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O futebol feminino grita em coro em cantos diferentes do planeta contra assédio moral e abusos sexuais. Nas duas últimas semanas, atletas de diferentes nacionalidades quebraram o silêncio em denúncias com o sentimento de 'basta' contra treinadores e dirigentes que passaram do ponto e não deram alternativas para algumas dessas jogadoras a não ser se submeter a situações constrangedoras para fazer o que mais gostam: jogar futebol. O grito não foi orquestrado. O movimento nasceu espontaneamente. Denúncias partiram de um dos principais países do mundo, os Estados Unidos, onde atletas como Megan Rapinoe levantam bandeiras há anos e se tornam porta-vozes de grupos contra uma série de comportamentos inadequados, para dizer o mínimo, envolvendo dirigentes e treinadores.

A Federação Americana de Futebol anunciou recentemente a contratação de Sally Yates "para conduzir uma investigação independente sobre as alegações de comportamento abusivo e má-conduta sexual no futebol profissional feminino." O primeiro passo foi dado. Sally foi procuradora geral interina por pouco tempo no governo Donald Trump. Quatro homens do futebol dos EUA são acusados de cometer abusos contra meninas em seus respectivos clubes.

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Richie Burke, ex-gerente do Washington Spirit, foi acusado de lançar uma "torrente de ameaças, críticas e insultos pessoais" contra jogadoras, de acordo com reportagem do jornal americano Washington Post. Christy Holly, técnico do Racing Louisville, foi demitido em agosto após acusações de conduta indevida. Farid Benstiti, ex-técnico do OL Reign, de Seattle, também foi forçado a sair do time após uma série de comentários abusivos. Semana passada, o site The Athletic, após demorada investigação, publicou reportagem em que jogadoras atuais e do passado acusaram Paul Riley, gerente do North Carolina Courage, de abusar emocionalmente delas e "coagi-las a fazerem sexo". Ele negou, mas foi demitido. O futebol feminino dos EUA é basicamente comandado por homens.

A onda de reclamações e pedidos de respeito também partiu de jogadores de futebol da Venezuela, onde a seleção masculina de Tite jogou nesta quinta-feira pelas Eliminatórias da Copa do Catar. Vinte e quatro atletas, incluindo Deyna Castellanos, uma das melhores do país, acusaram o ex-técnico da seleção de base, o panamenho Kenneth Zseremeta, de abuso sexual. A notícia caiu como uma bomba no futebol local. "No ano passado, uma das nossas companheiras de equipe nos confessou que tinha sido abusada sexualmente desde os 14 anos pelo treinador", disse Castellanos, jogadora do Atlético de Madrid, da Espanha, que preferiu não revelar a identidade da colega em questão.

"Como resultado dessa confissão, diversas companheiras expressaram experiências de assédio, tanto por telefone quanto por perguntas e convites inadequados, subornos para mantê-las dentro da seleção, presentes fora do contexto, massagens e diferentes situações que definitivamente não eram normais e que não entendíamos", acrescentou a atacante, a melhor do mundo em 2017 eleita pela Fifa. O treinador comandou diferentes seleções de base femininas entre 2008 e 2017. Com ele, a seleção da Venezuela conquistou duas vezes o Campeonato Sul-Americano Sub-17 e se classificou três vezes para a Copa do Mundo da categoria.

Em seus relatos, as jogadoras denunciaram intimidações para que continuassem a jogar. Nas categorias de base, ficar fora da equipe ou ser cortada significa abrir mão do sonho. "Decidimos quebrar o silêncio para evitar que as situações de abuso e assédio, físico, psicológico e sexual provocadas por Zseremeta, façam mais vítimas no futebol feminino e no mundo", completou a jogadora. O caso será investigado. Ecos do pedido de ajuda já chegaram à Fifa.

Os mesmos pedidos de socorro foram ouvidos na Austrália. Neste caso, a Federação de Futebol do país já se comprometeu a abrir investigação após as denúncias de assédio sexual contra as atletas do time nacional. Quem resolveu abrir o jogo foi a atacante Lisa De Vanna, que parou de atuar no mês passado. Ela fez 150 jogos pela seleção. Demorou, mas ela relatou que já foi submetida a 'comportamentos inadequados'. De Vanna confessou ter passado por isso no começo de sua carreira, quando era uma menina atrás de um sonho. "Se eu fui assediada sexualmente? Sim. Intimidada? Sim. Se eu vi coisas que me deixaram desconfortável? Sim", disse a ex-jogadora de 36 anos ao jornal Sidney's Daily Telegraph. "Em qualquer organização esportiva e em qualquer ambiente, o assédio sexual infantil, o comportamento predatório e a conduta não profissional me deixam doente", disse.

Em seu relato, ela contou sobre o que chamou de 'propostas obscenas' por parte de membros da comissão técnica dos times e da seleção. Disse que os procedimentos ainda acontecem na Austrália. "É hora de falar." As denúncias são agora de conhecimento dos dirigentes de futebol feminino na Austrália.

De Vanna não foi a única a reclamar, mesmo que tardiamente, dos procedimentos. Outra ex-jogadora, Rhali Dobson, também contou ter sido vítima de assédio sexual na juventude. A Federação espera que elas formalizem suas queixas para que o caso possa ser investigado. O futebol é apenas mais uma modalidade cujas jogadoras estão se rebelando. Há outros esportes que já denunciaram tais abusos, como a ginástica.

Simone Biles

Recentemente a atleta americana Simone Biles disse em juízo sobre os assédios que sofreu na seleção dos EUA. Hóquei e natação na Austrália são outras modalidades a passar pelos mesmos problemas.

Na Venezuela, as jogadoras não têm dúvidas de que as situações denunciadas eram compartilhadas por membros homens da comissão técnica e diretiva. Para quem não está acostumado com essas insinuações, vale destacar que comentários sobre atrativos físicos revelam assédio, assim como aquelas "brincadeirinhas" com insinuações sexuais.

As mulheres do futebol, e de qualquer segmento da sociedade, estão dando um basta nisso. Não querem mais sofrer esse tipo de pressão ou se verem reféns de comentários nada a ver. No caso das acusações contra o técnico panamenho Kenneth Zseremeta, de 55 anos, uma investigação já está em marcha conforme anunciada pelo procurador-geral Tarek Saab em sua conta no Twitter. Os relatos que chegaram ao procurador venezuelano dão conta de uma situação orquestrada por parte do treinador, inclusive envolvendo os pais da jogadora cujo nome não foi revelado. Havia muita manipulação, aparentemente com o único propósito de continuar contando com a atleta no time. Agora se sabe que não era somente por isso.

Recentemente, as jogadoras de futebol da seleção brasileira se manifestaram contra o caso de assédio moral e sexual envolvendo ninguém menos do que o presidente da CBF, Rogério Caboclo, para quem todas elas teoricamente trabalham. Liderado por Marta, seis vezes a melhor jogadora do mundo, o time se manifestou publicamente contra qualquer tipo de conduta envolvendo a situação. "Foi uma decisão em conjunto, a gente tem uma comissão que é muito alinhada com as atletas, liderada por Pia Sundhage, então a gente resolveu mostrar a nossa opinião nesse sentido. Somos obviamente contra qualquer tipo de assédio. Sem fazer pré-julgamentos, os fatos estão aí para serem apurados, mas a gente necessitava mostrar nossa posição", disse Marta antes da condenação de 21 meses de afastamento do dirigente.

O manifesto foi assinado por todas as jogadoras da seleção e divulgado em suas redes sociais. Ele dizia o seguinte: "Todos os dias no Brasil, milhares de pessoas são acometidas e desrespeitadas com cenas de assédio, seja moral ou sexual. Especialmente nós, mulheres. São brasileiras e brasileiros, vítimas de abusos e atos que vão contra os nossos princípios de igualdade e construção de um mundo mais justo. Dizer não ao abuso são mais do que palavras, são atitudes. Encorajamos que mulheres e homens denunciem. Nossa luta pelo respeito e igualdade vai além dos gramados. Hoje mais uma vez dizemos: não ao assédio."

A seleção brasileira feminina está convocada para mais uma janela de Data Fifa. Na terça-feira (5), a técnica sueca Pia Sundhage anunciou a lista das 23 jogadoras que enfrentarão a Austrália em dois jogos preparatórios no final deste mês. Ansiosa com os primeiros passos do novo ciclo, após a disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, a treinadora do Brasil elogiou o nível do desafio que suas comandadas terão pela frente diante das rivais.

Pia Sundhage destacou a oportunidade de encarar uma das anfitriãs do Mundial de 2023 em solo australiano. De acordo com a técnica da seleção, este tipo de experiência é crucial para que sua equipe possa amadurecer cada vez mais.

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"Temos que ser realistas. Na Austrália nós vamos enfrentar jogadoras que atacam, vão para cima e vão usar jogadas de um para um. A gente tem que estar preparado para lidar com essas jogadoras difíceis. Por isso que mudamos um pouco, com jogadoras diferentes. Com a Austrália será bem diferente, é uma viagem longa, temos que ter bastante cuidado, sobretudo no primeiro jogo, por conta do fuso horário", declarou, antes de tecer elogios ao time australiano.

"No fim das contas, se formos um time coeso e compacto, tanto na defesa quanto no ataque, vai ser uma ótima oportunidade de ver o quão boas nós somos. Certamente vamos defender mais contra a Austrália, um dos melhores times do mundo. Ter a oportunidade de jogar com a Austrália é excelente, porque é um ótimo adversário. Isso vai tornar a Seleção cada vez mais forte mentalmente, e também na forma de jogar", completou.

A convocação para os compromissos contra a Austrália conta com uma estreante: a goleira Karen, do Minas Brasília-DF. Além dela, a lista também conta com diversas caras novas que realizaram seus debutes nos últimos jogos diante da Argentina, em setembro. Pensando na renovação, Pia Sundhage exaltou o papel das novas jogadoras e projetou um ciclo proveitoso.

"É ótimo termos novas jogadoras, é necessário. Muitas coisas acontecem quando você muda a atmosfera e a dinâmica de um grupo. As jogadoras mais jovens têm essa chance. Se você joga bem, treina muito, é corajosa, talvez você tenha a chance de jogar na Seleção, o mundo se abre para você. Precisamos de novas perspectivas, encontrar novas jogadoras para construir um time novo e mais coeso", explicou, antes de falar sobre o futuro com a seleção.

"Estou super empolgada com esse novo ciclo e para o que vai acontecer esse ano e também ano que vem. É importante jogar partidas. Mas agora nessa nova era temos a chance de jogar dois novos jogos. Nos planejamos para o sucesso para ter uma noção do que vamos ter nas próximas Datas Fifa. Fico bem empolgada ao olhar para a agenda, temos ótimos jogos pela frente", concluiu.

O Comitê Executivo da Uefa anunciou nesta quinta-feira um aumento da premiação na próxima Eurocopa de futebol feminino, que vai ser disputada na Inglaterra, em 2022, com as 16 seleções classificadas a dividirem uma verba de 16 milhões de euros (quase R$ 100 milhões na cotação atual).

O valor será o dobro do distribuído no Eurocopa de 2017, realizada na Holanda, com a distribuição da verba incluindo montantes garantidos mais elevados e bônus baseados no desempenho na fase de grupos.

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Além disso, o Comitê Executivo da Uefa aprovou a introdução de um programa de benefícios para os clubes, que vai disponibilizar um montante total de 4,5 milhões de euros (quase R$ 30 milhões) para recompensar os times europeus que liberarem jogadoras para a fase final da Eurocopa, "contribuindo para o sucesso do evento".

"O aumento nas distribuições financeiras e a introdução de um programa de benefícios para os clubes são iniciativas da Estratégia para o Futebol Feminino da Uefa, garantindo que mais dinheiro do que nunca é disponibilizado para o futebol feminino", informou a entidade em um comunicado oficial divulgado nesta quinta-feira.

Em tarde inspirada de Marta, a seleção brasileira feminina de futebol voltou a vencer a Argentina na Paraíba, nesta segunda-feira. Desta vez jogando no estádio Almeidão, em João Pessoa, a equipe nacional goleou por 4 a 1, com gol e assistência da craque do time. Kerolin, Debinha e a estreante Yasmim também balançaram as redes.

Foi o segundo amistoso seguido entre brasileiras e argentinas, que entraram em campo na sexta-feira, com vitória do Brasil por 3 a 1. As partidas marcaram o início de novo ciclo da seleção, após a dolorosa queda nas quartas de final na Olimpíada de Tóquio. A técnica Pia Sundhage mira agora a Copa do Mundo de 2023 e os Jogos de Paris, em 2024.

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E, nesta nova etapa, a treinadora vem fazendo testes na seleção. Na sexta, foram diversas mudanças entre as titulares. Nesta segunda, as novidades foram em menor número, mas com maior expressão. Marta, por exemplo, passou a atuar mais avançada, sem voltar para ajudar na armação das jogadas, algo que fazia até a Olimpíada.

A nova formação deu certo no ataque, afinal foram quatro gols nesta segunda. Mas também geraram falhas na marcação e postura mais ofensiva da seleção. Os 11 impedimentos da seleção ao longo dos 90 minutos deram o tom da partida.

Na capital paraibana, Pia fez três alterações entre as titulares nesta segunda. Entraram a lateral Antonia, a zagueira Daiane e a atacante Nycole, que se destacara no amistoso de sexta, ao entrar no segundo tempo.

Com estas novidades, a seleção fez uma boa apresentação no primeiro tempo, superior ao que mostrou na etapa inicial do amistoso anterior. Mais ofensivo, o time nacional criava com mais facilidade e dava poucas chances às argentinas na defesa. Aos 10, o Brasil já balançava as redes, em lance anulado por falta de ataque.

Nove minutos depois, Kerolin aproveitou vacilo geral da marcação argentina e, após cobrança de escanteio, apareceu sozinha na segunda trave para completar com facilidade para as redes. O segundo gol veio aos 36, também em lance de bola parada. Em cobrança de falta, Marta bateu colocado, quase no ângulo, e ampliou. A bola acertou o travessão e entrou. Foi o 117º gol da atacante, recordista entre mulheres e homens na seleção.

Muitas vezes a afobação dominava o ataque brasileiro, que parecia não se abater com o calor de João Pessoa. Foram cinco impedimentos somente nos primeiros 40 minutos de jogo. Ao mesmo tempo as brasileiras estavam atentas diante dos erros da Argentina. Numa falha boba na saída de bola, Marta roubou a bola e carimbou o travessão aos 42.

O maior volume de jogo da seleção se tornou mais gols no segundo tempo. Logo aos 2 minutos, Debinha mandou para as redes e anotou o terceiro da equipe brasileira. As argentinas descontaram aos 5, após falha feia na saída de Lauren. A zagueira, que acabara de entrar em campo, perdeu a bola para Larroquette, que não perdoou.

A seleção não se abalou com o gol porque aumentou a contagem apenas um minutos depois. Yasmim, estreando com a camisa da seleção, marcou o quarto gol do time da casa após assistência de Marta.

Com a boa vantagem construída no marcador, a seleção reduziu o ritmo e passou a administrar o jogo. Não sofreu maiores ameaças das argentinas e também criou menos no ataque, com uma reta final da partida bem diferente do início da etapa.

 

FICHA TÉCNICA:

BRASIL 4 x 1 ARGENTINA

BRASIL - Letícia; Antonia, Érika, Daiane (Lauren), Tamires (Yasmim); Duda, Angelina (Thaís), Debinha (Ary), Kerolin (Ludmila); Nycole (Geyse) e Marta. Técnica: Pia Sundhage.

ARGENTINA - Oliveros; Barroso, Stabile, Cruz, Cometti; Oviedo (Szymanowski), Vallejos (Troncoso), Bonsegundo (Rodríguez), Falfán; Núñez (Mayorga) e Larroquette. Técnico: Germán Portanova.

GOLS - Kerolin, aos 19, e Marta, aos 36 minutos do primeiro tempo. Debinha, aos 2, Larroquette, aos 5, e Yasmim, aos 6 minutos do segundo tempo.

CARTÃO AMARELO - Larroquette.

RENDA E PÚBLICO - Jogo sem torcida.

LOCAL - Estádio Almeidão, em João Pessoa (PB).

A seleção brasileira feminina começou a se apresentar na segunda-feira (13), em João Pessoa, na Paraíba, para o início da preparação para os dois jogos amistosos preparatórios diante da Argentina. Os compromissos serão disputados no período de Data Fifa, entre os próximos dias 13 e 21.

Na segunda-feira, as atletas que atuam na Europa e nos Estados Unidos foram as primeiras a chegar à concentração da delegação brasileira na capital paraibana. A comissão técnica e as jogadoras que atuam no Brasil se juntaram ao grupo também. Na chegada ao hotel, o grupo foi recepcionado por Michele Ramalho, Presidente da Federação Paraibana de Futebol (FPF).

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A delegação ficará completa nesta terça-feira (14) com a chegada da atacante Marta, que joga no Orlando Pride, dos Estados Unidos. Às 17h, a técnica sueca Pia Sundhage já comanda o primeiro treino no estádio Almeidão, em João Pessoa.

Na chegada ao hotel, o grupo refez os exames de RT-PCR para detectar possíveis casos de Covid-19. A delegação já havia feito os testes três dias antes da apresentação em João Pessoa.

O primeiro jogo diante da Argentina será nesta sexta-feira, no estádio Amigão, em Campina Grande (PB), enquanto que o segundo duelo será no dia 20, no estádio Almeidão. Os dois duelos estão marcadas para 16 horas.

Esta será a terceira vez que Brasil e Argentina se enfrentam sob o comando de Pia Sundhage. A estreia da sueca, aliás, foi diante das argentinas com vitória por 5 a 0, no Torneio Uber de São Paulo, em 2019. Neste ano, em fevereiro, um novo encontro e mais um triunfo, desta vez, por 4 a 1 na primeira rodada do Torneio She Believes, nos Estados Unidos.

Formiga mal reestreou e já tem o que comemorar com a camisa do São Paulo. Após começar como titular na vitória por 2 a 1 sobre o Taubaté no dia 2 de setembro, pelo Paulistão, a jogadora de 43 anos balançou as redes no seu primeiro jogo em casa pelo Tricolor, na goleada por 6 a 0 diante do Pinda. O tento fez a meio-campista se tornar a atleta, entre homens e mulheres, a marcar com maior intervalo de tempo entre um gol e outro no time paulista: 21 anos e 76 dias.

A última vez que Formiga havia feito um gol pelo São Paulo foi em 1999, quando o time do Morumbi venceu a Portuguesa por 3 a 2. A ex-jogadora da seleção brasileira celebrou a marca e comemorou a segunda partida como titular em seu retorno à equipe tricolor.

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"Estou muito feliz por poder estar aqui em casa, fazer esse gol e ajudar a equipe a conseguir a vitória. Não teria outro sentimento além de muita felicidade e orgulho dessa equipe. Tivemos muita paciência para trabalhar a bola e eu consegui abrir o placar. Foi um trabalho coletivo", disse Formiga.

O recorde anteriormente pertencia a Zarzur, falecido em 1958. O jogador estabeleceu o recorde ao marcar em um intervalo de 12 anos e 51 dias. Logo atrás vem Kaká, agora na terceira posição, com um espaço de 11 anos e 19 dias entre um gol e outro.

Formiga já tinha quebrado outro recorde na sua reestreia com a camisa são-paulina. Contra o Taubaté, ela se tornou a jogadora com maior intervalo entre um jogo e outro pelo clube. A atleta também segue invicta pelo São Paulo, com 21 vitórias e apenas um empate em 22 partidas disputadas.

O São Paulo volta a campo pelo Campeonato Paulista de futebol feminino apenas no próximo dia 23, quando enfrenta o Nacional, às 11 horas, no estádio Nicolau Alayon, em São Paulo.

A CBF anunciou nesta segunda-feira que a seleção feminina de futebol vai fazer dois amistosos com a Argentina em setembro, na primeira Data Fifa após a disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão. As duas partidas serão disputadas na Paraíba.

Os amistosos estão marcados para os dias 18 e 21, ainda sem horários definidos. O primeiro será realizado no estádio José Américo de Almeida Filho, o Almeidão, na capital paraibana. Três dias depois, o palco do duelo será o estádio Governador Ernani Sátiro, o Amigão, em Campina Grande.

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A convocação das jogadoras já será feita nesta terça-feira pela técnica Pia Sundhage, às 15 horas, na sede da CBF. A treinadora vai começar a preparar a equipe brasileira para a Copa América de 2022, o próximo grande desafio da equipe. A competição está marcada para julho, ainda sem local definido, e servirá de classificatório para a Copa do Mundo de 2023.

A seleção vem de uma dura eliminação na fase de quartas de final nos Jogos Olímpicos de Tóquio. O time liderado por Marta era aposta de pódio em solo japonês. As jogadoras brasileiras não atuam em casa desde dezembro de 2020. E também enfrentarão um time que se prepara para a Copa América.

O retrospecto da seleção com Pia diante das argentinas é muito favorável. Foram apenas dois confrontos, mas com placas significativos. No primeiro, logo na estreia da treinadora sueca pela equipe brasileira, houve goleada de 5 a 0, em 2019. E, em fevereiro deste ano, a vitória foi por 4 a 1.

O Canadá se tornou campeão olímpico no torneio de futebol feminino nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, ao derrotar a Suécia por 3 a 2 nos pênaltis, nesta sexta-feira (6), em Yokohama, conquistando sua primeira medalha de ouro da história.

No tempo regulamentar, as suecas, que haviam perdido para a Alemanha na final dos Jogos do Rio-2016, marcaram com Stina Blackstenius (34). A meio-campista do Chelsea, Jessie Fleming, marcou pelo Canadá de pênalti (67) antes da disputa dos pênaltis.

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Nessa definição, converteram para o Canadá Fleming, Deanne Rose, Julia Grosso, enquanto a goleira defendeu os chutes de Ashley Lawrence e Adriana Leon, e Vanessa Gilles perdeu.

As escandinavas foram mais erráticas, porém. Apenas Nathalie Bjorn e Olivia Schough marcaram, enquanto Asllani e a capitã Caroline Seger erraram, e os chutes de Anna Anvegard e Jonna Andersson foram defendidos.

As canadenses lideradas pela veterana Christine Sinclair sobem ao topo do pódio olímpico, após os bronzes em Londres-2012 e Rio-2016.

No Canadá, Quinn, meio-campista, foi a primeira atleta transgênero a pendurar uma medalha olímpica na história dos Jogos.

As suecas, número cinco mundial, tiveram as chances mais claras e também o ouro ao alcance com o pênalti que Seger perdeu, além de terem trilhado um caminho mais sólido até a final, com cinco vitórias consecutivas.

Na fase de grupos, a Suécia venceu os Estados Unidos por 3 a 0; a Austrália, por 4 a 2; e a Nova Zelândia, por 2 a 0. Depois, venceu o Japão por 3 a 1, nas quartas de final, e a Austrália, por 1 a 0 nas semifinais.

Já as canadenses passaram de fase na segunda colocação, com empate em 1 a 1 contra Japão e contra Grã-Bretanha e derrotando o Chile por 2 a 1.

Nas quartas de final, derrotou o Brasil por 4 a 3 nos pênaltis, após placar de 0 a 0, e, nas semifinais, deu adeus aos Estados Unidos (1 a 0).

Os Estados Unidos fecharam sua participação no torneio feminino de futebol dos Jogos de Tóquio-2020 com a conquista da medalha de bronze: as americanas venceram a Austrália por 4-3 em Kashima, onde as veteranas Carli Lloyd e Megan Rapinoe foram decisivas com dois gols cada.

As duas veteranas acabaram com o sonho da Austrália, que pela primeira vez em sua história lutou pelo bronze, metal inédito para as americanas.

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Dos quatro ouros da seleção americana feminina em Olimpíadas, Lloyd participou das conquistas em Pequim-2008 e Londres-2012 (nessa última com Rapinoe).

Megan Rapinoe, que não havia sido titular contra a Holanda nas quartas de final (2-2 e 4-2 nos pênaltis) e nas semifinais contra o Canadá (derrota de 1-0), jogou desde o início no ataque contra a Austrália e mostrou sua qualidade.

Aos 8 minutos, ela abriu o placar com um gol olímpico. Samantha Kerr empatou (17), mas a própria Megan Rapinoe respondeu em seguida com outro golaço, chutando de primeira após uma falha da defesa australiana (21).

Carli Lloyd ampliou pouco antes do intervalo (45) e logo no início do segundo tempo (51).

A Austrália reagiu e diminuiu por meio de Caitlin Foord (54) e Emily Gielnik no final (90).

No mesmo momento da Olimpíada de Tóquio-2020 em que a seleção brasileira feminina de futebol foi eliminada pelo Canadá, nas quartas de final, os Estados Unidos viveram um momento de glória que faltava às americanas tetracampeãs olímpicas. De forma dramática, venceram a Holanda por 4 a 2 na dispita de pênaltis, após empate por 2 a 2 no tempo normal e na prorrogação, e estão na semifinal do torneio.

A partida foi uma reedição da final do Mundial de 2019, disputado na França, e a vitória novamente ficou do lado das americanas. Nome do jogo, a goleira Naeher parou as cobranças de Miedema e Nouwen e garantiu a classificação dos Estados Unidos. Agora, a seleção americana enfrentará o Canadá.

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Nas outras partidas que definiram as semifinais, a Suécia acabou com o sonho de medalha do Japão. As suecas, que venceram por 3 a 1 as anfitriãs, terão confronto com a Austrália, que superou a Grã-Bretanha com uma vitória por 4 a 3.

A disputa das semifinais do torneio olímpico de futebol feminino será na próxima segunda-feira.

A volante Formiga, símbolo histórico da seleção feminina de futebol, não descansa nem mesmo durante a sua despedida. Recordista brasileira em participações olímpicas, a jogadora esperava que a sua última vez durasse um pouco mais. Depois da eliminação para o Canadá, nas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, fez um pedido que ela mesma sempre atendeu: continuar lutando pelo futebol feminino do país.

"Gostaria de estar feliz nesse momento, fazendo mais de 100 jogos, última Olimpíada, querendo a classificação. Mas pênaltis e o futebol como um todo são assim, acontece. Agora é levantar a cabeça, encarar novos jogos, novos campeonatos. Foi o que disse a elas: perdemos uma batalha, mas a guerra continua. Vamos continuar trabalhando e dando sempre o nosso melhor e tenho certeza que essa nova oportunidade de ganhar uma Olimpíada vai acontecer o quanto antes", projetou.

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Formiga esteve com a seleção em todas as edições olímpicas desde que o futebol feminino passou a ser disputado, em Atlanta-1996. Foi duas vezes medalhista de prata e chegou às semifinais em outras três oportunidades. Na sétima e última vez, a lenda do esporte brasileiro não conteve as lágrimas e, muito emocionada, reiterou a sua confiança no rumo que o Brasil tem seguido.

"Este é um dos melhores grupos com os quais já trabalhei. Acredito muito no trabalho que está sendo feito aqui, que encantou não só a mim mas a todas nós. Tenho certeza que as meninas que estão vindo aí terão um pouco mais de tempo para aplicar e entender melhor a filosofia de trabalho da Pia, que está sendo muito importante. Não é porque fomos eliminadas agora que não houve coisas boas; houve sim, muitas. Agora é levantar a cabeça e pensar já no próximo porque a gente não pode perder tempo para ficar lamentando", disse, defendendo o planejamento de longo prazo como crucial para manter a evolução da modalidade.

"Temos o Mundial (em 2023) pela frente e precisamos acelerar esse processo. É o que disse a elas: futebol é isso, alguém ganha, alguém perde, mas a gente precisa sempre pensar à frente, se cuidar, porque o trabalho vai continuar. Não faltou empenho, não faltou entrega. E tenho certeza que é daqui para melhor", concluiu.

Com a derrota para o Canadá nos pênaltis, a seleção feminina deu adeus à disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. A equipe agora volta as suas atenções para o próximo ciclo, que inclui as disputas da Copa América e do Mundial de 2023, que será na Austrália.

Em um jogo de pouca inspiração e com erros de sobra em Miyagi, a seleção brasileira feminina de futebol perdeu para o Canadá nos pênaltis após empate sem gols no tempo normal e deu adeus nesta sexta-feira (30) ao sonho do ouro olímpico ao parar nas quartas de final da Olimpíada de Tóquio. As brasileiras tentaram de várias maneiras, mas não encontraram um jeito de superar a retranca das canadenses, que foram mais eficientes nas penalidades. Bárbara até pegou a cobrança de Sinclair, a craque das canadenses, mas Andressa Alves e Rafaelle pararam na goleira Labbé.

Em busca de sua terceira medalha em olimpíadas - levou o bronze em Londres-2012 e no Rio-2016, o Canadá vai encarar nas semifinais o vencedor de Holanda e Estados Unidos, que se enfrentam ainda nesta sexta, em Yokohama. O Brasil, dono de duas pratas em Atenas-2004 e Pequim-2008, repetiu a campanha de Londres ao ser eliminado antes das semifinais e ficar fora da disputa pelo bronze pela segunda vez.

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O jogo marcou um duelo particular entre Marta e Christine Sinclair. As duas são concorrentes diretas na briga pela artilharia geral do futebol feminino olímpico. O recorde pertence à brasileira Cristiane, com 14 gols. Como nenhuma das duas balançou as redes, Marta continua com 13, e Sinclair com 12.

Brasil e Canadá dividiram os poucos momentos de protagonismo na primeira etapa. Faltaram criatividade na armação das jogadas e efetividade na conclusão delas. As brasileiras tiveram um início melhor e levaram perigo ao gol adversário pela primeira vez com Tamires, em arremate de esquerda que saiu por cima da meta.

As canadenses subiram a marcação e passaram a incomodar. Na melhor chance, Sinclair, a craque da equipe, não dominou bem e a bola ficou com a goleira Bárbara. Mas a principal oportunidade do primeiro tempo foi do Brasil, com Debinha. A atacante pressionou a zagueira Gilles até roubar a bola, mas chutou em cima da goleira Labbé.

Houve também uma marcação de pênalti para a equipe brasileira em lance envolvendo Duda na área, mas a árbitra francesa Stephanie Frappart reviu o lance no monitor do VAR e mudou de ideia, cancelando a penalidade.

No segundo tempo, o roteiro foi semelhante ao do primeiro: muitos erros de passe, ausência de criatividade e falha na poucas finalizações. O Brasil dominou os primeiros minutos, mas foi o Canadá quem ficou mais perto de tirar o zero do placar e a pasmaceira do duelo. Após a falta cobrada da esquerda, Gilles subiu mais que Bruna Benites e cabeceou no travessão, para o alívio da goleira Bárbara.

A equipe da técnica Pia Sundhage apresentou uma leve melhora a partir da entrada de Ludmila na vaga da sumida Bia Zaneratto. A veloz e habilidosa atacante flutuou nas duas pontas para encontrar espaços, deu trabalho para a zaga rival, mas jogou por vezes sozinha pelos lados, sem a aproximação de suas companheiras.

O Brasil retomou o domínio da partida nos minutos finais e se lançou ao ataque. Mas era um domínio quase inócuo. Sem encontrar brechas na zaga rival, a solução foi arriscar de fora da área. Debinha tentou e Labbé espalmou no canto esquerdo. Já Angelina concluiu da intermediária para fora, sem perigo. Nos acréscimos, a incansável Ludmila recebeu lançamento da Érika nas costas da defesa e dividiu com a goleira, que pegou a bola em dois tempos. Sem inspiração e gols, o jogo se encaminhou à prorrogação.

A seleção brasileira procurou mais o gol também no tempo extra e Pia, enfim, lançou mão de Andressa Alves. Mas com Debinha mal, Ludmila isolada no ataque e Marta extenuada, a equipe não foi capaz de furar o bloqueio defensivo canadense.

Nos minutos finais, a pressão foi intensificada mesmo sem muita organização. Duda viu sua finalização sair próxima da trave e Labbé evitou o gol de Érika em cabeceio no canto no penúltimo minuto. Nos pênaltis, brilhou a estrela da goleira Labbé, que defendeu as cobranças de Andressa Alves e Rafaelle.

FICHA TÉCNICA

CANADÁ 0 (4) x 0 (3) BRASIL

CANADÁ - Labbe; Lawrence, Buchanan, Gilles e Chapman (Riviere); Scott, Fleming, Quinn (Grosso) e Sinclair; Prince (Rose [Huitema]) e Beckie (Leon). Técnica: Bev Priestman.

BRASIL - Barbara; Bruna Benites, Erika, Rafaelle e Tamires; Formiga (Angelina), Andressinha, Marta e Duda (Andressa Alves); Debinha e Bia Zaneratto (Ludmila). Técnica: Pia Sundhage.

ÁRBITRA - Stephanie Frappart (França)

CARTÕES AMARELOS - Duda, Lawrence, Riviere

LOCAL - Estádio de Miyagi, no Japão.

A goleira da seleção brasileira feminina de futebol, Bárbara, se envolveu em uma confusão nesta quarta-feira no Instagram. A integrante do elenco comandado por Pia Sundhage foi marcada em um post de Andrea Pontes, atleta paraolímpica da canoagem, dizendo que ela deveria ser substituída por Babi Arenhart, arqueira da seleção brasileira feminina de handebol.

A jogadora do Avaí/Kindermann-SC então fez um comentário, questionando se Pontes teria competência em seu esporte e capacidade de chegar em quatro Paralimpíadas, já que, em Tóquio, ela está em sua quarta edição de Jogos Olímpicos. A canoísta respondeu dizendo que já foi a 6ª melhor do mundo e que não lembrava de Bárbara nem como a 6ª melhor goleira do Brasil.

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Na sequência, ela desafiou a goleira e mencionou seu peso. "Quer fazer um tiro 200m velocidade comigo? Você aguenta? "Cheinha" como você está, o arrasto do caíque vai ser grande!" O print foi mostrado pela atleta da categoria VL1, que marcou novamente Bárbara: "Ao invés de ficar discutindo no Instagram, vai treinar para ver se emagrece", disse Pontes.

Depois disso, a goleira da seleção brasileira baixou o nível da discussão de vez e, por DM, não deixou as mensagens sobre sua performance e seu peso passarem batido. Falou que não daria IBOPE às provocações e mandou a atleta paraolímpica procurar um esporte para competir.

Muitas palavras de baixo calão foram mencionadas pela pernambucana de 33 anos, principalmente de cunho sexual. "Acha que só porque é deficiente pode falar o que quer?", indagou Bárbara.

As mensagens privadas só foram vistas, pois Andrea Pontes postou mais um story dizendo: "Além de frangueira é mal educada! Essa é a goleira da seleção".

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A técnica sueca Pia Sundhage gostou do que viu no campo do Miyagi Stadium, em Miyagi, neste sábado. Em entrevista coletiva após o empate entre Brasil e Holanda por 3 a 3, na segunda rodada dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, ela elogiou o desempenho e a capacidade de reação da seleção diante da atual campeã europeia e vice-campeã mundial.

"Acho que foi um excelente jogo. Fomos ótimas no ataque, apesar de termos cedido um gol muito cedo. Estou orgulhosa do time por ter se recomposto após o gol e das jogadoras que vieram do banco, pois entraram muito bem na partida. Somamos um ponto, agora temos a última partida para dar tudo de nós e tentar ser as líderes do grupo", disse.

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A treinadora reiterou a qualidade da equipe holandesa e viu uma atuação sólida da defesa brasileira. Para Pia Sundhage, o Brasil foi taticamente eficiente ao impedir as principais jogadas de ataque do repertório das adversárias. No total, a seleção teve oito chances de finalização dentro da área; a Holanda, apenas três.

"É um pouco mais complexo do que olhar apenas se elas fizeram gols. Na verdade, é preciso pensar como elas fizeram os gols e de que forma elas não conseguiram criar chances para isso. Lembrem-se: elas jogaram a final da Copa do Mundo há apenas dois anos e são uma equipe fortíssima. Acho que, no geral, a defesa foi bem, e, no fim das contas, é necessário apenas ser um pouco mais compactas para evitar que algumas das jogadoras possam entrar no 1 a 1 e, em vez disso, criar situações de dois contra um", avaliou, comentando também a forma que o ataque encontrou caminhos de furar o bloqueio europeu.

"Sobre a velocidade, foi interessante porque buscamos esperar um pouco e ficar com a bola. Algumas vezes, tivemos sucesso, mas não tanto nas bolas vindas de trás porque, se você olhar o modo como a Holanda se defende, não tivemos a oportunidade de jogar nas costas da última linha defensiva delas tanto quanto gostaríamos. Por outro lado, as jogadoras que vieram do banco foram muito bem nessa penetração, especialmente nos últimos 15 ou 20 minutos", ponderou.

Ludmilla

Uma dessas atletas foi Ludmila. Acionada no intervalo, ela dificultou a vida das defensoras holandesas explorando sua velocidade e fez a diferença. Aos 16 minutos, a atacante deixou a zagueira Van der Gragt para trás e foi derrubada na área, gerando o pênalti convertido por Marta. Na sequência, interceptou um recuo de Nowen e driblou a goleira Van Veenendaal para marcar seu primeiro gol em jogos oficiais pelo Brasil.

"Ludmila vir do banco foi um bom plano de jogo. Se você comparar ela e a Bia com Bia e Debinha, são tipos diferentes de dupla de ataque, por isso esse grupo é tão interessante do ponto de vista tático. O que eu disse a ela antes de entrar foi para penetrar atrás da última linha defensiva. 'Vá em direção ao gol de forma aguda, simples assim. Você conhece o caminho, não precisa ser complicado'. Por isso fiquei tão feliz quando ela marcou o gol. Veio do banco e mudou um pouco o jogo. Ela vai jogar mais minutos, com certeza. Se na escalação inicial ou vindo do banco, veremos", disse.

A seleção deixa a cidade de Sendai e, neste domingo, treina no Inage Seaside Park, em Tóquio. Na terça-feira, o Brasil encara a Zâmbia, às 8h30 (de Brasília), pela última rodada do Grupo F. Um empate garante a equipe nas quartas de final.

A atacante Marta deixou o gramado do Miyagi Stadium com a sensação de que a seleção brasileira feminina de futebol poderia ter vencido o jogo contra a Holanda neste sábado. No empate por 3 a 3 diante da campeã europeia, vice-campeã mundial e uma das candidatas à medalha nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, o Brasil chegou a virar o jogo por 3 a 2 depois de estar perdendo por 1 a 0 logo aos dois minutos.

"A gente sabia que seria difícil. Se a gente pensar em tudo que fez, acredito que fizemos um bom trabalho. Muita coisa precisa melhorar, principalmente o começo, contra uma equipe qualificada temos que estar sempre ligadas", afirmou a brasileira em entrevista à TV Globo na saída de campo.

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"No contexto geral, desempenhamos um bom papel contra uma das melhores equipes da atualidade. Temos um sentimento que podemos fazer mais. Foi equilibrado, podíamos ter saído com a vitória", lamentou.

Com o resultado, a seleção brasileira está perto de conquistar seu primeiro objetivo: avançar às quartas de final. A equipe só precisa de um empate no jogo contra a Zâmbia, nesta terça-feira, em Saitama, pela última rodada da fase de grupos. Brasil e Holanda lideram o grupo com quatro pontos (as europeias levam vantagem no saldo de gols). China e Zâmbia têm um ponto cada na tabela de classificação.

Bem marcada, Marta brilhou pouco individualmente. Mesmo assim, ela marcou o segundo gol da seleção em cobrança de pênalti sofrido por Ludmila. Com o gol que marcou, chegou a 13 em cinco edições de Jogos Olímpicos. Agora, a camisa 10 só precisa de mais um para alcançar Cristiane como a maior artilheira do futebol feminino em Olimpíadas. A brasileira, que não foi convocada para Tóquio-2020, tem 14.

"Nosso objetivo é sempre pensar no coletivo. Óbvio que fazer gols faz parte do trabalho, mas sempre pensando no coletivo. Os recordes sempre aconteceram naturalmente na minha vida, nunca foi forçado", completou Marta.

Ao entrar em campo nesta quarta-feira, na goleada por 5 a 0 sobre a China, a volante brasileira Formiga se tornou a primeira jogadora de futebol, entre homens e mulheres, a disputar sete edições diferentes dos Jogos Olímpicos. Desde a estreia, em Atlanta-1996, muita coisa mudou para ela. Mas o sentimento de estar em campo e a gratidão por representar a seleção brasileira permanecem iguais, até mesmo em Tóquio-2020.

"É gratificante, sou grata a Deus por me dar saúde para estar aqui mais uma vez. Integrar esse grupo e poder pensar em melhorias para o futebol feminino, continuar contribuindo com a modalidade, é maravilhoso", disse Formiga.

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Com seus 43 anos e agora sete Jogos Olímpicos, Formiga reconhece o valor da goleada sobre a China, mas sabe que a seleção precisa deixar este resultado para trás e seguir trabalhando. Afinal, a segunda rodada, contra a Holanda, já será neste sábado e cada dia é precioso neste intervalo.

"Tem o nervosismo da estreia, é normal, mas a vitória é importante para nos dar tranquilidade na sequência e confiança para o próximo jogo. Sabemos que será totalmente diferente de hoje (quarta-feira). Agora é descansar, estudar bem nosso próximo adversário para melhorar e corrigir erros", ponderou.

A primeira de Júlia Bianchi

Se Formiga está calejada por estrear em sua sétima Olimpíada, Júlia Bianchi fez sua primeira partida em Jogos Olímpicos. A vitória nesta quarta-feira serviu para aliviar a ansiedade. A meio-campista começou no banco de reservas, mas foi chamada pela técnica sueca Pia Sundhage para entrar justamente no lugar da veterana volante.

Depois do jogo, Júlia admitiu que esperava muito por essa chance. "Estava ansiosa por esse momento. Estou feliz demais de ter entrado, colaborado com a equipe e mais feliz ainda por ter saído com a vitória. Nós já vínhamos trabalhando forte, nos preparamos bem e essa vitória nos dá muita confiança para a sequência da competição", confessou.

Além de Júlia Bianchi, outras duas atletas fizeram suas estreias em Jogos Olímpicos nesta quarta-feira: a meia Duda, que começou o jogo como titular, e a atacante Ludmila, que entrou no fim do segundo tempo. Elas fazem parte do grupo de nove jogadoras que estão em sua primeira Olimpíada em Tóquio.

A Holanda, próxima adversária da seleção brasileira na disputa da Olimpíada de Tóquio, goleou Zâmbia, nesta quarta-feira, por 10 a 3, em Miyagi, no duelo válido pela primeira rodada do Grupo F. Com o resultado, as europeias lideram a chave por terem melhor saldo, porque o Brasil bateu a China por 5 a 0.

Já no primeiro tempo as holandesas abriram 6 a 1 no placar. A atacante Miedema, com quatro gols marcados, foi o destaque da partida. Martens (2), Pelova, Beerensteyn, Roord e Van de Sanden completaram o massacre. Banda fez todos os gols da equipe africana.

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Brasil e Holanda se enfrentam no sábado, às 20 horas local (8 horas de Brasília) em uma partida que deverá definir o primeiro lugar do grupo. Zâmbia e China também duelam.

Em outros dois jogos disputados nesta quarta-feira, a Suécia bateu os Estados Unidos, pelo Grupo G, por 3 a 0, com gols de Blackstenius (2) e Hurtig, enquanto pela Chave E, Japão e Canadá empataram por 1 a 1. Sinclair abriu o placar para as canadenses, mas Iwabuchi empatou para as anfitriões no final da partida.

Marta regeu com maestria o Brasil na estreia dos Jogos Olímpicos. A camisa 10 balançou as redes duas vezes e foi o grande destaque da goleada por 5 a 0 sobre a China. Ela poderia ter saído de campo com três gols, já que a equipe teve um pênalti a seu favor no segundo tempo, mas não foi fominha e deixou Andressa Alves bater a penalidade.

"Senti que ela queria muito e era um momento especial pra ela. Aqui não tem vaidade", enfatizou a veterana. "Tem uma equipe que vai trabalhar do começo ao fim, juntas. Feliz pelo gol dela. Se tivesse perdido, aí o bicho ia pegar", completou, em tom de brincadeira.

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Marta fez história ao se tornar a primeira jogadora a marcar em cinco edições de Olimpíada. Além disso, a maior atleta da história do futebol feminino chegou a 12 gols em Olimpíada e ultrapassou a canadense Christine Sinclair para se tornar a segunda maior artilheira na história dos Jogos. A brasileira Cristiane, que não foi convocada para Tóquio-2020, é a maior goleadora, com 14 gols. "Começamos com o pé direito. É só o começo", festejou a camisa 10.

Reserva que costuma entrar com frequência, Andressa Alves agradeceu o gesto de Marta ao deixá-la bater o pênalti que sofreu. A meio-campista não estava entre as 18 convocadas, mas foi incluída na relação depois que a Fifa permitiu que as seleções chamassem mais quatro atletas.

"Me preparei muito. Quando saiu a lista, confesso que fiquei triste. Mas é isso. Deus surpreende de formas que não imaginamos. De 18 virou 22 atletas e a Pia me deu chance. E a Marta deu a chance de bater o pênalti. Esse gol é graças a Marta", disse. "Só agradecer a quem acordou às 5h para assistir a gente. Vai, Brasil!".

Em busca do ouro olímpico inédito, o Brasil, líder do Grupo F, continua sua jornada em Tóquio no próximo sábado, às 8 horas (no horário de Brasília), quando enfrenta a Holanda. Depois, na terça, fecha a primeira fase contra a Zâmbia.

A seleção brasileira feminina de futebol estreou com vitória nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Liderado pela genial e incansável Marta, o Brasil atropelou a China por 5 a 0 nesta quarta-feira (21), em Miyagi. Ela foi o grande nome da partida ao balançar as redes duas vezes. Fez o primeiro gol do Brasil na competição e o terceiro e deixou Andressa Alves cobrar o pênalti que resultou no quarto tento. Debinha também deixou sua marca no primeiro tempo e Bia Zaneratto fechou o marcador no fim.

O placar é, de certa forma, enganoso, já que as chinesas mandaram três bolas na trave e deixaram o Brasil em dificuldade em alguns momentos. No entanto, a atuação da seleção brasileira foi satisfatória. Encurralou as chinesas, mostrou organização, intensidade, e um forte jogo coletivo que potencializou o talento das jogadoras, especialmente de Marta.

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Acostumada a ostentar recordes, Marta fez história ao se tornar a primeira jogadora a marcar em cinco edições de Olimpíada. A camisa 10 do Brasil fez um bom jogo e deu cadência e técnica ao meio de campo da seleção brasileira, participando ativamente da construção e conclusão das jogadas no ataque.

Além disso, a maior atleta da história do futebol feminino chegou a 12 gols em Olimpíada e ultrapassou a canadense Christine Sinclair para se tornar a segunda maior artilheira na história dos Jogos. A brasileira Cristiane, que não foi convocada para Tóquio-2020, é a maior goleadora, com 14 gols.

No lance de seu primeiro gol, marcado aos oito minutos, a veterana mostrou oportunismo e calma ao aproveitar o rebote de Debinha, que acertara o travessão em conclusão de cabeça.

Não foi só Marta que jogou bem no primeiro tempo. Foi uma atuação harmoniosa das comandadas de Pia Sundhage na etapa inicial. O Brasil resistiu à pressão inicial das chinesas e, quando colocou a bola no chão, dominou a adversária. No ataque, fez a diferença do trio Marta, Debinha e Bia Zaneratto e, claro, o talento delas.

O placar foi ampliado aos 21 minutos. Ágil e muito forte fisicamente, Bia Zaneratto fez boa jogada pela direita e chutou forte. A goleira deu rebote, e Debinha cutucou para as redes.

Depois disso, a seleção sofreu uma queda física e técnica, algo recorrente e que tem tirado o sono de Pia. A treinadora bicampeã olímpica tem a missão de conduzir a seleção brasileira à conquista do ouro inédito. Ela viu suas atletas levarem pressão das chinesas, que não só conseguiram balançar as redes graças à ótima atuação da goleira Bárbara. Quando ela não apareceu para salvar as brasileiras, a trave ajudou. A China acertou três vezes a trave.

Não era mesmo o dia da seleção asiática. Era de Marta e companhia. Quando o Brasil vinha sendo pressionado e estava sufocado em seu campo de defesa, prestes a sofrer seu primeiro gol, Marta apareceu para marcar o terceiro gol e tranquilizar a equipe. A camisa 10 começou e concluiu a jogada. Ela cruzou da direita para Bia Zaneratto, que foi desarmada pela defesa. O corte, no entanto, foi mal feito e a bola voltou para a craque, que surpreendeu a goleira ao chutar de primeira, no canto esquerdo.

Marta poderia ter saído de campo com três gols, mas abriu mão da cobrança de pênalti e deixou Andressa Alves, que acabara de entrar, bater a penalidade que sofreu ao ser derrubada na área por Wang Xiaoxue. Ela chutou rasteiro, no canto esquerdo de Peng Shimeng, que se esticou mas não evitou o quarto gol brasileiro, aos 36.

Uma das melhores em campo, Bia Zaneratto foi premiada pela luta e boa exibição no fim da partida. A atacante do Palmeiras, recebeu cruzamento na medida de Debinha e desviou de pé esquerdo para anotar o quinto gol do massacre brasileiro aos 43 e selar a goleada em Miyagi.

Em busca do ouro olímpico inédito, o Brasil continua sua jornada em Tóquio no próximo sábado, às 8 horas (no horário de Brasília), quando enfrenta a Holanda. Depois, na terça, fecha a primeira fase contra a Zâmbia.

FICA TÉCNICA

CHINA 0 X 5 BRASIL

CHINA - Peng Shimeng; Luo Guiping, Wang Xiaoxue e Li Qingtong; Li Mengwen, Wang Yan (Wurigumula), Yang Lina, Miao Siwen (Liu Jing), Wang Shuang e Zhang Xin; Wang Shanshan. Técnica: Jia Xiuquan

BRASIL - Bárbara; Bruna Benites, Érika, Rafaelle e Tamires; Formiga (Júlia Bianchi), Andressinha, Duda (Andressa) e Marta (Ludmila); Bia Zaneratto e Debinha. Técnica: Pia Sundhage.

GOLS - Marta, aos oito, Debinha, aos 21 minutos do primeiro tempo. Marta, aos 28, e Andressa Alves, aos 36, e Bia Zaneratto, aos 43 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Kateryna Monzul (Ucrânia)

LOCAL - Estádio de Miyagi, no Japão.

O Brasil abre a sua participação nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 na madrugada desta quarta-feira no horário de Brasília - às 5 horas, a seleção feminina de futebol enfrenta a China, no estádio Miyagi, em Miyagi, no Japão. A grande atração é a técnica sueca Pia Sundhage, que aceitou o convite da CBF para comandar a equipe dois anos atrás e agora tem seu maior desafio.

A treinadora bicampeã olímpica vê o Brasil mais competitivo e atuando com muito mais intensidade em comparação a quando chegou. "Vamos fazer tudo que pudermos para ganhar uma medalha", afirmou.

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Carismática, Pia costuma pegar seu violão e cantar músicas brasileiras, como Anunciação, de Alceu Valença, entre outras. A vitoriosa comandante da seleção está se sentindo cada vez mais em casa no Brasil. "Mudei para o Rio de mente aberta, não queria perder a oportunidade de aprender algo", disse ela. Confira a entrevista da técnica ao Estadão.

O que te motivou a aceitar o convite para treinar a seleção feminina do Brasil?

Quando recebi o convite, pensei um pouco e no dia seguinte disse OK. Sabia que era isso que eu queria fazer. Quando se fala em futebol na Suécia, se fala em Brasil. Achei que era o momento e foi a melhor decisão que deveria tomar. Muito se fala da Marta, que é uma das mais famosas jogadoras do mundo, seis vezes a melhor, mas é muito mais do que isso. O Brasil tem ótimas atletas.

Você quebrou dois tabus: a primeira mulher treinadora na seleção feminina e a primeira técnica estrangeira. Como vê isso?

A CBF tentou fazer algo diferente do que fazia antes, e precisa ter muita coragem para isso. Sou a primeira técnica de outro país, e isso me deixa muito orgulhosa. Estou feliz por esses dois anos e posso sentir que algo está mudando. Eu quero fazer parte dessas mudanças, principalmente na atitude e em como olham para o jogo das mulheres.

O que mudou desde que você assumiu o cargo?

Do meu primeiro jogo em comparação com o último, fica evidente que o time brasileiro é mais competitivo, é melhor e atua com mais intensidade. Claro que não é só o time nacional que precisa ir bem, é necessário ter jogadoras em grandes ligas para que exista uma mudança de atitude.

Muito se falava da dependência da equipe na Marta e hoje parece que o Brasil consegue ter outros destaques em campo. Foi um trabalho que você fez?

Em 2019, na Copa do Mundo, na derrota para a França, a performance da seleção foi boa e o time teve um pouco de azar. Mas acho que a questão é como o jogo é disputado atualmente. São poucas atletas que carregam o time nas costas, ainda mais no futebol disputado hoje. Você precisa de um time e não apenas de uma estrela. Então, é importante encontrar grandes jogadoras e dar apoio a elas. Por isso acho que o Brasil tem um grande futuro, pois tem muitas jovens que precisam de direção.

E o que dá para comentar da Formiga, uma veterana de 43 anos que ainda é importante?

Ela é importante por duas razões: histórica, pois pode compartilhar várias delas, mas também pelo jeito que ela atua com solidez no meio de campo. A questão é se pode atuar em todas as partidas. Mas para isso existem outras atletas. Como falei da Marta e agora da Formiga, quero dizer que as duas são fantásticas. É um privilégio estar perto delas, ser técnica delas e ser parte da jornada delas na Olimpíada. Eu realmente estou apreciando isso.

Qual é a expectativa para os Jogos de Tóquio-2020?

Os treinamentos foram bons e falamos sobre chegar às quartas de final. Claro que não será fácil, teremos grandes adversários, como a China na estreia, a Holanda que é um dos melhores times do mundo, e a Zâmbia. Se passarmos, vamos para as quartas e qualquer time que chega nesta fase tem condições de vencer. Eu estive nesta situação em algumas oportunidades e sei que é uma diferença muito pequena entre o sucesso e o fracasso. Vamos fazer tudo que pudermos para ganhar uma medalha.

Quais são os principais adversários do Brasil?

Os Estados Unidos, que são os atuais campeões mundiais, e em com apenas uma exceção fizeram ótimas campanhas olímpicas. Se olhar a Copa do Mundo, sete times europeus chegaram nas quartas. Então coloco Suécia, Grã-Bretanha e Holanda com boas chances. E não podemos descartar o Japão, que joga em casa e tem uma equipe que é difícil de enfrentar.

Como é sua rotina aqui no Brasil? Você imaginava que se adaptaria tão facilmente?

Mudei para o Rio de mente aberta, não queria perder a oportunidade de aprender algo. De futebol e também de cultura. A primeira coisa é que a língua me deixa maluca, mas apesar disso existem pessoas gentis que são diferentes de mim. Minha jornada nesses dois anos tem sido incrível. Aproveito todos os dias e vou continuar assim.

Você está se tornando mais brasileira?

(Risos) Eu realmente adoro as frutas, são muito saborosas... os vegetais também. Eu adoro música, tenho alguma dificuldade de encontrar o ritmo, mas gosto de cantar, é um desafio para mim. É o jeito que eu vivo. É um caminho longo de aprendizado.

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