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Antecipando a chegada do Carnaval, período em que a prática do assédio e da importunação sexual costuma ter alta de registros, a Ordem dos Advogados do Brasil de Pernambuco (OAB-PE) elaborou uma cartilha com orientações sobre as diferentes violências sofridas por mulheres durante a folia. O material informativo "Meu direito não é brincadeira", além de detalhar essas condutas, a fim de auxiliar na identificação dos crimes, também informa sobre canais de denúncia e faz recorte racial para situações de violência contra mulheres negras. 

Segundo a Ordem, a publicação da cartilha, que terá formato on-line, acontecerá no dia 25 de janeiro, durante a cerimônia de outorga da Medalha Heroínas de Tejucupapo, no auditório da OAB-PE, às 15h. 

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“A garantia dos direitos humanos é uma das bandeiras de nossa instituição, que tem participação ativa nos momentos mais importantes da história do país”, diz a vice-presidente da OAB-PE, Ingrid Zanella. “No material que lançamos este ano, trouxemos atualizações importantes sobre os protocolos “Violeta” e “Não é não”. Precisamos conhecer estas ferramentas, nos empoderar delas e avançarmos no combate à violência de gênero”, ressalta. 

Conteúdo da cartilha 

O informe detalha as diferentes formas de assédio, orienta a vítima sobre a melhor forma de agir na hora do ocorrido e explica como é o procedimento na delegacia, na hora de registrar o boletim de ocorrência. Em destaque, está a ênfase de que o assédio pode ocorrer em qualquer situação e com mulheres de qualquer perfil, independente das vestimentas ou do local em que a vítima se encontre. 

O material trata, ainda, da hiperssexualização de mulheres negras e da importância do combate a transfobia, lesbofobia e homofobia. A partir do lançamento, no dia 25 de janeiro, a cartilha “Meu direito não é brincadeira” estará disponível, gratuitamente, no site da OAB-PE (oabpe.org.br/). 

 

O juiz Celismar Coelho de Figueiredo, da 7ª Vara do Trabalho de Goiânia, condenou o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) ao pagamento de R$ 80 mil por danos morais por assédio eleitoral a funcionários de empresas do Estado. A avaliação do magistrado é a de que o parlamentar coagiu moralmente os trabalhadores a votarem no ex-presidente Jair Bolsonaro 'como meio de manutenção e criação dos empregos, caso referido candidato fosse reeleito'.

Nas redes sociais, Gayer chamou a condenação de 'esdrúxula'. Ele atacou a procuradora do Trabalho, responsável pela ação, a quem chamou de 'petista histérica'.

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O parlamentar informou que vai recorrer da sentença, sob o argumento de que não há 'nenhuma prova' sobre o suposto assédio eleitoral. Gayer sustenta que 'não pediu voto para ninguém, consultou seus advogados e foi condenado por falar o plano de governo dos candidatos, o ladrão e o Bolsonaro'.

Na sentença, o juiz Celismar Coelho de Figueiredo reforçou uma liminar que já havia dado, ainda durante as eleições, para que o deputado se abstivesse de promover reuniões em empresas, com convocação de trabalhadores, visando aliciar o voto deles. No entendimento do magistrado, as condutas atribuídas ao deputado 'são consideradas assédio moral eleitoral por constranger trabalhadores em sua liberdade política e de voto'.

A decisão foi assinada na segunda-feira, 25, no bojo de uma ação proposta pelo Ministério Público do Trabalho contra a Narciso e Athayde Lanchonete e Mercearia e Panificadora Ltda e o deputado. Posteriormente, a panificadora fechou um acordo com a Procuradoria do Trabalho e o processo prosseguiu apenas com relação ao parlamentar.

A ação partiu de uma denúncia anônima que narrava que o deputado bolsonarista 'reuniu-se com vários empresários goianos e agora está indo às empresas assediar os trabalhadores'. A Procuradoria apontou 'conduta refratária e reiterada' do parlamentar de 'ir até aos ambientes de trabalho das empresas para admoestar os trabalhadores e induzi-los (aliciá-los) a votar em determinado candidato' - o que configura assédio moral eleitoral.

No processo, Gayer afirmou que foi até a panificadora a convite do proprietário, 'não com o intuito de assediar os trabalhadores da sobredita sociedade empresária a votarem em seu candidato à Presidência da República, mas tão somente para debaterem a atual conjuntura política do país, em especial nos dias que antecederam a realização do segundo turno das eleições presidenciais'.

A avaliação do juiz do Trabalho é a de que os documentos apresentados pelo Ministério Público 'deixam clara a prática de assédio moral eleitoral no ambiente de trabalho perpetrada pelo requerido (Gayer) contra trabalhadores de diversas sociedades empresárias sediadas nesta Capital (Goiânia), coagindo-os moralmente a votarem em um candidato específico como meio de manutenção e criação dos empregos, caso referido candidato fosse reeleito'.

"Embora o requerido negue a ocorrência do assédio moral eleitoral o arcabouço probatório, em especial os documentais, trazido aos autos pelo requerente (Procuradoria do Trabalho) com a inicial evidenciam o contrário", ressaltou o juiz.

Celismar Coelho de Figueiredo destacou que publicações registraram reuniões de Gayer com funcionários de diferentes empresas falando em 'conquistar votos'.

Segundo o juiz, as mensagens publicadas por Gayer nas redes sociais deixam evidente que o deputado estava realizando reuniões com colaboradores, no ambiente de trabalho deles, em horário de trabalho, sendo o 'constrangimento dos trabalhadores em tais situações evidente'.

"A inobservância da legislação pátria causou danos a toda a coletividade de trabalhadores das sociedades empresárias onde ocorreram as 'reuniões políticas comandadas pelo requerido (Gustavo Gayer), configurando-se, portanto, dano moral coletivo passível de compensação", sentenciou o juiz da 7.ª Vara do Trabalho de Goiânia.

Na segunda-feira (2), o Comitê Permanente pela Promoção da Igualdade de Gênero e Raça do Senado lançou o curso online "Assédio Moral e Sexual no Trabalho" na plataforma Saberes do Instituto Legislativo Brasileiro (ILB).

Gratuito e aberto ao público, o curso baseia-se na cartilha sobre o tema produzida pelo comitê e pela Diretoria-Geral do Senado. A iniciativa, em consonância com o Plano de Equidade de Gênero e Raça do Senado, visa atender à demanda da DGer e alerta sobre as significativas consequências do assédio moral e sexual no ambiente de trabalho, tanto para a saúde quanto para a qualidade de vida. A coordenadora do comitê, Dalva Moura, destaca a importância de fornecer informações para combater essa prática.

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"A ideia do curso é oferecer para toda a população brasileira, de forma simples e direta, informações sobre como prevenir, a quem recorrer, como agir e como denunciar essa prática perversa", explica a coordenadora.

"O curso é autoexplicativo e dispensa tutores. Nele, os alunos terão oportunidade de se aprofundar no conhecimento sobre os temas. Após responder a avaliação final, os alunos receberão certificado de conclusão", esclarece Cláudio Cunha, do Serviço de Ensino à Distância do ILB, mantém a mesma identidade visual da cartilha Assédio Moral e Sexual no Trabalho. Ele está distribuído em dez horas/aulas e dividido em dois módulos. O primeiro com conteúdo voltado para o assédio moral, e o segundo aborda o assédio sexual.

Para participar, os interessados devem acessar a plataforma Saberes por meio deste link e fazer o cadastro. De acordo com Cláudio, para ter acesso a qualquer curso disponível na plataforma, é fundamental a realização do cadastro.

O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta segunda-feira, 13, que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sofreu "assédio" do ex-ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, na preparação da eleição de 2022.

"O TSE sofreu um assédio, não da população ou dos torcedores para a eleição de Bolsonaro, mas do ministro da Defesa, que todo dia pela manhã escrevia uma carta ao ministro (Edson) Fachin e o ministro Fachin respondia à tarde", afirmou em seminário promovido pelo Estadão e a Universidade Presbiteriana Mackenzie sobre "O papel do STF na democracia".

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O então ministro da Defesa dirigiu diversos questionamentos ao TSE sobre a segurança das urnas e a integridade do processo eleitoral. Na época, as Forças Armadas, que tradicionalmente têm a função de apoio logístico nas eleições, foram convidadas para participar de uma comissão de transparência do Tribunal Superior Eleitoral, mas o clima foi de animosidade até o encerramento do segundo turno.

"O sistema eleitoral, numa eleição extremamente disputada, provou-se excelente", seguiu Gilmar Mendes. "As instituições mostraram resiliência, força e eu tenho muito orgulho de poder dizer isso."

As declarações do ministro foram dadas no painel "As cortes constitucionais e a qualidade da democracia", com participação do diretor da Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Gianpaolo Poggio Smanio - ex-procurador-geral de Justiça de São Paulo - e do professor da Faculdade de Direito da Goethe Universität Frankfurt am Main (Alemanha), Ricardo Campos, com mediação do repórter especial e colunista do Estadão Marcelo Godoy.

Omissão

O ministro defendeu ainda que o STF está autorizado a decidir sempre que for acionado e houver "omissão" do Congresso. Para Gilmar Mendes, a Corte não pode aguardar indefinidamente uma posição dos deputados e senadores sobre direitos fundamentais.

"A Constituição cobra, sim, do Supremo Tribunal Federal, respostas no sentido de ser uma Corte pró-ativa, especialmente no campo das omissões legislativas ou administrativas inconstitucionais", defendeu. "Deixar de legislar para regular um direito fundamental significa descumprir a Constituição."

Em julgamento recente, o STF impôs ao Congresso a obrigação de atualizar a distribuição de cadeiras na Câmara dos Deputados. Também abriu prazo para a União e os governadores apresentarem planos para pôr fim a violações de direitos em presídios. Nos dois casos, os ministros constaram omissões dos agentes públicos.

Gilmar também afirmou que não vê um ativismo indevido do STF ao longo do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

"Eu não vejo que o tribunal tenha tido uma conduta anormal nesse período. Deu resposta para desafios que então se colocaram. Nós tínhamos um governo que, em grande medida, era negacionista na pandemia e o tribunal então teve que decidir sobre questões de saúde", opinou o ministro.

Pela primeira vez desde que acusações de assédio sexual foram divulgadas contra Marcius Melhem, Leandro Hassum, com quem contracenou por mais de dez anos em Zorra Total e em Os Caras de Pau, se pronunciou. O humorista postou uma série de desabafos em seus Stories, em que não economizou elogios para pessoas importantes em sua vida como Ana Maria Braga, Faustão e André Marques. Para finalizar, Hassum revelou que não poderia deixar de falar sobre Marcius.

- Eu falei de três pessoas fundamentais na minha vida, Ana Maria Braga, Faustão e André Marques. Mas eu seria injusto, pelo momento que ele está passando, eu me calar, porque uma coisa não tem nada a ver com a outra. Eu preciso falar para vocês do Marcius,- começou.

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- Nossos caminhos se distanciaram, muita coisa aconteceu no caminho, acho que isso é um caso pra Justiça resolver, não é um caso midiático, é uma coisa que a Justiça tem que averiguar. Mas uma coisa eu tenho que dizer pra vocês, muito do que o Nós na Fita foi, muito do que os seguranças, Os Caras de Pau, foram tem uma parcela do meu talento, mas não posso, jamais, abandonar, sei lá, 15 anos, que eu passei ao lado da minha melhor dupla. Nós éramos perfeitos.

Apesar do pronunciamento, Hassum deixou claro que decidiu dar sua opinião por livre e espontânea vontade, não devido a pedidos de terceiros.

