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Na última semana, a Folha de São Paulo divulgou que suicídios em série entre servidores do Ministério Público de São Paulo (MPSP) estariam gerando preocupação entre os colaboradores e a diretoria do órgão. Os principais motivos por trás dos episódios seriam a ocorrência de assédio moral e cobrança excessiva por resultados. Nesta sexta-feira (23), o portal Metrópoles divulgou, com exclusividade, relatos de servidores sobre a rotina de assédio no MPSP. 

Entre junho de 2022 e maio deste ano, três funcionários do órgão se suicidaram e um foi socorrido após uma tentativa de suicídio. A Comissão de Saúde chegou a fazer um levantamento para entender o que estava acontecendo na rotina dos servidores. Na nova denúncia, os colegas de trabalho das pessoas falecidas contam, também, que presenciaram as ocorrências e o impacto do luto por suicídio nos que ficaram.  

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O Metrópoles ouviu 12 servidores e três ex-funcionários do Ministério Público que relataram ter sofrido assédio moral ou sexual de membros do MPSP, a maioria promotores e procuradores de Justiça. Os relatos apontam para uma rotina de intimidação, xingamentos, ameaças, sobrecarga de trabalho, desvio de função, falta de acolhimento a quem procura ajuda, omissão dos superiores e punição aos denunciantes. Algumas vítimas não foram identificadas. 

“A pessoa que escolhe se matar no local de trabalho, durante o expediente, quer passar uma mensagem sobre esse lugar”, diz um dos denunciantes. “Em uma reunião com uma promotora e um superior, me disseram que eu precisava me adaptar ao MP, e não o contrário”, conta uma outra servidora, promotora. Ela deixou a sala aos prantos e se abrigou no banheiro para desabafar com uma amiga por telefone: “Aqui eles tratam a gente feito bandido, parece que eu fiz alguma coisa muito grave”, disse na ocasião. 

A sequência de episódios motivou a criação de um movimento batizado “Nenhum Servidor a Menos”, um protesto de funcionários em frente ao prédio-sede do Ministério Público paulista e uma audiência pública na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).  

“Em 17 anos de Ministério Público, nunca recebi ameaça de criminoso, mas recebi ameaça de promotor”, desabafa o oficial de promotoria Bruno Bertolo, de 41 anos, outro servidor que afirma ser vítima de assédio moral dentro da instituição.  

“Isso ficou para trás, superei com muita ajuda dos meus familiares e amigos. Mas eu ia deixar uma carta explicando toda essa situação do MP que desgasta a gente e nada é feito”, afirma. 

Na carta, que seria endereçada à cúpula do MPSP, ele questionava: “Quando farão algo a respeito? Quando tivermos um suicídio por mês? Ou somente se algum cadáver atingir o automóvel de algum membro ministerial na queda? Até quando adotarão essa alienação deliberada? Como dormem tranquilos à noite? Em janeiro, eu tinha planejado me matar, ia cometer suicídio dentro do Ministério". 

Mortes por suicídio no MPSP 

Em menos de um ano, três servidores do Ministério se suicidaram. Um quarto funcionário tentou se matar, mas foi impedido. Os últimos três casos ocorreram em menos de 24 horas. Segundo apontado anteriormente, os servidores afirmam que colegas adoeceram por causa da deterioração na rotina de trabalho, sobrecarga e pressão psicológica. 

A primeira morte aconteceu em 29 de junho de 2022 e a vítima foi um analista jurídico; a segunda morte foi com um diretor de engenharia, em 10 de maio de 2023; e a última de um auxiliar de promotoria, em 11 de maio de 2023. O comando do órgão afirmou que os casos foram pontuais, de pessoas com problemas pessoais. 

Diante das perdas, a Comissão de Saúde do MPSP encomendou, no ano passado, uma pesquisa de riscos psicossociais na instituição e levantou que 77,2% dos participantes afirmaram ter sofrido algum tipo de constrangimento emocional; 50,1% se declararam vítimas de assédio moral; e 6,7% afirmaram já terem pensado em se matar. 

 

Pela primeira vez desde a Farofa da Gkay, o humorista Tirullipa falou sobre a polêmica que protagonizou no evento. Na ocasião, em um dos dias da folia, Tirullipa foi acusado de assédio por desamarrar o biquíni da influenciadora Nicole Louise durante uma brincadeira simulando a famosa Banheira do Gugu.

