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O capitão do Brasil na Copa Davis, Jaime Oncins, anunciou nesta sexta-feira os tenistas convocados que vão enfrentar a Suécia, nos dias 2 e 3 de fevereiro, fora de casa. Sem surpresas, Oncins chamou Thiago Wild (79º do ranking), Thiago Monteiro (122º), Felipe Meligeni (148º), Gustavo Heide (247º) e Rafael Matos (59º no ranking de duplas da ATP).

O quinteto vai defender o Brasil na quadra rápida coberta da Helsingborg Arena, na cidade sueca de Suécia. O confronto será válido pela fase classificatória, que dá vaga na fase final. O time nacional vem de duas vitórias na competição, ambas em 2023. Em fevereiro, derrotou a China pelos playoffs. Na sequência, em setembro, bateu a Dinamarca, garantindo a vaga na fase classificatória neste ano.

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"Mais um confronto fora de casa. Acredito que as condições estarão bem parecidas com o confronto contra a Dinamarca, em questão de piso e quadra coberta. Alguns jogadores estarão vindo da temporada de quadra dura na Austrália, outros da América do Sul. Todos já reconhecem a importância da Copa Davis e estamos entusiasmos e otimistas para o confronto", projetou Oncins.

As maiores apostas do time brasileiro estão em Thiago Wild e Thiago Monteiro nos jogos de simples. Em sua oitava convocação, o primeiro vem em momento melhor, após surpreender na temporada passada. Wild será o único brasileiro garantido diretamente na chave masculina de simples do Aberto da Austrália.

Tenista mais experiente do grupo, Monteiro terá a concorrência de Felipe Meligeni e Gustavo Heide, duas outras opções de Oncins para os jogos de simples. Os dois também são opções para jogar a partida de duplas com Rafael Matos, único especialista desta modalidade na lista atual de Oncins.

O time sueco também foi convocado nesta sexta. E será encabeçado por Elias Ymer, atual 155º do mundo. A equipe europeia terá Leo Borg, filho da lenda Bjorn Borg, dono de 11 títulos de Grand Slam. Leo é o atual 396º do mundo. Também integram o time Karl Friberg (365º) e os duplistas Andre Goransson (67º) e Filip Bergevi (154º).

A Uefa anunciou nesta quinta-feira que o jogo entre Bélgica e Suécia pelas Eliminatórias da Eurocopa, paralisado no intervalo após o assassinato de dois torcedores suecos nos arredores do Estádio Rei Balduíno, em Bruxelas, não será retomado e terá o empate por 1 a 1, placar do momento da paralisação, como resultado final. As federações de futebol das duas nações envolvidas estão satisfeitas com a decisão.

"Em um momento como este, quando a família do futebol é atingida em seu coração, os resultados esportivos devem ficar em segundo plano", disse Manu Leroy, CEO interino da Federação Belga. "Estamos satisfeitos com a decisão da Uefa. De qualquer forma, o importante é apoiar as vítimas e suas famílias. Torcedores suecos inocentes se tornaram alvo de terrorismo e difícil prever as consequências disso para o futuro", acrescentou Hakan Sjostrand, presidente da Federação Sueca.

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O Grupo F das Eliminatórias da Eurocopa, ao qual as duas seleções pertencem, já está com as vagas diretas resolvidas, nas mãos de Bélgica e Áustria, ambas com 16 pontos. A Suécia, com seis, ainda briga para conseguir participar da repescagem e tem apenas mais duas rodadas para alcançar a missão, em jogos que serão disputados na Data Fifa de novembro.

Três torcedores foram atacados a tiros perto do estádio Rei Balduíno, pouco antes da partida entre Bélgica e Suécia, e dois deles acabaram mortos. Após o ocorrido, o jogo foi suspenso quando chegou ao intervalo. Um homem que postou um vídeo online reivindicando a autoria do ataque, dizendo que o "Alcorão é uma linha vermelha pela qual está pronto para se sacrificar", foi identificado na terça-feira e morto por autoridades belgas. Uma investigação ainda está em curso para determinar as motivações do ataque, tratado desde o início como um caso de terrorismo.

A Fifa lamentou o atentado terrorista que vitimou ao menos dois torcedores da Suécia nesta segunda-feira, em Bruxelas, na Bélgica, antes de as seleções se enfrentarem pelas Eliminatória da Eurocopa. O presidente da entidade, Gianni Infantino, mostrou-se horrorizado com o caso e prestou condolências às famílias das vítimas.

Um atirador da Tunísia percorreu ruas de Bruxelas disparando tiros contra civis que estavam a caminho do estádio para ver o jogo. Dois torcedores suecos foram assassinados e o número pode ser ainda maior com feridos hospitalizados. A imprensa belga chegou a falar com cinco mortes e oito feridos.

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"Estou profundamente chocado e triste com as trágicas mortes de dois cidadãos suecos em Bruxelas, perto do estádio onde a Bélgica recebeu a Suécia num jogo de qualificação para o Uefa Euro 2024", afirmou Infantino, em nota oficial da Fifa.

"Em nome da Fifa e da comunidade global do futebol, apresento as minhas mais profundas condolências à família e aos amigos das vítimas. Os nossos pensamentos estão com o povo da Bélgica e da Suécia, com os respectivos jogadores das seleções nacionais e com as federações de futebol."

Na Casa do Futebol da Fifa, em Zurique, a bandeira da Suécia foi hasteada a meio mastro nesta terça-feira em sinal de respeito. A entidade ainda não definiu quando a partida será completada. As seleções disputaram somente o primeiro tempo, com o placar empatado por 1 a 1.

