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A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) usou suas redes sociais, nesta terça-feira (5), para rebater as críticas sobre uma declaração na qual ela comparou um filho autista a um problema. A fala, acusada de capacitista, foi feita por Michelle em um evento do PL Mulher.

“Agradeço a deus todos os dias, porque eu não precisei passar por nenhum problema, Adriana. Eu não tenho filho autista como você tem. Eu não fui abusada sexualmente”, disse Michelle no evento.

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Em um vídeo de quase três minutos, a ex-primeira-dama afirmou que “sempre teve carinho por pessoas com deficiência” e que seus opositores estão tentando “assassinar” a sua reputação.

“Por mais que tentem esconder, deturpar ou “assassinar” a verdade, ela sempre virá à tona! Não permitiremos que ciúmes, inveja ou interesses políticos escusos atrapalhem o nosso trabalho ou tentem manchar a nossa história de amor e dedicação às pessoas com deficiências, autistas, surdos, pessoas com doença raras e por todas as pessoas vulneráveis do nosso país”, escreveu em sua conta no Instagram.

Um vereador da cidade de Sorriso, a 398 km de Cuiabá, no Mato Grosso, foi visto em um vídeo fazendo zombaria com famílias de pessoas com deficiência. O presidente da Câmara Municipal, Iago Mella (Podemos) aparece com outra pessoa, que finge ter deficiência, e ri enquanto encena a introdução de um discurso à população. “Pais e mães de excepcionais de Sorriso”, diz no vídeo. 

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O termo “excepcionais”, para se referir a pessoas com deficiência intelectual foi utilizado e popularizado ainda na década de 1990. Atualmente posto em desuso, a palavra é considerada pejorativa. 

Em nota, Iago Mella esclareceu que o vídeo foi feito há cerca de seis anos, e que já havia se desculpado na época. Diz ainda que “reconhece que a imitação foi insensível e inapropriada, e que sabe do impacto negativo que o comportamento pode ter gerado na sociedade”. 

Confira a nota completa na íntegra 

O presidente da Câmara de Sorriso, Iago Mella, vem por meio desta esclarecer sobre um vídeo que está circulando em WhatsApp e redes sociais em que ele aparece com um colega que estaria zombando de pessoas com deficiência. 

Esse vídeo foi gravado há cerca de 6 anos, no entanto, mais uma vez vem à público se manifestar sobre ele. O conteúdo está sendo divulgado completamente fora de contexto, com pretextos exclusivamente políticos, com o intuito de tentar induzir o público em geral de que compactua com essas práticas. O material já foi, inclusive, utilizado durante a campanha eleitoral com o intuito de prejudicar a imagem do então candidato Iago Mella e na ocasião, o colega, que imita um deficiente, veio a público se desculpar pela brincadeira. 

Iago reconhece que a imitação foi insensível e inapropriada, e que sabe do impacto negativo que o comportamento pode ter gerado na sociedade. Garante que repudia com veemência essa situação e deixa claro que a intenção não foi de zombar ou menosprezar qualquer pessoa e principalmente pessoas com deficiência. 

Ele garante que seu compromisso de campanha focado na inclusão de pessoas com deficiência está sendo cumprido à risca, o que demostra seu respeito e sensibilidade com esse público. 

Prova disso são as diversas pautas que vem trabalhando em prol das pessoas com alguma deficiência, focando na sensibilização e inclusão, tão necessários. 

Como presidente, juntamente com os demais vereadores, destinou R$ 1 milhão para a construção da nova sede da APAE. Também garantiu emenda impositiva no valor de R$ 20 mil para manutenção dos serviços da instituição e de R$ 100 mil para contratação de segurança armada para a escola. 

Com foco na inclusão, é autor do projeto de lei para disponibilização de brinquedos adaptados para crianças com deficiência em locais públicos de lazer; outro projeto de lei para inserção do símbolo do Autismo em vagas de estacionamentos e pedido de criação de novas vagas e, o mais recente, que dispõe sobre os instrumentos de vigilância e rastreamento precoce do autismo nas unidades públicas de saúde e educação. 

Por fim, Iago Mella reforça o pedido de desculpas à sociedade sorrisense como um todo, em especial a quem se sentiu ofendido, agradece a oportunidade de poder esclarecer os fatos e reforça seu comprometimento com as causas voltadas à inclusão social de pessoas com deficiência. 

 

Uma mulher se indignou nas redes sociais, nesta sexta-feira (17), ao relatar um caso de descriminação sofrido por seu filho, uma criança autista, em uma loja da Riachuelo do Shopping Boulevard, no município de Feira de Santana, no interior da Bahia. A cliente estava na fila preferencial para o caixa de pagamento quando ouviu uma funcionária comentar com outra: “Não me passe essas bombas aqui”, se referindo à criança neuro divergente. 

