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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) confirmou que realizará o sorteio dos confrontos da primeira fase da Copa do Brasil nesta terça-feira (02), em cerimônia marcada para as 15h, na sede da entidade, no Rio de Janeiro. O evento, que será transmitido pela CBF TV, reunirá 80 clubes e vai definir os 40 confrontos desta fase inicial da competição e os mandantes das partidas da segunda fase.

A Copa do Brasil será disputada por 92 clubes. Os 12 previamente classificados entram na disputa da competição na terceira fase. Nesta fase inicial, os duelos serão disputados em jogo único, com mando do time em posição inferior no ranking. O vencedor do confronto se classifica automaticamente para a fase seguinte, e o time visitante tem a vantagem do empate.

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Os 80 times da primeira fase foram divididos em dez potes, que seguirão a seguinte ordem dos confrontos (A x E, B x F, C x G e D x H). A primeira fase deve ocorrer entre os dias 21 e 28 de fevereiro.

Confira abaixo a divisão dos potes:

Pote A: Corinthians-SP, Fortaleza-CE, América-MG, Internacional-RS, Bahia-BA, Atlético-GO, Cruzeiro-MG, Cuiabá-MT, Coritiba-PR e Vasco-RJ.

Pote B: Juventude-RS, Sport-PE, CRB-AL, Criciúma-SC, Sampaio Corrêa-MA, Tombense-MG, Ituano-SP, Operário-PR, ABC-RN e Remo-PA.

Pote C: Botafogo-SP, Brusque-SC, Paysandu-PA, Volta Redonda-RJ, Ypiranga-RS, Confiança-SE, Ferroviário-CE, Brasiliense-DF, América-RN e Aparecidense-GO.

Pote D: Amazonas-AM, São Raimundo-RR, Jacuipense-BA, Tocantinópolis-TO, Portuguesa-RJ, Retrô-PE, Caxias-RS, Cascavel-PR, São Bernardo-SP e Nova Iguaçu-RJ.

Pote E: ASA-AL, Real Noroeste-ES, União Rondonópolis-MT, Moto Club-MA, Maringá-PR, Sousa-PB, Fluminense-PI, Águia de Marabá-PA, Cianorte-PR e Marcílio Dias-SC;

Pote F: Operário-MT, Humaitá-AC, Trem-AP, São Luiz-RS, Treze-PB, Operário-MS, Porto Velho-RO, Anápolis-GO, Rio Branco-AC e Iguatu-CE;

Pote G: Athletic-MG, Nova Venécia-ES, Maranhão-MA, Itabaiana-SE, Costa Rica-MS, Murici-AL, River-PI, GAS-RR, Villa Nova-MG e Ji-Paraná-RO;

Pote H:Real Brasília-DF, Manauara-AM, Independente-AP, Itabuna-BA, Petrolina-PE, Audax-RJ, Olaria-RJ, Água Santa-SP, Portuguesa Santista-SP e Capital-TO.

Já as 12 equipes que entrarão na terceira fase são: Ceará-CE, Vitória-BA, Goiás-GO, São Paulo-SP, Fluminense-RJ, Palmeiras-SP, Botafogo-RJ, Flamengo-RJ, Atlético-MG, Grêmio-RS, Red Bull Bragantino-SP e Athletico-PR. O time do Morumbi é o atual campeão do torneio.

Os valores da premiação também já foram definidos pela entidade, sendo os mesmos de 2023:

Campeão: R$ 70 milhões

Vice-campeão: R$ 30 milhões

Semifinais: R$ 9 milhões

Quartas de final: R$ 4,3 milhões

Oitavas de final: R$ 3,3 milhões

Terceira fase: R$ 2,1 milhões

Segunda fase: R$ 1,7 milhão (Série A), R$ 1,4 milhão (Série B), R$ 900 mil (demais clubes)

Primeira fase: R$ 1,4 milhão (Série A), R$ 1,25 milhão (Série B) e R$ 750 mil (demais clubes)

Em meio às polêmicas que envolvem o Campeonato Pernambucano de 2024, o presidente da FPF-PE, Evandro Carvalho, mostrou que ainda tem prestígio junto aos clubes da capital. Ele articulou e participou de uma reunião entre mandatários de Santa, Náutico e Sport e o Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, nessa terça-feira (23).

Bruno Becker (Náutico), Bruno Rodrigues (Santa Cruz) e Yuri Romão (Sport) aparecem sorridentes nas fotos divulgadas pela Federação Pernambucana e também pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Ninguém detalhou os assuntos do encontro, mas todos saíram satisfeitos do Rio de Janeiro, exaltando a “abertura” da entidade máxima do esporte ao recebê-los.

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"É muito importante poder dialogar com o presidente Ednaldo Rodrigues, que sempre se mostrou muito aberto a nos receber, tendo em vista que em um passado não tão distante, não tão longínquo, os clubes nunca tiveram acesso. Estamos aqui para dialogar e colocar as nossas angústias também. O futebol brasileiro passa hoje por uma transformação muito rápida e essa parceria com a CBF é muito bem vinda", afirmou o presidente do Sport, Yuri Romão.

O clima de paz não reflete os acontecimentos dos últimos dias, com troca de acusações entre dirigentes do Santa Cruz, Náutico, Sport e da própria FPF-PE. Confusões envolvendo entrada de torcedores na Arena de Pernambuco e nas ruas do Recife, mudança de datas que foram parar na Justiça Desportiva e ataques à condução de Evandro Carvalho na sua federação, pareceram não mais incomodar os cartolas.

"Fomos, mais uma vez, muito bem recebidos pelo presidente Ednaldo Rodrigues na Casa do Futebol Brasileiro. Saio daqui muito feliz e também confiante nos projetos da confederação", disse o presidente do Náutico, Bruno Becker.

Ainda com esperança de conseguir a ampliação de vagas na série D para não ficar sem calendário após o Pernambucano, o presidente do Santa Cruz, Bruno Rodrigues, se disse “muito otimista com o futuro do futebol brasileiro”.

Com informações da assessoria

O fim do ciclo de quatro anos à frente da seleção brasileira não se deu de forma agradável para a treinadora Pia Sundhage, anunciada na terça-feira como nova comandante da Suíça. Demitida em agosto, após a eliminação ainda na primeira fase da Copa do Mundo da Austrália e da Nova Zelândia, a sueca falou sobre o assunto, em entrevista publicada nesta sexta-feira pelo GE, e disse ter considerado 'cruel' a conduta do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, no momento de comunicar a decisão.

"Como você sabe, tive um encontro com o presidente e ele só me demitiu", disse Pia. "Sabe, para mostrar respeito sobre essa conversa. Sabe, você não está vencendo, você não vai continuar. Não foi o que foi dito naquela sala. Foi cruel. Três pessoas e o presidente. Para mostrar respeito por essa pequena reunião, eu não vou revelar o que foi dito. Eu sinto muito e fico triste com o que aconteceu", completou.

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Ainda sobre a relação com a CBF, a treinadora mostrou-se desapontada com a inconstância da entidade no apoio prometido à seleção feminina. De acordo com ela, o trabalho tinha um bom suporte no início, mas dificuldades se apresentaram com o passar do tempo, como a impossibilidade de viajar para observar partidas e atletas.

