Tópicos | vereador

O cerco parece se fechar cada vez mais em torno do vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), quando agentes da Polícia Federal (PF) entraram, na última segunda-feira (29), em endereços ligados ao parlamentar, com mandados de busca e apreensão. A operação investiga uma possível ligação do “filho 02” do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), com o acesso ilegal a dados confidenciais da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), durante o mandato presidencial de seu pai. 

Em entrevista ao LeiaJá, o advogado criminalista Ygor de Carvalho, especializado em crítica da economia política e relações jurídicas, explica o que levou o vereador carioca a ser alvo da PF. “É o seguimento da investigação que visa expor uma estrutura de facção criminosa que operava como uma "Abin Paralela", onde os sistemas de espionagem eram utilizados como mercadoria e poder político pelo grupo e aliados”, contou o jurista. 

##RECOMENDA##

O vereador, por sua vez, que é investigado por formação de organização criminosa e invasão de dispositivo informático, teve materiais apreendidos em seus endereços pela PF, a mando da Procuradoria Geral da República (PGR). Isso não foi uma surpresa para os órgãos, de acordo com Carvalho, “visto os fortes indícios de que os acusados de fato fariam parte desta organização criminosa atuante sobretudo no serviço de inteligência e espionagem da ABIN”. 

LeiaJá também: 

Reunião na Abin durante operação entra na mira da PF 

Carlos Bolsonaro é alvo de busca e apreensão no caso Abin 

Advogado nega fuga de Bolsonaro e filhos: 'Foram pescar'

O advogado afirmou ainda que, caso o processo aponte sua real autoria nos casos, há a possibilidade de Carlos Bolsonaro ser condenado a cumprir pena de reclusão que pode chegar a 10 anos, além da perda dos direitos políticos. “Politicamente, para a sua família, é a exposição institucional de um radicalismo evidente, capaz de cometer crimes de lesa pátria e recorrer a métodos flagrantemente ilegais. O Slogan ‘Brasil acima de todos’ se tornaria uma grande ironia, visto o dano a integridade nacional e à soberania do país em detrimento da ação criminosa das facções políticas aliadas a família Bolsonaro”, observou o jurista. 

Segundo o advogado, os avanços da PF na operação vão depender da colaboração de outros órgãos para adiantar seu processo. Ele já vem sendo apontado no Supremo Tribunal Federal (STF), por possível envolvimento no esquema de rachadinha no seu gabinete, além de participação em casos de fake news e milícias digitais. “Com a recente apreensão de celulares, incluindo o de Carlos e de sua assessora Luciana Paula Garcia, espera-se que as investigações avancem, podendo a Polícia Federal compartilhar informações conforme necessário com outros órgãos envolvidos”, concluiu. 

 

O vereador Leonardo Dias (PL-AL) enviou um ofício à prefeitura de Maceio (AL) pedindo a suspensão do cachê pago a Nando Reis após o cantor fazer críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante um show na capital alagoana.

A assessoria do cantor disse ao Estadão que não há o que comentar sobre o assunto.

##RECOMENDA##

No documento publicado em seu perfil no X (antigo Twitter), o vereador diz que o músico "manifestou sua opinião política de forma desproporcional e desonrosa" no momento em que afirmou ter "certeza que o Brasil só vai ter jeito na hora da prisão de Bolsonaro". A frase foi cantada no meio da música "Do seu lado".

O parlamentar também solicita que a Procuradoria-Geral do Município instaure um inquérito para averiguar se o contrato foi descumprido, por supostas violações de normas "referente à proteção a honra e da imagem, bem como inobservância de alguma cláusula prevista no contrato de prestação de serviço".

O caso ocorreu durante a apresentação do cantor no Festival Verão Massayó, neste domingo, 21, promovido pela prefeitura. Na rede oficial do evento no Instagram, a atitude dividiu opiniões. Alguns internautas defendem o cantor, dizendo que ele foi "grandão" e "deixou um recado e não errou em nada", enquanto outros afirmam que a atitude de sugerir que o ex-presidente seja preso foi "lacração".

Após a publicação no perfil do parlamentar, houve bate-boca entre ele e outra vereadora, Teca Nelma (PSD), que sugeriu que o vereador deve "procurar o que fazer". "Sua atuação se resume a bajular o inelegível. Se a punição por falar besteira fosse não receber, você não teria recebido um salário sequer."

Dias respondeu dizendo que a colega "vive de vitimização", é "mimizenta" e "intelectualmente desonesta". "Nunca propôs nenhuma matéria concreta em favor da cultura, vem bostejar a respeito de meu posicionamento quanto ao episódio do Nando Reis."

O vereador termina discussão com um GIF em que um boneco faz "mi mi mi".

Apesar de ter perdido na região Nordeste, em Maceió Bolsonaro obteve 273.549 votos nas eleições de 2022, o que corresponde a 57,18% dos votos válidos, sendo a única capital da região a dar maioria ao ex-presidente.

O vereador Carlos Bolsonaro deve deixar o Republicanos para tentar a reeleição pelo PL, mesmo partido o pai e dos irmãos. Com a mudança esperada para a janela partidária de março, ele deve se tornar o novo presidente do diretório do partido na cidade do Rio de Janeiro.

A chegada no PL ocorre após as críticas públicas de Carlos ao presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, por ter elogiado o presidente Lula (PT) em um podcast. Na ocasião, Costa Neto disse que o petista era uma figura extremamente popular, de muito prestígio e que não se comparava a Jair Bolsonaro.

##RECOMENDA##

A saída do Republicanos - e o ingresso no PL - foram tratados com o atual líder do partido na capital, o vice-prefeito Nilton Caldeira. As informações foram publciadas pelo Metrópoles.

Carlos Bolsonaro chega na nova sigla com o projeto de se tornar o vereador mais votado do Rio. A missão é ser reeleito para seu 7º mandato seguido, mas ele também deve coordenar a campanha do deputado e amigo pessoal, Alexandre Ramagem, à Prefeitura. 

O vereador Lincon Albuquerque (Cidadania) foi indicado pela Polícia Civil de Goiás por injúria racial contra um colega negro. A decisão é do delegado responsável José Antonio Sena e foi confirmada ao Estadão pela corporação, que informou que o inquérito foi remetido ao fórum na sexta-feira, 12. Cabe agora ao Ministério Público de Goiás (MPGO) decidir se denuncia o vereador ou pede que o caso seja arquivado. O crime de injúria racial é previsto na Constituição e tem pena prevista de dois a cinco anos de reclusão e multa. O parlamentar nega o crime e diz que se defenderá na Justiça.

O caso ocorreu em novembro de 2023, durante sessão plenária na Câmara Municipal de Planaltina (GO), a 259 quilômetros da capital goiana e a uma hora do Distrito Federal. Albuquerque fez sons de macaco ao discutir com o colega Carlim Imperador (PROS). O vereador nega que a intenção tenha sido imitar o animal.

##RECOMENDA##

No relatório, de acordo com o portal Metrópoles, o delegado da 11ª Delegacia Regional de Polícia descreve que o vereador "gesticula com as mãos próximas ao ouvido, fazendo sinais de abrir e fechar os dedos, o presidente se manifesta pedindo para que os dois se acalmem e, logo após, Lincon profere guinchos com a boca, reproduzindo sons que imitam um macaco".

Procurado pelo Estadão, o vereador Lincon Albuquerque disse que já esperava o indiciamento, mas que acredita que a investigação e o devido processo legal são importantes para que ele possa se defender. Nem ele, nem o advogado, já foram notificados sobre o resultado da investigação.

"No meu entendimento, tenho que fazer minha defesa. O delegado agiu corretamente, esse é um tema que precisa ser tratado com muito carinho", disse, referindo-se a acusação de injúria racial.

O Estadão procurou a Câmara Municipal de Planaltina e Carlim Imperador, mas não obteve resposta até a publicação deste texto.

Relembre o caso

Como mostrou o Estadão, os parlamentares debatiam sobre um projeto para implantar uma loteria no município. O autor da proposta, Professor Lincon, começou a fazer sinais com a mão de que o colega Carlim, contrário ao projeto, falava muito. A discussão subiu de tom e Lincon fez sons parecidos com o de um macaco no microfone.

Carlim disse ter sido "bastante hostilizado". Lincon negou que tenha sido racista. O vereador disse que houve um "mal-entendido baseado em uma comunicação inadequada". Lincon afirmou que a intenção era se expressar "a respeito do barulho e da confusão" e disse que é "pardo, filho de pai negro".

Lincon, que se registrou como pardo nas últimas eleições, negou que tenha imitado um macaco na discussão com o colega. Ao Estadão, ele disse que, com os sons e os gestos, ele quis dizer que o oponente estava fazendo "muito barulho". "Eu estava mostrando que ele era barulhento, fiz 'blá blá blá' com a mão para dizer isso."

O vereador diz ainda que as pessoas na cidade, durante encontros nas ruas, na escola onde trabalha e na igreja que frequenta, têm o apoiado. "Todos aqui conhecem os dois", disse o professor, que acrescentou que o adversário costuma ser agressivo nos embates contra ele e seus adversários políticos e que, durante a discussão, o intuito de Carlim pode ter sido o de "desestabilizar" Lincon.

Confira as declarações dos envolvidos à época:

[@#video#@]

Tramita, na Câmara do Recife, um importante Projeto de Lei de autoria do vereador e vice-líder da oposição, Tadeu Calheiros (Podemos), que tem o intuito de garantir mais transparência na execução de obras públicas na capital pernambucana.

O parlamentar sugere a obrigatoriedade de QR Codes nas placas informativas dessas obras. Esse código, ao ser escaneado, permite a qualquer cidadão ter acesso de forma simples e rápida a todos os possíveis detalhes daquela construção, como valor investido, prazos, empresa técnica responsável, status de andamento, aditivos, entre outros. 

##RECOMENDA##

“O erário público precisa ser zelado por todos nós. E, numa sociedade cada vez informatizada, é nosso dever lutar para assegurar a garantir do acesso dos cidadãos aos investimentos que estão sendo feitos com os impostos que são arrecadados. Isso, além de ratificar a lisura do processo, também permitirá à população acompanhar e cobrar a evolução e entrega da obra em questão. Ganham todos: PCR e os recifenses”, enfatiza Calheiros.

O projeto será analisado pelas comissões da Câmara do Recife. Ao final, será levado para votação em plenário e, se aprovado, encaminhado para sanção do Prefeito João Campos.

*Da assesoria 

O vereador Nelson Diniz (Cidadania), de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, viralizou nas redes sociais após contar que passou por uma forte dor de barriga no dia de um compromisso político. O causo inusitado foi contado na última sexta-feira (1º), durante sessão na Casa. O parlamentar, após um discurso longo, disse que queria apenas "quebrar o gelo" e, posteriormente, informou em nota que reconhece a linha entre profissionalismo e bom humor. 