O vídeo se espalhou nas redes com mensagens para a mãe e para a criança e em repúdio à loja. “Meu filho não é bomba, não gostei. Eu exijo respeito com os autistas, com as pessoas com deficiência porque eu sou mãe e ninguém aqui tá livre de ter um filho com deficiência”, desabafou. 

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“Já é difícil a luta de uma mãe que vem com o filho no shopping provar uma roupa”, ela complementou. 

Uma das pessoas que compartilhou o registro foi o influenciador digital Ivan Baron, que mencionou leis que protegem e garantem os direitos das pessoas com autismo. “Lembrando que a Lei 12.764/2012 estabelece assar que a ‘pessoa com transtorno do espectro autista é considerada pessoa com deficiência, para todos os efeitos legais’ com os preceitos da Lei 10.048/2000 que garante que ‘as pessoas com deficiência, os idosos com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, as gestantes, as lactantes, as pessoas com crianças de colo e os obesos terão atendimento prioritário’, disse na publicação. 

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A Riachuelo se pronunciou em seu perfil oficial no Instagram, com uma mensagem temporária de 24h de duração, afirmando que lamenta o ocorrido e pedindo desculpas. A marca informou ainda que a autora do comentário foi demitida, e que o comportamento “não condiz com os valores defendidos e praticados” pela loja. 

 

Após a vereadora da cidade pernambucana de Arcoverde, Zirleide Monteiro (PTB-PE), ser acusada de falas capacitistas, no último dia 30 de outubro, a Câmara de Vereadores do município aceitou a denúncia contra a parlamentar.

Na próxima segunda-feira (13), uma nova sessão entre os parlamentares vai decidir se haverá ou não a instauração do processo de cassação do mandato de Zirleide. Caso o processo seja acolhido, ele irá durar cerca de três meses, além disso, será garantido o direito ao contraditório. A Comissão é formada pelos vereadores Sargento Brito (PTC-PE), Everaldo Lira (PP-PE) e Célia Galindo.

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A fala capacitista foi proferida durante uma sessão na Casa, na qual Zirleide afirmou que uma mãe estava sendo "castigada por Deus" por ter um filho com autismo. A fala capacitista veio após a mulher ter divulgado, dias antes, um vídeo em que a vereadora aparece caindo no plenário, sendo assim, a parlamentar classificou o ato como uma “chacota”.

O líder do Partido Trabalhista Brasileiro na Câmara dos Deputados, Fred Costa (Patriota-MG), logo após o ocorrido, afirmou que Zirleide Monteiro foi expulsa da sigla. De acordo com o deputado, o pronunciamento da vereadora foi “repugnante, abominável e inadmissível”. Até o momento, a assessoria de Zirleide não se pronunciou sobre o caso e sua conta no Instagram continua desativada.

A vereadora do município de Arcoverde, no Sertão do estado, Zirleide Monteiro (PTB), afirmou, na última segunda-feira (30), na plenária da Câmara Municipal, que uma mulher que teria feito um vídeo de chacota dela tem um filho com deficiência “por castigo de Deus”. 

Zirleide afirmou que durante o final de semana foi publicado nas redes sociais um vídeo em que a parlamentar sofre uma queda durante a sessão plenária anterior. Ela, então, criticou a autora da publicação, afirmando que “já veio pra sofrer”. 

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“Não preciso citar o nome da cidadã, que o castigo de Deus ele dá aqui em vida. Quando ela veio com um filho deficiente, é porque ela tinha alguma conta a pagar com aquele lá de cima. Ela já veio pra sofrer”, declarou Monteiro. 

O presidente da Casa, vereador Wevertton Siqueira (Podemos), repudiou a fala da parlamentar e pediu que ela se desculpasse pelas ofensas proferidas. "Eu quero lhe fazer um pedido, em forma de respeito com todas as mães que têm um filho deficiente. Acho que a senhora foi muito infeliz em suas palavras em dizer que o filho de uma mãe veio deficiente porque é um castigo de uma pessoa ser ruim ou ser boa", disse Siqueira. O vereador ainda pediu desculpas em nome da colega.

Zirleide se desculpou após retomar a palavra. “Infelizmente, às outras mães eu deixo aqui o meu [pedido de] perdão. Só eu sei o que foi dito por essa pessoa durante esse fim de semana, e talvez você não saiba do que eu esteja falando”, explicou brevemente a parlamentar. 

