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Pela segunda vez consecutiva, o diretório pernambucano do Republicanos declarou apoio à campanha de João Campos (PSB), prefeito do Recife e candidato à reeleição na disputa de 2024. Na próxima quinta-feira (1º), o partido fará um ato de apoio a Campos, sendo o primeiro a declarar oficialmente apoio ao projeto contínuo do PSB na capital. Em 2020, a sigla realizou uma convenção de apoio ao socialista, sendo também a primeira a entrar para a chapa majoritária. 

O ato ocorrerá no Moinho Recife Business, no centro do Recife, às 16h30. A direção estadual considera o apoio a João Campos no Recife uma "prioridade” do Republicanos, partido que mais cresce proporcionalmente no Brasil e no estado. 

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“O prefeito João Campos vem fazendo uma grande gestão, voltada para o desenvolvimento econômico e social do Recife. Apesar de jovem, João demonstrou nesse primeiro ano a frente da prefeitura do Recife que sabe administrar com ações concretas para melhorar a vida dos recifenses. Nós do Republicanos confiamos no projeto de João e vamos estar juntos para que o Recife continue avançando”, disse o ministro de Lula, Silvio Costa Filho, presidente licenciado do Republicanos. 

Em Pernambuco, além de apoiar alguns partidos aliados em cidades estratégicas, o Republicanos pretende lançar cerca de 60 candidaturas. “Na próxima quinta-feira, iremos fazer um grande ato em apoio à reeleição do prefeito João Campos porque acreditamos que a gestão do prefeito vem transformando a vida dos recifenses. A gestão do prefeito João Campos é uma das mais bem avaliadas entre as capitais do país e isso é reflexo do conjunto de obras que vêm sendo tocado pelo prefeito na cidade. Recife virou um canteiro de obras estruturadas”, ressaltou o presidente do Republicanos em Pernambuco, Samuel Andrade. 

 

O Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) organiza um ato durante a visita do presidente Lula (PT) à Refinaria Abreu e Lima, nesta quinta (18), em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR).

A categoria convoca para a mobilização e informou que vai disponibilizar três ônibus para transportar os trabalhadores até a refinaria. A saída foi programada às 12h30, nos seguintes pontos de encontro: Estação Recife, Centro de manutenção de Cavaleiro e na Sede da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

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Os metroviários vão cobrar a retirada da CBTU e da Trensurb do Programa Nacional de Desestatização (PND). O ato também marca a cobrança por mais investimentos no metrô do Recife. 

 

Uma mulher foi presa na área externa do Supremo Tribunal Federal (STF), nessa segunda (8), depois de ameaçar espalhar o gás antraz no ato em defesa pela democracia. A cerimônia reuniu autoridades de todo o país em alusão à tentativa de golpe do 8 de janeiro. O agente biológico letal ficou conhecido pelo uso de terroristas.

Em nota, a Polícia Militar do Distrito Federal informou que o 1º Batalhão foi acionado por testemunhas que teriam visto a suspeita agredindo policiais judiciários. Ainda de acordo com a corporação, ela ameaçou contaminar o ambiente com gás antraz.

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A suspeita foi localizada dentro de um carro e, durante a abordagem, os policiais encontraram spray de pimenta e uma arma de choque em sua posse. Ela foi levada à 5ª Delegacia por ameaça terrorista e desacato. O caso foi encaminhado à Polícia Federal.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), estará no evento que marca um ano dos ataques antidemocráticos às sedes Três Poderes, em Brasília, nesta segunda-feira, 8. O chefe do Poder Executivo mineiro estava em dúvida, até então, com relação a participação do ato realizado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em nota, a assessoria de imprensa do governador informou que o mineiro estará às 15h no evento. "Ele participa de atos que marcam um ano de ataques às sedes dos Três Poderes, além de se reunir com o secretário do Tesouro na capital federal", diz o texto. Mais próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Zema faz parte dos governadores de oposição ao governo petista.

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A participação de Zema era incerta. Até a última sexta-feira, 5, a equipe do governador afirmava que a ida dele não havia sido definida.

Ao contrário de Zema, outros governadores da oposição não comparecerão ao evento. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que chegou a ser afastado das suas funções após os ataques de 8 de janeiro pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, afirmou estar de férias. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ex-ministro de Bolsonaro, está na Europa.

O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), não confirmaram presença. Já o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), enviou um ofício a Lula agradecendo pelo convite e afirmando não poderia participar por conta de "compromissos previamente agendados".

O ato desta segunda-feira no Congresso Nacional deve contar com cerca de 500 convidados. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, e o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB) vão discursar na cerimônia.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), era esperado para o ato. No entanto, segundo assessoria do deputado, ele precisou cancelar sua participação por causa de problemas de saúde na família e deve permanecer em Alagoas.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), avisou no começo da noite de domingo (7) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que não poderá participar, nesta segunda-feira (8), do ato no Congresso que marcará um ano dos ataques golpistas de 8 de Janeiro, apurou o Estadão/Broadcast. O deputado, que discursaria no evento, citou problemas de saúde na família, e deve permanecer em Maceió (AL).

Pelas redes sociais, Lira defendeu a punição de todos os responsáveis pela tentativa de golpe em 8 de Janeiro de 2023, uma semana após a posse de Lula. "Há um ano as sedes dos 3 Poderes da República foram atacadas e depredadas num ato de violência que merece ser permanentemente repudiado", publicou o parlamentar, no X (antigo Twitter).

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"Todos os responsáveis (pelo 8 de Janeiro) devem ser punidos com o rigor da lei, dentro do devido processo legal", emendou Lira. O presidente da Câmara afirmou que a liberdade de manifestação e o direito fundamental de protestar não podem se converter em violência e destruição.

Ao defender que se deve sempre celebrar a democracia, Lira disse que a Câmara tem cumprido seu papel constitucional e relembrou propostas legislativas aprovadas em 2023, como a reforma tributária, o novo arcabouço fiscal e a regulação do mercado de carbono.

"A Câmara dos Deputados, casa dos representantes do povo e expressão significativa de nosso regime democrático, tem dado o exemplo em prol do Brasil e dos mais caros valores consagrados em nossa Constituição Federal", escreveu o deputado.

"Todos esses avanços são a prova viva de que a democracia, exercida por cada um dos três poderes nos termos delimitados pela Constituição, é o único caminho possível para o desenvolvimento, prosperidade, geração de emprego e renda e bem estar dos brasileiros e brasileiras", acrescentou.