"Sim, bem no começo sim (houve apoio). Depois de um tempo, tivemos dificuldades de fazer o scout. Lembro do meu primeiro dia. Fomos a Porto Alegre. Era fantástico conhecer a liga. Eu precisava fazer com maior frequência, porque é um tipo diferente de futebol e queria fazer isso, mas eventualmente eu não era mais autorizada a viajar o quanto eu queria e nem meus assistentes também. Tivemos que nos acostumar com isso e olhar muitos jogos no computador", disse.

Em nota, a CBF desejou "sorte à treinadora Pia em seu novo desafio à frente da seleção da Suíça", destacou o legado deixado por ela no futebol feminino nacional e disse não ter o que comentar sobre "as demais informações não esclarecidas."

Bicampeã olímpica com a seleção dos Estados Unidos, Pia chegou ao Brasil em 2019, com a esperança de reformular a equipe e buscar feitos inéditos. No entanto, o trabalho passou longe dos resultados almejados. O único título de destaque foi a Copa América de 2022, diante de rivais mais fracos do nosso continente.

Nos Jogos de Tóquio, em 2021, o Brasil foi eliminado nas quartas de final pelo Canadá, que se tornaria campeão olímpico. O jogo terminou empatado sem gols, e as canadenses levaram a melhor nos pênaltis, ganhando por 4 a 3.

A Copa do Mundo, disputada entre julho e agosto do ano passado, marcou a maior frustração da era Pia. O Brasil chegou ao Mundial com a empolgação de bons desempenhos ante as poderosas Inglaterra e Alemanha, mas acabou eliminado ainda na fase de grupos. A seleção brasileira bateu o modesto Panamá (4 a 0), perdeu para a França (2 a 1) e empatou com a também limitada Jamaica (0 a 0).

Dorival Júnior pediu em boa parte dos 41 minutos de sua primeira entrevista como treinador da seleção brasileira uma "mudança de postura". Na primeira resposta, afirmou que "o atleta precisa entender que está vestindo uma camisa muito pesada". Durante a coletiva de apresentação, realizada na sede da CBF, no Rio de Janeiro, o treinador também insistiu que "cada um assuma um pouco mais de suas responsabilidades".

Para o treinador, o mau momento da seleção brasileira não é reflexo (apenas) da falta de bom futebol. Ao contrário, ele aprovou a renovação que vinha sendo feita por Fernando Diniz e elogiou o trabalho de Tite, que ficou mais de seis anos à frente do Brasil. "O Tite fez um dos trabalhos mais bonitos dos últimos anos em relação a uma seleção. Infelizmente, os resultados acabaram não acontecendo nas duas últimas Copas", considerou o técnico.

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Na avaliação de Dorival, a seleção precisa de uma mudança "emocional e postural". Ele também quer mais protagonismo de todos que estejam envolvidos com a equipe nacional. "De modo geral, e isso se repete em clubes e seleção, acaba estourando nos treinadores, em comissões. O atleta não tem ideia do que ele representa, do quanto ele pode, das qualidades que ele possui, do diferencial que ele possa ter a partir do momento que ele esteja vestindo uma camisa como a nossa", sustentou o treinador.

"Eu peço que cada um assuma um pouco mais as suas responsabilidades. Você dividindo, é natural que torne o fato muito menos pesado, porque você assume uma condição. Você vestindo essa camisa, você fatalmente vai ajudar nessa recuperação", acrescentou o técnico.

"Não é a seleção brasileira de determinado treinador, é a seleção do povo, é a nossa seleção. Nós temos que sentir um pouco mais, nós temos que viver um pouco mais, nós temos que ajudar um pouco mais. É em momentos como este que a gente se questiona: 'o que eu posso fazer?'. Nos momentos de vitória, as coisas acontecem de maneira natural, mas em momentos como este eu também tenho que me sentir como parte de um todo. Eu estou participando desta recuperação, eu vou ser responsável por uma conquista, eu vou ajudar", disse Dorival. "Todos nós precisamos de um pouco mais, de algo mais."

TREINADOR INDICA QUE NÃO POUPARÁ CLUBES NA COPA AMÉRICA

A primeira convocação de Dorival Júnior acontecerá no início de março, e será para dois amistosos na Europa, diante de Espanha e Inglaterra. A segunda, porém, já será para uma competição oficial: a Copa América dos Estados Unidos, que acontecerá nos meses de junho e julho.

A competição acontecerá em meio ao Campeonato Brasileiro, e os clubes que tiverem atletas convocados poderão ficar desfalcados por até dez rodadas. Nesta quinta-feira, Dorival foi questionado sobre o assunto e deixou transparecer que não deixará de convocar ninguém que considere importante para a seleção.

"Já sofri bastante com tudo isso, mas nunca tirei a possibilidade de o profissional estar à frente do seu maior sonho, não acho direito isso", declarou Dorival Júnior. Ele lembrou que em 2016, quando dirigia o Santos, perdeu seis atletas por um longo período porque eles foram cedidos à seleção olímpica e para a disputa da Copa América daquele ano.

"Eu sei o quanto pesa a saída desses jogadores, mas também o quanto são importantes dentro da seleção. É preciso um equilíbrio entre necessidade e a vontade de um atleta e de seu clube. Não é fácil, não. Eu já vivi o outro lado, e agora vou ter que pensar nessa forma e me colocar na situação de treinador do lado oposto."

Agora é oficial! A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) formalizou nesta quarta-feira Dorival Júnior como o novo técnico da seleção brasileira. A entidade também anunciou que o treinador será apresentado nesta quinta, às 15h (horário de Brasília), na sede da entidade, no Rio de Janeiro. O treinador de 61 anos estava no São Paulo e aceitou o convite para assumir o cargo no fim de semana passado.

A oficialização de Dorival já era esperada desde o final de semana, quando a própria direção do São Paulo anunciou a saída do treinador para trabalhar na seleção. Havia a expectativa até de que o técnico fosse apresentado em entrevista coletiva nesta quarta.

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Mas o evento acabou sendo marcado para esta quinta em razão de seguidos compromissos de Ednaldo em seu retorno à CBF. O presidente fez diversas reuniões na entidade desde o início de semana, com destaque para o encontro com os presidentes de federações, na segunda, e com os dirigentes dos maiores clubes do País, na terça.

O acerto da CBF com Dorival ocorreu após Ednaldo Rodrigues ser reconduzido à presidência da entidade após liminar do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele havia sido afastado no início de dezembro após intervenção do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).

Ao retornar ao cargo, o dirigente demitiu Fernando Diniz, que tinha contrato até junho para comandar a seleção de maneira interina, e comunicou o São Paulo sobre o interesse em Dorival Júnior. Com o sonho de treinar o Brasil, ele aceitou a oferta apesar de ter proposta para renovação com o clube paulista.

Na seleção, Dorival terá a missão de recuperar o time, que vem oscilando desde a saída do técnico Tite, ao fim da Copa do Mundo de 2022. Sob o comando de Diniz, antecessor do novo treinador, o time nacional jogou seis vezes, com três derrotas, duas vitórias e um empate.

A sequência ruim, que incluiu três derrotas consecutivas, fez o Brasil despencar na tabela das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026. A seleção ocupa o sexto lugar no momento.

Preferido de Ednaldo Rodrigues para ser o novo coordenador técnico da seleção brasileira, o ex-lateral Filipe Luís não deverá assumir o cargo. Apesar de se dizer "extremamente honrado", ele recusou o convite feito pela CBF, segundo informação do GE. A CBF não se manifestou.

O jogador encerrou a carreira no ano passado e sempre deixou claro seu intuito em se tornar treinador. Ele inclusive está realizando todos os cursos da CBF Academy para tirar as licenças necessárias para comandar equipes profissionais - no ano passado, Filipe Luís concluiu a Licença B, tornando-se apto a treinar equipes de base.

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Ednaldo gostaria de contar com o ex-jogador porque ele reúne duas características que o presidente da CBF está buscando para o cargo de coordenador da seleção. Uma delas é ser um "boleiro", com vivência de vestiário e de seleção. A outra é o bom entrosamento com o escolhido para ser o treinador da equipe principal, Dorival Júnior.

A recusa de Filipe Luís pode atrapalhar os planos de Ednaldo de apresentar a nova comissão técnica da seleção no meio da semana. A CBF ainda não confirmou nenhuma data, mas a ideia inicial era apresentar Dorival Júnior e o coordenador de seleções na quarta-feira.

A CBF ainda não oficializou o nome do ex-treinador do São Paulo, mas Dorival Júnior já se desligou do clube paulista. No domingo, o clube do Morumbi publicou em suas redes sociais que o técnico estava deixando o clube para assumir a seleção brasileira.

A Fifa descartou nesta segunda-feira uma punição à CBF, que poderia tirar a seleção brasileira e os clubes do País de qualquer competição internacional. O anúncio foi feito pelo diretor jurídico da Fifa, Emilio Garcia, que se reuniu com o presidente Ednaldo Rodrigues e outros diretores da entidade na sede da CBF, no Rio de Janeiro.

Segundo o dirigente da Fifa, havia risco iminente "de o Conselho da Fifa expulsar o Brasil de todas as disputas internacionais", o que só não se consumou porque o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), devolveu a presidência a Ednaldo Rodrigues na última quinta-feira.

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"Este é um ponto crucial. A CBF, o futebol brasileiro, estava em risco. Havia um risco muito alto de o Conselho da Fifa tomar uma decisão, não contra o futebol brasileiro, mas contra a intervenção exterior no futebol brasileiro. Isso ficou descartado neste momento, com a decisão do Supremo", afirmou Garcia.

"A Fifa e Conmebol vieram ao Rio de Janeiro para poder garantir a independência da Confederação Brasileira de Futebol e o cumprimento dos estatutos da Fifa e da Conmebol. Ficamos aliviados com a decisão do Supremo Tribunal de Justiça (Federal), que restaura a presidência de Ednaldo à decisão livre e democrática do futebol brasileiro", acrescentou o dirigente da Fifa. "Estamos contentes que voltamos à situação original, em que o congresso (assembleia geral) do futebol brasileiro elege o seu presidente".

Ednaldo Rodrigues se mostrou aliviado. "Posso dizer que é o futebol brasileiro que ganha. não é o presidente. Fui eleito de forma clara e transparente pela unanimidade dos presentes na assembleia de 23 de março (de 2022). Ganha o futebol brasileiro quando tem sua autonomia restabelecida, quando tem a certeza que seus clubes vão cumprir as competições internacionais para as quais foram classificados, que a seleção brasileira possa, em todas as categorias, desenvolver seu futebol nas competições, como Eliminatórias de Copa do Mundo e Pré-Olímpico", disse Ednaldo.

A visita dos representantes da Fifa e da Conmebol aconteceu um mês depois de o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) destituir Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF. Na ocasião, a 21ª Câmara de Direito Privado considerou inválido um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre o Ministério Público do Estado e a CBF. A decisão anulou os efeitos da Assembleia Geral que elegera Ednaldo em 2022. O mandatário retomou o cargo apenas na semana passada, após liminar do ministro Gilmar Mendes, do STF.

A Fifa não aceita interferência judicial ou de governos em suas confederações esportivas filiadas. Desde que a ação judicial começou a tramitar nos tribunais, a entidade máxima do futebol enviou duas cartas à CBF alertando para o risco de sanções "mesmo que a influência de terceiros não tenha sido culpa da associação membro em questão".

Mais do que uma medida prática, a chegada de um representante da entidade ao País serviu para mostrar à CBF que a Fifa cogitava de fato uma punição. O risco de sanção, contudo, diminuiu com o retorno (pelo menos até o momento) de Ednaldo ao poder.

De volta à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues confirmou nesta sexta-feira (5) a inscrição da seleção brasileira masculina no Torneio Pré-Olímpico, que dará duas vagas na Olimpíada de Paris-2024. A inscrição foi feita no último dia do prazo dado pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol). Atual bicampeão olímpico, o Brasil correu risco de ficar fora do grande evento esportivo devido à intervenção decidida pela Justiça do Rio de Janeiro, em dezembro.

O Torneio Pré-Olímpico será disputado na Venezuela entre os dias 20 deste mês e 11 de fevereiro. As partidas serão realizadas nas cidades de Caracas, Valencia e Barquisimeto. E o Brasil, favorito a ficar com uma das duas vagas em disputa, estará no Grupo A, ao lado de Colômbia, Bolívia, Equador e da seleção anfitriã.

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A inscrição foi oficializada na tarde desta sexta pelo próprio Ednaldo, que assinou a lista dos jogadores inscritos no torneio e enviou o documento para a Conmebol. Tanto a entidade sul-americana quanto a Fifa haviam afirmado publicamente que só aceitariam a inscrição se fosse feita por membro da gestão eleita no último pleito. No caso, só Ednaldo, o secretário-geral Alcino Reis Rocha e o diretor de seleções poderiam dar entrada no documento na Conmebol.

O problema é que Ednaldo havia sido destituído do cargo por decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), no dia 7 de dezembro. Além disso, a CBF não conta com um diretor de seleções desde a saída de Juninho Paulista da entidade, no início de 2023 - seu cargo formal era "coordenador de seleções".

A única opção restante seria o secretário-geral da CBF, mas neste caso também havia um imbróglio. Isso porque Alcino Reis Rocha, que ocupava este cargo na gestão de Ednaldo, estava na função de "assessor especial da presidência", por decisão do presidente interino José Perdiz de Jesus. Na prática, o agora assessor não poderia assinar a inscrição da seleção no Pré-Olímpico.

Em resumo, a Conmebol e a Fifa não reconheciam o então novo presidente da CBF, José Perdiz de Jesus, com legitimidade para fazer a inscrição, o que deixaria a seleção masculina fora dos Jogos Olímpicos de Paris, que serão disputados entre julho e agosto deste ano - a seleção feminina já está classificada. Perdiz de Jesus, que era o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), havia sido colocado no posto como interventor, na mesma decisão judicial que destituiu Ednaldo.

Além disso, a Fifa ameaçara aplicar punições na CBF por considerar que a decisão do TJ-RJ era uma "intervenção indevida". A seleção poderia ficar fora de outras competições, como a Copa América deste ano, e os clubes brasileiros corriam o risco de serem suspensos de competições como a Copa Libertadores e a Copa Sul-Americana.

Tudo mudou na quinta-feira, quando o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu recurso do PCdoB, anulou os efeitos da decisão do TJ-RJ e devolveu Ednaldo para a presidência da CBF. O partido político alegara justamente o risco de a seleção ficar fora da Olimpíada para entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN), acatada pelo ministro do STF.

Horas antes tanto a Procuradoria-Geral da República (PGR) quanto a Advocacia-Geral da União (AGU) deram pareceres favoráveis à liminar, a pedido de Gilmar Mendes. Como o STF está em recesso, o caso só deve ser alvo de novas decisões a partir do dia 1º de fevereiro.

Antes, os advogados de Ednaldo já haviam tentado, sem sucesso, obter recursos tanto no Superior Tribunal de Justiça (STJ) quanto no STF. Ainda em dezembro, o ministro André Mendonça rejeitou recurso do Partido Social Democrático (PSD).

A crise política e institucional da CBF fez a Fifa programar uma visita ao Brasil na próxima semana. Uma comitiva com três integrantes vai desembarcar no Rio de Janeiro na segunda-feira. Eles pretendem fazer reuniões com a cúpula da confederação e até com membros do governo federal para se atualizarem sobre o caso. O grupo ficará em solo brasileiro até a tarde do dia 10.

Depois de um sábado de homenagens, em que o mundo do esporte foi surpreendido com a notícia da morte de Mario Jorge Lobo Zagallo, o domingo está sendo reservado para despedidas ao Velho Lobo. O ex-centroavante Reinaldo, do Atlético-MG, esteve presente no velório.

"Sem dúvida, o Zagallo foi um dos grandes nomes da história do futebol por tudo o que fez pela seleção brasileira", afirmou o atacante que disputou a Copa do Mundo de 1978, na Argentina.

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Ednaldo Rodrigues, presidente da entidade também marcou presença e comentou sobre a perda do tetracampeão. "O Zagallo sempre teve uma personalidade transparente e trouxe muitas conquistas para o futebol brasileiro".

Pessoas anônimas também foram prestar a sua última homenagem. Torcedores com camisas de clubes e ainda com cartazes mencionando a trajetória de Zagalo como técnico e jogador passaram pelo local do velório.

O velório está sendo realizado na sede da CBF (Confederação Brasileira de Desportos), na Barra da Tijuca, em cerimônia aberta ao público. À tarde, às 16h (horário de Brasília), o enterro do único tetracampeão mundial será no Cemitério São João Batista, que fica em Botafogo, na zona sul do Rio.

O corpo de Zagallo está no Museu da Seleção, em frente à sua estátua e ao lado das taças da Copa do Mundo, quatro das quais, ele ajudou a conquistar. Quem chega percorre um corredor ornado com orquídeas e passa pela sala de troféus antes de chegar ao local onde está o caixão.

Zagallo estava internado desde o dia 26 de dezembro, no Hospital Barra D’Or, na Barra da Tijuca. Ele lutou, mas a frágil saúde e a idade avançada contribuíram para que houvesse uma falência múltipla de órgãos.

Às 14h30 acontecerá a missa na sede da CBF, só pra familiares e amigos. Em seguida, às 15 horas, Zagallo sai no carro do corpo de bombeiros e percorre cerca de 20km até o local onde repousará em paz. Enfim, às 16 horas, será feito o sepultamento no Cemitério São João Baptista.

O adeus a Zagallo já tem dia e horário para acontecer. O único tetracampeão mundial será velado neste domingo, na sede da CBF, na Barra da Tijuca. O velório está previsto para começar às 9h30 (horário de Brasília) e será aberto ao público.

Em seguida, às 16h, será feito o sepultamento no Cemitério São João Batista. Presente em quatro dos cinco títulos mundiais, Zagallo era apaixonado pela seleção brasileira.

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Zagallo estava internado desde o dia 26 de dezembro no Hospital Barra D'Or, na Barra da Tijuca, no Rio. Em razão de sua saúde fragilizada e idade avançada, acabou não resistindo.

A causa da morte foi falência múltipla de órgãos. Ele já havia sido hospitalizado na segunda metade de 2023 por 22 dias para tratar de uma infecção urinária. Na ocasião, ele publicou um vídeo em suas redes sociais com a legenda "o Velho Lobo está on."

Após o velório, o corpo de Zagallo será levado ao Cemitério São João Batista, que fica em Botafogo, na zona sul do Rio. Serão, pelo menos, 20km de distância da sede da CBF ao local onde ele será enterrado.

Alagoano erradicado no Rio de Janeiro, a imagem de Zagallo se mistura com a história do futebol carioca. Na ponta-esquerda ou na área técnica, o Velho Lobo escreveu grande parte da carreira no Flamengo, Botafogo, Fluminense, Vasco e Bangu. Após o anúncio de sua morte, na madrugada deste sábado (6), os clubes prestaram homenagens nas redes sociais.

Mario Jorge Lobo Zagallo fez as categorias de base no América, e logo se transferiu para o Flamengo, onde foi tricampeão estadual na década de 50 e conquistou os títulos de 1972 e 2001, como treinador.

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"Nos deixou um herói que moldou a história do futebol brasileiro. Mario Jorge Lobo Zagallo entra para a eternidade como um revolucionário, um pilar histórico do esporte", ressaltou o clube em seu perfil.

Segundo time da carreira, o Botafogo tem Zagallo como um de seus maiores ídolos. O bicampeonato carioca e o primeiro título brasileiro do clube, na década de 60, fez o Velho Lobo ser imortalizado no Estádio Nilton Santos com uma estátua nos tempos de jogados.

"Seu legado no Glorioso e no futebol jamais será esquecido. Descanse em paz, velho lobo!", escreveu.

O Vasco também lembrou das duas passagens de Zagallo como treinador e das três taças conquistadas entre os anos 80 e 90: "O Vasco da Gama se solidariza aos familiares e amigos neste momento de dor e consternação". O Fluminense, que ganhou um campeonato carioca com ele no comando, também prestou homenagens. "Uma das grandes lendas da história do futebol brasileiro e mundial e campeão pelo Tricolor".

Zagallo revezava os trabalhos em clube com a Seleção Brasileira e esteve em uma curta passagem pelo Bangu, em 1988. "O Bangu presta as condolências aos amigos e familiares. O futebol brasileiro está de luto", publicou. O Confederação Brasileira de Futebol (CBF) também se pronunciou sobre a perda.

Um dos maiores nomes do futebol mundial, o tetracampeão mundial ainda conta com trabalhos na Portuguesa-SP, Al-Hilal e nas seleções do Kuwait, Arábia Saudita e Emirados Árabes. 

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Chegou ao fim a era Fernando Diniz na seleção brasileira. A informação foi dada pelo Globo Esporte. Segundo a reportagem do GE, o treinador foi demitido nesta sexta-feira (5), por Ednaldo Rodrigues, um dia depois de o cartola ter sido reconduzido à presidência da CBF por uma liminar do Supremo Tribunal Federal.

Fernando Diniz comandou o Brasil em seis partidas pelas eliminatórias para a Copa do Mundo. Com ele, a seleção venceu Bolívia e Peru, empatou com a Venezuela e perdeu para Uruguai, Colômbia e Argentina.

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O técnico do Fluminense foi contratado para dirigir a seleção brasileira por um ano, enquanto a CBF aguardava a chegada de Carlo Ancelotti, que acabou renovando com o Real Madrid, e não vem mais. Agora, Dorival Júnior seria o favorito para assumir a vaga.

Ednaldo Rodrigues foi reconduzido à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) nesta quinta-feira. Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), despachou favoravelmente ao dirigente após a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Advocacia-Geral da União (AGU) publicarem pareceres favoráveis à suspensão da decisão judicial que afastou Ednaldo do cargo. Foi determinado o retorno imediato de Ednaldo ao cargo, mas o caso ainda deverá ser julgado pelo colegiado da Corte.

O STF foi acionado pelo PCdoB, autor de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) para tentar obter medida cautelar contra uma decisão emitida pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) no início de dezembro do ano passado. Tal decisão destituiu o presidente da CBF a partir do cancelamento de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a entidade e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), em março de 2022, antes das eleições que tiveram Ednaldo, até então interino, como vencedor.

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Ao Estadão, o advogado José Eduardo Cardozo, ex-ministro da Justiça e representante de Ednaldo, afirmou que havia uma "expectativa muito positiva" de que o dirigente fosse reconduzido ao cargo, citando o fato de a intervenção ferir o estatuto da CBF. A expectativa era de que a liminar determinando o retorno de Ednaldo à presidência fosse publicada nesta sexta-feira. O STF está em recesso e só deve votar o caso a partir do dia 1º de fevereiro.

Anteriormente, o PCdoB, que já havia tentado recolocar Ednaldo no cargo, alegou "fatos novos" para mover a nova ação. Um deles se refere à possibilidade de a seleção brasileira masculina de futebol ficar fora da Olimpíada de Paris-2024 por não poder se inscrever no Pré-Olímpico a tempo. A inscrição junto à Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) tem prazo até esta sexta-feira. O risco enfrentado pela entidade por causa da demora na resolução também pesou a favor de Ednaldo.

Após o afastamento de Ednaldo Rodrigues, a Justiça do Rio nomeou o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), José Perdiz de Jesus, como interventor na CBF e deu prazo de 30 dias úteis para a convocação de novas eleições. Flávio Zveiter, ex-presidente do STJD, e Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), lançaram pré-candidatura ao cargo. Porém, tanto a Conmebol quanto a Fifa não reconhecem a legitimidade de Perdiz como presidente temporário da CBF.

No parecer desta quinta, o Procurador-Geral da República, Paulo Gonet Branco, defendeu a legitimidade do acordo entre CBF e o MP-RJ, assim como da eleição de Ednaldo, mas aponta como risco principal da situação "o fato de que a confederação é atualmente dirigida por interventor indicado pelo TJRJ, cujos atos de gestão não são reconhecidos pela Fifa, conforme anunciado pela própria entidade máxima do futebol mundial e divulgado na imprensa".

Em seu parecer, a AGU também aborda que a intervenção da Justiça do Rio na CBF e a nomeação de José Perdiz como interventor não são "constitucionalmente adequadas e consentâneas com a autonomia desportiva constitucionalmente assegurada". Tanto a AGU quanto a PGR também citam o risco de suspensão da seleção e times brasileiros de competições realizadas pela Fifa e pela Conmebol como agravante.

Na segunda-feira, dia 8, uma comitiva com três integrantes da Fifa e da Conmebol desembarca no Brasil para visitar a sede da CBF. A entidade máxima do futebol, por meio de carta, afirmou que pretende se reunir com Ednaldo e José Perdiz, além de lideranças políticas, para acompanhar de perto o desenrolar do caso.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Advocacia-Geral da União (AGU) publicaram, nesta quinta-feira, pareceres favoráveis à suspensão da decisão judicial que tirou Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF. Os documentos não têm nenhum efeito prático neste momento, mas dão força para o possível retorno do mandatário à entidade, pois terão influência na deliberação de Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que solicitou a avaliação da PGR e da AGU sobre o caso. Os dois órgãos concordam que o risco de o Brasil ficar fora da Olimpíada e de receber outras punições dão base à recondução de Ednaldo, já que José Perdiz, atual interventor da CBF, não é reconhecido pelo Fifa.

O STF foi acionado pelo PCdoB, autor de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) para tentar obter medida cautelar contra uma decisão emitida pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) no início de dezembro do ano passado. Tal decisão destituiu o presidente da CBF a partir do cancelamento de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a CBF e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), em março de 2022, antes das eleições que tiveram Ednaldo, até então interino, como vencedor.

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O PCdoB, que já havia feito uma primeira tentativa de devolver a presidência a Ednaldo, alegou "fatos novos" para mover a nova ação. Um deles se refere à possibilidade de a seleção brasileira masculina de futebol ficar fora da Olimpíada de Paris-2024 por não poder se inscrever no Pré-Olímpico a tempo. A inscrição junto à Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) tem prazo até esta sexta-feira.

O problema é que tanto a Conmebol quanto a Fifa não reconhecem a legitimidade do presidente temporário da CBF, José Perdiz de Jesus, que chegou ao cargo também por decisão do TJ-RJ, no início de dezembro. Além disso, o partido político aponta para a ameaça de punições à CBF feita pela Fifa. No parecer desta quinta, o Procurador-Geral da República, Paulo Gonet Branco, avaliou como plausíveis os argumentos.

Gonet defende a legitimidade do acordo entre CBF e o MP-RJ, assim como da eleição de Ednaldo, mas aponta como risco principal da situação "o fato de que a confederação é atualmente dirigida por interventor indicado pelo Tribunal de

Justiça do Rio de Janeiro, cujos atos de gestão não são reconhecidos pela FIFA, conforme anunciado pela própria entidade máxima do futebol mundial e divulgado na imprensa". Também cita a possibilidade de "suspensão da participação da seleção brasileira e dos times nacionais em competições por ela (Fifa) organizadas e, também, pela CONMBEBOL", antes de concluir recomendando "deferimento parcial da medida cautelar".

Já o parecer da AGU também destaca a nomeação de Perdiz como interventor. "De fato, a interpretação dos dispositivos legais impugnados no sentido de permitir que o Poder Judiciário nomeie interventor em instituição, desportiva, a despeito de seus estatutos, não parece, ao menos neste exame preliminar, constitucionalmente adequada e consentânea com a autonomia desportiva constitucionalmente assegurada". Assim como no documento da PGR, cita a possível exclusão da CBF de competições contentais e internacionais. O texto termina pedindo a revalidação ds efeitos do TAC e a "recondução Ednaldo Rodrigues ao cargo de Presidente da Confederação Brasileira de Futebol".

A petição do PCdoB é a segunda tentativa de buscar, via STF, a volta de Ednaldo à presidência da CBF. No fim de dezembro, o Partido Social Democrático (PSD) apresentou uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) com o mesmo objetivo, mas não teve sucesso. O ministro André Mendonça rejeitou o recurso alegando que o processo transcorre há mais de seis anos nas instâncias ordinárias da Justiça do Rio de Janeiro, sem qualquer medida de urgência.

VISITA DA FIFA

O imbróglio deve começar a ser resolvido na segunda-feira, quando desembarcarão no Brasil uma comitiva com três integrantes da Fifa e da Conmebol, que fará uma visita à sede da CBF. Em carta, a entidade que gere o futebol mundial já avisou que quer fazer reuniões tanto com Ednaldo quanto com Perdiz, além de encontrar lideranças políticas do governo federal neste período.

Somente após a visita a entidade poderá vir a reconhecer a legitimidade de Perdiz. A Fifa já avisou que não reconheceria o resultado de nenhuma eleição realizada antes de sua visita - o pleito para definir o novo presidente da confederação brasileira ainda não tem data.

O CASO

O julgamento que acabou tirando Ednaldo do poder do futebol tratou da legalidade de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a CBF e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) em março de 2022. Na época, o TAC permitiu que a Assembleia Geral da entidade elegesse Ednaldo presidente. Mas os desembargadores Gabriel Zéfiro, Mauro Martins e Mafalda Lucchese consideraram inicialmente que o MP não poderia ter ajuizado Ação Civil Pública (ACP) contra as eleições realizadas pela entidade em 2017, quando Rogério Caboclo foi eleito.

A revisão ocorreu a pedido de dois ex-presidentes da CBF, Ricardo Teixeira e Marco Polo del Nero. Assim, o TAC também foi considerado nulo. Outros dirigentes de federações também acionaram a Justiça.

A CBF e o MP-RJ firmaram o TAC porque o órgão da Justiça considerava ilegais as regras que regiam a eleição na confederação, ou seja, a que levou Ednaldo Rodrigues ao cargo de presidente. Isso porque uma mudança no estatuto da entidade, em 2017, estabeleceu pesos diferentes para os votos praticados por federações e clubes - a brecha permitia clubes e federações de votarem em conjunto para eleger o presidente. Foi sob essa regra que Rogério Caboclo elegeu-se presidente da CBF em 2017, indicado pelo então dirigente afastado Marco Polo del Nero. Caboclo foi destituído, em meio a denúncias de assédio.

Ednaldo, então vice-presidente da CBF, assumiu o comando de forma interina após o afastamento de Caboclo. Opositores tentaram barrar a eleição de março de 2022 alegando que o TAC fora assinado por ele, como presidente interino, e serviu para referendar uma eleição que o tornaria presidente de fato.

Quatro dias após renovar seu contrato com o Real Madrid, Carlo Ancelotti reforçou sua decisão nesta terça-feira e disse que "as coisas aconteceram como eu queria". O técnico italiano também confirmou e agradeceu o contato de Ednaldo Rodrigues, presidente afastado da CBF.

"Todo mundo sabe, é a realidade, o Real Madrid também sabe que eu tive contato com o presidente da CBF, que era o Ednaldo Rodrigues. Quero agradecê-lo pelo carinho e interesse que demonstrou para que eu treinasse a seleção brasileira. Me senti muito honrado e orgulhoso, mas dependia da minha situação no Real Madrid. Isso estava claro para todos", comentou Ancelotti.

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O treinador, sem explicar se esta teria sido a causa da sua renovação com o Real, mencionou que Ednaldo deixou a presidência da CBF recentemente. "Nos últimos meses, aconteceu que o Ednaldo deixou de ser presidente da confederação, mas o contato aconteceu. No fim das contas, as coisas aconteceram como eu queria, que era continuar aqui", declarou.

Questionado sobre o futuro, numa possível nova negociação para comandar a seleção brasileira, Ancelotti se esquivou. "Posso conceber isso, pensar em ser treinador do Brasil é um grande sonho, mas não sei se vão me querer em 2026. Não sei se eles estão felizes com a minha decisão", disse o técnico, que renovou com o Real justamente até 2026.

A renovação foi anunciada na sexta-feira, ampliando o momento de crise e instabilidade vivido pela CBF, após o afastamento de Ednaldo, em decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, no início deste mês. A entidade vem sendo comandada temporariamente por José Perdiz de Jesus, que era o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Ednaldo vem tentando retomar seu posto na Justiça, mas só sofreu derrotas recentemente, tanto no Superior Tribunal de Justiça (STJ) quanto no Supremo Tribunal Federal (STF).

O presidente afastado considerava Ancelotti o futuro treinador da seleção brasileira, em substituição a Fernando Diniz, contratado por um prazo definido de um ano, em julho de 2023. Na ocasião, Ednaldo anunciou também publicamente Ancelotti, que assumiria o cargo a tempo de liderar a seleção na Copa América, marcada para começar no fim de junho de 2024.

"Então, (Diniz) é um treinador que realmente a proposta de jogo dele é quase parecida também com a do treinador que assumirá a partir da Copa América, o Ancelotti. Tem quase o mesmo tipo de proposta de jogo", declarou Ednaldo, na época.

Apesar das declarações do então mandatário da CBF, Ancelotti vinha se esquivando publicamente. Questionado diversas vezes sobre o seu futuro em entrevistas coletivas no Real, o italiano evitava confirmar qualquer acerto com a seleção brasileira. Em resposta, Ednaldo minimizava a postura do treinador. "É um detalhe dele. Isso aí, só ele para responder", chegou a comentar.

O então presidente da CBF vinha tratando Diniz como o responsável por fazer uma transição na seleção, entre o fim da era Tite, encerrada em dezembro de 2022, e a chegada de Ancelotti, considerado referência pelo próprio treinador gaúcho.

A Federação Pernambucana de Futebol (FPF), o Sport e outros clubes do Brasil, demonstraram apoio à candidatura de Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista, para a eleição da CBF. O manifesto foi divulgado nessa sexta-feira (29), através de nota oficial.

No documento, consta que com oito federações estaduais, além de 30 clubes das Séries A e B se uniram para apoiar a candidatura de Reinaldo Carneiro Bastos. Ele disputará a vaga no gabinete com Flávio Zveiter, ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O pleito ainda não tem data marcada para ser realizado. 

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Vale lembrar que a CBF está sem um presidente desde o afastamento de Ednaldo Rodrigues, no início de dezembro. Ednaldo, inclusive, chegou a afirmar que não irá concorrer às próximas eleições.

Para ser eleito ao cargo mais importante do futebol brasileiro, o candidato precisa ter 141 pontos. Os votos das federações têm peso 3, enquanto os dos times da Série A têm peso 2 e os da Série B peso 1. A Chapa de Reinaldo ainda busca o apoio de outros clubes.

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Confira a nota completa abaixo

“Há pelo menos uma década, o Futebol Brasileiro tem sangrado. Afastados ou banidos, nenhum dos cinco últimos presidentes da CBF terminou seu mandato. O futebol sofre, como nunca antes, ingerências externas que tumultuam o já complexo ambiente do esporte, a pretexto de interesses individuais duvidosos.

Incomodados com este cenário, que gera estagnação e atraso no esporte mais popular do país, as Oito Federações Estaduais e os 30 Clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro aqui signatários se uniram e iniciam um movimento único e inédito. Estamos convictos de que o Futebol Brasileiro necessita de uma mudança efetiva, com um projeto moderno e ambicioso, e manifestamos, por meio desta carta, apoio público à eleição de Reinaldo Carneiro Bastos à presidência da CBF para o próximo ciclo.

Nos colocamos à disposição da FIFA e CONMEBOL, que, atentas, vêm ao Brasil no próximo mês para acompanhar o processo eleitoral que será realizado. Estaremos unidos para apoiar a lisura e transparência deste processo, para que o Futebol Brasileiro saia de uma vez por todas desta situação lamentável em que se encontra.”

Afastado da presidência da CBF desde 7 de dezembro, Ednaldo Rodrigues não pretende voltar a concorrer ao cargo. Em sua primeira manifestação pública desde a destituição, o dirigente baiano disse aguardar os próximos desfechos judiciais para entender melhor se há viabilidade de retomar o mandato e garante que, caso o retorno não seja possível, está decidido a não participar de novas eleições, seja da votação prevista para janeiro, sob organização do interventor José Perdiz, ou para aquela que acontecerá em 2025, dentro do ciclo habitual de eleições da entidade.

"É preciso esperar a missão da Fifa e da Conmebol, e também as decisões da Justiça, para entender o cenário e ter alguma definição. Da minha parte, tenho conversado muito com minha família e assumi um compromisso: meu tempo de disputas eleitorais acabou", disse Ednaldo em entrevista à "Veja", ao ser questionado sobre sua visão a respeito do cenário político da CBF em meio à intervenção.

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O dirigente está afastado porque a Justiça invalidou o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que ele assinou junto ao Ministério Público do Rio de Janeiro em 2022, quando era presidente interino, após o afastamento do então presidente Rogério Caboclo. Tal documento, no qual Ednaldo se comprometia a rever o formato da eleição anterior ao organizar uma nova votação, foi apontado, em ação movida pelo ex-vice da CBF Gustavo Feijó, como uma manobra do interino para facilitar a chegada à presidência.

Em tom conciliador, Ednaldo disse à "Veja" que reconhece não ter dialogado com alguns setores importantes do esporte enquanto esteve à frente da CBF, mas prometeu se dedicar à reconciliação caso a TAC volte a ser validada, questão que foi levada aos tribunais superiores. "Surgiu agora esta dúvida sobre a competência do Ministério Público e a validade do TAC. Além disso, reconheço que faltou mais diálogo e abertura com setores importantes do futebol e da sociedade brasileira", disse. "Confio na Justiça e nos órgãos do esporte. Se a validade do TAC for reconhecida, buscarei diálogo com todos os atores para fazer as mudanças necessárias até a eleição em 2025, da qual não participarei", concluiu.

Fora da cadeira principal da CBF, o presidente afastado sofreu mais uma derrota pessoal nesta sexta-feira, já que o Real Madrid anunciou a renovação de contrato do treinador Carlo Ancelotti, nome que Ednaldo garantia como próximo técnico da seleção brasileira. O dirigente contratou Fernando Diniz como comandante provisório, com contrato até junho de 2024, quando acabaria o vínculo de Ancelotti com o Real. Com o novo compromisso assinado, o italiano fica no time merengue até 2026, ano da Copa do Mundo dos Estados Unidos, México e Canadá.

O CAMINHO DA DESTITUIÇÃO

O novo imbróglio judicial da CBF se dá em razão de um processo que se arrastava por anos, até ser momentaneamente solucionado com assinatura da TAC. Na eleição para presidente da CBF, cada clube das séries A e B tem direito a um voto, assim como as federações estaduais de futebol. Durante as últimas eleições, inclusive a de 2022, que colocou Ednaldo no poder, os votos das federações tiveram peso 3, contra pesos 2 e 1 dos clubes da primeira e segunda divisão, respectivamente.

Este sistema de divisão de pesos foi definido em uma assembleia em 2017, sem a presença dos clubes, o que feriu a Lei Pelé, por isso o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) questionou o formato por meio de uma ação, movida em 2018.

Em julho de 2021, logo após o afastamento do então presidente Rogério Caboclo por causa de denúncias de assédio sexual - das quais o ex-mandatário foi inocentado pela Justiça -, foi determinado judicialmente que toda a diretoria eleita com Caboclo em 2017, de vices aos demais cargos, deveria ser destituída por ter sido escolhida sob as regras alteradas. Em agosto, após algumas intervenções, Ednaldo, então presidente da Federação Baiana, assumiu interinamente a presidência da CBF.

Antes de ser eleito oficialmente, em março de 2022, Ednaldo assinou a TAC junto ao MPRJ e se comprometeu a rever o formato de votação, desta vez em uma assembleia realizada com presença dos clubes, que acabaram concordando em manter o valor dos pesos que causaram tanta polêmica. Algumas semanas depois, Ednaldo foi eleito, sem nenhuma chapa concorrente.

O problema que levou a destituição, contudo, não foi a manutenção dos pesos, mas uma reivindicação dos vice-presidentes do mandato de Caboclo, que defendem que o acordo com o MPRJ beneficiou Ednaldo, uma vez que ainda era interino quando assinou o documento e foi eleito logo em seguida, sob as regras que ele mesmo homologou. Também é apontado o fato de o acordo ter sido celebrado apenas entre ele e um único promotor.

Atualmente, a CBF está sob comando de José Perdiz, presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e encarregado de realizar novas eleições até a segunda quinzena de janeiro. A votação não deve ocorrer antes de uma visita de membros da Fifa no dia 8 de janeiro. A entidade internacional reforçou, no último domingo, que não hesitará em sancionar a CBF, inclusive com suspensão, em caso de qualquer violação no processo de escolha de uma nova presidente.

O Real Madrid confirmou os rumores recentes e anunciou nesta sexta-feira a renovação do contrato do técnico Carlo Ancelotti, que era considerado pela CBF como o futuro treinador da seleção brasileira. Ednaldo Rodrigues, presidente afastado da entidade, afirmara mais de uma vez que tinha acerto com o técnico italiano para assumir a seleção a partir da metade de 2024.

Apesar disso, o Real oficializou a renovação do vínculo com Ancelotti até 30 de junho de 2026. O contrato anterior do treinador se encerraria em junho de 2024. A expectativa era de que o italiano assumiria a seleção brasileira ao fim deste vínculo, a tempo de comandar o Brasil na Copa América.

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Nas últimas semanas, porém, surgiram rumores de que o Real tinha interesse em manter Ancelotti por mais tempo. Na quinta, jornais espanhóis já davam a renovação como certa. E, nesta sexta, o maior campeão da história da Liga dos Campeões da Europa confirmou a extensão do vínculo.

"Em suas cinco temporadas como técnico do Real Madrid, ele ganhou 10 títulos: duas Liga dos Campeões, dois Mundiais de Clubes, duas Supercopas da Europa, um Campeonato Espanhol, duas Copas do Rei e uma Supercopa da Espanha", escreveu o clube ao anunciar a renovação com o experiente técnico.

