Mulher será indenizada após recrutador pedir 'nudes'

Em 2019, Tatiane de Souza participou de uma seletiva para trabalhar em uma loja do Shopping Metropolitano Barra, no Rio de Janeiro, quando foi assediada pelo recrutador

qua, 10/05/2023 - 10:21
Unplash Conversa através do WhatsApp Unplash

Em 2019, Tatiane Souza, que na época tinha 19 anos, participava de uma seletiva para trabalhar como vendedora em uma loja do Shopping Metropolitano Barra, no Rio de Janeiro, quando foi impedida de seguir no processo seletivo por se recudar a enviar "nudes" e participar do "teste do sofá" exigido pelo recrutador. Na ocasião, a vítima denunciou o caso.

O episódio de assédio ocorreu através do WhatsApp. "Foi muito rápido o retorno. Ele já começou a fazer a entrevista comigo, pediu o nome, o endereço, a minha experiência, foi uma entrevista normal no começo", contou a mulher em entrevista ao g1. Nas mensagens, o recrutador, que não teve o nome divulgado, chegou a apagar as partes da conversa em que pede o nudes e fala sobre "teste do sofá".

Ao ter o pedido recusado, o homem foi questionado pela vítima. "A pessoa só se dá bem se mandar nudes é isso?". Como resposta, ela recebeu do recrutador: "Só trabalha quem manda nudes ou faz teste do sofá".

Troca de mensagens entre a vítima e o recrutador. Foto: reprodução

Após o episódio, Tatiane Souza processou o shopping, a loja e o responsável pelo envio da mensagem, que foram condenados em 2023 a pagar indenização de R$ 50 mil. No entanto, a decisão da 7ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro é passível de recurso por parte dos réus.

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