Nesta segunda-feira, autoridades da República se reunirão no Salão Negro do Senado para repudiar a invasão das sedes do Congresso, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF) que ocorreu um ano atrás, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) defendiam intervenção militar para tirar Lula da Presidência. O ato foi pensado pelo petista para que a tentativa de golpe não seja esquecida.

Está prevista a participação dos presidentes Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do Senado, Luís Roberto Barroso, do STF, Alexandre de Moraes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), além de ministros do governo Lula e dos comandantes do Exército, general Tomás Miguel Paiva, da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen, e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Marcelo Damasceno.

Uma área próxima à Esplanada dos Ministérios, em Brasília, foi cedida pelo governo federal para a construção do Museu da Democracia, espaço planejado para memória e união dos "setores democráticos do País". Iniciativa do Ministério da Cultura (Minc) em resposta aos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro, a escolha do terreno para este centro cultural é fruto de um acordo entre a pasta e a Secretaria de Patrimônio da União (SPU).

O espaço onde será erguido o Museu da Democracia está localizado no setor cultural do Distrito Federal. Exatamente ao lado do Teatro Nacional Claudio Santoro, na parte norte da Esplanada.

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Para este empreendimento serão investidos R$ 40 milhões, que sairão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

A fim de selecionar o projeto arquitetônico mais adequado para a iniciativa, o Minc e o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) farão um concurso nacional. Logo após esta etapa, será feita uma licitação da execução da obra, que tem expectativa de início em 2025.

De acordo com comunicado publicado nesta sexta-feira, 5, pelo Minc, o Museu não terá ligação com linhas ou partidos políticos. "O intuito é que seja uma instituição cívica, plural e construída em sintonia com todos aqueles que apoiam a democracia", diz a nota.

"Além disso, a institucionalização do Museu da Democracia deverá ser pautada por um processo participativo de consultas com especialistas, representantes de coletivos e entidades reconhecidamente engajadas em processos culturais e educativos voltados à valorização da democracia e dos direitos humanos", acrescentou.

Espaço virtual

Está marcada para a próxima segunda-feira, 8, data que se completa um ano dos ataques antidemocráticos, o lançamento do repositório do Museu da Democracia, que será um espaço virtual para sistematizar, organizar, e difundir conteúdos sobre a democracia contemporânea do País.

"Além de abrigar um memorial sobre os ataques antidemocráticos do ano passado, o repositório servirá de base para uma campanha para mobilizar museus e pontos de memória a refletirem enquanto agentes de um estado democrático e protagonistas de sua própria história, de maneira a enfatizar a importância da participação e do envolvimento social pela construção de direitos em nível local", explicou o MinC.

O ato para marcar o primeiro ano dos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, convocado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, será realizado na segunda-feira no Salão Negro do Congresso Nacional. O evento contará com a presença de cerca de 500 convidados, incluindo ministros do governo, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), parlamentares, governadores e outras autoridades.

A cerimônia, originalmente, seria batizada de Democracia Restaurada, mas o nome provocou insatisfação entre congressistas, como mostrou a Coluna do Estadão. Lula, então, rebatizou o ato como Democracia Inabalada, slogan que o STF havia utilizado em uma campanha institucional de 2023.

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Além do evento reunindo representantes dos Três Poderes no Congresso, haverá a abertura de uma exposição que relembra os ataques de 8 de janeiro no Supremo.

Confira, abaixo, o que está previsto para ocorrer em cada etapa das cerimônias.

Início das cerimônias

O ato Democracia Inabalada está previsto para começar às 15h. Antes disso, às 14h, na sede do STF, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente da Corte, vai conduzir o evento de abertura da exposição "Após 8 de janeiro: Reconstrução, memória e democracia". No STF, além de Barroso, é esperada a presença de ministros, autoridades e convidados. Os ministros que lá estiverem seguirão para o Congresso.

Na abertura do Democracia Inabalada, a ministra da Cultura, a cantora Margareth Menezes, vai interpretar o Hino Nacional. Em seguida, será exibido um vídeo institucional. Na sequência, vão discursar os presidentes dos Três Poderes e outras autoridades.

Autoridades convidadas e discursos

Além de Lula, estão previstos discursos de Luís Roberto Barroso, do STF; Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE); Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados; Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado e do Congresso; e Fátima Bezerra (PT), governadora do Rio Grande do Norte - que vai discursar na condição de representante dos Executivos estaduais.

São esperados cerca de 500 convidados. Entre as autoridades, estarão presentes o vice-presidente Geraldo Alckmin; o procurador-geral da República, Paulo Gonet; a ex-ministra do STF Rosa Weber; e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, e segunda-dama Lu Alckmin também estarão no ato. Também comparecerão ministros, secretários-executivos dos ministérios, governadores, presidentes de estatais e representantes de organizações da sociedade civil, como Aline Sousa, integrante do Movimento Catadores do Distrito Federal que entregou a faixa presidencial a Lula na posse em 2023.

Os comandantes das Forças Armadas também são esperados, mas ainda não há confirmação. A Coluna do Estadão mostrou que o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, chegou a pedir aos chefes militares que reservem suas agendas, para passar uma mensagem de compromisso com a legalidade e com as instituições democráticas.

Governadores da oposição não devem comparecer ao evento, como mostrou o Estadão. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), afirmou que estará de férias. Ele será representado pela vice Celina Leão (PP). O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), está na Europa, segundo informações do Palácio dos Bandeirantes.

Filiados ao PL, de Jair Bolsonaro, os governadores do Rio de Janeiro e de Santa Catarina, Cláudio Castro e Jorginho Mello, informaram, por meio das respectivas assessorias, que ainda não sabem se vão conseguir comparecer ao evento. A assessoria do governo de Minas Gerais informou que o evento não está na agenda de Romeu Zema (Novo). O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), enviou um ofício a Lula agradecendo pelo convite ao evento, mas disse que não poderia participar por conta de "compromissos previamente agendados".

Ao Estadão, os governadores Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e Raquel Lyra (Pernambuco), ambos do PSDB, confirmaram que participarão do ato.

Entrega simbólica de tapeçaria e exemplar da Constituição

Após os discursos, a cerimônia seguirá para as entregas simbólicas de dois itens vandalizados no ataque aos Três Poderes. Um deles é a tapeçaria de Burle Marx, obra de 1973 que, em 8 de janeiro do ano passado, foi danificada durante a invasão ao Congresso. A peça foi restaurada e, desde outubro, está reintegrada ao patrimônio do Senado.

