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A UFPE, através da Diretoria de Alimentação e Nutrição, divulgou o funcionamento do Restaurante Universitário do Campus Recife no decorrer do período de recesso acadêmico. Conforme estabelecido, o RU, que ficou aberto até o almoço do último dia 22, voltará às atividades em 29 de janeiro de 2024.

Nesta quarta-feira (27), um relatório feito pela Vigilância Sanitária apontou erro na manipulação e armazenamento de alimentos servidos à comunidade acadêmica da instituição. Em setembre deste ano, aproximadamente 1200 estudantes apresentaram sintomas como vômitos, diarreia e dores abdominais, depois do consumo de alimentos servidos pelo RU, gerenciado pela empresa General Goods.

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Na ocasião, algumas vítimas precisaram de acompanhamento médico em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e um protesto, em frente ao restaurante universitário, que foi reaberto em maio de 2023 - após dois anos sem funcionamento, foi realizado para pedir a saída da General Goods e melhorias na qualidade e segurança do serviço de alimentação oferecido à comunidade acadêmica.

Após casos de intoxicação alimentar no restaurante universitário da Universidade Federal de Pernambuco, campus Recife, ocorrido em setembro de 2023, o relatório da vigilância sanitária aponta falhas na manipulação e armazenamento de alimentos servidos à comunidade acadêmica da instituição. O documento reúne dados coletados dois dias após cerca de 1200 estudantes apresentarem sintomas como vômitos, diarreia e dores abdominais depois do consumo de alimentos servidos pelo RU, que é gerido pela empresa General Goods. 

Na ocasião, algumas vítimas precisaram de acompanhamento médico em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e um protesto, em frente ao restaurante universitário, que foi reaberto em maio de 2023 após dois anos sem funcionamento, foi realizado para pedir a saída da General Goods e melhorias na qualidade e segurança do serviço de alimentação oferecido à comunidade acadêmica.

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Estudantes realizam ato no RU da UFPE ( Júlio Gomes/LeiaJá/Arquivo)

O relatório aponta problemas como: presença de alguns insetos (moscas) e vestígios de baratas e contaminação por bactérias, alimentos armazenados em embalagens furadas ou sem embalagens, produtos com validade inelegível, carnes expostas, possível vazamento de gás e panelas em estado precário de conservação. Confira o documento na íntegra aqui

Parte do relatório realizado pela vigilância à saúde do Recife

Estudantes relatam serviços precários e riscos à saúde

Em entrevista ao LeiaJá, a universitária e moradora da Casa do Estudante Ana* relata que o cardápio oferecido pelo restaurante universitário não apresenta variação, principalmente, quem é vegetariano. “Semana após semana costuma ser as mesmas opções de mistura e guarnição, consequentemente, tendo baixa variedade de nutritiva. Os grãos são mal cozidos, gerando má digestão e dores de estômago, os vegetais da guarnição também são mal cozidos, o que pode ser prejudicial, porque alimentos como a batata, por exemplo, precisam ser minimamente cozida para eliminar substâncias que podem ser tóxica. Digo isso pois recorrentemente pego batatas tão duras que parecem cruas”, afirma.

Além disso, a estudante aponta má higienização das verduras e que esses são servidos em um estado ruim de conservação. “O tomates são maduros que estão perto de estar estragado, alfaces já “passados” (sic), com partes pretas”. À reportagem, ela conta que é “recorrente encontrar objetos estranhos na comida, como o pedaço de uma máscara, assim como insetos, larvas, e outros bichos”.

Paula*, que é graduanda do curso de psicologia da UFPE, avalia o serviço prestado pela General Goods como “bem precário, feito sem cuidado e responsabilidade pela empresa que organiza”. A universitária cita que em alguns momentos chegou a não consumir a refeição toda por causa da qualidade. “A qualidade é bem baixa, uma vez ou outra alguma refeição está levemente saborosa, mas maioria das vezes são arroz e feijão requentado de sabe-se lá quantos dias, restos de carnes de outros dias também e as opções vegetarianas são feitas com pouco empenho. Muitas vezes tive que estragar comida, pois estava intragável ou suspeita”.

Ao LeiaJá, Paula* afirma que já presenciou estudantes com dúvidas sobre “o que estavam vendo nos pratos eram larvas ou algum tipo de bicho, eu mesma já estive nessa posição e normalmente, tanto eu como as pessoas que convivo, descartam a comida quando estranham algo. Já encontrei cabelo na comida, o qual claramente não era meu ou de qualquer pessoa que estivesse almoçando comigo”, frisa.

O que diz a UFPE

Procurada pela reportagem, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), através da Superintendência de Comunicação, salientou que a nota emitida no início de dezembro destaca que “a empresa [General Goods] cumpriu com adoção de medidas corretivas relativas ao controle da potabilidade da água, no manejo de resíduos sólidos, na seleção de fornecedores, armazenamento de alimentos e higienização do local, equipamentos e utensílios. Mantendo, portanto, a licença sanitária até dia 15 de setembro de 2026”.

No comunicado, a instituição de ensino salienta que, antes da divulgação do laudo da vigilância, “a UFPE tomou medidas administrativas para ampliar as ações de fiscalização e acompanhamento do serviço no restaurante. O quadro de nutricionistas da equipe técnica da instituição foi ampliado, assim como o apoio de profissionais especialistas na área de saúde e alimentos no apoio à comissão de acompanhamento, que conta também com representação estudantil. A empresa General Goods também ampliou seu quadro e fez substituições do responsável técnico”.

A Superintendência de Comunicação da UFPE também reforça que, apesar das falhas apontadas, o relatório finaliza esclarecendo que “em 18/12/2023, foi realizada inspeção sanitária pela equipe VISA DS/IV, e foi constatado que as exigências feitas anteriormente foram cumpridas e continuam sendo mantidas as boas práticas de higiene e manipulação de alimentos”.

General Goods e casos de intoxicação alimentar

Este não é o primeiro episódio de intoxicação alimentar envolvendo a General Goods. Em março de 2022, 60 estudantes da Escola Técnica Estadual Luiz Alves Lacerda, no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife, tiveram mal-estar após a merenda, de responsabilidade da terceirizada. Na época, a empresa alegou que não houve irregularidades nas refeições servidas na instituição. A empresa foi escolhida após processo licitatório e a contratação da terceirizada foi publicada no Diário Oficial, em março de 2023

. No episódio de intoxicação alimentar, ocorrido em setembro deste ano na UFPE, a reportagem questionou Fernando José do Nascimento sobre a contratação da General Goods, diante de uma caso semelhante no Estado, após todo o processo de licitação realizado pela UFPE. O pró-reitor afirmou que todos os documentos solicitados à empresa foram entregues e não havia nenhuma sinalização sobre o caso ocorrido no Cabo de Santo Agostinho.

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) anunciou, na última segunda-feira (30), que o restaurante universitário (RU) ficará fechado por dois dias, ou seja, na quinta (2) e sexta (3).

De acordo com a UFPE, a interrupção do serviço é devido ao feriado de Finados e ponto facultativo "previstos no calendário acadêmico". Ainda segundo a universidade, o serviço será retomado já na segunda-feira (6).

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Com 10 campi e mais de 50 cursos de graduação, a Universidade de Pernambuco (UPE) não possui restaurante universitário (RU). A demanda é uma luta antiga dos estudantes da instituição, que é de responsabilidade do Governo de Pernambuco. Nesta quinta-feira (10), por volta das 12h, uma fila se formou em frente à Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora da Graças, da UPE, localizada no bairro de Santo Amaro, área central do Recife. Estudantes aguardavam a distribuição da feijoada, organizada pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE UPE).

O ato simbólico, que inicialmente cobraria R$ 1 pela refeição, foi uma maneira encontrada pelos alunos para reivindicar a construção do RU. Os discentes também aproveitaram para cobrar à governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), para que a universidade, assim como a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Universidade Rural de Pernambuco (UFRPE), tenha um local de oferta de refeições a preços populares.

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Distribuição de feijoada na UPE. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Distribuição de feijoada na UPE. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

A cobrança não é novidade para a reitoria ou gestão estadual, que, em janeiro de 2023, durante cerimônia de posse da nova reitora da UPE, Profª Socorro Cavalcanti, prometeu a construção de RUs. À reportagem, João Mamede, Coordenador Geral do Diretório Central dos Estudantes da UPE (DCE UPE), ressalta que esse tipo de ato já é tradição dos movimentos estudantis no Estado.

“Na UPE existe o problema da insegurança alimentar dos estudantes. A gente decidiu fazer aqui na universidade porque a gente entende que o nosso programa de assistência estudantil está muito atrasado, não temos orçamento”. Segundo João Mamede, o quantitativo destinado à política de permanência dos alunos da universidade estadual é de R$ 2,4 milhões (moradia, alimentação, mobilidade, entre outras).

O coordenador geral do DCE UPE também salineta que a data para a realização do “feijoato” faz referência ao Dia do Estudante, que será comemorado na sexta-feira (11). “Esse campus que a gente está só tem curso integral, que as pessoas já têm dificuldades de permanecer, os alunos passam o dia toda aqui. Alguns trazem marmita, mas não tem onde armazenar ou esquentar. Então, a gente está chamando a atenção desse problema aqui na Universidade de Pernambuco”.

João Mamede (camisa preta) é Coordenador Geral do Diretório Central dos Estudantes da UPE (DCE UPE). Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

As discentes do curso de enfermagem e integrantes do Diretório Acadêmico (DA), Hisabele Maria e Isadora Soares, em entrevista ao LeiaJá, comentam que o ato é importante e que a fila que se formava em frente à faculdade deveria ser corriqueira, se a UPE tivesse um restaurante universitário. “A gente achou o ato muito interessante, porque é um movimento de luta e conquista. Hoje, deveria ser o que todo dia deveria acontecer. Todo dia, a gente deveria montar uma fila, com comida para todo mundo, com preços acessíveis e de qualidade”, expõe Hisabele.

“Esse momento é muito importante. De certa forma é algo divertido para a gente, mas é um movimento de protesto, para a gente chamar atenção para o que acontece aqui na UPE, que é a falta do RU. Ninguém estuda com fome, ninguém vive com fome. A gente passa o dia aqui dentro, a gente precisa comer, a gente precisa se sustentar e não é fácil. A gente nem está pedindo as três refeições, a gente só está pedindo um almoço”, pontua Isadora.

Hisabele (de óculos) e Isadora (camisa branca) são alunas do curso de enfermagem da UPE. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Mesmo com a Universidade de Pernambuco disponibilizando editais para auxílio moradia e alimentação, os universitários apontam que o quantitativo de contemplados ainda é baixo. "Na minha sala tem 54 pessoas. Só a minha turma acabaria com as vagas oferecidas pela UPE nesse edital", frisa Isadora. Nos atuais editais, lançados recentemente pela UPE, oferecem 150 vagas para estudantes veteranos (valor mensal de R$ 400) e 50 para discentes ingressantes em 2023.1, que é o caso da turma de Isadora, também no valor de R$ 400.

Cursando medicina, também em período integral, os estudantes Marlon Peixoto, que é natural de Aracajú, e Sabrine Menezes reforçam o discurso da maioria dos estudantes que aproveitaram a iniciativa do DCE. “Em Sergipe era esperado que ao entrar na universidade já teria um RU. Quando eu cheguei aqui na UPE, em uma cidade nova, pensei que também fosse ter [RU], até por ser um Estado maior, considerado mais desenvolvido por muita gente, mas, não, foi uma surpresa, uma surpresa negativa. Porque muitos dos meus amigos precisam, o nosso curso é integral. A gente batalhou para entrar aqui”, disse à reportagem

"Tem muita gente aqui que mora longe, precisa trazer comida, é um gasto muito grande. Uma faculdade do tamanho da UPE até hoje não tem um restaurante universitário é muito grande. O RU faria uma diferença muito grande, não só para quem estuda integral. A UPE disponibilizar, pelo menos o almoço, seria o mínimo", opinou Sabrine. 

Marlon e Sabrine estudam medicina na UPE. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Pratos sujos e empilhados, acumulados até não sobrar mais espaço por falta de recolhimento. Essa foi a situação de um vídeo gravado por estudantes no Restaurante Universitário (RU) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), localizado na Várzea, Zona Oeste do Recife.