A história se tornou pública na solenidade que homenageou Nelson e outras duas pessoas como Cidadão de Caruaru. Não há contexto para as declarações; segundo o vereador, ele só queria encerrar a fala com uma história "leve".

##RECOMENDA##

"Parei próximo a Polícia Rodoviária Federal e disse: para, para, para! Estou já me cagando e corri. Fui pra dentro dos matos. Quando arreio as calças e faço assim (se abaixou), pois num tinha um velho, que disse: eu cheguei primeiro, viu. Eu fiz assim, ele ainda deu uma risada pra mim. Eu disse, o senhor tem razão. Saí correndo. O cara quando nasce é assim para o sofrimento. Mas eu já tô acostumado. Fiz lá meu trabalho direitinho", relatou. O parlamentar contou ainda que uma mulher queria tirar uma foto do momento para compartilhar nas redes sociais.

Confira o momento da declaração do vereador (tempo no vídeo: 2:47:07)

[@#video#@]

Nesta segunda-feira (4), Nelson Diniz falou novamente sobre o assunto. No Instagram, ele afirmou que sua fala sobre o perrengue com dor de barriga foi para "descontrair", sem qualquer "vínculo" com suas atividades como parlamentar. 

“Reconheço a importância de manter uma separação clara entre o ambiente de trabalho e os momentos de descontração. Entendo que, em determinadas situações, uma linha tênue pode existir, levando a interpretações equivocadas. Reafirmo meu compromisso com a seriedade e profissionalismo em todas as minhas atividades parlamentares”, escreveu. 

 

Diones Coelho, motorista que atropelou Kayky Brito, pretende ser candidato a vereador pelo Rio de Janeiro em 2024. Ele disse que já mantém contato com "pessoas influentes" sobre a possibilidade. Mas não cita nenhum partido.

"Sim, eu pretendo vir candidato nessa próxima eleição, em Rio de Janeiro. Tem muita coisa que isso precisa ser feita. Mais para frente isso será formalizado", afirmou. Ele ainda disse já ter recusado "várias propostas de cunho financeiro altíssimo".

##RECOMENDA##

O anúncio aconteceu no próprio perfil dele, no Instagram, respondendo a perguntas dos seguidores. Desde o incidente com Kayky, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, no dia 2 de setembro, Diones ganhou notoriedade nas redes.

No Instagram, ele tem mais de 180 mil seguidores, conseguiu fazer uma vaquinha que arrecadou R$ 184 mil, com o intuito de comprar um novo carro para trabalhar como motorista de aplicativo; negocia publicidades no perfil e até fez uma harmonização facial.

No dia 2 de setembro, ele transportava uma mulher e a filha de 10 anos no acidente, prestou socorro no local e chamou o Corpo de Bombeiros. Semanas depois, a Polícia Civil do Rio de Janeiro concluiu o inquérito do atropelamento do ator e informou que o motorista não seria indiciado pelo acidente. Conforme as investigações, ele estava abaixo do limite da velocidade permitida e prestou socorro a Kayky, como manda a lei.

Um vereador da cidade de Sorriso, a 398 km de Cuiabá, no Mato Grosso, foi visto em um vídeo fazendo zombaria com famílias de pessoas com deficiência. O presidente da Câmara Municipal, Iago Mella (Podemos) aparece com outra pessoa, que finge ter deficiência, e ri enquanto encena a introdução de um discurso à população. “Pais e mães de excepcionais de Sorriso”, diz no vídeo. 

[@#video#@] 

##RECOMENDA##

O termo “excepcionais”, para se referir a pessoas com deficiência intelectual foi utilizado e popularizado ainda na década de 1990. Atualmente posto em desuso, a palavra é considerada pejorativa. 

Em nota, Iago Mella esclareceu que o vídeo foi feito há cerca de seis anos, e que já havia se desculpado na época. Diz ainda que “reconhece que a imitação foi insensível e inapropriada, e que sabe do impacto negativo que o comportamento pode ter gerado na sociedade”. 

Confira a nota completa na íntegra 

O presidente da Câmara de Sorriso, Iago Mella, vem por meio desta esclarecer sobre um vídeo que está circulando em WhatsApp e redes sociais em que ele aparece com um colega que estaria zombando de pessoas com deficiência. 

Esse vídeo foi gravado há cerca de 6 anos, no entanto, mais uma vez vem à público se manifestar sobre ele. O conteúdo está sendo divulgado completamente fora de contexto, com pretextos exclusivamente políticos, com o intuito de tentar induzir o público em geral de que compactua com essas práticas. O material já foi, inclusive, utilizado durante a campanha eleitoral com o intuito de prejudicar a imagem do então candidato Iago Mella e na ocasião, o colega, que imita um deficiente, veio a público se desculpar pela brincadeira. 

Iago reconhece que a imitação foi insensível e inapropriada, e que sabe do impacto negativo que o comportamento pode ter gerado na sociedade. Garante que repudia com veemência essa situação e deixa claro que a intenção não foi de zombar ou menosprezar qualquer pessoa e principalmente pessoas com deficiência. 

Ele garante que seu compromisso de campanha focado na inclusão de pessoas com deficiência está sendo cumprido à risca, o que demostra seu respeito e sensibilidade com esse público. 

Prova disso são as diversas pautas que vem trabalhando em prol das pessoas com alguma deficiência, focando na sensibilização e inclusão, tão necessários. 