Através de um discurso no plenário da Câmara da cidade de Jucás, no interior do Ceará, o vereador Eúde Lucas (PDT-CE), presidente da Casa, disse que o Transtorno do Espectro Autista (TEA), se cura “na peia” e “na chibata”, ao ironizar as mensagens de apoio enviadas para a atriz Letícia Sabatella, que revelou, recentemente, que descobriu o transtorno aos seus 52 anos de idade.

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“Estava brincando aqui com os colegas, eu assisti o Fantástico no domingo, e fui dormir pensando: ‘rapaz, acho que eu sou autista também!’. Pela declaração que os artistas fizeram… Acho que eu era autista, só que meu pai tirou o autista na peia, no meu tempo tirava autista na chibata. Eu era um menino meio traquina”, afirmou.

Com a repercussão negativa da frase, o parlamentar emitiu uma nota, nesta quarta-feira (20), no perfil da Câmara, informando que se identificou como uma pessoa autista após ver uma entrevista do programa Fantástico, da Rede Globo, e falou "como foi tratado antigamente, exatamente pela falta de diagnóstico". Em seu Instagram, Eúde classificou a repercussão do caso como "fake news".

"Eu fui o vereador que mais apresentei projeto de lei em favor do Autismo no Município de Jucás, justamente por compreender e abraçar esta causa. Jamais tive a intenção de ofender e peço perdão se me expressei de maneira equivocada, lamento profundamente que tenha sido mal interpretado", indica.

No site da Câmara do município, entretanto, quando pesquisadas as proposições do político, só uma é encontrada, e não três, como ele indica em um novo vídeo. O projeto de lei data de 19 de abril de 2023 e institui em Jucás a "Semana Municipal de Conscientização do Autismo".



 

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Em reunião com ministros, na semana passada (18), em Brasília, o presidente Lula (PT) fez um comentário sobre a população com deficiência, que não repercutiu bem para sua imagem. Ao falar sobre os índices de violência nas escolas, ele relacionou aos problemas mentais, tendo como base um dado da Organização Mundial da Saúde (OMS), e disse: “significa que temos quase 30 milhões de pessoas com problema de desequilíbrio de parafuso”.

A fala repercutiu negativamente, e famosos chegaram a se pronunciar comentando a fala do petista. O Presidente da República se desculpou publicamente e declarou que está disposto a aprender.

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As críticas fizeram crescer o debate sobre o capacitismo, o preconceito contra pessoas com deficiência, seja física ou mental. Esse preconceito não está apenas na exclusão social, mas também no vocabulário, e o LeiaJá reuniu algumas expressões que devem deixar de ser usadas para evitar que esse tipo de situação se repita no cotidiano. Confira:

 

“Dar uma de João sem braço”

Por que é capacitista: No linguajar comum, as pessoas costumam utilizar a expressão para falar de alguém que não quer fazer as tarefas, como se o fato de não ter braço fosse um impedimento, ou um traço de comportamento, ao se referir a uma pessoa preguiçosa. No entanto, pessoas que não têm um membro não devem ser consideradas preguiçosas. 

O que dizer: "preguiçoso", "está sem vontade".

 

“Dar uma mancada”

Por que é capacitista: Relacionar o ato de mancar com um erro ou uma falha pode soar ofensivo para as pessoas que realmente andam com alguma dificuldade.

O que dizer: "errou", "não acertou".

 

“Está cego?” ou “está surdo?”

Por que é capacitista: Quando se usa essa expressão, as pessoas se referem a quem não está prestando atenção em algo, mas ser cego ou surdo não é sinal de desatenção. 

O que dizer: "você não prestou atenção no que eu disse?", "você não está vendo o que eu estou mostrando?"

 

“Fingir demência”

Por que é capacitista: As pessoas diagnosticadas com demência sofrem de uma disfunção em algumas partes do cérebro, afetando a memória ou o discernimento. Quando alguém se finge de desentendido não se deve relacionar à demência, por ser ofensivo para esse grupo de pessoas.

O que dizer: "fingir desatenção".

 

“Retardado”

Por que é capacitista: A explicação anterior também se aplica ao termo “retardado”, quando alguém comete um erro, ou demora para entender alguma coisa. As pessoas que têm algum retardo mental não estão erradas, e não podem ser colocadas em uma posição inferior apenas por sua condição. 

O que dizer: Por se tratar de um termo perjorativo, não existe no senso comum uma palavra equivalente que não seja ofensiva. Nesse caso, é simplesmente preferível que nada seja dito.

 

“Ceguinho/Mudinho”

Por que é capacitista: O uso do diminutivo pode soar como uma diminuição da qualidade da pessoa pela deficiência que ela tem. As pessoas com deficiência visual e os surdos não oralizados não devem ser tratadas como “inferiores” apenas por esse traço.