- E já deixando claro para todos os fofoqueiros de plantão. Ele nunca me pediu pra falar nada. Eu não preciso que ele me peça pra falar nada, eu hoje me sinto pronto pra falar. E não adianta me perguntar mais nada que eu não vou responder mais nada porque isso é um caso de Justiça. Mas muitas pessoas estão envolvidas no movimento por motivos torpes e egoístas. Que seja resolvido, sim. Eu não vi nada, não sei quem está certo ou errado, agora tem muita coisa errada nisso tudo.

- E mais que isso! Eu amo a nossa história, eu lembro de cada momento. A comédia brasileira precisa de roteiristas, tem muitos, maravilhosos, mas Marcius, do fundo do meu coração, sabendo que eu posso tomar porrada com isso, o humor precisa de pessoas como você. Você faz falta na comédia brasileira. Você, esquece o lado pessoal, não me meto, profissionalmente, você faz muita falta. Você é um grande comediante, roteirista e criador. Espero que tudo se resolva, finalizou.

A cantora Emaza Gibson está processando Jason Derulo. De acordo com a artista, o dono do hit Swalla cometeu assédio sexual e intimidação, além de realizar uma quebra de contrato. Emaza afirmou ter recusado convites do cantor para jantares e também para encontros.

Depois que o assunto veio à tona, o músico resolveu se manifestar. Nas redes sociais, Jason Derulo negou as acusações. "Eu normalmente não comentaria, mas essas afirmações são completamente falsas e prejudiciais. Sou contra todas as formas de assédio e continuo a apoiar qualquer pessoa que siga os seus sonhos", disse.

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"Sempre me esforcei para viver minha vida de uma forma positivamente impactante, e é por isso que estou aqui diante de vocês profundamente ofendido por essas afirmações difamatórias. Deus abençoe", completou.

Em seu relato, Emaza Gibson explicou que as atitudes do rapper teriam ocorrido há dois anos. Ela tinha um contrato com a gravadora Future History, pertencente a Derulo. Com as recusas dos convites, Emaza decidiu cortar vínculo com Jason Derulo em setembro de 2022.

Confira o pronunciamento de Jason Derulo:

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A recepcionista de um laboratório de análises clínicas de Goiânia deve ser indenizada em R$ 50 mil. Ela denunciou uma série de assédios realizados pelo chefe. Uma testemunha confirmou que o homem teria lhe agarrado e dedo tapas em suas nádegas.

A vítima contou que o suspeito costumava passar a mão em suas pernas, lhe chamou de "gostosa", tentou beijá-la a força e dizia sonhar em ter relações sexuais com ela. O homem ainda teria oferecido dinheiro para sair com a funcionária.

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A recepcionista denunciou as investidas a uma coordenadora e uma responsável pela Segurança do Trabalho, mas nenhuma medida teria sido tomada. Ao g1, as empresas disseram que transferiram a mulher da unidade e instauraram investigações para apurar os assédios. Nenhuma prova foi apresentada.

A 13ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT-18) condenou o laboratório e a empresa terceirizada que contratou a recepcionista.

O juiz Luciano Crispim fez um desagravo à postura da empresa e entendeu que a vítima foi punida com a transferência. "Destarte, tem-se por comprovado o assédio sexual perpetrado pelo encarregado da recepção e também que a empresa não tomou nenhuma atitude eficaz para apurar os fatos e punir o agressor, pelo contrário, puniu as vítimas transferindo-as de postos de trabalho, levando a vítima a pedir demissão e a testemunha, rescisão indireta”, considerou. O processo ainda cabe recurso.

Um professor de 54 anos, foi preso em flagrante pela Polícia Civil, nesta quinta-feria (14), por estupro de uma estudante, de 12 anos, na escola de Sorriso, no Mato Grosso (MT). O suspeito foi levado à delegacia de Sorriso e responderá por esturpo de vulnerável e assédio sexual.

De acordo com a polícia, “durante apresentação de um trabalho na aula de geografia, o professor pediu que a aluna se dirigisse até a lousa interativa para uma atividade e, nesse momento, ele passou a mão no corpo da vítima. Posteriormente, outras estudantes da turma mencionaram que o professor teria feito imagem do corpo da aluna.”

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A vítima foi ouvida por uma psicóloga especializada, com a permissão da mãe, e relatou o acontecido na sala de aula. A estudante mencionou, ainda, outros episódios de assédio por parte do professor, com  toques inapropriados, aliciamento verbal e olhares lascivos.

O homem de 54 anos negou todas acusações no interrogatório e afirmou que a denúncia faz parte de um ‘complô’ das alunas contra ele por não ter recebido notas altas na matéria. O suspeito foi preso dentro da Secretaria de Educação do município no fim da tarde desta quinta-feira.

A Polícia Civil informou que a denúncia foi feita pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc-MT). A delegada Jéssica Assis autuou o suspeito em flagrante pelos crimes: 

“Está configurado o dolo específico de satisfazer a lascívia própria e o ato libidinoso com menor de 14 anos configura o crime de estupro de vulnerável, independentemente da superficialidade da conduta”, explicou a delegada.

(ANSA) - A jogadora espanhola Jennifer Hermoso formalizou uma denúncia à Procuradoria Geral da Espanha contra o presidente suspenso da Real Federação Espanhola de futebol (RFEF) Luis Rubiales devido ao beijo sem consentimento durante as comemorações após a vitória na Copa do Mundo feminina.

A informação foi divulgada nesta quarta-feira (6) pela imprensa espanhola, que revela que a atleta compareceu à sede da Procuradoria-Geral em Madri para prestar depoimento na última terça (5).

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A queixa foi apresentada presencialmente pela jogadora no mesmo dia em que a RFEF pediu desculpas pelo "comportamento totalmente inaceitável" de Rubiales em um longo comunicado.

Provisoriamente suspenso pela Fifa por 90 dias, o presidente da federação é alvo de uma investigação preliminar por "agressão sexual", após ter beijado Hermoso na boca na cerimônia de premiação das campeãs da Copa do Mundo feminina, no último dia 20 de agosto, na Austrália.

O caso provocou revolta mundial e fortes críticas do mundo do futebol. No entanto, Rubiales já garantiu que não vai renunciar ao cargo de presidente da RFEF. (ANSA).

Luis Rubiales afirmou, durante assembleia geral extraordinária da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), que não vai se demitir do cargo de presidente da entidade. O encontro realizado nesta sexta-feira foi convocado para que o dirigente desse explicações sobre o beijo dado por ele na atacante Jenni Hermoso, durante a celebração do título da Copa do Mundo Feminina, e, de acordo com a imprensa espanhola, a expectativa era de que ele entregasse o cargo.

O que se viu quando Rubiales subiu no palco e falou ao microfone, com transmissão ao vivo pelo YouTube, passou longe de um pedido de demissão. Ele fez um discurso irritado, culpou o "falso feminismo" por toda a situação e repetiu aos berros que não renunciaria, enquanto era aplaudido de pé por parte dos presentes, inclusive Jorge Vilda e Luis de La Fuente, treinadores da seleções feminina e masculina da Espanha, respectivamente.

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"O falso feminismo é um grande flagelo nesse país. Foi um beijo espontâneo, mútuo, eufórico e consentido. Estão dizendo neste país que foi sem consentimento. Não, foi consentido. Esta jogadora perdeu um pênalti, e tenho uma ótima relação com todas as jogadores, somos uma família há mais de um mês e tivemos momentos afetuosos nesta concentração", bradou durante o seu discurso, antes de gritar quatro vezes a frase "Não vou renunciar!", causando os aplausos.

Em outro momento, Rubiales tentou explicar a razão de ter beijado Hermoso, atribuindo o desfecho ao comportamento da jogadora. "Ela me levantou do chão, me agarrou pelo quadril, quase caímos e nos abraçamos. Foi ela quem me pegou os braços e me puxou para perto de seu corpo. Eu disse a ela para esquecer o pênalti, 'você foi fantástica e sem vocês não teríamos vencido a Copa do Mundo. Ela respondeu, 'você é um craque' e eu disse 'um beijinho?' e ela 'ok', batendo na minha lateral e saindo rindo", disse.

O dirigente ainda disse que considera o ato mais um 'pico', que pode ser traduzido para o português como 'selinho', do que um beijo. Ele vê isso como uma demonstração de carinho. "A vontade é praticamente a mesma de dar um beijo em uma das minhas filhas, nem mais nem menos. Não há, portanto, desejo, e não há posição de domínio", afirmou.

Rubiales acredita também estar sendo vítima de um "assassinato social" e voltou usar o termo "falso feminismo", que, segundo ele, "não busca a justiça e não busca a verdade.

Estão preparando uma execução para colocar uma medalha e dizer que estamos progredindo".

PROCESSO DISCIPLINAR

O pronunciamento vem um dia após a Fifa abrir um processo disciplinar contra Luis Rubiales em razão do beijo e, Jenni Hermoso. Na quarta, a jogadora quebrou o silêncio e se manifestou sobre o episódio, por meio do sindicato FUTPRO, e pediu "medidas exemplares" contra o dirigente.

De acordo com a Fifa, está sendo apurado se o beijo de Rubiales constitui violações do artigo 13, parágrafos 1 e 2, do Código Disciplinar da entidade. Os itens versam sobre comportamento ofensivo e violação dos princípios do fair play.

No parágrafo 2, são listadas as condutas que podem render punição: violar as regras básicas de conduta decente; insultar alguém com gestos, sinais ou palavras; usar eventos esportivos para demonstrar uma natureza antidesportiva; agir de forma que coloque o futebol ou a Fifa em descrédito; alterar a idade de jogadores. Não há nenhuma descrição específica sobre assédio.

DENÚNCIA

Rubiales já foi denunciado ao Conselho Superior de Esportes da Espanha. A denúncia foi movida por Miguel Galán, presidente da Escola Nacional de Treinadores de Futebol. Galán classificou a atitude de Rubiales como um "ato sexista intolerável no esporte" e se baseou na Lei 39/2022 do Esporte, legislação recente na qual é determinado que "qualquer ação que possa ser considerada discriminação, abuso ou assédio sexual e/ou assédio por razão de sexo ou autoridade deve ser levada ao conhecimento do órgão sancionador do Conselho Superior de Esportes, para ser sancionada como infração grave".

A denúncia também cita o protocolo interno da Federação Espanhola de Futebol contra a violência sexual. No artigo 14, há um item específico que versa sobre "beijo à força" e considera tal comportamento como "conduta inaceitável que acarretará em consequências imediatas". Galán pede que a denúncia seja transferida ao Tribunal Administrativo do Esporte.

A Fifa informou nesta quinta-feira (24) que abriu um processo disciplinar contra Luis Rubiales, presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), em razão do beijo sem consentimento dado por ele na atacante Jenni Hermoso, durante a celebração do título da Espanha na Copa do Mundo Feminina. Na quarta, a jogadora quebrou o silêncio e se manifestou sobre o episódio, por meio do sindicato FUTPRO, e pediu "medidas exemplares" contra o dirigente.

De acordo com a Fifa, está sendo apurado se o beijo de Rubiales constitui violações do artigo 13, parágrafos 1 e 2, do Código Disciplinar da entidade. Os itens versam sobre comportamento ofensivo e violação dos princípios do fair play.

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No parágrafo 2, são listadas as condutas que podem render punição: violar as regras básicas de conduta decente; insultar alguém com gestos, sinais ou palavras; usar eventos esportivos para demonstrar uma natureza antidesportiva; agir de forma que coloque o futebol ou a Fifa em descrédito; alterar a idade de jogadores. Não há nenhuma descrição específica sobre assédio.

"O Comitê Disciplinar da Fifa só fornecerá mais informações sobre estes processos disciplinares depois de emitir uma decisão final sobre o assunto. A Fifa reitera o seu compromisso inabalável de respeitar a integridade de todos os indivíduos e condena veementemente qualquer comportamento contrário", diz o comunicado da entidade.

PRONUNCIAMENTO

De férias em Ibiza com companheiras da seleção espanhola, Hermoso tem evitado se expor. Em suas redes sociais, faz apenas publicações referentes à viagem, ainda comemorando a conquista do Mundial. Para se preservar, decidiu ser representada pelo Futpro. "O meu sindicato FUTPRO, em coordenação com a minha agência TMJ, encarregam-se de defender os meus interesses e serão os interlocutores deste assunto", diz a declaração da atacante na nota publicada pelo sindicato na quarta-feira.

O FUTPRO começa o comunicado condenando "condutas que atentem contra a dignidade das mulheres" e pedindo à RFEF que "implemente protocolos necessários, garanta os diretos das jogadoras e adote medidas exemplares". Também faz um apelo ao Conselho Superior do Esporte (CSD, na sigla Espanhol) para que haja "prevenção e intervenção frente ao assédio ou abuso sexual, ao machismo e ao sexismo". O nome de Rubiales não é citado em nenhum momento, mas o trecho final faz referência ao episódio do beijo.

"O FUTPRO rejeita qualquer atitude ou conduta que viole os direitos de atletas de futebol e do sindicato onde trabalhamos para que atos como o que vimos nunca fiquem impunes, sejam sancionados e sejam adotas as medidas pertinentes para proteger atletas de ações que acreditamos ser inaceitáveis", diz o texto.

O posicionamento com aval de Hermoso reforça a maior contradição do caso. Depois da repercussão negativa da imagem do beijo, a RFEF divulgou um texto atribuído à jogadora, no qual ela dizia que entendia o episódio como "um gesto mútuo e totalmente espontâneo" afirmava ter "uma ótima relação" com Rubiales.

Na terça-feira, o site Relevo publicou uma matéria dizendo que a federação teria produzido uma declaração falsa da atleta sobre o tema, uma vez que ela não quis se pronunciar após o ocorrido. Antes disso, Hermoso havia feito um breve comentário, em uma transmissão ao vivo nas redes sociais logo após a conquista. "Não gostei, o que posso fazer?", disse.

PRESSÃO

O caso tomou grande repercussão e até o governo espanhol tem se posicionado. Félix Bolaños, ministro da Presidência da Espanha, disse, durante uma visita oficial a Paris, que há a possibilidade de uma intervenção. "Estamos acompanhando de muito perto, porque as coisas não podem ficar assim. Estamos esperando medidas, mas, se nada acontecer, o Governo irá atuar", afirmou.

A Anistia Internacional, por sua vez, publicou nesta quinta-feira um nota de apoio a Hermoso, após o comunicado divulgado pela FUTPRO. "A ação de Luis Rubiales é violência sexual no ambiente de trabalho e parte de um superior hierárquico. A RFEF deve tomar medidas urgentes, investigando adequadamente o ocorrido, colocando o foco na proteção da jogadora e cumprindo seu protocolo frente à violência sexual", posicionou-se a organização.

DENÚNCIA

Após o beijo sem consentimento, Rubiales foi denunciado ao Conselho Superior de Esportes da Espanha. A denúncia foi movida por Miguel Galán, presidente da Escola Nacional de Treinadores de Futebol. Galán classificou a atitude de Rubiales como um "ato sexista intolerável no esporte" e se baseou na Lei 39/2022 do Esporte, legislação recente na qual é determinado que "qualquer ação que possa ser considerada discriminação, abuso ou assédio sexual e/ou assédio por razão de sexo ou autoridade deve ser levada ao conhecimento do órgão sancionador do Conselho Superior de Esportes, para ser sancionada como infração grave".

A denúncia também cita o protocolo interno da Federação Espanhola de Futebol contra a violência sexual. No artigo 14, há um item específico que versa sobre "beijo à força" e considera tal comportamento como "conduta inaceitável que acarretará em consequências imediatas". Galán pede que a denúncia seja transferida ao Tribunal Administrativo do Esporte. Diante da crise causada pela imagem, a Federação convocou um Assembleia Geral Extraordinária para sexta-feira. Durante o encontro, o presidente, que cumpre mandato com encerramento previsto para o final 2024, terá de dar explicações sobre seu comportamento.

Luis Rubiales, presidente da Federação de Futebol da Espanha, foi denunciado ao Conselho Superior de Esportes da Espanha (CSD, na sigla em espanhol), em razão do beijo que deu na atacante Jennifer Hermoso durante a comemoração do título da Copa do Mundo Feminina. A denúncia, obtida pelo site The Objective, foi movida por Miguel Galán, presidente da Escola Nacional de Treinadores de Futebol.

Galán classificou a atitude de Rubiales como um "ato sexista intolerável no esporte" e se baseou na Lei 39/2022 do Esporte, legislação recente na qual é determinado que "qualquer ação que possa ser considerada discriminação, abuso ou assédio sexual e/ou assédio por razão de sexo ou autoridade deve ser levada ao conhecimento do órgão sancionador do Conselho Superior de Esportes, para ser sancionada como infração grave".

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A denúncia também cita o protocolo interno da Federação Espanhola de Futebol contra a violência sexual. No artigo 14, há um item específico que versa sobre "beijo à força" e considera tal comportamento como "conduta inaceitável que acarretará em consequências imediatas". Galán pede que a denúncia seja transferida ao Tribunal Administrativo do Esporte.

A imagem do beijo de Rubiales em Hermoso rodou o mundo e gerou muita repercussão negativa. Em participação no programa "Las Mañanas", da Rádio Nacional España, Miquel Iceta, Ministro da Cultura e do Esporte da Espanha, classificou a atitude de Rubiales como inaceitável e exigiu um pedido de desculpas do Presidente da Federação. Pouco depois, o dirigente se desculpou. Em vídeo divulgado nas redes sociais, afirmou que tem de "aprender com seu erro". Antes, contudo, chegou a afirmar que a repercussão parecia uma "idiotice".

Por meio das redes sociais, momentos após receber a medalha e o beijo de Luis Rubiales, Jenni Hermoso disse que não tinha gostado do que havia acontecido entre os dois. Horas depois, a meia tentou explicar como viu o episódio em entrevista à agência de notícias EFE e mudou um pouco sua opinião. "Foi um gesto mútuo totalmente espontâneo devido à imensa alegria de ganhar uma Copa do Mundo. O presidente e eu temos uma ótima relação, seu comportamento com todos nós foi 10 e foi um gesto natural de carinho e gratidão", afirmou.

A Secretaria de Educação de São Paulo, na última quinta-feira (3), confirmou o afastamento de um professor da Escola Estadual Comendador Luciano Guidotti, em Piracicaba. Caso as denúncias de assédio sexual contra duas alunas que teriam 16 e 17 anos e as denúncias de comportamento inadequados forem confirmadas, o docente perderá seu contrato. 

No Boletim de Ocorrência as vítimas informaram que o professor teria dito para uma das alunas que “você é bonita, eu me casaria com você”. Além disso ele teria passado o filme After em sala de aula, que contém cenas de sexo e a produção não é apropriada para menores de 14 anos. As jovens ainda informaram que o docente assediou outros alunos.

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Em nota, a Seduc-SP informou que por meio do Programa de Melhoria de Convivência e Proteção Escolar (Conviva-SP), os alunos estão tendo todo o suporte com acolhidas e rodas de conversa. “A Secretaria da Educação do Estado (Seduc-SP) repudia toda e qualquer forma de assédio dentro ou fora do ambiente escolar”, reafirma o órgão.

A Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho condenou uma empresa de vigilância no Paraná a indenizar duas funcionárias vítimas de assédio sexual cometido por um superior no ambiente de trabalho. Segundo as acusações, as duas vigilantes sofreram assédios da mesma pessoa, e recorreram ao Ministério Público do Trabalho (MPT) porque a empresa não tomou as medidas necessárias para garantir a sua segurança. 

Acusações das funcionárias 

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As denúncias que chegaram ao MPT afirmam que o homem teria tentado beijar a boca das funcionárias e pegar nas suas pernas. Segundo informação do TST, uma das trabalhadoras contou que era chamada de “delícia”, recebia mensagens libidinosas no celular e ouvia comentários intimidadores, como “seu contrato está acabando”, referindo-se ao contrato de experiência. 

A segunda vítima contou em sua denúncia que o assediador a tratava de forma diferente, cumprimentando-a com beijos, “inclusive no canto da boca”, e fazendo elogios à sua beleza. Ele teria enviado mensagens indecorosas para a vigilante, dizendo que queria uma massagem, e a chamando de “gostosa”. 

As duas vigilantes afirmaram que haviam tentado contato com a ouvidoria interna da empresa, por meio de uma linha de ajuda, Help Line, mas nada havia sido feito, e posteriormente as denúncias foram consideradas improcedentes. 

Investigações 

Ao contestar as acusações formais recebidas, a empresa informou que conduziu uma investigação interna para apurar os fatos, chegando a ouvir o funcionário acusado, que teria negado o assédio.

Condenação 

O MPT entrou com uma ação civil pública contra a empresa no Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR) com pedido de dano moral coletivo. O órgão ainda expediu uma recomendação à empresa para instituir uma ordem de serviço a respeito de assédio sexual e estabelecer um mecanismo de recebimento de denúncias e investigações de assédio, por meio de sua ouvidoria. 

O TRT-9 condenou a empresa ao pagamento de R$ 150 mil de indenização por dano moral coletivo, fundado na omissão na tomada de medidas apropriadas, preventivas ou posteriores aos fatos, para evitar a situação vexatória vivida pelas empregadas. “A empresa deixou de zelar pela integridade física e moral das trabalhadoras que lhes prestavam serviços”, diz a decisão. 

A defesa da empresa entrou com recurso alegando que não deveria ser considerado dano moral coletivo, tendo em vista que o caso foi relatado por apenas duas funcionárias. “A mera existência de um ato ou fato a ser coibido por intermédio de uma ação civil pública não gera a presunção de existência de danos morais à coletividade”, questionou. 

Em resposta, o ministro Evandro Valadão, relator do recurso de revista, observou as denúncias e afirmou que a empresa tomou apenas o depoimento do empregado acusado, sem levar em considerado os relatos das vítimas para continuar as investigações, além de pontuar que o sistema help line não se mostrou eficaz. Ainda cabe outro recurso à decisão. 

A cantora Lizzo se pronunciou, nesta quinta-feira (03), contra as acusações de ridicularizar sua equipe por estar acima do peso. Ela pontuou que o processo aberto por seus ex-dançarinos é "tão inacreditável quanto parece".

Três dos ex-dançarinos da estrela pop entraram com uma ação judicial em Los Angeles, com acusações de violação da lei trabalhista, com descrições do que seus advogados consideram como humilhação e assédio sexual.

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Uma das alegações gira em torno de um show de sexo na área de prostituição em Amsterdã, ao qual os dançarinos dizem que se sentiram pressionados a comparecer.

O processo alega que, durante o show, Lizzo pressionou seus dançarinos a interagirem com os artistas nus.

Também foi descrito que a coreógrafa de Lizzo, Shirlene Quigley, frequentemente fazia comentários sexuais e proferia suas crenças cristãs - especialmente contra sexo antes do casamento.

"Normalmente, escolho não responder a falsas alegações, mas elas são tão inacreditáveis quanto parecem e ultrajantes demais para não serem abordadas", postou Lizzo nesta quinta-feira nas redes sociais.

"Essas histórias sensacionalistas vêm de ex-funcionários que já admitiram publicamente que eles haviam sido informados sobre o comportamento inapropriado e não profissional na turnê".

O processo diz que os gerentes brancos da Big Grrrl Big Touring, Inc. (BGBT), produtora de Lizzo que também foi citada na denúncia, "muitas das vezes acusavam os membros negros da equipe de dança de serem preguiçosos, pouco profissionais e de más atitudes".

"Essas palavras não apenas soam familiares como metáforas usadas para menosprezar e desencorajar as mulheres negras de se defenderem, mas as mesmas acusações não foram feitas contra dançarinos que não são negros", de acordo com a denúncia citada no comunicado.

"Apenas o elenco de dança - composto por mulheres negras e voluptuosas - foi tratado dessa maneira, dando aos requerentes a impressão de que esses comentários foram carregados de animosidade racial e gordofóbica", acrescentou.

As acusações foram especialmente surpreendentes devido às mensagens sobre amor próprio e positividade corporal frequentemente repetidas por Lizzo.

Embora ela não tenha abordado diretamente as acusações feitas contra Quigley, Lizzo negou explicitamente as acusações de vergonha de peso.

"Não há nada que eu leve mais a sério do que o respeito que merecemos como mulheres no mundo. Eu sei como é sentir vergonha do corpo diariamente e absolutamente nunca criticaria ou demitiria um funcionário por causa de seu peso", afirmou Lizzo.

"Estou magoada, mas não vou deixar que o bom trabalho que fiz no mundo seja ofuscado por isso. Quero agradecer a todos que estenderam a mão para me apoiar durante este período difícil".

A cantora americana Lizzo está sendo processada por três dançarinas que acusam a estrela da música pop de criar um ambiente de trabalho hostil, segundo os documentos judiciais aos quais a AFP teve acesso.

"As denunciantes Arianna Davis, Crystal Williams e Noelle Rodriguez alegam assédio sexual, religioso e racial, discriminação por deficiência, agressão e cárcere privado, entre outras alegações", afirma um comunicado divulgado pelo escritório de advocacia que representa as dançarinas.

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"Davis e Williams foram demitidas, enquanto Rodriguez pediu demissão devido ao comportamento terrível", acrescenta a nota.

A denúncia, apresentada em Los Angeles, afirma que Lizzo pressionou as dançarinas a interagir com pessoas nuas durante uma apresentação no distrito da luz vermelha de Amsterdã, ao qual elas teriam sido pressionadas a comparecer.

Também alega que a líder do corpo de dançarinas da cantora, Shirlene Quigley, fazia comentários sexuais com frequência e proselitismo de suas crenças cristãs, em particular contra o sexo antes do casamento, "apesar dos protestos".

A denúncia também afirma que os diretores brancos da produtora de Lizzo, Big Grrrl Big Touring, Inc. (BGBT), acusavam com frequência os membros negros da equipe de dança de serem "preguiçosos, pouco profissionais e de atitudes ruins"

Os representantes de Lizzo, que tem um discurso de confiança e amor-próprio em suas canções, não responderam aos pedidos de comentários da AFP.

A história da vida e da carreira de Xuxa Meneghel será contada em detalhes no Xuxa, o documentário, que chega ao Globoplay na próxima quinta-feira (13). Com isso, a apresentadora concedeu uma entrevista para o podcast Isso é Fantástico para falar um pouco sobre dois temas delicados que serão retratados no filme.

Um deles é o assédio sofrido pela apresentadora no início da carreira. Em conversa com Renata Capucci, ela conta: "Na época eles falavam realmente garota de programa, né? Então, eles vinham a ponto de me dar a mão com um bolo de dinheiro, assim, dizendo, sabe?"

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Já em outro momento tenso, Xuxa conversa com sua ex-empresária, Marlene Mattos, com quem rompeu amizade e não encontrava há cerca de 19 anos.

"Pra quem pensa que esse seu papo, esse seu reencontro com a Marlene foi apenas uma lavagem de roupa suja, foi muito mais profundo do que isso, né?", disse Renata.

Então Xuxa responde: "Foi, Rê. Foi porque mexeu numa caixinha que não é que eu não queria mexer, eu tive que passar por isso. Foi profundo. Mexeu em uma caixinha que eu queria deixar como eu tive que passar por isso. Sabe quando as pessoas falam que a gente tem que passar para poder aprender? (...) Sabe aquela coisa que você tem que passar por aquilo para poder valorizar o que tem e entender como você chegou a esse lugar e por que você precisou passar por isso?"

Já durante a conversa, Marlene disparou: "Eu acertei muito mais do que errei, sabe? O mundo não é isso que você quer que seja. A gente tem que agir às vezes de forma realística, sabe? Você diz... você era uma marionete na minha mão e eu usava você pra fazer outras pessoas de marionete. E é assim. Eu não sei ser condescendente com gente burra, sabe? Eu sou exigente? Sou. Chego a ser cruel? Sou, sou. Mas olha: eu sei fazer as coisas. Quando eu me proponho, eu sei fazer as coisas".

Ainda sobre a conversa, Xuxa finalizou: "Isso, pra mim me chocou, ela dizer: eu faria tudo de novo. Isso pra mim é uma frase que acho que marcou o documentário demais, sabe?"

A diretora de patrimônio da CBF, Luísa Rosa, que denunciou o gerente geral Arnold Nazareth de assédio moral, foi demitida do cargo nesta quarta-feira (5). As informações são do jornalista Lauro Jardim, colunista do jornal O Globo.

Segundo ele, internamente, fala-se que as testemunhas apontadas por ela negaram o fato e isso teria motivado a demissão. O cargo de gerente geral assessora diretamente o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues.

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Luísa teria acusado Arnold de atropelar a autoridade dela dando ordens a funcionária do setor que ela era responsável. Além disso, ela também alega que ele abusava da autoridade em outras situações.

O ambiente de trabalho deveria ser hamônico e protegido contra qualquer tipo de violência, mas, infelizmente, casos de assédio nas empresas têm se tornado cada vez mais comuns.

De acordo com dados do Tribunal Superior do Trabalho (TST), só em 2021 foram ajuizados, na Justiça do Trabalho, mais de 52 mil casos relacionados a assédio moral e mais de três mil relativos a assédio sexual em todo o Brasil.

