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A Polícia Civil do Rio de Janeiro busca o responsável por colocar tachinhas na ração de animais de rua em Copacabana, na Zona Sul da cidade. O caso foi denunciado por uma moradora que passava no local.

Morgana Bernabucci caminhava na Rua Francisco Otaviano, no sábado (20), quando se deparou com uma lâmina de barbear no meio da ração espalhada na rua. "Eu percebi que tinha um barbeador, que tava separado o cabo da lâmina, e nesse momento eu percebi que havia várias tarraxas com a ponta voltada para cima espalhadas em meio à ração", relatou.

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A Secretaria de Proteção e Defesa dos Animais foi acionada e a Polícia Civil, através da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, instaurou um inquérito. A pasta pediu acesso a imagens de câmeras de segurança de condomínio e comércios da região para auxiliar nas investigações.

O suspeito pode ser acusado pelo crime de maus-tratos aos animais, que prevê pena de até cinco anos de prisão. As penas cominadas aumentaram em 2020 quando envolver cachorro ou gato. 

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O show de Nattan, programado para acontecer neste sábado (30), na praia do Pina, Zona Sul do Recife, corre o risco de não acontecer. Isso porque o artista publicou uma foto de máscara e com os olhos cheio de lágrimas através de sua conta no Instagram. Foi o suficiente para gerar expectativa dos fãs sobre a apresentação. 

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Na noite desta sexta-feira (30), Nattan já não havia conseguido fazer um show normalmente. A apresentação aconteceu na Barra de São Miguel, no município de Alagoas. O músico postou uma mensagem enigmática nas redes sociais. “Obrigado pela compreensão. Depois explico tudo”, publicou.

Além do Réveillon do Recife, Nattan também está confirmado, a priori, no show da virada de Copacabana, neste domingo (31). Além dele, o evento terá shows de Luísa Sonza, Glória Groove, Ludmilla e da Imperatriz Leopoldinense.

A Polícia Civil prendeu um suspeito de organizar assaltos coletivos, conhecidos como arrastões, em Copacabana, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro. O jovem, de 21 anos, estava escondido na casa do pai, na Baixada Fluminense, e tinha contra ele um mandado de prisão pendente. 

Segundo a Polícia Civil, a identificação do suspeito ocorreu depois de uma investigação, que envolveu levantamento de informações, depoimentos de testemunhas e vítimas e análise de imagens.  

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Ainda de acordo com a Polícia Civil, ele aliciava pessoas para cometer os crimes, nos fins de semana, no momento em que as vítimas saíam das praias. Entre os aliciados estão adolescentes.  

Além do mandado de prisão, o jovem tinha contra ele mais de dez anotações criminais por roubo e furto cometidos em diversas áreas da cidade. Ele também já tinha sido preso anteriormente.

Recentes notícias veiculadas na imprensa sobre casos de roubos na orla de Copacabana, um dos principais destinos turísticos do Rio de Janeiro e do país, levaram o governo fluminense a anunciar um aumento das abordagens policiais e redistribuição do patrulhamento na região, na semana passada.

A polícia também monitora grupos de justiceiros, moradores que decidiram se unir para buscar e agredir suspeitos de roubos em Copacabana.

Coronel da reserva da PM e pesquisador na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Robson Rodrigues demonstra preocupação com a ação de grupos de justiceiros na zona sul carioca. Leia a seguir os principais trechos de sua entrevista ao Estadão.

O que motiva os grupos?

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Vários fatores. Os últimos acontecimentos evidentemente exaltam e geram um clamor público, porque eles geram uma sensação de fragilidade, de fraqueza do Estado em fornecer o direito à segurança das pessoas. Há também um fator emocional, de psicologia social. Pesquisadores que trabalham com casos de linchamento mostram ligação entre a sensação de fragilidade em sociedade, enquanto grupo, com a possível não capacidade do Estado em oferecer segurança, o que gera esse tipo de comportamento. Mas é algo perigoso, que fere todo o pacto social. O Estado precisa ficar atento. Não é porque o Estado falha que se pode fazer justiça com as próprias mãos, isso é um crime. E não se pode resolver um crime com outro crime.

Além de usarem as redes para se unirem, eles as utilizam para postar vídeos das ações e fotos dos acusados. Como o sr. vê esse tipo de exposição?

É problemático, mas não podemos fechar os olhos porque as redes são um fenômeno que está aí. Só que, ao mesmo tempo que eles fazem essas postagens como ostentação, deixam uma pegada de crime, estão publicizando seus atos criminosos. Cabe à polícia fazer uma investigação o mais rápido possível.

É muito difícil coibir esse tipo de ação?

Quando se toma esse vulto emocional, se perde um pouco da responsabilidade. E ela pode transbordar para resultados nefastos. As forças de governo e de segurança precisam reagir o quanto antes para desestimular a adesão social. É uma conduta criminosa, é bom que se diga isso de maneira bastante clara. É preciso ação da Polícia Civil investigando - porque essas condutas são puníveis - e também ajudando a solucionar essas falhas da segurança pública. É bom que o Estado seja inteligente. A situação é complexa, mas é dever do Estado se debruçar sobre isso.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Moradores do bairro de Copacabana, na zona sul do Rio, tem se organizado para atacar pessoas suspeitas de cometerem crimes na região. Por redes sociais, circulam imagens de pessoas, incluindo adolescentes, apontadas como autoras de ocorrências na área acompanhadas de identificação por CPF e mensagens que sugerem espancamento e tortura. Vídeos chegam a mostrar a mobilização do grupo, andando em conjunto em ruas do bairro.

A ações denominadas de justiçamento se comprovadas podem caracterizar prática criminosa. A Polícia Civil do Rio informou que "tomou conhecimento da situação" envolvendo a mobilização de grupos de justiceiros. "Diligências estão em andamento para identificar os envolvidos e esclarecer os fatos." A atuação desses grupos ocorre em um momento no qual o bairro se assusta com a reincidência de casos violentos, como assaltos.

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Na noite de sábado (2), um empresário foi agredido com socos e chutes na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, uma das principais do bairro, após tentar ajudar uma mulher que estava sendo assaltada. Imagens de câmeras de monitoramento mostram mais de dez suspeitos envolvidos na ação. O empresário chegou a desmaiar com os golpes e precisou ser levado a uma UPA da região.

A ação dos criminosos provocou uma onda de revolta e levou algumas pessoas a sugerir mais violência para combater os furtos e assaltos. Um perfil no Instagram está postando imagens de suspeitos, inclusive com seus números de CPF. Algumas das fotos são de menores de idade que, segundo a página, já cumpriram medidas socioeducativas pela prática de delitos.

