandos, explicou que as conversas devem ser retomadas em breve.

"Voltaremos à mesa o mais rápido possível, porque todos queremos voltar a trabalhar", declarou o executivo à margem de um evento em Los Angeles.

Os atores de Hollywood iniciaram a paralisação em julho passado, seguindo a decisão do sindicato de roteiristas, para protestar por melhores condições contratuais e proteção contra o uso da inteligência artificial na indústria cinematográfica.

*Da Ansa

A semana começa sem ônibus circulando pelas ruas do Distrito Federal nesta segunda-feira (6). Os rodoviários aprovaram a greve durante assembleia realizada ontem (6). Pouco tempo depois, o Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10) suspendeu a paralisação. Ainda assim, as paradas de ônibus amanheceram cheias, o metrô ficou sobrecarregado e o trânsito mais pesado em razão do maior número de carros circulando. 

De acordo com o Sindicato dos Rodoviários do Distrito Federal, as empresas propuseram reajustes de 5,33% nos salários, no plano de saúde e no plano odontológico; de 8% no tíquete alimentação; e de 10% na cesta básica. A categoria, no entanto, considerou que os índices apresentados não foram satisfatórios. A greve tem o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT). 

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A Justiça classifica a paralisação como abusiva por ter sido deflagrada sem aviso regular e sem a fixação de percentuais mínimos de funcionamento do sistema rodoviário de transporte coletivo. O presidente do TRT-10 frisou que, embora as informações constantes dos autos demonstrem que a categoria informou às empresas a realização da greve com a antecedência de 72 horas exigidas em lei, não consta que a população tenha sido informada. 

Nas redes sociais, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, disse esperar que os rodoviários retornem à mesa de negociação com as empresas “pelo bem de todos”. “Milhares de trabalhadores dependem deles para tocar suas vidas”, postou. Ainda segundo Ibaneis, a Secretaria de Mobilidade tem feito todos os esforços para colaborar com o fim do movimento grevista. “A sociedade apela para que as partes cheguem a bom termo”. 

Metrô é alternativa 

Em nota, a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) informou que, em função da paralisação dos rodoviários, vai atuar com o máximo de sua capacidade, reforçando o quadro de pessoal nas estações de maior fluxo e, caso necessário, estendendo o horário de pico para transportar os usuários

 

Os sindicatos e associações ligadas ao Fórum dos Servidores da Segurança Pública de Pernambuco vão realizar uma Assembleia Geral Conjunta no próximo dia 7 de novembro. Nessa quinta (26), policiais e agentes voltados à pasta protestaram na Praça do Derby, no Centro do Recife, por valorização salarial e melhores condições de trabalho.

A passeata seguiu até o Palácio do Campo das Princesas e foi encerrada com a promessa de uma reunião geral com a Secretaria de Administração (SAD) na próxima segunda (30). A expectativa dos profissionais é que o governo do estado apresente soluções para as demandas já apresentadas.

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De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis (SINPOL-PE), Rafael Cavalcanti, a decretação de uma "operação padrão" - com contingentes mínimos em atividade - não está descartada caso não sejam apresentas medidas concretas às categorias da Segurança.

"O massacre pela falta de estrutura, sobrecarga de trabalho e os piores salários do país já vem acontecendo há muito tempo e por isso estamos adoecendo. Esse Governo tem a responsabilidade de resolver isso, ainda mais depois de todos os compromissos que assumiu com todos nós e com o povo pernambucano”, afirmou Rafael.

Participam do Fórum: representantes do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (SINPOL), Delegados (ADEPPE), Policiais Penais (SINPOLPEN-PE), cabo e soldados da PM (ACS), Praças da PM (ASPRA), Associação de Polícia Científica de Pernambuco - (APOC-PE), Sindicato dos Peritos Oficiais de Natureza Criminal (SINPOCRIM), Associação dos Peritos Médicos Legistas e Odontolegistas ( APEMOL), Associação dos Agentes de Perícia e de Medicina Legal (APEMEPE) e a Associação dos Peritos Papilocopistas.

Depois de 17 dias de paralisação, um acordo com a universidade, nesta sexta-feira (20) encerrou a greve de estudantes na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Conforme a instituição, os alunos se comprometeram a desocupar, durante este fim de semana, o prédio do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (Imecc), que havia sido ocupado no início do movimento. A decisão foi tomada em reunião entre a comissão de negociação constituída pela reitoria e representantes do movimento estudantil.

