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Três municípios de Mato Grosso voltaram a recomendar à população o uso de máscaras como medida preventiva contra a covid-19 nas unidades de saúde e em locais de grande movimento. A orientação acontece devido ao aumento de casos da doença.

Por enquanto, a recomendação vale para Água Boa (736 km de Cuiabá), Nova Xavantina (651 km de Cuiabá) e Cáceres (218,1 km de Cuiabá).

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Em Cáceres, segundo boletim da Coordenação de Vigilância em Saúde, foram confirmados 185 casos até o dia 25 deste mês. Desse total, 157 pessoas são monitoradas, 14 estão internadas e 14 já receberam liberação. Não há registro de óbito.

Para o secretário municipal de saúde, Vitor Miguel Oliveira, a medida oferece uma "camada" adicional de proteção e serve como uma ferramenta para conter a propagação do vírus. "O uso de máscara não é apenas uma precaução individual, mas uma expressão de responsabilidade coletiva", disse, acrescentando que "ao adotar essa prática, os indivíduos contribuem para a proteção da comunidade, especialmente daqueles que são mais vulneráveis".

No município de Água Boa, segundo boletim da secretaria municipal de Saúde, foram registrados 30 casos positivos no período de 1 a 25 deste mês. Desses, 15 permanecem em isolamento domiciliar e um evoluiu para óbito. Em Nova Xavantina, foram registrados, segundo a secretaria municipal de saúde, dois casos.

Nova subvariante

Mato Grosso entrou em estado de alerta depois que o Laboratório Central (Lacen) da Secretaria de Estado de Saúde sequenciou e identificou uma nova subvariante do coronavírus, chamada JN 2.5, integrante da família da Ômicron. Até então, essa cepa não havia sido identificada no Brasil.

A Superintendência de Vigilância em Saúde do Estado orienta que a população fique alerta em relação a sintomas gripais e utilize máscara em caso de gripe ou resfriado. Além disso, pede atenção especial à higienização das mãos, com uso de sabão e/ou álcool 70%.

Outra medida essencial frisada pelos especialistas é manter a vacinação contra o coronavírus em dia. "Somente a imunização é eficaz na prevenção contra a doença", ressaltou a superintendente de Vigilância em Saúde, Alessandra Moraes.

Alegando que o quantitativo de dispositivos de testes de Covid-19, distribuído pelo Governo do Estado de Pernambuco, está sendo repassado de maneira reduzida para as secretarias de saúde, alguns municípios da Região Metropolitana do Recife (RMR) relatam que estão encontrando dificuldades neste mês para realizarem a testagem da sua população. Em entrevista ao LeiaJá, moradores chegaram até a revelar que, recentemente, procuraram centros de saúde, que fazem os testes em suas cidades, e acabaram sendo informados por profissionais dessas unidades que os locais não tinham estoque para a realização dos exames.

Devido a falta de testes e a pouca quantidade desses dispositivos, algumas secretarias municipais de saúde relatam que vêm recebendo doações de unidades de cidades vizinhas que não possuem alta procura de pacientes pela testagem. Essa é uma realidade do município de Paulista, que confirmou, para a reportagem, que "através de um remanejamento com outras cidades", vem recebendo alguns testes para a realização dos exames da sua população, que é de mais de 300 mil habitantes.

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"A demanda de testagem de Covid no município aumentou significativamente desde o final de 2023. O órgão esclarece que o quantitativo que chega do Estado está sendo repassado de maneira reduzida, e isso tem feito com que o município trabalhe com um baixo estoque, aguardando o repasse dos insumos por parte do Governo Estadual, ou através de um remanejamento com outros municípios, que têm ajudado com o envio de alguns testes para Paulista", afirmou, em nota, a Secretaria de Saúde de Paulista.

Em Araçoiaba, a realidade não é diferente. A cidade que possui 25.553 habitantes, segundo o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), alegou que não vem sendo contemplada pelo o envio de testes pelo estado. Além de confirmar problemas no abastecimento de unidades para os exames, a Secretaria de Saúde de Araçoiaba afirma que devido o seu baixo estoque os testes só irão durar até esse mês.

A estudante Milena Souza, que reside no centro do município, contou que na semana passada precisou levar a sua mãe até um centro de testagem em Recife, pois soube através de outros moradores que a cidade não tinha testes.

"Minha mãe ficou dois dias com febre intensa e muita dor de cabeça, então fiquei preocupada e busquei informações de onde poderia fazer o teste dela. Terminei descobrindo que o município não estava fazendo a testagem. Tivemos que gastar passagem com transporte para nos deslocarmos até Recife e lá descobri que a minha mãe estava com Covid", disse Milena, que acredita que a culpa do problema é do Governo do Estado.

Já no município de Moreno, a testagem está sendo feita apenas em três dias da semana e em horário reduzido. Anteriormente, os moradores que procuravam o Núcleo de Vigilância em Saúde, localizado na área central da cidade, podiam solicitar a testagem de segunda à sexta-feira, porém, atualmente, os testes estão sendo apenas realizados nas segundas-feira, quartas-feiras e sextas-feiras, das 8h às 12h.

Em entrevista ao LeiaJá, a publicitária Ane Barbosa, que é moradora do Alto da Maternidade, em Moreno, contou que na primeira semana de janeiro procurou o centro de testagem, porém foi informada pelos profissionais de saúde do local que a realização do exame estava suspensa devido a falta de testes.

"Além de enfrentar a falta de mais pontos na cidade que façam esse teste, os moradores ainda precisam chegar no único centro de testagem e ouvirem que não serão atendidos devido a falta de testes. Isso é absurdo. E, infelizmente, ficamos sem saber de quem é a culpa pois um joga o problema para o outro. Os enfermeiros culpam o Ministério da Saúde, já a secretaria de saúde culpa o estado. Quem acaba sendo mais prejudicado é quem está doente", afirmou.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Saúde de Moreno para obter informações sobre a falta de testes alegada por Ane, porém o órgão ainda não respondeu sobre o problema.

Diante desse cenário, o LeiaJá procurou as prefeituras do Grande Recife para reunir as principais informações sobre a realização das testagens da Covid-19. As cidades de Camaragibe, Ilha de Itamaracá e Olinda afirmaram que não estão encontrando dificuldades para realizarem a testagem nos seus moradores. Já no Recife, os testes estão sendo realizados diante agendamento pelo site do Conecta Recife. Os demais municípios não responderam até a última atualização desta reportagem.

Procurada, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) disse que "os testes são fornecidos pelo Ministério da Saúde e que no final do ano passado foram solicitadas novas remessas", porém a previsão é que os lotes com os testes de antígeno Covid-19 cheguem apenas na próxima semana. Além disso, a SES-PE afirmou que realizou uma aquisição extra e aguarda o recebimento desses dispositivos.

A SES ainda garantiu que com a chegada dos novos lotes, "a redistribuição aos municípios será realizada de imediato".

 

A Controladoria-Geral da União (CGU) multou em R$ 3,8 milhões a empresa Precisa Comercialização de Medicamentos por fraudar o processo de venda da vacina contra covid-19 Covaxin ao Ministério da Saúde, em 2020, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). A negociação envolvia a compra de 20 milhões de doses do imunizante fabricado um laboratório indiano.

A suspeita foi revelada nas investigações da CPI da Covid. Na época, o Estadão revelou que a empresa não havia declarado ao governo federal nenhum funcionário CLT em dezembro do ano anterior, o que reforçou as suspeitas de irregularidades nos contratos bilionários firmados com o governo federal.

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A decisão da AGU foi publicada nesta terça-feira, 16, no Diário Oficial da União. De acordo com a controladoria, a empresa apresentou documentos fraudados, com colagens e manipulação, além de uma procuração e uma carta de fiança falsas. A empresa também foi multada por fraudar contrato mediante apresentação de faturas com informações "em desacordo com os termos pactuados".

O advogado que representa a empresa foi procurado pelo Estadão, mas não havia sido encontrado até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.

Além de pagar a multa milionária, a Precisa também deverá publicar a decisão em um jornal de grande circulação. O aviso também deve ficar publicado por 75 dias em seu próprio site e fixado fisicamente no estabelecimento, onde haja circulação de pessoas.

A empresa também foi declarada inidônea para licitar ou contratar a administração pública por dois anos e só poderá voltar a fazê-lo caso passe por um processo de reabilitação após o período.

O prazo de 10 dias foi estabelecido para que a Precisa recorra com pedido de reconsideração da pena. Se o pedido for aceito, os efeitos da decisão ficam suspensos até o julgamento.

Relembre o caso

Em plena pandemia, a Precisa ofereceu ao Ministério da Saúde, comandada pelo general Eduardo Pazuello, a possibilidade de vender 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin, por R$ 1,6 bilhão. O contrato foi assinado em 25 de fevereiro de 2021, com dispensa de licitação.

O Ministério da Saúde encaminhou o cancelamento do acordo em 29 de julho após suspeita de falsificação de documentos apresentados pela Precisa. O caso começou a ser investigado a partir de denúncias do servidor da pasta da Saúde, Luis Ricardo Miranda, irmão do então deputado federal Luis Miranda (DEM-DF).

A Justiça Federal sentenciou, no último dia 18, a União, o Estado do Amazonas e o município de Manaus a indenizarem em R$ 1,4 milhão uma família de vítima fatal da covid-19 cujo quadro foi comprovadamente agravado pela falta de oxigênio no Amazonas, que aconteceu em janeiro de 2021. Os seis filhos e o viúvo da vítima, Leoneth Cavalcante de Santiago, devem receber R$ 200 mil cada por responsabilidade civil e ato ilícito cumulado por danos morais. A medida cabe recurso por parte dos sentenciados.

De acordo com a sentença, à qual o Estadão teve acesso, e um dos advogados de defesa, Johnny Salles, Leoneth deu entrada no hospital Platão Araújo, em Manaus, no dia quatro de janeiro de 2021. Ela tinha sintomas de covid-19 e foi diagnosticada com "estado crítico" da doença logo em seguida.

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Onze dias depois, Leonath morreu "em decorrência da demora no atendimento médico adequado, bem como asfixia em razão da falta de oxigênio no estado do Amazonas", afirma Salles.

No laudo médico, consta "síndrome respiratória aguda grave" e "covid-19". O hospital em que ela estava, assim como os outros da região, não tinha oxigênio e nem Unidade Intensiva de Tratamento (UTI) disponíveis para tratá-la adequadamente.

A família de Leoneth chegou a conseguir, à época, uma liminar na justiça estadual do Amazonas, emitida no dia 14 de janeiro daquele ano, um dia antes da sua morte. O documento assegurava a transferência dela com urgência para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com sistema de oxigenação artificial, no mesmo hospital ou em outro, mas a liminar não foi cumprida pela falta de leitos disponíveis.

"Já havia ocorrido a primeira onda de covid-19, sendo demonstrado, naquela oportunidade, a necessidade de mais leitos de UTI. Essa situação foi ignorada pelos entes federativos", diz Salles, justificando a ação movida contra as entidades públicas. "A sentença representa um marco àquelas famílias enlutadas por ausência de oxigênio e UTI no Estado do Amazonas", afirma. Este é o primeiro caso sentenciado por este motivo que veio a público.

O Estadão procurou familiares de Leoneth, a União, o governo do Amazonas e a prefeitura de Manaus para comentar sobre o caso, mas não teve resposta até a publicação. O espaço segue aberto para a manifestação das partes.

A sentença considerou o descumprimento do dever constitucional de assegurar o direito à saúde, descrito no Art.196 da Constituição Federal, pela falta de condições adequadas para o tratamento de Leoneth.

Também mencionou, como justificativa para a sentença, o fato de que a paciente se manteve em quadro estável de saúde enquanto ainda havia oxigênio disponível na unidade de saúde em que estava, um indício de que a culpa da morte seria, de fato, a falta de equipamento.

"Quanto à alegação de ilegitimidade passiva da União e do Município de Manaus, rejeito-a na medida em que o STF, em repercussão geral, já fixou o entendimento quanto à responsabilidade solidária dos três entes públicos em questões relacionadas à saúde", justificou a juíza federal Jaiza Maria Pinto Fraxe, que assina a sentença, em alusão à CPI da Covid.

O relatório final da CPI da Covid, do final de 2021, sugere indiciamento do então presidente Jair Bolsonaro e mais 65 pessoas por uma série de irresponsabilidades na conduta da saúde pública durante a pandemia.

O boletim InfoGripe divulgado nesta sexta-feira (22) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) destaca a manutenção do aumento no número de novos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à Covid-19 em vários estados da Região Nordeste. O Ceará é quem chama mais atenção pelo ritmo acelerado de crescimento da doença, apesar de já demonstrar sinais de redução na faixa etária dos jovens adultos.

Às vésperas das festas de fim de ano, as atenções devem ser ainda mais focadas, especialmente em tais localidades, alerta a Fiocruz. Referente à Semana Epidemiológica 50, de 10 a 16 de dezembro, a análise tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 18 de dezembro.

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Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco e Sergipe registram aumento no número de casos, com foco no estado cearense, onde o crescimento acelerado da doença preocupa, pois embora haja sinais incipientes de diminuição na faixa etária dos jovens adultos, nos idosos isso não se confirma.

Alagoas e Sergipe, com quadros mais recentes, apontam também para um aumento na população de idade mais avançada, assim como já se observava na Paraíba e em Pernambuco. A Bahia (que foi o primeiro estado da região a entrar nesse ciclo de aumento) por outro lado, já dá sinais de interrupção no crescimento, apesar de ainda não indicar reversão para queda. Na Região Norte, ainda não se observa sinal de aumento associado à Covid-19, mas há um crescimento ligado às crianças e pré-adolescentes, caracterizando outros vírus respiratórios.

O pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, chama a atenção para quem for se deslocar a esses locais por conta das festas de fim de ano. “Como estamos entrando no período das celebrações de fim de ano, Natal, Ano Novo, especialmente nesses locais, quem for viajar para estados do Nordeste, fica o pedido de uma atenção ainda maior naquelas recomendações fundamentais, ou seja, vacina em dia, lembrar que grupos de risco têm uma indicação para já antecipar a dose de reforço, que tem se mostrado eficaz em continuar diminuindo o risco de desenvolver o caso grave de Covid-19”.

Gomes também indica a realização de tais eventos em ambientes abertos ou bem ventilados, além da recomendação do uso de máscaras de qualidade (N95, PFF2) caso estiver com sintomas de gripe, como nariz escorrendo, espirros, tosses, incômodo na garganta e/ou dificuldade respiratória, apesar de o ideal ser fazer repouso e ficar em casa, visando à proteção dos familiares.

A incidência de SRAG por Covid-19 mantém o cenário de maior impacto nas crianças de até dois anos e na população a partir de 65 anos de idade. Outros vírus respiratórios com destaque para a incidência de SRAG nas crianças pequenas são o vírus sincicial respiratório (VSR) e o rinovírus. Já a mortalidade da SRAG tem se mantido significativamente mais elevada nos idosos, com predomínio de Covid-19.

Longe do horror dos primeiros meses da pandemia, que teve início há quatro anos, a Covid-19 se tornou menos perigosa, mas continua sendo um grande problema de saúde pública, com especificidades persistentes em comparação a outras doenças.

- Normalização acelerada -

O ano de 2023 marcou uma nova etapa na normalização da Covid-19. A tendência já havia acelerado no ano anterior, após os anos 2020-2021 dominados por uma pandemia com efeitos históricos.

Desde maio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) não considera a Covid-19 uma emergência internacional. Embora siga afirmando que a pandemia continua, esta decisão é um símbolo considerável.

O período também viu o fim da "covid zero". A China, o último grande país a aplicar esta política excepcional, que visa eliminar a circulação da doença e não apenas limitá-la, suspendeu-a no início do ano.

Por que esta normalização? Em primeiro lugar, porque uma infecção por Covid-19 atualmente parece muito menos perigosa do que em 2020, quando numerosos países decretaram confinamentos sem precedentes contra os efeitos mortais do SARS-CoV-2, o vírus por trás da pandemia.

É também o resultado da eficácia das vacinas, distribuídas desde 2021, e da imunidade adquirida pelas populações ao longo das sucessivas ondas de infecções virais.

A letalidade, que corresponde ao risco individual de morte após uma infecção, "diminuiu muito em comparação com a era pré-vacina", disse à AFP Antoine Flahault, epidemiologista da Universidade de Genebra. "É da ordem de um por mil ou talvez menos", quando o risco era contabilizado em percentagem no início da pandemia, ressalta ele.

Um nível comparável a uma infecção sazonal pelo vírus da gripe, embora seja arriscado determinar precisamente o mais perigoso dos dois.

- Um problema que continua merecendo atenção -

A Covid-19 se tornou outra doença respiratória, mas continua apresentando importantes problemas de saúde pública, por vezes ligados às suas particularidades.

Diferentemente de outras doenças como a gripe, a Covid-19 passa por várias ondas ao longo do ano. Portanto, dificilmente pode ser descrita como uma doença de inverno, mas um surto pode coincidir com esta estação epidêmica clássica.

"A Covid-19 é uma das doenças que está progredindo atualmente" em muitos países, alertou no domingo (17) Maria Van Kerkhove, epidemiologista da OMS.

Este auge está, em parte, relacionado a aparição de uma subvariante: JN.1, explicou. Novo declínio do ômicron e versão dominante do vírus há dois anos, não parece particularmente perigosa, mas é muito transmissível.

- Contágio continua alto -

Em geral, esta é a grande particularidade da Covid-19 em comparação a outras infecções como a gripe.

"Em um ano, há entre 5% e 10% de pessoas que contraem gripe", mas muitas mais contraem Covid-19, diz Flahault, reforçando que isso aumenta mecanicamente a mortalidade populacional, mesmo que o risco individual seja limitado.

Apesar disso, o número exato de mortes não é claro, uma vez que muitas estão relacionadas à doença, embora não lhe sejam atribuídas.

Os números oficiais da OMS indicam que desde o início da epidemia, há quatro anos, cerca de sete milhões de pessoas morreram de Covid-19, mas a própria organização admite que o nível real é provavelmente de cerca de 20 milhões ou mais.

- E a Covid longa? -

Para além da mortalidade, permanece a questão das consequências duradouras, chamadas de "Covid longa", que incluem características como a fadiga, dificuldades respiratórias, entre outras.

A realidade destes sintomas já não é mais uma dúvida, bem como a sua origem fisiológica e não psicológica. No entanto, continua sendo difícil determinar a sua frequência e porque a Covid-19 os causam com mais constância do que outras doenças.

As sequelas da gripe, por exemplo, não receberam tanta atenção, destaca Flahault.

De qualquer forma, vários estudos publicados este ano são bastante tranquilizadores ao negar a ideia de uma explosão de casos de Covid-19 ao longo do tempo.

Um estudo realizado entre a população sueca, publicado em setembro na revista Infectious Diseases, mostra um "risco menos elevado" de Covid longa após uma infecção pela ômicron, em comparação as variantes anteriores.

Após os casos de infecções pelo coronavírus aumentarem em Pernambuco, algumas medidas estão sendo tomadas. Em Recife, a Secretaria de Saúde voltou a abrir agendamento, via Conecta Recife (site ou aplicativo), para teste rápido de Covid-19 nos centros instalados no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, e na Unidade Básica Tradicional José Dustan, na Iputinga.

Devido à grande procura, essa é uma estratégia para organizar a logística de atendimento e também evitar aglomerações, fator de risco para a disseminação do vírus. A demanda para os testes deixou de ser espontânea a partir desta quinta-feira (14).

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“Nas duas últimas semanas, verificamos um grande aumento na procura por testes de Covid-19, passando de uma média de 500 testes realizados por semana, em novembro, para 4.080 testes na primeira semana de dezembro, com positividade de 35,6%. Hoje, no Recife, a Prefeitura está disponibilizando esse serviço em dois centros de testagem, sendo um desafio o provimento de insumos, pelo aumento brusco na procura por testagem em todo o município. Para evitar aglomerações e controlar melhor o estoque de testes, voltamos a ofertar testagem exclusivamente por agendamento, exceto para grupos prioritários”, explica a secretária-executiva de Vigilância em Saúde do Recife, Marcella Abath.

Os agendamentos abrem todo dia, sempre a partir das 15h do dia anterior à oferta dos testes, através do site Conecta Recife ou aplicativo, clicando na aba Vamos Testar (https://conectarecife.recife.pe.gov.br/vamos-testar/). Para ter acesso aos exames, basta que os munícipes compareçam a um dos dois centros de testagem da cidade portando comprovante de residência na capital e documento de identificação com foto. O agendamento é para o público em geral, à exceção dos grupos prioritários, que são idosos a partir dos 60 anos, gestantes, pessoas com deficiência e crianças com até 5 anos de idade.

CENTROS - A Secretaria de Saúde do Recife mantém abertos, de domingo a domingo, dois centros de testagem para covid-19, estrategicamente instalados ao sul e ao norte da cidade: na Unidade Básica Tradicional (UBT) José Dustan (rua Maurício de Nassau, s/n, Iputinga), de 8h às 12h e de 13h às 17h, e no Parque Dona Lindu, na Avenida Boa Viagem, das 8h às 17h.

QUANDO TESTAR E ORIENTAÇÕES GERAIS – A recomendação para fazer exame diagnóstico é, preferencialmente, para pessoas com sintomas gripais, a exemplo de febre (mesmo que referida), calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza, alteração no paladar ou olfato. Caso haja positivação, a recomendação é de isolamento por 7 dias após os primeiros sintomas ou a partir da data do teste, para os casos assintomáticos. Passado esse período e depois de 24 horas sem sintomas, o paciente pode voltar ao convívio social. Não é necessário fazer um novo teste com o objetivo de obter a negativação da doença.

VACINAÇÃO – A melhor forma de prevenir a Covid-19 ou amenizar seus sintomas é manter o calendário vacinal atualizado. A rede de saúde da capital conta com 170 salas de vacinação, de segunda a sexta, das 8h às 17h. Além disso, quatro shoppings da capital (Recife, em Boa Viagem, RioMar, no Pina, Boa Vista, na área central da cidade, e Tacaruna, em Santo Amaro) oferecem o imunizante todos os dias da semana, das 9h às 19h. Já o Centro Médico Senador Ermírio de Moraes, em Casa Forte, oferece vacinação todos os dias da semana, das 8h às 18h. Nos finais de semana, a Prefeitura monta pontos itinerantes de vacinação, em centros de compras, praças, parques e locais de grande circulação. A população pode acompanhar essa programação no site da Prefeitura ou através do Conecta Recife. A listagem completa pode ser conferida aqui: https://minhavacina.recife.pe.gov.br/.

“Temos, em circulação no País, diversas variantes e sublinhagens da Ômicron. Por isso, é preciso estar com o calendário vacinal em dia, e não apenas no que se refere à Covid, mas também à influenza e demais doenças. De modo geral, a maioria dos casos da Covid-19 tem apresentado sintomas mais leves, mas é preciso manter a vigilância, especialmente em relação aos grupos de maior risco, a exemplo de idosos a partir dos 60, pessoas imunocomprometidas ou com comorbidades. Para esse público específico, estamos com a campanha de reforço da vacina bivalente”, explica Nádia Carneiro, gerente do Programa de Imunização da Secretaria de Saúde do Recife.

O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira, 31, que a vacinação contra a covid-19 passa a ser anual para grupos prioritários e a integrar o calendário nacional de imunização para crianças entre seis meses a menores de cinco anos.

Até agora, as ações de imunização contra a doença eram conduzidas de forma excepcional por causa da emergência sanitária. Primeiramente, em 2021, a campanha foi organizada de acordo com a disponibilidade de vacinas e públicos com maior necessidade. Entre 2022 e 2023, após toda a população adulta ter acesso às duas doses iniciais, foram disponibilizadas vacinas infantis, doses de reforço e o imunizante bivalente, versão atualizada para conferir maior proteção também contra as cepas da variante Ômicron.

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A partir de 2024, a vacinação passa a acontecer anualmente para públicos prioritários, a exemplo do que ocorre com a campanha de vacinação contra a influenza (gripe). O ministério não detalhou se haverá um mês específico de início da campanha ou se a imunização já estará disponível automaticamente para os grupos prioritários 12 meses após a aplicação da última dose.

"A Organização Mundial da Saúde definiu públicos prioritários, como idosos, trabalhadores da saúde, mas nós ampliamos esses públicos no Brasil. Aqui, nós trabalhamos também com população ribeirinha, indígenas, pessoas com deficiência permanente, moradores e trabalhadores de instituições de longa permanência, que são os públicos mais vulneráveis", justificou a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do ministério, Ethel Maciel, em entrevista à imprensa nesta terça.

Veja abaixo a lista completa dos públicos prioritários:

- Idosos

- Imunocomprometidos

- Gestantes e puérperas

- Trabalhadores da saúde

- Pessoas com comorbidades

- Indígenas, ribeirinhos e quilombolas

- Pessoas vivendo em instituições de longa permanência e seus trabalhadores

- Pessoas com deficiência permanente

- Pessoas privadas de liberdade maiores de 18 anos, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas e funcionários do sistema de privação de liberdade

- Pessoas em situação de rua.

Ethel esclareceu que, a princípio, os demais públicos, como adultos sem nenhuma imunossupressão, não serão o foco da vacinação anual, mas ressaltou que esse cenário pode mudar de acordo com o surgimento de novas variantes ou mudanças no cenário epidemiológico. "Para os adultos imunocompetentes, não precisamos de uma outra dose, por enquanto, mas temos que monitorar o cenário porque a covid é uma doença nova", afirma.

A secretária disse ainda que, originalmente, o ministério e especialistas trabalhavam com a hipótese de que a covid-19 seria uma doença sazonal, como ocorre com a gripe, que tem maior incidência durante o inverno, mas o cenário não se confirmou. "Vimos que ela tem maior impacto do surgimento de subvariantes do que de sazonalidade", afirmou.

Ela disse que revisões de estudos feitas pelo grupo técnico que assessora o governo mostra que todas as vacinas atualmente disponíveis no País são capazes de reduzir o risco de agravamento da doença, mesmo para novas subvariantes. "Todas elas funcionam contra casos de maior gravidade, que é o nosso foco agora", diz.

Ethel ressaltou que, mesmo com os avanços na vacinação e no tratamento da covid, ainda morrem cerca de 42 brasileiros por dia de covid. "É como se um ônibus se acidentasse todos os dias. No ano passado, tínhamos mais de 200 mortes por dia, já diminuímos, mas ainda é a doença infecciosa que mais mata no Brasil", diz ela, justificando a importância do monitoramento constante e da vacinação contra a doença.

A secretária afirmou ainda que todos que ainda não tenham tomado a vacina bivalente podem procurar os postos de saúde para receber a dose - neste caso, a imunização está disponível para maiores de 18 anos que já tenham tomado ao menos duas doses de vacina contra a covid.

O ministério afirmou que, na primeira semana de novembro, lançará nova campanha na TV aberta, nas redes sociais e em locais de grande circulação, reiterando a importância da testagem, da vacinação e do tratamento contra a covid.

O antiviral nirmatrelvir/ritonavir está disponível no SUS para tratamento da infecção pelo vírus, logo após o aparecimento dos sintomas e teste positivo. A pasta esclarece que o medicamento é indicado apenas para pessoas com mais de 65 anos e pacientes imunossuprimidos com mais de 18 anos.

Ações em escolas

Ethel destacou ainda que o ministério aposta no programa Saúde na Escola e nas ações de vacinação em ambiente escolar para aumentar a cobertura vacinal do imunizante contra a covid entre o público infantil.

Hoje, esse é o grupo com menor adesão à campanha, principalmente graças à hesitação vacinal de pais e responsáveis atingidos pela desinformação sobre as vacinas. Dados de julho do Ministério da Saúde mostravam que só 11,2% das crianças de 6 meses a 4 anos completaram o esquema vacinal contra a covid. Na faixa etária dos 5 a 11 anos, o índice era de 49,8%.

A secretária ressaltou que as vacinas disponíveis no SUS são seguras e eficazes e lembrou que o maior risco é deixar as crianças desprotegidas contra uma doença que ainda não está devidamente desnudada pela comunidade científica. "É uma doença nova, estamos aprendendo, não sabemos o efeito a longo prazo desse vírus. É um vírus que causa uma inflamação muito grande, mudanças no organismo. Precisamos proteger nossas crianças", disse.

Ela afirmou que, em parceria com o Ministério da Educação, a pasta da Saúde está levando ações de vacinação e conscientização para as escolas e que aposta também que, com a inclusão da vacina no calendário nacional, mais pais irão aderir ao imunizante. "Com a incorporação no calendário, isso será observado no momento da matrícula, vai haver a necessidade de verificar se a vacina está lá, até para proteger as outras crianças", diz.

Na semana passada, o ministério lançou o programa Saúde com Ciência, para combater a desinformação em torno das vacinas, tirar dúvidas e receber denúncias de conteúdos enganosos. No portal do programa, é possível obter respostas sobre as principais dúvidas relacionadas aos imunizantes.

Cenário epidemiológico

De acordo com o ministério, o Brasil segue a tendência observada mundialmente e registra oscilação no número de casos de covid-19. Citando o último Boletim InfoGripe, produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com dados até 21 de outubro e divulgado na segunda-feira, 30, o ministério informou que há crescimento de casos na população adulta do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, mas que o aumento das notificações na região Sul manteve ritmo lento.

Em Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, diz a pasta, houve aumento lento nas ocorrências de Síndrome Respiratórias Aguda (SRAG) positivas para covid-19 na população mais velha, mas sem reflexo no total de casos identificados. "Distrito Federal, Goiás e Rio de Janeiro, que anteriormente apresentavam alerta de crescimento, demonstraram indícios de interrupção no aumento de notificações", destacou a pasta, em nota.

Estudo sobre covid longa

A secretária informou ainda que o Ministério da Saúde contratou um estudo, que será conduzido por pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), para avaliar os impactos da covid longa. A expectativa é que 33 mil pessoas participem da pesquisa, que vai estimar o índice de pessoas afetadas pela covid longa e detalhes da manifestação.

Uma escola e uma creche de Itanhaém, no litoral paulista, tiveram as aulas suspensas na manhã de terça-feira (17), após ser registrado surto de Covid-19 entre alunos e funcionários. A decisão foi tomada um dia após o retorno das aulas em outra unidade de ensino do município que havia sido fechada pela mesma razão.

A Secretaria Municipal de Educação disse que a suspensão está mantida até sexta-feira (20) na escola Lions Clube e na creche vinculada Joana Maria do Nascimento, localizadas no bairro Ivoty.

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O retorno dos estudantes ocorre na próxima segunda-feira (23). Neste período, as unidades de ensino passarão por um processo de higienização.

Ao todo, foram 16 casos confirmados, sendo 11 alunos e cinco funcionários. Os casos são monitorados pela equipe da Vigilância Epidemiológica e não há registro de casos graves, conforme a prefeitura.

As duas unidades somam 337 alunos matriculados. "A administração municipal, por meio da Secretaria de Educação, segue tomando todas as medidas de orientação aos pais, alunos e funcionários, bem como o incentivo à vacinação contra a Covid-19", disse.

Na última semana, a escola Shirley Mariano Estriga também suspendeu as aulas para desinfecção da unidade, onde foram confirmados nove casos positivos para Covid-19. As aulas retornaram na segunda-feira (16).

A prefeitura reforça que a vacinação contra a Covid-19 em Itanhaém está à disposição em todas as Unidades de Saúde da Família, que atendem de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h.

O Boletim Infogripe, divulgado nesta quinta-feira (28) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostra que os estados de Rio de Janeiro e de São Paulo continuam tendo aumento de casos de Covid-19. Segundo o coordenador do boletim, Marcelo Gomes, a circulação do vírus Sars-Cov-2 nesses locais continua levando a internações. 

“No Rio de Janeiro continua tendo um ritmo de crescimento na curva de novos casos semanais de Covid-19. Em São Paulo, é um ritmo lento de crescimento, restrito, assim como no Rio de Janeiro, à população de idade mais avançada. Mas é um sinal de que está presente. Ou seja, o vírus está circulando com maior intensidade, levando a aumento das internações, principalmente nos grupos mais vulneráveis”, explica Gomes. 

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Segundo ele, esse cenário é restrito principalmente aos dois estados. O pesquisador afirma que é importante manter o reforço em relação à convocação da população para que esteja em dia com a vacina contra a doença.

O boletim usa como base os dados da semana epidemiológica 38 (de 17 a 23 de setembro). Nas últimas quatro semanas, 44,2% dos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no país foram provocados pela covid-19. Entre os óbitos, a Covid-19 responde por 77,5%.

Pessoas com maior nível de escolaridade tendem a acreditar menos em teorias conspiratórias, de acordo com o relatório Education at a Glance 2023, lançado nesta terça-feira (12) pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os dados mostram que essas pessoas tentem a se engajar mais civicamente, fazendo trabalhos voluntários, ou mesmo participando de manifestações. 

A pesquisa revela que, entre os adultos com ensino superior, cerca de 15% acreditam na teoria conspiratória de que o coronavírus foi desenvolvido por alguma organização ou governo. Entre aqueles que não concluíram o ensino médio, a porcentagem dobra, chegando a mais de 30%. Aproximadamente as mesmas porcentagens acreditam que grupos de cientistas manipulam, fabricam e escondem evidências para enganar as pessoas. 

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Segundo o relatório, tais crenças são perigosas e desinformam a população. “No debate público, as teorias da conspiração têm sido consideradas fatores por detrás do crescente populismo político e da relutância em seguir recomendações para limitar a propagação da covid-19. De um modo mais geral, a crença em teorias da conspiração está ligada a uma série de práticas social e individualmente prejudiciais”, diz o texto. 

O relatório Education at a Glance 2023 reúne uma série de dados relacionados à educação, de diferentes fontes de diferentes países. Estes, por exemplo, são dados de questionário aplicado em 2020, em meio à pandemia, a pessoas de 25 a 64 anos. Participaram cerca de 32 países, dentre os quais, membros da OCDE e candidatos a membros do grupo. O Brasil não participou desse formulário. 

“Trata-se de uma área que a OCDE vem pesquisando: a capacidade crítica dos alunos, das crianças e dos adolescentes de ver uma informação e avaliar se está correta, se não se trata de uma fake news [notícia falsa]”, disse a técnica da OCDE Manuela Fitzpatrick, em webinário realizado para divulgação do relatório no Brasil.

No Brasil, o combate à desinformação também vem sendo discutido. No âmbito nacional, está sendo elaborada uma política nacional de educação midiática, que, de forma geral, inclui um conjunto de habilidades para analisar, criar e participar de maneira crítica do ambiente informacional e midiático em todos os seus formatos. A chamada Estratégia Brasileira de Educação Midiática está sendo discutida na Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, que realizou recentemente uma consulta pública para definir as principais diretrizes dessa política.

Além do aspecto da desinformação, os dados do Education at a Glance mostram que, quanto maior o nível de escolaridade, mais as pessoas tendem a se engajar civicamente. Aproximadamente 25% das pessoas com ensino superior fazem trabalhos voluntários em organizações sem fins lucrativos. Entre aquelas que não concluíram o ensino médio, a porcentagem cai para menos de 12%. Cerca de 10% das pessoas com ensino superior participam de manifestações públicas e em torno da metade, 6%, daqueles com ensino médio incompleto o fazem.

Relatório

O estudo Education at a Glance reúne informações sobre o estado da educação em todo o mundo. Fornece dados sobre estrutura, finanças e o desempenho dos sistemas educativos nos países da OCDE e em países candidatos e parceiros da organização. Este ano, foram analisados dados de 49 países, dos quais 38 pertencem à OCDE e 11, entre os quais, o Brasil, são parceiros.  

A edição de 2023 é centrada no ensino e na formação profissional. A edição inclui também um novo capítulo - Garantir a aprendizagem contínua aos refugiados ucranianos - que apresenta os resultados de uma pesquisa da OCDE 2023 que recolheu dados sobre as medidas tomadas pelos países da OCDE para integrar essas pessoas em seus sistemas educativos.

O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira (5) não ser possível atribuir a alta de casos de Covid-19 no país à nova variante EG.5, conhecida como Eris. De acordo com o ministério, houve elevação de 6% no número de casos confirmados de Covid-19, na comparação entre as semanas epidemiológicas 31 (30 de julho a 5 de agosto) e 32 (6 de agosto a 12 de agosto). A alta, segundo a pasta, no entanto, está dentro do esperado para o período.

“Conforme dados enviados pelas Secretarias Estaduais de Saúde, entre as semanas epidemiológicas (SE) 31 e 32 de 2023, foi observado um aumento de 6% no número de casos de Covid-19 notificados, taxa dentro do esperado para essa época do ano, quando aumentam os casos de infecções respiratórias. Ainda é prematuro afirmar que o aumento é causado pela nova variante EG.5”, disse a pasta, em nota.

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Até o momento, foram notificados quatro casos da nova variante EG.5 no Brasil: dois em São Paulo, um no Distrito Federal e um no Rio de Janeiro.

O ministério reforçou que a vacinação continua sendo a principal medida para prevenir casos graves da doença. “Mantém-se a recomendação para que os grupos de maior risco de agravamento pela doença continuem a seguir as medidas de prevenção e controle, como o uso de máscaras em locais fechados, mal ventilados ou com aglomerações, além do isolamento de pacientes infectados com o vírus”. 

A pasta ainda destacou que toda a rede do Sistema Único de Saúde (SUS) está disponibilizando, gratuitamente, o antiviral nirmatrelvir/ritonavir para ser utilizado no tratamento da infecção pelo vírus logo que os sintomas aparecerem e houver confirmação de teste positivo em pessoas dos grupos de risco.

Aumento de casos

De acordo com a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), a positividade dos testes de Covid-19 passou de 6,3%, na semana de 27 de julho a 4 de agosto, para 13,8%, na semana de 12 a 18 de agosto. A entidade utiliza dados de empresas privadas que representam 65% do volume de exames realizados pela saúde suplementar no país.

Segundo o Instituto Todos Pela Saúde, que usa dados dos laboratórios Dasa, DB Molecular, Fleury, Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), Hilab, HLAGyn e Sabin, a taxa de resultados positivos para SARS-CoV-2 (Covid-19) dobrou em um mês, passando de 7% para 15,3% entre as semanas encerradas em 22 de julho e 19 de agosto. Os percentuais mais elevados foram observados nas faixas etárias de 49 a 59 anos (21,4%) e acima de 80 anos (20,9%). 

Para o virologista e pesquisador do Instituto Todos Pela Saúde, Anderson Fernandes de Brito, a alta dos resultados positivos pode estar ligada a chegada da nova variante no Brasil. 

“Quando a gente olha, por exemplo, para dados de países que estão ainda mantendo volumes maiores de sequenciamento [genômico das variantes] como os Estados Unidos, por exemplo, a gente observa que a variante EG.5 tem aumentado de frequência de semana após semana”, destaca Brito. 

“Existe um certo atraso entre coletar uma amostra e isso se tornar um genoma [no Brasil]. E esse atraso, às vezes, ele pode levar semanas, duas, três, quatro semanas. Isso é um padrão muito comum. Então vai levar um tempo para que a gente observar que essa variante está aumentando em frequência [também no Brasil]”, acrescentou.

O virologista destacou que a vacinação contra a Covid-19 é a melhor maneira de se proteger da doença.

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) reforça a recomendação para que todas as pessoas tomem a vacina bivalente contra a Covid-19. De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Dr. Luizinho, “neste momento, a melhor forma de prevenção contra o vírus, incluindo a subvariante Ômicron EG.5.13, conhecida como Éris, é a vacina bivalente, que está disponível nos postos de saúde dos 92 municípios do estado”, alertou.

O secretário fez apelo à população para que compareça hoje (2) aos postos de saúde no Dia D de Multivacinação. “Nós estamos convocando todas as crianças que ainda não tomaram as doses da vacina no período adequado que compareçam às unidades de saúde para completar a caderneta de vacinação. A população deve aproveitar também para tomar a vacina bivalente, principalmente às pessoas acima de 60 anos para reforçar a imunização contra a Covid-19”, avaliou.

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Subvariante da Ômicron

A cidade do Rio de Janeiro teve o primeiro registro da nova linhagem da subvariante da Ômicron, conhecida como Éris ou EG.5.11(23). O caso foi notificado ao Centro de Informações Estratégicas de Vigilância da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (CIEVS/SES-RJ) na noite da última quarta-feira, (30), após confirmação pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o paciente, de 46 anos, não foi imunizado com a dose de reforço da vacina bivalente contra a Covid-19. A recomendação da Secretaria Municipal de Saúde é que todas as pessoas maiores de 12 anos tomem a dose de reforço, que mantém a proteção contra casos graves da variante Ômicron.

Casos importados

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), informou que os dois casos mais recentes, provavelmente foram de pessoas que contraíram a doença fora do Rio. Os casos envolvem uma paciente do sexo feminino, de 34 anos, e um bebê do sexo masculino, de um ano de idade. Os dois são da mesma família e iniciaram os sintomas da doença, na segunda semana de agosto, nos dias 10 e 11. Eles apresentaram febre e sintomas respiratórios, uma semana após retornarem da Chapada dos Veadeiros (GO). Os sintomas apareceram inicialmente em um deles, com um quadro de resfriado de curta duração, quatro dias após o retorno da viagem.

As amostras coletadas foram analisadas pelo Laboratório de Virologia Molecular/Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em nota, a UFRJ informou que “o histórico de retorno recente de localidade com grande concentração de turistas internacionais de variadas procedências e o curto espaço de tempo para o adoecimento apontava para infecção importada, seguida de infecção intradomiciliar”. Os dois passam bem.

O Brasil confirmou na quarta-feira (30) mais dois casos da variante EG.5 da Covid-19, uma subvariante da Ômicron, conhecida popularmente como Éris, no Rio de Janeiro e no Distrito Federal. No Rio, o paciente não tem histórico de viagem, o que indica que há transmissão local desse tipo de linhagem. No Distrito Federal, uma criança com menos de 2 anos recebeu a confirmação. Ela ficou internada, mas já recebeu alta médica.

Atualmente, esse é o tipo mais comum no mundo todo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já registrou infecções por essa nova cepa em mais de 50 países. O primeiro caso da nova variante da Covid-19 no Brasil foi confirmado na noite do dia 17 de agosto em São Paulo.

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Rio de Janeiro aponta transmissão local da variante Éris

Na quarta-feira, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Rio de Janeiro confirmou o primeiro caso da subvariante da Ômicron na cidade, atestada pelo laboratório de sequenciamento genético da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Trata-se de um paciente do sexo masculino, de 46 anos, que apresentou sintomas leves, manteve isolamento domiciliar e não apresenta mais os sintomas.

"Ele não tem histórico de viagem, o que indica que há transmissão local dessa linhagem", afirma a secretaria do Rio.

Ainda de acordo com a pasta, o paciente não havia tomado a dose de reforço da bivalente contra Covid-19, o que reforça a recomendação da secretaria para que todas as pessoas maiores de 12 anos realizem a imunização, que mantém a proteção contra casos graves da doença.

"É importante destacar que a cidade do Rio alcançou alta cobertura vacinal, atingindo 98% no esquema inicial (primeira e segunda dose). No entanto, a proteção vai caindo ao longo do tempo, o que torna indispensável tomar a dose de reforço", alerta a secretaria.

No Rio, as vacinas estão disponíveis nas 238 unidades de Atenção Primária (clínicas da família e centros municipais de saúde). Além do Super Centro Carioca de Vacinação, em Botafogo, que funciona todos os dias, de domingo a domingo, das 8h às 22h, e nos postos extras espalhados pela cidade.

No Distrito Federal, criança com menos de 2 anos recebeu diagnóstico

O Distrito Federal também detectou pela primeira vez a presença da nova subvariante da Ômicron. A paciente é uma bebê com menos de 2 anos que foi atendida no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) em 11 de agosto. Com sintomas respiratórios, a criança foi internada, tratada e recebeu alta no dia 14.

"Ao todo, a Secretaria de Saúde analisou 30 amostras de exames de diferentes regiões administrativas, porém, somente o caso da bebê atendida no HMIB foi positivo para a nova subvariante", disse a pasta, em nota.

Para o subsecretário de Vigilância à Saúde do Distrito Federal, Divino Valero Martins, não há motivos para a população se preocupar, no momento. "Estamos atentos a questões das variantes da Ômicron. Essa ação demonstra a eficácia da rede de saúde do DF ao detectar, quase em tempo real, uma subvariante por meio das unidades sentinelas e do Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal)", disse ele.

Embora seja altamente contagiosa, a mutação não demonstrou sinais de grande risco para a maior parte da população, ainda de acordo com Martins.

Até o momento, os relatos são de sintomas muito parecidos com os causados pela Ômicron original:

Febre

Dor de cabeça

Dor no corpo

Dor de garganta

Nariz escorrendo

Confirmação do primeiro caso no Brasil

O primeiro caso da nova variante da Covid-19 no Brasil foi confirmado na noite do dia 17 de agosto, em São Paulo. Uma paciente do sexo feminino, com 71 anos de idade, residente na zona sul da capital paulista, recebeu o diagnóstico.

Os primeiros sintomas de febre, tosse, fadiga e dor de cabeça começaram em 30 de julho, sendo que ela fez a coleta para exame laboratorial em 8 de agosto. A mulher chegou a dar entrada em unidade hospitalar privada no dia 3 de agosto, mas teve alta médica no dia seguinte. Na ocasião, a paciente tinha o esquema completo de vacina contra a Covid-19 monovalente e ainda não havia se vacinado com a dose de reforço bivalente.

Importância da vacinação

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, para evitar casos graves, a vacinação é a principal medida de proteção. "A recomendação da vacinação como principal medida de combate à Covid-19 se torna cada vez mais importante, com atualização das doses de reforço para prevenção da doença", disse em comunicado.

Desde o fim da emergência, decretado pela OMS em maio deste ano, ainda se mantém a recomendação para que os grupos de maior risco de agravamento pela doença continuem a seguir as medidas de prevenção e controle não farmacológicas, incluindo o uso de máscaras em locais fechados, mal ventilados ou aglomerações, além do isolamento de pacientes infectados com o vírus SARS-CoV-2. Ainda conforme o ministério, a recomendação também vale para pessoas com sintomas gripais.

Mais pessoas testaram positivo para Covid-19 em agosto, mostra análise do Instituto Todos pela Saúde (ITpS). A taxa de positividade dos testes dobrou em relação a julho, passando de 7% para 15,3%.

No último dia 17, o Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso de contaminação pela nova variante Éris, que já é dominante nos Estados Unidos. De acordo com a pasta, a vacinação em dia continua sendo o principal método de combate ao vírus.

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Segundo o ITpS, os porcentuais mais elevados de positividade são observados nas faixas etárias de 49 a 59 anos (21,4%) e acima de 80 anos (20,9%). As análises foram feitas baseadas em dados de 1.196.275 diagnósticos moleculares feitos entre 14 de agosto de 2022 e 19 de agosto de 2023 pelos laboratórios Dasa, DB Molecular, Fleury, Hospital Israelita Albert Einstein, Hilab, HLAGyn e Sabin.

Nos Estados analisados, Minas Gerais (21,4%) e Goiás (20,4%) são os que apresentam as maiores taxas de positividade para a doença. Em seguida, estão Distrito Federal (19,5%), Paraná (15,7%), São Paulo (14,1%) e Mato Grosso (13,6%).

"O maior crescimento de resultados positivos no mês de agosto foi observado em Goiás, de 8% para 20%", afirma o instituto.

Em agosto, a nova variante do coronavírus, Éris, foi identificada pela primeira vez no Brasil. O primeiro caso foi confirmado no dia 17, em São Paulo, mas especialistas acreditam que ela já estava circulando no País antes. Por causa do baixo índice de testagem, ela provavelmente só não tinha sido encontrada ainda pelos laboratórios.

Quais os cuidados contra Covid recomendados por autoridades neste momento?

De acordo com a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, apesar do alerta da OMS sobre a circulação da subvariante, não há indicação para recomendar o uso de máscara para toda a população. Segundo ela, a pasta monitora e avalia as evidências científicas mais atuais em níveis internacionais e o cenário epidemiológico da Covid-19. A recomendação continua sendo que a população mantenha a vacinação em dia.

"No atual contexto, as orientações continuam as mesmas. A vacinação é a melhor medida de combate à Covid-19, com a atualização das doses de reforço para prevenção da doença, sobretudo para os grupos de risco, idosos e crianças. Tomar a dose adicional, preferencialmente as vacinas polivalentes, que o ministério colocou à disposição da população", enfatiza Ethel.

Segundo dados do "vacinometro" do Ministério da Saúde, menos da metade dos brasileiros tomaram dose de reforço da vacina contra Covid-19 até esta quarta-feira, 30 de agosto. Dos cerca de 214 milhões de brasileiros, só 105 milhões compareceram aos postos de saúde para o reforçar a imunização contra a doença.

Em julho, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo emitiu um alerta dizendo que menos de 20% dos adultos que residem na capital tomaram a nova dose bivalente. A pasta promoveu campanhas em terminais do Metrô e da CPTM para tentar aumentar a adesão dos cidadãos.

Desde o fim da emergência, decretada pela OMS em maio deste ano, ainda se mantém a recomendação para que os grupos de maior risco de agravamento pela doença continuem a seguir as medidas de prevenção e controle não farmacológicas, incluindo o uso de máscaras em locais fechados, mal ventilados ou aglomerações, além do isolamento de pacientes infectados com o vírus SARS-CoV-2. O mesmo vale para pessoas com sintomas gripais.

"Também está disponível gratuitamente em toda a rede do Sistema Único de Saúde (Sus) o antiviral nirmatrelvir/ritonavir para ser utilizado no tratamento da infecção pelo vírus logo que os sintomas aparecerem e houver confirmação de teste positivo", acrescenta a pasta.

Confira como está funcionando o esquema vacinal contra covid-19 hoje:

- Crianças de 6 meses a 2 anos de idade: esquema básico são 3 aplicações (D1 + D2 + D3);

- Crianças de 3 a 4 anos de idade: esquema básico iniciado com Pfizer Baby são 3 aplicações de Pfizer Baby (D1 + D2 + D3). Esquema básico iniciado com Coronavac são 2 aplicações (D1 + D2). Depois das doses do esquema básico, todas devem tomar uma dose de reforço;

- Crianças de 5 a 11 anos de idade: esquema básico são 2 aplicações (D1 + D2). Depois, é preciso tomar uma dose de reforço;

- Adolescentes de 12 a 17 anos de idade: esquema básico são 2 aplicações (D1 + D2). Depois, mais uma dose de reforço;

- Adultos: esquema básico são 2 aplicações (D1 + D2). Depois, é preciso tomar uma dose de reforço com Pfizer Bivalente;

- Idosos: esquema básico são 2 aplicações (D1 + D2). Depois, é preciso tomar uma dose de Reforço com Pfizer Bivalente;

- Pessoas imunossuprimidas com 5 anos ou mais: esquema básico são 3 aplicações (D1 + D2 + D3). Depois, é preciso tomar uma dose de reforço comum para crianças de 5 a 11 anos ou uma dose de reforço com Pfizer Bivalente para pessoas com 12 anos ou mais.

A China não mais exigirá que os turistas que cheguem ao país tenham um teste negativo de Covid-19, a partir da quarta-feira (30). Trata-se de um marco para o fim das restrições contra o vírus, impostas no país desde o início de 2020.

Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin anunciou a mudança na política, em briefing nesta segunda-feira (28). Fonte: Associated Press.

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A Coreia do Norte deu mais um passo na suspensão do seu rígido confinamento devido à Covid-19, permitindo que os seus cidadãos no exterior voltem ao país, informou a mídia estatal neste domingo (27).

A agência estatal KCNA publicou que a sede estatal de Prevenção de Emergências determinou que “os cidadãos no exterior foram autorizados a voltar para casa”.

“Aqueles que regressarem ficarão sob a devida observação médica em locais de quarentena durante uma semana”, acrescentou. Especificou que a decisão foi tomada “em relação ao alívio global da situação pandêmica”.

A Coreia do Norte fechou as suas fronteiras no início de 2020 em resposta à pandemia do coronavírus, impedindo até a entrada dos seus próprios cidadãos.

As mudanças indicam que a Coreia do Norte modificará a sua rigorosa política anticovid para suspender gradualmente as medidas de quarentena, disse à AFP Cheong Seong-chang, pesquisador do Instituto Sejong.

“Com o último anúncio, espera-se um retorno em grande escala dos norte-coreanos por terra”, acrescentou. Pyongyang começou gradualmente a mostrar sinais de suspensão das restrições sanitárias.

- Primeiras aberturas -

Em julho, autoridades chinesas e russas participaram de uma parada militar em Pyongyang, tornando-se os primeiros dignitários estrangeiros a visitar o país em anos.

Na semana passada, uma delegação de atletas norte-coreanos participou de uma competição de taekwondo no Cazaquistão, enquanto a companhia aérea estatal Air Koryo realizou o seu primeiro voo comercial internacional em três anos.

O voo chegou ao aeroporto de Pequim na manhã de terça-feira e jornalistas da AFP observaram dois norte-coreanos, reconhecíveis por usarem distintivos com os rostos dos ex-líderes Kim Il Sung e Kim Jong Il, passando pelo portão de desembarque.

O Ministério das Relações Exteriores da China disse ter autorizado a retomada dos voos comerciais entre Pequim e Pyongyang.

"Durante a temporada de viagens de verão e outono (...) o lado chinês aprovou planos para voos de passageiros, como as rotas Pyongyang-Pequim e Pequim-Pyongyang da Air Koryo", disse o ministério chinês na segunda-feira.

No entanto, os analistas esclarecem que o governo norte-coreano ainda não está pronto para abrir totalmente as suas fronteiras.

“Primeiro, os norte-coreanos não foram vacinados”, disse Cho Hanbum, pesquisador do Instituto Coreia para a Unificação Nacional.

Ele acrescentou que Pyongyang pode estar assustada com o “colapso” do sistema médico chinês após a sua decisão repentina, em dezembro, de pôr fim à sua política de Covid Zero, que manteve durante três anos.

A China registrou um aumento maciço nas hospitalizações e mortes que, segundo alguns especialistas, teriam deixado cerca de 2 milhões de mortos nas semanas seguintes à suspensão da Covid Zero.

O sistema de saúde norte-coreano é um dos mais deficientes do mundo e carece de vacinas contra a covid, de tratamentos antivirais ou de capacidade para realizar testes em massa.

O Brasil confirmou o primeiro caso da variante EG.5 da Covid-19, uma subvariante da Ômicron, conhecida popularmente como Éris, no Estado de São Paulo, segundo informações do Ministério da Saúde.

Conforme a pasta, a notificação veio do Estado de São Paulo na noite desta quinta-feira (17). Trata-se de uma paciente do sexo feminino, com 71 anos de idade, que reside na capital paulista. Atualmente, este é o tipo mais comum no mundo todo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) já registrou casos desta nova cepa em ao menos 51 países.

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De acordo com o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), a paciente já está curada, tendo apresentado os primeiros sintomas de febre, tosse, fadiga e dor de cabeça em 30 de julho, sendo que fez a coleta para exame laboratorial em 8 de agosto. "A informação é de que a senhora está com o esquema vacinal completo", afirma o ministério.

Apesar da confirmação, o ministério reforça que a situação permanece estável no País e afirma que monitora permanentemente o cenário epidemiológico da doença.

Conforme a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES), a paciente chegou a dar entrada em unidade hospitalar privada no dia 3 de agosto, mas teve alta médica no dia seguinte. Na quinta-feira, o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) recebeu a confirmação do primeiro caso da nova cepa EG.5, por meio do laboratório de hospital privado da capital paulista.

A secretaria estadual afirma ainda que a confirmação de variantes ocorre por meio de sequenciamento genético. "A pasta mantém o monitoramento do cenário epidemiológico em todo o território estadual. A investigação epidemiológica será realizada pela vigilância municipal", disse em nota.

"Monitoramos e avaliamos permanentemente as evidências científicas mais atuais em nível internacional e o cenário epidemiológico da covid-19. A pasta está atenta às informações sobre novas subvariantes e mantém contato permanente com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a OMS sobre o cenário internacional", ressaltou em nota o Ministério da Saúde.

Ainda de acordo com o ministério, para evitar casos graves, a vacinação é a principal medida de proteção. "A recomendação da vacinação como principal medida de combate à covid-19 se torna cada vez mais importante, com atualização das doses de reforço para prevenção da doença", disse em comunicado.

Desde o fim da emergência, decretado pela OMS em maio deste ano, ainda se mantém a recomendação para que os grupos de maior risco de agravamento pela doença continuem a seguir as medidas de prevenção e controle não farmacológicas, incluindo o uso de máscaras em locais fechados, mal ventilados ou aglomerações, além do isolamento de pacientes infectados com o vírus SARS-CoV-2. Ainda conforme o ministério, a recomendação também vale para pessoas com sintomas gripais.

"Também está disponível gratuitamente em toda a rede do Sistema Único de Saúde (Sus) o antiviral nirmatrelvir/ritonavir para ser utilizado no tratamento da infecção pelo vírus logo que os sintomas aparecerem e houver confirmação de teste positivo", acrescenta a pasta.

Antes da confirmação do primeiro caso no Brasil, na manhã de quinta-feira, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) já havia feito alerta sobre a variante. A SBI recomendou o uso de máscaras pela população de risco, como idosos, gestantes e imunodeprimidos, em ambientes fechados.

A cepa possui mutações que conferem maior capacidade de transmissão e de escape imune, tornando-a capaz de aumentar o número de casos mundialmente e se tornar a cepa predominante. Apesar destas características, a OMS classificou a EG.5 como de baixo risco para a saúde pública em nível global uma vez que não apresentou mudanças no padrão de gravidade de doença (hospitalização e óbitos) comparada às demais.

A farmacêutica Moderna anunciou hoje que dados de estudos clínicos preliminares sugerem que sua vacina mais atualizada contra a covid-19 é eficiente contra as novas variantes do vírus. A empresa espera que as doses estejam disponíveis nos Estados Unidos dentro das próximas semanas.

O imunizante mostrou impulsionar significativamente os anticorpos neutralizadores da variante Eris (EG.5) e da Fornax (FL 1.5.1), disse a Moderna em comunicado à imprensa.

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A vacina em questão é a versão atualizada para a temporada de vacinação do outono (no hemisfério norte) e ainda não foi aprovada nos Estados Unidos.

A ação da companhia subiu 7,40% no mercado à vista e avançava 0,62% nos after hours em Nova York, às 18h. A valorização das fabricantes de vacina na bolsa ocorre à medida que crescem os casos de infecção pelas novas variantes.

Uma nova cepa do vírus da Covid-19 tem chamado a atenção nas últimas semanas. Conhecida popularmente por Éris, a EG.5 é uma subvariante da Ômicron, atualmente o tipo mais comum no mundo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) já registrou casos dessa cepa em 51 países, mas a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) informa que "não houve modificação no cenário de casos notificados de Covid-19 ou aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil".

Com base nos dados registrados no País, a SBI declarou que não há necessidade de mudança nas recomendações vigentes. Especialistas também têm ressaltado que não há motivos para alarmismo, mas apontam para a importância de as pessoas estarem atentas à cobertura vacinal. Isso porque, apesar da percepção geral de que variantes como a Ômicron resultam em infecções menos graves, estar protegido é fundamental.

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"Ela só é menos perigosa se as pessoas se vacinarem. Já há dados sobre a Ômicron - não especificamente sobre a Éris - que demonstram que essa percepção de ela gerar doença menos grave não é por características dela, mas sim pela vacinação", sustenta a biomédica Mellanie Fontes-Dutra, da Rede Análise Covid-19.

Quais são os sintomas da variante Éris?

Os sintomas da Éris são os mesmos vistos em casos anteriores de covid, como coriza, espirros e tosse seca e contínua. Febre e dor de garganta também podem aparecer.

UFRJ voltou a adotar recomendação de máscaras

Devido às notícias sobre a Éris, muitas pessoas e até mesmo instituições decidiram retomar o uso de máscaras. No Rio, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) emitiu comunicado na quarta-feira, 16, recomendando o uso da proteção em ambientes fechados e em aglomerações em suas dependências. Nesta quinta-feira, 16, porém, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), afirmou em uma rede social que a prefeitura da cidade "é contrária a essa medida".

Sobre isso, Mellanie Fontes-Dutra lembra que as máscaras ajudam a evitar os riscos de exposição ao vírus. "Com o arrefecimento do número de hospitalizações da pandemia, muitas pessoas deixaram de usar, mas isso não muda o fato de que elas seguem eficazes", pondera.

Qual o risco em outros países?

Nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, a Éris já é a cepa dominante. Nos EUA, as autoridades de saúde pretendem administrar à população doses de reforço de vacinas contra o coronavírus feitas com uma nova fórmula. O imunizante é voltado para as subvariantes XBB, que foram responsáveis pela maioria das infecções em 2023.

Vale lembrar que, ainda que a Organização Mundial da Saúde (OMS) tenha decretado o fim da emergência em saúde há mais de três meses, a covid-19 persiste: segundos dados da própria organização, cerca de 300 mil casos da doença foram registrados no planeta nos últimos sete dias.

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