O anúncio acontece justamente num momento de crise e instabilidade na CBF, após o afastamento de Ednaldo, em decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, no início deste mês. A entidade vem sendo comandada temporariamente por José Perdiz de Jesus, que era o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Ednaldo vem tentando retomar seu posto na Justiça, mas só sofreu derrotas recentemente, tanto no Superior Tribunal de Justiça (STJ) quanto no Supremo Tribunal Federal (STF).

O presidente afastado considerava Ancelotti o futuro treinador da seleção brasileira, em substituição a Fernando Diniz, contratado por um prazo definido de um ano, em julho. Na ocasião, Ednaldo anunciou também publicamente Ancelotti, que assumiria o cargo a tempo de liderar a seleção na Copa América, marcada para começar no fim de junho de 2024.

"Então, (Diniz) é um treinador que realmente a proposta de jogo dele é quase parecida também com a do treinador que assumirá a partir da Copa América, o Ancelotti. Tem quase o mesmo tipo de proposta de jogo", declarou Ednaldo, na época.

Apesar das declarações do então mandatário da CBF, Ancelotti vinha se esquivando publicamente. Questionado diversas vezes sobre o seu futuro em entrevistas coletivas no Real, o italiano evitava confirmar qualquer acerto com a seleção brasileira. Em resposta, Ednaldo minimizava a postura do treinador. "É um detalhe dele. Isso aí, só ele para responder", chegou a comentar.

O então presidente da CBF vinha tratando Diniz como o responsável por fazer uma transição na seleção, entre o fim da era Tite, encerrada em dezembro de 2022, e a chegada de Ancelotti, considerado referência pelo próprio treinador gaúcho.

A instabilidade no comando da CBF coincide com uma crise da seleção dentro de campo. Diniz enfrenta dificuldades para aplicar seu estilo no time nacional. Em seis jogos no comando da equipe, o treinador soma duas vitórias, sobre as modestas seleções da Bolívia e do Peru. O time vem de quatro jogos sem triunfos, sendo três derrotas consecutivas, o que derrubou a seleção para um perigoso sexto lugar nas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2026.

A liminar que buscava reverter o afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) foi rejeitada pelo ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo Mendonça, o processo transcorre há mais de seis anos nas instâncias ordinárias da Justiça do Rio de Janeiro sem qualquer medida de urgência. Ednaldo Rodrigues está afastado do comando da entidade desde 7 de dezembro, por decisão da 21ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ).

O pedido da medida de urgência feita ao STF é de autoria do Partido Social Democrático (PSD). O argumento é de que a decisão judicial do TJ-RJ "afronta as atribuições constitucionais do Ministério Público e a autonomia das entidades de práticas desportivas". Na prática, a decisão da Justiça do Rio derrubou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que permitiu assembleias da CBF. Um dos encontros anulados foi o que elegeu Ednaldo.

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Ao decidir sobre o pedido, Mendonça ressaltou que, apesar da complexidade do caso, o processo transcorreu por mais de seis anos sem a vigência de qualquer medida de urgência. Segundo o ministro, isso é motivo para não conceder a liminar que faria Ednaldo voltar ao cargo de presidente da CBF.

ENTENDA O AFASTAMENTO DE EDNALDO RODRIGUES DA PRESIDÊNCIA DA CBF

O caso começou quando uma ação do MP-RJ pediu a anulação de assembleia geral realizada pela CBF, em março de 2017, que alterou regras eleitorais internas. Alegou-se, à época, que as modificações não teriam obedecido aos princípios da transparência e publicidade. Em 2021, essas alterações foram anuladas. Em consequência, foram debatidas novas regras com participação dos clubes e federações e realizadas novas eleições.

Em fevereiro de 2022, foi firmado acordo (Termo de Ajustamento de Conduta) entre o MP-RJ e a CBF para conferir estabilidade em favor da entidade máxima do futebol. No começo deste mês, o TJ-RJ julgou a legalidade do TAC e anulou assembleias da CBF.

No pedido de liminar negado pelo STF, o PSD sustentou que a manutenção do afastamento do presidente da CBF pode representar represálias por parte da Federação Internacional de Futebol (Fifa) e da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol). José Perdiz de Jesus foi nomeado como interventor e presidente em exercício da CBF. Isso desagradou Fifa e Conmebol, que farão uma visita ao Brasil em janeiro.

Enquanto isso, Ednaldo Rodrigues já havia recorrido no Supremo Tribunal Judicial (STJ) para reverter a situação, alegando que o seu afastamento coloca em risco "a organização do futebol no País e toda a sua cadeia econômica". O pedido foi negado. O MP-RJ também foi ao STJ questionar a decisão do TJ-RJ, mas o Tribunal não aceitou a tese apresentada.

A Fifa e a Conmebol demonstraram toda sua insatisfação com a decisão judicial que afastou Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A entidade que dirige o futebol brasileiro recebeu um comunicado, nesta quinta-feira, no qual indica possíveis punições, se for mantida a interferência na CBF.

"A Fifa e a Conmebol gostariam de expressar a sua preocupação em relação a estes últimos desenvolvimentos e gentilmente lembrar a todas as partes interessadas relevantes que a CBF tem a obrigação legal de gerir os seus assuntos de forma independente e sem influência indevida de terceiros (cf. art. 14 par. 1 i) e art. 19 dos Estatutos da FIFA). Neste contexto, informamos que, caso as ações tomadas pelas autoridades judiciais competentes sejam consideradas como constituindo interferência indevida no sentido dos Estatutos da FIFA e da CONMEBOL, a FIFA e a CONMEBOL não poderão ter outra alternativa de ação senão aplicar as sanções relevantes sobre CBF, e isto mesmo que esta não tenha tido culpa (cf. art. 14 par. 3 dos Estatutos da FIFA)", disse a nota.

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José Perdiz de Jesus falou pela primeira vez como interventor e presidente em exercício da CBF, nesta quarta-feira, ao emitir um comunicado, no qual afirmou que fará 'mínima interferência desportiva'. O dirigente teria 30 dias para realizar eleições na entidade, mas Fifa e Conmebol pediram que uma novo pleito só ocorra após visita ao Brasil, prevista para janeiro.

"Nesse sentido, para fins de devida diligência e devido processo, a Fifa considera que nenhuma eleição deve ser convocada ou realizada até que uma delegação da FIFA e da CONMEBOL visite o Brasil em janeiro próximo para examinar a situação e discutir o assunto com as respectivas partes interessadas para relatar aos órgãos competentes da FIFA e permitir-lhes decidir sobre as ações necessárias a serem tomadas com o devido respeito aos Estatutos da CBF e à autonomia da associação membro", informou o comunicado.

Segundo a nota, Hélio Santos Menezes, Diretor de Governança e Compliance da CBF, seria a única pessoa autorizada a falar pela CBF no momento por ser o diretor mais velho. "Neste contexto, observe que nenhuma outra autoridade além desta pessoa responsável no sentido do Art. 64 dos Estatutos da CBF serão oficialmente reconhecidos pela Fifa e pela Conmebol", disse o documento.

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