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Tocantins, Sergipe, Piauí, Paraíba e Mato Grosso do Sul podem zerar suas filas de cirurgias no Sistema Único de Saúde (SUS), conforme previsão do próprio Ministério da Saúde. Balanço divulgado pela pasta mostra que, até outubro de 2023, 250 mil cirurgias foram realizadas no país – mais de 70% da meta do Programa Nacional de Redução de Filas. 

A expectativa do ministério é que o novo programa reduza a espera de pacientes por procedimentos que ficaram represados – principalmente durante a pandemia de Covid-19. O investimento anunciado pelo governo federal é de R$ 600 milhões. A pasta classifica o enfrentamento a filas de cirurgias como um dos maiores desafios do SUS. 

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A meta é realizar mais de 500 mil cirurgias da fila declarada pelos estados. Entre os procedimentos mais listados estão cirurgia de catarata, retirada da vesícula biliar, cirurgia de hérnia, remoção de hemorroidas e retirada do útero. O programa tem vigência de um ano, podendo ser prorrogado por igual período.

Uma mulher se indignou nas redes sociais, nesta sexta-feira (17), ao relatar um caso de descriminação sofrido por seu filho, uma criança autista, em uma loja da Riachuelo do Shopping Boulevard, no município de Feira de Santana, no interior da Bahia. A cliente estava na fila preferencial para o caixa de pagamento quando ouviu uma funcionária comentar com outra: “Não me passe essas bombas aqui”, se referindo à criança neuro divergente. 

O vídeo se espalhou nas redes com mensagens para a mãe e para a criança e em repúdio à loja. “Meu filho não é bomba, não gostei. Eu exijo respeito com os autistas, com as pessoas com deficiência porque eu sou mãe e ninguém aqui tá livre de ter um filho com deficiência”, desabafou. 

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“Já é difícil a luta de uma mãe que vem com o filho no shopping provar uma roupa”, ela complementou. 

Uma das pessoas que compartilhou o registro foi o influenciador digital Ivan Baron, que mencionou leis que protegem e garantem os direitos das pessoas com autismo. “Lembrando que a Lei 12.764/2012 estabelece assar que a ‘pessoa com transtorno do espectro autista é considerada pessoa com deficiência, para todos os efeitos legais’ com os preceitos da Lei 10.048/2000 que garante que ‘as pessoas com deficiência, os idosos com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, as gestantes, as lactantes, as pessoas com crianças de colo e os obesos terão atendimento prioritário’, disse na publicação. 

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A Riachuelo se pronunciou em seu perfil oficial no Instagram, com uma mensagem temporária de 24h de duração, afirmando que lamenta o ocorrido e pedindo desculpas. A marca informou ainda que a autora do comentário foi demitida, e que o comportamento “não condiz com os valores defendidos e praticados” pela loja. 

 

Os pedidos de aposentadorias e benefícios terão análise mais rápida na Previdência Social. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº 14.724/2023, que cria o Programa de Enfrentamento à Fila da Previdência Social (PEFPS), que pretende reduzir o tempo de espera no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Publicada em edição extraordinária do Diário Oficial da União na noite desta terça-feira (14), a lei resulta de medida provisória editada em julho e aprovada pela Câmara dos Deputados em outubro e pelo Senado no último dia 1º.

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Para reduzir as filas, o programa prevê a retomada do bônus de produtividade aos funcionários que trabalharem além da jornada regular, tanto na análise de requerimentos de benefícios como na realização de perícias médicas. O programa também autoriza, em caráter excepcional, a aceitação de atestados médicos e odontológicos ainda não avaliados para conceder licenças médicas ou para acompanhamento de tratamento da família sem perícia oficial.

Terão prioridade no recebimento dos bônus os funcionários e médicos peritos que trabalharem em processos administrativos com mais de 45 dias ou com prazo final expirado.

Os servidores administrativos do INSS receberão bônus de R$ 68 por tarefa; e os médicos peritos, de R$ 75 por perícia. O adicional de produtividade foi pago em 2019, com a mesma finalidade de diminuir as filas nos pedidos de aposentadorias, pensões e auxílios.

Outras medidas

Além da redução das filas do INSS, a lei traz medidas relativas ao atendimento à população indígena e à reestruturação de cargos no Poder Executivo Federal. A lei transforma cargos efetivos vagos em outros cargos efetivos e em comissão ou funções de confiança, para atender à demanda de órgãos e entidades do governo.

A lei também simplifica a gestão de cargos e funções para ampliar o prazo das contratações temporárias para a assistência à saúde de povos indígenas e, por fim, estabelece regras específicas de pessoal para exercício em territórios indígenas.

Funai

A nova lei também altera a Lei nº 8.745, de 9 de dezembro de 1993, que trata de contratações na Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Os concursos públicos para a autarquia agora deverão reservar de 10% a 30% das vagas para a população indígena.

Os servidores públicos em exercício na Funai e na Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde poderão trabalhar em regime de revezamento de longa duração, conforme o interesse da administração. Pela legislação, o trabalho nessa modalidade permite que o servidor permaneça em regime de dedicação ao serviço por até 45 dias consecutivos, assegurado um período de repouso remunerado que pode variar da metade ao número total de dias trabalhados.

A lei determina ainda que somente pessoas aprovadas em concursos públicos poderão exercer atividades diretas nos territórios indígenas. Os processos seletivos poderão prever pontuação diferenciada aos candidatos que comprovem experiência em atividades com populações indígenas.

Duas mulheres foram filmadas brigando na fila de visitas de um presídio em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, no último sábado (26). Testemunhas alegaram que se tratou de uma disputa entre a atual e a ex-companheira de um dos detentos do Instituto Penal de Campo Grande (IPCG), no bairro de Jardim Noroeste. 

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A briga teve início porque a esposa atual do preso não encarou bem a presença da ex-companheira do homem no local. Em um vídeo que circula nas redes sociais é possível ver as mulheres trocando socos, tapas, puxões de cabelo e xingamentos. As pessoas ao redor incentivam, gritam e filmam. Mesmo quando as duas mulheres caem no chão, se agredindo, as testemunhas assistem, dando razão à esposa. As duas foram contidas e não tiveram a identidade revelada. 

Em nota, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) informou que as duas foram contidas por um policial. Posteriormente, outros agentes ajudaram a conter os ânimos. A Secretaria de Estado de Justiça e Público de Mato Grosso do Sul acompanha o caso. 

Com quadro de insuficiência cardíaca, Fausto Silva entrou na lista de espera por um transplante de coração. Internado em um dos hospitais mais caros do Brasil há 16 dias, o apresentador de 73 anos será avaliado pelos mesmos critérios de um cidadão de baixa renda para receber o órgão. 