Após a repercussão nas redes sociais, o evento emitiu uma nota dizendo que o comediante foi expulso por assédio, mas, segundo o que o humorista contou durante sua participação no podcast Podcats, não foi bem assim.

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- Me retirei com a minha esposa e foi quando eu gravei o vídeo. Depois, a nota saiu. E foi a nota que me deixou triste. A forma como foi dita: expulso por assédio sexual. E eu não vejo isso até hoje como assediar sexualmente alguém. Era uma brincadeira de muito mau gosto. Vou para o resto da vida assumir. Eu paguei por isso, estou pagando até hoje por isso.

Ao ser questionado sobre a amizade com a anfitriã do evento, Gkay, Tirullipa afirmou nunca ter tido uma inimizade com a influenciadora, e que eles só se afastaram devido ao tumulto da situação.

- A gente nunca teve uma inimizade. Foi muito tumultuado para ela no momento, como para mim também foi muito tumultuado. A gente não esperava. Até então, todo mundo estava brincando ali e todo mundo estava na vibe. E depois da vibe que a gente entendeu o que a gente tinha feito. Até então, todo mundo estava brincando. Quando eu tentei conversar com ela, estava muito tumultuado e eu preferi sair porque eu conversei com ela e disse: Não vou ficar numa coisa que está todo mundo apontando. Se vai fazer mal para você, eu prefiro sair. Não foi uma expulsão. Ela não me expulsou em nenhum momento. Eu preferi me retirar, acho que não estava no mesmo clima mais. Quero pedir desculpas às pessoas, não consegui ter acesso a nenhuma delas, respeitei também o momento de cada uma e saí.

Um estudo, conduzido pela KPMG em fevereiro de 2023, aponta que mais de 30% dos casos de assédio ocorrem no trabalho. De acordo com o 'Mapa de assédio no Brasil', mais de 80% dos brasileiros já sofreram algum tipo de assédio e a maior concentração de casos está no sudeste (77%).

Os dados também revelam que, além do ambiente de trabalho, a maior incidência de assédio é o transporte público (11%), seguido de ambientes com familiares, amigos ou conhecidos (9,5%). A pesquisa, que contou com mais de mil respondentes, indica que 42% dos casos citados são de assédio moral ou psicológico, como também sexual (26%), discriminação (14%), retaliação (13%), virtual ou cyberbullying (5%).

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“Essas situações não podem ser permitidas e a entrada em vigor da Lei 14.457/22, em março de 2023, obriga empresas com Comissão Interna de Prevenção de Acidentes a adotarem medidas para evitar diferentes tipos de assédios. Ainda assim, as organizações precisam ir além do compliance com uma postura mais proativa para combater essa violência", ressalta Emerson Melo, sócio-líder da prática Forense da KPMG no Brasil e colíder na América do Sul, através da assessoria.

Recorte por região

Os dados do 'Mapa de assédio no Brasil' realizam um recorte regional. Segundo o estudo, a maioria das ocorrências estão no Sudeste, que reúne cerca de 77% dos casos. Em seguida estão: Sul (9,50%), Nordeste (6%), Centro-Oeste (5,6%) e Norte (2,3%). Já no contexto estadual, São Paulo registrou 56% dos casos, seguido por Rio de Janeiro (11%) e Minas Gerais (8%).

Denúncias

O levantamento traz números problemáticos no que se refere ao quantitativo de pessoas que denunciam os assédios. Quatro em cada cinco vítimas, ou seja, 82% dos respondentes que sofreram algum tipo de assédio, não reportaram o caso. 55% não denunciaram de qualquer forma e 27% não reportaram porque não havia um canal de denúncia.

Além disso, 12% dos entrevistados relataram o assédio aos responsáveis, 3% denunciaram à polícia ou em canais públicos, e apenas 2,4% denunciaram a responsáveis pelo ambiente no qual ocorreu a violência e recorreram à polícia ou canais de comunicação públicos.

Dudu Camargo foi condenado pela Justiça a pagar 30 mil reais de indenização à Simony por conta de um caso de importunação sexual acontecido em 2020, enquanto os dois participavam do programa Bastidores do Carnaval com Nelson Rubens.

Segundo informações do colunista Rogério Gentile, Dudu na época chegou no local sem convite elogiando as roupas da cantora e começou a fazer brincadeiras de conotação sexual ao dizer que queria ir para Banheira do Gugu com ela. Além disso, também foi relatado no processo aberto pela artista que o apresentador a agarrou para conseguir um selinho, tocou seus seios, disse que gostaria de fazer um filho com ela e simulou um ato sexual.