Integrantes do Diretório Central de Estudantes (DCE) confirmaram o acordo e disseram que a maior parte das reivindicações foi atendida pela universidade. Em nota, a Unicamp disse que, a partir da concordância mútua, foram elaborados ajustes, estabelecidos prazos e formadas comissões de acompanhamento para cada um dos itens da pauta de negociações.

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Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)  Foto: Antonio Scarpinetti 

As reivindicações incluíam cotas trans, cotas PCDs e acessibilidade, permanência indígena, condições de permanência dignas, defesa da universidade pública, combate à violência sexual e de gênero, contra o ponto eletrônico, contratação de professores e funcionários, não punição aos alunos que se mobilizaram e o afastamento definitivo do professor que teria empunhado uma faca contra os alunos.

O documento com as propostas atendidas e respectivos prazos estava em elaboração neste sábado, 21. "Um comunicado sobre as iniciativas que serão tomadas a partir da negociação será enviado ao conjunto da universidade acadêmica. A Reitoria reitera seu compromisso com o diálogo, com a democracia e com a busca por uma universidade plural e inclusiva", disse.

A greve teve início no dia 3 de outubro, depois que um professor da Unicamp foi flagrado empunhando uma faca durante abordagem por um grupo de alunos que faziam uma mobilização na universidade. Os estudantes protestavam contra a privatização de órgãos estaduais e a precarização do ensino universitário público.

O professor teve a faca apreendida pela polícia. Ele e o aluno supostamente ameaçado foram levados à delegacia. O docente foi afastado durante o segundo semestre e responde a processo administrativo disciplinar na universidade. Já a polícia considerou que os alunos teriam partido para cima do professor. A defesa do docente alega que ele agiu em legítima defesa.

Em assembleia geral realizada ontem, os estudantes da Universidade de São Paulo (USP), em greve desde 20 de setembro, votaram para continuar paralisados.

O encontro teve momentos de tensão, discordâncias e maior divisão entre os que defendem a saída da paralisação e os que apoiam a permanência.

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Diferentemente das assembleias anteriores, a decisão não foi decretada por contraste, mas por contagem do votos, com placar de 387 a 215 em favor da extensão da greve contra a proposta de voltar às atividades, mas manter estado de mobilização.

Após rodadas de negociações com os alunos, a reitoria chegou a apresentar uma série de compromissos, como a admissão de 1.027 docentes (sendo mais de 140 vagas abertas de forma antecipada), o aumento no número de bolsas para alunos de baixa renda, uma construção de creche na USP Leste e a garantia de que nenhum curso será fechado por falta de professores.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os atores em greve e os responsáveis pelos estúdios de Hollywood suspenderam suas negociações na quarta-feira, anunciaram ambos os lados, comprometendo as esperanças de uma rápida retomada da produção de filmes e séries após meses de paralisação.

As principais autoridades dos estúdios e plataformas como Disney e Netflix estavam em conversações desde a semana passada com representantes do sindicato SAG-AFTRA, que defende os interesses de 160 mil atores, dublês, dançarinos e outros profissionais da tela pequena e grande, em greve desde julho.

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Mas em um comunicado divulgado na noite de quarta-feira, os estúdios, representados pela Associação de Produtores de Cinema e Televisão (AMPTP), anunciaram a interrupção do diálogo.

"Após discussões sérias, ficou claro que a distância entre as posições da AMPTP e as da SAG-AFTRA é grande demais, e essas discussões não nos levam mais a um progresso frutífero", disseram os estúdios.

A AMPTP acusou os atores de terem exigências excessivas, incluindo uma divisão dos lucros provenientes da distribuição de obras em plataformas de streaming que "sozinha custaria mais de US$ 800 milhões (cerca de R$ 4 bilhões) por ano".

Denunciando "táticas de intimidação", o sindicato de atores responsabilizou imediatamente os estúdios por "espalhar informações enganosas" sobre a proposta apresentada durante as negociações, exagerando seu custo em 60%.

"De nossa parte, fizemos concessões significativas, transformando completamente nossa proposta de divisão de lucros: custaria às empresas menos de 57 centavos por assinante a cada ano. Eles rejeitaram a proposta", informou a SAG-AFTRA em seu comunicado.

No mês passado, os estúdios e plataformas de Hollywood chegaram a um acordo salarial com outro sindicato, o dos roteiristas de Hollywood, que pôs fim a uma greve de quase cinco meses.

Dada a semelhança entre as demandas dos atores e as dos roteiristas, o otimismo sobre a possibilidade de um acordo rápido parecia condizer com a realidade, o que não se concretizou.

Embora os roteiristas tenham voltado ao trabalho, a maioria das produções não poderá ser retomada enquanto a greve dos atores continuar, que começou em julho e custa à indústria milhões de dólares a cada dia.

Assim como os roteiristas, os atores pararam de trabalhar para pedir, em particular, um aumento em sua remuneração, que na era do streaming despencou, e medidas de proteção contra a inteligência artificial (IA).

Em teoria, o acordo entre os estúdios e os roteiristas deveria ajudar os atores a imitá-los, afirmam analistas.

Mas as exigências salariais e de garantias diante da IA da SAG-AFTRA vão além das de seus colegas roteiristas.

Exigem, especialmente, um maior aumento salarial e receber uma porcentagem dos lucros quando uma série é bem-sucedida, em vez de um simples bônus.

Além disso, os atores temem que a IA seja usada para clonar sua voz e sua imagem, sem seu consentimento e sem remuneração.

A Justiça do Trabalho determinou nesta sexta-feira (6), em decisão liminar, que sejam mantidos em serviço, na segunda-feira (9), 100% dos empregados que atuam nas atividades de controle de tráfego aéreo no País. Na terça-feira (3), os controladores ligados à estatal NAV Brasil representados pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores na Proteção ao Voo (SNTPV) haviam prometido entrar em greve por prazo indeterminado a partir da próxima segunda-feira.

Caso ocorresse, a paralisação deveria afetar as decolagens em 23 aeroportos, incluindo Guarulhos e Viracopos, em São Paulo, e Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Demais aeroportos do País também teriam impactos da greve. A Justiça estabeleceu multa diária de R$ 100 mil ao sindicato em caso de descumprimento da liminar. O Estadão procurou a entidade para comentar a decisão, mas não obteve resposta.

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O ministro José Godinho Delgado, do Tribunal Superior do Trabalho, determina ainda que sejam mantidos em serviço 90% dos empregados que atuam nas atividades de segurança e operação aéreas. No caso dos demais empregados, não ligados ao controle e às atividades de segurança de voo, a paralisação poderia atingir 40% do serviço.

Segundo o ministro, a duração do movimento não poderá durar por "prazo indeterminado", como anunciado, pela possibilidade de resultar em "prejuízos irreparáveis". O movimento dos trabalhadores liberados para a greve deve ocorrer apenas na segunda-feira, "respeitado o horário de menor risco às operações", diz a decisão.

A NAV Brasil havia pedido à Justiça que declarasse o movimento ilegal, o que foi negado. A estatal afirmou ter sido "surpreendida" com a convocação de seus empregados para a assembleia na qual foi aprovado o "estado de greve" pela categoria.

A empresa disse que a paralisação "compromete a segurança nacional e a segurança da navegação aérea e dos usuários" e alegou que o horário da greve "compreende os horários mais críticos para o tráfego aéreo nacional".

Em nota, a NAV Brasil afirmou que se mantém "aberta ao diálogo e permanentemente empenhando na busca da merecida valorização de seus empregados".

Na segunda-feira, os controladores planejavam suspender as atividades por uma hora, das 7h às 8h. Se, até o dia 16, não fosse fechado um acordo, a paralisação passaria a ser de duas horas por dia, das 7h às 8h e das 18h às 19h.

A NAV Brasil foi criada pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro no fim de 2020 a pedido dos militares, após a divisão da também estatal Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que cuida da administração dos aeroportos não privatizados do País.

Segundo o SNTPV, aeronaves em voo seriam somente afetadas durante o período da paralisação se não houvesse espaço no pátio para pousos. A entidade alertou durante a semana que poderiam ocorrer atrasos e cancelamentos de voos por parte das companhias aéreas, ou a necessidade de pouso em outro aeroporto.

Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 8,5%, correspondente à inflação desde o último acordo da categoria, melhores condições de auxílio à saúde e a realização de novos concursos para contratação de pessoal nos setores administrativo e operacional da estatal.

A empresa propôs aumento de reajuste de 4,83%. A proposta foi recusada por 64% dos 1.105 trabalhadores que participaram de assembleia online realizada na terça-feira, 3, e que na sequência decretaram a greve.

Em assembleia da Associação de Docentes da Universidade de São Paulo (Adusp), realizada na noite desta quinta-feira (5), os professores da USP decidiram manter a paralisação da categoria até a próxima terça-feira (10), quando devem se reunir novamente para deliberar como devem seguir no movimento.