A réplica da Constituição Federal, furtada durante o ataque ao Supremo Tribunal Federal, foi recuperada sem nenhum dano e também fará parte da cerimônia de entrega simbólica.

Exposição no STF

A exposição do STF "Após 8 de janeiro: Reconstrução, memória e democracia" será aberta ao público a partir de terça-feira, 9, das 13h às 17h, no térreo da sede da Corte.

A Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE) promove, na próxima segunda-feira (8), às 10h, um ato em defesa da democracia, dentro de uma mobilização nacional  contra as invasões à Praça dos Três Poderes, em Brasília, na mesma data em 2023. O ato será realizado em frente ao Monumento Tortura Nunca Mais, na rua da Aurora, no bairro da Boa Vista, área central do Recife. 

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Imagem: Divulgação/CUT Pernambuco 

O ato tem como objetivo aumentar o levante que ocorre em todo o país na data, intitulado “Democracia Inabalada”, que busca repudiar os atos orquestrados por grupos bolsonaristas no final de 2022, após a vitória do presidente Lula (PT) nas eleições presidenciais, contra o então presidente Jair Bolsonaro (PL). 

 

A oposição ao governo Lula no Senado Federal divulgou, na noite desta quinta-feira (4), um manifesto contra o ato Democracia Inabalada, organizado pelo Planalto com Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF) com o objetivo de marcar um ano dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. O documento encabeçado por Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição, critica "o abuso de poderes" do STF e clama pela "volta à normalidade democrática".

O manifesto foi assinado por 30 senadores, inclusive lideranças do PL, PP, Republicanos, PSDB e Novo, além de senadores como Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, e Sérgio Moro (União-PR).

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A nota de repúdio condena "vigorosamente os atos de violência e a depredação dos prédios públicos ocorridos no dia 8 de janeiro" e endossa as palavras de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, em entrevista coletiva em 23 de novembro do ano passado. Na ocasião, Pacheco afirmou que "nenhuma instituição tem o monopólio da defesa da democracia no Brasil".

"Cada instituição possui um papel específico no fortalecimento dos alicerces democráticos", ressalta o manifesto da oposição, que segue com críticas à conduta do STF. "O abuso dos poderes e o uso indevido de interpretações de dispositivos constitucionais pode matar a democracia", diz o documento.

Senadores criticam inquérito das fake news

Para os signatários do manifesto, o maior exemplo de "uso indevido" de um dispositivo constitucional é o Inquérito 4.781/DF, conhecido como "inquérito das fake news". Segundo os senadores de oposição, o inquérito gera uma "situação inusitada" na qual "o STF é vítima, investigador e julgador".

"Esse procedimento foge ao padrão estabelecido pelo sistema jurídico brasileiro de separação entre as funções de julgar e acusar", dizem os senadores. O documento relembra que a ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge já se posicionou pela nulidade do inquérito, instalado em 2019 a pedido do ministro Dias Toffolli, então presidente da Corte.

'Penas abusivas' aos presos pela invasão

A nota de repúdio da oposição também condena as "penas abusivas" impetradas contra os presos pela invasão aos prédios dos Três Poderes. Os senadores traçaram um paralelo entre os detidos em 8 de janeiro de 2023 com os manifestantes que estavam na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) em 6 de dezembro do ano passado. No Legislativo paulista, os protestos contra a aprovação do projeto de privatização da Sabesp, terminaram em conflito com a Polícia Militar.

Para os senadores de oposição, não é justo que os detidos na Alesp tenham sido liberados no dia seguinte e, hoje, respondam à Justiça em liberdade, enquanto os presos de 8 de janeiro respondem a possíveis penas entre 13 e 17 anos de reclusão. Conforme apurado pela Coluna do Estadão, a libertação dos detidos é a principal pauta da oposição, que preferiu a divulgação da nota de repúdio a um ato público de protesto.

Quem assinou o documento

Confira, a seguir, a lista dos 30 senadores que assinaram o manifesto

- Rogério Marinho (PL)

- Ciro Nogueira (PP)

- Flávio Bolsonaro (PL)

- Carlos Portinho (PL)

- Tereza Cristina (PP)

- Mecias de Jesus (Republicanos)

- Izalci Lucas (PSDB)

- Eduardo Girão (Novo)

- Alan Rick (União)

- Cleitinho (Republicanos)

- Damares Alves (Republicanos)

- Dr. Hiran (PP)

- Eduardo Gomes (PL)

- Esperidião Amin (PP)

- Hamilton Mourão (Republicanos)

- Jaime Bagattoli (PL)

- Jayme Campos (União)

- Jorge Seif (PL)

- Luiz Carlos Heinze (PP)

- Magno Malta (PL)

- Márcio Bittar (União)

- Marcos do Val (Podemos)

- Marcos Pontes (PL)

- Marcos Rogério (PL)

- Nelsinho Trad (PSD)

- Plínio Valério (PSDB)

- Sérgio Moro (União)

- Styvenson Valentim (Podemos)

- Wellington Fagundes (PL)

- Zequinha Marinho (Podemos)

Ato Democracia Inabalada

O ato Democracia Inabalada vem sendo planejado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva como cerimônia de memória dos ataques de 8 de janeiro de 2023. O evento acontecerá no Salão Negro do Congresso com a presença de ministros do governo, do STF, parlamentares e outras autoridades. A réplica da Constituição, que chegou a ser roubada do Supremo no dia em que a Corte foi alvo dos vândalos, ocupará um lugar de destaque na cerimônia.

A cerimônia, originalmente, seria batizada com o nome Democracia Restaurada, mas o bordão desagradou até a base do governo. Lula rebatizou o ato em aceno ao STF, que utilizou o slogan em uma campanha institucional em 2023.

O ministro interino da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, afirmou nesta quarta-feira, 3, que não há "preocupação maior" sobre a segurança do ato que vai relembrar o aniversário de um ano dos ataques de 8 de janeiro em Brasília. Em entrevista à Rádio Eldorado, o número 2 do ministério foi questionado sobre a movimentação de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em direção à capital federal neste início do ano e se haveria controle dos ônibus que entram na cidade.

"A segurança será reforçada, haverá monitoramento. O monitoramento está em curso", respondeu Cappelli. "Até o momento, não há nada que gere preocupação maior, adicional. Claro que essas informações de inteligência mudam todo dia, mas até o momento não há nada que gere preocupação."

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Autoridades do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) se reuniram na semana passada para discutir o esquema de segurança do evento. O objetivo da cerimônia é lembrar os ataques aos prédios públicos e reforçar compromissos com a democracia. O ato contará com a presença dos chefes dos Três Poderes e de governadores estaduais.