Três pessoas ficaram levemente feridas neste sábado (23), depois do colapso de um trecho de cerca de 100 metros de uma rodovia perto de Gotemburgo, no sudoeste da Suécia, informaram a polícia e as equipes de emergência.

"O deslizamento de terra ocorreu em uma zona de cerca de 100 metros por 150 metros, afetando uma dezena de veículos, uma zona florestal e uma zona comercial com posto de gasolina e lanchonete fast food", disse Daniel Lyckelid, diretor dos serviços de emergência da região de Gotemburgo.

Três pessoas foram levadas para o hospital com "ferimentos leves", após o desabamento, informou o porta-voz da polícia, August Brandt.

O incidente ocorreu em Stenungsund, 50 km ao norte de Gotemburgo.

Em imagens da imprensa local, era possível ver um grande desnível ao longo de cerca de 100 metros na rodovia, com vários caminhões tombados e um ônibus que praticamente desapareceu em um buraco.

O deslizamento ocorreu pouco antes das 2h (horário local) nesta área, onde ocorreram chuvas intensas nos últimos dias.

O motorista de um caminhão estacionado na área, Uladzislau Miklash, disse à rádio P4 Väst que acordou de repente quando seu veículo começou a deslizar.

"Meu caminhão começou a se mover, e eu não conseguia entender o que estava acontecendo", disse ele.

No momento, foi aberta uma investigação preliminar por "destruição pública agravada".

Os investigadores vão interrogar o pessoal de obra de uma construção próxima, onde houve explosões, anunciou a polícia, em um comunicado, ressaltando que ainda não há relação entre a detonação, as obras e o colapso da estrada.

A árbitra brasileira Edina Alves foi alvo de críticas por parte das jogadoras da Suécia, após o jogo da semifinal da Copa do Mundo Feminina, contra a Espanha. A seleção sueca foi eliminada, depois de perder por 2 a 1, no tempo normal.

As atletas disseram acreditar que o idioma falado pela árbitra favoreceu, de algum modo, as adversárias. Porém, as críticas não pararam por aí. A meia Johanna Rytting disse: “Estou p*** pra c****, irritada e chateada. A árbitra riu na nossa cara”.

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Já a atacante Lina Hurtig falou sobre as faltas que favoreciam a seleção espanhola: “Ela me decepcionou. Só porque somos maiores e mais fortes tivemos tudo contra nós. Sabemos que as jogadoras da Espanha caem com facilidade. É frustrante. Não sei o que dizer".

Edina é a árbitra brasileira com mais jogos em competições entre homens e mulheres. Inclusive, antes do jogo começar, ela foi homenageada pela FIFA por conta da carreira.

 A Espanha derrotou a Suécia por 2 a 1 nesta terça-feira (15) e disputará a final da Copa do Mundo de futebol feminino pela primeira vez em sua história.

Os três gols da partida foram marcados após os 35 minutos do segundo tempo: Salma Paralluelo abriu o placar aos 36, e Rebecka Blomqvist deixou tudo igual aos 43, mas Olga Carmona deu a vitória para as espanholas no minuto seguinte.

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Na decisão, a Espanha enfrentará outra finalista inédita: a anfitriã Austrália ou a Inglaterra, que foi terceira colocada em 2015 e quarta em 2019.

A final da Copa de 2023 será no próximo domingo (20), em Sydney. 

Da Ansa

Holanda e Suécia se classificaram para as quartas de final da Copa do Mundo feminina de 2023 na madrugada deste domingo (6). As holandesas bateram a África do Sul por 2 a 0. Já as suecas sofreram, mas com atuação brilhante da goleira Zecira Musovic, seguraram um empate e, nos pênaltis, eliminaram as atuais bicampeãs mundiais, os EUA. É a primeira vez na história que as americanas não ficam entre as três melhores seleções do torneio. Veja a tabela.

Dormiu e não conseguiu acompanhar o Mundial feminino? O Estadão resume o 18º dia da competição para você e informa a programação do dia seguinte, agora sem o Brasil, eliminado diante da Jamaica na primeira fase da disputa.

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Com frango da goleira sul-africana, Holanda vence e pega Espanha nas quartas de final

Com gols de Jill Roord e Beerensteyn, a Holanda venceu a África do Sul e se classificou para as quartas de final da Copa do Mundo feminina de 2023. Atuais vice-campeãs do mundo, é a segunda vez consecutiva que as europeias alcançam as quartas.

O primeiro gol ocorreu logo cedo, aos 9 minutos da partida. Após confusão na pequena área, a meia Jill Roord cabeceou livre e balançou as redes. O tento marcado, no entanto, não garantiu o controle europeu. As sul-africanas avançaram para o ataque e só não abriram o placar pro seu time por conta de ótimas defesas da goleira Van Domselaar.

No segundo tempo, um erro bizarro da arqueira sul-africana acabou definindo o confronto. Swart aceitou um fraco chute de Beerensteyn e viu a vantagem das holandesas aumentar. A partida ainda teve outros dois gols holandeses anulados pelo VAR. Agora, a Holanda enfrenta a Espanha nas quartas de final.

EUA param em Musovic, perdem para Suécia nos pênaltis e se despedem da Copa do Mundo com pior campanha da história do time

Os Estados Unidos estão fora da Copa do Mundo feminina de 2023. É uma surpresa. As atuais bicampeãs mundiais foram eliminadas pela Suécia nas oitavas de final na manhã deste domingo, dia 06, e deram adeus ao torneio. É a primeira vez que as americanas deixam a competição tão cedo. Em todas as outras edições, a posição mais baixa que os EUA ficaram foi o terceiro lugar, como aconteceu em 1995, 2003 e 2007.