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A defesa de Dudu negou as acusações que ele tenha a apalpado, afirmando que foi um toque acidental.

"É mentira que tenha apalpado a requerente [Simony]. Durante toda a curta entrevista, a relação entre as partes foi de cordialidade. São dois artistas de televisão que, por cerca de quatro minutos, trocaram comentários jocosos para um programa de TV que segue essa linha."

Conforme noticiado pela coluna, o advogado de Camargo afirmou que Simony concordou com o selinho e que as imagens deixam claro a ausência de malícia. No entanto, o juiz não concordou e condenou Dudu por ter violado a intimidade física da cantora com os toques sem consentimento:

"O réu [Dudu Camargo] não só abraçou Simony como passou a praticar movimentos que simulam o ato sexual. Isso não pode ser entendido como uma mera brincadeira."

 

Em 2019, Tatiane Souza, que na época tinha 19 anos, participava de uma seletiva para trabalhar como vendedora em uma loja do Shopping Metropolitano Barra, no Rio de Janeiro, quando foi impedida de seguir no processo seletivo por se recudar a enviar "nudes" e participar do "teste do sofá" exigido pelo recrutador. Na ocasião, a vítima denunciou o caso.

O episódio de assédio ocorreu através do WhatsApp. "Foi muito rápido o retorno. Ele já começou a fazer a entrevista comigo, pediu o nome, o endereço, a minha experiência, foi uma entrevista normal no começo", contou a mulher em entrevista ao g1. Nas mensagens, o recrutador, que não teve o nome divulgado, chegou a apagar as partes da conversa em que pede o nudes e fala sobre "teste do sofá".

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Ao ter o pedido recusado, o homem foi questionado pela vítima. "A pessoa só se dá bem se mandar nudes é isso?". Como resposta, ela recebeu do recrutador: "Só trabalha quem manda nudes ou faz teste do sofá".

Troca de mensagens entre a vítima e o recrutador. Foto: reprodução

Após o episódio, Tatiane Souza processou o shopping, a loja e o responsável pelo envio da mensagem, que foram condenados em 2023 a pagar indenização de R$ 50 mil. No entanto, a decisão da 7ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro é passível de recurso por parte dos réus.

A campeã do BBB 21, Juliette Freire, está rendendo assunto nas redes sociais, após ter vivenciado uma situação inusitada. Ela foi abordada, na quinta-feira (27), por um fã com um ‘cheiro’ no pescoço. Os seguidores da famosa acusaram o homem de assédio.

Juliette estava atendendo alguns fãs na porta dos estúdios da Rede Globo, no Rio de Janeiro, quando um dos seus admiradores se aproximou rapidamente e deu um ‘cheiro' no pescoço da ex-bbb. Juliette rapidamente se afastou e disparou: "Cuidado, criatura, peraí!". Ela disse sorrindo e olhando para as câmeras.

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Na sequência, algumas pessoas presentes no local também deram risada da reação da cantora. Mesmo visivelmente incomodada, Juliette recompôs a postura e tirou uma foto abraçadinha com o admirador.

Nas redes sociais, a cena repercutiu negativamente e abriu um debate sobre a invasão de privacidade com as celebridades: “Homens precisam parar com a ideia de que o nosso corpo pode ser tocado de qualquer forma. Passou do aperto de mão já não é mais um direito seu, às vezes nem um aperto de mão precisa”, uma internauta opinou. “O povo exagera na intimidade também, né?”, disparou outra.

O PL apresentou, nessa quinta-feira (13), uma representação ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados acusando o deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA) de quebra de decoro parlamentar por importunar sexualmente a deputada Júlia Zanatta (PL-SC) na última terça (11), durante sessão da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado.

"A deputada Júlia Zanatta foi abordada pelo representado com comportamento inadequado e inaceitável, em ato claro e incontestável de natureza abusiva com contornos de importunação sexual e ainda violência política contra a mulher", afirma o PL.

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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) receberá a representação e poderá encaminhá-la para o Conselho de Ética.

O episódio foi divulgado por Júlia nas suas redes sociais no começo da tarde desta quarta-feira (12). Ela publicou uma sequência de fotos nas quais é possível ver Jerry se aproximar dela pelas costas. "Nunca dei liberdade para esse deputado e nem sabia qual era o nome dele. Se fosse uma deputada de esquerda e um deputado de direita: já sabem né?"