Como presidente, juntamente com os demais vereadores, destinou R$ 1 milhão para a construção da nova sede da APAE. Também garantiu emenda impositiva no valor de R$ 20 mil para manutenção dos serviços da instituição e de R$ 100 mil para contratação de segurança armada para a escola. 

Com foco na inclusão, é autor do projeto de lei para disponibilização de brinquedos adaptados para crianças com deficiência em locais públicos de lazer; outro projeto de lei para inserção do símbolo do Autismo em vagas de estacionamentos e pedido de criação de novas vagas e, o mais recente, que dispõe sobre os instrumentos de vigilância e rastreamento precoce do autismo nas unidades públicas de saúde e educação. 

Por fim, Iago Mella reforça o pedido de desculpas à sociedade sorrisense como um todo, em especial a quem se sentiu ofendido, agradece a oportunidade de poder esclarecer os fatos e reforça seu comprometimento com as causas voltadas à inclusão social de pessoas com deficiência. 

 

O vereador de São Gonçalo (RJ) Aldecyr Maldonado, conhecido como Cici Maldonado (PL), de 61 anos, foi assassinado na noite de terça-feira (7). A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí investiga o caso.

Segundo a Polícia Civil, testemunhas do crime foram ouvidas e uma perícia foi realizada no local. No perfil do vereador na rede social Instagram, uma nota diz que o parlamentar foi morto em uma tentativa de assalto. 

##RECOMENDA##

O prefeito de São Gonçalo, Capitão Nelson, decretou luto oficial de três dias no município, localizado no Grande Rio e segundo mais populoso do estado.

“Foi com muita tristeza que recebi a notícia da morte do vereador Cici Maldonado, que sempre foi um homem dedicado às demandas da população gonçalense”, escreveu Nelson em seu perfil no Instagram. “Entrei em contato com o governador Cláudio Castro e pedi empenho na elucidação do caso. Confio no trabalho da polícia para esclarecer os fatos. Que os responsáveis sejam identificados e punidos, levando justiça para a família do vereador e todos aqueles que o acompanhavam”.

A Câmara Municipal de São Gonçalo também decretou luto de três dias. O corpo, que está sendo velado na Igreja Batista Porto da Madama, em São Gonçalo, será sepultado no cemitério Parque da Paz, às 16h.

O vereador Adilson Amadeu (União Brasil), eleito pela quinta vez nas eleições de 2020, foi condenado à perda do mandato por antissemitismo. Ele também deverá cumprir pena de três anos reclusão, em regime aberto.

A decisão não tem efeito imediato, ou seja, ele poderá ficar no cargo enquanto recorre para tentar reverter a condenação.

##RECOMENDA##

O Ministério Público de São Paulo denunciou o vereador pelo crime de racismo com base em uma mensagem enviada no WhatsApp.

"É uma puta duma sem vergonhice, que eles querem que quebra todo mundo, pra todo mundo fica na mão, do grupo de quem? Infelizmente também os judeus, quando eu até to até respondendo um processo, porque quando entra Albert Einstein, grupo Lide é que tem sem vergonhice grande, grande, sem vergonhice de grandeza, de grandeza que eu nunca vi na minha vida (sic)", diz o trecho da mensagem de voz.

A juíza Renata William Rached Catelli, da 21ª Vara Criminal de São Paulo, afirmou que o vereador foi "preconceituoso e extrapolou o direito à liberdade de expressão". "Contribuiu para perpetuar e reforçar processos de estigmatização contra o judaísmo", diz um trecho da sentença.

Amadeu é reincidente. No ano passado, ele foi condenado por injúria racial após chamar o colega Daniel Annenberg (PSDB) de "judeu filho da puta" e "judeu bosta" em uma sessão na Câmara Municipal. O histórico foi considerado para endurecer a pena.

A defesa do vereador argumentou que ele compartilhou o áudio com amigos de infância em um grupo fechado no WhatsApp e que suas críticas foram dirigidas à gestão da pandemia pela prefeitura e pelo governo paulistas e não aos judeus. Os advogados também destacaram que ele emitiu um pedido de desculpas à Federação Israelita de São Paulo e que 'sempre teve amizade com judeus'.

Para a juíza, por ser um homem público, o vereador deveria ter cuidado especial com suas manifestações. "Em poucas palavras, o acusado conseguiu reviver ideias sabidamente consideradas antissemitas, ajudando a disseminá-las, estigmatizando o povo judaico. O réu é um vereador, uma pessoa pública, e suas palavras ressoam de forma diversa das palavras de um desconhecido, um anônimo", escreveu.

COM A PALAVRA, O VEREADOR

A reportagem busca contato com o vereador. O espaço está aberto para manifestação.

A Prefeitura do Recife (PCR) anunciou, neste sábado (7), um edital para custeio de 150 vagas em Comunidades Terapêuticas Acolhedoras para a recuperação de pessoas com problemas decorrentes do abuso ou dependência de substâncias psicoativas. No total, a promessa é investir mais de R$ 2 milhões.

Uma iniciativa semelhante foi anunciada pela PCR em março do ano passado; outras 150 vagas foram custeadas pela gestão municipal. Na ocasião, o vereador Ivan Moraes (PSOL) pediu, na Câmara Municipal do Recife, a suspensão do edital de chamamento público da Secretaria de Desenvolvimento Social.