Segundo maior transplantador do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, o Brasil possui o maior sistema público de transplantes através do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), do Sistema Único de Saúde (SUS).  

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Dados do Ministério da Saúde (MS) de 2023 apontam que 11.264 transplantes de órgãos foram feitos até o dia 16 de agosto, desses, 244 de coração, em pessoas com uma situação de saúde tão delicada quanto a de Faustão, mas não com mesmo dinheiro do apresentador. 

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A rede pública está presente em todas as etapas do tratamento e fornece assistência integral aos pacientes, desde os exames preparatórios, a própria cirurgia, o acompanhamento médico e os medicamentos pós-transplante. 

O procedimento para a cirurgia começa com a equipe médica dos hospitais habilitados no SNT. Os profissionais inserem o receptor no sistema e ele recebe um número - o Registro Geral da Central de Transplantes (RGCT) - que pode ser usado para acompanhar sua situação na lista. 

O termo "fila" não traduz a forma como os transplantes são feitos no Brasil já que o tempo de espera é o último critério de prioridade. A ordem de chegada só é levada em consideração quando os receptores compatíveis estão na mesma situação clínica. 

O Brasil adota a gravidade do receptor como o principal fator na hora de destinar os órgãos doados, ou seja, um paciente com maior risco de morte acaba recebendo o órgão antes de uma pessoa que espera há mais tempo. No caso de Faustão, o tratamento por diálise indica o quadro emergencial e coloca o apresentador - e qualquer pessoa – como prioridade. 

De acordo com as informações do MS, 386 receptores estão na lista de espera para receber um coração no Brasil. Ao todo, quase 66 mil pessoas esperam por um transplante de órgão.

Em meio às fortes cobranças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS) turbinou o trabalho extra dos servidores no âmbito do Programa de Enfrentamento à Fila da Previdência Social (PEFPS), lançado na semana passada por meio de medida provisória (MP).

Com o objetivo de acelerar, ainda mais, a redução da fila de 1,8 milhão de pedidos à espera de análise, o INSS aumentou nesta terça-feira (25) de seis para quinze o número máximo de processos extras por dia por funcionário. O mutirão tem prazo previsto de nove meses, prorrogáveis por mais três, e prevê o pagamento de bônus por processo concluído, o qual pode quase dobrar o salário do servidor - com um adicional máximo de R$ 10.064 por mês.

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"Os processos estão sendo priorizados de acordo com o tempo de espera. Só estão sendo analisados os processos acima de 45 dias e os mais antigos têm prioridade", afirmou o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, em entrevista ao Estadão. Segundo ele, o trabalho no contraturno teve início na última sexta-feira, com adesão acima do previsto e jornada no fim de semana.

Stefanutto projeta que, nesse ritmo, seja possível zerar a espera acima de 45 dias (prazo regular) antes do fim do ano - atual promessa do ministro da Previdência, Carlos Lupi. "Tenho a convicção de que vamos entregar antes (de dezembro); mas, para isso, tem que trabalhar", disse.

Atualmente, há 1,79 milhão de solicitações de benefícios e perícia médica à espera de análise do INSS. Segundo o Portal da Transparência Previdenciária, 64% dos pedidos estão na fila há mais de 45 dias - dos quais, 24% aguardam de 45 a 90 dias; 27% de três a seis meses; 11% de seis menos a um ano; e 2% esperam há mais de um ano.

Servidor de carreira do INSS, Stefanutto tomou posse à frente do órgão há apenas duas semanas, no lugar de Glauco Fonseca Wamburg, que foi demitido por suspeita de promover uma "farra" de passagens aéreas com dinheiro público. A troca também ocorreu em meio a críticas do presidente Lula às longas filas de espera por benefícios.

"A minha presidência é para humanizar a fila. Humanizar a fila é saber que não tem um CPF ali; tem uma pessoa que, se ficar mais de um mês sem receber, ela vai ter dificuldade", diz Stefanutto. "Desde a elaboração do plano de governo, com o qual eu colaborei, havia um desconforto muito grande (por parte do presidente Lula) com essas pessoas na fila."

Medidas estruturantes

Ele classifica a situação atual como "vergonhosa" e diz que são necessárias, além das ações emergenciais, medidas estruturantes para evitar o acúmulo de pedidos em análise.

Uma delas é o aumento da automação. Hoje, segundo o presidente do órgão, mais de 30% dos benefícios - principalmente os de pouca complexidade - são analisados de forma automática, sem depender de um servidor. A ideia é melhorar o algoritmo e elevar essa fatia. Com isso, os funcionários poderiam ser deslocados para avaliações de processos mais complicados.

Além disso, há a previsão de contratação de novos servidores públicos - o que ainda depende de aval do Palácio do Planalto.

A ideia é aproveitar um concurso realizado no ano passado, com três mil aprovados. Desses, cerca de mil já foram incorporados ao INSS e o restante está listado no cadastro de reserva. "Estamos fazendo todos os esforços para que eles (os dois mil que estão no cadastro de reserva) sejam aproveitados", diz Stefanutto.

Caso isso se concretize, o número de servidores que realizam os julgamentos dos processos passaria de cerca de 8,5 mil para 11,5 mil.

Veja a fila de pedidos por categoria:

Perícia médica: 596.699

Benefício assistencial à pessoa com deficiência: 437.077

Aposentadoria por idade: 222.771

Aposentadoria por tempo de contribuição: 134.399

Pensão por morte: 122.683

Salário-maternidade: 115.066

Auxílio incapacidade temporário (avaliação administrativa): 78.906

BPC (Benefício de Prestação Continuada): 74.517

Auxílio-reclusão: 7.937

Outros benefícios: 4.394

TOTAL: 1.794.449

No Ceará, uma seleção de empregos aberta por uma fábrica de massas e biscoitos causou uma fila quilométrica ao redor da empresa. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram a enorme quantidade de pessoas enfileiradas aguardando o início da seleção. 

Localizada na cidade de Massapê (CE), a Fábrica Coelho distribuiu 250 fichas para captar o currículo dos que estavam na fila. No entanto, por meio de nota, a empresa esclareceu que está apenas captando currículos para vagas que serão disponibilizadas em breve.

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Confira a nota na íntegra: 

“A Fábrica Coelho está promovendo ação de cadastro para contratação de equipes para dois turnos de produção e cadastro de reserva, presencialmente, nas futuras instalações da Fábrica Coelho, localizada na CE-362 na cidade de Massapê. A Fábrica Coelho informa que a ação de cadastro não se caracteriza em ação de contratação imediata e está, no momento, captando currículos para ocupação dos cargos disponíveis para atuação na fábrica, em breve”.