O que dizer: Semelhante ao exemplo anterior, não existe um equivalente menos ofensivo para essas expressões, tendo em vista que elas são empregadas como forma de diminuir outra pessoa. O ideal é não falar nada.

No dia 21 de março é celebrado o Dia Internacional da Síndrome de Down. A data foi escolhida pela Organização das Nações Unidas (ONU) por ser a simbologia da condição genética de quem tem trissomia 21 (21). Entre diversas homenagens, como as feitas por políticos no Brasil, pessoas nascidas com Síndrome de Down ganham espaço nesta terça-feira para dar algumas dicas de como combater o capacitismo (preconceito contra pessoas com deficiência ou outro tipo de condição que pode ser lida como uma deficiência).

A influenciadora e humorista Ivy Faria, filha do senador Romário (PL-RJ), publicou em seu perfil no instagram uma pequena lista do que todos devem saber sobre quem tem a síndrome. Confira:

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- Quando precisar perguntar alguma coisa para uma pessoa com síndrome de Down, dirija-se diretamente a ela e não a pessoa que está acompanhando-a.

- Não fale com ela como se estivesse falando com uma criança se ela não for mais criança.

- Não tome a frente e faça as coisas por ela como se ela não fosse capaz de fazer sozinha, mas faça junto com ela.

- Não fale dela na sua frente para outra pessoa ignorando a sua presença.

- Não sinta pena e nem trate-a como “coitadinha”.

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Ivy participou hoje de um evento organizado por seu pai no Senado. Com o lema “Conosco, não por nós”, diversas pessoas com Síndrome de Down estiveram presentes, para debater e celebrar os direitos alcançados ao longo dos anos.

Marcos Mion usou suas redes sociais, na última sexta-feira (5), para criticar as declarações feitas pelo prefeito de Alfenas, Minas Gerais, sobre autismo. O ex-apresentador da Fazenda, possui um filho dentro do espectro autista e não gostou quando o gestor municipal, Luizinho (PT), comparou o transtorno neurológico à sociopatia.

"Todo dia é dia de luta para a comunidade autista, mas a gente tá cansado, cada vez mais. A gente tá vendo, em 2021, vários grupos, várias minorias conseguindo respeito, conquistando sua posição social, lutando por isso e a gente quer também. A gente não vai aceitar mais o capacitismo", declarou Mion.

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No vídeo do prefeito, que ainda circula pela internet, Luizinho dispara críticas a Jair Bolsonaro (sem partido) e faz comparações com alguém dentro do espectro. Além de usar o transtorno neurológico como um adjetivo pejorativo, o gestor municipal acabou propagando preconceitos típicos de quem não tem conhecimento sobre a doença, ao afirmar que sendo autista, Bolsonaro "não tem sentimento para com o outro".

A declaração causou revolta em Mion e na comunidade autista, que tenta desmistificar preconceitos a respeito do espectro. "Você vai falar, seu Luiz Antônio, que meu filho não é capaz de identificar sentimentos? Você já acompanhou ele? Já viu os vídeos dele? Sabe quantas vezes ele me viu chateado e a primeira coisa que ele faz é vir me abraçar?", disse o apresentador, em vídeo.

Mion também lamentou a postura capacitista de Luizinho e desabafou "Capacitismo é a discriminação, é o preconceito social contra um deficiente. Existem mais de 12,5 milhões de deficientes no Brasil. Ainda mais, quando o capacitismo - que é um crime, é cometido por um político que deveria representar o povo e, consequentemente, tem que representar os autistas".

Regina Casé e a filha, Benedita, deram uma aula contra o capacitismo, em uma publicação nas redes sociais. Neste sábado (26), data em que é celebrado o Dia Nacional do Surdo, as duas ensinaram como não tratar  pessoas com algum tipo dessa deficiência, a exemplo da própria Benedita, que tem uma perda auditiva severa. 

No vídeo, mãe e filha reproduzem algumas situações ainda comuns entre pessoas ouvintes e não ouvintes, como aqueles que tentam falar com os surdos dando-lhe as costas; os que se dirigem ao acompanhante da pessoa com deficiência e não diretamente a ela; e ainda alguns que falam gritando e tocando na pessoa tentando chamar-lhe a atenção. 

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Na legenda da publicação, Regina explica que a intenção é ajudar todos a se comunicarem melhor e entender a diversidade que há na surdez. Por fim, Regina e Benedita deixam claro que pessoas com deficiência não são dignas de pena ou lamentação. “Procure saber o que é capacitismo e daqui pra frente seja anti capacitista. Ela (Benedita) é linda e é surda”.

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