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O fim do ciclo de quatro anos à frente da seleção brasileira não se deu de forma agradável para a treinadora Pia Sundhage, anunciada na terça-feira como nova comandante da Suíça. Demitida em agosto, após a eliminação ainda na primeira fase da Copa do Mundo da Austrália e da Nova Zelândia, a sueca falou sobre o assunto, em entrevista publicada nesta sexta-feira pelo GE, e disse ter considerado 'cruel' a conduta do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, no momento de comunicar a decisão.

"Como você sabe, tive um encontro com o presidente e ele só me demitiu", disse Pia. "Sabe, para mostrar respeito sobre essa conversa. Sabe, você não está vencendo, você não vai continuar. Não foi o que foi dito naquela sala. Foi cruel. Três pessoas e o presidente. Para mostrar respeito por essa pequena reunião, eu não vou revelar o que foi dito. Eu sinto muito e fico triste com o que aconteceu", completou.

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Ainda sobre a relação com a CBF, a treinadora mostrou-se desapontada com a inconstância da entidade no apoio prometido à seleção feminina. De acordo com ela, o trabalho tinha um bom suporte no início, mas dificuldades se apresentaram com o passar do tempo, como a impossibilidade de viajar para observar partidas e atletas.

"Sim, bem no começo sim (houve apoio). Depois de um tempo, tivemos dificuldades de fazer o scout. Lembro do meu primeiro dia. Fomos a Porto Alegre. Era fantástico conhecer a liga. Eu precisava fazer com maior frequência, porque é um tipo diferente de futebol e queria fazer isso, mas eventualmente eu não era mais autorizada a viajar o quanto eu queria e nem meus assistentes também. Tivemos que nos acostumar com isso e olhar muitos jogos no computador", disse.

Em nota, a CBF desejou "sorte à treinadora Pia em seu novo desafio à frente da seleção da Suíça", destacou o legado deixado por ela no futebol feminino nacional e disse não ter o que comentar sobre "as demais informações não esclarecidas."

Bicampeã olímpica com a seleção dos Estados Unidos, Pia chegou ao Brasil em 2019, com a esperança de reformular a equipe e buscar feitos inéditos. No entanto, o trabalho passou longe dos resultados almejados. O único título de destaque foi a Copa América de 2022, diante de rivais mais fracos do nosso continente.

Nos Jogos de Tóquio, em 2021, o Brasil foi eliminado nas quartas de final pelo Canadá, que se tornaria campeão olímpico. O jogo terminou empatado sem gols, e as canadenses levaram a melhor nos pênaltis, ganhando por 4 a 3.

A Copa do Mundo, disputada entre julho e agosto do ano passado, marcou a maior frustração da era Pia. O Brasil chegou ao Mundial com a empolgação de bons desempenhos ante as poderosas Inglaterra e Alemanha, mas acabou eliminado ainda na fase de grupos. A seleção brasileira bateu o modesto Panamá (4 a 0), perdeu para a França (2 a 1) e empatou com a também limitada Jamaica (0 a 0).

Após encerrar a sua terceira passagem pelo Santos de forma amigável com um acordo de rescisão contratual, a atacante Cristiane desembarcou no Rio de Janeiro neste domingo e foi anunciada como reforço do Flamengo para a temporada 2024. O anúncio foi feito nas redes sociais com uma brincadeira com Gabigol, ídolo do time masculino, que havia comemorado a chegada da ex-santista ao clube rubro-negro.

"O projeto do Flamengo no futebol feminino foi primordial para a escolha, assim como as atletas que estão compondo o grupo. Já joguei com algumas e outras vou ter o prazer de jogar agora, como a Glaucia, que sempre disse que queria atuar comigo. A torcida, então, nem se fala. Além disso, ter uma rede de apoio para minha família. Eu tenho muitas amigas que moram no Rio e vou ter um suporte com a minha esposa e com o nosso filho para que eles se sintam em casa. Foi uma decisão em conjunto e estou feliz", disse a atacante.

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Natural de Osasco, Cristiane tem um extenso currículo. Começou a carreira no Juventus-SP e foi a primeira brasileira a se transferir para o Campeonato Alemão, quando, em 2006, assinou pelo Turbine Potsdam. Posteriormente, teve passagens por clubes como PSG e Chicago Red Stars-EUA. No Brasil, além do Santos, também passou por Corinthians, São José-RS e São Paulo.

Pelo Santos, Cristiane viveu sua primeira experiência em 2009, ano em que atuou ao lado de Marta e foi campeã da Libertadores, com uma goleada por 9 a 0 sobre o Universidad Autónoma, do Paraguai, na final, e da Copa do Brasil, marcando gol na decisão. Chegou a ir para o Chicago Red Stars, em seguida, mas voltou à Vila Belmiro já em 2010, com um contrato curto. O tempo foi o suficiente para conquistar outra libertadores.

O terceiro capítulo da relação com o Santos começou em 2020, após uma breve passagem pelo rival São Paulo. Desta vez, a atacante não conseguiu conquistas como no passado, mas teve bons números, especialmente em 2022, quando fez 32 gols e anotou seis assistências em 30 jogos. Na temporada de 2023, teve 13 gols e três assistências em 26 jogos.

Figura histórica da seleção brasileira, Cristiane ficou mais de dois anos sem ser convocada, enquanto o Brasil era treinado pela sueca Pia Sundhage. Com a chegada do técnico Arthur Elias, multicampeão com o Corinthians, ela voltou a aparecer em uma convocação em setembro.

Pela seleção, a craque disputou cinco Copas do Mundo, quatro Olimpíadas (tem duas medalhas de prata) e três Jogos Pan-Americanos (se sagrou campeã em todas as edições). Ela venceu também quatro vezes a Copa América.

A seleção brasileira deixou o top 10 do ranking de futebol feminino da Fifa nesta sexta-feira, quando a entidade fez a última atualização do ano na classificação. Antes nona colocada, caiu para o 11º lugar e viu a Coreia do Norte se tornar a nova integrante do grupo de 10 melhores seleções do mundo, com a nona posição, acima do Canadá, que fecha a disposição do topo em décimo em lugar. A primeira posição é da campeã do mudo Espanha, líder pela primeira vez.

O Brasil não ficava fora do top 10 desde 2019, ano em que também ocupou a 11ª posição, sua pior colocação desde a criação do ranking feminino, em 2003. A melhor situação foi registrada em 2009, quando a seleção terminou a temporada em terceiro lugar, mas chegou a ocupar a vice-liderança ao longo do ano.

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Depois de conquistar a Copa América em 2022, auge sob o comando da treinadora sueca Pia Sundhage, a equipe brasileira teve como um dos momentos mais importantes de 2023 a disputa da Finalíssima, contra a campeã europeia Inglaterra. Após empate por 1 a 1 no tempo normal, as inglesas venceram a decisão nos pênaltis e ficaram com o título.

Na Copa do Mundo, as comandadas de Pia foram eliminadas na fase de grupos, ao terminarem a disputa na terceira colocação do Grupo F, com quatro pontos, um atrás da segunda colocada Jamaica, e a três da líder França. Pouco depois da Copa, a sueca foi demitida e deu lugar a Arthur Elias, protagonista de um trabalho multicampeão com o Corinthians nos últimos anos. Sob o comando dele, foram três vitórias e duas derrotas em amistosos.