A goleira sueca Zecira Musovic foi o grande destaque do empate. Em um jogo onde as americanas atacaram mais, a atuação da arqueira foi essencial para a manutenção do empate e, nos pênaltis, classificação europeia para as quartas de final. Aos 27 anos, a atleta do Chelsea mede 1,80m e vem sendo um dos pilares da seleção sueca no torneio. Em quatro partidas, o time europeu só sofreu um gol. Agora, a Suécia enfrenta o Japão nas quartas de final.

Próximos jogos

07/08

4h30 - Inglaterra x Nigéria

7h30 - Austrália x Dinamarca

08/08

5h - Colômbia x Jamaica

8h - França x Marrocos

A madrugada e manhã deste domingo foram marcadas por jogos da Copa do Mundo de 2023 onde as seleções favoritas penaram. A Suécia e a Holanda sofreram, mas bateram África do Sul e Portugal, respectivamente. Já a França bem que tentou, mas acabou amargando um empate contra a Jamaica.

A Suécia sofreu para confirmar o favoritismo contra a África do Sul em partida válida pelo Grupo G. A seleção europeia chegou a sair atrás do placar, com gol de Magaia, mas reagiu na etapa final do segundo tempo e conseguiu a virada, por 2 a 1, com dois gols de cabeça, marcados por Rolfo e Ilestedt. Com a vitória, assumiram a liderança provisória do Grupo G.

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Atual vice-campeã da Copa do Mundo, a Holanda sofreu para vencer Portugal. Em jogo válido pelo Grupo E, a equipe dos Países Baixos venceu por 1 a 0 com gol de Van Der Gragt. Com isso, assumiram a vice-liderança do Grupo E. Na próxima partida, a equipe holandesa enfrenta os Estados Unidos, que está em primeiro lugar por conta do saldo de gols.

A madrugada do dia 23 foi histórica para a seleção jamaicana. Ao empatar com a França por 0 a 0 em jogo válido pelo Grupo F, as africanas conquistaram o primeiro ponto do país na história dos Mundiais.

Com o empate, um cenário positivo se desenha para o Brasil. Caso confirme o favoritismo contra o Panamá, a seleção brasileira ocupará a liderança isolada do seu grupo.

A polícia sueca autorizou, nesta sexta-feira (14), um protesto em frente à embaixada de Israel em Estocolmo no próximo sábado, no qual os organizadores planejam queimar uma Bíblia e uma Torá, uma ação que foi condenada por Israel e organizações judaicas.

De acordo com a petição enviada à força policial, os idealizadores querem destruir os textos religiosos em resposta à queima de um Alcorão em junho, em frente à Grande Mesquita de Estocolmo, incidente que gerou indignação em diversos países muçulmanos.

O protesto, que deve acontecer entre 13h e 14h da tarde de sábado (entre 8h e 9h, no horário de Brasília), é uma ação de apoio à liberdade de expressão, de acordo com a solicitação enviada para a polícia.

Após ser contatada pela AFP, a instituição explicou que a autorização está em conformidade com a legislação sueca de conceder licença para um ato público, e não especificamente para as atividades previstas.

"A polícia não emite licenças para queimar vários textos religiosos. A polícia emite licenças para reuniões públicas e para expressar uma opinião. É uma distinção importante", analisou Carina Skagerlind, assessora de imprensa da polícia de Estocolmo.

O presidente de Israel, Isaac Herzog, foi uma das autoridades que rapidamente condenaram a decisão, assim como Yaakov Hagoel, presidente da Organização Sionista Mundial, que disse que esta permissão não é uma "liberdade de expressão, mas sim antissemitismo".

Em junho, um refugiado iraquiano que reside na Suécia queimou algumas páginas do Alcorão em frente à Grande Mesquita de Estocolmo, coincidindo com a celebração do Aid al Adha, um feriado importante no calendário muçulmano.

Na última quarta-feira (14), o Conselho de Direitos Humanos da ONU adotou uma resolução, condenando a queima de exemplares do Alcorão e outros atos de ódio religioso.

Promotores suecos acusaram ativista Greta Thunberg de desobedecer a aplicação da lei em um protesto em Malmö, a terceira maior cidade da Suécia, no mês passado. O jornal local Sydsvenskan informou na quarta-feira, 5, que Greta foi detida com outros ativistas depois que eles bloquearam o tráfego do porto de Malmö, em 19 de junho.

Um breve comunicado da promotoria sueca informou que uma "jovem" foi acusada de desobediência porque "se negou a cumprir as ordens policiais de abandonar o lugar" durante o protesto. A declaração não identificou a mulher, mas a porta-voz da Autoridade de Promotoria Sueca, Annika Collin, confirmou que se tratava de Greta.

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"Hoje, pelo terceiro dia consecutivo, jovens ativistas de @tatillbakaframtiden bloquearam navios petroleiros no porto de Malmö. A crise climática já é uma questão de vida ou morte para inúmeras pessoas. Escolhemos não ser espectadores e, em vez disso, parar fisicamente a infraestrutura de combustível fóssil. Estamos reivindicando o futuro", escreveu Greta em uma publicação feita durante os dias da manifestação.

O jornal Sydsvenskan disse que a ativista sueca de 20 anos será chamada a julgamento no final de julho. A promotora Charlotte Ottosen afirmou ao jornal que o crime de desobediência é normalmente punível com multas. A assessoria de imprensa de Greta Thunberg não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da reportagem.