Vídeos de pessoas que estariam atrás de acusados de cometer crimes na zona sul também circulam pelas redes sociais. "Olha, metendo o pau no menor lá. Já 'engravataram', pegaram o moleque aqui e meteram o pau. Estão indo atrás dos outros", diz um homem que narra o vídeo de uma perseguição no bairro de Botafogo, vizinho à Copacabana.

No calçadão da Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, 164 pares de calçados femininos, lado a lado, representavam uma triste estatística. São vítimas de feminicídio, casos em que pessoas são mortas pelo fato de serem mulheres, uma discriminação de gênero. No estado do Rio, foram 111 casos em 2022 e 53 no primeiro semestre deste ano.  

“É um ato em memória e homenagem para a gente tentar sensibilizar a sociedade, de modo geral, a respeito dessa epidemia da violência contra mulher, em que o ápice é o feminicídio”, explicou à Agência Brasil a artista visual Marta Moura, coordenadora do ato e representante do coletivo Levante Feminista RJ.  

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A ação deste sábado (25) marca o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres. 

Violência crescente

Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que no primeiro semestre de 2023, o número de feminicídios no país cresceu 2,6% em comparação com o mesmo período de 2022. Foram 722 vítimas. Os números de estupro tiveram aumento maior, 14,9%. Foram 34 mil registros, ou seja, um a cada oito minutos.

A Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher, feita com 21,7 mil pessoas e divulgada na última terça-feira (21) pelo DataSenado, revelou que 30% das mulheres do país já sofreram algum tipo de violência doméstica ou familiar provocada por um homem. Entre elas, 76% enfrentaram violência física.

Para Marta, as estatísticas camuflam uma subnotificação de casos de violência. “A gente tem evidências de que são maiores porque existem muitas mulheres que vivem a violência, como a sexual e a doméstica, por exemplo, e que não chegam a registrar um boletim de ocorrência”.

“A gente precisa apoiar essas mulheres para elas conseguirem chegar às vias de fato da denúncia e se protegerem”, completou a ativista que vivenciou na infância o caso de tentativa de feminicídio cometido pelo pai contra a mãe dela.

Mulheres pretas

As estatísticas mostram que as dores da violência contra mulheres estão mais presentes nas mulheres negras. Uma pesquisa da Anistia Internacional mostrou que elas são 62% das vítimas de feminicídio.

“Nós somos as mulheres mais vulneráveis de toda a estrutura social no Brasil, branca e machista”, disse Raquel Matoso, representante do Movimento Negro Evangélico. Ela ressalta que a violência é mais presente quando há transversalidades. “Principalmente mulher preta lésbica, mulher preta trans”.

Outras violências

As ativistas destacam que a violência contra a mulher é, na verdade, um conjunto de violências, ou seja, vários tipos de agressões que não podem passar despercebidas, sejam físicas, psicológicas ou assédios.

Levantamento feito pelos institutos Patrícia Galvão e Locomotiva, em parceria com a Uber, aponta que três em cada quatro mulheres já sofreram algum tipo de violência em deslocamentos. As situações mais vivenciadas são cantadas e olhares insistentes.

Marta entende que a não percepção do que é violência contra a mulher acaba colaborando para a subnotificação.

“A cultura machista misógina nos ensina algumas naturalizações de alguns comportamentos que são, no fundo, violência”, disse. Para ela, entender o que não deve ser tolerado é uma forma de evitar que as estatísticas continuem crescentes.

“Hoje, a gente consegue entender que uma chantagem, uma opressão em relação à roupa são indícios de que essa violência já está acontecendo. Então, a informação e a educação seriam o caminho para a gente fazer com que as mulheres que já vivem relações tóxicas possam entender que elas estão inseridas em um contexto que, infelizmente, pode acabar com a vida delas futuramente”, explicou.

Educação

Mostrar para mulheres, desde jovens, quais são as violências contra elas é um dos motivos que fizeram a sindicalista Keila Machado participar do ato e levar a sobrinha, a pré-adolescente Tamires Bonfim.

“Para ela já entender as lutas que as mulheres têm que enfrentar desde sempre. É importante saber porque ela já pode replicar para algumas amiguinhas. É um assunto que deveria ser tratado, inclusive, nas escolas”, disse a tia.

“A gente precisa também ensinar aos meninos que mulher não é propriedade. Essa educação desde a infância é muito importante para que se tenha um futuro melhor”, complementou.

Tamires saiu do ato com um compromisso: “Vou fazer uma redação sobre combate à violência para entregar na escola”. 

Leis

A vereadora carioca Monica Benicio (PSOL) considera que o país tem legislação de referência para a proteção das mulheres, como a Lei Maria da Penha, mas que isso não retira a necessidade de “sempre fazer um debate sobre a atualizações e a eficiência dessas leis”. 

Viúva de Marielle Franco, vereadora assassinada em 2018, Monica lamentou que ainda existam muitos casos de mulheres que sofrem violência mesmo estando sob medidas protetivas determinadas pela Justiça. 

“Infelizmente, essa é uma realidade para a maior parte das mulheres que vivem em situação de violência. A falta de autonomia financeira, por exemplo, de não conseguir ter autonomia para sair dos seus lares, da convivência do seu agressor, é uma realidade. A promoção de políticas públicas que possam produzir uma sociedade onde mulheres tenham sua autonomia financeira e de vida tem de ser um projeto de Estado”, declarou. 

A prefeitura do Rio de Janeiro apresentou nessa segunda-feira (16) detalhes das festas planejadas para a virada de ano. Na praia de Copacabana, o espetáculo de fogos de artifício vai durar 12 minutos e ocorrerá, pela primeira vez, ao som de uma orquestra sinfônica ao vivo. Além disso, haverá 12 palcos com shows gratuitos espalhados em dez endereços da cidade, sendo dois deles inéditos: a Praça Mauá, na zona portuária, e Bangu, bairro da região oeste.

A festa em Copacabana, que tradicionalmente reúne o maior público, terá três palcos. O espetáculo de fogos se dará a partir de dez balsas espalhadas pela orla. A orquestra sinfônica que acompanhará o show pirotécnico se apresentará no palco localizado em frente ao Hotel Copacabana Palace.

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O réveillon 2024 terá ainda explosões de fogos de artifício na Praia do Flamengo, onde o público será presenteado com um show de luzes. A Igreja da Penha é outro local que terá espetáculo pirotécnico.

Haverá shows em palcos situados em Copacabana, na Praça Mauá, em Bangu, na Praia do Flamengo, em Sepetiba, na Praia da Bica, na Praia da Moreninha, no Piscinão de Ramos, no Conjunto Habitacional IAPI da Penha e no Parque Madureira. A prefeitura promete abrir espaço para os mais variados ritmos: pagode, samba, rock, funk, entre outros.

Carnaval

Além de apresentar os detalhes da festa de virada do ano, a prefeitura do Rio divulgou as empresas vencedoras do Caderno de Encargos para o Réveillon 2024 e para a organização dos desfiles dos blocos de rua nos próximos três anos. De acordo com o município, também foi firmada parceria com o governo estadual, visando a um trabalho intensivo no apoio ao réveillon e ao carnaval.

A SRCOM, agência de espetáculos, estará à frente da organização da festa de virada de ano. Já o carnaval de rua será operacionalizado junto à Dream Factory pelas próximas três edições, até 2026. Caberá e ela garantir que os mais de 400 desfiles tenham estrutura adequada, incluindo banheiros químicos, postos médicos, ambulâncias, coleta seletiva, tráfego, sinalização e informação turística sobre a cidade. Em ambos os casos, os cadernos de encargos delimitam as atribuições das empresas e dos órgãos públicos.

A prefeitura anunciou ainda mudanças no modelo de gestão dos desfiles das escolas de samba. Entre as novidades está a venda da totalidade dos ingressos pela internet. Os bilhetes digitais poderão ser baixados por meio do aplicativo Rio Carnaval. A prefeitura também anunciou que, além dos tradicionais desfiles e dos blocos de rua, o carnaval contará com outras atrações como apresentações no Terreirão do Samba e bailes em diferentes pontos da cidade.

Mulheres negras de várias partes do estado do Rio de Janeiro tomaram conta da orla de Copacabana neste domingo (30). Elas participaram da 9ª Marcha das Mulheres Negras, que levou para o bairro da zona sul carioca o lema Mulheres Negras Unidas contra o Racismo, Toda Forma de Opressão, Violência e pelo Bem Viver.

A manifestação foi organizada pelo Fórum Estadual de Mulheres Negras - RJ e contou com a participação de diversos coletivos ligados ao combate da desigualdade racial. O evento fecha a semana de mobilização pelo Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, em 25 de julho, e acontece na véspera do Dia Internacional da Mulher Africana. 

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A escritora Maria da Conceição Evaristo, dona de uma produção literária que combate a opressão do povo negro, leu o manifesto de abertura da marcha. “Vamos ocupar uma das orlas brasileiras de maior visibilidade, é um ato de coragem e denúncia”, disse ao microfone para as milhares de negras presentes.

“Marchamos pelo bem viver. O bem viver convoca a uma política de participação coletiva da população negra, de construção de poder horizontal e de distribuição dos lugares de decisão para mulheres negras”, completou a escritora que, neste mês, inaugurou um centro cultural na região conhecida como Pequena África, no Rio de Janeiro.  

Ao lado de Conceição Evaristo, cerca de dez griôs carregavam uma faixa de abertura da marcha, com o tema da edição deste ano. Griôs são contadoras de histórias, muito respeitadas nas comunidades onde vivem.

Juventude

A Marcha das Mulheres Negras também abriu espaço para jovens lideranças, inclusive crianças. Alia Terra, de apenas 10 anos de idade, foi uma das ativistas que discursaram. “A gente está batalhando aqui com todas as mulheres, sempre unidas, contra todo tipo de violência e racismo e pelo bem viver”, bradou, sendo ovacionada em seguida.

O ato seguiu pela orla de Copacabana com gritos de “vem para a marcha, vem!”. As participantes carregavam faixas, cartazes e ostentavam placas como retratos de mulheres negras que lutaram pela defesa, respeito e empoderamento da população preta, como a escritora Carolina Maria de Jesus, a cantora Elza Soares, a intelectual Lélia Gonzalez, a líder quilombola no século 18 Tereza de Benguela, e a vereadora carioca Marielle Franco, assassinada em 2018.  

Marielle presente

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, irmã de Marielle, esteve na passeata e disse ser uma importante ressignificação ter tanta mulher negra reunida na orla de um bairro onde costumam apenas trabalhar.

"A gente está em marcha, a gente não está dispersa, pelo contrário. Que bom que a gente tem o governo federal à frente de políticas públicas eficazes, de saúde a educação, segurança, que é o mais importante. É a nona marcha. A gente sempre marchou e vai continuar marchando. Estar ao lado dessas mulheres, para mim, está dando um sentimento de acalanto e fortalecimento nesse lugar".

A ministra lembrou que a irmã sempre participava das marchas. “Mari, se estivesse aqui, com certeza estaria abrilhantando muito essa marcha, estaria aqui à frente. A Mari não estar aqui significa que toda e qualquer mulher para ter que estar aqui também corre perigo, então, enquanto a gente não conseguir descobrir quem mandou matar e por quê, significa que as mulheres negras, a democracia, quem está aqui à frente, corajosamente, colocando o seu corpo nesse lugar, onde historicamente não é para a gente, também corre perigo”, disse Anielle.  

A advogada Marinete da Silva, mãe de Marielle, lembrou que a marcha acontece no mês em que a filha faria aniversário. “Estamos aqui para, a cada dia, dizer que estamos assumindo cada vez mais esse poder e esse lugar de fala, que é nosso. Esse julho que nos representa. É o julho das pretas”, disse.

Negra no Supremo

Lembrando que no ano que vem acontecem eleições municipais, Clatia Vieira, uma das organizadoras da marcha, defendeu que as mulheres negras ganhem mais espaço na política. Ela levantou ainda outra bandeira do movimento: a esperança de uma negra ocupar a próxima vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal.

"Nós trabalhamos para isso, nós construímos. É nesse governo que as mulheres negras, pela primeira vez na história, vão sentar naquela cadeira, para que as nossas pautas sejam discutidas com a gente”.

A próxima vaga na corte máxima do Judiciário brasileiro vai ser aberta em outubro deste ano, com a aposentadoria compulsória (75 anos) da ministra Rosa Weber. O nome do futuro ministro é uma escolha do presidente da República, e precisa ser aprovado pelo Senado. 

Desafios

Clatia Vieira lembrou que a marcha não é uma festa, e sim um movimento para enfrentar lutas. Números comprovam que a situação da mulher negra é desafiadora. Elas são 67% das vítimas de feminicídios e 89% das vítimas de violência sexual. No mercado de trabalho, são as que sofrem mais com o desemprego.

Leonídia Carvalho, é presidente do Quilombo Dona Bilina, em Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro. Para ela, o ato deste domingo é também pela soberania alimentar da população preta.