A fila de espera por um transplante de córnea no Brasil praticamente dobrou ao longo dos últimos cinco anos, passando de 12.212 em 2019 para 23.946 atualmente. O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) alerta que o volume de procedimentos não retomou os níveis pré-pandemia de Covid-19 – o total de intervenções realizadas no Sistema Único de Saúde (SUS) em 2022 é menor do que o que era executado no início da década passada. 

Os dados constam no Observatório CBO, plataforma criada pela entidade de acesso público e gratuito, que agrupa informações sobre consultas, exames, cirurgias e transplantes realizados. De acordo com o levantamento, o número de transplantes de córnea no SUS recuou ao patamar do que era executado em 2013. Em 2020, auge da pandemia, a série histórica registrou o seu pior desempenho na década: 4.374 cirurgias. 

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Regiões

Os números mostram que, entre 2012 e 2022, a rede pública realizou cerca de 86 mil transplantes de córnea no Brasil. As cirurgias estão concentradas no Sudeste, que responde por 46% do total de procedimentos. Na sequência, aparecem Nordeste, com 25%; Sul (13%); Centro-Oeste (9%); e Norte (5%).

Estados

O estado de São Paulo contabiliza nove unidades de transplante e responde por um terço das cirurgias desse tipo no período analisado: 29,9 mil intervenções entre 2012 e 2022. Nas posições subsequentes aparecem Pernambuco (5.770), Minas Gerais (5.696), Paraná (4.946) e Ceará (4.727).
Na outra extremidade do ranking estão Tocantins (145), Acre (237), Rondônia (569), Alagoas (625) e Paraíba (1.115). Em todo o país, 24 estados possuem pelo menos um banco de tecidos oculares na rede pública, exceto Acre, Amapá e Roraima. 

Perfil

Ainda de acordo com o levantamento, o volume de transplantes no Brasil é dividido praticamente ao meio entre homens (50,7%) e mulheres (49,3%). Porém, nas regiões geográficas, essa proporcionalidade muda. Os homens são maioria entre os beneficiados no Norte (59%), Centro-Oeste (56%), Sul (53%) e Nordeste (51%). Apenas no Sudeste, a população feminina apresenta percentual ligeiramente maior, com 51% dos casos. 

Outro ponto destacado é o volume significativo de intervenções nas faixas etárias de 40 a 69 anos (39,2%) e de 20 a 39 anos (27%) o que, para o CBO, demonstra o valor social desse tipo de procedimentos. Outros grupos também são favorecidos, como idosos com mais de 70 anos (25% dos casos) e crianças e adolescentes (8,4%).

Espera

Números do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) revelam que, atualmente, há 24.319 pacientes à espera de algum procedimento nas córneas. Em 2020, esse total já era de 16.337 e, em 2021, de 20.134. Os dados se referem a atendimentos feitos no SUS e nas redes privada e suplementar. 
O tempo de espera por um transplante de córnea, segundo o CBO, é de 13,2 meses, em média. O índice, entretanto, varia de acordo com o estado: no Pará, 26,2 meses; no Maranhão, 22,6; no Rio de Janeiro, 21,4; no Rio Grande do Norte, 18,4; e em Alagoas, 17,7. 

Por outro lado, a demora registrada é menor no Ceará (1,2 mês), no Amazonas (2,2), em Santa Catarina (4,9), no Mato Grosso (6,1) e no Paraná (6,5). Para o CBO, o volume de transplantes e a celeridade no atendimento das demandas está diretamente vinculada à existência de uma rede ativa de captação de córneas em cada localidade.

A Agência Brasil pediu posicionamento do Ministério da Saúde sobre o tema e aguarda resposta.

Foram dois anos e meio de espera para que estudantes e comunidade acadêmica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) pudessem novamente ter acesso ao restaurante universitário (RU). O equipamento, fechado desde 2020, reabriu oficialmente nesta quarta-feira (10) com a oferta das três refeições (dejejum, almoço e jantar).

Mesmo com alguns cursos de graduação em período de recesso acadêmico, um grande quantitativo de alunos da UFPE compareceu neste primeiro dia de funcionamento do RU. Com uma fila longa que ocupava grande parte da área externa do restaurante, os alunos aguardavam com certa impaciência a compra do ticket e, assim, ter acesso ao almoço, que já estava sendo servido desde às 12h. 

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Uma longa fila se formou na área externa do RU. Foto: Elaine Guimarães/LeiaJáImagens

Ítalo Monteiro, estudante da pós-graduação em ciências biológicas, acompanhou todo processo do fechamento até a abertura do restaurante universitário da UFPE. Ao LeiaJá, ele, que aguardava na fila por cerca de 40 minutos, ressaltou que estava feliz com a estrega do equipamento, no entanto, chamou atenção para o tempo de espera e organização da fila. 

"Está uma fila só para comprar o ticket do RU, mas, está bem desorganizado, o processo de pagamento está bem lento. Acredito que seja porque é o primeiro dia. Acho também que é porque muita gente não fez o cadastro [biométrico] ainda e está fazendo hoje, então tem esse tumulto. Mas, também acho que poderia melhorar com a venda online do ticket ou qualquer outra opção para agilizar essa compra".

A espera de Débora da Silva, também estudante da pós-graduação, foi a mesma de Ítalo. "A gente está feliz com a volta, mas é um misto esta reabertura. Os valores das refeições estão maiores do que esperávamos. Não são todas as pessoas que conseguem pagar. Outra coisa, eu sou super a favor que haja um aplicativo que facilite essa compra do ticket. Isso iria melhorar essa fila, pelo menos, da entrada. Isso aqui está uma bagunça, está tudo bagunçado", frisou. 

Ítalo Monteiro (de barba e camisa cinza), Débora da Silva (no centro) e Erick Andrade (camisa cinza, à direita). Foto: Elaine Guimarães/LeiaJáImagens

Após uma hora de espera, o graduando Erick Andrade viu a felicidade em ter novamente o restaurante universitário se transformar em cansaço. "Estou revoltado", brincou.

À reportagem, ele, que está no sexto período de licenciatura em ciências biológicas, relatou que estava na pausa e que teria que voltar em breve para terminar uma demanda no laboratório.