No período da última atualização do ranking, em agosto, até aqui, seleções de outros continentes tiveram compromissos mais importantes que amistosos, como as eliminatórias europeias para Torneio Olímpico de Futebol Feminino Paris 2024 e os jogos da Liga das Nações Femininas da UEFA. Enquanto isso, as nações da Ásia, África, América do Norte e América Central estiveram envolvidas em partidas de qualificação para seus respectivos torneios continentais.

A atual campeã mundial Espanha conquistou o primeiro lugar pela primeira e se tornou a quarta equipe na história do futebol feminina a alcançar a cobiçada posição, depois dos Estados Unidos, Suécia e Alemanha, atuais segundo, quinto e sexto colocados, respectivamente. O atual top 3 é fechado pela França. A vice-campeão do mundo, Inglaterra está em quarto, à frente da ex-líder Suécia, que caiu quatro posições para ficar em quinto. Holanda (7º), Japão (8º), Coreia do Norte (9º) e Canadá (10º) completam o top 10.

Confira as primeiras posições do ranking de futebol feminino da Fifa:

1º. Espanha

2º. Estados Unidos

3º. França

4º. Inglaterra

5º. Suécia

6º. Alemanha

7º. Holanda

8º. Japão

9º. Coreia do Norte

10º. Canadá

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11º. Brasil

Até o dia 31 de março, está em cartaz a mostra gratuita “Contra-Ataque! As Mulheres do Futebol”, no Museu Pelé, em Santos (SP). A exibição traz a história de resistência das mulheres brasileiras, que foram proibidas por lei de  jogar futebol, entre 1941 e 1979 - principalmente na cidade do litoral paulista.

A entrada apresenta o contexto histórico que levou ao decreto-Lei assinado pelo presidente Getúlio Vargas (1882-1954) proibindo às mulheres “a prática de desportos incompatíveis com as condições de sua natureza”. Os atores Antônio Fagundes e Patrícia Pillar interpretam em áudio cartas publicadas em jornais de 1940, respectivamente contra e a favor do futebol feminino, representando o debate da opinião pública sobre a questão.  

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Os visitantes aprenderão como a modalidade se desenvolveu após a regulamentação, em 1983. Também há uma instalação audiovisual, com frases preconceituosas publicadas pela imprensa e nas redes sociais. Além de algumas das melhores jogadas das atletas femininas brasileiras.

Serviço - Exposição “Contra-Ataque! As Mulheres do Futebol” 

Data: Até 31 de março de 2024

Local: Museu Pelé   

Endereço: Largo Marquês de Monte Alegre, número 1 – Valongo, Santos - São Paulo/SP  

Horário de funcionamento: Terça a domingo, das 10h às 17h30 

Entrada gratuita

A seleção brasileira feminina não repetiu o desempenho da última quinta-feira, quando bateu o Japão por 4 a 3, e acabou sendo derrotada, neste domingo, pela equipe japonesa por 2 a 0, no Morumbi, em mais um amistoso sob o comando do técnico Arthur Elias.

Apesar da tarde ruim do Brasil, que pouco levou perigo ao Japão, a torcida fez o seu papel e apoiou a equipe do início ao fim, principalmente após a entrada de Marta. Mais de 13 mil pessoas estiveram presentes no Morumbi.

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Esse apoio poderá continuar na quarta-feira, no último amistoso da seleção brasileira. O duelo será contra a Nicarágua, às 18h, na Arena da Fonte Luminária, em Araraquara (SP).

O duelo marcou também a ação do Brasil de combate a violência contra as mulheres. Nas camisas das jogadoras, estavam estampadas as mensagens "O silêncio não protege" na frente e "Denuncie. Ligue 180" no verso. A mensagem também esteve presente na placa com a qual as atletas posaram antes da partida.

A seleção brasileira entrou em campo com alguns desfalques por causa do surto da Covid-19 que atingiu o elenco. Aline Milene, Luciana e Rafaelle testaram positivo para a doença e ficaram de fora. Além disso, o técnico Arthur Elias aproveitou para fazer novos testes e contou com o retorno de Antonia, recuperada da covid.

Quando a bola rolou, o Japão não demorou para tomar o controle da partida e acabou surpreendendo a seleção brasileira. Aos 16 minutos, depois de tanto insistir, Endo cobrou escanteio e viu a bola chegar em Minami. Com total liberdade, a zagueiro chutou cruzado para abrir o marcador.

O Brasil tentou uma resposta imediata com Debinha, mas acabou sofrendo o segundo gol aos 18 minutos. Após boa jogada pelo lado esquerdo, a bola chegou em Mina Tanaka, que arriscou de longe. Lelê estava adiantada e acabou aceitando.

E o Japão esteve mais próximo de fazer o terceiro do que o Brasil de diminuir. Aos 48, Naomoto invadiu a área e teve grande oportunidade de ampliar, mas o chute acabou saindo fraco e facilitando a vida da goleiro Lelê, que fez a defesa.

No segundo tempo, Arthur Elias colocou Bia Zaneratto do jogou e deixou a seleção brasileira mais ofensiva. O Brasil chegou a ameaçar, mas encontrou dificuldade de ficar com a bola nos pés. Aos quatro, Momoko Tanaka saiu para fazer a defesa, mas soltou a bola nos pés de Geyse. Com o gol aberto, a atacante puxou para o pé direito e jogou para fora.

Após o susto, o Brasil simplesmente parou. O time de Arthur Elias não conseguiu trocar passes e pouco assustou. Marta chegou a entrar e foi ovacionada pelos torcedores. No entanto, não conseguiu tirar o zero do marcador. Na frente do placar, o Japão se fechou e apenas administrou o resultado, vingando-se assim da derrota por 4 a 3, na quinta-feira.

A seleção brasileira feminina iniciou sua série de três amistosos com uma sofrida e gigante vitória diante do forte time do Japão, por 4 a 3, de virada, na Neo Química Arena. Substituta de Cristiane e pela primeira vez convocada para ser observada por Arthur Elias, a jovem Priscila, de apenas 19 anos, definiu o resultado com gol no último lance.

Depois de sair atrás do placar, a equipe nacional buscou a virada, abriu 3 a 1, com dois gols de Bia Zaneratto e um de Gabi Portilho, e vinha bem na partida, dando mostras que não teria problemas em segurar o resultado. Mas vacilos defensivos no final acabaram propiciando a igualdade. A arbitragem deu sete minutos de acréscimos e no último, Priscila recebeu e bateu no ângulo. Ficou deitada, no chão, sem conter a emoção.

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Foi um jogo cheio de alternativas na Neo Química Arena. Eliminada pela Suécia nas quartas da Copa do Mundo, a seleção japonesa começou bem o amistoso em Itaquera e merecidamente saiu na frente do marcador. Mas um gol de empate rápido e um começo de segundo tempo forte foram vitais para a virada brasileira. Sem se entregar, contudo, as asiáticas mostraram reação para buscar o 3 a 3, até Priscila definir.

Além da vitória no fim, a torcida presente fez muita festa pela presença de Marta. A estrela entrou na segunda etapa e garantiu a alegria de quem foi ao estádio. O público ovacionou a camisa 10 a cada toque na bola.

As seleções voltam a se enfrentar na manhã de domingo, desta vez no Morumbi, casa do São Paulo. O último amistoso do Brasil está agendado para quarta-feira, na Fonte Luminosa, em Araraquara, diante da Nicarágua.

Nesta quarta, o técnico Arthur Elias optou por iniciar com a estrela Marta no banco e com trio ofensivo com Gabi Nunes, Gabi Portilho e Debinha. Novidade no meio, Julia Bianchi apareceu ao lado de Ary Borges e Bia Zaneratto. Cristiane ganhou um descanso da convocação, mas é uma das peças fundamentais do treinador.