Instantes depois, o deputado divulgou um vídeo, também nas redes sociais, que corresponderia ao mesmo momento das fotos. Ele disse ao Estadão que interveio porque Júlia "estava abordando de forma extremamente agressiva a deputada Lídice da Mata (PSD-BA)".

No momento em que aproxima o rosto de Júlia, Jerry afirma que disse "é uma deputada com 40 anos de mandato, respeite". Ele nega que tenha cometido qualquer crime e afirma que foi vítima de uma fake news.

A sessão da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da terça-feira foi encerrada por causa de um tumulto generalizado entre os parlamentares.

O Estadão procurou a deputada Lídice da Mata, que também aparece no vídeo. A parlamentar afirma que estava no fundo do plenário e se envolveu em uma acalorada discussão com outros deputados bolsonaristas. Júlia, então, teria vindo em direção a ela. "Ela virou para mim, de dedo em riste, 'homem não pode mandar ficar calma, não? Pois então eu posso, eu sou mulher'", disse Lídice.

Há pouco mais de um mês, a liderança do PT na Câmara representou contra Júlia no Supremo por causa de uma foto que ela publicou nas suas redes sociais. Ela estava segurando uma arma, enquanto vestia uma camiseta com o desenho de uma mão com nove dedos perfurada com balas, o que foi lido como uma alusão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A deputada Júlia Zanatta (PL-SC) acusou seu colega Márcio Jerry (PCdoB-MA) de assédio durante uma sessão na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (11). O vídeo da ocasião, que aconteceu durante uma discussão de Zanatta na Câmara, mas com outra deputada, foi publicado nas redes sociais. Jerry publicou as imagens, negando a versão da opositora e colocando as alegações como “fake news”. É possível ver que, durante a confusão, o deputado encosta na colega e fala algo no ouvido dela. 

“Nunca dei liberdade para esse deputado e nem sabia qual era o nome dele, mas ele se sentiu livre para chegar por trás de mim”, denunciou a vice-líder do PL na Câmara em publicação de foto no Instagram. A cena aconteceu enquanto Júlia discutia com Lídice da Mata (PSB-BA), na reunião da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara, que recebeu o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), e foi marcada por tumulto generalizado. 

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“A sorte que alguém pegou a cena absurda. Se fosse uma deputada de esquerda e um deputado de direita: já sabem né?”, acrescentou. 

Também pelas redes sociais, Márcio Jerry respondeu às acusações chamando-as de “fake news absurda”. 

“A senhora estava gritando com a deputada Lídice da Mata e eu apenas disse à senhora: “Por favor, respeite a deputada que tem uma história na política brasileira e aqui no Congresso Nacional”. Absurdo tentar tão infame e despropositada acusação”, escreveu o deputado no Twitter. Os partidos dos respectivos parlamentares ainda não se posicionaram sobre o caso. 

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A professora de uma escola municipal de Teresópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, que foi acusada de assediar sexualmente uma criança de 10 anos, foi afastada do cargo. De acordo com as investigações, a mulher de 37 anos enviou mensagens com teor sexual e fotos sensuais ao garoto. 

A prefeitura da cidade informou que a Secretaria de Educação abriu um processo administrativo disciplinar para apurar o caso. A Polícia Civil, por sua vez, apreendeu o celular, o computador e o pen drive na casa da professora durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão. Ela também não pode ter contato com o menor. 

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A Justiça Federal de Brasília aceitou denúncia do Ministério Público Federal (MPF) e o ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, tornou-se réu por denúncias de assédio sexual e moral feitas por funcionárias do banco estatal.

Os detalhes da denúncia ainda não são conhecidos, pois a ação penal contra Guimarães tramita sob sigilo. Casos envolvendo assédio, sobretudo sexual, costumam tramitar em segredo de Justiça, como forma de preservar a intimidade das vítimas.

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O caso veio à tona em meados do ano passado, quando uma reportagem do portal Metrópoles revelou as acusações de assédio feitas por cinco funcionárias da Caixa à ouvidoria da instituição. Outras vítimas apareceram após a repercussão, que levou Guimarães a ser demitido da presidência do banco.

Após as revelações, o MPF passou a investigar o caso, o que resultou na denúncia agora aceita pela 15ª Vara Federal de Brasília. Na acusação, constam depoimentos captados em vídeo das vítimas, que foram interrogadas pelos procuradores responsáveis.