"Saí para almoçar, porque dou expediente no laboratório, e faz mais de uma hora que estou esperando. A gente ainda está na fila para comprar e, só assim, poder entrar. Para sanar isso é preciso ter vários pontos de venda para evitar essa aglomeração e a gente consiga cumprir a carga horária do dia a dia. Eu não trouxe almoço, nem dinheiro suficiente para comprar uma refeição fora", contou. 

Nathan Barbosa e Matheus Henrique são estudantes de engenharia e,mesmo de recesso, estavam presentes na reabertura do RUFoto: Elaine Guimarães/LeiaJáImagens

A entrega do espaço aos estudantes e comunidade acadêmica foi feita durante o recesso acadêmico de algumas graduações. Mesmo assim, os alunos de engenharia da computação Nathan Barbosa e Matheus Henrique compareceram a reabertura do restaurante universitário. 

"Eu vim para a reabertura do RU para saber como ele estava. Eu tinha uma expectativa grande por esse momento. Achei a estrutura muito boa, mas um pouco de falta de organizações no começo, porque você chega aqui e não sabe como é que faz para entrar, como faz o pagamento.  Tem que ter alguma coisa antes. Você chega aqui e cadê os horários? Tem um monte de fila", aponta Nathan. 

Assim como a maioria dos alunos da instituição, Matheus está satisfeito em ter o equipamento funcionando novemente. Entretanto, ele pede para que a logística adotada nos próximos dias seja diferente. "Eu estive aqui ontem, no dia da distribuição gratuita da feijoada. Vejo que essa fila poderia ser evitada e espero que seja adotado um sitema, um aplicativo para a compra desse ticket. Ajudaria muito nessa organização". 

O que diz a UFPE

Em entrevista ao LeiaJá, o reitor Alfredo Gomes falou sobre as demandas pontuadas pelos estudantes da UFPE. "É tudo muito novo. Quem está cadastrado [biometria] não precisa pegar fila. Mas, tem alguns alunos que ainda não realizaram o procedimento. Além disso, temos aqui estudante com isenção total, que é um número bastante significativo, e parcial, além da comunidade toda da universidade. Isso, em um primeiro momento, a gente está tentando lidar", ressalta. 

Para o segundo dia de atividades no RU, a reitoria e Pró-Reitoria para Assuntos Estudantis (Proaes) da UFPE estudam demarcar os espaços na fila para manter a organização. "Como a gente está fazendo o cadastramento [biométrico], algumas pessoas estão aproveitanto para comprar o ticket dos próximos dias, o que vai facilitar esse impacto inicial".

À reportagem, Alfredo Gomes frisa que está feliz com a reabertura do RU após um período de pandemia e cortes orçamentários promovidos durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). " Estamos abrindo o nosso restaurante ampliado. Passamos para 900 lugares. No próximo ano, sem sombra de dúvidas, o RU do CAV [Centro Acadêmico de Vitória], porque Recife tem [restaurante universitário], Caruaru tem e vai ter essa política estabelecida para o CAV".

O Reitor da UFPE, Alfredo Gomes (óculos), ao lado do Pró-Reitor Fernando José do Nascimento (à direita). Elaine Guimarães/LeiaJáImagens

Funcionamento

O Restaurante Universitário funcionará de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h, fornecendo café da manhã, almoço e jantar aos alunos, servidores da UFPE e visitantes. De acordo com a instituição, os valores das refeições são: estudantes de graduação e pós-graduação (especialização, mestrado e doutorado) - R$ 4,78 (almoço) e R$ 4,88 (janta); servidores e visitantes - R$ 11,95 (almoço) e R$ 12,20 (janta).

O café da manhã é destinado aos graduandos residentes das Casas dos Estudantes Universitários da UFPE. Para os demais, a reifeição terá o valor de R$ 10,31. Bolsistas e alunos em situação de vulnerabilidade social terão direito à gratuidade das alimentação.

Ainda segundo a instituição, a capacidade total é de até 8.200 refeições por dia. Uma outra novidade no equipamento é a substituição de itens descartáveis, como pratos, copos e talheres. "Esse é um dos novos desafios do restaurante", frisou a UFPE. 

Um homem de 48 anos foi baleado dentro do Atacadão de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, após uma discussão por causa de fila. Ele foi atingido na barriga e precisou passar por cirurgia. 

O homem que ficou ferido fazia compras da unidade acompanhado da esposa, na noite do sábado (29), quando se envolveu na confusão. Três disparos teriam sido efetuados pelo atirador dentro da unidade. 

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A vítima atingida foi carregada para fora do supermercado por outros clientes que presenciaram os disparos. O homem foi socorrido ao Hospital Memorial Guararapes e, em seguida, transferido para uma unidade da Unimed, onde passou por cirurgia. Seu quadro de saúde é estável. 

Atirador se entregou à Polícia

Testemunhas informaram à Polícia Militar que o autor dos disparos fugiu de carro. Na mesma noite, policiais foram abordados na PE-017, no bairro de Marcos Freire, por um homem que alegou ser o atirador.  

Ele foi levado ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife, onde teve a arma apreendida. A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar o caso. 



Atacadão lamentou o ocorrido

O Atacadão emitiu um comunicado e disse ter prestado auxílio ao cliente ferido. Funcionários do estabelecimento teriam acionado o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A unidade disse que "lamenta o ocorrido e está em contato com a família. Reitera que está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações". 

Dois pacientes, que esperavam para serem atendidos na Policlínica William Nascimento, no bairro do Janga, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, passaram mal e desmaiaram nesta quarta-feira (19).

Um vídeo, que circula nas redes sociais, mostra uma mulher sendo levada para dentro do local depois de ter desmaiado. Testemunhas alegam que o calor estava muito elevado, o que deve ter causado o estado de saúde das pessoas.

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Em nota ao LeiaJá, a Secretaria de Saúde do Paulista negou que a usuária da Policlínica William Nascimento tenha sofrido desmaio. "A mulher apresentou uma queda de pressão, e foi prontamente atendida por um médico da unidade. O órgão informa que já está realizando uma intervenção para sanar a concentração de pacientes. A proposta é ampliar os dias de atendimento evitando as altas demandas. Ou seja, em vez das consultas, com especialistas, ocorrerem apenas em dois momentos por semana, passem a ser ofertadas mais vezes, evitando as filas. A Secretaria de Saúde acrescenta que já estão em andamento as providências para a construção de uma coberta na entrada da policlínica em substituição ao toldo, que, hoje, é usado pelos usuários", disse a secretaria.

Deputados se desentenderam, nesta sexta-feira (24), na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), após Eduardo Suplicy (PT), de 81 anos, usar o Estatuto do Idoso e pedir preferência na ordem de abertura de proposituras na Casa por causa da sua idade. Tratava-se de uma estratégia da oposição para conseguir lugar no rito de protocolo das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) que funcionarão nos próximos seis meses. A manobra, porém, não prosperou, e parlamentares da base de Tarcísio de Freitas (Republicanos) conseguiram preencher o registro de todos os colegiados do início desta legislatura (leia lista abaixo).

Assessores parlamentares estavam "acampados" em uma fila na porta do plenário desde a tarde de terça-feira (21). Pela norma da Casa, somente cinco comissões de inquérito podem funcionar simultaneamente, o que ocasionou a disputa por um lugar na mesa de protocolo dos pedidos.

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A formação da fila gerou um impasse entre os deputados, uma vez que deixou a dúvida se a Mesa Diretora consideraria a ordem de quem estava acampado nos corredores da Alesp ou se, em vez disso, valeria a ordem de registro de proposituras no sistema online "Alesp sem papel", que permite o envio dos requerimentos via internet. A Casa, porém, decidiu pela adoção da via presencial para os registros, alegando que um terço dos deputados está em sua primeira legislatura e não tem acesso ao sistema.

Na manhã desta sexta-feira, parlamentares do PT se apresentaram na fila e pediram que Suplicy fosse o primeiro a registrar uma CPI. A ação iniciou um tumulto na porta do plenário. Parlamentares da base do governo acusaram a oposição de tentar furar a fila com Suplicy e gritaram que "não vai ter golpe". Já a oposição alegava o Estatuto do Idoso para dar preferência ao petista e que atos normativos da Casa "não estão acima da lei federal".

"Uma lei federal (Estatuto do Idoso) se sobrepõe ao ato da Casa. Vamos questionar o presidente e fazer a ação jurídica necessária para garantir o funcionamento dessa CPI", afirmou o deputado Luiz Cláudio Marcolino (PT).

Por volta das 9h45, a bancada do PT foi ao gabinete do presidente da Alesp, deputado André do Prado (PL), argumentar que Suplicy deveria ser o primeiro a registrar um pedido de CPI. Enquanto isso, as portas do plenário foram abertas e teve início o registro dos requerimentos, seguindo a ordem da fila. Dessa forma, deputados da situação conseguiram emplacar os cinco primeiros pedidos.

1. Thiago Auricchio (PL) - Apurar denúncias de problemas técnicos recorrentes na prestação de serviço de energia elétrica pela concessionária Enel na região metropolitana de São Paulo, em especial no ABC paulista.

2. Itamar Borges (MDB) - apurar práticas de golpes envolvendo fraudes tanto por meio de transferências via Pix quanto por clonagem de cartões de crédito e de débito.

3. Gil Diniz (PL) - apurar a conduta de um tratamento realizado no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) para fazer a transição de gênero em crianças e adolescentes. O protocolo foi feito pelo deputado Carlos Cezar, líder do PL

4. Fabiana Barroso (PL) - apurar quais políticas públicas estão sendo promovidas e quais deveriam ter sido realizadas em relação a deslizamentos de terra em encostas e morros no Estado.

5. Paulo Correia Júnior (PSD) - apurar a "epidemia de crack" na capital paulista, mas também em outras cidades do Estado.

Oposição

O principal objetivo da oposição era protocolar uma CPI para investigar tiroteio ocorrido na favela de Paraisópolis durante uma agenda de campanha de Tarcísio no ano passado, que resultou em uma morte. Quando Suplicy enfim conseguiu protocolar o requerimento, a mesa já havia registrado pelo menos outros 30 pedidos de CPI. Agora, a bancada promete acionar a Justiça para garantir a investigação.

Segundo o deputado Donato (PT), também será possível tentar a instauração pela via legislativa, buscando um acordo na Casa. "Se houver sensibilidade da Mesa, temos um caminho regimentar. Pode haver uma sexta CPI caso o requerimento seja votado em plenário, com aprovação de 48 deputados", afirmou. Para isso, porém, seria necessário um acordo amplo na Assembleia, uma vez que a oposição tem 26 dos 94 parlamentares da Casa.

Filas

Numa tentativa de acabar com a fila nesta semana, a Alesp distribuiu senhas na quarta-feira (22), para ordenar a apresentação de requerimentos nesta sexta. A oposição, porém, afirmou que não houve distribuição de senha preferencial para idoso e o impasse continuou. Na quinta-feira (23), a oposição decidiu retirar seus assessores da fila como forma de boicote. Parlamentares alegaram que os partidos que apoiam Tarcísio formaram a fila sem avisar e posicionaram mais de um servidor por gabinete, de forma a excluir a oposição.

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) busca uma solução para a fila de assessores parlamentares que se formou na Casa na tarde desta terça-feira (21), se estendeu pela madrugada e permanece na manhã desta quarta-feira (22), em busca de vagas para protocolar Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) e apresentar projetos.

A assessoria do presidente André do Prado (PL) informou que ele convocou colégio de líderes para reunião ainda na manhã desta quarta e que tentará um acordo para desfazer a aglomeração nos corredores. Os líderes de todos os partidos participarão da reunião, que ocorrerá a portas fechadas.

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Segundo a assessoria do presidente, a tentativa de acordo vai na direção de ordenar a apresentação de proposituras e, assim, anular a necessidade da fila. O Estadão revela que pelo menos 48 assessores parlamentares "acamparam" e passaram a noite na Alesp em busca de garantir um lugar para os deputados no rito de protocolo de requerimentos, que ocorrerá na sexta-feira (24).

A disputa se deve ao fato de a Casa permitir o funcionamento de no máximo cinco CPIs simultaneamente, o que leva parlamentares da oposição e da base a se apressarem para propor a instauração de investigações de interesse próprio ou de aliados. As CPIs têm início por ordem de protocolo.

Na noite de terça-feira (21), a Alesp afirmou em nota que não cabe à Mesa Diretora cercear a liberdade dos deputados de formar uma fila na Casa, mas o que presidente está pessoalmente incomodado com a situação e quer resolvê-la, segundo a sua assessoria. A primeira tentativa de solucionar o caso foi distribuindo senhas para os assessores parlamentares, mas a fila continuou, já que representantes de outros deputados poderiam tomar os primeiros lugares à porta do plenário e pedir anulação das senhas.

A Assembleia tem um sistema online para receber protocolos que, em tese, tornaria desnecessária a fila. Contudo, um terço dos deputados da nova legislatura são novos na Casa e nem todos ainda têm acesso ao sistema.

Quem decidir comprar um megaiate 27 Metri, da marca italiana Azimut, além de desembolsar pelo menos R$ 54 milhões (preço inicial da embarcação), precisa de uma boa dose de paciência: a fila de espera por uma embarcação dessas - que está entre as mais caras e luxuosas do Brasil - chega a dois anos. No entanto, preço e prazo de entrega não têm afugentado clientes. Para se ter uma ideia, desde 2020, quando o 27 Metri foi lançado no País, o estaleiro já vendeu 12 unidades da embarcação, sendo que quatro clientes ainda aguardam a entrega.

O nome completo Azimut Grande 27 Metri já é uma descrição literal das dimensões da embarcação, considerada um "megaiate". No Brasil, iates a partir de 24 metros (cerca de 80 pés) recebem o prefixo "mega". É em um modelo desses que o jogador português Cristiano Ronaldo descansa seus pés.

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Com 27 metros de comprimento e cerca de 350 m² de área total (incluindo os espaços externos), o 27 Metri tem cinco suítes, com movelaria e ambientes assinados por renomados designers e arquitetos italianos. A área de popa (parte traseira) tem churrasqueira e deck móvel, que desce até o nível da água, para criar uma "praia" particular. O flybridge (deck no terceiro pavimento) tem bar, área gourmet, posto de comando secundário e até opção de jacuzzi. O megaiate dispõe de garagem para motos aquáticas ou pequenas embarcações, além de duas cabines com banheiros e área para refeições da tripulação. A construção do casco emprega fibra de carbono (mesmo material utilizado em carros de Fórmula 1), o que garante rigidez estrutural e baixo peso.

Assim como a Azimut Yachts, marca que se estabeleceu no Brasil em 2010, de olho no potencial do mercado, outros estaleiros também verificaram aumento de demanda, impulsionada pela pandemia. A menos de 10 km da Azimut, em Itajaí, no litoral de Santa Catarina, a Okean Yachts abriu um segundo turno de produção no segundo semestre de 2022, para elevar a produção e diminuir o tempo de entrega. De acordo com o CEO do Grupo Okean, Roberto Paião, funcionando das 6h às 22h, a expectativa é chegar a produzir 60 embarcações por ano.

Segundo a Associação Brasileira dos Construtores de Barcos e Implementos (Acobar), apenas o segmento que engloba barcos de esporte e recreação de fibra de vidro de 16 a 100 pés faturou R$ 2 bilhões em 2021, alta de 25% em relação a 2020 (R$ 1,6 bilhão).

ISOLADO NO MAR. "A pandemia trouxe a visão de que o mar é um lugar seguro. Pessoas que nunca tiveram barco passaram a usá-lo como se fosse um apartamento na praia", afirma Paião, acrescentando que 30% de sua clientela atual está adquirindo a primeira embarcação. Ele diz que, durante o período de isolamento social, na fase mais severa da crise sanitária, muitas famílias passaram a viver em barcos, atracados em marinas ou não, e esse movimento impulsionou o que ele chama de "economia do mar", que envolve uma ampla cadeia de força de trabalho em estaleiros, marinas e nas próprias embarcações.

O estaleiro Okean mudou-se de São Paulo para Itajaí no começo de 2021, e desde então tem passado por um crescimento constante. Dos 40 funcionários iniciais, saltou para 330 este ano e, de acordo com Paião, o plano é alcançar 400 empregados no final de 2023, numa gama de especialistas que inclui engenheiros navais, mecânicos, marceneiros, tapeceiros e eletricistas, entre outros. A planta original, com 4 mil m², foi ampliada para 10 mil m² cobertos.

A venda antecipada, a propósito, é uma característica desse segmento. O cliente paga e entra na fila. Dificilmente há um barco novo em estoque. Como exemplo, de acordo com fontes, até mesmo o barco mais caro exibido na edição 2022 do São Paulo Boat Show, realizada em setembro - o megaiate Intermarine 24M -, avaliado em cerca de R$ 36 milhões, já estava vendido.

O CEO da fabricante Armatti, Fernando Assinato, destaca outra tendência. Além do crescimento de vendas em números absolutos, ele revela que os barcos mais procurados são os maiores. "O mercado está para barcos grandes", afirma. Embora a linha da Armatti tenha modelos de 26 a 52 pés, Assinato diz que em 2021 fez mais de 20 barcos entre 39 e 42 pés, e apenas dois de 26 pés.

Para elevar a capacidade, o estaleiro localizado em São José, também em Santa Catarina, ampliou as instalações de 5,9 mil m² para 9 mil m². E Assinato revela que já tem um terreno de 10 mil m² reservado para futura ampliação. Atualmente, são 140 funcionários (dos quais 60 contratados recentemente), mas o CEO planeja abrir mais 60 vagas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Horas depois de ser confirmada a morte de Pelé, Antônio da Paz, 67 anos, partiu de Santo André a Santos com a passagem só de ida. Vestido com um casaco todo decorado com a estampa da bandeira do Brasil, uma coroa na cabeça em homenagem ao Rei do Futebol e cartazes com frases de agradecimento ao ídolo, ele foi o primeiro a se colocar na fila do velório de Pelé.

O vendedor ambulante de estilo burlesco contou com a ajuda de amigos para pagar a passagem de ônibus até Santos e desde então tem dormido em frente à Vila Belmiro, local onde o corpo de Pelé será velado. No início da tarde deste domingo, ele chamava a atenção de quem passava perto do portão principal do estádio.

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"Vou dormir na fila. Almocei e vou voltar pra fila. Tenho que garantir um bom lugar", diz Antônio, exibindo com orgulho dois cartazes em ode ao Rei com a imagem do ídolo. O casaco verde e amarelo é chamativo, bem como a réplica caricata da taça da Copa do Mundo em suas mãos, mas não ofuscam a camisa branca que também homenageia o Rei.

"O Pelé é a maior referência do nosso País. Não tem para ninguém. Nunca vai haver igual. Pelé nasceu para jogar bola. Não tem homenagem que pague a obra dele. É o maior da história", afirma o ambulante, que vende água e alimentos em eventos em São Paulo e no ABC paulista.

Antônio da Paz é acompanhado do amigo não menos burlesco Saulo Duarte, 36 anos. Os dois se conheceram no velório de ex-apresentador Gugu Liberato, em novembro de 2019. Saulo, um ex-gari afastado do emprego por depressão, veste a camisa do Brasil com o nome de Neymar e o número 10 nas costas e tem um motivo especial para venerar Pelé, além do que o ídolo representa para o futebol.

"Eu amo o Pelé também porque quando ele foi ministro do Esporte (no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, entre janeiro de 1995 e maio de 1998) conseguiu mais de R$ 500 mil para a minha cidade, Juquiá", diz.

O recurso que o então ministro Pelé ajudou a viabilizar foi destinado para a construção da Vila Olímpica Dondinho, nomeada assim em homenagem ao pai de Pelé, em Juquiá, no Vale do Ribeira. Trata-se do maior complexo esportivo da cidade.

"Estava chorando até agora, foi como a morte do Senna, dos Mamonas Assassinas", afirma Saulo. O ex-gari diz ter dormido de sábado para domingo ao lado da estátua de Zito. O monumento fica em frente aos portões 2 e 3 da Vila Belmiro, pelos quais o público vai entrar no velório de Pelé.

Como o amigo Antônio, Saulo não tem dinheiro para voltar à sua cidade. Para comer, tem contato com a ajuda de pessoas vizinhas ao estádio. "Vou pedir ajuda pra voltar. Pela fé eu vim pela fé eu vou voltar."

Sob o sol forte em Santos, Rafael Ambrósio, de 33 anos, é o único ambulante que vende camisas alusivas ao Rei. As opção são cinza e branca, vendidas por R$ 60, e um modelo falsificado da camisa da seleção brasileira, que sai por R$ 60. Ele diz ter vendido só 50 unidades por enquanto, mas espera um fluxo grande assim que começar o velório.

"Decidi fazer de última hora. Trouxe setenta unidades hoje. Espero vender todas. Pra amanhã mandei rodar mais. Vou ficar até terça", diz ele.

O velório começa às 10h desta segunda-feira e se estenderá até as 10h de terça, quando o caixão sairá em cortejo pela cidade, com passagem na porta da casa de Celeste Arantes, mãe do Rei, que tem 100 anos, até chegar ao Memorial Necrópole Ecumênica, onde o corpo do maior jogador de todos os tempos será enterrado.

A Polícia Federal (PF) informou que 108.701 pessoas aguardam para receber o passaporte. A confecção de novas cadernetas está suspensa desde o dia 1º de dezembro por falta de verba e não há previsão de retomada. O balanço corresponde às solicitações realizadas até a última quinta-feira (22).

Mesmo sem recursos para emissão do documento de viagem, o agendamento online do serviço e o atendimento nos postos da PF continuam funcionando normalmente.

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Em 19 de novembro, a PF suspendeu a produção dos documentos por falta de recursos. Na semana seguinte, o governo federal remanejou R$ 37,36 milhões para a reativação do serviço.

Os recursos vieram do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e foram suficientes para produzir os passaportes solicitados entre 19 e 30 de novembro. Mas o serviço voltou a ser suspenso em 1º de dezembro.

A PF aguarda a sanção presidencial de um projeto de lei, aprovado pelo Congresso Nacional no último dia 15 de dezembro, que libera crédito suplementar de R$ 596,2 milhões para diversos órgãos do Executivo, incluindo para a confecção dos passaportes.

O passaporte é um documento que identifica o viajante em outros países. Nele são registradas entradas e saídas, vistos e autorizações. Além do passaporte comum, também são emitidos pela PF passaporte de emergência, para Estrangeiro e Laissez-Passer (documento de viagem concedido ao estrangeiro portador de documento de viagem não reconhecido pelo governo brasileiro ou que não seja válido para o Brasil).

Para emitir um passaporte, é preciso pagar uma taxa de R$ 257,25. No caso do documento de emergência, a taxa sobe para R$ 334,42.

Neste sábado (8), torcedores do Sport formam uma fila extensa no entorno da Ilha do Retiro para trocar os ingressos do Todos com a Nota. Na briga pelo acesso à série A, os rubro-negros querem lotar mais uma vez o estádio e empurrar o time diante do Cruzeiro. 

A uma vitória para se igualar ao Vasco, último clube na zona de classificação, o Sport recebe o líder do campeonato às 16h deste domingo (9). O confronto tem uma atmosfera de decisão já que o Leão pega o Cruzmaltino em casa na próxima rodada.

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A senadora e candidata à Presidência da República pelo MDB, Simone Tebet, visitou nesta sexta-feira, 9, o Hospital de Base de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. Entre as propostas para a área da saúde estão, se eleita, zerar em até dois anos a fila de cirurgias eletivas, de exames e consultas e reajustar em 100% a Tabela SUS.

"Temos um passivo da pandemia que teremos que considerar para dar continuidade ao estado de calamidade. Estão fazendo isso para pagar o orçamento secreto. A ideia é criar um crédito extraordinário e essas cirurgias que ficaram represadas nós teremos condições de colocar fundo a fundo nos municípios, nos Estados e para filantrópicas, santas casas. Executaram o serviço, entregam a nota, o recurso vai ser pago", disse.

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Sobre a Tabela SUS, a proposta da senadora é reajustar os valores 25% a cada ano. "Tem quase R$ 20 bilhões do orçamento secreto. Dá bem menos que isso", disparou. A Tabela SUS é usada para definir as transferências de recursos entres os diversos entes do sistema de saúde nacional. Ela remunera por procedimento.

Simone prometeu ainda expandir a experiência do Hospital de Base de São José do Rio Preto para todo o País. "Precisa regionalizar a saúde. Fazer 350 a 400 polos regionais para fazer com que o Brasil tenha o que o interior de São Paulo tem. Vocês atendem aqui 104 cidades. É possível otimizar os recursos", salientou.

Em um ataque direto ao presidente Jair Bolsonaro (PL), a candidata disse que, se eleita, vai levantar o sigilo de atos do atual governo. "Vamos abrir o sigilo de 100 anos. O que é esse cartão corporativo que cada viagem custa R$ 400 mil, R$ 500 mil, de um final de semana, uma semana. Vamos parar de viajar então. Ou vamos viajar com uma turma menor. Ficar em hotéis mais baratos", afirmou.

Simone disse ainda que "na primeira canetada, todos os ministros vão estar obrigados a colocar no portal da transparência todo recurso do orçamento secreto e todo recurso do cartão corporativo. Não vai ter sigilo no Brasil, salvo os casos de soberania nacional e segurança nacional das Forças Armadas".

Durante o mandato de Jair Bolsonaro, o Palácio do Planalto decretou sigilo sobre reuniões entre o presidente e pastores. Os encontros do presidente com o líder do PL, Valdemar Costa Neto, também são sigilosos. Em 2021, o Exército impôs sigilo de 100 anos sobre a sindicância aberta para investigar a participação do general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, em ato de apoio a Bolsonaro no Rio de Janeiro. No mesmo ano, o Palácio do Planalto também decretou um século de sigilo sobre as informações do cartão de vacinação de Bolsonaro. Também há sigilo sobre o acesso dos filhos de Bolsonaro ao Palácio do Planalto.