Dezenas de iraquianos conseguiram entrar brevemente na embaixada da Suécia em Bagdá, nesta quinta-feira (29), em protesto depois que uma cópia do Alcorão foi queimada em Estocolmo, o que provocou uma onda de indignação entre a comunidade muçulmana.

Os manifestantes, apoiadores do líder xiita iraquiano Moqtada al Sadr, permaneceram na embaixada sueca por cerca de 15 minutos e saíram pacificamente quando as forças de segurança chegaram, segundo um fotógrafo da AFP.

Sadr pediu a "saída da embaixadora" depois que Salwan Momika, um refugiado iraquiano, queimou várias páginas do Alcorão na quarta-feira do lado de fora da maior mesquita de Estocolmo.

A ação de Momika ocorreu no primeiro dia do Eid al-Ada, um dos maiores feriados religiosos para os muçulmanos. Durante o protesto, autorizado pela polícia sueca, ele também pisou no livro sagrado.

Nesta quinta, o iraquiano de 37 anos declarou que repetiria o ato no prazo de dez dias.

Em entrevista ao jornal sueco Expressen, ele disse que tinha noção das consequências de seu ato e que já havia recebido "milhares de ameaças de morte".

O Ministério de Relações Exteriores iraquiano anunciou hoje que convocou a embaixadora sueca em Bagdá, Jessica Svärdström, para notificá-la da "enérgica reprovação do Iraque" à autorização dada pelas autoridades do país nórdico a "extremistas" para queimar o Alcorão.

Na quarta-feira, o governo iraquiano condenou o que classificou de "atos racistas, incitação à violência e ao ódio" que ocorrem "repetidamente" em países que "se orgulham de abraçar a diversidade e respeitar as crenças dos demais".

- Onda de indignação -

O gesto de Salwan Momika foi condenado em muitos países de maioria muçulmana, incluindo Arábia Saudita, Egito, Marrocos, Irã e Turquia.

"Ensinaremos aos ocidentais arrogantes que insultar os muçulmanos não é liberdade de expressão", declarou o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, durante uma aparição na televisão.

A Arábia Saudita, por sua vez, denunciou o que chamou de "atos odiosos e repetidos [...] que incitam o ódio, a exclusão e o racismo, e contradizem esforços que buscam difundir valores de tolerância".

O Kuwait, outra monarquia do Golfo, pediu que os autores de tais "atos hostis" fossem processados e impedidos "de usar o princípio das liberdades [...] para justificar sua hostilidade contra o Islã".

O Irã também criticou a ação do refugiado iraquiano. "O governo e o povo da República Islâmica do Irã [...] não toleram tal insulto", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Nasser Kanani.

O Marrocos, por sua vez, convocou seu embaixador na Suécia para consultas e condenou o ato "irresponsável" e as "provocações repetidas, cometidas sob o olhar complacente do governo sueco".

A queima do Alcorão também provocou reação do Egito, o mais populoso dos países árabes, que condenou um "gesto vergonhoso e uma provocação aos sentimentos dos muçulmanos".

Síria, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Afeganistão e Líbano também aderiram às condenações.

Além disso, o gesto do refugiado iraquiano na Suécia provocou a indignação de organizações como a Liga Árabe, que denunciou o que considerou uma "agressão ao coração de nossa fé muçulmana".

Já o Conselho de Cooperação dos Estados Árabes do Golfo (CCG) responsabilizou as "autoridades suecas por qualquer reação derivada desses atos" e a Organização para a Cooperação Islâmica (OCI) convocou uma "reunião de urgência" para a próxima semana na cidade saudita de Jidá para "debater medidas contra estes atos desprezíveis".

- 'Sim ao Alcorão' -

Durante o protesto em frente à embaixada do país nórdico em Bagdá, os manifestantes distribuíram panfletos nos quais se lia em inglês e árabe "Nossa Constituição é o Alcorão. Nosso líder, Al Sadr".

Os manifestantes também queimaram bandeiras do arco-íris, símbolo da comunidade LGBTQIA+, e escreveram "Sim ao Alcorão" na entrada da embaixada.

Esta não é a primeira vez que esse tipo de ação é registrada na Suécia e em outros países europeus.

No passado, algumas delas foram promovidas por movimentos de extrema direita, gerando manifestações e tensões diplomáticas.

Dezenas de iraquianos conseguiram entrar brevemente na embaixada sueca em Bagdá, nesta quinta-feira (29), em protesto depois que uma cópia do Alcorão foi queimado em Estocolmo, o que provocou uma onda de indignação entre a comunidade muçulmana.

Os manifestantes, apoiadores do líder xiita iraquiano Moqtada al Sadr, permaneceram na embaixada sueca por cerca de 15 minutos e saíram pacificamente quando as forças de segurança chegaram, segundo um fotógrafo da AFP.

Antes de entrar, os manifestantes se reuniram em frente à embaixada após a convocação do líder xiita.

Sadr pediu a "saída do embaixador" depois que Salwan Momika, um refugiado iraquiano, queimou várias páginas do Alcorão na quarta-feira do lado de fora da maior mesquita de Estocolmo.

O gesto de Momika ocorreu no primeiro dia do Eid al-Ada, um dos maiores feriados religiosos para os muçulmanos, e durante o protesto, autorizado pela polícia sueca, ele também pisou no livro sagrado.

O governo iraquiano condenou na quarta-feira "atos racistas, incitação à violência e ao ódio" que ocorrem "repetidamente" em países que "se orgulham de abraçar a diversidade e respeitar as crenças dos demais".

O Ministério das Relações Exteriores do Iraque denunciou "a permissão das autoridades suecas a um extremista para queimar uma cópia do Sagrado Alcorão".

- Onda de indignação -

O gesto de Salwan Momika foi condenado em muitos países de maioria muçulmana, incluindo Arábia Saudita, Egito, Marrocos, Irã e Turquia.

"Ensinaremos aos ocidentais arrogantes que insultar os muçulmanos não é liberdade de expressão", declarou o presidente turco Recep Tayyip Erdogan durante uma aparição na televisão.

A Arábia Saudita, por sua vez, denunciou "atos odiosos e repetidos (...) que incitam ao ódio, à exclusão e ao racismo, e contradizem esforços que buscam difundir valores de tolerância".

O Kuwait, outra monarquia do Golfo, pediu que os autores de tais "atos hostis" fossem processados e impedidos "de usar o princípio das liberdades (...) para justificar sua hostilidade contra o Islã".

O Irã também criticou o gesto do refugiado iraquiano. "O governo e o povo da República Islâmica do Irã (...) não toleram tal insulto", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Nasser Kanani.

Marrocos, por sua vez, convocou seu embaixador na Suécia para consultas e condenou o ato "irresponsável" e as "provocações repetidas, cometidas sob o olhar complacente do governo sueco".

A queima do Alcorão também provocou reação do Egito, o mais populoso dos países árabes, que condenou um "gesto vergonhoso e uma provocação aos sentimentos dos muçulmanos".

Síria, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Afeganistão e Líbano também aderiram às condenações.

- "Sim ao Alcorão" -

Durante o protesto em frente à embaixada do país nórdico em Bagdá, os manifestantes distribuíram panfletos nos quais se lia em inglês e árabe "Nossa Constituição é o Alcorão. Nosso líder, Al Sadr".

Também queimaram bandeiras arco-íris, símbolo da comunidade LGBTQIA+, e escreveram "sim ao Alcorão" na entrada da embaixada.

O gesto do refugiado iraquiano na Suécia também provocou a indignação de organizações como a Liga Árabe, que condenou uma "agressão no coração da nossa fé muçulmana".

O Conselho de Cooperação dos Estados Árabes do Golfo culpou as "autoridades suecas por qualquer reação derivada desses atos" e a Organização para a Cooperação Islâmica os condenou "veementemente".

Não é a primeira vez que esse tipo de ação é registrado na Suécia e em outros países europeus.

No passado, algumas delas foram promovidas por movimentos de extrema direita, gerando manifestações e tensões diplomáticas.

Iraque, Irã, Arábia Saudita e outros países do Oriente Médio condenaram, nesta quinta-feira (29), a queima de uma cópia do Alcorão por um iraquiano radicado na Suécia e alertaram que isso poderia "inflamar" os muçulmanos em todo o mundo.

Salwan Momika, de 37 anos, que fugiu para a Suécia há alguns anos atrás, pisou em uma cópia do Alcorão na quarta-feira antes de incendiar várias páginas em frente à maior mesquita de Estocolmo.

A polícia concedeu permissão para o protesto, de acordo com as proteções suecas à liberdade de expressão, embora o ato tenha provocado indignação em todo o mundo muçulmano.

O incidente ocorreu enquanto os muçulmanos celebram o festival Eid al Ada.

O governo iraquiano, em um comunicado divulgado na quarta-feira, condenou com veemência "os atos repetidos de queimar cópias do Alcorão sagrado por indivíduos com mentes extremistas e perturbadas".

"Essas ações demonstram um espírito de ódio e agressividade que vai contra os princípios da liberdade de expressão", acrescentou. "Eles não são apenas racistas, também promovem a violência e o ódio".

O Irã se juntou à condenação, chamando a queima de "provocativa, impensada e inaceitável".

O governo talibã do Afeganistão também reagiu furiosamente à queima do Alcorão, chamando-a de "desprezo aberto por esta nobre religião e seus quase 2 bilhões de seguidores".

A Arábia Saudita, que acabou de receber 1,8 milhão de peregrinos para o hajj, concluído na quarta-feira, disse que "esses atos de ódio repetidos não podem ser aceitos com nenhuma justificativa".

Da mesma forma, o Egito, o país mais populoso do mundo árabe, descreveu a queima do Alcorão como um "ato vergonhoso que provoca os sentimentos dos muçulmanos" no momento de celebrações do Eid.

A queima também foi condenada pela Liga Árabe e pelo Conselho de Cooperação do Golfo, além do Marrocos, que convocou seu embaixador em Estocolmo.

O Marrocos também criticou a "complacência" do governo sueco com a queima do Alcorão.

No Líbano, o poderoso movimento Hezbollah, apoiado pelo Irã, acusou as autoridades suecas de "cumplicidade no crime".

Em janeiro, um extremista de direita sueco-dinamarquês queimou uma cópia do Alcorão perto da embaixada turca em Estocolmo e também gerou indignação nos muçulmanos em todo o mundo.

Nilla Fischer, ex-zagueira da seleção sueca, revelou em sua biografia que as jogadoras suecas tiveram de mostrar suas genitálias para provar que eram mulheres. Isso aconteceu antes da disputa da Copa do Mundo feminina, em 2011. De acordo com ela, a ordem partiu da Fifa à época, após polêmicas de que haviam homens na equipe da Guiné Equatorial no mesmo ano.

Intitulada "Jag sa inte ens hälften" ("Eu não disse a metade", em tradução livre), Fischer denunciou os absurdos que ocorreram naquele Mundial de 2011, disputado na Alemanha. Na ocasião, ela e suas companheiras tiveram de mostrar suas genitálias a um médico da seleção sueca para provar que eram mulheres.

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Ela descreveu a experiência como "desagradável" e "humilhante". "Quando ouvi sobre a exigência chocante, fiquei furiosa. No meio de uma Copa do Mundo, os figurões da Fifa querem que mostremos nossas genitálias", descreveu a ex-jogadora. "Eles disseram para não raspar 'lá embaixo' nos próximos dias e que mostraríamos ao médico."

"Por que somos forçados a fazer isso agora? Deve ter outras maneiras de provar o gênero? Devemos recusar? Mas, ao mesmo tempo, ninguém queria arriscar a oportunidade de jogar uma Copa do Mundo", disse. "Ninguém entende, mas fazemos o que nos mandam e nos perguntamos o que estava acontecendo."

Mats Börjesson, médico da seleção sueca à época, confirmou o ocorrido, mas garantiu que não havia intenções maliciosas. O exame foi realizado por um fisioterapeuta, enquanto o profissional da seleção ficou de costas. "A Fifa não faz essas coisas de má-fé. O esporte tem procurado fazer justiça às meninas, para que não seja necessário você se deparar com algo que é uma vantagem absurda", afirmou Börjesson ao jornal Aftonbladet.

De acordo com o regulamento da competição, publicado em 8 de junho de 2011, a Fifa garantiu que não realizaria testes de gênero nas atletas.

Uma regra quase centenária que visa resolver a falta de veículos agrícolas na Suécia permite que adolescentes sem carteira de motorista dirijam caminhões e carros de luxo, desde que a velocidade máxima seja limitada a 30 km/h.

"Eles me deram há um ano, em abril, no meu aniversário, porque eu tenho notas muito boas na escola", disse Evelina Christiansen à AFP com orgulho, exibindo sua BMW "A-traktor" — uma categoria de caminhões e carros modificados.

A adolescente de 15 anos conta que utiliza o veículo para ir à escola ou quando sai com amigos.

"É como um carro normal, você aprende rápido", diz ela, que é filha de um policial.

Um adesivo triangular no vidro traseiro indicando que se trata de um veículo lento e uma extremidade para reboque são obrigatórios para que o carro seja considerado legalmente como um "A-traktor".

Para dirigir esses automóveis é necessária apenas a habilitação para conduzir uma scooter simples, disponível a partir dos 15 anos, ou para um trator, que se obtém aos 16.

O sistema sueco foi flexibilizado em meados de 2020, quando se tornou possível limitar eletronicamente a velocidade máxima dos carros, tornando muito mais fácil modificar um carro moderno.

- Onda de acidentes -

Diante da improvável regra, o número dos carros modificados "A-traktor" dobrou para mais de 50 mil, em um país de 10,3 milhões de habitantes.

A norma remonta à falta de equipamentos agrícolas na crise dos anos 1930 e, posteriormente, durante a Segunda Guerra Mundial, que afetou o abastecimento no país.

Para encorajar a construção de veículos baratos quando os tratores ainda estavam fora do alcance dos agricultores, o governo permitiu a adaptação de veículos comuns.

Na década de 1950, os tratores se popularizaram devido à queda dos preços e à prosperidade econômica, mas anos depois o sistema de automóveis modificados voltou a ganhar força por se apresentar como uma opção de mobilidade em áreas rurais.

Foi em então em 1963 que o governo formalizou a prática — sobretudo com a determinação de uma velocidade máxima —, através da nomenclatura "A-traktor". Mas somente em 2018 as autoridades introduziram testes de inspeção obrigatórios para os veículos.

A Comissão Europeia, no entanto, criticou o sistema no início de março, propondo tornar obrigatória a permissão simplificada.

Mas para muitos adolescentes, a prática representa independência.

Em Karlstad (oeste), Ronja Löfgren, de 17 anos, chama atenção com seu caminhão de 1964 Scania Vabis de 5,5 toneladas, salvo do sucateamento por seu pai.

Após consertos e uma remodelação, o veículo agora ostenta uma carroceria vermelha e azul brilhante, faróis abundantes e o slogan "Rainha da estrada" escrito na frente e "Vá com estilo" na parte traseira.

"No começo, quando eu ia para a cidade, todos pegavam seus celulares para me filmar", disse ela.

Desde a flexibilização da regra de 2020, seguradoras e policiais estão preocupados com o aumento de acidentes, que quintuplicaram em cinco anos.

O número de feridos ultrapassou 200 por ano e foram registradas quatro mortes em 2022.

Mesmo no inverno, sob chuva ou neve, as pré-escolas dos países escandinavos priorizam o ensino ao ar livre para que as crianças pequenas desfrutem da natureza e aprendam a amá-la desde cedo.

Sentados em uma lona estendida sob a neve no meio da floresta, Agnes e seus amigos, com cerca de cinco anos, contam galhos em uma aula improvisada de aritmética.

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"Usamos pedaços de madeira para mostrar que eles podem usar qualquer coisa da natureza para fazer matemática", disse a professora Lisa Bystrom.

"Na escola eles se sentam com uma folha e um lápis, mas aqui fazem de um jeito mais divertido", explicou.

A educação escolar é obrigatória a partir dos seis anos na Suécia e Dinamarca.

A maioria das crianças vai antes disso para creches ou pré-escolas, e muitos responsáveis optam por locais ao ar livre onde os alunos estão na natureza.

"Hoje em dia a tecnologia domina a maioria (das coisas), para mim é necessário estar em contato com a natureza desde criança para aprender a respeitá-la", disse Andreas Pegado, professor e pai de uma aluna desta pré-escola.