Com a decisão de manter os braços cruzados, os professores continuam acompanhando os estudantes na greve estudantil, deflagrada há mais de duas semanas. As principais reivindicações dos manifestantes, que marcharam na Avenida Paulista nesta quinta, são a contratação de novos docentes e a melhoria na política de permanência estudantil.

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Conforme o Estadão mostrou, a universidade perdeu 800 professores nos últimos dez anos. Como a reposição da categoria não acompanha a quantidade de alunos, os estudantes de algumas faculdades precisam se juntar com outras turmas para acompanhar as aulas, e disciplinas correm o risco de deixar de serem oferecidas em virtude da ausência de profissionais para lecioná-las.

A greve ganhou adesão na última semana, com a inclusão de faculdades como Poli, Medicina e unidades da USP de outras cidades. Os grevistas têm feito barricadas nas faculdades, controlado acesso e, segundo professores, barrado a entrada de docentes no interior dos prédios. Os alunos entendem que esta é a única forma de impedir que a greve não seja desrespeitada com a retomada de aulas.

Uma negociação na quarta (4), entre os manifestantes e reitoria da USP avançou para um acordo entre as partes, com a proposta de abertura de mais 148 vagas para contratação de professores, número que corresponde à quantidade de profissionais aposentados em 2022. Entretanto, os estudantes resolveram manter a greve por entender que ainda há pautas que precisam ser atendidas. Uma nova reunião com a reitoria está agendada para a próxima segunda, 9.

O mesmo foi interpretado pelos docentes da Adusp nesta quinta. A categoria reconhece os avanços nas negociações, mas entende que ainda há possibilidades de mais progressos. Entre eles, a "reposição automática de cargos vagos em função de mortes, aposentadorias ou exonerações e às políticas de permanência estudantil", conforme afirma a nota divulgada pela Adusp.

Não são todos os professores que são à favor da paralisação das atividades. Docentes da Faculdade de Direito do Largo São Francisco divulgaram nesta quinta uma carta dizendo que não há mais possibilidade de negociação com os estudantes grevistas e que as aulas voltarão em formato online.

"A 'greve' não é dos professores. As aulas não serão repostas. Haverá perda do semestre para aqueles que não voltarem às atividades. Provavelmente, isso poderá causar prejuízos a todos e, mais imediatamente, àqueles que deveriam colar grau no final do ano", disse o diretor da São Francisco, Celso Fernandes Campilongo. "As aulas prosseguirão de modo virtual (online), para os professores que assim desejarem fazer", completou.

O professor da Escola de Comunicação e Artes (ECA) e ex-presidente do centro acadêmico da São Francisco, Eugênio Bucci, afirmou em artigo publicado nesta quinta no Estadão que as reivindicações dos grevistas já foram atendidas, com a contratação de mais professores e aumento das bolsas para estudantes vulneráveis, e entende que não há razão para o movimento atual.

"Os piquetes, organizados pela minoria da minoria, amontoando cadeiras escolares para bloquear portas e corredores das faculdades, ofendem a comunidade e rendem fotografias impactantes, que só servem para abastecer o discurso contrário à vida intelectual, à ciência e às artes", diz Bucci. "A história está cheia de jornadas de lutas estudantis que nos orgulham. Não é o caso da presente greve, é óbvio. Ela não nos orgulha", completou o professor.

A Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente da Câmara Municipal de São Paulo convocou o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) e a presidente do Sindicato dos Metroviários e filiada ao PSOL, Camila Lisboa, para que expliquem a greve do metrô da capital ocorrida na última terça-feira, 3. A convocação atende a um requerimento do vereador Rubinho Nunes (União Brasil) e é mais um capítulo na batalha política gerada em torno do tema nos últimos dias e que envolve Boulos, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Foram cinco votos a favor da convocação e apenas dois contra no colegiado. Contudo, a assessoria do deputado diz que a medida é inválida, já que o regimento da Casa não traz essa possibilidade.

No pedido de convocação, o vereador Rubinho Nunes afirmou que a greve impactou a vida dos cidadãos e que houve excessos, por falta de respeito a decisões judiciais acerca das escalas mínimas obrigatórias. Segundo ele, o movimento grevista seria "Ilegítimo e abusivo". Para justificar o pedido de convocação de Boulos, ele afirmou que o deputado tem demonstrado interesse em que não ocorra a privatização.

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Apenas os vereadores Arselino Tatto (PT) e Silvia da Bancada Feminista (PSOL) votaram contra o requerimento. Eles não fizeram questionamentos ao poder da comissão para fazer a convocação. Silvia afirmou, em seu voto, que "a base governista quer fazer politicagem". "Uma coisa é fazer política. É chamar uma audiência pública para discutir os temas que interessam ao povo, à população. E outra é fazer politicagem e querer pegar temas para querer surfar na onda, que é o que o vereador Rubinho Nunes faz nesse movimento", disse Silvia.

Boulos sempre costuma agir à margem da lei, sem ter que dar satisfações de seus atos. É seu estilo na política

Rubinho Nunes

Procurado, o gabinete do deputado Guilherme Boulos informou que não recebeu notificação sobre o assunto e que a convocação não é válida. "Não existe base legal para esse tipo de convocação. Infelizmente, o vereador responsável se mostra pouco preparado para desempenhar sua função", completou a assessoria do parlamentar.

O regimento da Câmara, em seu artigo 46, de fato dá às comissões permanentes a competência apenas para "convocar os Secretários Municipais, os responsáveis pela administração direta ou indireta e os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município, para prestar informações sobre assuntos inerentes às suas atribuições". Nem mesmo o plenário teria competência para convocar pessoas fora deste escopo.

Procurado para se manifestar sobre o fato de o regimento não prever convocações de pessoas fora das situações colocadas, o vereador Rubinho Nunes informou, por meio de seu gabinete, que "as convocações podem ser expandidas, por analogia, para deputados, pois há subsídio das Comissões de Inquérito da Casa". E também afirmou que "há a possibilidade de envio de carta convite para ouvir o deputado, que parece temer as explicações ao Legislativo". "Boulos sempre costuma agir à margem da lei, sem ter que dar satisfações de seus atos. É seu estilo na política. Pois agora terá que responder por suas atitudes de forma oficial", apontou Rubinho.

Os metroviários decidiram encerrar a greve na noite desta terça-feira (3) e recusaram propostas de realizar nova paralisação na próxima semana. A decisão foi tomada durante assembleia da categoria.

Foram apresentadas propostas pela continuidade da greve, sem interrupção, e pelo encerramento da paralisação com nova assembleia no dia 8 ou 9 e greve no dia seguinte. Mas, essas propostas de retomar a paralisação na próxima semana foram derrotadas.

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O resultado da votação foi anunciado pouco depois das 21h. Foram 2.952 votos, dos quais 2.331 pelo encerramento da greve e 587 por mantê-la. A proposta de nova paralisação na próxima semana foi recusada por 1.161 metroviários.

A greve unificada desta terça-feira foi em protesto contra o plano da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) de desestatizar as empresas públicas. O interesse pela privatização de linhas de Metrô e da CPTM, bem como da Sabesp, já era anunciado por Tarcísio desde a época de campanha eleitoral, no ano passado.

A greve conjunta de 24 horas contra privatizações convocada pelos sindicatos de funcionários da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) afetou mais de 3 milhões de pessoas direta ou indiretamente na Grande São Paulo nesta terça-feira - só as linhas do metrô paralisadas têm média diária de 2,7 milhões de atendidos.

Os sindicalistas alegam que a entrega da operação ao sistema privado pode tornar os serviços mais caros e com pior qualidade. O grupo cita, como argumento, falhas frequentes, como lentidão e descarrilamentos, nas linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, ambas administradas pela ViaMobilidade. Os erros levaram ao aumento de reclamação dos usuários do transporte e até investigação por parte do Ministério Público.

Na manhã desta terça-feira, em pronunciamento à imprensa sobre a greve, o governador Tarcísio de Freitas criticou o movimento organizado pelos sindicatos e ainda elogiou o trabalho das concessionárias que operam as linhas não afetadas pela greve. Por terem administração privada, as linhas 4-Amarela e 5-Lilás do Metrô e as 8-Diamante e 9-Esmeralda, da CPTM, não paralisaram as atividades em virtude do movimento de greve.

Linhas do metrô e trens metropolitanos em funcionamento nesta terça-feira (3):

Metrô

- Linha 1-Azul: fechada

- Linha 2-Verde: fechada

- Linha 3-Vermelha: fechada

- Linha 4-Amarela (ViaQuatro): funcionamento normal

- Linha 5-Lilás (Via Mobilidade): funcionamento normal

- Linha 15- Prata: fechada

Trens

- Linha 7-Rubi: de Caieiras à Luz

- Linha 8-Diamante (Via Mobilidade): funcionamento normal

- Linha 9-Esmeralda (Via Mobilidade): linha em operação e trecho entre Pinheiros a Jaguaré operando via singela

- Linha 10-Turquesa: fechada

- Linha 11-Coral: de Guaianases à Luz

- Linha 12-Safira: fechada

- Linha 13-Jade: fechada

Motivo de transtorno para os paulistanos ao longo desta terça-feira, 3, as greves nas linhas de metrô administradas pelo poder público, na CPTM e na Sabesp se transformaram rapidamente na mais nova arena de disputa eleitoral entre pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo em 2024. Os grevistas protestam contra a proposta do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que desde a campanha eleitoral no ano passado defende conceder a gestão de parte do sistema metroviário à iniciativa privada e privatizar a Sabesp sob o argumento de atrair mais investimentos e melhorar os serviços prestados à população.

Líder nas pesquisas até o momento, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) se tornou alvo de ataques dos adversários, entre eles o atual prefeito e adversário, Ricardo Nunes (MDB), porque o Sindicato dos Metroviários de São Paulo, um dos responsáveis por convocar a paralisação, é presidido por Camila Lisboa, filiada ao PSOL. Os sindicatos querem um plebiscito sobre o tema e os metroviários decidem, em assembleia a partir das 18h, os rumos da greve nos próximos dias. Na CPTM e a na Sabesp, não estão previstas novas assembleias e a paralisação deve se restringir a esta terça-feira.

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Ao Estadão, Tarcísio disse que não pensa em eleição municipal. "Estou pensando em investimento e dando andamento a estudos que me comprometi na campanha a fazer", afirmou. "[É] Natural estudar o ingresso de capital privado para aumentar a capacidade de investimento do Estado", acrescentou. Ele tem sustentado que a greve é política, já que não se trata de reivindicações por melhores condições de trabalho para os servidores.

Em diversas ocasiões nas últimas semanas, o governador elogiou Nunes e disse que é fundamental o alinhamento entre o Palácio dos Bandeirantes e a prefeitura da capital, em sinalização de que pode apoiar a reeleição do chefe do Executivo da capital. Mais cedo nesta terça-feira, questionou como São Paulo pode ser governada por alguém "que não vai querer dialogar com o governo", em referência a Boulos.

Como resposta, Boulos, disparou contra Nunes e Tarcísio e disse que a greve é responsabilidade da administração do governador devido à "intransigência" de não ter aceitado liberar as catracas em vez de paralisar os serviços. Essa proposta foi apresentada pelos sindicatos e rejeitada pela Justiça do Trabalho.

"É lamentável que o governador queira fugir de sua responsabilidade ao atribuir aos outros um problema gerado por ele mesmo e ao tentar partidarizar o debate. Pior ainda é ver um prefeito que abandonou a cidade querer fazer disso (a paralisação) palanque eleitoral", declarou o deputado ao Estadão.

A Seção de Dissídios Coletivos do Tribunal do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) decidiu na tarde desta terça-feira (3), aumentar a multa por descumprimento da liminar que obrigava os metroviários e ferroviários, em greve unificada, a colocar em funcionamento 100% das composições nos horários de pico na capital paulista.

“A pretensão de majoração de multa diária tem como escopo evitar que os transtornos ocorridos no período da manhã não se repitam no próximo horário de pico à tarde”, disse na decisão, a juíza Raquel Gabbai de Oliveira.

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Em decisão na última sexta-feira (29), o TRT determinou que fosse assegurada a circulação de 100% da frota de trens das 6h às 9h e das 16h às 19h e de 80% nos demais períodos, sob pena de multa de R$ 500 mil a serem pagos conjuntamente pelos três sindicatos de trabalhadores. Com a decisão de hoje, a multa passa a ser R$ 500 mil para cada sindicato.

De acordo com o Metrô, às 15h, estavam paralisadas as linhas 1, 2, 3 e 15. As linhas 4 e 5, operadas pela iniciativa privada, funcionavam normalmente. Na CPTM, as linhas 10, 12 e 13 estavam paradas, e a 7 e a 11 tinham operação parcial. A Linha 8, operada pela iniciativa privada, funcionava normalmente, e a 9, também operada pela iniciativa privada, apresentava problemas após uma falha elétrica que paralisou o trânsito de composições entre 8 estações.

Trabalhadores do Metrô, da CPTM e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) fazem desde o primeiro minuto de hoje (3) uma greve de 24 horas contra a privatização das companhias.

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