Pelo menos nove pacientes morreram por dia à espera de transplante no primeiro trimestre deste ano, segundo relatório da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (Abto). Enquanto isso, a lista ativa de pacientes adultos e pediátricos em espera ultrapassou os 50 mil. Foi um crescimento de 30,45% desde o início da pandemia de covid-19.

A crise sanitária causou aumento nas contraindicações médicas de doação e represamento de procedimentos, além de ampliar as mortes de pacientes em lista de espera. Mesmo com o aparente arrefecimento da pandemia, os dados do primeiro trimestre não são animadores, na visão de especialistas.

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Presidente da Abto, Gustavo Ferreira destaca que a pandemia desestruturou o programa de transplante no Brasil, ao provocar impacto negativo no número de procedimentos e de doações, que vinham em alta. A queda se deu, explica Ferreira, por dois motivos principais: insegurança de movimentar um paciente debilitado e expô-lo ao vírus e por causa da pressão no sistema de saúde, que paralisou alguns centros de transplante e reduziu a ação de outros.

Em 2020, o Ministério da Saúde recomendou "contraindicação absoluta" para doação de órgãos e tecidos em caso de doador com teste positivo, por exemplo. A taxa de contraindicação passou de 15% em 2019, para 23% em 2021, reduzindo a efetivação das doações.

A mortalidade em fila também progrediu. Foram mais de 4,2 mil mortes em 2021, número que foi de 2,5 mil em 2019. Isso tem forte ligação com a contaminação por covid. "São pacientes mais vulneráveis", destaca Ferreira. Mais de 71% eram pacientes à espera de transplante renal, que precisam fazer hemodiálise ao menos três vezes na semana.

O ano passado foi um dos piores para a atividade, especialmente o primeiro trimestre. Em números absolutos, os três meses iniciais de 2022 foram um pouco melhores. Na projeção anual, porém, "não foi bom", destaca Valter Duro Garcia, responsável pelos transplantes renais na Santa Casa de Porto Alegre e editor do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT) da Abto. No editorial trimestral, escrito por ele, a associação projeta queda nas taxas de transplantes de rim (-13,8%), fígado (-11,5%) e coração (-12,5%).

A taxa de efetivação de doação passou de 26,2% no fim de 2021 para 24,3% no primeiro trimestre deste ano. A queda foi acompanhada pelo crescimento da não autorização familiar para doação, que chegou a 46% - era 42% em 2021.

A contraindicação médica caiu, ficando em 21%, mas segue alta levando em consideração os níveis pré-pandemia. Em março, o governo flexibilizou as regras de doação em relação à covid para retomar os índices de antes da doença.

O QUE FAZER

Para atingir os níveis de 2019, Garcia destaca que é preciso "crescimento substancial" até o fim do ano. Ele aponta ser necessário aumentar a efetivação da doação e melhorar o aproveitamento de órgãos. E, principalmente, aprimorar o acolhimento a famílias de potenciais doadores. É preciso encarar também a desigualdade regional. "Os maiores centros de transplante estão localizados nas Regiões Sudeste e Sul. Enquanto Norte e Nordeste têm menor número dessa atividade", diz Gustavo Ferreira, presidente da Abto.

O Ministério da Saúde afirmou ter lançado o Programa de Qualidade no Processo de Doação e Transplantes (Qualidot), com investimento de R$ 26 milhões, para qualificar estabelecimentos que atuam nesses procedimentos. O governo ainda destacou que atua na formação de profissionais para que façam o acolhimento das famílias.

ENQUANTO ESPERAM

Na fila, pacientes relatam piora do quadro, medo de pegar covid e perda de autonomia. Veneranda Gama da Silva, de 40 anos, ficou cerca de um ano e meio na fila de transplante hepático. Conseguiu fazer o procedimento em julho do ano passado, quando já estava bastante debilitada. "Eu estava com 40 quilos. Fraquinha, fraquinha. Só couro e osso." Isso prejudicou sua recuperação.

A espera poderia ter sido menor. Para fazer o transplante, ela deixou Rio Branco, no Acre, e veio para a capital paulista. A viagem, que estava marcada para março de 2021, só pode ocorrer um mês depois. "O governado do Acre suspendeu todos os voos." Aquele mês foi um dos piores para ela. "Eu passava dois dias em casa e o resto no hospital." Além da dor, os dias na fila foram marcados pelo medo de deixar os quatro filhos desamparados - a mais nova tem 2 anos.

Necessitando de transplante duplo, de rim e pâncreas, desde 2020, Marla Patrícia Ramos, de 41 anos, temia ser infectada pelo coronavírus. "Quando peguei, chorei quase três dias seguidos achando que ia morrer", conta. Hoje, ela aguarda por um transplante de pâncreas. O de rim foi feito há três meses.

Conseguir vencer a fila significará uma oportunidade de, finalmente, voltar para casa. Cerca de quatro anos atrás, conta, os rins "pararam de funcionar" em decorrência da diabete. Para fazer hemodiálise, precisou se mudar de Iturama, em Minas Gerais, para Votuporanga, em São Paulo. "Estou com saudade da minha casa, da minha avó, da minha mãe", diz. "Tem três meses já que não vejo meus filhos."

Antonio Carlos Rodrigues de Sousa, de 44 anos, disse não ter tido medo de se infectar. "Até porque eu não saía. Era de casa para a hemodiálise." Essa foi sua rotina durante seis anos na fila de espera por transplantes de pâncreas e rim.

Morador de Vitória da Conquista, na Bahia, ele realizou em abril os transplantes em São Paulo. Dois meses após o procedimento, Antonio sonha em comer uma buchada e abrir uma loja. "Considero já ter uma vida normal. Agora é manter os cuidados e tocar o barco para frente."

Um idoso em situação de rua morreu, nesta quarta-feira (18), enquanto esperava o café da manhã servido pelo Núcleo de Convivência São Martinho Lima, no bairro Belém, Zona Leste de São Paulo. O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) registrou a temperatura média de 7ºC na capital nesta quarta-feira.

O presidente do Movimento Estadual da População em Situação de Rua, Robson Mendonça, disse que o homem de 66 anos, identificado como Isaias de Faria, sofreu uma convulsão já na fila.

Uma testemunha informou ao R7 que o morador não conseguiu vaga em abrigo e dormiu na rua à espera da abertura do Núcleo. A morte deverá ser investigada pelo 1º Departamento de Polícia.

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