##RECOMENDA##

Em um post feito hoje no X, antigo Twitter, o político voltou a criticar o edital da prefeitura. “E a @prefrecife que abriu um edital de chamamento para a contratação de comunidades terapêuticas? São quase R$ 2,5 mi para 150 vagas em 12 meses. Dinheiro público indo para orgs [organizações ] religiosas. Acolhimento intensivo por fora da rede do SUS [Sistema Único de Saúde]. Tudo errado”.

[@#video#@]

Em conversa com o LeiaJá, Ivan explicou que o cuidado com pessoas que “fazem uso problemático de substâncias está na esfera do SUS”. “Ou seja, precisa ser feito na saúde, em equipamentos laicos, como os caps [Centros de Atenção Psicossocial] ou mesmo, em casos especiais, em locais de acolhimento”.

O vereador também defendeu que as comunidades terapêuticas não fazem parte do SUS, além de serem via de regra instituições confessionais, que não deveriam ser financiadas pelo estado para realizar atividades confessionais. “É recurso que deveria estar na rede de assistência psicossocial e que estão indo para instituições ligadas a igrejas”, concluiu.

O vereador Milton César Marcossem (PSD), da Câmara Municipal de Mendonça, no interior de São Paulo, viralizou ao escorregar na Língua Portuguesa ao tentar homenagear o deputado estadual Carlão Pignatari (PSDB). Ao tentar fazer um acróstico - que é quando a primeira letra de uma palavra forma outros nomes - Marcossem se embolou.

No discurso transmitido pela Câmara local, o vereador começou a listar as consoantes e vogais do nome do deputado estadual, dizendo que tinha "R" de patriota, "L" de palmeirense e "O" de honesto.

##RECOMENDA##

Enquanto tentava fazer a sua homenagem ao deputado, o vereador chega a perceber os erros e pede desculpas aos companheiros de plenário. Mas, ao insistir na continuação do discurso, comete novas gafes. O descuido do parlamentar aconteceu em uma sessão solene na última sexta-feira (18), mas repercutiu nas redes sociais apenas nesta quarta (23).

"Carlão tem seis letras. O que ele é? C, competente. R, caráter. Falei errado, desculpe. C, de competente. A, de tem um caráter. R, de patriota. L, de palmeirense. A letra A de amigo e letra O de honesto. Então só tenho a agradecer ao Carlão, por tudo que ele tem feito ao nosso município", disse Marcossem.

O deputado estadual fora homenageado em Mendonça com o título de cidadão honorário. Ele teria destinado recursos orçamentários para a região.

Para eliminar quaisquer dúvidas, de acordo com a ortografia oficial da Língua Portuguesa, as palavras palmeirense e patriota começam com a letra "P" enquanto que a inicial do termo honesto é "H".

Ao viralizar nas redes, o vídeo foi citado até por humoristas como Antonio Tabet, do Porta dos Fundos. "Parabéns, Carlão! Linda homenagem", brincou.

[@#video#@]

O vereador Ivan Moraes surpreendeu os colegas da Câmara Municipal do Recife ao anunciar que não vai se candidatar à reeleição em 2024. A notícia foi dada na manhã desta terça (1º), na 40ª reunião ordinária que marca a volta do recesso legislativo.

Primeiro vereador eleito e reeleito pelo PSOL na cidade, Ivan ocupa o mandato desde 2017 e se estabeleceu como uma das lideranças da esquerda no legislativo. "Vou dar esse passo para o lado, para que cada vez mais pessoas possam ocupar esse lugar", disse em seu discurso na tribuna.  

##RECOMENDA##

Jornalista e ativista dos direitos humanos, ele afirmou que vai cumprir o compromisso de não assumir dois mandatos consecutivos dos cargos que vier ocupar e resumiu sua atuação na Casa de José Mariano com uma passagem de "intransigência nos princípios e flexibilidade no diálogo". 

"Sigo na política e na luta. Sigo convidando todo mundo pra participar e vou apresentar para o Recife um Plano de FeliCidade", publicou em seu perfil nas redes sociais.

LeiaJá também:

---> Ivan Moraes sugere criação de Renda Mínima Permanente

---> Ivan denuncia irregularidades sobre restaurante popular

A Câmara Municipal do Recife publicou um memorando que cobra o envio das certidões de antecedentes criminais dos servidores comissionados dos gabinetes dos vereadores. A determinação foi oficializada na sexta (28), quatro dias após um dos assessores de Felipe Francismar (PSB) ser morto a tiros quando tentava roubar a arma de um vigilante. 

O documento adverte aos servidores que as remunerações poderão ser bloqueadas caso a lista de certidões não seja enviada até 10 de agosto. Os documentos solicitados aos comissionados são: 

##RECOMENDA##

- Certidão de antecedentes criminais do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco; 

- Certidão de antecedentes criminais da Polícia Federal; 

- Certidão de antecedentes criminais da Secretaria de Defesa Social; 

- Certidão negativa do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco; 

- Certidão negativa do Tribunal de Contas da União; 

- Certidão da Junta Comercial de Pernambuco; 

- Certidão da Receita Federal; 

- Certidão de quitação eleitoral; 

- Qualificação cadastral do eSocial. 

Assessor com mandado de prisão é assassinado

Na última segunda (25), André Alexandre Xavier dos Santos Júnior, de 25 anos, morreu baleado quando tentava roubar armas na sede do Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), no bairro da Tamarineira, na Zona Norte do Recife.  

Ele foi nomeado assessor do vereador Felipe Francismar (PSB) em fevereiro deste ano e recebia um salário líquido de R$ 9.980. André tinha um mandado de prisão em aberto por homicídio desde janeiro e acumulava passagens por assalto a banco e roubo de armas. 

Um segundo suspeito conseguiu fugir do local. O vigilante Valmir José da Silva trabalhava na empresa e foi morto na troca de tiro. 

A maioria da Câmara do Recife votou, nesta segunda-feira (26), em favor do requerimento enviado pelo vereador Fred Ferreira (PSC), que pede que a Casa de José Mariano repudie a Marcha da Maconha, evento realizado anualmente para debater os usos da maconha na sociedade, incluindo os usos recreativo, têxtil e farmacêutico. A mais recente edição da marcha aconteceu no último dia 20 de maio. 

O requerimento do parlamentar alega que o movimento “ignora os sérios problemas de saúde pública e sociais associados ao consumo dessa substância”. O documento não discute, vota, aprova ou reprova qualquer medida relacionada à proibição ou legalização da maconha; o pedido de Fred Ferreira cita unicamente o repúdio ao movimento social que ocupa as ruas do Recife anualmente. 

##RECOMENDA##

Foram 17 votos favoráveis ao requerimento de repúdio, contra seis votos contrários à medida. Confira, abaixo, a votação e a justificativa de alguns dos parlamentares. 

Aderaldo Pinto (PSB) - Votou SIM 

Alcides Cardoso (PSDB) - Votou SIM 

Alcides Teixeira Neto (PSB) - Não votou ou não estava presente 

Aline Mariano (PP) - Abstenção de voto 

Almir Fernando (PCdoB) - Votou SIM 

Ana Lúcia (Republicanos) - Não votou/Presidiu a votação 

Chico Kiko (PP) - Não votou ou não estava presente 

Cida Pedrosa (PCdoB) - Votou NÃO 

Davi Muniz (PSB) - Votou SIM 

Doduel Varela (PP) - Votou SIM 

Ebinho Florêncio (Podemos) - Não votou ou não estava presente 

Eduardo Marques (PSB) - Votou SIM 

Eriberto Rafael (PP) - Não votou ou não estava presente 

Felipe Alecrim (PSC) - Votou SIM 

Felipe Francismar (PSB) - Não votou ou não estava presente 

Fred Ferreira (PSC, autor) - Votou SIM 

Gilberto Alves (Republicanos) - Votou SIM 

Hélio Guabiraba (PSB) - Votou NÃO 

Ivan Moraes (Psol) - Votou NÃO 

Jairo Britto (PT) - Votou NÃO 

Joselito Ferreira (PSB) - Não votou ou não estava presente 

Júnior Bocão (Cidadania) - Não votou ou não estava presente 

Liana Cirne (PT) - Não votou ou não estava presente 

Luiz Eustáquio (PSB) - Votou SIM 

Marco Aurélio Filho (PRTB) - Votou NÃO 

Marcos di Bria Jr (PSB) - Votou SIM 

Michelle Collins (PP) - Não votou ou não estava presente 

Osmar Ricardo (PT) - Não votou ou não estava presente 

Paulo Muniz (Solidariedade) - Votou SIM 

Pretas Juntas (Psol) - Votou NÃO 

Professor Mirinho (Solidariedade) - Votou SIM 

Rinaldo Jr (PSB) - Votou NÃO 

Ronaldo Lopes (PSC) - Votou SIM 

Samuel Salazar (MDB) - Votou SIM 

Tadeu Calheiros (Podemos) - Votou SIM 

Victor André Gomes (União Brasil) - Votou SIM 

Wilton Brito (PSB) - Não votou ou não estava presente 

Zé Neto (Pros) - Não votou ou não estava presente 

Debate 

Requerimento, com a palavra de Fred Ferreira: “Como cristãos, acreditamos que a vida é um presente sagrado dado por Deus e temos a responsabilidade de cuidar do nosso corpo e da nossa mente, logo, devemos buscar uma vida de sobriedade, clareza mental e autocontrole. Dessa forma, a legalização da maconha contribui para a normalização do uso de drogas e para a propagação de comportamentos autodestrutivos na sociedade”. 

Aline Mariano, que se absteve de votar: “O que está acontecendo nesta Casa e é preciso ser dito para a cidade do Recife, é que o vereador [Fred Ferreira] está pobre de pautas. O vereador está discutindo o que não há motivo para discutir. Ele trouxe um projeto inócuo [que não causa dano] para esta Casa, coisa que só o Congresso Nacional tem a prerrogativa de votar, com o objetivo de confundir a população e para dizer a população que temos a prerrogativa de legislar sobre essa matéria e não temos. O que está sendo discutido não é ser contra ou a favor do uso de drogas, mas votar algo dessa natureza é confundir a população. O direito à liberdade de expressão todos têm. Se na Marcha, alguém está fazendo algo ilegal, que a polícia vá lá e impeça, mas a Casa está perdendo tempo enquanto temos tantos assuntos importantes para falar”. 

Ivan Moraes: “A Marcha da Maconha é uma atividade, um evento, organização, que há 16 anos no Recife reúne-se para debater a política de drogas. Em 16 anos já houve várias tentativas de proibi-la na Justiça e todas foram rechaçadas pela Justiça Brasileira, que diz que não há nade de ilegal na marcha. Já pensou se a gente começa a proibir manifestações de pessoas que são contra uma lei, seja lá qual for? Apesar de eu discordar da vereadora Aline sobre a legalização, eu concordo que nesta Casa a gente não pode mais viver de factoide”. 

Confira a votação na íntegra

[@#video#@]

O vereador Josinaldo Barbosa de Araújo (PTB), da cidade de Timbaúba, localizada na Mata Norte de Pernambuco, foi preso na última quarta-feira (14), após cumprimento do mandado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), em conjunto com o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e o Departamento de Repressão ao Crime Organizado da Polícia Civil de Pernambuco (Draco).

Josinaldo Barbosa de Araújo comandava uma organização criminosa que teria desviado R$ 2,9 milhões da câmara municipal da cidade. Ele foi detido durante uma audiência de instrução, que analisava seu envolvimento com o grupo. De acordo com as investigações, outros nomes integram a organização criminosa: o ex-vereador Felipe Gomes Ferreira Lima, o servidor Jessé de Andrade Queiroz, outros oito servidores da Câmara Municipal, além de um empresário.

##RECOMENDA##

O mandado de prisão foi decretado pelo promotor de justiça Eduardo Henrique Gil Messias de Melo, responsável pelo processo que tramitava na 2ª Vara da Comarca de Timbaúba. O promotor decidiu pela detenção do réu por descumprimento de medida cautelar, que impedia que ele tivesse contato com as testemunhas do processo.

“Tivemos conhecimento de que o réu teria se encontrado com uma testemunha dias antes dessa pessoa ser ouvida pela Polícia, o que evidencia que ele tinha a intenção de instruir a testemunha a mentir e, dessa forma, interferir na investigação policial e na instrução processual em curso”, relatou Eduardo Gil Messias.

Ainda em março deste ano, a Justiça já havia deferido o bloqueio e sequestro de bens dos demais réus do processo, somando o total de R$ 3.027.320,12 e a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, como proibição de manter contato com os demais denunciados, proibição de deixar a comarca, retenção de passaportes, comparecimento mensal ao juízo e proibição de assumirem qualquer função pública até o trânsito em julgado da ação penal.

Câmara dos Vereadores de Timbaúba. Foto: Reprodução/GoogleStreetView

Rachadinha de Timbaúba

De acordo com as investigações, foi levantado que a organização criminosa desviou cerca de R$ 2,9 milhões da da Câmara de Vereadores de Timbaúba, entre os anos de 2019 e 2022. Josenildo Araújo, enquanto vereador, nomeou servidores fantasmas para ocupar cargos comissionados, que recebiam o salário e repassavam integralmente.

O tesoureiro da Casa, Jessé de Andrade Queiroz, aprovava os pagamentos dos salários e horas-extras, recebendo uma parte do valor da folha de pagamento. Outro comparsa do grupo era o vereador Felipe Gomes, que cobrava os valores dos funcionários fantasmas. Ele ficava em posse dos cartões de débito de alguns dos servidores para que uma parte da verba fosse entregue a Josenildo em espécie.

No início da noite dessa terça-feira (13), o presidente da Câmara de Vereadores de Santa Cruz da Baixa Verde, no Sertão de Pernambuco, José Arnaldo do Nascimento Gaia, conhecido como Danda Gaia, foi morto a tiros no Centro de Serra Talhada. Ele estacionava o carro na frente de casa quando foi atingido.

Aos 60 anos, o vereador ainda estava dentro do carro, na Rua Jacinto Alves de Carvalho, quando um veículo parou ao lado e um dos ocupantes efetuou os disparos. A ação dos criminosos foi registrada por câmeras de vigilância.

##RECOMENDA##

Uma mulher que acompanhava Danda, aparentemente a esposa Ketinha Gaia, fugiu do veículo e se jogou no chão no momento dos tiros. Ela não chegou a ser atingida. Além da esposa, o vereador deixa três filhos.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e confirmou a morte ainda no local. O caso foi registrado como homicídio e será investigado pela Delegacia de Serra Talhada.

A Prefeitura de Santa Cruz da Baixa Verde decretou luto oficial de sete dias e prestou condolências aos familiares e amigos. 

O vereador gaúcho Francisco Romeu da Silva Vilela (PP), conhecido como Xico Vilela, protagonizou um episódio de racismo e misoginia durante uma sessão plenária na segunda-feira (5), na Câmara de Canguçu, interior do Rio Grande do Sul. As declarações violentas foram feitas contra uma servidora da Casa, que é uma mulher negra. O parlamentar estava com o microfone aberto e foi ouvido chamando a vítima de “neguinha” e “p*ta”. 

À ocasião, os vereadores discutiam a quarta pauta do dia, que prevê a extinção do cargo de auxiliar de enfermagem e um novo enquadramento dos atuais ocupantes da função na cidade. Não é possível entender o motivo pelo qual Xico Vilela se direciona especificamente à servidora, mas, no momento em que a sessão estava suspensa, ele fez referência à auxiliar, enquanto conversava com o correligionário Ubiratan Rodrigues. “A neguinha é p*ta”, diz ele, no comentário vazado. 

##RECOMENDA##

Nas redes sociais, o Progressistas, partido do vereador, emitiu uma nota em que afirma que se trata de um “ato isolado que em nada reflete a ideia e a conduta da Executiva” da sigla. Já o presidente da Câmara, vereador Luciano Bertinetti (MDB), afirmou que a Casa “vai dar os trâmites regimentais ao caso” e que “o ato racista e o preconceito não cabem nos dias de hoje”. O vereador Xico Vilela não se pronunciou publicamente sobre o caso, até o momento. 

Veja a íntegra da nota divulgada pelo Progressistas: 

“Diante dos fatos ocorridos recentemente, em sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Canguçu (no momento em que a sessão estava suspensa), fatos estes que atentam contra a dignidade da pessoa humana, o Progressistas esclarece que esta atitude foi um ato isolado, que em nada reflete a ideia e a conduta da Executiva, seus filiados, Vereadores e Suplentes. O Partido Progressista sempre se pautou pela pluralidade, diversidade e igualdade em todos os setores. 

Assim, o Progressistas, através de sua executiva, com este ato, se solidariza com todos que têm sofrido algum tipo de constrangimento e discriminação e reafirma o compromisso com a promoção da igualdade étnico-racial, de gênero, sexual, religiosa, repudiando toda e qualquer manifestação preconceituosa, misógina e discriminatória, principalmente no que se refere a grupos sociais que historicamente lutam por equidade nesse país. 

Por fim, o Progressistas, através de sua executiva permanecerá atento e firme com posicionamentos que visem preservar o Estado Democrático de Direito, sobretudo direitos adquiridos ao longo de muitas lutas sociais”. 

 

Com atuação voltada ao combate à intolerância de gênero e racial, o ex-deputado David Miranda usou os mandatos no legislativo como ferramenta para a conquista de direitos civis. Ele teve a morte confirmada nessa terça-feira (9), após nove meses hospitalizado pelo agravamento de uma infecção intestinal. Hoje seria seu aniversário de 38 anos. 

Nascido em uma realidade dura, na favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, David Miranda enxergou a política como um meio de justiça às violências sofridas contra gays e negros. Em 2014, se filiou ao PSOL e, em 2016, se tornou o primeiro homem assumidamente gay eleito na Câmara de Vereadores do Rio. 

##RECOMENDA##

Seu mandato foi responsável pelo projeto de lei municipal que assegurou o uso do nome social para pessoas trans em instituições públicas da cidade. David também foi o autor do projeto que priorizava o pagamento dos servidores pela prefeitura. A medida evitava que outra despesa fosse paga antes dos funcionários, assim como, o congelamento ou parcelamento dos salários. 

LeiaJá também: Políticos lamentam morte de David Miranda

Em 2019, o então vereador deixou a suplência e assumiu a cadeira do deputado Jean Wyllys na Câmara dos Deputados. O titular deixou o Brasil após as ameaças de morte ganharem força contra ele em meio ao governo Bolsonaro. 

Miranda levou suas pautas ao Congresso Nacional. Marcelo Camargo/Agência Brasil

David levou o projeto de priorização dos servidores para Brasília e também propôs uma lei com medidas protetivas à comunidade LGBTQIA+. Além de apresentar mecanismos de proteção para pessoas em situação de violência, como na Lei Maria da Penha, ela indicava os órgãos que deveriam expor placas do Disque 100 para denúncias sobre raça e etnia. 

O ex-parlamentar também sugeriu criar uma educação voltada à realidade da população LGBTQIA+ para professores e políticos. Ainda em sua atuação, tentou implementar ações de combate ao suicídio e ao sofrimento psíquico de policiais e agentes de segurança. 

No ano passado, David filiou-se para o PDT para disputar a reeleição. Em agosto, dois meses antes do pleito, ele foi socorrido e internado no hospital. O corpo será velado nesta quarta (10), na Câmara Municipal do Rio.

Casado com o jornalista Glenn Greenwald, ex-editor do The Intercept, ganhou reconhecimento no Brasil com a série de publicações da Vaza Jato, David Miranda deixa o marido e três filhos. 

Um levantamento do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) identificou a prática de rachadinha no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), na Câmara Municipal do Rio. Ao menos seis pessoas nomeadas para sua equipe teriam transferido mais de R$ 2 milhões para o chefe de gabinete do filho do ex-presidente. 

O laudo obtido pelo O Globo constatou que, entre 2009 e 2018, os servidores fizeram 688 transferências para a conta de Jorge Luiz Fernandes. Conhecido como Jorge Sapão, homem de confiança de Carlos, assim como Fabrício Queiroz era para o senador Flávio Bolsonaro. 

##RECOMENDA##

Flávio e Carlos Bolsonaro. Os irmãos são investigados pela prática de rachadinha. Reprodução/Redes Sociais

A movimentação financeira levantada pelo Laboratório de Tecnologia de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro do MPRJ também identificou que Sapão pagou despesas de Carlos através de contas pessoais. 

LeiaJá também: Rachadinha envolvendo bolsistas da Uerj é investigada

Mesmo considerado um bojo de provas robusto, a 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada ainda quer verificar se os desvios eram regulares para comprovar se Carlos Bolsonaro foi beneficiado pelas transferências de parte dos salários do seu gabinete. 

Família da ex-madrasta

A investigação sobre a prática de rachadinha em seu gabinete foi motivada por uma reportagem da Época, em junho de 2019, que revelava que sete parentes da ex-esposa de Jair Bolsonaro, Ana Cristina Valle, foram empregados, mas não iam à Câmara. 

Em um desdobramento da reportagem, quatro servidores admitiram que não trabalhavam no gabinete de Carlos Bolsonaro. O sistema confirmou as respectivas nomeações e os salários em dia. Um dos casos é o de Marta Valle, cunhada da sua ex-madrasta. Apesar do salário de R$ 17 mil do gabinete, ela mora em Juiz de Fora, em Minas Gerais. 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando