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Marcos Mion usou suas redes sociais, na última sexta-feira (5), para criticar as declarações feitas pelo prefeito de Alfenas, Minas Gerais, sobre autismo. O ex-apresentador da Fazenda, possui um filho dentro do espectro autista e não gostou quando o gestor municipal, Luizinho (PT), comparou o transtorno neurológico à sociopatia.

"Todo dia é dia de luta para a comunidade autista, mas a gente tá cansado, cada vez mais. A gente tá vendo, em 2021, vários grupos, várias minorias conseguindo respeito, conquistando sua posição social, lutando por isso e a gente quer também. A gente não vai aceitar mais o capacitismo", declarou Mion.

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No vídeo do prefeito, que ainda circula pela internet, Luizinho dispara críticas a Jair Bolsonaro (sem partido) e faz comparações com alguém dentro do espectro. Além de usar o transtorno neurológico como um adjetivo pejorativo, o gestor municipal acabou propagando preconceitos típicos de quem não tem conhecimento sobre a doença, ao afirmar que sendo autista, Bolsonaro "não tem sentimento para com o outro".

A declaração causou revolta em Mion e na comunidade autista, que tenta desmistificar preconceitos a respeito do espectro. "Você vai falar, seu Luiz Antônio, que meu filho não é capaz de identificar sentimentos? Você já acompanhou ele? Já viu os vídeos dele? Sabe quantas vezes ele me viu chateado e a primeira coisa que ele faz é vir me abraçar?", disse o apresentador, em vídeo.

Mion também lamentou a postura capacitista de Luizinho e desabafou "Capacitismo é a discriminação, é o preconceito social contra um deficiente. Existem mais de 12,5 milhões de deficientes no Brasil. Ainda mais, quando o capacitismo - que é um crime, é cometido por um político que deveria representar o povo e, consequentemente, tem que representar os autistas".

O prefeito da cidade de Alfenas, em Minas Gerais, deu uma declaração polêmica durante entrevista a uma rádio da cidade. Luizinho (PT), criticou o comportamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), comparando-o com uma pessoa com autismo. Além de usar o transtorno neurológico como um adjetivo pejorativo, o gestor municipal acabou propagando preconceitos típicos de quem não tem conhecimento sobre a doença ao afirmar que, sendo autista, Bolsonaro "não tem sentimento para com o outro".

"O Bolsonaro não tem sentimento. É um autismo em um espectro grave de autista. Nesse sentido de que tem um automundo, o mundo dele em que só ele que é bom, só ele que sabe. Ele não tem sentimento para com o outro", declarou. 

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Além de afirmar que o presidente teria um grau alto de espectro autista, o prefeito ainda disse que Bolsonaro deve ter sofrido traumas de infância, como humilhações e estupro. "Arrogância é uma coisa que você convive, faz mal pra gente, mas você convive. O caso dele é de sociopatia. Ele tem uma doença sociopática. Aquilo ali é trauma de infância, deve ter sido humilhado enquanto criança, ter sido bulinado. Aquilo ali é trauma de infância, típico", concluiu. 

Na internet, perfis que trabalham para desmistificar os preconceitos a respeito do Transtorno do Espectro Autista (TEA), repudiaram a fala do gestor. "A única coisa que eu posso dizer é que o autismo NÃO é adjetivo, senhor prefeito de Alfenas -MG @prefeitoluizinho Vá se informar mais sobre o autismo e não ofender os autistas e a comunidade do autismo", escreveu o perfil Autisteando, que busca mostrar como é o dia a dia de Arthur, uma criança diagnosticada com o espectro.

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O que é Autismo 

O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) reúne desordens do desenvolvimento neurológico presentes desde o nascimento ou começo da infância, mas que acompanham o autista por toda a sua vida. De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5, pessoas dentro do espectro, podem apresentar défcit na comunicação social ou interação social, ou seja, podem ter dificuldade em usar linguagens verbal ou não verbal e demonstrar sentimentos. O que não significa que não sintam empatia pelo outro, como afirmou o prefeito.

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