“Estamos lutando por várias lutas que foram pautadas ao longo da história, após a libertação [fim da escravidão], quando foram tirados do povo negro o direito à terra, à moradia, à plantação, à alimentação de qualidade. Essa marcha representa uma luta dessas mulheres que estão em casa, nas cozinhas delas e não têm o alimento de qualidade, é uma luta antirracista e pela soberania alimentar”. 

A manifestação contou com a participação de grupos de música, como o Filhos de Gandhi, que completou 70 anos.

Passagem de geração

Algumas das mulheres presentes na marcha fizeram questão de levar filhos pequenos, em um esforço para preservar e passar adiante o interesse pela luta antirracista.  

Pulchéria Silva é de Volta Redonda, cidade no sul do estado do Rio de Janeiro, que fica a mais de duas horas de carro de Copacabana. Ao mesmo tempo em que acompanhava a marcha, ela amamentava o filho de 1 ano e 7 meses.

“Temos que nos posicionar, demonstrar para a sociedade a nossa conscientização, as nossas lutas e a valorização que vem crescendo, cada vez mais, da mulher negra”, disse à Agência Brasil, afirmando acreditar que a presença do filho é uma forma de fazê-lo crescer com consciência nas raízes dele. 

Dia Internacional

O Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha (25 de julho) foi criado pela Organização das Nações Unida (ONU), durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, em Santo Domingo, na República Dominicana, em 1992. No Brasil, a data também é uma homenagem à Tereza de Benguela, conhecida como Rainha Tereza, que viveu no século 18, no Vale do Guaporé, em Mato Grosso, e liderou o Quilombo de Quariterê.

O Dia Internacional da Mulher Africana, celebrado em 31 de julho, foi criado em referência à Conferência das Mulheres Africanas, em 1962, na cidade de Dar Es Salaam, na Tanzânia.

Um ano após os assassinatos do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista brasileiro Bruno Pereira, no Vale do Javari, no Amazonas, seis cidades brasileiras fazem atos nesta segunda-feira (5), em memória das vítimas. Os atos ocorrem no Rio de Janeiro, Brasília, Campinas, Belém, Salvador e Atalaia do Norte (AM). Também haverá manifestação em Londres, na Inglaterra.

No Rio de Janeiro, o ato foi na Praia de Copacabana, na zona sul da cidade, e reuniu a viúva de Dom, Alessandra Sampaio, seus familiares e amigos do jornalista.

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Alessandra Sampaio destacou que confia na Justiça brasileira para julgar os assassinos e mandantes do crime. Ela acredita que o julgamento seria um recado importante para as redes criminosas que atuam no Vale do Javari e em outras áreas da Amazônia. Ela também defendeu que é importante proteger as pessoas que vivem nesses territórios das organizações criminosas que atuam na Amazônia.

“Essa rede criminosa se aproveita da pobreza que existe na região, de uma falta de oportunidade de trabalho. Eles arregimentam pessoas para trabalhar no garimpo, para desmatar florestas. E quando a gente vai mudar isso? A gente vê isso desde sempre. Vai precisar morrer mais jornalista lá? Vai precisar morrer quantos indígenas? Quantos ativistas vão precisar ser mortos para se ter uma mudança real?”, cobrou Alessandra durante o ato, no Rio de Janeiro.

Vale do Javari

O líder indígena Beto Marubo, integrante da Organização Representativa dos Povos Indígenas da Terra do Vale do Javari (Univaja), também participou do ato no Rio de Janeiro.

Ele afirmou que, apesar da mudança de governo na esfera federal neste ano, nada mudou em relação à realidade daquela região.

“O governo brasileiro deve uma explicação para o mundo, e quais providências vão fazer a partir de agora. O que o Brasil vai fazer de fato? Não temos uma resposta oficial das autoridades ainda”, disse.

Segundo Marubo, durante a transição de governo foram apresentadas várias sugestões para melhorar a situação do Vale do Javari, mas até agora nenhuma dessas medidas foi adotada.

“O Estado brasileiro tem que ter responsabilidade e estar ciente de que uma ou duas instituições [sozinhas] não vão resolver o problema. Tem que ter uma atuação interagências, coordenada, com um planejamento técnico, em conjunto com Funai, Exército, Polícia Federal, Ibama e Força Nacional. Numa perspectiva de curto, médio e longo prazo”, defendeu.

Ele disse que as estruturas da Funai na região são muito precárias e a agência não tem hoje capacidade de enfrentar criminosos armados. “É preciso haver uma reestruturação dos equipamentos e infraestrutura na região. Não tem como enfrentar a situação no Vale do Javari com seu organograma totalmente desatualizado. É necessário regulamentar o poder de polícia da Funai. Como um órgão que detém a responsabilidade de proteger terras indígenas vai enfrentar pessoas armadas, por exemplo?”

Marubo também criticou a aprovação do Projeto de Lei do Marco Temporal para demarcação de terras indígenas (PL 490/07), pela Câmara dos Deputados.

“Esperamos que ela não venha a ser convalidada [pelo Senado], porque isso seria um retrocesso tremendo. É algo que vai afetar diretamente os povos indígenas isolados. Ela permite a usurpação das terras indígenas”, destacou.

Livro

Amigos e colegas jornalistas de Dom vão se reunir, a pedido de sua família, para concluir a livro do britânico. O projeto iniciou uma campanha de financiamento coletivo para levantar as 16 mil libras esterlinas (cerca de R$ 100 mil) necessárias para a conclusão do trabalho. Até a manhã desta segunda-feira, a campanha já tinha angariado cerca de 10,5 mil libras.

“Vamos imediatamente começar a enviar repórteres para sete locais remotos da bacia amazônica, que é 28 vezes maior que o Reino Unido. A maioria dos lugares onde precisar chegar só são acessíveis por barco, trilhas a pé que levam dias no meio da floresta ou pegando carona em um helicóptero”, informa o texto que anuncia a campanha.

“Os destruidores da Amazônia continuam extremamente poderosos e precisam ser responsabilizados por seus crimes”, alerta o documento.

Um ano

Bruno e Dom foram mortos em uma emboscada, quando o jornalista reunia informações para um livro que escrevia sobre a Amazônia. O livro Como Salvar a Amazônia buscava contar a história de defensores da floresta e dos direitos indígenas na floresta amazônica.

O indigenista foi morto com três tiros, sendo um deles pelas costas, sem qualquer possibilidade de defesa. Já Dom foi assassinado apenas por estar com Bruno, ou seja, para eliminar a testemunha do crime.

Três pessoas foram denunciadas à Justiça Federal por envolvimento no crime e na ocultação dos corpos: Amarildo da Costa Oliveira, Oseney da Costa Oliveira e Jefferson da Silva Lima. Eles alegaram legítima defesa, em depoimento à Justiça, em maio.

A Polícia Federal (PF) também indiciou outras pessoas, entre elas dois ex-dirigentes da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), por dolo eventual, ao não garantir a segurança de seus servidores na região.

A PF investiga ainda Rubén Dario da Silva Villar, conhecido como Colômbia, que, suspeita-se, tenha sido o mandante do crime. Segundo a PF, a suspeita é que ele tenha planejado os assassinatos devido a desavenças com Bruno, já que o servidor licenciado da Funai atuava contra a pesca ilegal na região.

Um inquérito da PF contra a pesca ilegal também foi encerrado com o indiciamento de dez pessoas.

 

Um caso inusitado foi levado à delegacia de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, na noite dessa sexta-feira (28). Um homem fantasiado de vaca se envolveu em uma discussão com uma mulher com chapéu de panda e acabou agredido por populares. 

Com direito a teta, rabo e pele malhada, o homem foi apresentado na delegacia com ferimentos na cabeça. Antes, policiais militares o levaram à UPA do bairro. 

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O acionamento indicava uma suposta denúncia de furto, mas os policiais descobriram no local que a confusão foi motivada por uma briga entre o homem com roupa de vaca a uma mulher. Na sequência, populares que acompanhavam o bate-boca na Avenida Princesa Isabel começaram a agredi-lo. 

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"Ela fez uma brincadeira com ele, que estava fantasiado de vaca. O homem também foi brincar com a mulher por ela estar com um chapéu de panda e a desavença começou. Na confusão, ele acabou sendo agredido por populares que presenciaram a cena”, informou a Polícia Civil.  

Na delegacia, o homem foi identificado como Deivison de Oliveira, de 39 anos. A envolvida não teve nome e idade revelados.  

O desentendimento foi registrado como lesão corporal e agressão física. Ambos assinaram um termo circunstanciado de ocorrência e foram liberados. O caso será encaminhado ao Juizado Especial Criminal (Jecrim). 

A Delegacia de Homicídios da Polícia Civil do Rio tenta identificar quem roubou uma corrente da enfermeira aposentada Alair Barbosa, de 72 anos, e causou a sua morte. Alair caminhava com duas amigas pelo calçadão da praia de Copacabana, na zona sul do Rio, na tarde de domingo (16), quando um assaltante puxou a corrente que ela usava no pescoço, para roubá-la. Com a força do puxão, a idosa caiu no chão, bateu a cabeça na calçada e ficou desacordada. Ela morreu no Hospital Municipal Miguel Couto.

O crime aconteceu no trecho da Avenida Atlântica entre as ruas Hilário de Gouveia e Siqueira Campos, nas imediações do posto 3. O rapaz conseguiu arrancar a corrente e fugiu correndo. Um suspeito (um adolescente de 17 anos que tem seis passagens pela Polícia por roubos a turistas na zona sul do Rio) foi detido por banhistas, entregue à polícia e conduzido à delegacia. Mas as duas mulheres que acompanhavam Alair não o reconheceram como responsável pelo assalto. Por isso, ele foi liberado.

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Investigadores da Delegacia de Homicídios procuram imagens de câmeras de segurança da região onde o crime ocorreu para tentar identificar o autor do roubo. Alair será enterrada nesta quarta-feira (19), no cemitério São João Baptista, em Botafogo (zona sul).

Depois de dois anos com restrições impostas pela pandemia de covid-19, a praia de Copacabana, na zona sul do Rio, volta a receber a maior festa de réveillon "do mundo", ou "da galáxia", nas palavras do entusiasmado prefeito da cidade, Eduardo Paes. Serão dois palcos montados nas areias do bairro com diferentes atrações, como Iza, Zeca Pagodinho e Bala Desejo, e pelo menos 12 minutos de queima de fogos.

No primeiro ano da pandemia, 2020, a festa foi cancelada. Na virada de 2021 para 2022 foi realizada uma queima de fogos, mas não houve shows nem esquema especial para transportes coletivos. Agora, a festa volta ao seu grandioso formato tradicional.

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Além de Copacabana, as comemorações serão realizadas em outros nove pontos da cidade: Flamengo, Ilha do Governador, Madureira, Guaratiba, Penha, Ramos, Sepetiba, Barra da Tijuca e ilha de Paquetá.

"O réveillon do Rio é o maior do planeta e este ano não vai ser diferente. Temos algumas inovações, muita tecnologia e, além de Copacabana, estaremos espalhados pela cidade, democratizando a festa", afirmou o presidente da Riotur, Ronnie Costa, durante a apresentação do esquema operacional no Centro de Operações Rio (COR), na manhã desta segunda-feira, 26.

"Depois de dois anos sem as pessoas poderem se confraternizar nesta data, estamos de volta. Ano passado, foi somente uma queima de fogos, mas agora as pessoas vão poder voltar a celebrar e se abraçar nessa grande festa do mundo."

O principal palco de atrações, o Copacabana, já começou a ser montado em frente ao Hotel Copacabana Palace. As principais atrações são Zeca Pagodinho, Iza, Alexandre Pires e bateria da Grande Rio. No Palco Carioca, em frente à Rua Santa Clara, se apresentarão Mart´nália, Bala Desejo, Gilsons, Preta Gil e bateria da Beija-Flor.

O espetáculo de queima de fogos terá 12 minutos. "Será uma apresentação ainda mais potente, com grafismos inéditos, mais tecnologia, brilhos e cores", segundo informou a Prefeitura. Os fogos serão lançados de dez balsas, com um distanciamento de 25 metros entre cada uma delas.

O Réveillon 2023 contará com a atuação de 30 órgãos públicos para garantir a fluidez da festa. Serão 195 profissionais da CET-Rio para coordenador o trânsito nas ruas e mais de 1.500 agentes e guarda municipais para ações de ordenamento e apoio ao trânsito.

Os festejos contarão com mais de 4.456 garis, o maior efetivo da história. Só em Copacabana serão quatro postos médicos, 144 profissionais de saúde e mais de 30 ambulâncias para atendimentos. Toda a logística será monitorada pelas novas telas do Centro de Operações, que está em expansão.

Uma das mais tradicionais comemorações de ano-novo no Brasil, a festa de réveillon nas areias da praia de Copacabana, na zona sul do Rio, estará de volta no próximo dia 31, após dois anos interrompida pela pandemia de Covid-19.

Em dezembro de 2020 ela não ocorreu, e no final de 2021 se restringiu a queima de fogos e música por DJs. Desta vez serão 12 minutos de queima de fogos, a partir da 0h do dia 1, e dois palcos na praia, com shows de Zeca Pagodinho, Iza, Mart'nália, Gilsons e Alexandre Pires, entre outros artistas.

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A lista de atrações foi anunciada nesta quarta-feira (14) pela prefeitura do Rio, que vai organizar também outros oito pontos de comemoração espalhados pela cidade.

Zeca, Iza e Pires se apresentarão em um dos palcos, que ficará em frente ao Copacabana Palace. Também haverá shows da bateria da Grande Rio e de DJs.

Já o Palco Carioca ficará em frente à Avenida Princesa Isabel, a cerca de 750 metros do outro. Lá estarão Mart'nália, Gilsons, Bala Desejo, a bateria da Beija-Flor e mais DJs. A festa começa às 18h do dia 31, sábado, e vai até as 3h30 do dia 1, domingo. Contará com 800 banheiros químicos e quatro postos médicos.

"Ano passado tivemos um encontro muito limitado, pedindo para que as pessoas não viessem para Copacabana. Depois de dois anos de pandemia, será épico agora poder celebrar a vida com as pessoas se abraçando e se beijando sem máscara. Vai ser uma noite de muita alegria e dança. Convido a todos para acompanharem o maior réveillon das galáxias, do mundo pós-pandêmico, que é o réveillon da cidade do Rio de Janeiro", afirmou o prefeito Eduardo Paes (PSD).

A empresa SRCOM, dos sócios Sheila Roza, Abel Gomes e Paulo Cesar Ferreira, que organizam o evento há 14 anos, será a responsável pela realização de mais esta edição da festa.

"O carioca e o turista podem esperar, principalmente na área dos fogos de artifício, que eu chamo de esculturas luminosas no ar, um espetáculo muito diferente e incrível", disse Gomes.

Os fogos de artifício serão lançados a partir de dez balsas paradas no mar ao longo da praia de Copacabana, distantes 25 metros umas das outras. A queima de fogos será acionada a distância.

Toda a festa será transmitida em tempo real pela internet, através do canal da Riotur no YouTube (https://www.youtube.com/@Rioturoficial).

Outras festas

Além de Copacabana, também haverá comemorações organizadas pela prefeitura do Rio no Flamengo (zona sul), Ilha do Governador, Madureira, Penha, Ramos (zona norte), Pedra de Guaratiba, Sepetiba (zona oeste) e na ilha de Paquetá.

Duas turistas da Eslováquia ficaram feridas, na manhã desta quarta-feira (21), após serem agredidas em um assalto na praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O delito foi cometido por dois adolescentes.

Por volta das 6h, Katarina, de 43 anos, e Viktoria, de 21, estavam na Avenida Atlântica, quando os dois jovens, de 17 anos, roubaram seus celulares e lhes deram socos. Elas sofreram cortes no rosto e foram levadas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ensanguentadas. 

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A Polícia Militar informou que os menores foram alcançados e um dos celulares foi recuperado. Após o atendimento na UPA, as turistas foram para o Hospital Municipal Miguel Couto, onde passaram por exames.

De acordo com o Uol, em seguida, elas foram encaminhas para a Delegacia Especial de Apoio ao Turismo, onde vão prestar depoimento. 

Após insistir em levar as comemorações do 7 de setembro da Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio de Janeiro, para a orla de Copacabana, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta terça-feira, 16, em Juiz de Fora (MG), que o desfile militar em celebração ao bicentenário da Independência será em Brasília. Na estreia oficial da campanha, o chefe do Executivo disse que as comemorações serão restritas a "palanques" na zona sul da cidade, com demonstrações da Marinha e da Esquadrilha da Fumaça, da Força Aérea, na orla. As Forças Armadas e a prefeitura do Rio não confirmam os atos.

"Teremos um ato cívico. É impossível a tropa desfilar. Não haverá desfile da tropa dia 7 no Rio de Janeiro. Será tudo concentrado em Brasília. Terão palanques, teremos lá um movimento da Marinha na praia, nossa Força Aérea com a Esquadrilha da Fumaça. A artilharia nossa atirando", disse o presidente, em Juiz de Fora (MG), que visitou como candidato do PL à reeleição.

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De acordo com o presidente, o desfile não ocorrerá porque há previsão de "muita gente na praia". "Teríamos dificuldades para a tropa se organizar para o desfile. Haverá um palanque, é um movimento cívico. Não pretendo fazer uso da palavra lá", afirmou Bolsonaro.

O Ministério da Defesa e o Comando Militar do Leste não confirmam qual será a programação das Forças Armadas na capital fluminense. O Esquadrão de Demonstração Aérea, responsável pela Esquadrilha da Fumaça, diz que ainda não há apresentações previstas para o Rio de Janeiro no dia 7 de setembro.

"Por enquanto só temos confirmação de presença no 7 setembro em Brasília como parte das atrações na Esplanada dos Ministérios", diz em nota o Esquadrão de Demonstração Aérea.

O presidente confirmou ainda que deve participar de uma motociata pelo Aterro do Flamengo. Ontem, em Juiz de Fora (MG), Bolsonaro voltou a convocar os apoiadores a irem às ruas "pela última vez" no dia 7 de setembro em ato na esquina em que sofreu uma facada em 2018.

"Vivemos sem liberdade. No próximo dia 7 de setembro, vamos todos para a rua pela última vez. Num primeiro momento, por nossa independência e, em segundo, pela nossa liberdade. Juro dar a vida pelo nosso povo", disse.

A prefeitura do Rio ainda aguarda a formalização e comunicado do Ministério da Defesa sobre a logística das apresentações das Forças Armadas. O prefeito Eduardo Paes (PSD) já anunciou no Twitter a tradicional parada militar na Avenida Presidente Vargas.

O presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo PL, fez na Marcha para Jesus do Rio nova convocação para o ato de Sete de Setembro que anunciou para Copacabana, na zona sul carioca, nas comemorações do Dia da Independência. Em tom religioso, que agradou à plateia, o mandatário convocou os participantes do evento evangélico a participarem da manifestação e a mostrar "a quem pertence" o Brasil. A nova convocação desmente comentários que circularam recentemente, segundo os quais Bolsonaro teria desistido do protesto. O presidente, em segundo lugar nas pesquisas eleitorais, indicou ainda que em Copacabana pretende insistir na contestação às urnas eletrônicas, ao dizer querer "transparência", palavra que sempre usa ao levantar, sem provas, suspeitas contra as urnas eletrônicas.

"No próximo dia 7, vamos todos, às 15 horas, estarmos (sic) presentes em Copacabana, onde vamos dar um grito muito forte, dizendo a quem pertence essa Nação", afirmou, do alto de um carro de som, ao chegar. "O que nós queremos é transparência e liberdade."

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Em discurso de cerca de quatro minutos, o presidente insistiu no tom messiânico-religioso que tem dado à sua campanha à reeleição. Falou pelo menos seis vezes em Deus e focou setores do eleitorado nos quais em geral é bem recebido. Também repetiu o discurso anticomunista.

"Hoje todos podem dizer que temos em Brasília um presidente da República que acredita em Deus... Um presidente da República que respeita os seus militares e os seus policiais... Um presidente que defende a família brasileira e que deve lealdade a seu povo", disse. "Eu sempre peço a Deus, todos os dias, quando me levanto, que esse povo maravilhoso não experimente as dores do comunismo."

Bolsonaro disse ainda que "sabemos o que está em jogo nesse Brasil" e afirmou pediu ao "Todo-Poderoso que ilumine cada um" dos fiéis para que tomem "as melhores decisões possíveis, que nós somos escravos delas". Prometeu que o Brasil seguirá como "um País livre, um País onde a liberdade religiosa vai continuar se fazendo presente".

"Acima de tudo,nós sabemos que devemos, sim, nos preocupar com o nosso currículo para a vida eterna", disse. "E esse currículo tem a ver com as nossas decisões e também pesam contra nós as nossas possíveis omissões."

Desfile militar em Copacabana está descartado

Bolsonaro surpreendeu há alguns dias ao anunciar a mudança do desfile militar para a orla de Copacabana. Trata-se de uma tradicional área de manifestações bolsonaristas. Nem militares - que se preocupam com a possibilidade de partidarização de uma festa cívica - nem prefeitura do Rio, organizadora da infraestrutura da parada, porém, confirmaram a modificação.

Na sexta, 5, o prefeito Eduardo Paes (PSD) anunciou no Twitter que a parada do Sete de Setembro seria na Avenida Presidente Vargas, no Centro, como sempre acontece. Paes explicou que não recebeu nenhum pedido para mudar o evento de local. O município também publicou no Diário Oficial edital para montagem das arquibancadas para o público junto ao Pantheon de Caxias, na frente do Comando Militar do Leste (CML). O Estadão apurou que já ocorreu pelo menos uma reunião entre militares e representantes do Palácio da Cidade, para organizar o desfile no Centro, não em Copacabana. Pelo menos até a quarta, 10, o prefeito e o presidente não tinham falado sobre a suposta mudança de local do desfile.

Depois do anúncio de Paes, Bolsonaro voltou ao assunto. Falou em manifestação política, não desfile militar, na praia de Copacabana. Pessoas próximas tentaram demovê-lo da ideia, por considerarem inconveniente a mistura de campanha eleitoral e festa patriótica. Também não agrada a perspectiva de manifestação contra as urnas eletrônicas, atitude que espanta eleitores moderados, desviando a atenção do eleitorado em um momento de deflação na economia e início do pagamento de benefícios turbinados aos mais pobres, que em tese beneficiam o candidato à reeleição. Bolsonaro, contudo, parece preferir manter postura beligerante, que agrada mais a seus eleitores mais fiéis.

O presidente Jair Bolsonaro reafirmou, nessa terça-feira (2), que Marinha, Exército, Aeronáutica, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros devem participar do desfile de 7 de Setembro em Copacabana, no Rio de Janeiro. Até o momento, porém, nem Exército, nem o Ministério da Defesa, nem autoridades locais confirmam a mudança no local da parada militar. O mandatário já anunciara na semana passada que o ato cívico-militar na capital fluminense ocorreria na praia mais famosa do Rio (tradicional local de manifestações bolsonaristas) e não na Avenida Presidente Vargas, no Centro, como ocorre há anos.

Segundo Bolsonaro declarou à Rádio Guaíba, estudantes de colégios militares e representantes da Academia Militar das Agulhas Negras também devem participar na parada militar.

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"A gente vai pedir ao pessoal que botar carro de som, vai ter muita gente em Copacabana, que não use seu carro de som durante aí o desfile, que deve durar em torno de, no máximo 1h. É tropa das Forças Armadas, Marinha, Exército e Aeronáutica. Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar. Academia Militar das Agulhas Negras deve ter um efetivo de um ano desfilando. Colégio Militar. Algumas escolas civis lá do Rio de Janeiro", disse em entrevista à emissora gaúcha.

A troca no local do desfile militar ainda não foi confirmada oficialmente, nem pelas Forças Armadas nem pela Prefeitura do Rio. O Comando Militar do Leste (CML), com sede no Rio de Janeiro, afirma que o Dia da Independência do Brasil é uma data cívica e que, portanto, os desfiles e atos são "programadas e organizadas pelos governos municipais e/ou estaduais".

"O Centro de Comunicação Social do Exército informa que o Dia da Independência do Brasil - 07 de Setembro é uma data CÍVICA, onde a Nação celebra a independência do País. Assim, as comemorações em geral são programadas e organizadas pelos governos municipais e/ou estaduais. O Exército Brasileiro participa auxiliando na organização e realizando os desfiles militares nas diferentes guarnições (cidades) em que está presente", diz em nota.

O Ministério da Defesa diz que as Forças Armadas permanecem de "prontidão" para atender às solicitações sobre as comemorações do 7 de Setembro, mas não confirma se o ato ocorrerá no centro ou na orla de Copacabana.

"Conforme os anos anteriores, o Ministério da Defesa, por meio das Forças Armadas, permanece de prontidão para atender às solicitações no que se refere às comemorações alusivas ao Aniversário da Proclamação da Independência do Brasil. Ressalta-se que o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas está no início do planejamento, o qual proporcionará informações mais precisas oportunamente", diz a Defesa.

Paes destaca 'logística complexa'

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), afirma que ainda não recebeu nenhum pedido formal do presidente para a mudança no local do desfile. Em sua conta oficial do Twitter, Paes disse que está "inteiramente à disposição do governo federal" para atender eventuais mudanças de local da parada cívico-militar.

"Muitas pessoas têm me perguntado sobre o desfile militar do 7 de Setembro em razão das declarações do senhor presidente sobre o local do evento. Quero reiterar aqui que a prefeitura do Rio se sente honrada pelo fato de anualmente financiar a estrutura completa do evento. Reitero ainda que estamos inteiramente à disposição do governo federal para atender eventuais mudanças no local de realização do desfile.

De acordo com o prefeito, o evento pressupõe uma "logística bastante complexa", mas que os "desafios podem ser superados desde que se tenha organização e planejamento e se permita modificações na estrutura tradicional do evento".

"A Avenida Atlântica, caso seja desejo se realizar lá o evento, apresenta alguns desafios. Não custa lembrar que os calçadões daquela avenida são tombados e que ali existe uma quantidade muito grande de moradores", disse.

Uma mulher identificada como Joyce Amorim, de 28 anos, acusada de ser gerente do tráfico de drogas na favela do Jacarezinho, na zona norte do Rio, foi presa na madrugada desta quinta-feira (16), na Avenida Atlântica, em Copacabana (zona sul), por policiais militares da Operação Copacabana Presente. Ela estava foragida desde o fim do Natal de 2021, quando foi autorizada a deixar a prisão para visitar a família e não retornou, como deveria.

Segundo nota divulgada nesta quinta-feira pela Secretaria de Governo do Estado do Rio, Joyce estava acompanhada por um homem quando o casal foi abordado pelos policiais. Diante do nervosismo da mulher, os policiais averiguaram se havia pendências judiciais contra ela e constataram que era foragida. Ela foi detida e conduzida à 12ª DP (Copacabana), onde o caso foi registrado. O homem não tinha pendências e foi liberado.

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Joyce tem passagens por tráfico de drogas, roubo e associação para o tráfico. Segundo a polícia, ao sair da prisão ela foi para o Jacarezinho, mas deixou a favela logo em seguida, no final de janeiro, quando a polícia ocupou a comunidade para iniciar o programa Cidade Integrada.

Fios. Ontem, 15, policiais militares da Operação Segurança Presente no município de Japeri, na Baixada Fluminense, prenderam em flagrante um homem que estava furtando fios de cobre da SuperVia dentro de uma estação de trem, na rua Leny Ferreira. Os PMs foram chamados por pessoas que flagraram o furto, praticado por dois criminosos. Um deles conseguiu fugir. O nome do detido não foi divulgado.

Uma briga de hotel, capturada em vídeo, tem repercutido nas redes sociais desde o réveillon. O caso aconteceu no último dia 30 de janeiro e mostra um turista negro, o artista novaiorquino H.L. Thompson, conhecido como Slyfox NYC, reagindo a uma agressão e dando um soco em outro homem. A confusão ocorreu no saguão do hotel Hilton, ambiente de luxo em Copacabana, no Rio de Janeiro. Segundo relato do artista, um casal de turistas, formado por uma brasileira e um alemão (veja o vídeo), havia se irritado pelo estadunidense ter sido atendido com prioridade. 

Thompson é cliente Diamante (categoria Diamond, do inglês) da rede de hotéis, uma das mais altas no programa de fidelidade. Por esta razão, foi atendido com prioridade em fila própria para quem paga a assinatura do programa. O artista afirma que se negou a deixar o casal passar na sua frente e que os outros dois turistas estavam embriagados. A Polícia Civil confirmou a informação.

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O alemão supostamente chamou H.L. de “n*gga”, um termo ofensivo às pessoas negras nos Estados Unidos e que é socialmente e legalmente proibido em algumas localidades. A palavra é equivalente a “neguinho”, no português, em tom pejorativo, e remete à nomenclatura utilizada por escravocratas e grupos racistas. 

[@#video#@] 

Na mensagem, ele diz: “Você pode me enviar o vídeo para que eu possa enviar para a sede do Hilton? Por causa dessa falha de segurança, o casal deixou a polícia esperando do lado de fora [do hotel], me procurando por horas. Eu não pude ficar no hotel naquela noite porque eles mentiram dizendo que eu os ataquei. Obrigado pela gravação. Os nomes dos outros envolvidos não foram divulgados, mas é possível ver que a mulher agride o homem negro primeiro, o alemão se dirige à vítima e então é derrubado por um soco do mesmo. 

[@#podcast#@] 

“Sem mencionar o que não estava na câmera, eles me empurrando tentando furar a fila dos membros do Diamond, e o marido se referindo a mim como “o cara negro, neguinho”, depois que eu me recusei a permitir que eles pulassem a linha e pedi várias vezes para pararem de invadir meu espaço”, completa ele. 

Todos os três envolvidos no caso não estão mais no Brasil. Houve um registro de ocorrência na Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (DEAT), que investiga o ocorrido. A polícia tomou conhecimento do caso após registro de ocorrência do alemão. 

 

O cantor Vitor Hugo Nascimento, de 25 anos, conhecido como MC Cabelinho, protagonizou uma cena inusitada em um hotel de luxo no Rio, nessa sexta-feira (31) pré-réveillon. O carioca e sua equipe jogaram, da janela do quarto onde estavam, notas de R$ 50 e R$ 100 para os pedestres que estavam embaixo do hotel. Um grupo de pessoas se aglomerou para disputar pelas notas. Em seus stories no Instagram, Cabelinho afirmou que estava hospedado no local, à Avenida Atlântica, principal via de Copacabana. 

Ao Globo, as pessoas em frente ao hotel disseram que o MC é popular não apenas pelos seus hits, mas por sua humildade. Boa parte do grupo era formada por ambulantes trabalhando na região. “O paizão jogou R$ 300, ele estava ali da janela e jogou para nós. O paizão é humilde e jogou para nós”, contou um jovem de 17 anos com apelido de Dente de Manga, que estava trabalhando como ambulante. 

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“Foi emocionante ver o Cabelinho jogando dinheiro para o alto. Várias loucuras. Ano Novo e nós tá duro. Vim para a pista, vender bala, para comprar a ceia pra casa, e ele jogando dinheiro para nós pegar”, disse Wesley Souza, que também pegou R$ 100. 

MC Cabelinho, de 25 anos, é um dos expoentes do funk carioca atualmente. Com milhões de visualizações no YouTube, o cantor acumula também seguidores no Instagram e o topo das reproduções do gênero musical no Spotify e outras plataformas de streaming. O MC tem colaborações com os maiores artistas do funk, pop e trap brasileiros, como Anitta, Filipe Ret e MC Poze do Rodo. 

Cabelinho também é ator, intérprete do personagem Farula em "Amor de mãe". Na pausa da gravação da novela durante a pandemia, Cabelinho lançou um disco com o objetivo de que "a elite entenda a favela antes de julgar". 

MC Cabelinho em sua publicação nas stories do Instagram. Foto: Reprodução

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