Alguns dos governadores mais alinhados ao ex-presidente, como Ibaneis Rocha (MDB) e Tarcísio de Freitas (Republicanos), já avisaram que não vão comparecer por estarem de férias. Como mostrou a Coluna do Estadão, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, pediu aos comandantes militares que reservem suas agendas em 8 de janeiro de 2024. Ele faz questão que as Forças Armadas estejam no evento preparado pelo Palácio do Planalto.

Cappelli defende gestão de Dino

Cappelli é braço direito de Flávio Dino desde que o próximo ministro do STF era governador no Maranhão. Ele é cotado para assumir o lugar de Dino no ministério e chefia a pasta enquanto o titular está de férias. Na entrevista à Eldorado, Cappelli defendeu a gestão atual na área de segurança pública e argumentou por uma maior integração entre as diferentes corporações de polícia.

"O que nós construímos esse ano (2023), independentemente da escolha que o presidente Lula deve fazer em breve, esse caminho tem se mostrado correto", disse. "Não há outro caminho para enfrentar o crime organizado que não seja o Susp (Sistema Único de Segurança Pública), a integração entre guarda municipal, polícias estaduais e federal."

Ele destacou que o efetivo da Polícia Federal (PF) não é suficiente para combater crimes de fronteira e disse não haver espaço fiscal para aumentar o número de agentes. Por isso, para Cappelli, a única saída seria a integração entre as forças de segurança. O número 2 do Ministério da Justiça citou o instrumento de Garantia de Lei e da Ordem (GLO) aplicado a portos e aeroportos do Rio de Janeiro como exemplo de êxito nessa integração.

"O que está saindo da GLO hoje é que conseguimos colocar na mesma mesa PF, PRF (Polícia Rodoviária Federal) e Receita Federal junto com Exército, Marinha e Aeronáutica discutindo segurança pública", afirmou. "O principal legado da GLO é a integração."

O ministro interino citou como outra prioridade o combate ao crime organizado nos presídios e o enfrentamento a crimes financeiros. Sobre esse último assunto, Cappelli afirmou que o ministério está montando uma unidade de inteligência financeira da PF com o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Governadores ligados à oposição não devem comparecer ao evento que será promovido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 8 de janeiro de 2024, para marcar o "aniversário" de um ano dos atos golpistas que tomaram Brasília. Embora o Palácio do Planalto ainda não tenha enviado os convites, chefes de Executivo estaduais alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já adiantaram que não vão conseguir participar do ato.

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), já avisou ao Planalto que estará de férias no início de janeiro e, por isso, não conseguirá comparecer ao evento. Apoiador da reeleição de Bolsonaro, Ibaneis foi afastado do cargo, no dia dos atos golpistas, pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por "conduta dolosamente omissiva". Ele só voltou ao cargo em 15 de março. A assessoria de imprensa do governo do Distrito Federal informou, em nota, que a vice-governadora Celina Leão (PP) comparecerá ao evento com Lula.

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Considerado o provável herdeiro dos votos de Bolsonaro em uma possível eleição presidencial, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também não vai comparecer ao evento organizado por Lula. O Palácio dos Bandeirantes informou que o governador está na Europa e não retorna ao País antes do ato. O vice Felício Ramuth (PSD) também não estará no Brasil no próximo dia 8.

Questionada pela reportagem, a assessoria do governo paulista não confirmou se o governo paulista enviará representante à solenidade. Tarcísio criticou publicamente os atos golpistas no início de 2023. Em publicação no X (antigo Twitter) em 8 de janeiro, ele afirmou que "manifestações perdem a legitimidade e a razão a partir do momento em que há violência".

Filiados ao mesmo partido de Bolsonaro, os governadores do Rio de Janeiro e de Santa Catarina, Cláudio Castro e Jorginho Mello, informaram, por meio das respectivas assessorias, que ainda não sabem se vão conseguir comparecer ao evento. Já a assessoria do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), declarou que o convite para o ato não foi feito. O governo de Minas Gerais, comandado por Romeu Zema (Novo), também foi procurado pela reportagem, mas não retornou.

Nas redes sociais, Cláudio Castro e Ratinho Júnior criticaram os atos golpistas no início do ano. "Repúdio profundamente os atos de violência e os distúrbios acontecidos hoje (8 de janeiro de 2023), no planalto e no STF, na capital do País", escreveu o governador do Paraná. Já Jorginho Mello demonstrou preocupação com a prisão dos golpistas presos.

Proposto pelo presidente, o ato em 2024 é para lembrar os ataques aos prédios públicos e reforçar compromissos com a democracia. No último dia 20, em reunião ministerial, Lula afirmou estarão presentes os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Supremo, Luís Roberto Barroso. Ele também pediu a presença de ministros do governo.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vai interromper suas férias em janeiro por dois dias para participar da cerimônia marcada para lembrar os ataques aos prédios das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023 e reforçar compromissos com a democracia.

Inicialmente, o ministro teria um período de descanso de 2 a 12 de janeiro. Contudo, um novo despacho, publicado hoje no Diário Oficial da União, informa que o ministro irá tirar férias de 2 a 7 de janeiro e de 10 a 12 de janeiro.

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A previsão é de que, com a interrupção, Haddad possa marcar presença no ato do dia 8 de janeiro, que foi anunciado recentemente pelo ministro da Justiça e Segurança Pública e futuro ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino.

Segundo Dino, a cerimônia vai ocorrer às 15 horas, no Senado Federal. O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, são esperados para o evento.

Na manhã desta segunda (11), feirantes de São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife (RMR), protestaram em frente ao Pátio da Feira para cobrar novos boxes à Prefeitura. A Avenida Doutor Francisco Correia foi bloqueada pelos manifestantes, que atearam fogo em caixas e pedaços de madeira.

As primeiras informações apontam que os comerciantes mais antigos do local se revoltaram por não terem sido contemplados com os novos equipamentos inaugurados pela gestão. A avenida principal foi interditada por dezenas de pessoas aos gritos de "queremos trabalhar".

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O Corpo de Bombeiros informou que não foi acionado para a ocorrência. A Prefeitura disse que os feirantes já receberam os boxes requalificados, mas que vai avaliar caso a caso para identificar se algum deles não recebeu.

No calçadão da Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, 164 pares de calçados femininos, lado a lado, representavam uma triste estatística. São vítimas de feminicídio, casos em que pessoas são mortas pelo fato de serem mulheres, uma discriminação de gênero. No estado do Rio, foram 111 casos em 2022 e 53 no primeiro semestre deste ano.  

