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O CEO da Moderna, Stéphane Bancel, disse à AFP que a vacina experimental contra o melanoma que sua companhia desenvolveu pode estar disponível em apenas dois anos, o que representaria um passo histórico contra a forma mais grave de câncer de pele.

Estima-se que, apenas em 2020, ocorreram, em nível mundial, 325.000 novos casos e 57.000 mortes pela doença.

"Acreditamos que, em alguns países, o produto poderia ser lançado com aprovação acelerada até 2025", afirmou em uma entrevista.

Diferentemente das convencionais, as chamadas vacinas terapêuticas tratam uma doença, em vez de preveni-la. Mas também atuam treinando o sistema imunológico do corpo humano contra o agente invasor.

Atualmente, as vacinas terapêuticas representam uma verdadeira esperança em oncologia, uma "imunoterapia 2.0", segundo Bancel.

Os projetos da Moderna receberam um impulso nesta quinta-feira (14) com os últimos resultados dos ensaios clínicos, que mostram uma melhora nas possibilidades de sobrevivência, graças à vacina.

A tecnologia utilizada é o RNA mensageiro (RNAm), que demonstrou ser muito eficaz contra as formas graves de Covid-19.

Em um estudo, do qual participaram 157 pessoas com melanoma avançado, a vacina da Moderna, em combinação com o fármaco de imunoterapia Keytruda, do Laboratório Merck, reduz o risco de recorrência, ou de morte, em 49% dos casos durante um período de três anos, em comparação com a administração exclusiva do Keytruda.

Em 2022, a Moderna já havia anunciado resultados de acompanhamento de dois anos que mostraram uma redução do risco de 44%.

"A diferença na sobrevivência está crescendo. Quanto mais passa o tempo, mais se vê essa vantagem", disse Bancel, explicando que a taxa de efeitos colaterais não havia aumentado.

"Temos uma a cada duas pessoas que sobrevive, em comparação com o melhor produto do mercado, o que, em oncologia, é enorme", afirmou.

- Em busca de uma aprovação rápida -

Os ensaios clínicos existentes podem constituir a base para a aprovação condicional da vacina, conhecida como ARNm-4157m, afirmou Bancel.

Neste cenário, um estudo mais amplo, de "fase 3", do qual participarão mil pessoas e que a Moderna fará em 2024, poderia confirmar a autorização condicional anterior.

Tanto a Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados (FDA, em sua sigla em inglês) como a Agência Europeia de Medicamentos colocaram a terapia em uma via de revisão acelerada.

O desenvolvimento da vacina começa com o sequenciamento do genoma do tumor de cada paciente e a identificação de mutações específicas para codificar.

Trata-se de um exemplo de medicina "individualizada" adaptada "apenas à pessoa tratada", afirmou Bancel.

Para se preparar para o lançamento da vacina no mercado, a Moderna está construindo uma nova fábrica em Massachusetts para ter um fornecimento abundante, um requisito da FDA.

Na segunda-feira (11), a companhia anunciou o começo de um ensaio de "fase 3" para uma vacina ARNm contra o câncer de pulmão e está estudando outros tipos de tumores.

A esperança de Bancel é combinar essas vacinas contra o câncer com "biópsias líquidas", testes inovadores que detectam sinais de tumores pela análise de sangue, e que começaram a estar disponíveis nos Estados Unidos.

Quanto mais rápido puder se detectar o câncer, melhor funcionarão os novos medicamentos da Moderna, afirma Bancel.

Outras empresas, como a BioNTech, também estão trabalhando em vacinas terapêuticas individualizadas contra o câncer.

Referência para todo ordenamento jurídico brasileiro, a Constituição Federal (CF) de 1988 completou 35 anos nesta quinta-feira (5). Muito além da ampliação de direitos e garantias sociais, o texto considerado moderno para a época já citava a defesa do Meio Ambiente e impôs limites no Estado após a ditadura.

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A Assembleia Nacional Constituinte completa 30 anos de instalação. Na foto, o presidente da assembleia, deputado Ulysses Guimarães, no dia da promulgação do texto - Arquivo/Agência Brasil

O Defensor-Público Geral de Pernambuco, Henrique Seixas, destacou que o documento consolidou a luta pelos Direitos Humanos ao longo da sua existência. Também conhecida como "Constituição Cidadã", a CF88 buscou refletir o compromisso do Estado com a promoção, proteção e defesa das gerações dos Direitos Humanos no país, sobretudo a igualdade.

"Para combater a discriminação e garantir que os direitos sejam protegidos igualmente para todos os cidadãos, a proteção dos vulneráveis, os direitos sociais e econômicos que foram ainda mais alavancados com a Constituição Federal, o combate à impunidade, a participação cidadã, que é a participação em liberdade de expressão e a possibilidade, lógico, das pessoas também terem os seus direitos reparados quando tenham essa violação, o que foi muito bem refletido com essa Constituição", observou Seixas.

O dia da promulgação do texto - Arquivo/Agência Brasil

Em seus 35 de história, a Constituição se mostrou pujante nos momentos de tensão institucional e suportou diversos ataques. Nesse período, ela se mostrou flexível por acompanhar as mudanças sociais sem se afastar do entendimento original.

"Podemos dizer e assegurar que essa constituição ainda é muito atual. Ela tem um compromisso muito grande com a sociedade e com as relações do dia a dia", sintetizou o defensor-geral.

"Apesar dela ter 35 anos, a nossa Constituição foi à frente do seu tempo àquela época. Já observou que poderia acompanhar essas modificações das atividades sociais, da nossa vida cotidiana, tendo já diversas matérias sido abordadas ou já deixando, pelo menos, um direcionamento de como elas deveriam ser norteadas mais à frente. É lógico que muitas coisas da atualidade podem não estar previstas especificamente e detalhadamente na Constituição, mas ali, pelo menos, terão todos os princípios que irão nortear a análise de cada uma dessas situações sociais e cotidianas dos brasileiros", resumiu Henrique Seixas.

A farmacêutica Moderna anunciou hoje que dados de estudos clínicos preliminares sugerem que sua vacina mais atualizada contra a covid-19 é eficiente contra as novas variantes do vírus. A empresa espera que as doses estejam disponíveis nos Estados Unidos dentro das próximas semanas.

O imunizante mostrou impulsionar significativamente os anticorpos neutralizadores da variante Eris (EG.5) e da Fornax (FL 1.5.1), disse a Moderna em comunicado à imprensa.

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A vacina em questão é a versão atualizada para a temporada de vacinação do outono (no hemisfério norte) e ainda não foi aprovada nos Estados Unidos.

A ação da companhia subiu 7,40% no mercado à vista e avançava 0,62% nos after hours em Nova York, às 18h. A valorização das fabricantes de vacina na bolsa ocorre à medida que crescem os casos de infecção pelas novas variantes.

Um teste feito pela Moderna mostrou que a vacina contra o câncer produzida pela empresa ajudou a prevenir recaídas em pacientes com melanoma, segundo resultados de um teste intermediário do laboratório.

De acordo com o estudo, um total de 79% dos pacientes com câncer de pele de alto risco que receberam a vacina personalizada da Moderna e a imunoterapia Keytruda da Merck & Co. estava livre da doença em 18 meses. Somente com a imunoterapia, a recuperação foi de 62% dos pacientes que participaram do teste, disseram os pesquisadores responsáveis neste domingo (16).

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Feito com 157 pessoas, o estudo oferece evidências mais fortes de que essas vacinas podem beneficiar pacientes com câncer. "Estou bastante encorajado com o fato de que isso abrirá um novo conjunto de testes", disse Jeffrey Weber, investigador sênior do estudo e vice-diretor do Perlmutter Cancer Center da NYU Langone Health.

A Moderna e a Merck querem expandir as pesquisas para outros tipos de tumor, como câncer de pulmão de células não pequenas. Ainda neste ano, as empresas querem realizar um estudo maior para testar a segurança e eficácia da vacina no tratamento de melanoma de alto risco.

Um pedido de Autorização de Uso Emergencial para a versão da vacina bivalente contra a covid-19, desenvolvida pelo laboratório farmacêutico Moderna e comercializada pela Adium, foi apresentado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nesta sexta-feira (17).

Segundo a Anvisa, a vacina bivalente contém uma mistura de cepas do vírus SARS-Cov-2 e promete conferir maior proteção à variante Ômicron, quando comparada com vacinas monovalentes. Por sua transmissibilidade, observa a agência, a variante Ômicron causa preocupação às autoridades sanitárias do país.

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A Adium havia apresentado o pedido de registro da vacina, em janeiro. "Este pedido se encontra em análise pela equipe técnica da Anvisa. Porém, a empresa decidiu protocolar a Autorização de Uso Emergencial, paralelamente ao pedido do registro, de acordo com a manifestação favorável do Ministério da Saúde, conforme previsto no parágrafo único do Art. 1º da Resolução (RDC) 688, de 13 de maio de 2022", explicou a agência, em nota.

Uso Emergencial

Uma vez recebido o pedido de Autorização de Uso Emergencial, a Anvisa tem 30 dias para concluir sua avaliação. Esse prazo é interrompido sempre que for necessário solicitar à empresa a complementação de informações ou esclarecimentos sobre os dados de qualidade, de eficácia e de segurança apresentados.

A empresa de biotecnologia americana Moderna anunciou nesta sexta-feira (26) que apresentará uma denúncia contra Pfizer e BioNTech por violação de patente sobre sua vacina de RNA mensageiro contra a Covid-19.

"A Moderna está convencida de que a vacina Comirnaty Covid-19 da Pfizer e da BioNTech infringe patentes registradas pela Moderna entre 2010 e 2016, que cobrem a tecnologia fundamental de RNA mensageiro da Moderna", disse a empresa em comunicado.

Moderna e Pfizer/BioNTech foram as primeiras empresas do setor a fabricar vacinas contra o coronavírus, pouco tempo depois do início da pandemia, graças à tecnologia de RNA mensageiro, que permite que as células humanas fabriquem proteínas presentes no vírus para acostumar o sistema imunológico a reconhecê-lo e neutralizá-lo.

Até então, as vacinas se baseavam em formas enfraquecidas ou inativadas do vírus para treinar o corpo a se defender. O desenvolvimento de remédios, bem como ensaios clínicos para verificar sua segurança, poderia levar vários anos.

O uso da tecnologia de RNA mensageiro nas vacinas Moderna e Pfizer/BioNTech, entre as mais injetadas no mundo, foi o resultado de quatro décadas de pesquisas que superaram inúmeros obstáculos.

"Essa tecnologia inovadora foi crucial para o desenvolvimento da própria vacina de RNA mensageiro da Moderna, a Spikevax. A Pfizer e a BioNTech copiaram essa tecnologia, sem a permissão da Moderna, para fabricar o Comirnaty", acrescentou a declaração da Moderna.

A agência reguladora britânica de medicamentos anunciou nesta segunda-feira (15) a aprovação de uma nova vacina contra a Covid-19 do laboratório Moderna, que tem como alvo a variante ômicron, uma novidade mundial, segundo a empresa farmacêutica.

A versão consiste em uma dose de reforço "bivalente", ou seja, metade protege contra a cepa original do vírus e a outra metade contra a variante ômicron. A fórmula "produz uma forte resposta imunológica" contra ambas, incluindo as subvariantes da ômicron BA.4 e BA.5, informou a Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA) do Reino Unido.

O novo produto foi aprovado para as "doses de reforço nos adultos", acrescentou a agência britânica, que concluiu que a nova vacina "cumpre com os parâmetros de segurança, qualidade e eficácia".

Os efeitos colaterais são "tipicamente leves" e similares aos observados nas vacinas originais contra a doença, segundo a MHRA.

O CEO da Moderna, Stéphane Bancel, destacou o "papel importante" que pode ser desempenhado pela "nova geração" de vacinas na proteção contra a covid-19. Ele destacou que o Reino Unido é o primeiro país a aprovar uma vacina bivalente contra a ômicron, a variante de maior presença na Europa.

Na semana passada, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) anunciou que uma vacina anticovid da Pfizer/BioNTech contra duas subvariantes da cepa ômicron, a BA.4 e a BA.5, pode ser aprovada nos próximos meses.

O Brasil pode ter uma vacina contra a Covid-19 para bebês a partir dos seis meses até o final de 2022. A farmacêutica Zodiac, representante da Moderna Inc. no Brasil, pretende submeter o imunizante desenvolvido pela empresa americana para análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda neste semestre.

Ainda sem nenhum registro no Brasil, o objetivo é que a vacina da Moderna contra o coronavírus seja aplicada por aqui em toda a população acima dos seis meses de idade, incluindo crianças, adolescentes e adultos. Segundo a Zodiac, o dossiê para o pedido de registro definitivo está sendo elaborado e "engloba o uso da vacina para todas as idades em que os estudos mostram eficácia".

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A empresa submeteu na última quinta-feira, 28, dois pedidos emergenciais ao Food and Drug Administration (FDA, agência regulatória dos Estados Unidos) para que o imunizante seja administrado em bebês e crianças de seis meses a dois anos e em crianças de dois aos seis anos de idade. O aval também foi solicitado à A princípio, o esquema vacinal completo nessa população seria baseado em uma série de duas doses de 25 µg.

A expectativa da Moderna é que o aval da FDA saia ainda em junho deste ano, quando um grupo da agência deve avaliar o pedido. Nos Estados Unidos, o imunizante já é aplicado na população com seis anos ou mais.

Caso receba a autorização, essa seria a primeira vacina contra o coronavírus autorizada em crianças e bebês dessa idade em todo o mundo. No Brasil, o Instituto Butantan também tenta a autorização da Anvisa para aplicar a Coronavac em crianças de três a seis anos.

Dados promissores

O pedido da Moderna é baseado nos resultados positivos das fases 2 e 3 de um estudo feito com crianças dos seis meses aos seis anos, durante o qual a vacina demonstrou "uma resposta robusta de anticorpos neutralizantes" e "perfil de segurança favorável" nessa faixa etária. "Estamos orgulhosos de compartilhar que enviamos para autorização a nossa vacina contra covis-19 para crianças pequenas", disse Stéphane Bancel, presidente corporativo da Moderna.

Segundo informações divulgadas pela empresa, as estimativas de eficácia são semelhantes às encontradas na população adulta contra variante Ômicron e após duas doses. A Moderna também afirma que os critérios estatísticos para similaridade com os adultos satisfez o objetivo principal do estudo.

Em abril, representantes da Anvisa, da Zodiac e da Moderna participaram de uma reunião técnica para tratar da regularização da vacina no País, que já conta com registro definitivo nos Estados Unidos, autorização emergencial da Organização Mundial da Saúde e é aplicada em outros 84 países.

A empresa de biotecnologia americana Moderna disse, nesta quarta-feira (23), que pedirá a aprovação de sua vacina contra a Covid-19 em crianças de seis meses a cinco anos depois que os ensaios comprovaram que é segura e gera uma forte resposta imune.

Duas doses de 25 microgramas administradas em crianças desta faixa etária produziram níveis de anticorpos semelhantes aos níveis alcançados por duas doses de 100 microgramas em jovens de 18 a 25 anos.

Com base nesses dados, a Moderna disse que nas próximas semanas apresentará solicitações de autorização à Agência de Medicamentos dos Estados Unidos (FDA), à Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e a outros reguladores.

Os resultados "são boas notícias para os pais de crianças menores de seis anos", disse o CEO da Moderna, Stephane Bancel, em nota. "Agora temos dados clínicos sobre o rendimento da nossa vacina em crianças de seis meses até adultos idosos".

A empresa, no entanto, registrou uma eficácia relativamente baixa da vacina, em relação aos casos em seus ensaios, que forma feitos durante a onda da variante ômicron.

A eficácia da vacina em crianças de seis meses a dois anos foi de 43,7% e de 37,5% nas de dois a cinco anos.

A Moderna, que afirmou que esses níveis são parecidos com os observados em adultos, está avaliando uma terceira dose para aumentá-los.

O ensaio envolveu 11.700 crianças nos Estados Unidos e Canadá, 4.200 delas com idades entre dois e seis anos e 2.500 entre seis meses e dois anos.

A Moderna acrescentou que, após consultas com a FDA, também pedirá a aprovação de duas doses de 50 microgramas em crianças de seis a 11 anos e atualizará seu pedido de autorização para adolescentes de 12 a 17 anos.

A EMA e outros reguladores já autorizaram a vacina da Moderna nesses grupos.

No mês passado, a FDA adiou seus debates sobre a licença da vacina da Pfizer-BioNTech para menores de cinco anos, argumentando que precisava de dados adicionais sobre a terceira dose. As empresas disseram que esperam que esses dados estejam prontos para abril.

A Moderna avalia que poderá lançar uma vacina conjunta contra a covid-19, influenza e vírus sincicial respiratório até o final de 2023, informou a gigante farmacêutica na segunda-feira (17), esperando que esse composto incentive mais pessoas a se imunizar.

"O melhor cenário seria no outono (boreal) de 2023", disse o presidente-executivo da Moderna, Stephane Bancel, em uma reunião virtual do Fórum Econômico Mundial.

"Acho que não pode ser em todos os países, mas é possível chegar a alguns países no ano que vem", disse o diretor da farmacêutica responsável por uma das duas vacinas contra a covid-19 que se baseiam na tecnologia do RNA mensageiro.

Bancel indicou que os estudos para o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) estão na fase III, fase final de testes em humanos, e o da gripe deve entrar nesta terceira fase no segundo trimestre deste ano.

“Nosso objetivo é ter uma única dose de reforço anual para não termos problemas com pessoas que não querem tomar duas ou três injeções no inverno e receber tudo em uma dose”, disse ele.

A vacina da Moderna é baseada no vírus da covid-19 antes de sua mutação em diferentes variantes, e Bancel indicou que a empresa está trabalhando em um composto específico contra a ômicron que pode estar pronta para testes nas próximas semanas.

"Esperamos poder entregar dados aos reguladores em março para que possamos determinar os próximos passos", afirmou.

Além de uma vacina específica contra a ômicron, que está rapidamente se tornando a variante dominante em todo o mundo, os laboratórios também estão na corrida para criar uma vacina que funcione contra todas as mutações atuais e futuras da covid-19.

"Existem alguns parceiros do setor privado que estão entrando nisso", disse Richard Hatchett, diretor executivo da Coalizão para Inovação e Preparação para Epidemias, uma organização que financia a pesquisa e o desenvolvimento de vacinas.

"Este seria o Santo Graal, porque não queremos estar sempre perseguindo novas variantes à medida que elas surgem", acrescentou.

A Moderna, farmacêutica americana que desenvolveu uma das vacinas contra a covid-19 atualmente em uso nos Estados Unidos e em outros países, afirmou nesta segunda-feira (20) que o imunizante aumentou a proteção contra a variante Ômicron do coronavírus, segundo testes clínicos realizados pela companhia.

De acordo com a Moderna, pacientes que tomaram o regime padrão de duas doses da vacina apresentavam baixo nível de anticorpos nos estudos que envolveram a Ômicron. No 29º dia após a aplicação da terceira dose - ou "dose de reforço" - o mesmo grupo de voluntários apresentou melhora no grau de proteção, o suficiente para que a empresa mantenha a sua vacina atual como a "primeira linha de defesa" contra a nova cepa.

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A Moderna, porém, não descartou a fabricação de uma nova vacina para lidar com a variante. "Dada a ameaça de longo prazo demonstrada pelo escape imunológico da Ômicron, a Moderna também continuará a desenvolver uma vacina específica para a cepa", disse a empresa, que espera avançar em testes clínicos sobre um novo imunizante no início de 2022.

A Moderna informou nesta sexta-feira, 26, que testa a efetividade de três candidatos a imunizantes contra a variante omicron do coronavírus, identificada na África do Sul. Em comunicado, a farmacêutica revelou estar atualizando a estratégia para lidar com as mutações do vírus.

Segundo a empresa, as doses de reforço da vacina atualmente disponíveis têm 50 microgramas. A companhia esta "trabalhando rapidamente" para testar a habilidade desse nível de proteção para neutralizar a nova cepa e os resultados devem ser divulgados nas próximas semanas, de acordo com a nota.

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Os estudos avaliam três possíveis frentes para o combate à nova variante. A primeira delas trata do aumento da dose de reforço de 50 microgramas para 100 microgramas. A segunda pesquisa analisa dois candidatos à vacina que buscam se antecipar às mutações. A terceira opção trata de um reforço específico para a omicron, conhecida como mRNA-1273.529.

"As mutações na variante omicron são preocupantes e, por vários dias, estamos agindo o mais rápido possível para executar nossa estratégia para lidar com essa variante", disse o CEO da MOderna, Stéphane Bancel, CEO da Moderna.

A empresa americana de biotecnologia Moderna anunciou neste domingo (31) que as autoridades atrasaram a autorização de sua vacina contra a Covid-19 para adolescentes, a fim de ganhar mais tempo para avaliar melhor o risco potencial de miocardite ou inflamação cardíaca.

A Administração de Medicamentos e Alimentos (FDA) dos Estados Unidos "informou à Moderna que a agência requer tempo adicional para avaliar as recentes análises internacionais do risco de miocardite após a vacinação", explicou a empresa em um comunicado.

A avaliação para determinar a recomendação ou não da vacina da Moderna para jovens de 12 a 17 anos pode durar até janeiro de 2022, antecipou a companhia.

A miocardite e um risco associado, a pericardite (inflamação ao redor do coração), foram previamente associados às vacinas anticovid da Pfizer e da Moderna, particularmente entre adolescentes e homens jovens.

No entanto, o risco é muito maior após a infecção pela Covid-19, de acordo com um estudo publicado em agosto pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC).

O CDC descobriu que "a miocardite após a vacinação com vacinas de mRNA foi incomum e geralmente leve", ressaltou a Moderna.

Outra vacina de mRNA, a da Pfizer-BioNTech, recebeu liberação dos EUA na sexta-feira para crianças de 5 a 11 anos, em doses menores do que para adultos.

A vacina contra a Covid-19 produzida pela Moderna foi "bem tolerada" e apresentou uma "resposta imunológica robusta" em crianças de seis a 11 anos após a administração de duas doses, segundo informou a farmacêutica americana nesta segunda-feira (25) após realizar testes de fases dois e três com o imunizante.

Os testes envolveram 4.753 participantes e indicaram "forte resposta imune" para a faixa etária um mês após a segunda dose, mesmo se comparada com os testes feitos em adultos, informou a Moderna. As duas doses foram aplicadas com um intervalo de 28 dias entre elas.

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Os efeitos colaterais da vacinação nas crianças de seis a onze anos foram, na maior parte, de modestos a moderados, sendo fadiga, dores de cabeça, febre e dores no local da inoculação os mais comuns, segundo a farmacêutica.

A Moderna vai agora emitir seus dados à avaliação de agências reguladoras, como o Food and Drug Administration (FDA, a Anvisa dos EUA), e continuar seus testes para incluir crianças menores de seis anos.

O coordenador da força-tarefa da Casa Branca para o combate à pandemia, Jeff Zients, afirmou nesta quarta-feira (13), durante uma coletiva de imprensa, que a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês) deve decidir nos próximos dias se recomenda ou não a dose de reforço das vacinas contra covid-19 das farmacêuticas Moderna e Johnson & Johnson.

A agência reguladora já recomendou a aplicação da terceira dose do imunizante fabricado pela Pfizer em parceria com a BioNTech.

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De acordo com Zients, sete milhões de americanos já receberam a dose de reforço. Ainda segundo o coordenador da força-tarefa, 77% dos americanos elegíveis para vacinação já receberam pelo menos uma dose.

Zients também afirmou que a cada dia há mais evidências de que os requisitos de vacinação, por parte do governo e de empresas, têm funcionado para controlar a pandemia.

Ele citou a decisão da Boeing de exigir que todos os seus funcionários estejam completamente imunizados até dezembro. A fabricante de aviões é uma das companhias que mais empregam nos Estados Unidos.

"Continuaremos usando todas as ferramentas disponíveis para proteger as pessoas", prometeu Zients.

A Suécia anunciou, nesta quarta-feira (6), a suspensão "por precaução" da vacina Moderna contra a Covid-19 para os menores de 30 anos devido ao risco de inflamação cardíaca nos jovens, mas reiterou que a probabilidade deste efeito colateral é "mínima".

A Autoridade de Saúde Pública (FHM), encarregada da campanha de vacinação, "decidiu suspender o uso da vacina Spikevax da Moderna para todos os nascidos a partir de 1991, por princípio de precaução", diz um comunicado.

Essa decisão é tomada "depois de sinais de aumento do risco dos efeitos colaterais, como a inflamação do miocárdio e pericárdio", afirma o FHM.

Segundo a agência, o risco é maior depois da segunda dose e nos meninos. "O risco é mínimo, é um efeito colateral muito raro", destaca.

"A miocardite e a pericardite costumam desaparecer sozinhas, sem causar problemas duradouros, mas os sintomas devem ser avaliados por um médico", explica a agência.

Cerca de 81.000 pessoas menores de 30 anos receberam a primeira dose da Moderna na Suécia e não a segunda.

A Agência Europeia do Medicamento ampliou em julho sua autorização da vacina Moderna aos adolescentes de 12 a 17 anos.

A Moderna anunciou nesta terça-feira (5) em comunicado em seu site, que a Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) autorizou a administração de uma terceira dose da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica a pessoas imunodeficientes no território da União Europeia (UE).

De acordo com a empresa, a terceira dose deve ser administrada ao menos 28 dias após a segunda dose da vacina, de forma a reforçar a proteção em "indivíduos severamente imunocomprometidos de 12 anos ou mais".

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Segundo a farmacêutica americana, um "número crescente" de estudos têm mostrado os benefícios de uma terceira dose em pessoas com sistemas imunológicos que apresentam resposta menos robusta às vacinas.

Um estudo envolvendo 2.499 profissionais belgas da área da saúde mostrou que a vacina contra Covid-19 da Moderna gerou mais que o dobro de anticorpos do que o imunizante produzido pela Pfizer em parceria com a BioNTEch.

Os participantes receberam duas doses de uma das vacinas. O estudo foi publicado nesta segunda-feira (30) no Journal of the American Medical Association, revista da Associação Médica Americana. Fonte: Dow Jones Newswires.

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O Japão vai descartar 1,63 milhão de doses da vacina anticovid da Moderna, após relatos de contaminação em vários lotes, disseram a empresa farmacêutica Takeda e o Ministério da Saúde nesta quinta-feira (26, noite de quarta-feira em Brasília).

A Takeda, responsável pela venda e distribuição da vacina da Moderna no Japão, informou que "recebeu relatórios de vários centros de vacinação de que substâncias estranhas foram encontradas em frascos lacrados em lotes específicos".

“Após consulta ao Ministério da Saúde, decidimos suspender o uso da vacina desses lotes a partir de 26 de agosto”, acrescentou.

A empresa disse que informou a Moderna e solicitou "uma investigação urgente".

A Moderna não respondeu inicialmente a um pedido para comentar o caso.

A Takeda não especificou a natureza da contaminação, mas disse não ter recebido relatos de problemas de saúde causados pelas doses afetadas.

O Ministério da Saúde japonês disse que trabalhará com a Takeda para obter doses adicionais para evitar atrasos no programa de vacinação no Japão, que se acelerou após um início lento.

Cerca de 43% da população japonesa está totalmente vacinada, mas o país enfrenta um forte surto de infecções causadas pela variante Delta, e várias cidades estão sob restrições sanitárias.

O laboratório norte-americano Moderna começou a testar nesta quinta-feira (19) uma vacina contra o HIV baseada na tecnologia do RNA mensageiro (mRna), o mesmo tipo da vacina anti-Covid.

A fase 1 dos testes em humanos, publicada formalmente no registro do Instituto Nacional de Saúde (NIH) dos Estados Unidos, envolverá 56 pessoas que têm entre 18 e 50 anos e que não são portadoras do vírus. Como toda ação inicial, o estudo visa verificar a resposta imune e a segurança da aplicação.

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Ela será administrada em duas versões: metade do grupo receberá duas doses iguais do imunizante mRNA-1644 e a outra metade receberá duas versões diferentes (a mRNA-1644 e a mRNA-1644v2).

Essa primeira fase deve durar cerca de 10 meses.

Caso haja sucesso nessa primeira etapa, mais duas serão necessárias para que as agências sanitárias liberem a aplicação em humanos: a segunda, que vai analisar a resposta das defesas do organismo e a segurança, e a terceira, mais ampla, que testa a real eficácia das doses.

Diferentemente das vacinas "tradicionais", que usam partes de vírus ou o vírus inativado, as da tecnologia com RNA mensageiro "ensinam" as células do corpo a produzir antígeno contra o vírus.

Os estudos com essa tecnologia, que iniciaram no início da década de 1990, ganharam investimentos financeiros bilionários por conta da pandemia de Covid-19. Com isso, tanto o imunizante contra a doença da Moderna como da Pfizer/BioNTech foram aprovados ainda no fim de 2020 nos Estados Unidos.

Ao longo de 40 anos de casos registrados do vírus HIV, a sigla em inglês para o vírus da imunodeficiência humana, os investimentos para o desenvolvimento da vacina que causa a Aids e ataca todo o sistema imunológico eram menores - e muitos testes não conseguiram ir adiante.

Mas, também por conta do incentivo ao desenvolvimento das vacinas para o coronavírus Sars-CoV-2, o HIV voltou aos holofotes. Um estudo, iniciado em julho deste ano, quer testar uma nova vacina em mais de seis mil pessoas na África, Américas (incluindo o Brasil) e Europa. Ela usa o método tradicional com um vetor, chamado de "adenovírus 26", que é inofensivo aos seres humanos. Nesse caso, serão quatro doses de imunizantes.

Da Ansa

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