Com um time bastante ofensivo, o Brasil iniciou sofrendo com as asiáticas. Apostando sempre na velocidade, as japoneses rondaram bastante o gol do Brasil nos primeiros minutos. Lelê teve de sair da área para fazer um corte e ainda deu sorte em batida que raspou a trave.

Em bela tabela, Debinha bateu forte, com desvio, pelo alto, na primeira chance para valer da seleção brasileira. Sem conseguir infiltrações, o jogo aéreo e as batidas de longe viraram as armas. Mas a dificuldade era imensa.

Aos 37 minutos, o Japão abriu vantagem no placar. Miyazawa recebeu no fundo pela esquerda e cruzou para trás. Hasegawa, na área, tocou para Fujino finalizar. A bola ainda bateu no travessão antes de entrar. A resposta veio de imediato, com gol de falta de Bia Zaneratto.

Com sofrimento no meio, Arthur Elias mexeu no setor no intervalo, sacando Ary Borges e Julia Bianchi. Com Luana e Duda Sampaio, queria ter mais a posse de bola e apostava no entrosamento da dupla. Aproveitou para dar oportunidade a Priscila, de somente 19 anos, na frente. A atacante do Internacional foi convocada na vaga de Cristiane justamente para ser observada. Terminaria como herói do dia.

Quem virou, porém, foi Gabi Portilho. Jogando "em casa", a atacante aproveitou erro de passe no meio do Japão, deu meia lua na defensora e arrancou em velocidade. A cavadinha bateu no ombro da goleira, mas a atacante fez no rebote. As japonesas nem tiveram tempo de reação e levaram outro. Novo passe errado, Bia Zaneratto foi esperta, recuperou a bola e encobriu Hirao.

Marta, ovacionada, entrou logo após o terceiro gol. A grande estrela da seleção brasileira levantava a torcida a cada toque na bola. Depois de sofrer na primeira etapa, a seleção brasileira melhorou na etapa final e Lelê já não era mais ameaçada.

Graças às modificações depois da pausa para hidratação, o Japão voltou ao ataque e mostrou grande poderio de reação. Já na reta final, mandou uma bola no travessão com Nakashima e, depois, em pênalti desnecessário cometido em agarrão por Angelina, Endo anotou o segundo das japoneses. O Brasil sentiu o baque e logo a seguir levou a igualdade, com Tanikawa se antecipando à marcação e escorando cruzamento de Shimizu da direita.

Quem ficou chateado com o empate e deixou o estádio antes, perdeu o melhor momento do dia. Aos 52 minutos, Priscila bateu de fora da área no ângulo para garantir o resultado. Se emocionou e foi celebrada por toda a seleção brasileira.

Após vencer o arquirrival na decisão da Copa Libertadores, o Corinthians protagonizou um novo vexame do Palmeiras na temporada. Neste domingo, o time alvinegro fez sonoros 8 a 0, na Neo Química Arena, em São Paulo, e carimbou sua vaga para a decisão do Campeonato Paulista Feminino. No jogo de ida, a equipe alvinegra já havia vencido, em Jundiaí, por 1 a 0.

"Muito feliz. Uma coisa que faz diferença é essa torcida. Eu confesso que não estou acreditando no placar. Foi muito elástico para um Corinthians e Palmeiras, que sempre é muito equilibrado. Deu tudo muito certo para a gente hoje. Estou surpresa, mas muito feliz pela força do grupo", disse Gabi Portilho.

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Na final, o Corinthians enfrentará o vencedor do confronto entre São Paulo e Santos, que acontecerá nesta segunda-feira, às 20h30, na Vila Belmiro. Na Arena Barueri, o time da Baixada Paulista venceu por 1 a 0.

O Corinthians está em busca do seu quarto título do Paulistão, já que venceu também em 2019, 2020 e 2021. Santos e Juventus são os maiores vencedores com quatro conquistas cada um. Já o Palmeiras foi campeão em 2001 e 2022.

"A gente teve um ótimo ano passado, com os títulos de Libertadores e Paulista, e queria repetir ou fazer melhor. Mas infelizmente termina o ano da pior forma possível. É difícil falar qualquer coisa desse placar. É juntar os cacos e pensar no próximo ano", disse Bia Zaneratto, que está presente na convocação de Arthur Elias, ex-treinador do Corinthians e atual técnico da seleção brasileira.

O JOGO

O primeiro tempo foi um pouco mais equilibrado. O Palmeiras teve chances de marcar, mas foi o Corinthians quem abriu o placar, aos dois minutos, com um arremate de Duda Sampaio. Luana e Gabi Portilho também deixaram o seu e levaram o 3 a 0 para o vestiário.

No segundo tempo, o Corinthians atropelou. Aos quatro minutos, Tamires cruzou para Vic Albuquerque, que deu um leve desvio de cabeça para fazer mais um. O quinto saiu aos seis. Gabi Portilho achou Milene livre dentro da área. Com total liberdade, ela bateu com categoria para superar Amanda.

O Corinthians não tirou o pé do acelerador e ainda fez mais três, com Mariza, Jheniffer e Miriã. Sem reação, o Palmeiras apenas ficou assistindo o arquirrival passear pela Neo Química Arena.

Depois de proveitosos dias de treinos na Granja Comary, o técnico Arthur Elias fez nesta segunda-feira nova convocação da seleção brasileira feminina. Desta vez, para dois amistosos contra o Canadá, nos quais o técnico, substituto de Pia Sundhage, vai observar como renderá a equipe com suas modificações técnicas e táticas. As experientes Marta e Cristiane foram chamadas entre as 24 convocadas.

Em comparação com a primeira lista, as ausências são a goleira Kemelli, a lateral Katiúscia e a atacante Jheniffer, todas do Corinthians, além das também atacantes Amanda, do Palmeiras, Nycolle, do Benfica e Eudimilla, da Ferroviária e as meio-campistas Brena, do Santos, e Ana Vitória, do PSG. Lauren (Kansas City) e Gabi Nunes (Levante) são as novidades.

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O treinador explicou o chamada das novas atletas como opções para o time ficar mais letal na frente e bem protegido atrás. "Gabi Nunes é uma goleadora, jogadora de área, e a opção por Lauren é para ter mais jogadora forte de marcação de área", disse. "Agora é a oportunidade da Gabi Nunes mostrar toda sua qualidade."

Destaque da Ferroviária no Brasileirão, mas fora das finais diante do Corinthians, a jovem Aline Gomes vai passar para aprimoramento e desenvolvimento na seleção sub-17 para não queimar etapas na carreira.

"Aline Gomes é muito jovem, as coisas aconteceram rápido, e precisamos ter um certo cuidado. Falei com ela, estava nos planos. Mas ficou fora da titularidade na Ferroviária e vai fazer o processo na categoria de base. Optamos por oportunidade para outras nesse momento", explicou Arthur Elias, que conversou com a jogadora.

Com trabalho até os Jogos Olímpicos de Paris-2024 no começo, o treinador revelou que são diversas jogadoras em observação, algumas delas ainda não convocadas. "Temos um grupo de 45 jogadoras sendo observado para ver as 18 ou 22 que vão aos Jogos Olímpicos", disse, feliz com o primeiro contato.

"Identifiquei uma seleção que absorveu bem a ideias do jogo ofensivo, a ocupação de espaço, como avaliar o adversário e como posicionar e ter dinâmicas no campo. Espero um Brasil com mais posse de bola, mas uma posse efetiva e criando chances, fazendo gols. Agora é testá-las em jogo internacional."

A equipe se apresenta no dia 23 de outubro. Os amistosos contra o Canadá serão nos dia 28, em Montreal, e 31, ainda com local indefinido. "É um desafio assim como vai ser contra as grandes potências do mundo", avaliou o treinador. "O Canadá é experiente, mas não teve um bom resultado na Copa do Mundo e também está querendo se reerguer para os Jogos Olímpicos. São poucas Datas Fifa, mas é bom começar contra um rival grande, que vai nos exigir a saber como ter posição na defensiva, com cuidados na bola parada e no contra-ataque", seguiu. "Fiquei muito satisfeito. Quero olhar para a frente e é uma equipe que vai nesses dois jogos tirar muito do nosso grupo, uma experiência rica."

Arthur Elias ainda explicou o que espera neste início de jornada na seleção. "O mais importante é desenvolver o modelo de jogo, para ter uma equipe equilibrada a todo momento de jogo. O sistema serve como aliado para distribuir as jogadoras da melhor forma possível, para facilitar o jogo delas, que se sintam à vontade e confiantes."

CONFIRA AS 24 CONVOCADAS

Goleiras - Lelê (Ccorinthians), Luciana *Ferroviária) e Camila (Santos)

Zagueiras - Rafaelle (Orlando Pride), Tainara (Bayern de Munique), Kathellen (Real Madrid), Antônia (Levante) e Lauren (Kansas City)

Laterais - Tamires (Corinthians), Yasmin (Corinthians) e Bruninha (Gotham)

Meio-campistas - Ary Borges (Racing Lousville), Luana (Corinthians), Angelina (OL Reign e Duda Sampaio (Corinthians)

Atacantes - Adriana (Orlando Pride), Kerolin (Noth Carolina, Geyse (Manchester United), Debinha (Kansas City), Marta (Orlando Pride), Gabi Portilho (Corinthians), Bia Zaneratto (Palmeiras) e Gabi Nunes (Levante).

A eliminação na semifinal do Campeonato Brasileiro feminino está incomodando Cristiane mais do que o esperado. A experiente atacante foi multada pelo Santos por vestir a camisa do Corinthians logo após o segundo jogo contra o rival paulista. Apesar de ter se explicado pela situação, ela acabou tendo um desconto de 20% de seu salário após a troca simbólica com Grazi, meia do time do Parque São Jorge.

Após o placar agregado em 5 a 0 para o Corinthians, as jogadoras trocaram as camisas. Cristiane, então, passou a ser alvo de diversas manifestações de torcedores que acharam a atitude inaceitável. Em suas redes sociais, a atleta se explicou. "Desde que começamos a jogar, lá atrás, o futebol feminino sempre foi isso: respeito acima de tudo", escreveu em sua redes sociais.

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Então, neste sábado, exatamente uma semana após o episódio, a diretoria santista optou por multar Cristiane em 20% de seu salário. "Não imaginei que fosse repercutir tanto, despertar tanta raiva dos torcedor. E por isso venho aqui me desculpar, foi errado ter feito isso logo após a partida que perdemos", disse Cristiane no último domingo, um dia após a eliminação dolorosa.

A publicação em que explica a troca de camisas foi feita em conjunto com Grazi. No texto, as duas dizem que atuam juntas há mais de 20 anos. Elas se abraçam emocionadas e, em seguida, a jogadora do Corinthians vai ao encontro do técnico Arthur Elias, que recentemente assumiu o comando da seleção brasileira após a queda de Pia Sundhage.

A sueca Pia Sundhage não é mais técnica da seleção brasileira feminina. A decisão foi oficializada nesta quarta-feira pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Diante do fracasso da equipe na Copa do Mundo da Austrália e da Nova Zelândia, a perspectiva era de grandes mudanças no setor. O nome do substituto ainda não foi anunciado.

"Encerramos a partir de hoje o trabalho de Pia com a CBF. Quero agradecer a ela e a todos aqueles que conviveram e fizeram parte da comissão técnica da seleção brasileira feminina de futebol, que participou da Copa do Mundo Feminina Fifa 2023 . Pia trouxe também, nesse período de 2019 até aqui, um trabalho que, para a CBF e para o futebol brasileiro como um todo, foi muito importante. Desejamos a ela, em seus novos desafios, todo o sucesso", disse o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

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De acordo com a entidade, a nova comissão técnica deve ser anunciada nos próximos dias e terá como missão melhorar os resultados da seleção feminina na Olimpíada, que será disputada em Paris em 2024, e na próxima Copa do Mundo, em 2027, que ainda não tem sede definida.

Há expectativa para que o técnico do Corinthians, Arthur Elias, assuma o comando da seleção feminina. As grandes campanhas que o treinador tem liderado no clube alvinegro tornaram seu nome o favorito para a função.

Bicampeão olímpica com a seleção dos Estados Unidos, Pia chegou ao Brasil com a esperança de reformular a equipe e buscar feitos inéditos. No entanto, o trabalho passou longe dos resultados almejados. O único título de destaque foi a Copa América diante de rivais mais fracos do nosso continente.

Nos Jogos de Tóquio, o Brasil foi eliminado nas quartas de final pelo Canadá, que se tornaria campeão olímpico. O jogo terminou empatado sem gols, e as canadenses levaram a melhor nos pênaltis, ganhando por 4 a 3.

A Copa Feminina, porém, marcou a maior frustração da era Pia. O Brasil chegou ao Mundial com a empolgação de bons desempenhos ante as poderosas Inglaterra e Alemanha, mas acabou eliminado ainda na fase de grupos. A seleção brasileira bateu o modesto Panamá (4 a 0), perdeu para a França (2 a 1) e empatou com a também limitada Jamaica (0 a 0).

Toda a comissão técnica de Pia foi dissolvida pela CBF. Deixam também seus cargos as suecas Lilie Persson e Anders Johansson, auxiliares, e Ann-Helen Grahm, observadora técnica.

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Luis Rubiales, presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), foi desmentido nesta sexta-feira, horas após afirmar que houve consentimento no beijo dado por ele na atacante Jenni Hermoso, durante a celebração do título da Copa do Mundo Feminina. A própria jogadora se manifestou, em nota divulgada pelo sindicato Futpro, e afirmou não ter consentido o beijo "em nenhum momento". As 23 jogadoras campeã mundiais assinaram o comunicado e se juntaram em um boicote: elas não defenderão a seleção enquanto "os atuais dirigentes continuarem no comando".

A RFEF convocou uma assembleia geral extraordinária nesta sexta para que Rubiales desse explicações sobre o beijo, imagem que correu o mundo e repercutiu de forma bastante negativa. A expectativa, de acordo com a imprensa espanhola, era pela renúncia, mas o dirigente apareceu no palanque contrariado e garantiu, aos berros, que não entregaria o cargo. Durante ao discurso, disse ser vítima do que chamou de "falso feminismo" e assegurou que Hermoso havia dado permissão para beijá-la.

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"Ela me levantou do chão, me agarrou pelo quadril, quase caímos e nos abraçamos. Foi ela quem me pegou os braços e me puxou para perto de seu corpo. Eu disse a ela para esquecer o pênalti, 'você foi fantástica e sem vocês não teríamos vencido a Copa do Mundo. Ela respondeu 'você é um craque'. Eu disse 'um beijinho?' e ela respondeu 'ok', batendo na minha lateral e saindo rindo", afirmou o presidente em sua versão.

Hermoso, de férias em Ibiza, vem fazendo o possível para se preservar e tem se manifestado apenas por meio do Fupro. Ao saber das afirmações de Rubiales, procurou o sindicato para se manifestar agudamente e desmentir o dirigente. "Quero esclarecer que em nenhum momento consenti o beijo que ele me deu e em nenhum caso procurei levantar o presidente. Não tolero que minha palavra seja questionada, muito menos que se inventem palavras que eu não tenha dito", disse.

Após a transcrição da fala da atacante, o texto do Futpro continua dizendo que "nenhuma mulher deveria se ver em necessidade de se explicar diante de imagens tão contundentes e que todo mundo viu". Em seguida, são exigidas medidas imediatas do poder público, em nome das campeãs do mundo, que concordaram em não atender mais à seleção caso não ocorra uma mudança de comando na Federação. Embora não seja citado no texto, o técnico da seleção espanhola feminina, Jorge Vilda, que tem problemas de relacionamento com o elenco, aplaudiu o discurso de Rubiales na assembleia, assim como Luis de La Fuente, treinador da seleção masculina.

"Queremos encerrar este comunicado pedindo mudanças estruturais reais, que ajudem a seleção a seguir crescendo, para poder transferir nosso êxito às próximas gerações. Nos enche de tristeza que um acontecimentos tão inaceitável esteja ofuscando o maior êxito esportivo do futebol espanhol. Depois de tudo o que aconteceu durante a entrega das medalhas, queremos manifestar que todas a jogadores que firmam o presente comunicado não votarão a defender a seleção se os atuais dirigentes continuarem", diz o final do comunicado.

A Fifa abriu um processo disciplinar contra Rubiales e só voltará a se manifestar quando houver uma conclusão. De qualquer forma, há pressão vinda de todos os lados, inclusive do governo espanhol. Teresa Ribera, terceira vice-presidente da Espanha e ministra da Transição Ecológica e do Desafio Demográfico, afirmou que o governo fará "tudo ao seu alcance" para que Rubiales deixa RFEF. Mais tarde, nesta sexta, Victor Francos, presidente do Conselho Nacional de Esportes da Espanha, iniciou um processo judicial contra o dirigente para que ele responda ao Tribunal dos Esportes.

A maior edição das copas femininas termina como prometeu ser desde o começo: histórica. Do adeus à craques até um título inédito, a Copa do Mundo de 2023 reuniu grandes momentos nos países-sede, Austrália e Nova Zelândia.

Zebras

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A Copa do Mundo de 2023 ficou marcada pela queda precoce de diversas seleções tradicionais do futebol feminino. Na fase de grupos, três grandes equipes falharam em se classificar para o mata-mata: Alemanha, Brasil e Canadá. As europeias perderam para a Colômbia e empataram com a Coreia do Sul na primeira fase, o que acabou encerrando a participação das bicampeãs mundias de forma precoce.

Já as atuais campeãs olímpicas sofreram uma estrondosa goleada contra a Austrália na última partida da fase de grupos e deram adeus à competição. É a primeira vez na história que a campeã olímpica é eliminada na primeira fase do torneio.

O Canadá, no entanto, sofreu com problemas extracampo: A Federação Canadense de Futebol não pagou o que havia combinado com a seleção feminina de futebol. Ao longo do Mundial, as jogadoras trocaram acusações contra a organização e até conseguiram um acordo provisório de pagamento igualitário, mas tiveram que ceder boa parte da premiação do torneio para a federação pagar bônus que ela devia à seleção masculina.

O Brasil até começou bem, goleando o Panamá e encantando o mundo com um bom futebol. Na partida contra França, entretanto, uma dificuldade em ficar com a bola e falhas de marcação no jogo aéreo decretaram a derrota brasileira. A seleção comandada por Pia Sundhage dependia só de si mesma para se classificar, mas não conseguiu vencer o bloqueio jamaicano e viu a Matar se despedir de forma melancólica de seu último mundial.

Por fim, a última grande zebra não ocorreu na fase de grupos, mas nas oitavas de final. Os Estados Unidos não fizeram boa campanha e quase caíram para Portugal na primeira fase. As tetra campeãs mundial passaram em segundo lugar do grupo e, no jogo contra a Suécia pela primeira partida de mata-mata, foram incapaz de produzir uma boa partida e acabaram sendo eliminadas nos pênaltis. Antes do início do torneio, elas eram consideradas uma das favoritas ao título.

ADEUS A MARTA, SINCLAIR E RAPINOE

O Mundial da Austrália e da Nova Zelândia também ficou marcado pelo adeus de grandes jogadoras. Nomes como a brasileira Marta, a canadense Christine Sinclair e a americana Megan Rapinoe deram adeus ao maior torneio do futebol feminino. Curiosamente, todas as craques que anunciaram sua aposentadoria da Copa tiveram despedidas melancólicas, com suas seleções apresentando baixo desempenho na competição.

"Nem nos meus piores pesadelos com a Copa do Mundo eu imaginava isso", afirmou a camisa 10 do Brasil após a eliminação. "O povo brasileiro está tendo renovação (na seleção), a única velha aqui sou eu e talvez a Tamires. São meninas de talento, caminho enorme pela frente. Eu termino aqui, mas elas continuam. Vocês pediram renovação, está acontecendo. Eu quero que as pessoas do nosso Brasil continuem tendo o mesmo entusiasmo que tiveram quando começou a Copa. Que continuem apoiando. As coisas não acontecem de um dia para o outro".

A eliminação de Rapinoe foi particularmente cruel. No banco pela maior parte da partida, a atacante de 38 anos entrou no final da partida e acabou perdendo um dos pênaltis decisivos que eliminaram os EUA. Ela, no entanto, riu da situação e classificou como uma "piada de mal gosto". Apesar da tristeza. Rapinoe disse se sentir com a missão cumprida, afinal, foi protagonista na conquista de dois títulos mundias por sua seleção.

"Ouvi o que ela falou outro dia, sinto isso por ela", disse a americana ao comentar a fala de despedida de Marta. "Pelo que ela fez pelo jogo, pela forma como ela joga. A alegria com que ela joga. Nunca vi nada igual. Sobre a fala dela, sobre tornar o jogo melhor do que quando começou, sinto que eu faço parte disso. Estou muito orgulhosa", comentou.

RECORDE DE AUDIÊNCIA

A Copa do Mundo de 2023 foi o Mundial feminino mais visto da história. Somente na fase de grupos, 1.222 milhão de espectadores foram aos estádios, com uma média de mais de 25 mil pessoas por jogo. Esses números representam um aumento de 29% em relação à Copa do Mundo de 2019 na França somente nessa fase da competição.

A partida entre Espanha e Suécia, válida pela semifinal do Mundial, que ocorreu na última terça-feira, dia 16, foi assistida por 43.217 torcedores no Eden Park, em Auckland. A quantidade é a lotação máxima do estádio e iguala o recorde de maior público registrado em um jogo de futebol no país, seja na modalidade masculina ou feminina. A marca histórica já havia sido atingida no Mundial de 2023 durante as quartas de final entre Japão e Suécia.

Já na Austrália, o sucesso inédito das Matildas - elas jamais chegaram à uma semifinal de Copa do Mundo -, vem transformando o futebol em paixão nacional. O jogo das quartas de final contra a França foi o evento esportivo mais assistido no país desde a Olimpíada de Sidney, em 2000. Mais de 7 milhões de pessoas assistiram a tensa disputa de pênaltis, que contou com 20 cobranças, e a surpreendente classificação da seleção australiana.

No Brasil, a CazéTV e a Rede Globo também apresentaram índices de audiência históricos em suas transmissões. No YouTube, o canal do apresentador e streamer Casimiro Miguel quebrou o recorde de uma transmissão de futebol feminino na plataforma de streaming. Mais de 1 milhão de aparelhos estiveram conectados durante a vitória por 4 a 0 contra o Panamá.

Fora da internet, a Globo também quebrou recordes de audiência na TV aberta. Segundo dados prévios, com a estreia da seleção feminina na Copa, a emissora teve a maior audiência na faixa (08h01 às 9h57) desde agosto de 2008, com cerca de 16 pontos na PNT. É um crescimento de 100% em comparação com a mesma faixa nas últimas quatro semanas.

SURPRESAS

Se o torneio ficou marcado pela queda precoce de gigantes, inúmeras seleções surpreenderam e fizeram campanhas históricas. É a primeira vez que 32 seleções participam da competição feminina, antes eram 16. Ao todo, foram 8 times que estrearam em uma Copa do Mundo - Haiti, Marrocos, Panamá, Filipinas, Portugal, Irlanda, Vietnã e Zâmbia.

Jamaica, Marrocos, Colômbia e a própria Austrália foram alguns dos times que fizeram boas atuações e chegaram mais longe do que era esperado. Enquanto as caribenhas e as africanas alcançaram às oitavas de final pela primeira vez, a Colômbia chegou às quartas e a Austrália à semifinal.

Alguns críticos do novo modelo alertavam sobre a possibilidade de um maior desnível técnico com o aumento das equipes que disputariam o torneio. O que se viu, no entanto, foi uma competição extremamente disputada em que as seleções mais tradicionais sofreram, e em muitos casos não conseguiram, vencer as equipes "mais fracas".

O futuro da técnica Pia Sundhage na seleção brasileira feminina será definido nas próximas duas semanas. A treinadora, cujo trabalho foi muito criticado após a eliminação precoce do Brasil na Copa do Mundo, tem contrato com a CBF até o final dos Jogos Olímpicos de Paris, no próximo ano, mas sua permanência até lá é incerta.

"Vamos ter uma reunião com a Pia no final do mês, assim que ela retornar", disse de forma lacônica o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, nesta sexta-feira, sem confirmar a permanência da treinadora sueca.

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Pia Sundhage foi contratada ainda em 2019 pelo então presidente da entidade, Rogério Caboclo. O trabalho dela com o futebol feminino sempre foi elogiado na CBF, sobretudo pela renovação gradual feita na equipe. O resultado pífio no Mundial, porém, decepcionou a cúpula da entidade.

Todos na CBF sabiam que uma conquista da Copa do Mundo este ano seria muito difícil, mas não passava pela cabeça de ninguém que o Brasil seria eliminado ainda na primeira fase. A seleção goleou o Panamá na estreia e perdeu o segundo jogo, diante da França - dois resultados que de certa forma estavam nos prognósticos. O empate sem gols com a Jamaica na partida derradeira, contudo, foi totalmente fora da curva, especialmente porque a própria Pia considerava o Brasil como uma das dez melhores equipes da competição.

Pia Sundhage deixou a delegação da seleção ainda na Austrália e viajou para a Suécia. Ela já disse que gostaria de seguir à frente da equipe até o fim do seu contrato.

Uma das maiores jogadoras de futebol de todos os tempos, Pretinha agora está eternizada no Maracanã. Em solenidade que aconteceu nesta segunda-feira, a ex-jogadora do Vasco e da seleção brasileira teve seus pés gravados na Calçada da Fama do emblemático estádio do Rio.

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Homenagear a lendária jogadora foi uma iniciativa da Superintendência de Desportos do Estado (Suderj), através do Projeto Suderj Delas. O objetivo é promover, entre atletas, torcedoras e público geral, a inclusão e o reconhecimento de grandes nomes da história do esporte feminino brasileiro.

"Significa muito. É um sonho. Toda atleta quer colocar os pés na Calçada da Fama e eu estou tendo essa oportunidade hoje. É um sonho realizado, mas que não é só meu", declarou Pretinha nesta segunda-feira. "Agradecer a minha família, meus amigos, colegas de time, torcedores. Estou aqui representando o futebol feminino do Brasil e do Rio de Janeiro". A cerimônia ainda contou com a presença de Clodoaldo Silva, seis vezes medalha de ouro na natação dos Jogos Paralímpicos.

Pretinha se tornou a segunda mulher a ter seus pés eternizados no Maracanã. Antes dela, somente Marta teve esta homenagem. Dona de seis Bolas de Ouro, a Rainha do Futebol se despediu da Copa do Mundo deste ano com uma melancólica eliminação ainda na primeira fase.

HISTÓRIA

Delma Gonçalves, a Pretinha, é a maior goleadora e a maior referência da história do futebol feminino do Vasco. Seu prestígio em São Januário é tanto que chegou a ser auxiliar do time em 2022. No clube cruzmaltino, jogou entre 1993 e 2001 e 2004 e 2006, acumulando três Taças Brasil e cinco Campeonatos Carioca. Foram 62 gols ao todo.

Pela seleção brasileira, foram nada menos que quatro Mundiais e quatro Olimpíadas, além de três edições da Copa América e um Pan-Americano. Porém, o auge de sua carreira foi no futebol americano. Nos Estados Unidos, jogou no San Jose CyberRays e no Washington Freedom. Em determinada temporada, marcou 27 gols em 21 compromissos.

Com o fim das quartas de final da Copa do Mundo feminina de 2023, as quatro seleções que participarão das semifinais já estão definidas. São elas: Austrália, Espanha, Suécia, e Inglaterra. Nenhuma das equipes que ainda está no torneio já foi campeã, o que significa que o Mundial de 2023 terá uma vencedora inédita. A nova fase começa na próxima terça-feira, dia 15, às 5h (de Brasília), com a partida entre Espanha e Suécia. Um europeu vai ficar pelo caminho.

ESPANHA

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Com um número expressivo de gols, foram 15 em cinco jogos, a Espanha chega às semifinais da Copa do Mundo de 2023 com um dos jogos coletivos mais envolventes da competição. Apesar de Alexia Putellas, a atual melhor jogadora do mundo, não estar em sua melhor forma, outras três jogadoras vem assumindo o protagonismo e liderando a equipe: Aitana Bonmatí, Alba Redondo e Jennifer Hermoso, cada uma com três gols.

Com um estilo de jogo tradicionalmente espanhol - com muita posse de bola e toques -, o time europeu vem jogando bem, mas ainda peca nas finalizações das jogadas. Um bom exemplo disso foi a goleada sofrida contra o Japão, ainda na fase de grupos. A seleção japonesa quase não ficou com a bola, mas os erros espanhóis, aliado a eficiência nipônica, construíram o placar de 4 a 0.

Na quartas de final, a Espanha dominou a Holanda no primeiro tempo, mas não conseguiu transformar essa vantagem em gols. No segundo tempo, um pênalti no final do jogo abriu o placar para as espanholas, mas as holandesas conseguiram empatar o jogo nos acréscimos. Na prorrogação, a jovem Salma Paralluelo anotou o tento decisivo que garantiu a Espanha na semifinal pela primeira vez em sua história.

SUÉCIA

Ao longo da competição, os EUA e o Japão foram considerados favoritos ao título. Se as americanas não jogaram o melhor futebol do mundo durante a fase de grupos, a tradição e a força do elenco as colocavam como candidatas ao campeonato de maneira quase automática. Já as japonesas, por mais jovens que fossem, atropelaram todas as adversárias que tiveram no caminho e pareciam capazes de chegar até a final.

O que nenhuma das duas seleções esperava, no entanto, era o quão difícil seria passar da Suécia. Se na fase de grupos as suecas não deram chances para suas adversárias, no mata-mata elas conseguiram anular os poderosos ataques americanos e japoneses e se classificar para a semifinal.

O destaque vai para a defesa europeia. A goleira Zecira Musovic brilhou no jogo contra os EUA e é a principal candidata a melhor arqueira da competição. Na zaga, a defensora Amanda Ilestedt não só é uma das melhores zagueiras do torneio como também é uma das artilheiras do Mundial, com 4 gols até o momento.

AUSTRÁLIA

A campanha das Matildas na Copa do Mundo de 2023 é histórica. Uma das anfitriãs do torneio, a Austrália conta com um apoio massivo de seu povo que está lotando os estádios, quebrando recordes de audiência em TVs locais e incentivando a equipe a sonhar com um improvável título. É a primeira vez que elas chegam à semifinal de um Mundial.

Em campo, a seleção australiana tem correspondido. Uma derrota para a Nigéria na primeira fase não foi o suficiente para desanimar as jogadoras, que golearam o Canadá e bateram a Dinamarca para chegar às quartas. O melhor de tudo para elas? Sam Kerr, atacante do Chelsea e principal atleta da seleção, ainda não jogou muito.

Kerr estava machucada e viu as Matildas avançarem na competição do banco. Nas oitavas, no entanto, ela finalmente estreou e, contra a França, entrou no segundo tempo e incendiou a partida. A Austrália jogou de igual para igual contra as francesas e, nos pênaltis, eliminou as europeias e garantiu sua vaga para a próxima fase do torneio.

INGLATERRA

Atuais campeãs da Eurocopa, a Inglaterra entrou na Copa do Mundo como uma das favoritas. Apesar do bom futebol apresentado durante a fase de grupos, a perda de algumas das suas principais jogadoras colocou em dúvida a capacidade das europeias de avançar na competição

A meio-campista Keira Walsh, jogadora mais cara do mundo, se lesionou ainda na segunda partida do Mundial. Já Lauren James, atacante do Chelsea de apenas 21 anos, foi expulsa nas oitavas de final e pegou um gancho de duas partidas, só podendo voltar ao time na final do torneio.

Os contratempos, no entanto, não foram capazes de parar a seleção inglesa. Com um forte elenco, as ‘Leoas’ venceram Nigéria e Colômbia e agora sonham com uma vaga na final. É a terceira vez consecutiva que as europeias chegam a semifinal, mas elas nunca venceram o torneio.

Austrália e Inglaterra são as últimas seleções classificadas para as semifinais da Copa do Mundo feminina de 2023. Na madrugada deste sábado (12), as australianas e as francesas fizeram um jogo parelho que só foi decidido nos pênaltis. Melhor para a Austrália, que com o apoio da torcida e o retorno de Sam Kerr, garantiu uma vaga nas semifinais de um Mundial pela primeira vez na história. Já as inglesas tomaram um susto contra as colombianas, mas conseguiram virar o jogo e se garantir entre os quatro melhores times do torneio.

Ao todo, foram necessárias 20 cobranças de pênalti para decidir qual seleção, Austrália ou França, avançaria para à semifinal da Copa do Mundo de 2023. No final, as anfitriãs fizeram valer a força de sua torcida, que mais uma vez lotou o estádio em que o jogo ocorreu, e bateram as francesas após um empate sem gols no tempo regulamentar.

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O grande destaque da partida foi a goleira australiana Arnold, que defendeu três cobranças francesas e garantiu a vaga na semifinal. É a melhor campanha da história da Austrália. Já a França viu a maldição das quartas de final a assombrar mais uma vez. É o terceiro Mundial consecutivo em que as francesas caem nessa etapa da competição.

Agora, a Austrália enfrenta a Inglaterra na próxima quarta-feira, dia 16, às 7h (de Brasília) pela semifinal do Mundial feminino.

INGLATERRA VIRA SOBRE A COLÔMBIA

Em um jogo parelho, Inglaterra e Colômbia disputaram uma vaga na semifinal do Mundial de 2023 até o último minuto. As inglesas dominaram o primeiro tempo do confronto contra a Colômbia, mas viram as sul-americanas saírem na frente do placar com falha da goleira Mary Earps, que estava muito adiantada e foi encoberta após lindo chute de Leicy Santos.

O domínio inglês, no entanto, não oferecia tanto perigo as colombianas, que marcavam bem e limitavam as ações europeias. Um erro defensivo da Colômbia, no entanto, fez com que os dois times fossem ao intervalo em pé de igualdade. Em um bate e rebate com as próprias jogadoras da Colômbia, a goleira Catalina Pérez não conseguiu segurar a bola e viu Lauren Hemp aproveitar a confusão para estufar as redes.

No segundo tempo, uma Inglaterra mais organizada não sentiu tanta dificuldade contra a defesa sul-americana e, aos 18 minutos, Alessia Russo fez o segundo gol inglês. Com a vantagem, a equipe comanda por Sarina Wiegman relaxou e viu a Colômbia se jogar ao ataque nos últimos minutos. O confronto, entretanto, já estava decidido.

A Zâmbia não precisou de muito tempo para abrir o marcador sobre a Costa Rica em partida válida pelo Grupo C da Copa do Mundo feminina de 2023. No jogo, realizado na madrugada desta segunda-feira (31). o placar foi inaugurado aos 2 minutos e 11 segundos. A zagueira Lushomo Mweemba aproveitou escanteio e deu um belo chute contra a meta costa-riquenha, marcando não só o gol mais rápido da atual edição do torneio, como também o primeiro gol da história da seleção zambiana.

Ela festejou muito o gol. A Copa chega em sua rodada final da fase de classificação das 32 participantes. Apenas 16 equipes vão estar nas oitavas, em jogo de mata-mata, nos moldes do Mundial masculino do Catar, do ano passado. Passam para a próxima etapa, os primeiros e os segundos colocados de cada chave. O Brasil ainda não se garantiu. É terceiro em sue grupo. O time joga nesta quarta-feira, contra a Jamaica.

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A Zâmbia venceu o confronto por 3 a 1, mas ambas as equipes já estavam virtualmente eliminadas. No outro jogo do grupo, o Japão goleou a Espanha e ambos os times se classificaram para as oitavas de final. A equipe japonesa é uma das sensações do Mundial Feminino.

Apesar da velocidade do gol, o tento marcado em 2023 está longe de ser o mais rápido da história dos Mundiais femininos. Em 1991, atacante Lena Videkull abriu o placar para a Suécia contra o Japão em apenas 30 segundos de bola rolando. E as europeias não pararam, anotando oito gols nas japonesas durante a partida da fase de grupos.

Em segundo lugar, Melissa Tancredi, do Canadá, fez um golaço aos 33 segundos no confronto com a Austrália em 2007. Completando o pódio, a francesa Marie-Laure Delie marcou o primeiro gol da goleada contra o Canadá aos 34 segundos da partida disputada no Mundial de 2015.

Os gols mais rápidos da história da Copa do Mundo feminina

1º. Lena Videkull, da Suécia, aos 30 segundos. Suécia 8 x 0 Japão no Mundial de 1991.

2º. Melissa Tancredi , do Canadá, aos 33 segundos. Canadá 2 x 0 Austrália no Mundial de 2007.

3º. Marie-Laure Delie, da França, aos 34 segundos. França 5 x 0 Canadá no Mundial de 2015.

4º. Lori Chalupny, dos Estados Unidos, aos 54 segundos. EUA 1 X 0 Nigéria no Mundial de 2007.

5º. Stephany Mayor, do México, no primeiro minuto da partida. México 2 x 2 Nova Zelândia no Mundial de 2011.

Lorne Donaldson, técnico da Jamaica na Copa do Mundo feminina de 2023, não esconde a felicidade com a trajetória de sua equipe no torneio. Em um grupo com França e Brasil, duas potências da modalidade, o fato da equipe caribenha chegar a última rodada da competição com chances reais de classificação é motivo de celebração.

O técnico, no entanto, não esconde a preocupação com o confronto decisivo contra a seleção brasileira que ocorre na quarta-feira, dia 2, às 7h (horário de Brasília), no AAMI Park em Melbourne, na Austrália. "Elas têm muito talento", ele afirmou em entrevista coletiva ao falar sobre o time de Pia Sundhage. "Sabemos que elas provavelmente vão jogar de uma maneira na qual estão acostumadas. Temos que fazer algo especial para tirar algo deste jogo."

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Após empatar de forma heroica contra a França na primeira rodada e vencer o Panamá por 1 a 0 no segundo jogo do Grupo F, a Jamaica entra em campo contra o Brasil com a vantagem do empate. Apesar de ter um ponto a mais na tabela, Donaldson entende que jogar para ganhar é a única forma de sair vivo da partida.

"Era isso que queríamos: ter chances de classificação e motivos reais no último jogo. Mesmo depois das adversidades que tivemos, sabíamos que poderíamos chegar em algum lugar. Acho maravilhoso que ainda tenhamos a chance de passar."

A campanha jamaicana até a Copa do Mundo não foi das mais fáceis. Além dos desafios que qualquer eliminatória oferece, a seleção das Reggae Girlz enfrenta sérios problemas de financiamento. Sem o apoio integral da Federação Jamaicana de Futebol, que não arcou com todos os custos do torneio, sobrou para a mãe da meio-campista Havana Solaun pensar em uma solução para os problemas financeiros do time.

Ela, então, abriu uma vaquinha online para que os fãs e torcedores da Jamaica pudessem contribuir com a seleção. Sandra Phillips-Brower criou a campanha chamada "Reggae Girlz Rise Up" (Garotas do Reggae, levantem-se, em tradução livre) e faturou US$ 50 mil, algo em torno de R$ 238 mil.

Na página da plataforma GoFundMe, Sandra afirma que as jogadoras estão cientes das doações e que, junto com a delegação, elas decidirão qual a melhor forma de alocar os fundos recolhidos. "A manifestação de apoio as ‘Reggae Girlz’ tem sido espetacular. Obrigada a todos por promoverem um apoio internacional sistemático para essas jovens mulheres maravilhosas", a mãe escreveu em um dos posts.

Para o Brasil, só a vitória interessa. Após uma boa primeira partida contra o Panamá, a seleção brasileira sofreu contra a França e viu as europeias ganharem de 2 a 1. Com a alta probabilidade das francesas ganharem das panamenhas, resta ao time de Pia Sundhage vencer a Jamaica caso queiram se classificar para as oitavas de final do Mundial.

A vida de anfitriã da Austrália não está sendo fácil. Uma das sedes da Copa do Mundo feminina de 2023, a seleção australiana vem de um resultado ruim contra a Nigéria e, para a última rodada do Grupo B, enfrenta o Canadá nesta segunda-feira (31), às 7h (horário de Brasília), precisando vencer.

Ao longo das últimas décadas, as Matildas, como é conhecida a seleção feminina australiana, se tornaram uma das principais forças no mundo do futebol feminino. E, para muitos torcedores, a adoção do apelido representou uma mudança no patamar do time - desde que a equipe amarela começou a se chamar de Matildas, a Austrália jamais ficou de fora de um Mundial.

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Mas de onde surgiu o nome? Em 1995, a emissora australiana SBS realizou uma votação antes do Mundial feminino do mesmo ano. Os fãs de futebol do país tiveram de decidir qual se tornaria o apelido para a seleção feminina. No masculino, o termo "socceroos", uma brincadeira com a palavra soccer (futebol, em inglês) e kangaroo, (canguru, em inglês), já era utilizado desde 1967.

Ao todo, cinco opções foram para votação popular: Matildas, Soccertoos, Lorikeets, Waratahs e Blue Flyers. A vitória das Matildas pode ser explicada por alguns fatores. Em primeiro lugar, o apelido já havia sido utilizado em outro momento na história dos esportes australianos.

Em 1982, durante os Jogos da Commonwealth, uma competição multidesportiva disputada por 56 países, realizado em Brisbane, o mascote do torneio foi uma canguru chamada "Matilda", que se tornou extremamente popular no país sede. Matilda também remetia a canção "Waltzing Matilda", tida como um hino não-oficial da Austrália. Na música, um viajante anda na companhia de uma espécie de mochila conhecida como "Matilda".

Por fim, mas não menos importante, a popularidade do livro "Matilda", de Roald Dahl, também influenciou na votação. Lançado em 1988, a obra que conta a história de uma garotinha com super poderes viraria filme em 1996, um ano após a escolha do apelido.

"Obviamente, a gente tinha Waltzing Matilda, então o nome era familiar. Roald Dahl tinha escrito esse livro, Matilda, sobre uma garotinha com poderes mágicos. Então, são esses pequenos estalos", afirmou Peter Hugg, ex-dirigente da AWSA (a antiga Federação Australiana de Futebol), em entrevista ao jornal australiano Sydney Morning Herald.

A madrugada e manhã deste domingo foram marcadas por jogos da Copa do Mundo de 2023 onde as seleções favoritas penaram. A Suécia e a Holanda sofreram, mas bateram África do Sul e Portugal, respectivamente. Já a França bem que tentou, mas acabou amargando um empate contra a Jamaica.

A Suécia sofreu para confirmar o favoritismo contra a África do Sul em partida válida pelo Grupo G. A seleção europeia chegou a sair atrás do placar, com gol de Magaia, mas reagiu na etapa final do segundo tempo e conseguiu a virada, por 2 a 1, com dois gols de cabeça, marcados por Rolfo e Ilestedt. Com a vitória, assumiram a liderança provisória do Grupo G.

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Atual vice-campeã da Copa do Mundo, a Holanda sofreu para vencer Portugal. Em jogo válido pelo Grupo E, a equipe dos Países Baixos venceu por 1 a 0 com gol de Van Der Gragt. Com isso, assumiram a vice-liderança do Grupo E. Na próxima partida, a equipe holandesa enfrenta os Estados Unidos, que está em primeiro lugar por conta do saldo de gols.

A madrugada do dia 23 foi histórica para a seleção jamaicana. Ao empatar com a França por 0 a 0 em jogo válido pelo Grupo F, as africanas conquistaram o primeiro ponto do país na história dos Mundiais.

Com o empate, um cenário positivo se desenha para o Brasil. Caso confirme o favoritismo contra o Panamá, a seleção brasileira ocupará a liderança isolada do seu grupo.

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