Com a abertura da ação penal, inicia-se uma nova fase de instrução do processo, em que acusação e defesa poderão solicitar novas diligências e, ao final, deverão apresentar as alegações finais, antes da sentença do juiz.

Guimarães é alvo ainda de um outro processo, dessa vez na seara trabalhista, no qual o Ministério Público do Trabalho (MPT) pede indenização de R$ 30,5 milhões pelos danos causados pelo ex-presidente da Caixa.

O executivo sempre negou todas as acusações. Em nota, o advogado José Luis Oliveira Lima, que representa Guimarães, disse que seu cliente é inocente e que ele confia na Justiça. “A defesa de Pedro Guimarães nega taxativamente a prática de qualquer crime e tem certeza de que durante a instrução a verdade virá à tona, com a sua absolvição”, disse o defensor.

Na manhã desta quarta-feira (29), um homem foi preso por importunação sexual após filmar e tirar fotos de uma mulher em um ônibus em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que Daiane Silve da Costa, de 37 anos, percebeu a ação, tomou o celular da mão do homem e expôs os registros indevidos para os demais passageiros. 

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“Safado, cretino, assediador! Eu indo trabalhar e ele me filmando e tirando foto minha", diz ela, nas imagens. Em seguida, o homem responde: "foi sem querer, moça".

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Ao G1, Daiane informou que também encontrou, no celular, imagens semelhantes de outras passageiras do ônibus. "Me senti oprimida, é um descaso, a gente não pode nem pegar um ônibus. Postei o vídeo para ele não ficar ipune, para ele pagar pelo que fez", disse.

A Polícia Civil não revelou a identidade do suspeito, mas informou que ele foi preso em flagrante e encaminhado ao sistema prisional. Um inquérito foi aberto para investigar o caso.

Um grupo de estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) prestou uma denúncia de assédio na tarde desta terça-feira (28). Segundo os alunos, um homem que estava presente em um evento do curso de filosofia no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) filmou e tirou fotos de uma mãe amamentando seu bebê. O suspeito foi levado pela polícia e presta depoimento.

Yasmin Gomes, estudante de filosofia da universidade, detalhou os relatos que recebeu do aluno que presenciou tudo. De acordo com a testemunha, o homem esteve presente primeiro no Centro de Educação (CE) da UFPE, onde fez comentários violentos em relação ao assédio de mulheres.

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“O assediador foi em encontro a três pessoas, duas alunas e um aluno. Ao se aproximar, questionou se podia fazer algumas perguntas. Uma delas foi ‘por que as mulheres podem assediar os homens e os homens não podem assediar as mulheres?’ O assediador acrescentou com ‘as mulheres sempre estão em poses eróticas e ainda querem que eu ainda reprima os meus desejos’,” conta Yasmin.

Após a primeira situação, o homem seguiu para o CFCH, onde foi acusado de gravar e tirar fotos de uma mãe que estava amamentando seu filho. Após a denúncia, os estudantes ficaram observando o caso do lado de fora da recepção do CFCH. Ingrid de Lima, discente da UFPE, contou que a situação foi uma medida de segurança do próprio corpo estudantil.

“Assim que os estudantes começaram a apontar o homem como assediador, os seguranças da universidade agiram para protegê-lo de alguma agressão física, porque a galera estava com os ânimos bem exaltados. E como esses seguranças andam armados, houve essa divisão do pessoal do lado de fora como uma tentativa de proteger os próprios estudantes”, explica Ingrid.

A aluna, junto com relatos de outros amigos, afirma que a situação não é incomum e que gera medo nos estudantes. “Esse não é o primeiro caso que acontece. Toda semana tem estudantes relatando assédio no CFCH. Essa foi a única vez que pegaram o cara, mas sempre tem“, afirma a universitária.

A presidente do DCE (Diretório Central dos Estudantes), Débora Karolayne, diz que as denúncias oficializadas são muito poucas. “Existem boatos sobre recorrência [de casos de assédio] sempre, no entanto como nunca é denunciado nas ouvidorias, não fica registrado. Nós enquanto movimento estudantil é quem nos aproximamos para tanto assegurar a vítima, quanto para fazer a denúncia em nome do DCE”, relata.

Débora contou ao LeiaJá que a segurança da UFPE acompanhou as vítimas para depor na delegacia. Em nota, a universidade confirmou que recebeu a denúncia e que sua Superintendência de Segurança Institucional (SSI) esteve em contato com as vítimas. Leia a nota na íntegra:

“A Universidade Federal de Pernambuco foi acionada, através de seus canais institucionais, sobre ocorrência no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), no início da tarde de hoje (28.03). 

