Tópicos | Ivan Moraes

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) recebeu, nesta segunda-feira (6), a primeira audiência pública presencial para discutir sobre a instalação da Escola de Sargentos no estado. No encontro, a Frente Parlamentar que trata da temática na Casa escutou a apresentação do projeto que, ultimamente, vem sofrendo duras críticas de setores da sociedade civil.

A sessão foi aberta pelo presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto (PSDB-PE) e coordenada pelo deputado estadual Renato Antunes (PL-PE), que propôs a audiência. Na ocasião foram ouvidos representantes do Exército Brasileiro, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, movimentos sociais e a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH).

##RECOMENDA##

Durante o encontro, Renato Antunes afirmou que a audiência "traz a população para participar de um debate tão sério” sobre a construção de uma escola "que promete ser uma referência não apenas em Pernambuco, mas em todo o Brasil". "O sentimento é que Pernambuco está caminhando para que este projeto vire realidade e traga melhorias para uma das áreas com o menor IDH no nosso Estado".

O deputado ainda revelou que uma nova audiência será realizada no dia 27 deste mês. Desta vez, trazendo sugestões de movimentos e representantes da sociedade civil. "O nosso compromisso é trabalhar para que Pernambuco receba essa escola que será referência em todo país. Não nos cansaremos de trabalhar para que o que hoje está no papel se torne realidade e traga avanços para toda uma região. Mas entendemos que é fundamental mais tempo e ouvirmos quem hoje representa a sociedade civil e tem ideias que podem fortalecer ainda mais este grande projeto".

Outro parlamentar a apoiar a construção é o deputado federal Coronel Meira (PL-PE), que disse que tem conversado com o Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, com a Governadora Raquel Lyra (PSDB-PE) e com os líderes da bancada pernambucana na Câmara Federal, para assim, viabilizar o empreendimento.

Representando o Governo de Pernambuco, a secretária estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Ana Luíza Ferreira, disse que o Estado tem consciência que o projeto é de grande impacto e tem potencial estruturador.



“Esse projeto tem um potencial extremamente transformador para o cenário econômico, mas também para o cenário social de uma região de Pernambuco que precisa muito de desenvolvimento. A gente vê que é um projeto no qual o potencial vai além do econômico”, defendeu Ana Luíza, que ratificou as contrapartidas do Governo do Estado ao projeto

O projeto

Com um investimento total de R$ 1,8 bilhão, a instalação da nova escola de sargentos engloba a construção de uma vila olímpica, vila militar e estande de tiro em uma área de 75 km², abrangendo os municípios de Abreu e Lima, Araçoiaba, Camaragibe, São Lourenço da Mata, Igarassu e Paudalho.

 Apenas na construção do campus escolar, está prevista a geração de 11 mil empregos diretos e 17 mil empregos indiretos. Após a implantação, estima-se um aumento populacional flutuante de 6 mil pessoas na região, bem como um incremento de pelo menos 200 milhões de reais por ano na economia local.

Para que o megaempreendimento das Forças Armadas seja finalizado é previsto que sejam desmatadas centenas de hectares de mata atlântica regenerada. Com um investimento de quase R$ 1,8 bilhão, esse é o maior projeto do Exército nas últimas décadas, com previsão de entrega para 2034.

Impactos ambientais

O projeto, que tanto é defendido pelo deputado, sofre duras críticas de diversos parlamentares e movimentos sociais. Ambientalistas afirmam que o projeto irá desmatar uma área de mais de 150 hectares de mata atlântica, o que corresponde a 200 campos de futebol. Além disso, temem que o projeto aumente o risco de atropelamento de várias espécies de animais.

No dia 16 de outubro, o vereador Ivan Moraes (PSOL-PE) e a ex-deputada estadual Carol Vergolino (PSOL-PE) visitaram as áreas que receberão a unidade do Exército. Os psolistas afirmam que "não são contra a Escola de Sargentos”, porém destacam que as obras irão trazer inúmeros impactos negativos para a população pernambucana, em especial, a da Região Metropolitana do Recife.

"O tamanho do desmatamento equivale a 200 campos de futebol e, com isso, a gente pode perder até 40 mil toneladas de estoque de carbono. Isso influencia diretamente nos eventos climáticos extremos, ou seja, quando chover, vai chover mais", pontuou Ivan.

"Essa também já é uma área de preservação ambiental, a APA Aldeia-Beberibe. E ela tem várias nascentes de água que formam a estação barragem de Botafogo. Responsável por abastecer grande parte da Região Metropolitana do Recife. Se ela for derrubada, de onde virá a água que chega na tua casa?", questionaram os políticos.

Veja o vídeo:

[@#video#@]

Em ato no Centro do Recife, no final da tarde desta quinta-feira (19), manifestantes pró-Palestina pediram o fim do conflito no Oriente Médio, que está no seu 13º dia consecutivo. Entre as pessoas que marcaram presença na manifestação estavam integrantes da comunidade em Pernambuco, representantes de entidades de defesa dos Direitos Humanos, parlamentares e militantes de partidos da esquerda brasileira.

Os recentes acontecimentos na Faixa de Gaza e Israel já motivaram as mortes de mais de 5.200 pessoas, entre elas crianças, mulheres e idosos. Sendo assim, desde o último dia 7 deste mês, protestos, como o que se viu hoje no Recife, foram realizados em várias cidades espalhadas pelo mundo.

##RECOMENDA##

Para a cofundadora da Aliança Palestina Recife, Angélica Reis, manifestações como essas deverão continuar até que o cessar fogo aconteça. Defendendo os civis que residem na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, ela fez questão de pontuar que o conflito não pode ser chamado de guerra pois “o confronto não é entre militares”.

“O que acontece na Palestina é um genocídio. A gente não pode nunca classificar isso como uma guerra, pois não é um conflito de país contra país ou de militar contra militar. Israel está definindo o que entra e o que não entra na Faixa de Gaza. Cortaram a comida, eletricidade, combustível, e desde 2014 os palestinos só têm quatro horas de energia por dia. Mesmo com todos esses problemas, o mundo não faz nada. Não olham para as dores dessa população”, pontuou Angélica, bastante emocionada.

Em entrevista, Angélica ainda revelou que tem amigos na Faixa de Gaza, e desde que a região foi atacada por Israel, ela não consegue conversar com nenhum deles. “Desde o início desse caos, eu não consigo conversar com ninguém. Não sei se estão vivos”.

Ela ainda questionou: “Israel está se defendo de que? São eles que ocupam o território da Palestina há 75 anos. Eles roubam o território, matam palestinos, prendem moradores, destroem casas”.

Foto: Guilherme Gusmão/LeiaJá

O militante Pedro Galvão, que também participa da Aliança Palestina Recife, afirmou que o ato tem como objetivo informar as pessoas sobre os acontecimentos no Oriente Médio e os seus desdobramentos, “pois, além do que o mundo já sabe do confronto, existem civis que residem no território da Cisjordânia que também estão sendo atingidos por essas violências”.

“A Aliança convocou esse ato aqui no Recife, se juntando a outros coletivos, movimentos sociais, partidos e instituições que estão preocupadas com essa situação. A gente tem que lembrar que o conflito está acontecendo na faixa de Gaza, mas os palestinos que habitam a Cisjordânia também estão sendo mortos, perseguidos, presos e torturados. Então, nosso principal apelo é do cessar fogo e, de mais uma vez, se sentar para negociar uma solução para esse conflito”, revelou.

Outro manifestante que conversou com o LeiaJá foi Fabiano Falcão, que afirmou que Israel não está apenas enfrentando o grupo Hamas, mas também pessoas inocentes que lutam para sobreviverem diante os bombardeios.

“Eu estou aqui na manifestação porque eu acredito que o que está acontecendo com a Palestina não é uma guerra, porque uma guerra é quando existe paridade, quando as duas partes têm forças parecidas ou iguais. Então isso não é uma guerra, é um massacre, é um genocídio, são todas as palavras que embarcam nessa junção de sentimento”, pontuou.

O vereador do Recife, Ivan Moraes (PSOL) vai presidir na próxima terça-feira (12) uma audiência pública, que pretende discutir os precatórios do Fundef no Recife. O evento será no plenarinho da Câmara Municipal do Recife, a partir das 14h.

O Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério) foi um fundo destinado à educação básica, criado em 1996, que visava garantir recursos para a manutenção e o desenvolvimento do ensino fundamental, bem como a valorização dos profissionais da educação.

##RECOMENDA##

“A Prefeitura do Recife ajuizou, em 20 de julho deste ano, uma ação de execução em Brasília para receber o dinheiro devido. A estimativa inicial da Prefeitura é receber R$ 377 milhões de reais. Mas, de acordo com o Sindicato, essa dívida passa dos R$ 850 milhões de reais. Desta verba, 60% devem ir para os(as) professores(as) da rede municipal. Supomos que a Prefeitura ganhe a ação como está sendo tocada hoje, pode ser que cada professor e cada professora, que estava na rede naquele tempo, receba de R$ 30 mil a R$ 40 mil reais de uma vez só. E pelas contas do Sindicato com advogados especialistas, chegam a dizer que cada educador e educadora podem receber mais de R$ 300 mil reais. Então isso, para a gente, é urgente”.

O parlamentar ressaltou que era preciso que a gestão municipal revisse os cálculos e que os sindicatos  entrem na discussão para colaborar na revisão das quantias a serem depositadas.

“É preciso que a Prefeitura compreenda que tem cometido um erro na cobrança desse recurso, tanto do Fundef quanto do Fundeb. E o Sindicato já está contratando advogados especialistas e querem ajudar a Prefeitura, entrar na ação e participar do processo para que os cálculos sejam revistos e para que a Prefeitura possa ter sucesso. Parte desse recurso é para a política de Educação da Prefeitura. Então, gostaria de convidar cada vereador e cada vereadora para estarem presentes no dia 12, às 14h, no plenarinho”.  

*Da Câmara Municipal do Recife 

O vereador Ivan Moraes surpreendeu os colegas da Câmara Municipal do Recife ao anunciar que não vai se candidatar à reeleição em 2024. A notícia foi dada na manhã desta terça (1º), na 40ª reunião ordinária que marca a volta do recesso legislativo.

Primeiro vereador eleito e reeleito pelo PSOL na cidade, Ivan ocupa o mandato desde 2017 e se estabeleceu como uma das lideranças da esquerda no legislativo. "Vou dar esse passo para o lado, para que cada vez mais pessoas possam ocupar esse lugar", disse em seu discurso na tribuna.  

##RECOMENDA##

Jornalista e ativista dos direitos humanos, ele afirmou que vai cumprir o compromisso de não assumir dois mandatos consecutivos dos cargos que vier ocupar e resumiu sua atuação na Casa de José Mariano com uma passagem de "intransigência nos princípios e flexibilidade no diálogo". 

"Sigo na política e na luta. Sigo convidando todo mundo pra participar e vou apresentar para o Recife um Plano de FeliCidade", publicou em seu perfil nas redes sociais.

LeiaJá também:

---> Ivan Moraes sugere criação de Renda Mínima Permanente

---> Ivan denuncia irregularidades sobre restaurante popular

Nesta quinta-feira (1º), que inicia o último mês antes das eleições, será realizado um leilão em prol da candidatura a deputado estadual Ivan Moraes (PSOL). O chamado Leilão 50.100 será realizado no Restaurante Vapor Cozinha Afetiva, no bairro de Santo Amaro, no Recife, e transmitido simultaneamente no canal do político no Youtube. A ação beneficente conta com quase 30 artistas e o dinheiro será revertido para os fundos da campanha.O leilão conta com obras em diversos suportes e formatos como fotografia,  pintura e gravura e demarca um gesto de apoio da classe artística à candidatura de Ivan. “Doar uma obra é uma forma de demonstrarmos nosso suporte a uma candidatura que a gente acredita. A trajetória de Ivan tem atestado o compromisso dele com a cultura e um diálogo aberto com nós artistas”, afirma Fefa Lins, pintor recifense, que doou obra para leilão em apoio a Ivan Moraes pela segunda vez. Além dele, artistas como Roberto Ploeg, Cristina Machado, Alcione Ferreira, Bruno Vilela e Caetano Costa fazem parte do elenco.“Fazer uma campanha com pouco dinheiro – comparado aos partidos maiores –é um desafio enorme. Mas com o apoio e solidariedade de tanta gente,  confirmamos que nosso projeto político é coletivo. Organizar um leilão é ao mesmo tempo ganhar apoio para financiar a campanha e endossar nosso compromisso e diálogo com a arte e a cultura”, afirma Ivan, que, desde sua primeira candidatura, em 2016, adota o formato como forma de captação de recurso. 

Ivan Moraes atualmente é vereador do Recife em seu segundo mandato pelo PSOL e tenta pela primeira vez uma vaga na Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco.  No carro chefe de sua plataforma de propostas, além da fiscalização do pagamento de artistas, da desburocratização dos editais e de um maior orçamento para a cultura, está o Programa Estadual da Maconha Medicinal e a Renda Básica Universal.

##RECOMENDA##

*Da assessoria de imprensa

Em época de campanhas eleitorais, o candidato a deputado estadual Ivan Moraes (PSOL) fará primeiro “virote” com 24 horas ininterruptas na manhã deste sábado (20) até domingo (21). Dessa forma, o evento começará às 7h do sábado na feira de orgânicos em Casa Forte, no Recife, e segue até um café da manhã com equipe e apoiadores/as no Mercado da Madalena na manhã do dia seguinte.

A programação extensa inclui atos de rua, participação em cinedebate, inauguração do Casa Marielle e panfletagem em festas da Região Metropolitana do Recife.

##RECOMENDA##

“O 'virote' já virou marca de nossas campanhas. A gente entende que o papo sobre política tem que acontecer onde o povo está, a qualquer hora. Então já vamos começar com o pé esquerdo na rua, passando em vários lugares já na largada”, afirmou Ivan.

De acordo com a programação, logo após a feira de Casa Forte o candidato segue para para o restaurante Oro, no Mercado da Encruzilhada, onde será lançada a Cerveja Bora Queridagem. Pela tarde, o candidato participa da final do duelo de MCs, que acontece em Santo Amaro, e segue para Paratibe, em Paulista, para Cinedebate sobre a série “O Corpo da Cidade”.

Por fim, finalizará sua agenda comparecendo em diversas festas, começando pela “Saudade do meu Ex”, no Casbah, em Olinda, e passando pelo festival da Renda Básica, no Recife, em seguida no show de Racionais MCs e Ponto de Equilíbrio no Classic Hall. De madrugada, a campanha continua em clubes do Recife como o Biruta, na ‘Tarantina” e na Casa Bacurau, um dos afters mais conhecidos da cidade.

O vereador Ivan Moraes (PSOL) se mostrou surpreso com o veto do prefeito João Campos (PSB) ao projeto de lei 20/2020, que institui a obrigatoriedade da liberação da catraca dos transportes públicos do Recife para as crianças de até seis anos de idade incompletos, publicado no Diário Oficial do Recife desta quinta-feira (12). 

Ao LeiaJá, o parlamentar revelou que não contava com a atitude. "Visto que o projeto tem parecer de constitucionalidade da nossa Comissão. Nós compreendemos que a Câmara já legislou algumas vezes sobre transporte coletivo municipal, então não seria uma primeira vez. Curioso é que dentro da justificativa no documento, eles alegaram que a falta de cobrador dificulta a fiscalização por parte do motorista, o que é curioso, porque o partido do prefeito fez corpo mole na hora de vetar a dupla função que, inclusive, era uma iniciativa nossa". 

##RECOMENDA##

"É muito inesperado", repetiu. "Isso não traz ônus ao Poder Público, só traria dignidade às crianças de até 6 anos. Agora a gente tem que fortalecer o nosso argumento, dialogar com o Ministério Público, conselhos tutelares para, independente dessa lei existir ou não, a gente tentar atuar no sentido de acabar com essa forma, que é uma violência contra as crianças de até 6 anos. A gratuidade já existe, ela precisa ser regulamentada. Se não for por um passe livre, pela possibilidade de o motorista liberar a catraca, que seja por um cartão especial, um VEM colorido, VEM infantil, como havia em 2009", explicou Ivan. 

Foi publicado nesta quinta-feira (12), no Diário Oficial do Recife, o veto do prefeito João Campos (PSB), ao Projeto de Lei 20/2020, que institui a obrigatoriedade da liberação da catraca dos transportes públicos do Recife para as crianças de até seis anos de idade incompletos. 

O PL, de autoria do vereador Ivan Moraes Filho (PSOL), definia que a criança beneficiada não seria, em hipótese alguma, "constrangida a passar por debaixo ou por cima da catraca ou roleta". Vale lembrar que esses menores de seis anos já têm a gratuidade estabelecida por lei desde 2014. 

##RECOMENDA##

Entre as justificativas para o veto, João Campos afirma que "existe a dificuldade em fiscalizar o exercício do direito dessas crianças com a liberação das catracas ou roletas e a possibilidade de desequilíbrio econômico-financeiro da operação de transporte com a evasão de receita".

A Diretora Presidente da Autarquia de Trânsito e Transporte do Recife (CTTU), Taciana Ferreira, foi chamada para se manifestar no Diário Oficial do Município. 

"A liberação de catracas para as crianças de até seis anos incompletos para a utilização de STPP/RMR somente com o controle visual realizado pelos operadores do sistema, motoristas/cobradores, poderá gerar uma evasão de receita prejudicial a sustentabilidade do sistema com implicações negativas na tarifa necessária atualmente praticada, uma vez que, sem o controle efetivo, poderá passar pela catraca usuários sem o devido benefício, reduzindo a receita auferida para suportar os custos operacionais do sistema", disse.

Ela complementa que, atualmente, os ônibus do Grande Recife não contam com cobradores. "A gratuidade  devida  ainda  implicará  em  mais uma responsabilidade para motoristas que atuam nas linhas sem cobradores", ressaltou.

O vereador Ivan Moraes, idealizador do PL, se pronunciou por meio de suas redes sociais. "Imagino que nosso prefeito nunca precisou se arrastar por baixo de uma catraca, como a maioria de nós. Só isso explica a falta de empatia em se vetar uma proposição dessas", pontuou.

[@#video#@]

Em resposta à indicação de voto de repúdio recebido na Câmara do Recife nesta segunda-feira (25), pelo vereador Fred Ferreira (PSC), o vereador Ivan Moraes (PSOL) ressaltou defender a legalização da maconha. O pedido de Fred, rejeitado na Casa de José Mariano, foi por conta do outdoor instalado na capital em que Ivan defende a legalização da maconha para fins medicinais. 

“Este é um parlamentar que defende a legalização de uma planta para que milhares de pessoas tenham remédio, trabalho e renda. Para que as pessoas deixem de ir presas. Sou eu que defendo a maconha, sou eu que defendo as famílias que precisam de remédio, sou eu que defendo as famílias que estão com filhos e filhas ameaçados e muitos deles encarceirados”, salientou. 

##RECOMENDA##

Ivan afirmou que “entre cuidar, matar ou prender, eu vou sempre preferir defender que nós cuidemos das pessoas”. Ele também ressaltou: “Não vou dar cartaz a detratores, mas sempre que esse assunto vier à pauta, eu terei todo o prazer de debater. Todas as vezes que eu tiver oportunidade, seja nesse microfone ou nas ruas do Recife, eu vou dizer: legaliza! Trabalho, renda e remédio para todo mundo que precisa”, avisou. 

[@#video#@]

 

A Câmara Municipal do Recife analisa, nesta segunda-feira (25), um requerimento do vereador Fred Ferreira (PSC) solicitando um voto de repúdio ao também parlamentar Ivan Moares (PSOL). O pedido foi motivado pelo outdoor instalado na capital pernambucana onde Ivan defende a legalização da maconha para fins medicinais.

Na avaliação de Fred, a ação de Ivan foi uma "incitação à legalização da maconha por meio de outdoors espalhados na cidade". 

##RECOMENDA##

Para justificar o pedido, o vereador evangélico disse que "o consumo da maconha causa dependência e efeitos colaterais como perda de memória, esquizofrenia, infarto e, em caso de gravidez, problemas no desenvolvimento do bebê. Apesar das qualidades medicinais, o uso recreativo da maconha não é curativo ou isento de riscos, como a publicidade associada à campanha de legalização procura convencer a população e, em particular, os jovens".

Fred Ferreira não foi o único a reagir mal ao outdoor protagonizado por Ivan, o vereador Pastor Júnior Tércio (PP) afirmou, na última semana, que ingressaria com uma representação no Ministério Público de Pernambuco (MPPE) contra o vereador do PSOL por ter feito "apologia à maconha".

Reação

Ivan Moraes falou no Twitter sobre o pedido de voto de repúdio vindo de Fred Ferreira e chamou o parlamentar de "fundamentalista" e ironizou o fato do vereador ter demorado para tomar uma atitude diante das defesas apresentadas pelo outdoor, uma vez que a propaganda está exposta desde 19 de abril.

"Na ordem do dia de hoje na @CamaraRecife tem a votação de um voto de repúdio a... mim. Mais um vereador fundamentalista que chegou atrasado na discussão querendo tirar casquinha da minha luta pela legalização de uma planta pra faturar em cima do seu eleitorado. Simbora feito pão", escreveu o psolista.

[@#video#@]

A bancada do PSOL na Câmara do Recife solicitou à Mesa Diretora da Casa o cancelamento da licitação de número 091/2021, estimada em R$ 279.447,75 e que diz respeito à contratação de uma empresa que confeccione “kits personalizados” com itens luxuosos de papelaria e uso pessoal dos parlamentares. A informação foi divulgada pelo vereador psolista Ivan Moraes, da oposição, e apoiada pela também parlamentar Dani Portela, companheira da legenda. Até o início da manhã desta quinta-feira (2), estes foram os únicos vereadores que se manifestaram publicamente sobre o tema, que tem repercutido negativamente entre o eleitorado.  

“Eu e a vereadora Dani Portela, que fazemos a bancada do PSOL, não concordamos com esta compra e já solicitamos à mesa diretora, responsável por esta decisão, que a licitação seja cancelada”, escreveu Moraes. 

##RECOMENDA##

A licitação aceita propostas de fornecedores até 9 de dezembro. Ao todo, serão adquiridas 1500 unidades de produtos de luxo, incluindo 100 unidades da caneta modelo Crown Polaris, “com tampa, corpo e clipe em metal, acabamento polido na cor preta e com detalhes em prata, carga substituível, escrita média e carga tipo Parker, com personalização a laser e sistema de abertura em torção”. O item é encontrado por R$ 184 no site da fabricante e entre R$ 140 e R$ 150 em outros sites. 

Também estão listadas 100 mochilas executivas confeccionadas em "couro legítimo" na cor preta, que precisam ter “alças de ombro acolchoadas com regulagem” e “metais com acabamento em níquel”. Assim como as mochilas, as 100 unidades de blocos de anotações devem ser confeccionadas em couro legítimo.  

O edital justifica que a “contratação se faz necessária no sentido de permitir que os parlamentares e demais gestores da Câmara Municipal do Recife, possam manter organizados o seu ambiente de trabalho, bem como permitir que transportem seus documentos e dados eletrônicos com melhor apresentação e cuidado”. 

A aprovação do documento passou pela Mesa Diretora, liderada por Romerinho Jatobá (PSB), e composta por outros sete parlamentares: Hélio Guabiraba (PSB), Ana Lúcia (Republicanos), Fred Ferreira (Podemos), Eriberto Rafael (PP), Natália de Menudo (PSB), Zé Neto (Pros); e também pelos suplentes Almir Fernando (PCdoB) e Fabiano Ferraz (Avante). 

Os custos da licitação podem diminuir com a disputa de empresas interessadas. Em 2021, o orçamento da Câmara para manter os 39 vereadores foi de R$ 160 milhões. 

[@#video#@]

O psolista Ivan Moraes Filho, vereador da ala de oposição na Câmara do Recife, compartilhou em suas redes sociais parte do que foi abordado sobre o Carnaval de 2022, na Casa Legislativa, em reunião desta terça-feira (23). Com uma fala que media interesses de favoráveis e opostos à comemoração, o parlamentar lembrou o histórico da saúde dos pernambucanos no pós-carnaval e que a pandemia não é o único desafio enfrentado ao organizar a festividade: “mesmo sem pandemia, o Carnaval é sanitariamente desafiador”. 

“Todo ano, o pós-folia é marcado por viroses, doenças respiratórias e outras mazelas. Em 2022 a responsabilidade do poder público é maior. Mas os governos não podem ignorar a realidade nem alimentar o racismo estrutural”, escreveu Moraes. 

##RECOMENDA##

Em seus questionamentos, disse que é tão equivocado dizer que “vai ter carnaval de todo jeito” quanto que “não pode ter de jeito nenhum”, e ressaltou que os protocolos atuais já permitem uma realidade similar à do Carnaval, só que em menor escala. É o que acontece com casas de show, restaurantes e mesmo estádios de futebol no Estado. 

“Em 2022, as tarefas do governo precisarão ser revistas. Com os índices de infecção e vacinação, dá pra realizar os eventos tradicionais? Muito provavelmente não. É temerário acharmos 'aceitável' que quase todos os dias ainda morra gente de uma doença que tem vacina. Com as regras sanitárias de hoje, bares, restaurantes, igrejas, praias, tudo está aberto. Pode show pra 5 mil pessoas, futebol com metade da lotação. Num canto desses, se tocar frevo não é 'Carnaval'? Pode juntar 2 mil pessoas num lugar fechado, mas não pode 200 em lugar aberto?", prosseguiu o vereador. 

[@#video#@] 

[@#podcast#@] 

Entenda o protocolo atual 

De acordo com o Plano de Convivência com o Coronavírus no Estado, em agosto todas as atividades sociais e econômicas foram autorizadas a funcionar até a meia-noite em Pernambuco. Além disso, os estabelecimentos já podem ser ocupados com até 70% da capacidade total. Nesta regra, são contemplados igrejas, salões de beleza e espaços de formaturas e outros eventos.  

Outra mudança é a redução para um metro da distância necessária em locais como escolas, igrejas, escritórios, academias de ginástica, salões de beleza e demais locais. O uso da máscara segue sendo obrigatório. É permitida a apresentação musical com até cinco integrantes, com quaisquer instrumentos musicais, incluindo o cantor ou DJ, mas sem dança e sem a permanência das pessoas em pé. Além disso, mesas com até dez pessoas. 

Em outubro, o governo de Pernambuco anunciou a ampliação de público nos estádios de futebol para até 15% da capacidade do local. Também aumentou para até 2h o horário de funcionamento de eventos culturais, sociais e corporativos, bares e restaurantes, clubes sociais, cinemas, teatros, circos, colações de grau, aulas da saudade e cultos ecumênicos. Dos estádios, os que mais comportam pessoas, apesar da capacidade reduzida, são Arruda (9 mil torcedores, capacidade total de 60 mil) e Ilha do Retiro (5,2 mil torcedores, capacidade total de 35 mil), ambos no Recife.

O PSOL Pernambuco anunciou quem são os pré-candidatos ao Governo do Estado e a pré-candidata para o Senado Federal em 2022. Os nomes foram apresentados à executiva estadual na noite dessa quarta-feira (27).  Estão como pré-candidatos ao comando do Executivo pernambucano, o vereador do Recife, Ivan Moraes; o ex-deputado federal Paulo Rubem Santiago e João Arnaldo, candidato a vice-prefeito do Recife em 2020. Já para o Senado Federal, Eugênia Lima, foi a única pré-candidata à vaga. Eugênia também concorreu ao Senado em 2018.

“De forma democrática abrimos espaço para que os quadros que hoje compõem o PSOL no estado se colocassem para a disputa. Hoje, os camaradas Paulo Rubem Santiago, Ivan Moraes, João Arnaldo e Eugênia Lima se colocam à  disposição  do partido e acolhemos as postulações. Agora, o PSOL Estadual irá iniciar um amplo processo de debate interno para definir as representações na chapa majoritária de 2022”, declarou o presidente do partido, Tiago Paraíba.

##RECOMENDA##

“Reiteramos o nosso total e irrestrito apoio aos nomes que se colocaram à disposição do partido para enfrentar a campanha acirrada que vem pela frente. O PSOL, juntamente com as outras forças progressistas do estado, tem a tarefa de construir uma alternativa de esquerda para Pernambuco e ser a ponta de lança no combate ao bolsonarismo”, emendou.

O vereador e líder do governo na Câmara Municipal do Recife, Samuel Salazar (MDB), classificou como “equivocada” a Nota Técnica (N°10) elaborada pelo mandato do também vereador, Ivan Moraes (PSOL), sobre aspectos relacionados à desigualdade na cobertura vacinal do Recife.

Em nota, Salazar afirmou que “o estudo trata-se, na verdade, de um desserviço à sociedade e, sobretudo, ao esforço municipal em avançar o mais rápido possível no processo de imunização, buscando vacinar o maior número de pessoas na cidade frente ao avanço de novas variantes do coronavírus, em especial a Delta”. Ele disse ainda que o documento apresenta “resultados precipitados” e induz “parte da opinião pública ao erro de interpretação de dados sobre a vacinação no Recife”.

##RECOMENDA##

O líder do governo criticou a metodologia empregada na construção da nota técnica publicada pelo mandato de Moraes, e apontou supostos erros no cálculo da letalidade da Covid-19 por bairro, ponto de destaque no levantamento.

“De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) é possível calcular a taxa de letalidade de duas formas diferentes – e que não estão contidas no documento. Uma é utilizando o número de óbitos em relação ao número de casos confirmados da doença e, segundo o Boletim Epidemiológico usado na NT, o índice seria de 3,47%, extremamente menor do que o publicado. O outro modo, ainda segundo a OMS, é utilizar o número de óbitos em relação ao número de recuperados mais o número de óbitos. Da mesma maneira, é possível observar que o Recife que a taxa de letalidade de 3,50%, novamente abaixo dos dados apresentados na nota técnica”, destacou Salazar.

Ele defendeu a gestão do prefeito João Campos (PSB), e se referiu ao plano de vacinação do Recife como “referência nacional, ao permitir que qualquer cidadão adulto apto a receber a vacina pode agendar o dia, horário e local para receber o imunizante, sem gerar aglomerações e filas nos postos de vacinação. Tudo isso é feito por meio da plataforma Conecta Recife”.

“No afã de querer desconstruir um programa que vem salvando vidas no Recife, em vez de somar esforço em buscar ampliar a cobertura vacinal de nossa população, o vereador Ivan Moraes perde, mais uma vez, a oportunidade de demonstrar seu espírito público e cobrar mais ações concretas ao Governo Federal, quem, de fato, administra o envio de doses de imunizantes para todos os estados e municípios do Brasil”, finalizou a nota.

O que diz Ivan Moraes?

Por meio de sua assessoria, o vereador Ivan Moraes afirmou que a Nota Técnica N° 10 foi feita com base em “informações oficiais, disponíveis tanto através da democracia ativa quanto através de pedido de acesso à informação”.

Moraes disse também que “se, por um lado, a escolha da Prefeitura do Recife por um processo digital de cadastro tem facilitado muito o processo de vacinação para quem tem acesso e familiaridade à Internet, há barreiras conjunturais gritantes e inequívocas que fazem com que boa parte de nossa população tenha dificuldades de completar seu ciclo de imunização”.

“Importante ressaltar que não somos apenas nós quem tem cobrado mais vacinação em áreas periféricas, em que se concentra grande parte da população negra da nossa cidade. Recentemente, acompanhamos demanda semelhante a partir de recomendação publicada de forma conjunta pelo Ministério Público de Pernambuco, Ministério Público Federal, Defensoria Pública de Pernambuco e Defensoria Pública da União cobrando maiores esforços de comunicação e também maior cobertura para o Distrito Sanitário V (Afogados, Areias, Barro, Bongi, Caçote, Coqueiral, Curado, Estância, Jardim São Paulo, Jiquiá, Mangueira, Mustardinha, Sancho, San Martin, Tejipió e Totó). A mesma cobrança tem sido feita pela campanha “Queremos a Periferia Viva: Vacina para Todos!”, liderada por integrantes da academia e militantes pelo direito à saúde”, frisou.

“Continuamos reconhecendo a importância do esforço da gestão e a qualidade técnica de suas gestoras. E continuaremos cobrando os necessários ajustes na estratégia municipal, cumprindo com nosso dever de fiscalizar o poder executivo, cobrando as medidas necessárias para que possamos superar de uma vez a crise sanitária causada por esta pandemia”, finalizou Ivan Moraes.

Confira, abaixo, o posicionamento dos parlamentares na íntegra:

Em resposta à matéria com o título “ Vereador faz estudo expondo desigualdade vacinal no Recife”  o líder do governo e vereador do Recife Samuel Salazar (MDB) esclarece:

A análise realizada na nota técnica elaborada pelo mandato do vereador Ivan Moraes (PSOL) é equivocada devido a erros conceituais e conclusões sem fundamentos técnicos e metodológicos, apresentando resultados precipitados e induzindo parte da opinião pública ao erro de interpretação de dados sobre o processo de vacinação no Recife. O estudo trata-se, na verdade, de um desserviço à sociedade e, sobretudo, ao esforço municipal em avançar o mais rápido possível no processo de imunização, buscando vacinar o maior número de pessoas na cidade frente ao avanço de novas variantes do coronavírus, em especial a Delta.

É preciso esclarecer que o Recife, sob a liderança do prefeito João Campos, desde o início estruturou um robusto plano de vacinação que é referência nacional, ao permitir que qualquer cidadão adulto apto a receber a vacina pode agendar o dia, horário e local para receber o imunizante, sem gerar aglomerações e filas nos postos de vacinação. Tudo isso é feito por meio da plataforma Conecta Recife. Esse esforço está sendo possível graças à decisão de aliar processos de transformação digital que está sendo implementada em toda gestão municipal aliada a abertura de postos para atendimentos exclusivos para vacinação, mantendo toda a estrutura municipal de Saúde em funcionamento para as demais demandas da população.

Além disso, o Recife vem seguindo orientações técnicas estabelecidas no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19, ao elencar os grupos prioritários para recebimento da vacina. Sendo assim, não corresponde à verdade que determinadas taxas de letalidade se devem a suposta priorização na vacinação de grupos populacionais e bairros, fazendo com que esse tipo de cobrança se mostre indevida e significaria o não cumprimento do plano nacional.

Uma análise mais aprofundada na nota técnica do vereador mostra que a taxa de letalidade apresentada foi calculada de maneira errônea, gerando taxas de letalidade extremamente altas, com valores acima de 100%, o que é conceitualmente impossível. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) é possível calcular a taxa de letalidade de duas formas diferentes – e que não estão contidas no documento. Uma é utilizando o número de óbitos em relação ao número de casos confirmados da doença e, segundo o Boletim Epidemiológico usado na NT, o índice seria de 3,47%, extremamente menor do que o publicado. O outro modo, ainda segundo a OMS, é utilizar o número de óbitos em relação ao número de recuperados mais o número de óbitos. Da mesma maneira, é possível observar que o Recife que a taxa de letalidade de 3,50%, novamente abaixo dos dados apresentados na nota técnica.

No afã de querer desconstruir um programa que vem salvando vidas no Recife, em vez de somar esforço em buscar ampliar a cobertura vacinal de nossa população, o vereador Ivan Moraes perde, mais uma vez, a oportunidade de demonstrar seu espírito público e cobrar mais ações concretas ao Governo Federal, quem, de fato, administra o envio de doses de imunizantes para todos os estados e municípios do Brasil.

Líder do Governo e Vereador do Recife Samuel Salazar (MDB)

 

Nota Oficial em resposta ao líder do governo na Câmara Municipal

Debruçado sobre informações oficiais, disponíveis tanto através da democracia ativa quanto através de pedido de acesso à informação, nosso mandato publicou esta semana a Nota Técnica 10, que mostra com dados, de forma objetiva, uma lacuna grave no sistema de vacinação na cidade do Recife. Se, por um lado, a escolha da Prefeitura do Recife por um processo digital de cadastro tem facilitado muito o processo de vacinação para quem tem acesso e familiaridade à Internet, há barreiras conjunturais gritantes e inequívocas que fazem com que boa parte de nossa população tenha dificuldades de completar seu ciclo de imunização.

Nossa pesquisa demonstra que, de fato, há uma distorção na distribuição de vacinas, causada por desigualdades históricas presentes na nossa sociedade. É fato inquestionável que a letalidade do vírus tem sido maior em áreas periféricas, como também demonstram diversos estudos realizados por diferentes sujeitos ao longo da pandemia. Como também é verdade que bairros de renda per capita mais elevada têm, via de regra, apresentado índices maiores de imunização que territórios mais pobres. É inútil brigar com os números.

Também é fato que boa parte dos postos de vacinação se encontram em regiões centrais e a posse de comprovante de residência continua sendo obrigatória, impondo ainda mais barreiras à população que sofre com a falta de transporte e de informação. Mais uma vez: contra os dados, não há argumentos.

Importante ressaltar que não somos apenas nós quem tem cobrado mais vacinação em áreas periféricas, em que se concentra grande parte da população negra da nossa cidade. Recentemente, acompanhamos demanda semelhante a partir de recomendação publicada de forma conjunta pelo Ministério Público de Pernambuco, Ministério Público Federal, Defensoria Pública de Pernambuco e Defensoria Pública da União cobrando maiores esforços de comunicação e também maior cobertura para o Distrito Sanitário V (Afogados, Areias, Barro, Bongi, Caçote, Coqueiral, Curado, Estância, Jardim São Paulo, Jiquiá, Mangueira, Mustardinha, Sancho, San Martin, Tejipió e Totó). A mesma cobrança tem sido feita pela campanha “Queremos a Periferia Viva: Vacina para Todos!”, liderada por integrantes da academia e militantes pelo direito à saúde.

É lamentável a postura do líder do governo na Câmara que, ao invés de receber a crítica pertinente e construtiva e utilizá-la no sentido de reforçar a evidente demanda pela universalização real da população, busca deslegitimar o esforço deste mandato para de forma técnica e propositiva contribuir para o objetivo comum que é fazer com que a vacinação de fato avance sem deixar ninguém para trás.

Importante ressaltar que o desrespeito ao nosso trabalho explícito na nota divulgada pela liderança do governo não traduz a relação respeitosa e republicana que este mandato tem para com a prefeitura do Recife e principalmente com a secretaria de Saúde.

Continuamos reconhecendo a importância do esforço da gestão e a qualidade técnica de suas gestoras. E continuaremos cobrando os necessários ajustes na estratégia municipal, cumprindo com nosso dever de fiscalizar o poder executivo, cobrando as medidas necessárias para que possamos superar de uma vez a crise sanitária causada por esta pandemia.

Ivan Moraes Filho, vereador do Recife pelo PSOL.

Nesta segunda-feira (28), Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, ativistas dos Direitos Humanos reúnem-se ao redor de diálogos que buscam celebrar a potência desta população. No Brasil, país que lidera o número de homicídios de indivíduos LGBTQIA+ nas Américas, de acordo com a Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexuais (ILGA), a data também reacende o debate sobre a garantia de direitos e representação política.

“Em 1969, Marsha P Johnson se levantou contra a violência e brutalidade policial juntamente a outras lideranças negras, periféricas, LGBTQIA+, que existiam na subalternidade que criminalizava os nossos corpos”, explica o vereador de Olinda Vinicius Castello (PT), quando questionado sobre a importância do dia 28 de junho.

##RECOMENDA##

O parlamentar, ativista do Movimento Negro Unificado (MNU) e advogado de 26 anos, faz questão de relembrar a atitude revolucionária que deu origem ao Dia do Orgulho, liderada pela drag queen norte-americana Marsha P Johnson, em um episódio conhecido como a Revolta de Stonewall, que ocorreu em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Mais de 50 anos depois, jovens homossexuais como Castello ainda precisam usar suas mentes para articularem respostas contra o preconceito.

“Para mim democracia é olhar para a representação e entender que ela está condizente com a diversidade existente na sociedade. Eu acredito que a gente tá caminhando para o entendimento de que os corpos que precisam estar pautando e atuando politicamente, são corpos que entendem, entre outras coisas, o que é a desigualdade e o que é a violência no Brasil”, ressalta Vinicius, que já no início do mandato ocupa o cargo de presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Câmara de Olinda.

Em contraposição às forças conservadoras que tendem a essencializar a gestão do ativista, torna-se inegável a sua disposição em enxergar os processos políticos de maneira interligada. “Eu desejo que a gente consiga atingir o nível de democracia em que todas as pessoas, independente de classe, gênero, orientação sexual e identidade de gênero possam se sentir potentes e respeitadas em um país que também é delas. Resolvi enfrentar estas violências utilizando meu corpo político para dizer que basta todo tipo de opressão e retrocesso”.

A variedade de violências as quais Castello faz referência têm relação, infelizmente, com o número de agressões às pessoas LGBTQIA+ no estado de Pernambuco. Sobre o tema, o parlamentar lamentou: “Na semana que passou, uma criança ateou fogo em uma mulher trans [Roberta Silva, 40 anos] no Centro do Recife, e nesta segunda-feira nós estaremos nas ruas, novamente, para afirmarmos o porquê da nossa luta”.

O ranking da morte a o “a construção de novos horizontes”

Embora dados divulgados pela Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS) apontem para o aumento vertiginoso da violência contra LGBTQIA+ em todo o estado, a ação do conservadorismo na Câmara do Recife ainda encontra fôlego. Na última semana, enquanto a maioria dos parlamentares se reunia para negar um requerimento que solicitava o hasteamento da bandeira LGBT no Dia do Orgulho, mais uma mulher trans era atravessada pelo crime motivado pelo preconceito na capital.

Roberta Silva, de 40 anos, queimada viva na quinta-feira (24), enquanto estava no Cais de Santa Rita, área central da capital, simboliza mais um dos 1.854 ataques brutais à vida das pessoas LGBTQIA+ em Pernambuco só no primeiro trimestre de 2021. Destes, 46% das vítimas, ou cerca de 869 pessoas, foram violadas dentro de casa por parentes ou pessoas de confiança. Em 2019, neste mesmo período, o número havia sido de 333.

O atentado à Roberta Silva, 40 anos, que ganhou notoriedade após a advogada transexual e co-deputada estadual Robeyoncé Lima (PSOL), 30 anos, usar sua conta no Twitter para denunciar a invisibilização da violência, é resultado, segundo a parlamentar, da “banalização da violência contra corpos transexuais”. “Esse extermínio não é de agora, e quando a gente escuta a cisgeneridade branca dizer que está com medo de morrer de Covid, a gente responde: esse medo da morte pode ser novidade para vocês, mas pra gente não, porque há dez anos o Brasil figura o ranking dos países que mais mata transexuais no mundo”, ressalta.

O ranking da morte, citado por Robeyoncé Lima, é baseado em dados fornecidos pela da Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais), que realiza, anualmente, relatórios sobre a vida de trans e travestis no Brasil. Infelizmente, de acordo com informações da Associação, a expectativa de vida desta população no país é de 35 anos, com destaque para mulheres trans negras, que são as que mais morrem. “São violências concatenadas, por isso não adianta pedir para a gente falar sobre transexualidade sem falar de raça e de classe”, confirma a parlamentar.

Quando pergunto sobre quais são as maiores dificuldades existentes no processo de elaboração de políticas públicas que possam desmobilizar a barbárie em curso também em Pernambuco, Robeyoncé aponta a ausência de informações a respeito destas violências em Pernambuco como um dos principais problemas.

“Nós, das Juntas Co-deputadas, conseguimos aprovar, por exemplo, um projeto de lei que estabelece que nos prontuários de saúde conste os campos de orientação sexual e identidade de gênero, para que a gente possa saber como está o acesso - ou a falta dele - da população LGBT ao Sistema Único de Saúde”, uma forma de gerar estatísticas e provar para o estado a necessidade do incremento de políticas públicas para a população, de acordo com a parlamentar.

Para Jarda Araújo, 25 anos, assistente social, secretária executiva de Juventude na prefeitura do Recife e mulher transexual, a movimentação política de pessoas trans e travestis durante o período de extremo conservadorismo no Brasil, representa “a construção de novos horizontes”.”É muito simbólico que seja exatamente agora que a gente esteja conseguindo construir, de forma massiva, este novo lugar, diferente do que seria há dez anos atrás”, explica, de maneira esperançosa, ao citar as mais de 30 candidaturas travestis ao redor do Brasil.

Sobre a violência brutal que acometeu Roberta Silva, a pesquisadora em saúde pública comenta: “Recife tem operacionalizado, de forma direta ou indireta, a travestifobia. E se nós não fizermos esse movimento de tornar público e nos movimentarmos politicamente, esses casos não vão ser ouvidos”. Jarda destaca também o fato de Roberta ter ficado, até a intervenção política da co-deputada Robeyoncé Lima, na ala masculina do Hospital da Restauração (HR), após ser socorrida.

“Enquanto rede, é preciso nos movimentarmos para fazer com que essas questões venham à tona e a partir disso a gente possa cobrar, tanto dos parlamentares, das mandatas, um posicionamento político em prol da nossa população, porque nós não buscamos por mais direitos que os demais, e sim uma equidade para que a gente possa acessar os nossos direitos como qualquer outra pessoa” diz, lembrando que o “respeito ao nome social é garantido pelas diretrizes do Sistema Único de Saúde”.

O futuro da política LGBTQIA+ em Pernambuco

Quando pergunto quem são as principais referências dos entrevistados, os nomes se repetem: Vinicius Castello admira Robeyoncé Lima, que também é citada por Jarda Araújo, articuladora social que, inclusive, imagina um futuro onde a possibilidade de ocupar um cargo eletivo já existe. Ademais, é também nos bastidores da política, ocupando cargos de assessoria parlamentar e articulação social, que a pluralidade tem demarcado espaço.

A estudante do curso de Ciência Política da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e ativista bissexual Myrella Santana, 19 anos, por exemplo, foi uma das 70 candidaturas declaradamente LGBTQIA+ a se lançar no processo eleitoral de 2020. E, embora não tenha sido eleita, passou a atuar na assessoria parlamentar de Dani Portela (PSOL), vereadora mais votada para a Câmara Municipal do Recife.

Forjada nos movimentos sociais, Myrella explica que a política sempre ocupou um papel central em sua vida. “Eu acho que, inicialmente, veio muito da necessidade de entender que o que eu faço tem impacto direto na vida do outro. E no segundo momento, por me enxergar enquanto mulher negra bissexual e compreender que esse é um corpo político”, diz, enquanto explica que as decisões políticas atingem, sobretudo, aqueles que não costumam estar no centro das decisões políticas do país.

Outra trajetória que inspira é a de João Pedro Simões, ativista homossexual de 27 anos, cientista político e co-fundador do coletivo de estudante negros da UFPE, o Coletivo Afronte. Ele trabalha desde 2017 ao lado do vereador Ivan Moraes (PSOL), com quem começou ainda como estagiário e, posteriormente, foi contratado para desempenhar a função de assessor parlamentar.

João Pedro diz que o incentivo familiar foi essencial nos processos de tomada de decisões, além dos atravessamentos sociais, raciais e de sexualidade, que, segundo ele, são “marcadores sociais que influenciam muito no reconhecimento e autoavaliação sobre o quanto é possível adentrar na política”. “Existe toda uma gama de corpos que fazem parte da sigla LGBTQIA+, mas que ainda estão alheios à política institucional e isso é muito grave. É um projeto, obviamente, do ‘status quo’ que sustenta uma democracia que é, em tese, representativa mas não representa quase ninguém”, critica o assessor parlamentar.

Para o Dia do Orgulho LGBTQIA+, Simões, que é, também, uma promessa de futuro para ocupar um cargo eletivo no estado de Pernambuco, espera mobilizações em torno do atentado à Roberta Silva. “A gente tem orgulho de ser quem é, mas é um momento de luta, denúncia e cobrança. O preconceito está longe de ser uma coisa do passado, então a gente tem que estar mais ciente de que precisa coletivizar nossas ideias, angústias e felicidades, porque sozinho a gente não anda. Eu espero que cada vez mais as pessoas LGBTs e aliados estejam conscientes da força que a gente pode ter para mudar e mover a realidade deste país”, acentua.

 

 

Ao menos 25 capitais brasileiras têm protestos, neste sábado (29), contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Os grupos à frente das manifestações reivindicam, entre outras coisas, a volta do auxílio emergencial no valor de R$ 600, a ampliação da campanha de vacinação contra o novo coronavírus e o fim da violência contra a população negra.

No Recife, o início do protesto está previsto para às 9h, na praça do Derby, área central da cidade. Para a vereadora Dani Portela (PSOL-PE), embora o país esteja atravessando um dos momentos mais críticos da pandemia, ir às ruas é “a única solução” para quem está em busca de “condições de garantir a normalidade e derrubar esse governo negacionista, que tem impedido as vacinas, tem confundido a população com desinformação e tem incentivado o contágio”.

##RECOMENDA##

A parlamentar, que cita as revelações feitas pela CPI da Covid-19 como um dos estopins para as manifestações, também garante que as medidas sanitárias serão cumpridas durante as possíveis aglomerações no ato.

“Bolsonaro reúne gente sem máscara em desrespeito aos mais de 250 mil mortos. Para defender a vida, nós vamos às ruas neste dia 29 com responsabilidade, propondo o distanciamento, o uso de álcool em gel e máscaras como a pff2 e a N95”, explica.

Outra forte bandeira dos protestos tem relação com um possível impeachment de Bolsonaro.

“Pedir um impeachment nesse contexto é utilizar dos elementos da democracia para frear um governo que tem se mostrado cada vez mais irresponsável e genocida, através de um projeto político que visa, de fato, dizimar a população brasileira, em especial as pessoas pobres e negras”, diz Ingrid Farias, militante da Articulação Negra de Pernambuco e Coalizão Negra por Direitos, organização responsável por protocolar um pedido de impeachment contra Bolsonaro em agosto do ano passado.

Mas e os riscos de se aglomerar?

Em defesa da realização do ato, em nota o vereador Ivan Moraes (PSOL-PE), afirmou que “a maior parte da nossa população já está nas ruas”.

“Quem tem menos grana precisa se virar enquanto apenas uma pequeníssima elite pode dar-se ao luxo de cumprir o necessário isolamento social. Cada vez mais, parece que estamos vivendo num filme de ficção científica em que multidões arriscam a vida para garantir o bem estar de um punhado. Na mesma medida, o governo federal permanece boicotando a ciência e dificultando o acesso a vacinas para a maioria da população”, disse.

Em sua conta no Twitter, Moraes organizou uma “vaquinha virtual” com o intuito de arrecadar dinheiro e comprar máscaras de proteção do tipo Pff2 para distribuir durante o ato. Segundo ele, já foram adquiridas mais de 600 máscaras.

O vereador reeleito Ivan Moraes (PSOL) usou suas redes sociais para disparar críticas à prefeitura do Recife por ter celebrado que o número de pessoas vacinadas superou o de casos confirmados na cidade. Para o psolista, a ‘comemoração’ foi uma jogada de marketing.

“Que marquetada é essa da prefeitura do Recife de ‘comemorar’ que o número de pessoas vacinadas superou o de contaminadas pelo vírus? Epidemiologicamente, qual a relação?”, questionou o vereador.

##RECOMENDA##

Moraes, que defende o isolamento total na cidade (também chamado de lockdown), cobrou o prefeito João Campos (PSB). “João Campos, bora admitir que estamos perdendo? Bora ter coragem para fechar a cidade até que a maioria esteja vacinada?”, finalizou.

Alvo da crítica do vereador do PSOL, a postagem da prefeitura do Recife, diz que o domingo (28) “foi dia de mais uma conquista importante”. Confira:

[@#video#@]

 

Uma proposta de Renda Mínima Permanente para beneficiar as cerca de 30 mil famílias recifenses que vivem na situação de miséria, ou em nível que é considerado abaixo da linha da pobreza, foi apresentada pelos vereadores que formam a bancada do PSOL na Câmara Municipal do Recife.

“É uma proposta para que a Prefeitura do Recife conceda uma renda mensal de R$ 350 para as famílias que não têm sequer o que comer e estão inscritas no CadÚnico. Aquelas cujos membros, somado tudo o que ganham por mês, não chega a R$ 130. É preciso termos uma política pública que dê uma resposta à atual situação de desemprego e de extrema pobreza na nossa cidade”, afirmou o vereador Ivan Moraes, na reunião virtual da Câmara na última segunda-feira (8).

##RECOMENDA##

O CadÚnico é uma ferramenta que identifica as famílias de baixa renda em todo o País, de acordo com coleta de dados para a definição de políticas públicas sociais.

Em conjunto com a vereadora Dani Portela, do mesmo partido, ele apresentou e aprovou o requerimento de número 364/2021, que indica ao prefeito do Recife, João Campos, a necessidade de que ele apresente e implemente “um programa de renda básica permanente no município do Recife, devido à crise econômica provocada pela pandemia da Covid-19 e o latente índice de desemprego na cidade”.

Ivan Moraes sublinhou que tem consciência de que não cabe aos vereadores legislarem sobre as questões financeiras e econômicas do município, pois isso é prerrogativa exclusiva do Poder Executivo. Mas, observou que é preciso enfrentar o desafio de se propor uma iniciativa como a da renda mínima como forma de minimizar os efeitos dos problemas sociais que se apresentam no Recife.

Ivan Moraes entende que a proposta pode reunir não somente os vereadores do PSOL e de toda a bancada de oposição, mas também outros da situação, que tenham o mesmo ideal.  “Além disso, quero afirmar que acreditamos na sensibilidade do prefeito João Campos, para com este tema, ainda que sejamos de oposição a ele. Reconhecemos que, quando deputado federal, a concessão da renda mínima foi uma das frentes de lutas do então parlamentar, em conjunto com o deputado Marcelo Freixo. Eles formaram uma frente em defesa do programa de renda mínima”, lembrou.

O vereador observou que, apesar de fazer oposição ao prefeito, pode caminhar em paralelo, nesta discussão. “Há uma possibilidade de construção em conjunto, sim”, admitiu.

De acordo com Ivan Moraes, a proposta de criação do programa de renda mínima foi apresentada em conjunto com a vereadora Dani Portela porque se trata de uma orientação do partido desde a campanha eleitoral do ano passado.

“Foi uma iniciativa de forma coletiva. Sabemos que a renda emergencial de R$ 600 do Governo Federal acabou e a população mais pobre não pode ficar à deriva. O município pode e deve incluir esta tarefa entre as suas obrigações para com o cidadão mais pobre”.

Ivan Moraes disse ainda que uma pesquisa foi feita pelo PSOL mostrando que se a Prefeitura do Recife adotar a renda mensal, no final do ano terá pago cerca de R$ 125 milhões à população. “Se o prefeito João Campos quiser, os recursos para financiar esse programa virão de custeios que podem ser enxugados. Poderão ser retirados de excedentes com as despesas do lixo ou da comunicação, que serão executados”. O vereador também ressaltou que o prefeito anunciou que pretende gastar milhões de reais com a triplicação da BR-232, na saída da Avenida Abdias de Carvalho, na Zona Oeste. “Em vez de gastar com essa triplicação, ele poderia gastar com a vida. Ela, com certeza, é mais importante do que com o livre-trânsito. É só uma questão de o poder público priorizar a vida em seu orçamento”, afirmou.

A vereadora Dani Portela pediu um aparte e disse que a proposta do projeto de renda mínima permanente é “urgente e necessário”. Ela observou que a persistência dos números sobre a pobreza no Recife tem se agravado com a pandemia da covid-19. “É impossível falar da pandemia sem observar que ela agrava ainda mais as desigualdades de raça, de gênero e de classe. A população que mais sofre, nessa situação, é a periférica, pobre e negra. Sobretudo as mulheres”, reforçou. Dani Portela apresentou dados de um relatório da Oxfam Brasil, dando conta de que mais de 1 bilhão de pessoas está em extrema pobreza no mundo inteiro e que, com a pandemia, a parcela mais rica da população leva nove meses para recuperar as perdas econômicas e financeiras, enquanto que a mais pobre levam uma década. A vereadora também citou dados do projeto do Auxílio Emergencial do Governo Federal, de que o País sofre com 14 milhões de desempregados; que quatro em cada dez brasileiros receberam o auxílio emergencial no ano passado, e que 43% da população beneficiada estava nas regiões Norte e Nordeste. “Nesse contexto, o Recife é a capital do desemprego e 115 mil pessoas, de sua população, se encontra em situação de extrema miséria”, alertou.

*Do site da Câmara do Recife

A elaboração de um dossiê e lista com 81 nomes de jornalistas e influenciadores digitais, realizada com dinheiro público, cerca de R$ 2,6 milhões, pelo governo Federal causou indignação ao vereador Ivan Moraes (PSOL). Ele alertou na manhã desta terça-feira (1º), em reunião Ordinária da Câmara do Recife, por videoconferência, que a verba saiu de gabinetes do Ministério de Ciências e Tecnologia, da Economia e da Secretaria de Comunicação do governo Federal.

A lista, com 81 nomes, apresenta jornalistas e influenciadores digitais, que trabalham com redes digitais, segundo uma classificação, que considera e nomina estas pessoas em três categorias: como “detratoras do governo federal, neutros informativos, e favoráveis ao governo”.

##RECOMENDA##

O vereador classificou como indigno o uso do dinheiro do povo para listar nomes e propor ações contra estas pessoas, a depender da classificação em que foram colocadas neste dossiê. “Sobre cada nome listado há contato dessas pessoas investigadas pelas empresas de conteúdos digitais. Lista também possíveis ações contra elas”.

O vereador disse que o conteúdo produzido será analisado e depois investigado, Sugerem medidas contra jornalistas e influenciadores de acordo com a categoria em que estão encaixados, e sugere ainda medidas contra  detratores e para apoiadores com dinheiro público, recursos do governo no Federal. “Isso não é tarefa de governo, é falta de respeito com o dinheiro do povo”.

Ivan Moraes disse que governos têm obrigação de se pautarem pelo respeito ao dinheiro público, serem transparentes e impessoais ao fazerem publicidade, sobre como mostram suas ações.  “Isso mostra como funcionam esses gabinetes deste governo, que têm ligações com milícias e que violam os direitos humanos. É mais um exemplo do que o governo Federal faz com o dinheiro do  povo. Sugiro que todos que discordamos dessas práticas trabalhemos mais e façamos parte da lista de detratores, para combater o mal”.

*Da Câmara Municipal do Recife

 

Após a derrota da candidata Marília Arraes (PT) na disputa pelo comando do Recife, o vereador da capital pernambucana reeleito Ivan Moraes (PSOL) afirmou, em publicação no Twitter, que o prefeito eleito João Campos (PSB) não deverá ter vida fácil na Câmara dos Vereadores. O PSOL concorria ao cargo de vice de Marília na disputa. 

"Não deu pra chegar ao executivo esse ano, mas a esquerda recifense vai estar bem viva na Câmara do Recife, viu? Nossa bancada cresceu e não vai ter moleza pra a gestão do PSB", escreveu o parlamentar.

##RECOMENDA##

Logo em seguida, emendou: "João Campos já começa com o desafio de se redimir da campanha de baixíssimo nível no segundo turno".

O filho do ex-governador Eduardo Campos foi eleito com 56,27% dos votos válidos enquanto a prima que obteve 43,73%. Ao todo, 447.913 eleitores votaram nele e 348.126 na petista.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando