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Uma policial civil, identificada como Giovanna Cavalcanti Nazareno, usou as redes sociais para fazer denúncias de assédio moral e sexual contra o delegado Cassiano Ribeiro Oyama, chefe da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Palmas, no estado do Tocantins.

Em vídeo, Giovanna relata que trabalhou na delegacia entre 2021 e 2022. A servidora relatou uma sequência de situações abusivas que já tinham sido denunciadas à corregedoria. Segundo a denúncia, os assédios, cometidos por Cassiano, começaram aos poucos e como brincadeiras.  “Começava a falar da minha aparência, do meu modo de vestir. Ficava fazendo brincadeiras meio bobas: ‘porque você não usa saia?’, ‘porque não usa vestido?’. ‘Você está vindo parecendo um machão’. Foram coisas corriqueiras que começaram aos poucos”, contou.

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De acordo com a agente, o acusado a chamava para encontros românticos e à medida que os convites eram recusados ela enfrentava o assédio moral, sendo obrigada a fazer trabalhos que não faziam parte de sua função.  Ao mesmo tempo, os assédios sexuais foram se intensificando. "Mandava fazer café. Eu ia fazer café ele ia lá e ficava se esfregando na gente pelas costas. Imagina você com o bule na mão a garrafa quente e a pessoa se esfregando atrás de você", contou.

Giovana ainda revelou que pensava em denunciar Cassiano, porém tinha receio de que as pessoas não acreditassem nela. Durante o período dos abusos, a policial pediu transferência para outras unidades de segurança, mas teve os pedidos negados. Ela também conta que, em setembro, fez denúncias à corregedoria, mas ainda não teve respostas.  Neste ano, Giovanna ficou afastada por licença médica e o retorno ao posto de trabalho está previsto para esta semana. Assustada por saber que continua designada para a 2ª Delegacia de Polícia Civil de Palmas, ela pede respostas da corregedoria.

Através de uma nota, o delegado negou as acusações e afirmou que tudo se trata de uma “narrativa” criada como represália pela agente por não ter conseguido ser transferida para outra unidade da Polícia Civil. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou, também por meio de nota, que a Corregedoria-Geral está apurando as denúncias e o procedimento é sigiloso. 

Uma mulher, acompanhada de uma criança, foi vítima de assédio sexual, na última quinta-feira (9), em frente a um comércio em Ceilândia, no Distrito Federal. O suspeito pelo ato ainda não foi localizado pela Polícia.

A mulher que não quis se identificar disse, em entrevista ao G1, que estava passeando na rua com a criança que ela cuida, quando decidiu parar no local para comprar doces. Enquanto estava de costas para a rua, o suspeito encostou nela, por trás, com as partes íntimas para fora da roupa.

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"Eu comecei a gritar com ele, perguntando se ele tava doido e por que ele estava fazendo aquilo. Ele simplesmente saiu andando e eu não vi mais esse cara", contou a vítima.  O caso foi registrado na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher, do município onde ocorreu o assédio. A Polícia pede que quem tiver qualquer informação sobre o homem pode procurar a delegacia, ou ligar para o telefone 197.

O deputado distrital Daniel Donizet (MDB-DF), eleito no ano passado em uma campanha vinculada à imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), é acusado de cometer assédio sexual contra ex-funcionárias e de ter omitido socorro a uma garota de programa que foi agredida em um motel por um assessor do seu gabinete.

Duas ex-servidoras do gabinete de Donizet acusam o parlamentar de exigir relações sexuais em troca da permanência nos cargos. Em entrevistas à Folha de S.Paulo, as mulheres afirmaram que foram exoneradas após se negarem a ter relações sexuais com o parlamentar. O deputado nega as acusações e diz que será comprovado que não há qualquer envolvimento de sua parte nos fatos"

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Os detalhes das acusações de assédio sexual registradas pelas ex-funcionárias estão sob sigilo no Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Em nota enviada ao Estadão, o MPDFT e a PCDF responderam que os processos são confidenciais por se tratarem de acusações de crimes sexuais.

Em julho deste ano, uma garota de programa denunciou Donizet por omissão de socorro em um motel da capital federal. Segundo a mulher, o assessor Marco Aurélio Oliveira Barboza e o parlamentar estavam junto com ela em um quarto, quando Marco Aurélio teria desferido um soco, a enforcado e tentado ter relações sexuais sem preservativos contra a vontade da vítima. O deputado teria estado no local em todo o momento e nada teria feito para impedir as agressões.

"Eu pedindo para ele [Marco Aurélio] parar e ele não parava [...] e tirou a camisinha. Todos omitiram socorro, inclusive o Daniel Donizet", disse a garota de programa no depoimento à PCDF. O caso está sob a apuração da 11° Delegacia da Polícia Civil do Distrito Federal. Em nota, a PCDF disse que este caso também tramita sob sigilo.

Pedido de cassação de deputado foi arquivado

Em 27 de setembro, a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) rejeitou um pedido de cassação do deputado por quebra de decoro parlamentar pelo caso de omissão de socorro à garota de programa. Marco Aurélio foi exonerado do gabinete de Donizet após o caso repercutir na imprensa e, por isso, a Procuradoria-Geral da Casa argumentou que o parlamentar não teria sido omisso.

Daniel Donizet tem 41 anos e é deputado distrital desde 2019, sendo reeleito no ano passado com 33.375 votos. Então filiado ao PL, Donizet vinculou sua imagem à do ex-presidente Jair Bolsonaro para conseguir uma cadeira no Legislativo da capital federal. No DF, Bolsonaro venceu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições presidenciais por 58,81% a 41,19%, uma diferença de 300 mil votos.

Por conta da denúncia de omissão de socorro, o PL pressionou o parlamentar a deixar a sigla, abrindo um processo disciplinar para apurar a sua conduta. Em agosto, a sua desfiliação foi concluída, e Donizet se filiou ao MDB, partido do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha e do presidente da CLDF, deputado Wellington Luiz.

Comissão de Ética da CLDF

Em entrevista ao Estadão, o deputado distrital Fábio Félix (PSOL-DF), que preside o Comitê de Ética da CLDF, afirmou que a Casa também espera que o MPDFT e a PCDF entreguem as informações sobre as denúncias que estão sob sigilo. Segundo Félix, os parlamentares não possuem acesso aos autos e aguardam uma autorização do Poder Legislativo da capital federal.

Félix afirmou que a Comissão de Ética aguarda pela divulgação das informações para que as ações de Donizet possam ser apuradas. "A questão é antiga e nós estamos esperando os inquéritos, para, caso as provas se confirmem, tomar providência com base nas informações concretas", disse.

Leia na íntegra a nota do deputado distrital Daniel Donizet

"A defesa do deputado Daniel Donizet acompanha os procedimentos, mas esclarece que o parlamentar não foi indiciado em nenhum dos casos. Em razão de serem sigilosos, há impedimento legal para passar informações, sob penalidade de interferir nas investigações.

Esclarece ainda que o deputado sempre se colocou à disposição das autoridades, bem como tem a certeza de que tudo será esclarecido, sendo ao final comprovado que não há qualquer envolvimento de sua parte nos fatos.

Como seu histórico reforça, o deputado refuta quaisquer tipos de crimes e violência contra as mulheres."

O ex-presidente da CBF Rogério Caboclo se livrou da última acusação de assédio sexual à qual ainda respondia. O processo transitou em julgado e foi baixado neta terça-feira pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região, após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O dirigente chegou a responder outras duas acusações do mesmo tipo, das quais foi inocentado no ano passado. Todas envolviam funcionárias que trabalhavam na CBF durante sua gestão.

De acordo com a assessoria de imprensa de Caboclo, "não há mais pendências judiciais em relação a estas denúncias, que acabaram sem nenhuma condenação". Em 2022, também foi revertida uma denúncia de assédio moral, feita junto à Comissão de Ética da CBF por Fernando França, então diretor de tecnologia da informação da CBF. Mais tarde, Fernando retirou as acusações por meio de uma carta de retratação.

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Eleito presidente da CBF em abril de 2018, Rogério Caboclo tomou posse no ano seguinte para um mandato de quatro anos. Caboclo foi afastado do comando da entidade temporariamente em junho de 2021 e, de forma definitiva, em fevereiro de 2022. Então, Ednaldo Rodrigues foi eleito como novo presidente da entidade para mandato de quatro anos.

Uma ex-funcionária que denunciou Caboclo por assédio moral e sexual disse que ele chamou-a de "cadela" e tentou forçá-la a comer um biscoito de cachorro, conforme informado pelo site GE na época. Em outra oportunidade, teria perguntado se ela se masturbava. Durante reunião com outros dirigentes da CBF, o presidente teria inventado relacionamentos da funcionária com pessoas ligadas à entidade.

Segundo a reportagem, a vítima afirmou que, durante todas essas condutas, Caboclo estava embriagado. Ela disse ainda que ele a orientava a esconder garrafas de bebida na entidade, para que Caboclo consumisse durante o expediente. A mulher, que não teve seu nome divulgado, diz ter sido vítima de várias condutas abusivas de Caboclo, desde abril de 2020. Outras duas funcionárias também o acusaram de assédio sexual.

A agitada atração mais importante do futebol americano, o Super Bowl LVII Halftime Show, não contará com a participação da cantora Lizzo, em fevereiro de 2024. Isso porque a artista se envolveu em uma polêmica com três de suas ex-dançarinas.

Neste sentido, a famosa é acusada de assédio sexual, religioso e racial, de acordo com informações do jornal The Daily Mail. Além disso, Crystal Williams, Arianna Davis e Noelle Rodrigues ainda a acusam de criar um ambiente hostil no trabalho.

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- As conversas sobre Lizzo fazer parte das festividades do intervalo ou cantar o Hino Nacional estão mortas agora que ela está cercada de escândalos, revelou uma fonte ligada à publicação do jornal.

Vale dizer que a cantora estava cotada para fazer o HalfTime, uma apresentação tradicional do evento que tem duração de 15 minutos entre os dois tempos da final da NFL.

E não para por aí, além das acusações de assédio, a estrela também está sendo processada por bodyshaming, gordofobia e abuso moral. Nesta semana, mais seis pessoas ligadas a ela também informaram estarem dispostas a entrar na Justiça por relatarem atitudes semelhantes da artista, que nega todas as acusações.

O evento do Super Bowl, que acontece anualmente, é produzido pela Roc Nation, gravadora de Jay-Z em parceria com a NFL. Ela é quem determina quem sobe ao palco, e artistas como Beyoncé, Bruce Springsteen, Chris Martin, Rihanna, Michael Jackson e Lady Gaga estão entre os nomes da atração.

Por fim, vale dizer que após a repercussão do escândalo em que Lizzo se envolveu, o festival Made In America, que é organizado pelo também cantor Jay-Z, cortou seu nome da lista.

A Secretaria de Educação de São Paulo, na última quinta-feira (3), confirmou o afastamento de um professor da Escola Estadual Comendador Luciano Guidotti, em Piracicaba. Caso as denúncias de assédio sexual contra duas alunas que teriam 16 e 17 anos e as denúncias de comportamento inadequados forem confirmadas, o docente perderá seu contrato. 

No Boletim de Ocorrência as vítimas informaram que o professor teria dito para uma das alunas que “você é bonita, eu me casaria com você”. Além disso ele teria passado o filme After em sala de aula, que contém cenas de sexo e a produção não é apropriada para menores de 14 anos. As jovens ainda informaram que o docente assediou outros alunos.

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Em nota, a Seduc-SP informou que por meio do Programa de Melhoria de Convivência e Proteção Escolar (Conviva-SP), os alunos estão tendo todo o suporte com acolhidas e rodas de conversa. “A Secretaria da Educação do Estado (Seduc-SP) repudia toda e qualquer forma de assédio dentro ou fora do ambiente escolar”, reafirma o órgão.

Italianos têm expressado raiva e indignação nas redes sociais depois que um homem de 66 anos que admitiu apalpar uma menor de idade foi absolvido porque "não durou tempo suficiente" para ser considerado assédio. O caso ocorreu em abril do ano passado, em uma escola Roma, e envolve o zelador da instituição e uma estudante de 17 anos.

A aluna estava subindo um lance de escadas quando Antonio Avola, o zelador, colocou a mão por dentro da calça dela por trás. "Vamos querida, você sabe que estou apenas brincando", ele disse quando confrontado pela estudante, conforme noticiou a BBC.

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O homem foi acusado de agressão sexual e enviado a julgamento. Os promotores pediram uma sentença de três anos e meio de prisão. Entretanto, nesta semana, um tribunal decidiu que o ato de apalpar não configurou crime porque "durava apenas entre cinco e 10 segundos", justificando que o tempo foi curto para ser considerado um assédio.

Como resposta, milhares de homens e mulheres iniciaram uma trend no Instagram e no TikTok na Itália, com a hashtag #10secondi. Nos vídeos, eles se apalpam ao lado de um cronômetro em contagem regressiva de 10 segundos. A intenção é mostrar como 10 segundos podem ser longos, especialmente em um momento de desconforto, como uma agressão sexual. A trend iniciou com ator da série The White Lotus, Paolo Camilli, e desde então milhares de pessoas seguiram o exemplo.

Segundo o The Telegraph, em seus primeiros comentários sobre o caso, a estudante disse: "Para mim não foi brincadeira. Uma piada é algo compartilhado entre duas pessoas. Não é assim que um zelador deve brincar com uma jovem de 17 anos. Estou muito zangada. Isso não é justiça. Sinto-me traída duas vezes - primeiro pela escola, onde aconteceu, e agora pelo tribunal."

Um coronel da reserva da Polícia Militar de Pernambuco foi punido após nove policiais militares o acusarem de constrangimento para obter vantagem sexual. Segundo portaria da Secretaria de Defesa Social (SDS), Joseny Bernardino dos Santos costumava ir até as instalações do 1º Batalhão de Trânsito (BPTran), no Recife, e, após cumprimentar as policiais, pedir abraços e beijos no rosto e nas mãos.

Ao longo da investigação, a secretaria identificou que eram cinco policiais que se diziam vítimas diretas do coronel, sendo chamadas de "amor" e tendo recebido mensagem dele com esse teor. A prática teria ocorrido entre o segundo semestre de 2016 e abril de 2019.

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A investigação do caso, entretanto, considerou as provas insuficientes para indicar o propósito sexual do oficial nas condutas. Ele, portanto, foi punido com base no Artigo 112 do Código Disciplinar dos Militares, que pune aquele que "portar-se em público ou na presença da tropa de modo inconveniente, sem compostura, faltando aos preceitos da ética, da moral, dos bons costumes e da educação."

Pelo ocorrido, Joseny recebeu quatro reprimendas de 30 dias de prisão.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu nesta terça-feira (23), em Brasília - por unanimidade - aplicar a pena máxima de aposentadoria compulsória, com vencimentos proporcionais, ao juiz trabalhista Marcos Scalercio, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT2), sediado em São Paulo. Ele foi acusado por ao menos três mulheres de assédio sexual e importunação sexual. 

Scalercio encontra-se afastado desde setembro, por decisão do CNJ. Em seguida ao afastamento, foi determinada a abertura de processo administrativo disciplinar (PAD), que agora resulta na demissão do magistrado. 

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O caso foi revelado em agosto do ano passado pelo portal G1, após as vítimas terem procurado movimentos de combate ao assédio sexual contra mulheres, como o Me Too Brasil e o Projeto Justiceiras. Ao todo, foram contabilizadas ao menos 87 denúncias contra Scalercio.

O CNJ decidiu demitir o magistrado com base em três casos com apuração mais avançada. Em um desses episódios, o ataque contra uma advogada ocorreu dentro do gabinete do juiz no TRT2. A vítima relatou que Scalercio avançou sobre ela e encostou suas partes íntimas, pressionando-a contra parede. Ela conseguiu se desvencilhar e saiu correndo, acionando na hora a segurança do tribunal. 

Em seguida, a advogada denunciou o assédio na corregedoria do tribunal trabalhista, mas o órgão, antes de o episódio vir a público, arquivou o caso sem dar andamento às investigações. Somente depois da divulgação pela imprensa, em agosto do ano passado, que o TRT2 - em decisão de seu plenário - resolveu abrir um PAD contra  Scalercio.  

“Institucionalmente [as vítimas] não encontraram nenhum amparo”, destacou o conselheiro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Para o futuro, ele sugeriu a criação de um “locus [lugar] de acolhimento para essas vítimas, nesses casos que não são poucos no judiciário brasileiro”. 

Outros casos

Os outros dois casos julgados nesta terça-feira pelo CNJ dizem respeito a uma aluna do curso Damásio Educacional, onde o magistrado dava aulas de Direito, e a uma advogada com quem Scalercio teve contato por meio de uma rede social. Em ambos os episódios, ele teria se vangloriado do cargo de juiz para intimidar as vítimas, de acordo com os relatos. 

Ao fim, prevaleceu o voto da conselheira Salise Sanchotene, que fez uma descrição minuciosa dos acontecimentos narrados pelas vítimas. Ela concluiu que o magistrado teve conduta escandalosa dentro do ambiente de trabalho, registrou um padrão usual de comportamento e praticou atos gravíssimos, passíveis de punição com pena máxima. O voto da relatora foi elogiado pelos demais conselheiros, sendo seguido por todos. 

“Esse processo é paradigmático enquanto reflete uma sociedade estruturalmente machista que invisibiliza as mulheres e, mais do que isso, as silencia”, disse a presidente do CNJ, ministra Rosa Weber. “Lamento que a nossa legislação assegure vencimentos ou subsídios proporcionais ao tempo de serviço, mas é a nossa legislação e nós temos que aplicá-la”, acrescentou ela, em referência à pena de aposentadoria compulsória, que prevê a continuidade do pagamento de salário - de modo proporcional ao tempo que o juiz ocupou o cargo.  

Em nome do juiz Marcelo Scalercio, o advogado Leandro Raca apontou o que seriam contradições nos relatos das vítimas e argumentou, também, que o CNJ teria aplicado penas mais brandas em casos similares. Em nenhum momento a defesa do magistrado assumiu a prática dos assédios, que também sempre foram negados pelo juiz.

A Câmara Municipal do Recife aprovou, nesta quinta-feira (11), o Protocolo Violeta, projeto de lei (PLO 106/2021) da vereadora Cida Pedrosa (PCdoB) em parceria com Andreza Romero (Podemos), que visa criar uma rede de combate ao assédio no Recife.

O documento, inspirado no “Protocolo No Callem” de Barcelona e que embasou a prisão do jogador Daniel Alves por estupro, prevê que funcionários de bares, casas noturnas e outros estabelecimentos da cidade sejam capacitados para prevenir e combater o assédio, bem como o de promover o acolhimento de pessoas em situação de violência. A proposta tem como princípios a atenção, respeito e a garantia da privacidade a quem denuncia.

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O texto determina que os estabelecimentos especificados devem adotar medidas de prevenção, acolhimento e denúncia de casos de violência contra as mulheres e a importunação sexual, além de estabelecer multa por descumprimento das ações previstas.

“Combater a violência contra a mulher é um dever de toda a sociedade. É fundamental que as pessoas que trabalham em bares, restaurantes, casas de festa estejam habilitadas para lidar com casos de agressão e que possam auxiliar as autoridades competentes - seja denunciando, acolhendo - a combaterem esses crimes”, completou Cida.

O mandato de Cida Pedrosa tem como uma de suas frentes prioritárias o combate à violência de gênero. A vereadora já criou projetos de lei como a “Semana de Conscientização e Combate ao Relacionamento Abusivo”, que se incorporou ao calendário da cidade, bem como a inclusão de mensagem contra a importunação sexual e a divulgação dos serviços da Política para a Mulher do Recife em peças publicitárias veiculadas por patrocinadores da iniciativa privada durante os Ciclos Festivos.

Para acelerar a tramitação do projeto, foi realizada uma campanha virtual, que reuniu centenas de mulheres e entidades feministas que lutam em defesa dos direitos das mulheres. Também participaram do debate e da construção representantes do Ministério Público e segurança pública, além de proprietários de estabelecimentos comerciais e seus representantes, como a ABRASEL (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes).

*Da assessoria 

Um homem de 32 anos é investigado pela Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), por ter filmado as partes íntimas de uma adolescente de 13 anos no supermercado Atacadão, localizado no bairro de Guadalupe, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife. O caso aconteceu na noite da última quarta-feira (5).

Após receber uma ocorrência de tumulto, uma equipe do 1º BPM foi até o estabelecimento para verificar do que se tratava. De acordo com a Polícia Militar, os agentes visualizaram o suspeito sentado no interior do local, contido por funcionários que evitavam que ele fosse agredido por clientes incorfomados com a situação.

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Em conversa com os policiais, o pai da adolescente informou que o homem havia filmado sua filha através de um aparelho celular. Ele também relatou que o suspeito perseguiu a garota nos corredores do supermercado.

“O suspeito negou veementemente a acusação e cedeu o celular para que o policiamento confirmasse sua versão. Nada de ilícito foi encontrado no aparelho do acusado”, informou a PM.

A assessoria do supermercado através de nota, informou que a empresa repudia todo tipo de assédio

Confira nota na íntegra:

"A rede repudia todo tipo de assédio e agiu rapidamente para prestar apoio à vítima e à família. Informa, ainda, que disponibiliza para seus clientes um canal externo para denúncias. A Polícia Militar foi acionada imediatamente e estamos à disposição das autoridades para colaborar com as investigações".

 

A professora de uma escola municipal de Teresópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, que foi acusada de assediar sexualmente uma criança de 10 anos, foi afastada do cargo. De acordo com as investigações, a mulher de 37 anos enviou mensagens com teor sexual e fotos sensuais ao garoto. 

A prefeitura da cidade informou que a Secretaria de Educação abriu um processo administrativo disciplinar para apurar o caso. A Polícia Civil, por sua vez, apreendeu o celular, o computador e o pen drive na casa da professora durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão. Ela também não pode ter contato com o menor. 

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As denúncias de assédio moral e sexual contra Marcius Melhem, diretor da área de humor da TV Globo, ganharam novo capítulo nesta sexta (24). O colunista Guilherme Amado e a e a jornalista Olívia Meireles, do portal Metrópoles, publicaram uma entrevista com 11 pessoas, que integraram ou integram a área de humor da Globo. No material, elas dão detalhes da convivência com o ex-diretor. 

No grupo, a atriz Dani Calabresa, a primeira a denunciar Melhem, deu sua versão dos fatos e contou que tentava lidar com os assédios fazendo “brincadeiras”. “Para a gente é um aprendizado usar a palavra ‘assédio’. A gente fala: ‘Ele tá chato. Que tarado! Ele também fica passando a mão em você?’. É difícil a gente usar a palavra ‘assediador’. É difícil a gente chegar nesse estágio, mas acho que quanto mais a gente vai falando, as pessoas vão se identificando”, disse. 

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Outras atrizes e roteiristas, também contaram situações que viveram com Marcius. Muitas disseram que chegaram a ser afastadas do trabalho por conta de crises de pânico e estresse pós-traumático. “Ele detonava a nossa autoestima para manter todo mundo sob controle”, disse a atriz Veronica Debom.   A roteirista Carolina Warchavsky também deu seu relato: “Precisei entrar no INSS e fiquei em casa uns três meses. Foi um processo muito difícil”.

Um a cada cinco brasileiros afirma ter visto alguma mulher sendo abusada sexualmente em 2022, aponta o levantamento International Women's Day, realizado pelo instituto de pesquisa de mercado Ipsos em conjunto com a Universidade King College, de Londres. O estudo, direcionado ao Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta quarta-feira, 8 de março, entrevistou 22.508 pessoas entre 16 e 74 anos de 32 países diferentes sobre assuntos que envolvem igualdade de gênero, violência contra a mulher e percepções sobre a discriminação contra o público feminino.

Mil brasileiros participaram da pesquisa, que foi feita de forma online entre os dias 22 de dezembro de 2022 e 6 de janeiro deste ano. O grupo de 21% de entrevistados do Brasil que afirmou ter visto, de forma próxima, uma mulher sendo vítima de abuso sexual no ano passado colocou o País na 8ª colocação do ranking na categoria, cuja média de respostas positivas foi de 14%.

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O país que mais reuniu testemunhas deste tipo de violência foi a Tailândia, com 30%, seguido de Peru (29%), Índia (28%), Indonésia (25%), África do Sul (23%), Colômbia (22%) e Malásia (21%). As três últimas nações do ranking foram a Hungria e a Polônia (as duas com 6%), e o Japão, onde só 4% disseram ter visto alguma mulher sendo vítima de violência sexual.

O Brasil também ficou na oitava posição quando a pergunta do levantamento foi se, no ano passado, o entrevistado ou a entrevistada teria ouvido um amigo ou membro da família fazer um comentário sexista sobre uma mulher? Dos brasileiros abordados, 36% responderam positivamente. A média foi de 27%.

Quem encabeça o ranking nesta categoria da pesquisa é o Chile, com 45% dos participantes respondendo sim à pergunta. Dos outros quatro que estão no top 5, três são países sul-americanos: Argentina (44%), Peru (40%) e Colômbia (39%) - Portugal também aparece como um dos líderes do ranking com 41%.

Também para esse questionamento os japoneses foram os que menos presenciaram um amigo ou membro da família fazendo um comentário sexista sobre uma mulher: 4%.

A International Women's Day também revelou que, apesar das pessoas presenciarem essas cenas, não são todos que intercedem ou repreendem os agressores. No Brasil, apenas 14% afirmam confrontar o abusador, sendo que a iniciativa do embate, na maior parte das vezes, é feito pelas mulheres (15%), do que os homens (12%).

Apenas 27% responderam na pesquisa que alertaram, no último ano, algum amigo ou parente sobre algum comentário machista feito sobre uma mulher.

Em contrapartida, somente 5% dos brasileiros entrevistados afirmaram que o assunto sobre violência contra a mulher não foi importante para elas no ano passado, e apenas 9% consideram que tomar alguma medida contra isso não teria feito nenhuma diferença para diminuir esse espaço de desigualdades.

No entanto, 11% admitiram ter medo de tomar alguma medida em defesa da igualdade de gênero com receio de ser abusado fisicamente ou ameaçado. Esse pode ser um dos motivos, segundo a pesquisa, pelo qual as pessoas deixaram de tomar alguma ação quando presenciaram cenas de mulheres sendo vítimas de alguma violência sexual.

Até porque, no País, apenas 11% afirmam que não tomaram nenhuma atitude frente a um caso de violência sexual contra mulheres porque nunca estiveram em uma situação em que tenham visto um exemplo de desigualdade de gênero. Ou seja, os brasileiros que nunca viram uma cena do tipo são minoria. É um dos menores índices de respostas afirmativas da pesquisa, que posicionam o Brasil à frente apenas de Turquia, Coreia do Sul, Arábia Saudita e Japão no ranking do estudo.

Outros dados sobre brasileiros levantados na pesquisa:

- 70% acreditam que as mulheres vão conseguir atingir a igualdade de gênero quando os homens apoiarem os direitos delas;

- 74% afirmam que há medidas que a própria pessoa pode adotar para promover a igualdade entre homens e mulheres;

- 46% dos brasileiros se definem como feministas;

- 66% discordam da afirmação de que um homem é "menos homem" quando precisa ficar em casa para cuidar de uma criança;

- 78% enxergam que, atualmente, existe uma desigualdade entre mulheres e homens em termos de direitos sociais, políticos e/ou econômicos no país;

- 47% dizem ter medo de defender os direitos das mulheres por receio das consequências;

- 23% admitem ter presenciado descriminação de gênero no trabalho em 2022 e 21% afirmam que falaram sobre o assunto no ambiente profissional no ano passado;

- 34% afirmam ter conversado com amigos ou familiares sobre igualdade de gênero em 2022;

- 27% dizem ter alertado, no último ano, algum amigo ou parente sobre algum comentário machista feito sobre uma mulher;

- 10% (9% homens e 11% mulheres) admitem ter participado de algum protesto em defesa dos direitos das mulheres no ano passado;

- 13% dizem não saber como conversar sobre igualdade de gênero;

- 8% admitem que se preocupam com o que as outras pessoas vão achar sobre o posicionamento adotado; e 10% temem que isso pode prejudicá-los no trabalho;

- 7% dizem não querer promover a igualdade de gênero e 5% acreditam que as desigualdades entre homens e mulheres não existem.

Noel Le Graet, presidente da Federação Francesa de Futebol, renunciou ao cargo nesta terça-feira, após uma auditoria do Governo considerar que ele não possuí mais legitimidade para exercer a função, pois responde a acusações de assédio sexual e moral. O caso veio à tona em setembro do ano passado e o dirigente de 81 anos estava afastado desde o meio de janeiro deste ano.

De acordo com um comunicado divulgado pela Federação, Le Graet formalizou a renúncia em uma reunião com o comitê executivo da entidade, nesta terça. Com o abandono, o vice-presidente Philippe Dallo exercerá a presidência de forma interina até junho de 2023, quando um nome definitivo deve ser escolhido para ocupar a cadeira.

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A investigação foi aberta a pedido de Amélia Oudéa-Castéra, ministra do Esportes da França, após a agente esportiva Sonia Souid dizer ter sido assediada sexualmente por La Graet. Em entrevistas a veículos da imprensa francesa, Souid disse que foi abordada por ele ao longo de quatro anos, entre 2013 e 2017.

Houve também uma reportagem publicada pela revista So Foot que detalhou alguns casos. Ao longo de seis páginas, a publicação apresentou depoimentos de diversas funcionárias da federação falando sobre Le Graet. Algumas já haviam deixado a entidade. A maior parte das denúncias foi anônima. Elas afirmaram que recebiam mensagens de texto inapropriadas do presidente e que viviam em um "ambiente tóxico" dentro da federação.

Durante o processo, foi realizado um relatório com mais de 100 entrevistas e análises de uma série de documentos. A conclusão foi que o comportamento de Le Graet com mulheres era inapropriado e que as políticas internas para reprimir violência de gênero ou sexual não eram efetivas.

O lateral-direito Daniel Alves, de 39 anos, foi detido nesta sexta-feira enquanto prestava depoimento à polícia espanhola por um suposto caso de abuso sexual que teria ocorrido em uma casa noturna de Barcelona. Esta não é a primeira vez que um jogador de futebol tem o nome envolvido em um caso de assédio. O atacante Robinho e o técnico Cuca já estiveram na mira da Justiça, por exemplo.

O caso de Daniel Alves teria ocorrido na madrugada do dia 30 de dezembro, na discoteca Sutton, em Barcelona. Segundo informado pelo jornal espanhol ABC, o lateral-direito de 39 anos colocou a mão entre a roupa íntima da mulher que fez a acusação. Ela procurou as amigas e os seguranças da balada depois do suposto assédio.

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A equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia catalã, que colheu depoimento da vítima. Ela também passou por exame médico em um hospital. Daniel Alves deixou o local antes da chegada dos policiais.

Segundo a imprensa espanhola, câmeras do estabelecimento mostram que Daniel Alves e uma mulher vão ao banheiro. Cerca de 47 segundos depois, ambos saem do local. Em seguida, o jogador e seus amigos deixam a casa noturna. A mulher começa a chorar, é amparada pelas amigas e relata ter sido assediada sexualmente pelo atleta.

ROBINHO

Em janeiro de 2022, o atacante Robinho foi julgado e condenado em última instância a nove anos de prisão, na Itália, por estupro de uma mulher albanesa em 2013, quando atuava no Milan. Segundo as investigações e condenação na Justiça italiana, o brasileiro e cinco amigos estupraram uma jovem em um camarim da boate milanesa Sio Café, onde ela comemorava seu aniversário. O jogador afirmou que toda a relação que teve com a denunciante foi consensual e ressaltou que seu único arrependimento foi ter sido infiel a sua mulher.

Em entrevista ao Estadão, o advogado da vítima, Jacopo Gnocchi, revelou à época que ela poderia ter solicitado o pagamento de aproximadamente R$ 400 mil (60 mil euros) por danos morais, mas optou por aguardar o andamento dos procedimentos jurídicos. Na sua visão, o tribunal de Milão que condenou Robinho fez uma análise correta do caso.

Transcrições de interceptações telefônicas realizadas com autorização judicial mostraram que Robinho revelou ter participado do ato que levou uma jovem de origem albanesa a acusar o jogador e amigos de estupro coletivo, em Milão, na Itália. Em 2017, a Justiça italiana se baseou principalmente nessas gravações para condenar o atacante em primeira instância a nove anos de prisão.

Além das gravações telefônicas, a polícia italiana instalou um grampo no carro de Robinho e conseguiu captar outras conversas. Para a Justiça italiana, as conversas são "auto acusatório". As escutas exibem um diálogo entre o jogador e um músico, que tocou naquela noite na boate e avisou o atleta sobre a investigação.

Robinho e seu amigo Ricardo Falco, também investigado, foram condenados com base no artigo "609 bis" do código penal italiano, que fala do ato de violência sexual não consensual forçado por duas ou mais pessoas, obrigando alguém a manter relações sexuais por sua condição de inferioridade "física ou psíquica".

Os advogados de Robinho afirmam que o atleta não cometeu o crime do qual é acusado e alegam que houve um "equívoco de interpretação" em relação a conversas interceptadas com autorização judicial, pois alguns diálogos não teriam sido traduzidos de forma correta para o idioma italiano.

CUCA

Técnico de sucesso no futebol brasileiro, Cuca se envolveu em polêmica ainda quando era jogador. Em caso ocorrido em 1987, em Berna, na Suíça, o então meio-campista do Grêmio foi detido com os também atletas Eduardo Hamester, Henrique Etges e Fernando Castoldi, sob a acusação de "manter atos sexuais" com uma menina de 14 anos.

Os jogadores permaneceram em cárcere por 30 dias. Fernando foi o primeira a ser liberado, já que a sua participação no ato não foi comprovada. Cuca nega qualquer participação. Ele acabou condenado a 15 meses de prisão e ao pagamento de US$ 8 mil. Em matéria publicada à época pelo Estadão, o atual treinador disse que o episódio o fez adquirir "experiência e maturidade".

CRISTIANO RONALDO

Cristiano Ronaldo cobra na Justiça uma indenização de US$ 626 mil (R$ 3,2 milhões) após a retirada de uma acusação de estupro contra ele. O caso teria ocorrido em 2009, em Las Vegas. A modelo Katheryn Mayorga trouxe o caso à tona em 2018, cobrando do craque português a quantia de 64 milhões de euros (R$ 335 milhões).

O caso foi arquivado em junho, de acordo com o canal britânico Sky News, depois do advogado da modelo ter utilizado documentos confidenciais na defesa. O caso demorou a se tornar público por conta de um suposto acordo concretizado entre as partes. A modelo ficaria em silêncio pela quantia de US$ 375 mil (cerca de R$ 2 milhões), mas ela decidiu anular o documento assinado e pedir a indenização milionária.

BENJAMIN MENDY

O jogador francês Benjamin Mendy, do Manchester City, foi inocentado de seis acusações de estupro e uma agressão sexual pelo júri popular no Reino Unido. Suspenso há mais de um ano, ele ainda será julgado novamente em junho, por duas denúncias que não tiveram um veredicto.

O atleta é acusado de sete casos de estupro, uma tentativa de estupro e um assédio sexual. O lateral-esquerdo de 28 anos passava por julgamento no tribunal de Chester, norte da Inglaterra, desde o início de agosto. Uma das possibilidades de pena era de prisão perpétua. O júri popular, composto por sete homens e quatro mulheres, foi dispensado na última sexta-feira, após deliberar por quase 70 horas em 14 dias. Um jurado foi dispensado no meio do julgamento.

Mendy negou, desde o princípio, as 10 acusações feitas contra ele referentes a supostos acontecimentos ocorridos entre outubro de 2018 e agosto de 2021, em sua casa de Prestbury, Cheshire. Antes de ser julgado, o jogador chegou a ter sua prisão preventiva decretada pela Justiça, entre agosto de 2021 e janeiro de 2022

O juiz Steven Everett, que analisa o caso, marcou uma audiência preliminar para tratar das duas acusações restantes sobre o jogador. A sessão está marcada para o dia 27 de janeiro, antes de iniciar o julgamento em junho, que deve durar cerca de três semanas.

MASON GREENWOOD

Revelação do futebol inglês, Mason Greenwood foi preso em janeiro de 2022 acusado de agressão física e violência sexual por sua então namorada. À época, Harriet Robson publicou um vídeo nas redes sociais para denunciar o jogador do Manchester United. Ela aparece com a boca ensanguentada e hematomas pelo corpo. Ele deixou a prisão no último dia 19 após pagar fiança.

Em um áudio, também divulgado por Harriet naquela oportunidade, Greenwood estaria discutindo com a modelo enquanto tenta forçá-la a fazer sexo. Enquanto a influenciadora diz que não quer praticar o ato, é possível ouvir ameaças como: "Abra suas pernas. Cale a boca. Eu não me importo se você quer fazer sexo comigo. Me empurre mais uma vez e você vai ver o que acontece". Atualmente, Greenwood está liberado sob fiança e aguarda o julgamento. Ele está suspenso pelo Manchester United desde o momento da sua prisão

Daniel Alves será investigado por assédio sexual, supostamente, ocorrido na Espanha. Em comunicado, a Justiça da Catalunha disse que abriu processo sobre “eventos que ocorreram em uma boate de Barcelona” em dezembro de 2022.

Apesar do comunicado não citar Daniel Alves nominalmente, um porta-voz do tribunal de Barcelona confirmou à Reuters que o jogador baiano é o alvo do processo.

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Segundo a denúncia, Alves supostamente assediou uma mulher em uma boate em Barcelona na noite de 31 de dezembro. Daniel Alves negou a acusação na semana passada em entrevista para o programa da TV espanhola 'Y ahora Sonsoles'. Ele disse que estava apenas “dançando, sem invadir o espaço de ninguém”.

Em meio a acusações de assédio sexual na Espanha, Daniel Alves confirmou seu retorno ao Pumas, do México, para a temporada 2023. O atleta fez postagem no Instagram garantindo foco com sua equipe e companheiros e afirmando que "nunca desiste".

Desde setembro do ano passado sem atuar com a camisa da equipe mexicana, Daniel Alves passa por momento conturbado na carreira. No último ano chegou a desmentir publicamente seu clube, que afirmou que ele tinha sofrido uma lesão no joelho.

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Para se preparar para a Copa do Mundo, utilizou as instalações do Barcelona, seu ex-clube, e no Catar teve atuações criticadas com a seleção brasileira, que acabou eliminada nas quartas de final do torneio.

Assédio

Fora dos gramados, segundo informações do diário ABC e reproduzida pelo Mundo Deportivo, Daniel Alves é acusado de assediar sexualmente uma mulher em uma balada em Barcelona, na Espanha.

A equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia catalã (Mossos d’Esquadra), que colheu depoimento da vítima. Ela também passou por exame médico em um hospital, mas ainda não formalizou boletim de ocorrência. Foi aberta investigação para esclarecer o ocorrido.

O estafe do jogador negou as acusações, e Daniel Alves não se pronunciou sobre o caso.

Volta ao Pumas

Na primeira postagem após o caso ter sido divulgado, Daniel Alves limitou-se a abordar seu retorno ao Pumas.

"Não sei com que tipo de homem você está acostumado a lidar, mas esse cara aqui é um touro grande que nunca desiste. Só pelo SAÚDE este ano para poder continuar a fazer o que gosto, junto das pessoas que toparem isso. Não se faz campeões ou vencedores ouvindo o que outros pensam e falam de você".

"Se faz lutando, resistindo, cobrando de si e do coletivo. Tudo está dentro de um: suas habilidades, sua força e resiliência. Toda mudança leva adaptação, como queiram. Mas a aceitação, o conhecimento e o aprendizado são pontos de partida da inteligência. Assim vamos para o segundo round com a confiança e personalidade que nos caracterizam. Sempre positivo e querendo mudar a história do Povo. Siga-me o BOM!!! Até breve, Pumas", escreveu.

Na noite de sexta-feira, o lateral-direito Daniel Alves teria cometido assédio sexual contra uma mulher em uma balada em Barcelona, na Espanha. A acusação foi informada pelo diário ABC e reproduzida pelo Mundo Deportivo. O caso foi informado à polícia catalã. O estafe do jogador de 39 anos negou ao jornal que ele tenha cometido assédio e disse que ficou pouco tempo no local.

O caso aconteceu na discoteca Sutton de Barcelona, localizada no rua Tuset. A mulher esteve acompanhada por amigas a todo o instante. O relato aponta que Daniel Alves teria introduzido a mão por entre as roupas íntimas da mulher. Espantada com o assédio, ela rapidamente procurou as amigas e, em seguida, os seguranças da balada.

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A equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia catalã (Mossos d’Esquadra), que colheu depoimento da vítima. Ela também passou por exame médico em um hospital, mas ainda não formalizou boletim de ocorrência. Foi aberta investigação para esclarecer o ocorrido.

Quando a polícia chegou à casa noturna, Daniel Alves já teria deixado o local. O lateral-direito defendeu o Brasil na Copa do Mundo do Catar até as quartas de final, em que a seleção foi eliminada diante da Croácia.

Com uma longa relação com o Barcelona, Daniel Alves usou as instalações do clube para se manter em forma para jogar o Mundial. O jogador está vinculado ao mexicano Pumas, mas não atua pelo clube desde o fim de setembro.

O ator de "Round 6" O Yeong Su foi acusado de assédio sexual, informou um promotor sul-coreano nesta sexta-feira (25).

O ator de 78 anos se tornou em janeiro o primeiro sul-coreano a ganhar um Globo de Ouro de melhor ator coadjuvante em uma série por sua interpretação de um homem aparentemente vulnerável no thriller distópico de grande sucesso da Netflix.

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De acordo com a imprensa local, os promotores sul-coreanos o acusaram na quinta-feira, sem prendê-lo, por supostos toques não consentidos em uma mulher em 2017.

Tudo relatado pela mídia local sobre O Yeong su "não é incorreto do ponto de vista dos fatos", disse à AFP um funcionário da Procuradoria do distrito de Suwon, sem dar mais detalhes.

"Round 6" se tornou o lançamento de série mais popular da Netflix, atraindo 111 milhões de fãs em menos de quatro semanas após sua estreia em 2021.

Continua sendo um dos programas mais populares da plataforma.

Inúmeras figuras da indústria cinematográfica sul-coreana, como o falecido diretor de cinema Kim Ki Duk e os atores Cho Jae Hyun e Oh Dal Su, enfrentaram acusações de agressão sexual.

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