A Superintendência de Segurança Institucional - SSI atuou no sentido de conter o suspeito e informar a Polícia Militar que, por sua vez, encaminhou o mesmo para a Delegacia da Mulher com a finalidade de apurar o caso. A SSI ofereceu suporte às vítimas no acompanhamento até a unidade policial.

A Administração Central está acompanhando a situação e permanece à disposição para colaborar com o que for solicitado. A UFPE repudia todo e qualquer caso de violência contra a mulher, em seus espaços institucionais e fora dele; e trabalha para construção de uma sociedade inclusiva, livre de preconceitos, discriminações e violências.”

Lexa e MC Guimê não estão mais juntos, segundo informações do jornal O Dia. O casamento não teria resistido à polêmica participação do cantor no BBB23 e chegado ao fim depois de uma conversa entre as partes.

Segundo noticiou o jornal, a informação teria sido comunicada pela própria assessoria de imprensa da cantora, que ainda não se pronunciou sobre o assunto em suas redes sociais.

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Vale lembrar que Guimê está sendo investigado por importunação sexual. O cantor foi flagrado passando a mão nas partes íntimas de Dania Mendez, mexicana que estava fazendo um intercâmbio no programa brasileiro. As câmeras também flagraram o desconforto da sister com a insistência do brother durante a festa do líder.

Com a expulsão de Guimê do BBB23, Lexa contou aos seguidores que estava indo para o Rio de Janeiro para conversar com o marido. No último domingo, dia 19, ela virou alvo de polêmicas após o jornal Metrópoles noticiar que ela havia promovido uma festa para Guimê na casa da mãe. A informação foi negada pela cantora no mesmo dia, através do Twitter.

MC Guimê também ainda não se pronunciou sobre o possível fim do casamento.

O rapper carioca Filipe Ret viralizou após apostar R$ 100 mil na vitória de MC Guimê no Big Brother Brasil 2023. O músico chegou a trocar a foto de perfil do Instagram para uma do amigo funkeiro e criou um movimento nas redes sociais, em torcida pelo brother. No entanto, após as acusações de assédio contra Guimê, que foi visto passando a mão no corpo de uma participante do programa, Ret removeu a foto de perfil nessa quinta-feira (16).

“Papo reto, apostei 100 mil [reais] que o MC Guimê vai ser o campeão do BBB”, escreveu Ret em suas redes sociais, em fevereiro deste ano. Além da grande aposta, Ret tem uma música gravada com MC Guimê e que deve ser lançada em 28 de abril, três dias após o fim do programa da Globo.

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O cantor fez a aposta no funkeiro em um site de jogos. “Foi por causa do coração dele”, ele justificou ao g1 em entrevista no dia 2 de março. “Ele é um cara que me transmite essa pureza. Ele é o MC típico, representa a gente lá", ele disse.

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Caso de assédio

Durante a festa do Líder do BBB23, MC Guimê e Cara de Sapato foram acusados de assédio contra a influenciadora mexicana Dania Mendez e internautas pediram pela expulsão de ambos os participantes.

Em vídeos recuperados pelos usuários, é possível ver que o cantor passa a mão no corpo de Dania Mendez, mexicana que está em intercâmbio no reality da Globo. Dani também foi alvo de Cara de Sapato, que teria deixado a moça desconfortável ao forçar abraços e chegou a imobilizar a sister na cama.

 

O treinador de um time de futsal feminino da cidade de Fortaleza, que está sendo acusado de assédio sexual contra menores de idade, também teria ameacado uma jogadora de morte. A notícia publicada nesta terça-feira (14) é do G1.

A ameaça enviada em áudio, segundo o portal, também contêm termos que se enquadram na acusação de assédio já relatado pelas jovens. 

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“Deixa a * com as bobagens dela que o * dela é cabeludo. Ela não raspa nem o * dela. Tu não. Se tu ficar com bobagem aí, eu mando te matar, viu?", disse o assediador, que era treinador da vítima. 

O caso segue com a Polícia Civil do Ceará e está na fase inicial de investigação. O treinador, através da sua defesa, informou que só irá se manifestar no “momento adequado”.

Jogadoras de futsal de um clube de Fortaleza denunciaram o treinador, que teria assediado diversas atletas. A denúncia foi divulgada pelo GE nesta segunda-feira (13). Todas as meninas são menores de idade.