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Os números sobre o assunto se tornam ainda mais sérios quando incluímos assédio contra mulheres. Uma pesquisa realizada pelo  Instituto Patrícia Galvão, em parceria com o Instituto Locomotiva, demonstrou que 76% das mulheres já foram expostas a situação de assédio e violência no ambiente laboral.

O assédio moral no trabalho é considerado crime desde a aprovação da Lei 4742/2001, em março de 2019. Além do mais, segundo a Constituição Federal, a dignidade da pessoa humana e do valor social do trabalho devem ser preservados.

Como identificar o assédio no trabalho 

Para o advogado Agostinho Santiago, o assédio moral pode ser identificado quando o funcionário percebe que suas dignidade e moral estão sendo afetadas no ambiente onde trabalha.

"O assédio moral consiste na repetição da violência contra a honra subjetiva do empregado, ou seja, quando o trabalhador tem a consciência de que sua dignidade e atributos morais foram violados. Além da natureza psicológica, o assédio moral tem o objetivo de promover a exclusão dentro do trabalho”, afirmou o especialista.

O que fazer ao sofrer assédio?

Do ponto de vista jurídico, o o adovogado aponta medidas administrativas que podem ser tomadas no ambiente empresarial em casos de assédio.“Se tratando de assédio moral praticado pelo empregador, o art. 483 da CLT estabelece que o empregado pode rescindir o contrato e trabalho e pleitear a devida indenização. Caso o assédio venha dos colegas de trabalho, o art. 482, “j”, CLT, define que esses funcionários podem ser dispensados por justa causa. Se a vítima do assédio moral for o superior hierárquico, o art. 482, “k”, prevê a aplicação da dispensa por justa causa para os empregados que praticaram a violência”, explicou Agostinho Santiago.

Assédio sexual

Caso se trate de assédio sexual, o advogado orienta as medidas que devem ser tomadas: “No que diz respeito a assédio sexual, a prática é considera falta grave do empregador e pode ocasionar a rescisão indireta do contrato de trabalho pelo empregado com a devida indenização, conforme o art. 483, “d” e “e”, CLT. Há ainda a responsabilização criminal prevista no art. 216-A, CP e Lei 10.224/2001, cuja pena de detenção varia de um a dois anos, podendo ser aumentada em até um terço se a vítima for menor de 18 anos”, finalizou.

A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria da Mulher, lançou a campanha “Deixa elas em Paz”, com o objetivo de combater o assédio e a violência contra a mulher durante as festividades de São João na cidade. O Trio das Brabas, grupo de forró pé de serra composto por mulheres, participa das ações em vídeos e apresenta músicas que fomentam a campanha.

Os versos trazem as ouvintes à reflexão sobre relacionamentos abusivos, e como se proteger de possíveis casos de violência. “Não encoste em mim quando eu disser que não. Deixe minha roupa, não pedi sua opinião” e “Nem vem encostar o dedo que a Maria da Penha tá aí pra gente usar” são trechos cantados pelo Trio das Brabas.

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Para Glauce Medeiros, secretária da Mulher, a campanha durante as celebrações juninas é de fundamental importância. “A campanha ‘Deixa elas em Paz’, contribui não só para divulgação da nossa rede de enfrentamento e atendimento à mulher, mas também na prevenção. De forma lúdica, a ação aborda quais são os tipos de violência, divulga os serviços, mas também contribui para que as mulheres possam identificar estes tipos de violência, perceber se elas estão vivenciando um relacionamento abusivo e trilhar um caminho para que possam sair desse ciclo”, comentou.

Ação no Sítio da Trindade. Foto: Divulgação/Prefeitura do Recife

Sítio da Trindade

Principal polo junino do Recife, o Sítio da Trindade, na zona norte da capital pernambucana, terá atividades para os visitantes, como o Varal de Vráus, um varal instagramável com bandeirinhas juninas trazendo mensagens contra o assédio e a violência. Outras duas ações no local serão o Mural do Chapéu, onde os participantes vão encontrar uma seleção de temas do ‘Violentômetro’ e também pontos positivos em chapéus de palha expostos em um mural, com o intuito de saber se a pessoa DENUNCIA OU “TIRA O CHAPÉU”, e o Caminho da Roça, que busca informar e conscientizar sobre os tipos de violência e quais providências podem ser tomadas, quando houver. 

A campanha se junta a outras ações da Secretaria da Mulher, que este ano também montou um stand no Sítio Trindade, que vai funcionar até a sexta-feira, 30 de junho. No local, a equipe multidisciplinar, com psicóloga, advogada e assistente social, do Centro de Referência Clarice Lispector - equipamento voltado ao acolhimento e orientação de mulheres em situação de violência doméstica/sexista – vai ouvir e orientar mulheres que tenham sido vítimas de assédio, importunação sexual e outras formas de violência durante os festejos. 

Varal de Vráus, instalado no Sítio da Trindade. Foto: Divulgação/Prefeitura do Recife

Arraial da Rio Branco

Já no centro do Recife, no segundo polo junino da cidade, a Secretaria oferece o serviço da Unidade Móvel de Atendimento à Mulher. O equipamento tem como objetivo ampliar a oferta de informação e garantia de acesso das mulheres às ações de prevenção e enfrentamento a violência. Ao todo, 60 profissionais estão mobilizados para a ação. 

O serviço telefônico gratuito do Clarice Lispector para orientação, o Liga, Mulher (0800 281 0107), além do serviço de atendimento através do WhatsApp (81.99488-6138) vão funcionar 24h.

Confira os endereços

Centro de Referência Clarice Lispector

Endereço: Rua Doutor Silva Ferreira, 122, em Santo Amaro. 

Atendimento: 24h

Serviço Especializado e Regionalizado - SER Clarice Lispector

Endereço: Avenida Recife, nº 3585, Ipsep.

Atendimento: 7h às 19h, de segunda a domingo

Sobre violência doméstica ou sexista, você pode acionar o:

Liga Mulher (24 horas): 0800 281 0107

Plantão WhatsApp (24 horas): (81) 99488.6138

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