Em dias sem chuva, os pequenos almoçam sentados em bancos de madeira, ao redor de uma fogueira.

Após a refeição, as crianças de dois anos ou menos cochilam em sacos de dormir, inclusive nos dias de temperatura abaixo de zero.

"Eles têm muito ar fresco, dormem mais e melhor", garante Johanna Karlsson, diretora da pré-escola "Ur & Skur", que não se incomoda com a temperatura de 5ºC.

- "Ônibus florestais" -

Na Dinamarca, país vizinho, muitas creches utilizam "ônibus florestais" que levam as crianças para espaços naturais.

Na rotina diária da pré-escola Stenurten - uma das 78 que oferecem excursões como esta -, eles viajam de ônibus do bairro Norrebro, no centro de Copenhague, até um espaço ao ar livre.

As crianças correm livremente no local, uma floresta com uma casa de madeira que serve de abrigo em caso de chuva.

O espaço aberto permite que os professores variem os métodos pedagógicos e desenvolvam autonomia nos alunos.

- Roupa de esqui -

Todos vestem roupa de esqui, crianças e adultos, fiéis ao ditado norueguês de que "não existe tempo ruim, apenas roupas inadequadas".

Os educadores concordam que as crianças pequenas que passam muito tempo ao ar livre se sentem melhor e adoecem menos.

Um médico islandês recomendou em 1920 que os bebês dormissem do lado de fora para fortalecer o sistema imunológico. A prática é atualmente comum nos países nórdicos, e a comunidade médica não contesta.

A educação e os jogos ao ar livre estimulam o espírito de colaboração dos alunos, segundo um estudo britânico publicado em 2018 pelo British Educational Research Journal.

Quando estão do lado de fora "eles tentam soluções diferentes", diz Iben Ohrgaard, uma das pedagogas da Stenurten.

Para os responsáveis, os dias a céu aberto são um "presente".

"Quando você mora na cidade, na capital Copenhague, realmente não tem natureza. É um grande presente para as crianças", pontua Line Folkhammar, mãe de Georg, cinco anos.

Embora tenha sido o primeiro país a reconhecer a identidade trans, a Suécia passou a restringir, nos últimos meses, o acesso de menores a tratamentos hormonais para readequação de gênero, em linha com um debate corrente em vários países ocidentais.

A comunidade médica enfrenta o dilema de atuar com cautela diante do aumento dos diagnósticos de pessoas que solicitam a transição de gênero.

Em fevereiro de 2022, o país decidiu suspender o tratamento em menores, com algumas exceções. Em dezembro do mesmo ano, a agência de saúde da Suécia passou a restringir drasticamente a mastectomia em adolescentes.

"O estado incerto do conhecimento sobre o assunto pede prudência", disse Thomas Linden, chefe de departamento da Socialstyrelsen, em um comunicado.

Em sintonia com uma tendência em vários países ocidentais, a Suécia registrou um aumento acentuado de casos de disforia de gênero, ou seja, quando uma pessoa não se identifica com o sexo físico ou atribuído no nascimento.

Segundo o Socialstyrelsen, cerca de 8.900 pessoas foram diagnosticadas com esta condição entre 1998 e 2021, ano em que o país registrou 820 novos casos.

Esta tendência é particularmente maior entre os 13 e 17 anos, em pessoas identificadas como mulheres no nascimento. Isso representa um aumento de 1.500% em relação a 2008.

"Antes era um fenômeno principalmente masculino e agora há uma super-representação feminina", disse à AFP o psiquiatra Mikael Landen.

O médico, que trabalha como chefe de serviço no hospital Sahlgrenska em Gotemburgo, contribuiu para o estudo utilizado pela agência de saúde para emitir suas recomendações.

Porém, para Landen, as razões por trás do aumento são um "mistério".

"A tolerância tem sido alta na Suécia há pelo menos 25 anos, então não se pode dizer que isso mudou", analisou quando questionado sobre a hipótese de uma transformação social.

- Um debate aberto -

O perfil das pessoas diagnosticadas com a disforia de gênero costuma ser complexo e combina outros transtornos como déficit de atenção, problemas alimentares ou autismo.

A decisão do país, que foi o primeiro do mundo a permitir a readequação sexual em 1972, abriu caminho para que o sistema público de saúde assumisse os custos da cirurgia. No entanto, essa decisão preocupa algumas associações.

Para Elias Fjellander, presidente da divisão juvenil da RFSL, principal ONG sueca que lida com questões LGBTQIA+, a Suécia pode causar mais dor com essa deliberação.

"As pessoas poderiam precisar de mais cuidados e procedimentos invasivos no futuro porque essa decisão não pode ser tomada de forma precoce, ainda que por razões médicas", afirmou.

Para Antonia Lindholm, uma jovem de 20 anos que realizou sua transição durante a adolescência, "os hormônios salvam muita gente".

"Se eu tivesse 13 anos hoje, não teria nenhuma chance" de receber o tratamento, disse à AFP.

Mas há pessoas que, tendo completado uma transição hormonal, apoiam a nova política sueca, como Mikael Kruse, que passou pela transição de gênero ainda jovem e depois decidiu reverter o processo.

"Acho que não há problema em fazer uma pausa para entender que o que está acontecendo é uma coisa boa", contou à AFP.

Por sete anos, Kruse assumiu a identidade feminina, ainda que isso não tenha interrompido a sua angústia. Então, um segundo diagnóstico revelou que ele sofria de um transtorno do espectro autista, somado a um transtorno de déficit de atenção.

O sofrimento que ele percebia como vindo de seu gênero estava em outro lugar, então ele decidiu assumir sua identidade masculina.

Para Carolina Jemsby, coautora do documentário "The Trans Train" (2019), que relata o tratamento de crianças e adolescentes que passam pela transição de gênero, o debate atual "é mais complexo do que o sistema de saúde e a sociedade esperavam".

"Um dos aspectos desse dilema é que se transformou em uma questão política", contou à AFP.

"Isso não auxilia esse grupo que precisa de cuidados médicos cientificamente comprovados para ajudá-los e dar-lhes uma vida melhor”, finalizou.

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) abriu nesta terça-feira (5) as portas para dois novos aliados nórdicos, Suécia e Finlândia, mas o sucesso do processo dependerá da Turquia, que aguarda o cumprimento de acordos para retirar seu veto.

Em uma cerimônia reservada, os embaixadores dos países da Otan iniciaram formalmente o processo de ratificação da adesão de suecos e finlandeses, com a assinatura dos protocolos na sede da aliança, em Bruxelas.

"É um bom dia para Suécia e Finlândia. E um bom dia para a Otan", disse o secretário-geral da poderosa aliança militar, Jens Stoltenberg.

O norueguês declarou ainda que a assinatura dos protocolos "marca o início do processo de ratificação" dos pedidos de adesão.

A entrada da Suécia e da Finlândia - dois países que tinham uma política de associação com a aliança - representa um evidente fortalecimento estratégico da Otan na região do Ártico, em um cenário de agravamento das tensões com a Rússia.

O processo de adesão de suecos e finlandeses, no entanto, está sob uma espessa nuvem de incerteza devido à posição da Turquia, que ameaça exercer seu direito de veto.

O chanceler da Finlândia, Pekka Haavisto, agradeceu o "apoio da aliança à adesão" e disse que espera um "rápido processo de ratificação".

A ministra das Relações Exteriores da Suécia, Ann Linde, declarou que a "assinatura dos protocolos de adesão é um passo importante para nossa integração plena. A próxima fase será o processo de ratificação em cada um dos países aliados".

Quando Suécia e Finlândia anunciaram a intenção de aderir à Otan, a Turquia - integrante crucial da aliança militar - anunciou seu veto.

- Pressão turca -

A Turquia alega que a Suécia oferece refúgio a pessoas que o governo considera "terroristas" e, além disso, os dois países adotam sanções contra Ancara por sua participação militar na Síria.

Durante a reunião de cúpula da Otan na semana passada em Madri, a Turquia aceitou permitir a assinatura dos protocolos, mas apresentou uma série de exigências aos dois países para retirar o veto de forma definitiva.

Depois da assinatura dos protocolos nesta terça-feira, a adesão deve ser ratificada nos Parlamentos de cada um dos 30 países da aliança, de forma unânime.

O presidente turco, Recep Teyyip Erdogan, anunciou que, caso Finlândia e Suécia não cumpram o que foi acordado em Madri, seu governo efetivará o veto, o que inviabilizaria todo o processo

Erdogan disse que a Suécia se comprometei a extraditar para a Turquia cidadãos turcos apontados como "terroristas" pelo governo de Ancara. O número de pessoas solicitadas pode chegar a 73.

"Um memorando de entendimento entre Suécia, Finlândia e Turquia foi assinado. E vamos honrar o entendimento", disse a chanceler Linde, antes de acrescentar que eventuais extradições devem seguir o caminho legal de seu país.

Pouco depois da cerimônia, a primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, anunciou no Twitter que pediu ao Parlamento de seu país para votar a ratificação da adesão nesta quarta-feira.

A Suécia lidera um movimento na União Europeia (UE) para tentar salvar o acordo comercial com o Mercosul, paralisado em meio a insatisfações com a política ambiental do governo brasileiro. Os esforços, no entanto, esbarram na oposição da França, que insiste que o tratado não deve ser implementado sem garantias "sólidas" sobre o cumprimento do Acordo de Paris.

No início deste mês, a Bloomberg informou que um grupo de pelo menos dez países prepara uma carta à Comissão Europeia defendendo o desbloqueio de pactos de livre comércio, por causa da guerra da Ucrânia. Ao Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Estadão, o Ministério das Relações Exteriores francês enfatizou que o acordo não será ratificado sem salvaguardas na área ambiental.

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Finalizado em 2019 após duas décadas de negociações, o tratado entre os dois blocos foi celebrado como a primeira grande vitória do presidente Jair Bolsonaro na política externa. O projeto precisa receber o aval de cada um dos Parlamentos nacionais das duas regiões, mas a tramitação empacou diante da crescente repercussão na Europa da gestão ambiental em Brasília.

Em abril, os alertas de desmate na Amazônia superaram mil quilômetros quadrados e renovaram o recorde para o mês, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O documento do acordo tem um capítulo específico que prevê diretrizes ambientais, mas opositores consideram o dispositivo insuficiente. Em 2020, o Parlamento Europeu aprovou uma moção simbólica que indicava que o tratado comercial não poderia ser aprovado nas condições atuais.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Finlândia e Suécia apresentaram pedidos formais de adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), num gesto que, se aprovado, irá mudar de maneira crucial o cenário da segurança no norte da Europa e que confere à aliança uma valiosa vantagem contra a Rússia, após a invasão da Ucrânia por forças de Moscou.

O pedido de adesão dos dois países nórdicos encerra um período de décadas de neutralidade, durante o qual ambos buscaram parcerias de segurança com outras nações ocidentais, mantendo-se fora de alianças militares.

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O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, se opõe fortemente à entrada de Finlândia e Suécia na Otan, com a alegação de que ambos apoiam militantes curdos. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

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