“É um ato em memória e homenagem para a gente tentar sensibilizar a sociedade, de modo geral, a respeito dessa epidemia da violência contra mulher, em que o ápice é o feminicídio”, explicou à Agência Brasil a artista visual Marta Moura, coordenadora do ato e representante do coletivo Levante Feminista RJ.  

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A ação deste sábado (25) marca o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres. 

Violência crescente

Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que no primeiro semestre de 2023, o número de feminicídios no país cresceu 2,6% em comparação com o mesmo período de 2022. Foram 722 vítimas. Os números de estupro tiveram aumento maior, 14,9%. Foram 34 mil registros, ou seja, um a cada oito minutos.

A Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher, feita com 21,7 mil pessoas e divulgada na última terça-feira (21) pelo DataSenado, revelou que 30% das mulheres do país já sofreram algum tipo de violência doméstica ou familiar provocada por um homem. Entre elas, 76% enfrentaram violência física.

Para Marta, as estatísticas camuflam uma subnotificação de casos de violência. “A gente tem evidências de que são maiores porque existem muitas mulheres que vivem a violência, como a sexual e a doméstica, por exemplo, e que não chegam a registrar um boletim de ocorrência”.

“A gente precisa apoiar essas mulheres para elas conseguirem chegar às vias de fato da denúncia e se protegerem”, completou a ativista que vivenciou na infância o caso de tentativa de feminicídio cometido pelo pai contra a mãe dela.

Mulheres pretas

As estatísticas mostram que as dores da violência contra mulheres estão mais presentes nas mulheres negras. Uma pesquisa da Anistia Internacional mostrou que elas são 62% das vítimas de feminicídio.

“Nós somos as mulheres mais vulneráveis de toda a estrutura social no Brasil, branca e machista”, disse Raquel Matoso, representante do Movimento Negro Evangélico. Ela ressalta que a violência é mais presente quando há transversalidades. “Principalmente mulher preta lésbica, mulher preta trans”.

Outras violências

As ativistas destacam que a violência contra a mulher é, na verdade, um conjunto de violências, ou seja, vários tipos de agressões que não podem passar despercebidas, sejam físicas, psicológicas ou assédios.

Levantamento feito pelos institutos Patrícia Galvão e Locomotiva, em parceria com a Uber, aponta que três em cada quatro mulheres já sofreram algum tipo de violência em deslocamentos. As situações mais vivenciadas são cantadas e olhares insistentes.

Marta entende que a não percepção do que é violência contra a mulher acaba colaborando para a subnotificação.

“A cultura machista misógina nos ensina algumas naturalizações de alguns comportamentos que são, no fundo, violência”, disse. Para ela, entender o que não deve ser tolerado é uma forma de evitar que as estatísticas continuem crescentes.

“Hoje, a gente consegue entender que uma chantagem, uma opressão em relação à roupa são indícios de que essa violência já está acontecendo. Então, a informação e a educação seriam o caminho para a gente fazer com que as mulheres que já vivem relações tóxicas possam entender que elas estão inseridas em um contexto que, infelizmente, pode acabar com a vida delas futuramente”, explicou.

Educação

Mostrar para mulheres, desde jovens, quais são as violências contra elas é um dos motivos que fizeram a sindicalista Keila Machado participar do ato e levar a sobrinha, a pré-adolescente Tamires Bonfim.

“Para ela já entender as lutas que as mulheres têm que enfrentar desde sempre. É importante saber porque ela já pode replicar para algumas amiguinhas. É um assunto que deveria ser tratado, inclusive, nas escolas”, disse a tia.

“A gente precisa também ensinar aos meninos que mulher não é propriedade. Essa educação desde a infância é muito importante para que se tenha um futuro melhor”, complementou.

Tamires saiu do ato com um compromisso: “Vou fazer uma redação sobre combate à violência para entregar na escola”. 

Leis

A vereadora carioca Monica Benicio (PSOL) considera que o país tem legislação de referência para a proteção das mulheres, como a Lei Maria da Penha, mas que isso não retira a necessidade de “sempre fazer um debate sobre a atualizações e a eficiência dessas leis”. 

Viúva de Marielle Franco, vereadora assassinada em 2018, Monica lamentou que ainda existam muitos casos de mulheres que sofrem violência mesmo estando sob medidas protetivas determinadas pela Justiça. 

“Infelizmente, essa é uma realidade para a maior parte das mulheres que vivem em situação de violência. A falta de autonomia financeira, por exemplo, de não conseguir ter autonomia para sair dos seus lares, da convivência do seu agressor, é uma realidade. A promoção de políticas públicas que possam produzir uma sociedade onde mulheres tenham sua autonomia financeira e de vida tem de ser um projeto de Estado”, declarou. 

As cores do arco-íris dão o tom à orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, neste domingo (19). É a 28ª edição da Parada LGBTI+, a mais antiga do país. Além de celebrar a diversidade, organizadores e participantes pedem o combate a retrocessos que ameaçam direitos de lésbicas, gays, bissexuais, pessoas trans e interssexuais, com o lema "O Amor, a Cidadania e a Luta LGBTI+ Jamais Vão Recuar".

Um dos retrocessos que os organizadores e apoiadores da parada apontam é o projeto de lei no Congresso Nacional que prevê proibir casamento entre pessoas do mesmo sexo, direito garantido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) desde 2011.

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A deputada Dani Balbi (PCdoB), primeira transsexual da Assembleia Legistativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), defendeu maior participação das pessoas LGBTI+ na política.

“Se o segmento LGTBI+ não está ocupando os parlamentos municipais, estaduais e federal, há um déficit de representatividade. É muito importante que, cada vez mais, ocupemos esse espaço para materializar as políticas públicas para buscar uma sociedade mais equânime”, disse. “Ainda morremos bastante, temos uma série de direitos desrespeitados, dificuldades em relação ao mercado de trabalho, ao ensino”, pontuou.

No Brasil, de acordo com o primeiro levantamento oficial feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há pelo menos 2,9 milhões de pessoas de 18 anos ou mais que se declaram lésbicas, gays ou bissexuais. Ainda não foram feitos levantamentos nacionais oficiais do restante da população LGBTQIAP+.    Para Cláudio Nascimento, presidente do Grupo Arco-Íris e coordenador-geral da marcha, o evento mostra que pode-se "fazer luta com muita guerra, mas também alegria e celebração. A gente pode celebrar com o punho em riste. Nós temos nossa própria dinâmica enquanto movimento social”. 

Os organizadores e apoiadores ressaltaram ainda que a pauta do evento não é uma luta exclusiva para a comunidade LGBTI+. “Não precisa ser LGBTI+ para defender direitos LGBTI+”, disse Carlos Tufvesson, coordenador executivo da Diversidade Sexual da prefeitura do Rio. “Eu não preciso ser negro para ser contra o racismo”, comparou.   Um dos trios elétricos na orla representa a temática da defesa de direitos de negros, indígenas e religiões minoritárias.

Anjos da diversidade 

À frente da parada, estão oito participantes caracterizados como anjos da diversidade. Exibindo nas costas um par de asas de 1,5 metro de altura, Igor Almeida representa o anjo arco-íris da diversidade.

  “Estamos aqui para trazer a paz, o amor, a harmonia, a verdade, a sinceridade e o carinho. Mostrar que os anjos, que representam a paz celestial, também podem reinar na parada gay”, explicou à Agência Brasil. 

Para animar os participantes, são oito trios elétricos na Avenida Atlântica. As cantoras Lexa e Valéria Barcellos são as convidadas a se apresentar ao lado de mais 50 artistas da comunidade LGBTI+. 

 “Na minha família, meu irmão é gay. Vejo o preconceito dentro da nossa família. A gente tem que defender o amor, essa é a maior mensagem. Para isso, a gente traz a música e a leveza”, afirmou Lexa. 

A partir desta edição, Valéria terá a responsabilidade de ser a voz do Hino Nacional durante as paradas.  Cidadania e saúde Além da celebração da diversidade, do combate à LGBTIfobia e aos retrocessos, o evento é um espaço para o cuidado da saúde da população.

A prefeitura do Rio montou um estande para oferecer vacinação, testagem de sífilis e hepatites, e informações sobre PrEP e PEP. A Fiocruz também faz acompanhamento. A Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) é um método preventivo que consiste no uso diário de um comprimido antirretroviral por pessoas que não vivem com o HIV, mas que estão expostas à infecção. A Profilaxia Pós-Exposição (PEP) é uma medida preventiva de urgência que atende indivíduos já expostos ao vírus por diferentes motivos.

Parceiros como o Tribunal de Justiça, Defensoria Pública e Ministério Público estão em trailers na Avenida Atlântica prestando serviços de cidadania. O posto avançado faz atendimentos de possíveis situações de LGBTIfobia ou outros delitos nas áreas criminal, cível, violência doméstica, entre outros.  Turismo O tradicional desfile na orla de Copacabana é o terceiro evento que mais atrai turistas para o Rio de Janeiro, atrás apenas do Carnaval e do Réveillon.

“Essa parada faz o dono do hotel ganhar, o vendedor de mate ganhar, o motorista do Uber. É uma cadeia democrática. A gente está dinamizando uma economia”, disse o presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Marcelo Freixo. A edição deste ano tem apoio da empresa do governo federal.

“A parada não é uma coisa que termina em um dia. É um processo civilizatório. A gente quer que o mundo visite um Brasil que não é racista, não é machista, onde as trans não são assassinadas. Esse é o país que estamos construindo”, declarou. 

Servidores estaduais realizam, nesta terça-feira (14), ato em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), localizada na área central do Recife. Profissionais, coordenados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT-PE), pressionam a governadora Raquel Lyra (PSDB) para obter retorno de algumas demandas, como reajuste salarial das categorias e aporte de recursos para o Sistema de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado de Pernambuco (Sassepe).

"A gente está na luta por nossas condições de trabalho, por nossa remuneração, mas, fundamentalmente para construir em Pernambuco um serviço público de boa qualidade, que a gente deseja e a população merece (...) e a gente não vai dar trégua para Raquel Lyra, a gente não vai dar trégua ao autoritarismo", afirmou Paulo Rocha, presidente da CUT-PE, durante a manifestação. 

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Ato dos servidores do Estado. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Ato dos servidores do Estado. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Para marcar um mês do ataque do Hamas ao território de Israel, que causou a morte de 1.400 pessoas, a organização não governamental (ONG) Rio de Paz realizou ato, nesta terça-feira (7), para homenagear as vítimas israelenses e pedir a libertação dos reféns levados para a Faixa de Gaza.

Fotografias de cerca de 30 crianças sequestradas e 1.400 bandeiras israelenses foram fincadas nas areias da Praia de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro.

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“Esse ato tem três objetivos: expressar solidariedade aos parentes das vítimas, repudiar o terrorismo e pedir a soltura dos reféns, entre os quais as crianças aqui representadas por essas fotos. Não dá para chamar o que o Hamas fez de luta do oprimido contra o opressor”, afirma Antônio Carlos Costa, presidente da ONG que é conhecida por seus atos contra a violência.

Ataques de Israel

Em resposta à ação do grupo palestino, as Forças Armadas israelenses iniciaram um bombardeio e, posteriormente, uma ofensiva terrestre a Gaza, que duram até hoje e já deixaram cerca de 10 mil mortos, entre eles quase 4 mil crianças, de acordo com o Ministério da Saúde do território palestino.

De acordo com a Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNRWA), mais de 24 mil ficaram feridos e 2,2 mil estão desaparecidos em Gaza, possivelmente sob os escombros dos bombardeios de Israel.

Os ataques israelenses deixaram 1,5 milhão de deslocados - 700 mil buscaram refúgio em abrigos da própria organização.

Na semana passada, a Rio de Paz havia feito um ato protestando contra as mortes provocadas por Israel em Gaza. 

“Se você silencia diante do que o Hamas fez contra o povo israelense, com que autoridade você vai denunciar as demais violações de direitos que ocorrem no mundo, em especial a morte dessas crianças na Faixa de Gaza? Portanto, nessa guerra, não dá para apoiar incondicionalmente nenhum dos lados”, afirmou Antônio Carlos Costa.

Os sindicatos e associações ligadas ao Fórum dos Servidores da Segurança Pública de Pernambuco vão realizar uma Assembleia Geral Conjunta no próximo dia 7 de novembro. Nessa quinta (26), policiais e agentes voltados à pasta protestaram na Praça do Derby, no Centro do Recife, por valorização salarial e melhores condições de trabalho.

A passeata seguiu até o Palácio do Campo das Princesas e foi encerrada com a promessa de uma reunião geral com a Secretaria de Administração (SAD) na próxima segunda (30). A expectativa dos profissionais é que o governo do estado apresente soluções para as demandas já apresentadas.

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De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis (SINPOL-PE), Rafael Cavalcanti, a decretação de uma "operação padrão" - com contingentes mínimos em atividade - não está descartada caso não sejam apresentas medidas concretas às categorias da Segurança.

"O massacre pela falta de estrutura, sobrecarga de trabalho e os piores salários do país já vem acontecendo há muito tempo e por isso estamos adoecendo. Esse Governo tem a responsabilidade de resolver isso, ainda mais depois de todos os compromissos que assumiu com todos nós e com o povo pernambucano”, afirmou Rafael.

Participam do Fórum: representantes do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (SINPOL), Delegados (ADEPPE), Policiais Penais (SINPOLPEN-PE), cabo e soldados da PM (ACS), Praças da PM (ASPRA), Associação de Polícia Científica de Pernambuco - (APOC-PE), Sindicato dos Peritos Oficiais de Natureza Criminal (SINPOCRIM), Associação dos Peritos Médicos Legistas e Odontolegistas ( APEMOL), Associação dos Agentes de Perícia e de Medicina Legal (APEMEPE) e a Associação dos Peritos Papilocopistas.

Na última sexta-feira (1), estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), campus Recife, tiveram um mal-estar após alimentação no restaurante universitário da instituição (RU), que é administrado pela empresa General Goods. Vômitos, diarreia e dores abdominais foram os principais sintomas relatados pelos alunos, de acordo com um levantamento realizado pela Casa do Estudante. Através do formulário on-line, a CEU’s contabilizou mais de 1200 relatos de mal-estar. Algumas vítimas precisaram de atendimento médico em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). O LeiaJá também encontrou relatos de casos de intoxicação alimentar nas redes sociais.

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Nesta segunda-feira (4), diversos alunos da UFPE participaram de um ato em frente ao restaurante universitário, que foi reaberto em maio de 2023 após dois anos sem funcionamento. Aos gritos de “Fora, General Goods” e “Fora, reitor Alfredo [Gomes]”, eles pediam por qualidade e segurança no serviço oferecido de alimentação à comunidade acadêmica.

Júlio Gomes/LeiaJá

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Os manifestante chegaram a entrar no RU para protestarJúlio Gomes/LeiaJá

Entre os estudantes que passaram mal, está Vinícius Souza, que estuda ciências biológicas e é morador da Casa do Estudantes desde novembro de 2022. Ele disse à reportagem que os relatos de mal-estar começaram já na segunda-feira (28). 

"O foco do surto mesmo [intoxicação] foi da sexta para o sábado. Na Casa [do Estudante] teve gente vomitando pela janela, porque não dava nem tempo de chegar no banheiro. Os corredores de lá estão sujos, os banheiros, que já são precários, ficaram piores. Foi um surto infeccioso entre os alunos. No sábado, começamos a nos articular em um grupo no WhatsApp e percebemos que não era só a gente que estava passando mal, mas toda a universidade. Então, demos início a um formulário, que mostra que as pessoas tiveram sintomas semelhantes, mas, alguns se destacaram, como diarreia, dor de cabeça, febre, vômitos”, salienta.

Vinícius também contou que chegou a desmaiar e que um amigo vomitou sangue. Ao LeiaJá, o universitário ressaltou que a Casa do Estudante entrou em contato com a Pró-reitoria, que foi ao local para prestar assistência às vítimas. No entanto, ele pontua que a atuação da Pró-reitoria não foi suficiente para a gravidade do caso. “Eles levaram uma enfermeira até a Casa do Estudante. Ela analisou o que a gente tinha, mas, nada além disso. O máximo que disseram foi para a gente ir para a UPA e tomar os remédios que já estávamos usando”. Durante a entrevista, o estudante falou que ainda apresenta sintomas como dor de cabeça e enjoo.

Vinícius Souza é estudante de ciências biológicas e morador da Casa do Estudante. Ele chegou a desmaiar por causa da infecção alimentar. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Mesmo com os casos de infecção alimentar o RU segue aberto

Dois dias após o ocorrido, o restaurante universitário funcionou nesta segunda. De acordo o com pró-reitor para assuntos estudantis da UFPE, Fernando José do Nascimento, uma equipe da Vigilância Sanitária esteve no local e acompanhou o preparo das refeições de hoje. "Desde que a universidade foi notificada, nós acionamos de pronto a Vigilância Sanitária e Epidemiológica. Então, ontem, a Vigilância Sanitária passou aqui (UFPE), aproximadamente, quatro horas fazendo uma inspeção detalhada da cozinha, do setor de produção, do estoque, que não foi encontrado nada que justificasse o fechamento do RU”, afirmou em entrevista ao LeiaJá.

À reportagem, o pró-reitor esclarece que uma equipe da Vigilância Sanitária coletou material para uma análise clínica “do que a empresa [General Goods[ recebeu do fornecedor e identificar a causa [intoxicação]. É certo que, até o presente momento, [o problema] não está na produção e no serviço. A Vigilância Sanitária esteve aqui ontem e hoje e não encontrou nada que depusesse contra o restaurante”, frisou.

O restaurante universitário aberto gerou um incômodo em alguns estudantes, que chegaram a alegar que a UFPE e General Goods estavam tratando os estudantes como cobaias. A estudante Charly, que cursa pedagogia e é moradora da casa mista do estudante, pontuou que os relatos de mal-estar dos alunos da instituição não são novidade. “Casos isolados, que foram levados à administração do RU, para a Proaes, para uma comissão de estudantes. Então, esses casos de infecção, intoxicação alimentar vem ocorrendo por uma questão estrutural do RU”, contou.

A aluna critica o funcionamento do espaço, que contou com um público reduzido durante o almoço. "Eu acho que o restaurante funcionando significa que nós estamos aqui diante de um experimento público. Por mais que a vigilância sanitária diga 'pode abrir o RU porque vamos analisar a produção da comida', mas, como é que você vai analisar essa qualidade com insumos que vieram da semana passada? Com coisas que estão armazenadas e a gente nem sabe como está funcionando", critica. 

À reportagem, Charly conta que algumas vezes o restaurante serviu pão morfado aos estudantes. "Na sexta-feira não teve pães morfados, mas já rolou outras vezes no restaurante universitário". Questionado sobre o caso, Fernando José do Nascimento afirmou que as pontuações dos alunos da UFPE não foram amplamente difundidas. "Nós temos uma canal para atender essa demanda [RU]. Pedimos para que esses casos sejam relatados nessa plataforma ou na ouvidoria", menciona. 

Pró-reitor para assuntos estudantis da UFPE, Fernando José do Nascimento, almoçou no RU enquanto estudantes realizavam ato no local. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

General Goods e casos de intoxicação alimentar

Este não é o primeiro episódio de intoxicação alimentar envolvendo a General Goods. Em março de 2022, 60 estudantes da Escola Técnica Estadual Luiz Alves Lacerda, no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife, tiveram mal-estar após a merenda, de responsabilidade da terceirizada. Na época, a empresa alegou que não houve irregularidades nas refeições servidas na instituição. 

Para a reabertura do restaurante universitário, a UFPE realizou um processo se licitação para escolha da empresa que ofertaria o serviço, sendo a General Goods a escolhida. A contratação da terceirizada foi publicada no Diário Oficial, em março de 2023. "Contratação de empresa especializada na prestação de serviços para a produção e distribuição de refeições para coletividade sadia no restaurante universitário da Universidade Federal de Pernambuco, Campus Joaquim Amazonas, Recife, PE, que serão prestados nas condições estabelecidas no termo de referência, anexo do edital". 

A reportagem questinou Fernando José do Nascimento sobre a contratação da General Goods, diante de uma caso semelhante no Estado, após todo o processo de licitação realizado pela UFPE. O pró-reitor afirmou que todos os documentos solicitados à empresa foram entregues e não havia nenhuma sinalização sobre o caso ocorrido no Cabo de Santo Agostinho.

Com 10 campi e mais de 50 cursos de graduação, a Universidade de Pernambuco (UPE) não possui restaurante universitário (RU). A demanda é uma luta antiga dos estudantes da instituição, que é de responsabilidade do Governo de Pernambuco. Nesta quinta-feira (10), por volta das 12h, uma fila se formou em frente à Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora da Graças, da UPE, localizada no bairro de Santo Amaro, área central do Recife. Estudantes aguardavam a distribuição da feijoada, organizada pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE UPE).

O ato simbólico, que inicialmente cobraria R$ 1 pela refeição, foi uma maneira encontrada pelos alunos para reivindicar a construção do RU. Os discentes também aproveitaram para cobrar à governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), para que a universidade, assim como a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Universidade Rural de Pernambuco (UFRPE), tenha um local de oferta de refeições a preços populares.

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Distribuição de feijoada na UPE. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Distribuição de feijoada na UPE. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

A cobrança não é novidade para a reitoria ou gestão estadual, que, em janeiro de 2023, durante cerimônia de posse da nova reitora da UPE, Profª Socorro Cavalcanti, prometeu a construção de RUs. À reportagem, João Mamede, Coordenador Geral do Diretório Central dos Estudantes da UPE (DCE UPE), ressalta que esse tipo de ato já é tradição dos movimentos estudantis no Estado.

“Na UPE existe o problema da insegurança alimentar dos estudantes. A gente decidiu fazer aqui na universidade porque a gente entende que o nosso programa de assistência estudantil está muito atrasado, não temos orçamento”. Segundo João Mamede, o quantitativo destinado à política de permanência dos alunos da universidade estadual é de R$ 2,4 milhões (moradia, alimentação, mobilidade, entre outras).

O coordenador geral do DCE UPE também salineta que a data para a realização do “feijoato” faz referência ao Dia do Estudante, que será comemorado na sexta-feira (11). “Esse campus que a gente está só tem curso integral, que as pessoas já têm dificuldades de permanecer, os alunos passam o dia toda aqui. Alguns trazem marmita, mas não tem onde armazenar ou esquentar. Então, a gente está chamando a atenção desse problema aqui na Universidade de Pernambuco”.

João Mamede (camisa preta) é Coordenador Geral do Diretório Central dos Estudantes da UPE (DCE UPE). Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

As discentes do curso de enfermagem e integrantes do Diretório Acadêmico (DA), Hisabele Maria e Isadora Soares, em entrevista ao LeiaJá, comentam que o ato é importante e que a fila que se formava em frente à faculdade deveria ser corriqueira, se a UPE tivesse um restaurante universitário. “A gente achou o ato muito interessante, porque é um movimento de luta e conquista. Hoje, deveria ser o que todo dia deveria acontecer. Todo dia, a gente deveria montar uma fila, com comida para todo mundo, com preços acessíveis e de qualidade”, expõe Hisabele.

“Esse momento é muito importante. De certa forma é algo divertido para a gente, mas é um movimento de protesto, para a gente chamar atenção para o que acontece aqui na UPE, que é a falta do RU. Ninguém estuda com fome, ninguém vive com fome. A gente passa o dia aqui dentro, a gente precisa comer, a gente precisa se sustentar e não é fácil. A gente nem está pedindo as três refeições, a gente só está pedindo um almoço”, pontua Isadora.

Hisabele (de óculos) e Isadora (camisa branca) são alunas do curso de enfermagem da UPE. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Mesmo com a Universidade de Pernambuco disponibilizando editais para auxílio moradia e alimentação, os universitários apontam que o quantitativo de contemplados ainda é baixo. "Na minha sala tem 54 pessoas. Só a minha turma acabaria com as vagas oferecidas pela UPE nesse edital", frisa Isadora. Nos atuais editais, lançados recentemente pela UPE, oferecem 150 vagas para estudantes veteranos (valor mensal de R$ 400) e 50 para discentes ingressantes em 2023.1, que é o caso da turma de Isadora, também no valor de R$ 400.

Cursando medicina, também em período integral, os estudantes Marlon Peixoto, que é natural de Aracajú, e Sabrine Menezes reforçam o discurso da maioria dos estudantes que aproveitaram a iniciativa do DCE. “Em Sergipe era esperado que ao entrar na universidade já teria um RU. Quando eu cheguei aqui na UPE, em uma cidade nova, pensei que também fosse ter [RU], até por ser um Estado maior, considerado mais desenvolvido por muita gente, mas, não, foi uma surpresa, uma surpresa negativa. Porque muitos dos meus amigos precisam, o nosso curso é integral. A gente batalhou para entrar aqui”, disse à reportagem

"Tem muita gente aqui que mora longe, precisa trazer comida, é um gasto muito grande. Uma faculdade do tamanho da UPE até hoje não tem um restaurante universitário é muito grande. O RU faria uma diferença muito grande, não só para quem estuda integral. A UPE disponibilizar, pelo menos o almoço, seria o mínimo", opinou Sabrine. 

Marlon e Sabrine estudam medicina na UPE. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

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