Desde mensagens obscenas até massagens com atitudes indevidas. Esses são alguns dos relatos das jovens menores de idade que foram assediadas. Em um dos casos, uma das vítimas filmou o assediador fazendo uma massagem e passando a mão próximo a virilha dela. 

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Outro relato foi de que ele teria convidado uma menina de 13 anos para chegar mais cedo no treino. Outras meninas acabaram chegando de surpresa, mas o treinador inventou um motivo para que elas saíssem e foi nesse momento que ele teria assediado a jovem. Por medo, ela acabou não denunciando. 

Em nota para o GE, a Polícia Civil não deu muitos detalhes sobre o caso e afirmou que “mais detalhes serão repassados em momento oportuno para não comprometer os trabalhos policiais”. O caso é investigado pela Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu, nesse sábado (25), um homem de 48 anos por suspeita de importunação sexual dentro de um ônibus em Planaltina, no Distrito Federal. A prisão ocorreu no quilômetro 37 da BR-020 e o suspeito foi encaminhado à 16ª Delegacia de Polícia em Planaltina. O veículo era interestadual e saía de Formosa, em Goiás, com destino à capital federal.  

Segundo a PRF, os policiais foram acionados para atender uma ocorrência de importunação sexual por volta das 10h18 do sábado (25). A vítima relatou aos policiais que o homem estava sentado ao lado dela quando a tocou nas partes íntimas, além de posicionar a perna dele sobre ela. 

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O toque ao corpo alheio sem consentimento, e com intenção libidinosa, é considerado importunação sexual, junto a uma outra série de condutas invasivas. A pena para esse crime vai de um a cinco anos de reclusão, se não forem reconhecidos agravantes. 

Nos casos de importunação sexual, a PRF reforça que a denúncia formal é sempre indicada, para que seja possível cobrar das autoridades. Além disso, a polícia pede para que a vítima crie testemunhas e não deixe de manifestar a importunação, pois a visibilidade do flagrante também pode ajudar a dar mais celeridade ao caso.  

Para situações ocorridas no transporte coletivo, a instituição recomenda que a pessoa assediada peça parada ao cobrador ou motorista e desça em uma unidade operacional da PRF, se possível. Caso não seja, uma opção é sinalizar discretamente a uma pessoa próxima o que está acontecendo, informando que a situação incorre em crime de importunação sexual. A vítima pode ainda ligar para a PRF pelo 191.

 

A ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro (PL) vem intensificando publicações de cunho político nas suas redes sociais e para o Carnaval deixou seu recado sobre o “não é não”. Em vídeo produzido pelo seu partido e compartilhado nas suas redes sociais na noite da sexta-feira (17), vestida de rosa, ela pediu respeito às mulheres que vão brincar o Carnaval.

Frisando o tema do Carnaval deste ano: “Minha fantasia não é convite! Não é não”, Michelle orientou que mulheres que sofram assédio podem pedir ajuda pelo 190 e denunciar pelo 180.

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Eleições 2026

A publicação reforça ainda mais a sinalização do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto sobre a possibilidade de Michelle ser a candidata da legenda à presidência da República em 2026, caso Bolsonaro desista ou esteja impossibilitado de ser o candidato natural do partido.

 

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, usou o Twitter, nesta sexta-feira (17), para incentivar o combate ao assédio e anunciar que o Governo Federal reestruturou a Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180. Janja também estimulou que as vítimas de violência durante o Carnaval acionem o número e façam denúncias. 

A esposa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o 180 estava desmobilizado e o Ministério da Mulher atuou nos últimos dias para reorganizar o atendimento. 

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"O Carnaval chegou e nós sabemos que, nessa época, aumenta o número de assédios e outras formas de violência sexual contra mulheres", disse Janja.

"No Carnaval, se você vir alguma mulher sofrendo esse tipo de violência ou se for vítima, acione o 180", aconselhou Janja. "Aproveitem o Carnaval, se cuidem, se cuidem uma das outras, e se for preciso, acionem o 180", emendou.

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Carnaval é época de diversão e durante a folia acontece muita paquera. No entanto, o que não é consentido é considerado crime: a Lei 13.718, em vigor desde 2018, criminaliza os atos de importunação sexual e divulgação de cenas de estupro, nudez, sexo e pornografia.

A pena para as duas condutas é prisão de 1 a 5 anos. A importunação sexual foi definida em termos legais como a prática de ato libidinoso contra alguém sem a sua anuência “com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro".

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Atos considerados por muitos como parte da festa como passar a mão no corpo de alguém ou roubar um beijo hoje são tipificados como crime de importunação sexual. Beijo à força ou qualquer outro ato consumado mediante violência ou grave ameaça, impedindo a vítima de se defender, de acordo com a mesma lei, configura crime de estupro. Beijo, portanto, só consentido.

A psiquiatra Danielle Admoni, especialista pela Associação Brasileira de Psiquiatria, explica porque, apesar da lei, é tão difícil o entendimento de que “não é não”, principalmente pelos homens. 

“Muitas vezes o ‘não’ é entendido como: ‘ela quer, mas quer dar uma de difícil’, ‘ela quer, mas está com vergonha’, e isso é terrível porque essa pessoa está falando não, e não é não. Mesmo que ela fale de forma educada, ou sorrindo, não é não. Mas a pessoa que está do outro lado não tem esse entendimento por essa questão sociocultural, de que ele está acima.”

A pedagoga Claudia Petry, especialista em Sexologia Clínica e em Educação para a Sexualidade pela Universidade Federal de Santa Catarina, concorda que, mesmo com a lei, a questão é cultural, mas principalmente de não saber lidar com as frustrações.  

“Nossa sociedade, ao longo da nossa história, foi muito permissiva para as questões do homem sobre a mulher. Assim, formamos no passado, e também no presente, uma sociedade em que o homem pensa ter o poder - e posse - e, que pode ter tudo o que quer, não aprendendo a lidar com quaisquer frustrações e principalmente, com os direitos da mulher ou de qualquer outra pessoa. Ouvir um 'não' – e aceitá-lo – é respeitar o livre arbítrio do outro e tirar do abusador o ‘poder’ de fazer o que quer”.

Já a psicóloga Monica Machado, especialista em Psicanálise e Saúde Mental pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein, alerta que, em caso de violências, abuso ou importunação, é preciso procurar ajuda psicológica. 

“Não deixe de falar com pessoas próximas e procure ajuda profissional. Muitas mulheres se sentem envergonhadas e preferem se calar. No entanto, essa ferida pode gerar um trauma e transtornos psicológicos. Guardar para si é alimentar a continuidade da situação e não pensar que alguém próximo também pode ser vítima algum dia”, reforça. 

Medidas de prevenção

Mesmo com a tipificação de crime e ações governamentais para acolhimento às vítimas, algumas dicas de especialistas podem ajudar a se proteger no carnaval: 

Cuidado com os golpes da bebida: não aceite bebidas de estranhos e não deixe seu copo sozinho na mesa. Essas medidas impedem que os abusadores coloquem qualquer tipo de substância que possa deixar a vítima desorientada e assim facilitar o abuso. 

Apito: tenha em mãos um apito e uma caneta marca texto preta, para riscar um “X” (símbolo de socorro) na palma da mão e deixar visível, caso precise. “Estas técnicas já ajudaram muitas mulheres a se livrar de situações de risco”, ressalta a psicóloga Monica Machado.

Mantenha contato com seu grupo de amigos: antes de sair, crie um grupo com os amigos que estarão com você. Caso se perca deles ou precise de ajuda, contate-os pelo grupo. Vale ainda marcar um ponto de referência, de preferência, que seja movimentado. “Evite ficar sozinha. Mesmo em meio à multidão, você será um alvo fácil, principalmente para homens sob efeito de álcool/drogas. Ao se sentir perseguida ou em situação vulnerável, busque um policial próximo ou entre em um estabelecimento”, aconselha a sexóloga Claudia Petry.

Cuidado com o celular e pertences: além de cuidar de sua integridade física, cuide também de seus pertences. Leve o mínimo possível para a folia. Guarde seu celular em uma ‘doleira’, por baixo da roupa, assim como a cópia da sua identidade e o dinheiro. Evite pagar por PIX e delete todos os aplicativos de banco. Além da violência sexual, os abusadores podem roubar a vítima também. 

Atenção no transporte público: na volta para casa, seja de metrô ou ônibus, procure sentar perto do motorista ou de outras pessoas, principalmente se for tarde da noite. Evite ficar isolada e dormir no banco. Se estiver de carro, certifique-se de que não há ninguém próximo ao ir embora. Também evite estacionar em ruas desertas.

Como denunciar

Se presenciar ou for vítima de importunação sexual, as denúncias podem ser feitas para o Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher ou procurando diretamente a Guarda Municipal da sua cidade ou a Polícia Militar, ligando 190.

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