Nas redes sociais, um estudante divulgou fotos e vídeos que mostram pratos com restos de comida acumulados, inclusive alguns quebrados no chão do refeitório por conta da falta de espaço. Na publicação, outros estudantes reclamaram da situação.

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“A situação estava tensa mesmo!”, afirmou um dos internautas nos comentários. “Ontem, enquanto eu comia, eu contei 7 pratos quebrados do povo derrubando pq já tava virando empilhadeira”, disse outro.

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Em nota, a UFPE afirmou que o local dispõe de área reservada para o depósito dos pratos, e situações desse tipo acontecem quando os objetos não são colocados no local correto. “O recolhimento dos pratos é feito a partir de um procedimento que os usuários do restaurante os deixam num ponto específico. Quando as pessoas não seguem o procedimento, eventualmente, pode acontecer uma retenção e/ou acidente”, disse a instituição, em nota.

Foram dois anos e meio de espera para que estudantes e comunidade acadêmica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) pudessem novamente ter acesso ao restaurante universitário (RU). O equipamento, fechado desde 2020, reabriu oficialmente nesta quarta-feira (10) com a oferta das três refeições (dejejum, almoço e jantar).

Mesmo com alguns cursos de graduação em período de recesso acadêmico, um grande quantitativo de alunos da UFPE compareceu neste primeiro dia de funcionamento do RU. Com uma fila longa que ocupava grande parte da área externa do restaurante, os alunos aguardavam com certa impaciência a compra do ticket e, assim, ter acesso ao almoço, que já estava sendo servido desde às 12h. 

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Uma longa fila se formou na área externa do RU. Foto: Elaine Guimarães/LeiaJáImagens

Ítalo Monteiro, estudante da pós-graduação em ciências biológicas, acompanhou todo processo do fechamento até a abertura do restaurante universitário da UFPE. Ao LeiaJá, ele, que aguardava na fila por cerca de 40 minutos, ressaltou que estava feliz com a estrega do equipamento, no entanto, chamou atenção para o tempo de espera e organização da fila. 

"Está uma fila só para comprar o ticket do RU, mas, está bem desorganizado, o processo de pagamento está bem lento. Acredito que seja porque é o primeiro dia. Acho também que é porque muita gente não fez o cadastro [biométrico] ainda e está fazendo hoje, então tem esse tumulto. Mas, também acho que poderia melhorar com a venda online do ticket ou qualquer outra opção para agilizar essa compra".

A espera de Débora da Silva, também estudante da pós-graduação, foi a mesma de Ítalo. "A gente está feliz com a volta, mas é um misto esta reabertura. Os valores das refeições estão maiores do que esperávamos. Não são todas as pessoas que conseguem pagar. Outra coisa, eu sou super a favor que haja um aplicativo que facilite essa compra do ticket. Isso iria melhorar essa fila, pelo menos, da entrada. Isso aqui está uma bagunça, está tudo bagunçado", frisou. 

Ítalo Monteiro (de barba e camisa cinza), Débora da Silva (no centro) e Erick Andrade (camisa cinza, à direita). Foto: Elaine Guimarães/LeiaJáImagens

Após uma hora de espera, o graduando Erick Andrade viu a felicidade em ter novamente o restaurante universitário se transformar em cansaço. "Estou revoltado", brincou.

À reportagem, ele, que está no sexto período de licenciatura em ciências biológicas, relatou que estava na pausa e que teria que voltar em breve para terminar uma demanda no laboratório.

"Saí para almoçar, porque dou expediente no laboratório, e faz mais de uma hora que estou esperando. A gente ainda está na fila para comprar e, só assim, poder entrar. Para sanar isso é preciso ter vários pontos de venda para evitar essa aglomeração e a gente consiga cumprir a carga horária do dia a dia. Eu não trouxe almoço, nem dinheiro suficiente para comprar uma refeição fora", contou. 

Nathan Barbosa e Matheus Henrique são estudantes de engenharia e,mesmo de recesso, estavam presentes na reabertura do RUFoto: Elaine Guimarães/LeiaJáImagens

A entrega do espaço aos estudantes e comunidade acadêmica foi feita durante o recesso acadêmico de algumas graduações. Mesmo assim, os alunos de engenharia da computação Nathan Barbosa e Matheus Henrique compareceram a reabertura do restaurante universitário. 

"Eu vim para a reabertura do RU para saber como ele estava. Eu tinha uma expectativa grande por esse momento. Achei a estrutura muito boa, mas um pouco de falta de organizações no começo, porque você chega aqui e não sabe como é que faz para entrar, como faz o pagamento.  Tem que ter alguma coisa antes. Você chega aqui e cadê os horários? Tem um monte de fila", aponta Nathan. 

Assim como a maioria dos alunos da instituição, Matheus está satisfeito em ter o equipamento funcionando novemente. Entretanto, ele pede para que a logística adotada nos próximos dias seja diferente. "Eu estive aqui ontem, no dia da distribuição gratuita da feijoada. Vejo que essa fila poderia ser evitada e espero que seja adotado um sitema, um aplicativo para a compra desse ticket. Ajudaria muito nessa organização". 

O que diz a UFPE

Em entrevista ao LeiaJá, o reitor Alfredo Gomes falou sobre as demandas pontuadas pelos estudantes da UFPE. "É tudo muito novo. Quem está cadastrado [biometria] não precisa pegar fila. Mas, tem alguns alunos que ainda não realizaram o procedimento. Além disso, temos aqui estudante com isenção total, que é um número bastante significativo, e parcial, além da comunidade toda da universidade. Isso, em um primeiro momento, a gente está tentando lidar", ressalta. 

Para o segundo dia de atividades no RU, a reitoria e Pró-Reitoria para Assuntos Estudantis (Proaes) da UFPE estudam demarcar os espaços na fila para manter a organização. "Como a gente está fazendo o cadastramento [biométrico], algumas pessoas estão aproveitanto para comprar o ticket dos próximos dias, o que vai facilitar esse impacto inicial".

À reportagem, Alfredo Gomes frisa que está feliz com a reabertura do RU após um período de pandemia e cortes orçamentários promovidos durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). " Estamos abrindo o nosso restaurante ampliado. Passamos para 900 lugares. No próximo ano, sem sombra de dúvidas, o RU do CAV [Centro Acadêmico de Vitória], porque Recife tem [restaurante universitário], Caruaru tem e vai ter essa política estabelecida para o CAV".

O Reitor da UFPE, Alfredo Gomes (óculos), ao lado do Pró-Reitor Fernando José do Nascimento (à direita). Elaine Guimarães/LeiaJáImagens

Funcionamento

O Restaurante Universitário funcionará de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h, fornecendo café da manhã, almoço e jantar aos alunos, servidores da UFPE e visitantes. De acordo com a instituição, os valores das refeições são: estudantes de graduação e pós-graduação (especialização, mestrado e doutorado) - R$ 4,78 (almoço) e R$ 4,88 (janta); servidores e visitantes - R$ 11,95 (almoço) e R$ 12,20 (janta).

O café da manhã é destinado aos graduandos residentes das Casas dos Estudantes Universitários da UFPE. Para os demais, a reifeição terá o valor de R$ 10,31. Bolsistas e alunos em situação de vulnerabilidade social terão direito à gratuidade das alimentação.

Ainda segundo a instituição, a capacidade total é de até 8.200 refeições por dia. Uma outra novidade no equipamento é a substituição de itens descartáveis, como pratos, copos e talheres. "Esse é um dos novos desafios do restaurante", frisou a UFPE. 

Após dois anos de espera, os alunos e comunidade acadêmica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), campus Recife, terão acesso ao Restaurante Universitário (RU). Nesta segunda-feira (8), data fornecida pela instituição para a reabertura do RU, estudantes puderam visitar as novas instalações e realizar o procedimento de cadastro biométrico.

O LeiaJá esteve no local e a empresa responsável, a General Goods, ainda realizava ajustes em alguns equipamentos. Mas, de acordo com a comunicação da UFPE, isso não comprometerá a cronograma divulgado nos canais oficiais da universidade no último sábado (6).

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Segundo o calendário, na terça-feira (9), das 12 às 14h, haverá distribuição gratuita de feijoada, “mesmo para quem não está cadastrado ainda. Na quarta-feira (10), o restaurante abre a partir do café da manhã”, afirmou a Superintendência de Comunicação da UFPE à reportagem.

RU da UFPE, campus Recife. Foto: João Velozo/LeiaJáImagens/Arquivo

Funcionamento

O Restaurante Universitário funcionará de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h, fornecendo café da manhã, almoço e jantar aos alunos, servidores da UFPE e visitantes. De acordo com a instituição, os valores das refeições são: estudantes de graduação e pós-graduação (especialização, mestrado e doutorado) - R$ 4,78 (almoço) e R$ 4,88 (janta); servidores e visitantes - R$ 11,95 (almoço) e R$ 12,20 (janta).

O café da manhã é destinado aos graduandos residentes das Casas dos Estudantes Universitários da UFPE. Para os demais, a reifeição terá o valor de R$ 10,31. Bolsistas e alunos em situação de vulnerabilidade social terão direito à gratuidade das alimentação. A nova estrutura comporta cerca de 350 pessoas e possui um ambiente climatizado.

Ainda segundo a instituição, a capacidade total é de até 8.200 refeições por dia. Uma outra novidade no equipamento é a substituição de itens descartáveis, como pratos, copos e talheres. "Esse é um dos novos desafios do restaurante", frisou a UFPE. 

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A espera

A demora para o reativação do espaço, fechado desde 2020, segundo a superintendência de comunicação, teve relação com imprevistos da empresa responsável pela obra , a General Goods, com fornecedores de materiais, como mesas e cadeiras, que não chegaram no prazo previsto. "Uma cláusula do contrato de licitação prevê a prorrogação em 30 dias do início da operação, que foi o que eles solicitaram", disse a comunicação.

A UFPE também esclareceu que durante todo período de inatividade do restaurante universitário, o alunos, com cadastro estudantil, receberam um auxílio extra destinado à alimentação. "Esse auxílio permanece sendo concedido", salienta a instituição. Além disso, a universidade reforça que "busca entender a assistência de uma forma mais ampla, que não se encerre apenas em repasse de recurso" e que a reitoria mantém um canal de diálogo com os diretórios acadêmicos, afim de atender a demanda estudantil.

Com 10 campi e mais de 50 cursos de graduação, a Universidade de Pernambuco (UPE) não possui restaurante universitário (RU). A demanda, que faz parte da política de assistência estudantil, é uma luta dos alunos da instituição que é mantida pelo Estado. Em entrevista ao LeiaJá, João Mamede, Coordenador Geral do Diretório Central dos Estudantes da UPE (DCE UPE), diz que a ausência do RU é denunciada há anos pelos alunos e comunidade acadêmica.

“Há muitos anos, os estudantes e a comunidade acadêmica da UPE denunciam a total ausência de uma política estruturada e com fonte segura de financiamento para o auxílio à permanência dos estudantes mais vulneráveis. Com o cenário de carestia e aprofundamento da pobreza das famílias nos últimos anos, a discussão sobre as dificuldades dos estudantes com transporte e alimentação, em particular, ganharam destaque”, disse.

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À reportagem, ele ressalta que, em janeiro de 2023, a governadora Raquel Lyra (PSDB), durante cerimônia de posse da nova Reitora da UPE, Prof.ª Socorro Cavalcanti, prometeu a construção dos restaurantes universitários. “Esse foi um sinal importante, mas, desde então, a governadora tem se esquivado do debate com a nossa comunidade acadêmica”, salientou João Mamede.

Com o silêncio da gestão estadual, o DCE da UPE, em diálogo com outros estudantes da instituição, lançou uma petição para que um projeto, prometido pela governadora, seja apresentado. “Pode parecer que é cedo para uma cobrança pública, mas não podemos continuar assistindo à evasão dos estudantes sem que a gestão pública apresente respostas concretas à angústia dos estudantes, em especial aqueles mais pobres”, frisa.

Reitoria da Universidade de Pernambuco (UPE) (Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens/Arquivo))

Enquanto entidade representativa dos estudantes da universidade estadual, o Diretório Central aponta que relatos de desistências “chegam todos os dias”. No entanto, o coordenador do DCE ressalta que eles não devem servir apenas para estatística.

“É preciso estancar a evasão que cresce nas universidades brasileiras desde a pandemia e a eclosão da crise social e econômica que atinge as famílias brasileiras. A UPE não foge a esse fenômeno, com a diferença de que, enquanto outras universidades estaduais debatem a ampliação dos seus instrumentos de assistência ao estudante, nós estamos brigando para dar os primeiros passos”.

O que diz a UPE

Procurada pela reportagem, a Universidade de Pernambuco falou sobre o assunto por meio de nota. De acordo com o comunicado, a demanda dos restaurantes universitários "vem sendo debatida há algum tempo com os estudantes e o Governo Estadual".

Além disso, a assessoria salienta que, devido à capilaridade da UPE, "com campi em diferentes localidades, a gestão tem dialogado sobre as possibilidades de se melhorar a assistência estudantil para os discentes em vulnerabilidade sociais. Essa questão atende as necessidades de alimentação."

O esforço da UPE em atender a necessidade da comunidade acadêmica é confirmada por João Mamede. "A UPE, em todos os seus setores, é simpática à campanha dos estudantes e, dentro dos marcos da grave limitação orçamentária para a assistência estudantil, tem feito um bom trabalho em “tirar leite de pedra”. Mais recentemente, a Reitoria abriu importante diálogo com os estudantes para a ampliação da política de cotas, que está defasada há mais de 10 anos. É claro que as mudanças não vêm sem pressão e muita mobilização, mas, hoje, há um consenso, na comunidade acadêmica da UPE, acerca da urgência de um plano para a assistência estudantil".

O silêncio do Governo de Pernambuco

O LeiaJá também entrou em contato com a comunicação da governadora Raquel Lyra, já que a construção de RUs é uma promessa da gestora. No entanto, não houve retorno dos questionamentos acerca de prazos para apresentação de planejamento para a construção desses locais. O espaço segue aberto. 

Enquanto há silêncio por parte da governadora, os estudantes realizaram um estudo baseado em experiências de outras universidades estaduais multicampi. "A nossa proposta é que os maiores campi, como Santo Amaro, Benfica, Mata Norte, Garanhuns e Petrolina recebam estruturas de restaurante universitário, enquanto os demais passem a ofertar bolsas de Auxílio-Alimentação aos estudantes. Esse pode ser um caminho, desde que a universidade mantenha cantinas bem equipadas em todos os campi, independente do tamanho, o que ainda não é uma realidade".

Fechado desde antes da pandemia de Covid-19, o Restaurante Universitário (RU) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), campus Recife, reabre no dia 8 de maio, afirmou ao LeiaJá, a superintendência de comunicação da instituição. A data, no entanto, é durante o recesso acadêmico, porém, segundo a assessoria, "é dentro do calendário de aula das 114 pós-graduação. E ainda dentro do período onde permanecem os residentes das casas do estudante".

A demora para o funcionamento do espaço, que atendia os estudantes da UFPE, segundo a superintendência de comunicação, tem relação com imprevistos da empresa responsável pela obra com fornecedores de materiais, como mesas e cadeiras, que não chegaram no prazo previsto. "Uma cláusula do contrato de licitação prevê a prorrogação em 30 dias do início da operação, que foi o que eles solicitaram", disse a comunicação.

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A UFPE também esclareceu que durante todo período de inatividade do restaurante universitário, o alunos, com cadastro estudantil, receberam um auxílio extra destinado à alimentação. "Esse auxílio permanece sendo concedido", salienta a instituição. Além disso, a universidade reforça que "busca entender a assistência de uma forma mais ampla, que não se encerre apenas em repasse de recurso" e que a reitoria mantém um canal de diálogo com os diretórios acadêmicos, afim de atender a demanda estudantil.

Alunos da UFPE protestam pela reabertura do RU

No dia 5 de abril, alunos da UFPE realizaram um ato, com venda simbólica de feijoada a R$1, para pedir a reabertura do RU. Na ocasião, os estudantes questionaram a demora para a entrega do espaço à comunidade acadêmica e alegaram que a ausência desse recurso contribuiu para que alguns alunos deixassem as graduações.

“Quatro estudantes. Isso é muita coisa para o nosso curso, ainda mais do sexto e sétimo período porque não conseguem se sustentar dentro da universidade e por não conseguir o auxílio do RU. A gente está vendo alunos da área de saúde em evasão ou trancando o curso porque não estão conseguindo se alimentar, assim como dar conta das outras demandas”, afirmou Andresa Cândida, que é vice-presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE) em Pernambuco e estudante do curso de enfermagem na instituição.

por Joice Silva e Elaine Guimarães

Estudantes da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) denunciaram retaliação por parte da reitoria da instituição após realização de um protesto contra os preços cobrados pelas refeições do Restaurante Universitário (RU). De acordo com os alunos, atualmente cada prato está custando R$ 17, valor acima da média cobrado em outros restaurantes universitários.

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Como forma de reprimir os protestos contra os preços altos, os alunos alegam que a reitoria tem deixado o restaurante da universidade sem jantar. A denúncia foi publicada em um vídeo, que circula nas redes sociais, em que os discentes questionam a reitoria sobre a alimentação com preço inacessível e a falta da refeição noturna.

Nas redes sociais, a União Nacional dos Estudantes, divulgou um vídeo em que os estudantes, indignados, se queixavam pela falta de jantar. “Cadê a comida? Quando você chegar em casa, você vai ter comida, e nós não. Meu pai e minha mãe não sabem que eu estou aqui sem comer. Meus pais acham que eu estou aqui estudando e conseguindo me alimentar com auxílios do governo. Infelizmente, ninguém sabe o que é depender dos auxílios aqui dessa universidade”, afirmou uma das estudantes que participava do ato.

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UFPB alega que a falta do jantar foi reflexo da "invasão" dos estudantes

Procurada pelo LeiaJá, a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), através de nota, alegou que cerca de 700 estudantes ficaram sem jantar, na última quarta-feira (8), devido à "invasão ocorrida ao equipamento no horário do almoço", o que, segundo a instituição, inviabilizou "o preparo da refeição do período noturno".

Ainda segundo o comunicado, a decisão de suspender a refeição noturna "foi tomada exclusivamente pela empresa Acesso Refeições", que é responsável pelo fornecimento dos alimentos.  A UFPB acusa os discentes de "subtraiu alimentos, polpas de frutas e outros itens alimentícios", assim como de danificar equipamentos. 

A manifestação dos estudantes foi classificada pela Acesso Refeições como "vandalismo", já a universidade afirma que o grupo entrou de forma "irregular, pela saída do RU, burlando o controle de acesso. Eles acessaram o refeitório onde os estudantes se alimentam e, em seguida, invadiram indevidamente a cozinha, área com acesso restrito em virtude dos cuidados com a higiene e segurança nutricional das refeições". 

Na nota, frisa-se que foram registrados dois boletins de ocorrência (BO) na Polícia Civil, sendo um pela reitoria, "que posteriormente será encaminhado à Polícia Federal para apuração das responsabilidades cabíveis", e o outro pela Acesso Refeições.

Valores

Também através de comunicado, ao ser questinada pela reportagem sobre os valores cobrados no Restaurante Universitário, a UFPB justificou alegando que eles foram definidos por processo licitatório, ou seja, a proposta de precificação foi apresentada pela Acesso Refeições.

"No RU de João Pessoa, além dos alunos assistidos, selecionados após comprovarem a vulnerabilidade socioeconômica, a comunidade universitária que é contemplada com o benefício também pode usufruir dos Restaurantes Universitários, mediante o pagamento da taxa de R$ 10,57 (almoço) e R$ 10,33 (jantar), conquista implementada na atual gestão da UFPB", diz trecho da nota. 

Nesta quinta-feira (9), a universidade realizou uma reunião com um grupo de estudantes e ficou acordado que no dia 20 de março haverá um novo encontro "para tratar da temática dos restaurantes universitários, com a presença dos Diretórios Acadêmicos da UFPB".

A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), por meio do Instituto Menino Miguel e da Comissão de Direitos Humanos Gregório Bezerra, divulgou uma nota pública a respeito do caso da estudante de agroecologia, Nzinga Cavalcante, que foi impedida de compartilhar a refeição com sua filha Ághata, de 11 anos, no Restaurante Universitário (RU) da instituição.

“Além da retratação pública, repudiando o fato ocorrido, a UFRPE expressa o compromisso com a promoção de políticas institucionais de assistência estudantil, que garantam o acesso, a permanência e a qualidade da formação, principalmente com os/as estudantes que enfrentam diferentes vulnerabilidades econômicas e sociais”, informou a instituição em nota. 

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O caso aconteceu no dia 9 de setembro e foi divulgado pela página Sítio Ágatha, no Instagram. De acordo com a publicação a estudante e amigos de classe tinham costume de colocar uma quantidade a mais de comida para dividirem com a criança, em uma pequena vasilha que ela levava na bolsa, mas no dia do ocorrido foi negado a possibilidade dela se alimentar.  

Ainda em nota, a Universidade garante, a partir das suas ações de pesquisa, ensino e extensão, o enfrentamento ao racismo estrutural produzido no Brasil e salienta o compromisso de implantar novas políticas de acolhimento. “Nos próximos meses, mais uma política de acolhimento e inclusão, neste caso com a valorização das diferentes maternagens e paternagens em nossa Universidade. Além disso, a instituição promove cada vez mais a formação permanente voltada para servidores e terceirizados, tratando de temas relativos ao enfrentamento do racismo e à promoção dos direitos humanos”, destaca a Instituição.  

“Ainda ressaltamos que, no Plano de Desenvolvimento Institucional, os valores dos direitos humanos, da democracia, da cidadania e da justiça social se apresentam como pilares que fundamentam as nossas ações. Nesse sentido, a gestão da UFRPE se compromete publicamente com a dignidade humana das pessoas que fazem parte da sua comunidade acadêmica e com a dignidade humana das pessoas e coletivos para além dos seus muros”, finaliza.

Confira a nota na íntegra:

"A gestão superior da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), por meio do Instituto Menino Miguel e da Comissão de Direitos Humanos Gregório Bezerra, diante do conhecimento do constrangimento causado pela ação equivocada nas dependências do Restaurante Universitário, no dia 09 de setembro de 2022, ressalta que para além da retratação pública, repudiando o fato ocorrido, a UFRPE expressa o compromisso com a promoção de políticas institucionais de assistência estudantil, que garantam o acesso, a permanência e a qualidade da formação, principalmente com os/as estudantes que enfrentam diferentes vulnerabilidades econômicas e sociais. Em nosso Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI 2021-2030) é registrado o compromisso com a “Missão” de “semear conhecimento, inovação e inclusão, por meio de atividades de ensino, pesquisa, extensão e gestão, atenta à complexidade, pluralidade e diversidade dos anseios da sociedade”, bem como estabelecemos dentre os nossos “Valores” o Diálogo, a Inclusão, o Respeito à diversidade e aos saberes populares e a Equidade. Nesse sentido, a UFRPE vem garantindo, a partir das suas ações de pesquisa, ensino e extensão, o enfrentamento ao racismo estrutural historicamente produzido no nosso país. As ações se materializam nas mais diferentes Pró-Reitorias, Departamentos, Comissões e Institutos. As ações afirmativas já fazem parte da gestão, que as vem ampliando para amparar cada vez mais distintos grupos sociais. Tais ações se mostram fundamentais, especialmente diante dos tempos que vivemos, marcado pela crescente onda de violação de direitos humanos, que devem se intensificar a partir de ações planejadas e articuladas entre esses diferentes setores.

Salienta-se que a UFRPE tem o compromisso em planejar e implantar, nos próximos meses, mais uma política de acolhimento e inclusão, neste caso com a valorização das diferentes maternagens e paternagens em nossa Universidade. Além disso, a instituição promove cada vez mais a formação permanente voltada para servidores e terceirizados, tratando de temas relativos ao enfrentamento do racismo e à promoção dos direitos humanos.

Ainda ressaltamos que, no Plano de Desenvolvimento Institucional, os valores dos direitos humanos, da democracia, da cidadania e da justiça social se apresentam como pilares que fundamentam as nossas ações. Nesse sentido, a gestão da UFRPE se compromete publicamente com a dignidade humana das pessoas que fazem parte da sua comunidade acadêmica e com a dignidade humana das pessoas e coletivos para além dos seus muros."

O Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) está realizando uma pesquisa com os estudantes que frequentam os restaurantes universitários dos campi Recife e Caruaru durante a pandemia. O objetivo, segundo a instituição, é propor ações de promoção de saúde e bem-estar. 

O questionário on-line tem perguntas sobre consumo de álcool, prática de atividades físicas, entre outros assuntos. Segundo a professora responsável pela pesquisa, Karina Correia da Silveira, do Departamento de Nutrição da UFPE, “basicamente o risco que pode existir é o do constrangimento em relação a qualquer pergunta do questionário, ficando o participante livre para responder ou não, pois será garantido total sigilo para todas as informações coletadas”. A duração da pesquisa não foi informada.

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Marcado por problemas estruturais e confusões, o Restaurante Universitário (RU) do Campus Recife da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) deverá ser reaberto na próxima terça-feira (30). É o que promete a empresa terceirizada responsável pelos serviços do espaço, a ‘Verde Mar’.

A Universidade enviou um ofício à empresa solicitando a retomada dos trabalhos, após o RU ser fechado sob acusações de que funcionários foram agredidos por pessoas que exigiam melhores condições de atendimento no local. “O serviço foi interrompido na quarta-feira (24) à noite após incidentes provocados por pessoas que invadiram o restaurante desrespeitando o controle das catracas. A UFPE informa que a segurança no restaurante será ampliada para garantir o funcionamento e a integridade física de funcionários terceirizados, servidores da UFPE e dos estudantes”, explicou a instituição de ensino.

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A UFPE abriu sindicância para apurar as denúncias de agressão. Câmeras de segurança do RU e um boletim de ocorrência foram repassados para a Universidade em prol do andamento das apurações.

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) informou nesta quinta-feira (25) que abrirá sindicância para apurar os incidentes no Restaurante Universitário (RU) do Campus Recife. Há acusações de que funcionários do estabelecimento foram agredidos durante um ato.

O RU ficou fechado após problemas estruturais e dificuldades contratuais com a antiga empresa que geria o serviço. Quando foi reaberto, o local foi palco de um protesto que pedia a volta das alimentações com valores parciais.

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De acordo com a UFPE, o objetivo da sindicância é “punir os responsáveis devido à ocorrência de tumultos com invasão do refeitório por mais de 50 pessoas – desrespeitando o controle da catraca – na noite de ontem (24)”. “Também serão apuradas denúncias de agressões verbais e até física a funcionários da empresa terceirizada Verde Mar e da UFPE, nesta semana, nos horários de almoço e jantar. O Restaurante Universitário do Campus Recife ficou fechado durante todo o dia de hoje (25), em decorrência dos fatos mencionados”, acrescentou a instituição de ensino.

Para ajudar no processo de investigação, a Universidade solicitou à empresa prestadora do serviço imagens das câmeras de segurança instaladas no refeitório, bem como boletim da ocorrência registrado junto às autoridades.

 “A UFPE também oficiou a empresa a fim de restabelecer o fornecimento do serviço a partir de segunda-feira (29), ou seja, o RU permanecerá fechado amanhã (26)”, comunicou a Universidade.

Outra medida adotada é a ampliação dos serviços de segurança no RU, cuja intenção é garantir o funcionamento do local e a integridade física das pessoas. “As decisões foram tomadas após reuniões realizadas hoje entre a Administração da Universidade, representantes da empresa terceirizada, da Procuradoria Regional Federal junto à UFPE e da Superintendência de Segurança Institucional. Três estudantes assistidos pelo RU participaram de reunião na Reitoria no período da tarde”, finalizou a UFPE.

Três dias após reabrir, o Restaurante Universitário da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) amanheceu fechado e pegou estudantes de surpresa na manhã desta quinta-feira (25). Supostas agressões sofridas pelos funcionários teriam motivado o fechamento do local.

Quem esteve no RU na manhã desta quarta-feira (24) alegou que a realização de um protesto para que todos tivessem direito à alimentação e pela qualidade dos alimentos servidos no local foi o motivo utilizado para a acusação de agressões. Alunos da instituição afirmaram que, durante o protesto, algumas pessoas pularam a catraca para ter direito de se alimentar. "Ontem pediram para os funcionários saírem dos postos para não servir ninguém e os alunos mesmo se serviram. Ficou uma pilha gigante de pratos, pois ninguém estava recolhendo, e caiu tudo no chão", explicou um dos alunos, que não quis se identificar.

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Problemas recorrentes

Os problemas envolvendo o Restaurante Universitário da UFPE começaram no meio do mês de março, quando o local foi fechado para troca de empresas contratadas durante período licitatório. O período de fechamento foi estendido pela instituição para ajustes na caixa d'água e na rede de esgoto.

Ainda antes de reabrir, a UFPE informou que apenas as refeições com isenção total seriam fornecidas aos estudantes, com disponibilização de formulário para que aqueles que não tenham isenção total tenham uma chance de garantir a alimentação. O formulário, porém, passa por análise de alguns funcionários da instituição e nem todos os pedidos serão aceitos.

O LeiaJá entrou em contato com a assessoria de imprensa da UFPE, que ainda não tem posicionamento oficial sobre o assunto. 

A reabertura do Restaurante Universitário (RU) do Campus Recife da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) não será no próximo dia 16, conforme anunciado pela instituição de ensino anteriormente. O prazo agora passou para a próxima segunda-feira (22).

De acordo com a UFPE, o adiamento se deu por causa das chuvas que atingiram o estabelecimento na última sexta-feira (12). “Atingiram a cozinha do Restaurante Universitário (RU) do Campus Recife, onde os trabalhos de recuperação das cobertas estavam sendo finalizados, prejudicando alguns equipamentos e a instalação elétrica, que estava sendo trocada. Apesar dos esforços para sanar os problemas desde a tarde de sexta, quando a chuva cessou, até a manhã de hoje (15), infelizmente não será possível a reabertura do RU nesta terça-feira (16), como estava previsto”, justificou a Universidade.

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Nesta terça (16) e quarta-feira (17), serão realizados testes na parte elétrica para que não aconteçam problemas durante a reabertura do restaurante. A UFPE também garante que os estudantes serão ressarcidos pelos dias de inatividade do RU, com valores sendo depositados em suas contas na quarta-feira.

O restaurante está fechado desde 19 de março devido a problemas estruturais e diante de empecilhos com a antiga empresa que administrava o espaço. O valor pago por refeição era de R$ 3. Agora, a UFPE estima que mais de 4 mil refeições diárias serão servidas sem custo para os estudantes.

Na próxima terça-feira (16), será reaberto o Restaurante Universitário (RU) do Campus Recife da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Pelo menos é o que promete a instituição de ensino, após o estabelecimento ficar fechado por problemas estruturais e de vínculo com a antiga empresa que oferecia os serviços de alimentação.

De acordo com a UFPE, estão sendo realizados serviços de recuperação de cobertas e de revisão nas instalações elétricas e hidráulicas. A previsão é que, durante abril, sejam servidas 4 mil refeições diárias entre café da manhã, almoço e jantar, sem custo para os alunos. Em maio, o quantitativo de atendimentos deverá passar para 4,3 mil.

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Antes do fechamento do RU, a quantidade média de refeições servidas era de 4,7 mil por dia, sendo 2.330 com isenção total e 2.370 com isenção parcial. O valor pago era de R$ 3.

“Terão direito à isenção total no RU, neste momento, os estudantes do Programa de Moradia Estudantil e aqueles que recebem bolsas dos níveis 1, 2, 3 e 4, bem como os alunos em situação de vulnerabilidade identificados pela Proaes que não recebem auxílio financeiro. A UFPE só voltará a servir refeições com cobrança parcial do valor com a abertura do segundo restaurante no antigo prédio da Sudene, o que deve ocorrer no mês de outubro”, informa a Universidade.

Os estudantes que pagavam o valor de R$ 3 por refeição devem realizar inscrição na Diretoria de Assistência Estudantil (DAE) até o dia 26 deste mês. Dessa forma, eles poderão se candidatar à isenção total da alimentação. “A solicitação não implica em concessão automática, uma vez que será analisada a condição de vulnerabilidade socioeconômica do estudante pela equipe de Assistência de Estudantil da DAE. A lista com os nomes dos beneficiados será divulgada até 9 de maio”, conclui a UFPE.

Depois de ser protagonista de polêmicas envolvendo o funcionamento do Restaurante Universitário (RU) do campus Recife, a Universidade Federal de Pernambuco divulgou, na última sexta-feira (5), um formulário para que alguns alunos tenham isenção total durante as refeições realizadas no RU.

Sem funcionar desde março, por conta de problemas estruturais e de dificuldades com fornecedores, o local - que está passando por reformas, deverá ser reaberto dia 16 de abril. De acordo com o site da instituição, estudantes que pagam o valor de R$ 3 por refeição no RU e alunos que possuem isenção parcial local, poderão se inscrever, junto à Diretoria de Assistência Estudantil (DAE), para conseguir isenção total das refeições.

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Para se candidatar é preciso preencher um formulário online até o dia 26 de abril. O comunicado feito pela UFPE reforça que “a solicitação não implica em concessão automática, uma vez que será analisada a condição de vulnerabilidade socioeconômica do estudante pela equipe de Assistência de Estudantil da DAE”, deixando claro que nem todos serão contemplados com a isenção.

Feijoada

A medida foi divulgada após alunos da universidade terem feito uma “feijoada de um real”, exigindo a reabertura do restaurante que atendia diariamente centenas de estudantes. Na ocasião, os universitários também reclamaram das novas regras estipuladas pela instituição de ensino, que restringiria as pessoas que comem no espaço.

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Já está disponível a relação dos estudantes que serão ressarcidos após o fechamento temporário do Restaurante Universitário (RU) do Campus Recife da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O estabelecimento não funciona há 21 dias após problemas estruturais e dificuldades oriundas da empresa que fornecia as alimentações.

“Os alunos deferidos solicitaram o reembolso via requerimento e atenderam aos critérios estabelecidos. Todos os estudantes da lista deverão informar os dados bancários no formulário on-line até as 23h59 de hoje (2)”, alertou a UFPE. Outras informações podem ser obtidas pelos telefones (81) 2126-8192/8193.

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Nesta terça-feira, estudantes realizaram um protesto pela reabertura do RU. Na ocasião, eles comercializaram feijoada a R$ 1.

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O movimento 'Correnteza dos Estudantes de Pernambuco' organizou, nesta terça-feira (2), uma feijoada vendida a R$ 1 como forma de reivindicar a reabertura do Restaurante Universitário (RU) do Campus Recife da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Os universitários também reclamam das novas regras estipuladas pela instituição de ensino, que segundo eles, irá restringir o número de pessoas que poderão comer no local.

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O RU segue fechado desde o dia 19 de março por causa do fim do contrato com a empresa que fornecia as refeições. Além disso, o local está passando por reformas e deve ser reaberto dia 16 de abril, conforme comunicado pela assessoria de comunicação da Universidade.

Com as novas regras, os alunos que não são bolsistas ou que que possuem isenção parcial, não vão mais poder utilizar o serviço. Para eles, será inaugurado em outubro, um novo RU, localizado no antigo prédio da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), no bairro da Cidade Universitária, Zona Oeste do Recife. Até lá, os estudantes ficarão sem refeições.

Lucas Daniel é de Belém de São Francisco, interior de Pernambuco, e estuda biomedicina em horário integral. Ele depende exclusivamente das refeições oferecidas no RU, no qual pagava R$ 3 no almoço. Agora, ele gasta R$ 10 por dia em almoços que são vendidos no entorno da UFPE. “O dinheiro que eu poderia usar me mantendo aqui com outras despesas, tenho que gastar com comida”, desabafou.

Maria Elaine, estudante de geografia, é uma das pessoas que fazem parte do Movimento Correnteza e organizou com outros alunos a mobilização em prol do RU. “Tínhamos recebido um prazo inicial para a reabertura, mas não foi cumprido. Ele foi aumentado e com a notícia de que nem todos os universitários seriam beneficiados com a nova empresa que vai fornecer a alimentação para o RU. Fora isso, estamos esperando a promessa de que o novo RU seria aberto, porque esse aqui oferece 5 mil alimentações diárias e já não suporta mais a quantidade de alunos que entra na universidade anualmente”, argumentou Maria.

Júlio Cesar, estudante de medicina se diz insatisfeito com a situação do RU. “Um restaurante universitário tem que ser universal e não ter esses percalços. A gente estava lutando por um segundo RU e agora a gente está lutando por um RU de verdade”, disse o estudante.

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