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Antecipando a chegada do Carnaval, período em que a prática do assédio e da importunação sexual costuma ter alta de registros, a Ordem dos Advogados do Brasil de Pernambuco (OAB-PE) elaborou uma cartilha com orientações sobre as diferentes violências sofridas por mulheres durante a folia. O material informativo "Meu direito não é brincadeira", além de detalhar essas condutas, a fim de auxiliar na identificação dos crimes, também informa sobre canais de denúncia e faz recorte racial para situações de violência contra mulheres negras. 

Segundo a Ordem, a publicação da cartilha, que terá formato on-line, acontecerá no dia 25 de janeiro, durante a cerimônia de outorga da Medalha Heroínas de Tejucupapo, no auditório da OAB-PE, às 15h. 

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“A garantia dos direitos humanos é uma das bandeiras de nossa instituição, que tem participação ativa nos momentos mais importantes da história do país”, diz a vice-presidente da OAB-PE, Ingrid Zanella. “No material que lançamos este ano, trouxemos atualizações importantes sobre os protocolos “Violeta” e “Não é não”. Precisamos conhecer estas ferramentas, nos empoderar delas e avançarmos no combate à violência de gênero”, ressalta. 

Conteúdo da cartilha 

O informe detalha as diferentes formas de assédio, orienta a vítima sobre a melhor forma de agir na hora do ocorrido e explica como é o procedimento na delegacia, na hora de registrar o boletim de ocorrência. Em destaque, está a ênfase de que o assédio pode ocorrer em qualquer situação e com mulheres de qualquer perfil, independente das vestimentas ou do local em que a vítima se encontre. 

O material trata, ainda, da hiperssexualização de mulheres negras e da importância do combate a transfobia, lesbofobia e homofobia. A partir do lançamento, no dia 25 de janeiro, a cartilha “Meu direito não é brincadeira” estará disponível, gratuitamente, no site da OAB-PE (oabpe.org.br/). 

 

 Um professor de 47 anos, que dava aula em uma escola municipal de Manaus, Amazonas, está sendo investigado por suspeita de abusar e importunar sexualmente 14 alunas. A Polícia Civil do Estado aponta que as garotas têm entre 11 e 13 anos.

Os abusos, denunciados pelas meninas e pela direção da escola, aconteciam em sala de aula, durante dinâmicas em que o suspeito aproveitava para ter contato físico com as vítimas. 

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"Ele começou a introduzir um jogo durante as aulas, com a desculpa de que aquilo ajudaria os alunos a entender melhor a matéria. Então, quando ele mostrava esse jogo para as meninas, aproveitava para tocá-las. Por isso, estamos ouvindo cada uma, pois já identificamos toques que são tipificados como estupro de vulnerável", disse a delegada Joyce Coelho, em entrevista à Rede Amazônica.

A autoridade policial aponta ainda que, até o momento, nove inquéritos policiais por importunação sexual e outros cinco por estupro de vulnerável já foram instaurados.

"Acreditamos que mais vítimas vão nos procurar, porque há relatos de que esse comportamento dele era frequente em salas de aula", assevera a delegada.

A Prefeitura de Manaus publicou uma nota informando que o professor foi afastado da sala de aula e responderá administrativamente pela conduta. Confira o posicionamento na íntegra.

A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), informa que é totalmente contra qualquer tipo de violência praticada com crianças e adolescentes intrafamiliar ou no ambiente escolar, seja por servidores ou professores, principalmente a violência sexual.

A escola comunicou o setor jurídico da Semed e o professor foi afastado imediatamente da sala de aula. O mesmo responderá administrativamente pela conduta abusiva e desrespeitosa. A Semed também notificou o fato ao Conselho Tutelar e agora o professor está sob a responsabilidade da Justiça.

A rede municipal de educação ressalta que desenvolve, durante todo o ano letivo, ações de abordagem sobre temas relacionados ao abuso sexual infantil. O assunto é trabalhado desde a educação infantil ao ensino fundamental, de uma forma adequada para cada faixa etária de idade.

Essa ação fez com que as estudantes não se calassem e denunciassem o professor. Quanto às alunas, a Semed dará todo o apoio psicológico necessário, por meio do programa de Prevenção e Enfrentamento às Violações dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes da Semed.

Um técnico de enfermagem de Rondônia é alvo de, pelo menos, duas denúncias de importunação sexual, feitas por suas pacientes do posto de saúde municipal de Mariana, bairro na Zona Leste de Porto Velho, capital do estado. De acordo com os relatos feitos à Polícia Militar, obtidos pelo G1, o homem esfregava o pênis nas vítimas durante atendimento, após fingir aplicar uma espécie de anestesia.  

O suspeito, não identificado, foi preso na noite dessa quinta-feira (10) e consta no boletim de ocorrência que o pai de uma das vítimas acionou a polícia. Segundo o responsável pela denúncia, sua filha havia ido ao posto de saúde e ao chegar em casa revelou ter sido importunada sexualmente pelo técnico após aplicação de injeção. 

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O técnico mostrava um padrão ao cometer o crime: fingia aplicar uma injeção para diminuir a sensação de dor nas nádegas e então assediava a vítima. Ele chamava a suposta injeção de “técnica”. Após ser abusada, a mulher contou ao marido sobre o ocorrido na sala da Unidade Básica de Saúde. O esposo, irritado, partiu para cima do técnico e os dois discutiram. Com um capacete na mão, o marido da vítima golpeou o funcionário do posto. 

Na unidade de saúde, os policiais se deparam com uma segunda do técnico de enfermagem. A outra depoente relatou aos policiais que ao tomar a injeção, o servidor perguntou se ela era casada e informou que aplicaria uma técnica de massagem nas nádegas dela. Depois de aplicar a injeção, o homem repetiu o mesmo ato de esfregar o órgão sexual na vítima. 

O profissional de saúde foi preso por importunação sexual e pode pegar de um a cinco anos de prisão, além de pagar indenização. O esposo da vítima e o amigo dele também receberam voz de prisão pelo crime de lesão corporal, pois atacaram o servidor. Todos eles foram levados à Central de Flagrante para as devidas providências legais. 

À reportagem a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) informou "estar ciente do ocorrido e que está verificando junto à coordenadoria jurídica o procedimento legal a ser seguido". 

 

O prejuízo causado pelas incessantes ligações de telemarketing ao longo do dia pode garantir um processo por danos morais contra as operadoras. A prática abusiva praticamente inutiliza a linha e tem como resposta a ferramenta Não Me Perturbe, que fecha seu segundo ano com mais de 9 milhões de números bloqueados.

"Era coisa de 10 minutos [entre cada ligação]. Teve um dia que eu contei e recebi umas 50. Só parava realmente na hora do almoço. Começava pontualmente entre as 8h e 9h da manhã e aí só paravam de 19h. O dia inteiro assim", reclamou o designer Pedro Muniz, que precisou bloquear o aparelho para chamadas desconhecidas por quase três semanas em virtude da importunação. 

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Cerca de 90% das vezes, a ligação simplesmente caía ou as atendentes tentavam convencê-lo a assinar planos de internet. 

LeiaJá também: Após vazamento de cliente, operadoras omitem terceirizada

A inconveniência da condição lembrada como "absurda" e "insuportável", o impediu de utilizar outras funções do celular. Quando tentava ouvir música era interrompido, quando não atrapalhado para gravar áudios ou no meio de chamadas pessoais.

"Basicamente inutilizou o celular", reprovou.

Processo por danos morais

Com o aparelho sempre no silencioso ou em modo avião, sua relação de trabalho também foi afetada. "Se alguém me ligar, se realmente fosse uma pessoa me ligando de um número que eu não tinha, eu não ia atender. Eu estava de mudança na época, então teve móvel que chegou aqui e eu não vi, teve móvel que chegou na loja e eu só vim saber dias depois quando liguei e eles disseram que tinha ligado, mas eu não atendi. Foi muito complicado", desaprovou.

As ligações não paravam e ele buscou apoio jurídico para entrar com uma ação judicial contra as operadoras. Pedro foi orientado a salvar todos os protocolos de atendimento e fazer prints das ligações recebidas e das suas tentativas de suspender as ligações em contatos com funcionárias das operadoras por WhatsApp.

A advogada Thaís Friedrich esclarece que o material registrado pelo designer serviu como provas para dar entrada em uma ação de prática abusiva no Juizado de Pequenas Causas. 

Ela cobrou indenização por danos morais e conta que já havia percebido o aumento de casos de importunação, mas a maioria dos consumidores não costuma ir atrás de reparações. "As pessoas acham que não vai dar em nada", comentou.

A ação foi ajuizada em agosto e a audiência marcada para outubro. As duas envolvidas, CLARO e TIM foram denunciadas, mas a segunda não compareceu e será julgada em revelia. A CLARO esteve presente e firmou um acordo de conciliação.

Friedrich recomenda que os consumidores lesados sigam os passos de Pedro e tentem resolver com as empresas antes de abrir um processo. Nesse caso, é preciso comprovar essa tentativa, da mesma forma, salvando protocolos e prints da ligação. Também é importante tentar gravar as chamadas para resolver direto com a operadora. 

Procurada pelo LeiaJá, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) relatou que ainda não concluiu a formatação de ações de monitoramento para conferir como as empresas têm atuado para captar clientes por ligação. Questionada sobre as multas aplicadas, Anatel não apresentou levantamentos e indicou que apenas acompanha a implementação de medidas de combate ao telemarketing abusivo.

As estatísticas de reclamação mostram que a CLARO é a operadora com mais queixas. Desde 2019, a empresa foi líder de reclamações em praticamente todos os meses e ficou atrás da OI em apenas quatro oportunidades. Os principais motivos são “Recebimento inoportuno de ligações de oferta” e "Recebimento de mensagens publicitárias não autorizadas no seu telefone fixo ou móvel", informou a Anatel.

A proposta da Agência para reverter a importunação é alterar o Código Não Geográfico da ligação para 0303. Com a padronização, o consumidor conseguiria identificar que a chamada se trata de telemarketing.

Canais de denúncia da Anatel:

Bloqueio de chamadas indesejadas

Desde 2019, o bloqueio de ligações indesejadas, seja de operadoras ou instituições financeiras, pode ser feito pela ferramenta Não Me Perturbe, que atua 30 dias após o cadastro. “O usuário pode cadastrar seu número de telefone fixo ou de celular para não receber chamadas de telemarketing de empresas de telecomunicações e de oferta de crédito consignado”, explica a gerenciadora Conexis Brasil Digital. 

A iniciativa conjunta da Oi, Algar, Claro, Sercomtel, Sky, Tim, Vivo também criou um Código de Conduta para Ofertas de Serviços de Telecomunicações por meio de telemarketing, que estabelece, horários para ligações, respeito à lista de bloqueio e mecanismos de apuração do descumprimento do Código de Conduta.

 

 

 

 

A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DDM) de Cuiabá-MT, prendeu um empresário na sexta-feira (26) em ação para cumprimento de mandado de prisão preventiva.

O suspeito de 45 anos teve a ordem judicial de prisão decretada após investigação em quatro procedimentos de inquéritos policiais envolvendo crime de violência sexual contra várias vítimas. 

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De acordo com o delegado responsável pelos casos, Cley Celestino Batista, a equipe da Delegacia da Mulher já estava em investigações e serviços de campana há alguns dias, quando, na sexta-feira (26), uma policial civil avistou o empresário saindo de um comércio na capital. "De imediato a investigadora solicitou apoio de uma equipe da Delegacia Fazendária (Defaz), que prontamente auxiliou no cumprimento do mandado de prisão e condução do autor", destacou o delegado.

Conforme apurado pela Polícia Civil em 2020, o empresário foi preso em flagrante por importunação sexual cometido contra uma vítima de 18 anos. Na ocasião, a moça declarou que foi até a empresa do autor para uma entrevista de trabalho e sofreu várias situações de constrangimento por parte dele, que a obrigou, inclusive, a tirar as roupas e mostrar suas tatuagens. Para a polícia, foi cometido o crime de importunação sexual  mediante a sequência de atos libidinosos perpetrados contra a vítima.

Além da jovem de 18 anos, outras três mulheres registraram ocorrência da mesma natureza, também em 2020, imputando ao autor o crime de importunação sexual e assédio sexual.  A Polícia Civil constatou que é praticado o mesmo "modus operandi" contra todas.

Com informações da assessoria.

O comportamento de Karol Conká no Big Brother Brasil já lhe rendeu as acusações de xenofobia, intolerância religiosa e de violência psicológica e emocional contra outros participantes. Agora, ela ganhou nova acusação para a lista: assédio sexual. A cantora tem investido pesado em Acrebiano, o Bil, e o público não está gostando nem um pouco. Até a assessoria do brother já se manifestou repudiando o comportamento da sister. 

Karol declarou seu interesse por Bil há alguns dias e tem se esforçado para aproximar-se do rapaz. Ele tem se esquivado e, por isso, a insistência da cantora tem incomodado parte da audiência. Na última quarta (3), ela encontrou o brother deitado em uma rede e aproveitou para se aconchegar ao lado dele. O movimento motivou declarações da assessoria do rapaz, através das redes sociais. “Repudiamos qualquer tipo de comportamento invasivo, que pode ser considerado, inclusive, como assédio moral e sexual."

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Horas mais tarde, durante a festa, Karol cercou Bil e insistiu na aproximação. Ela chegou a segurar o pescoço dele e forçar um beijo ‘selinho’, enquanto ele pedia “calma” e tentava escapar dela. Na internet, o público criticou o comportamento da cantora, classificando-o como importunação e assédio. Veja alguns comentários. 

“Se fosse um homem fazendo isso com uma mulher, o Twitter já tinha vindo abaixo e as pessoas estariam pedindo para a polícia tirar o assediador preso do BBB”

“Isso é assédio e importunação sexual e, pasmem, homens também são vítimas”

“Gente sério agora, o Bil não foi covarde ou arregão, o que a Karol está fazendo há dias com ele é ASSÉDIO que pasmem também acontece com homens. Ele além de estar desconfortável está com medo de dar um super toco nela e ficar queimado”

“A Karol tentou duas vezes beijar o Bil, e nas duas vezes ele se demonstrou totalmente desconfortável e desviando. NÃO É NÃO”.

Foi sancionada nesta segunda-feira (24), pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF),  Dias Toffoli, a lei que torna crime a importunação sexual e aumenta a pena para casos de estupros coletivos. A proposta se consolidou na Câmara, após contínuas ocorrências de homens que se masturbaram e ejacularam em mulheres dentro do transporte público ganharem repercussão.

O texto estabelece pena de 1 a 5 anos de reclusão para a importunação sexual, caracterizada pela prática libidinosa, se o ato não constituir crime mais grave. A Lei também se estende à vingança pornográfica, divulgação de cenas de estupro e estende a pena em até dois terços para estupro coletivo (quando envolve dois ou mais autores) e 'estupro corretivo', quando o ato é praticado com objetivo de “controlar o comportamento sexual ou social da vítima”.

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Anteriormente os crimes eram qualificados como contravenção penal, quando uma infração penal é considerada como "crime menor" e os acusados pagavam multas e respondiam em liberdade. 

Por Lídia Dias

Um projeto de lei protocolado na Câmara Municipal de Curitiba-PR prevê multa de R$ 279, além da obrigatoriedade de frequentar programas de reeducação, para quem for flagrado dando uma "cantada" ou causando incômodo com palavras, gestos ou comportamentos. Em caso de reicidência, a multa passaria a um salário mínimo, R$ 937. 

"O famoso 'fiu fiu' em locais públicos e outras cantadas não são elogios. Tratam-se de uma forma de assédio sexual que passa despercebida, uma vez que está travestida de 'flerte'", explica a vereadora autora do projeto, Maria Letícia (PV). A lei considera como comportamento impróprio atos verbais constantes, comentários e insinuações alusivas ao corpo, ou ao ato sexual, e gestos obcenos direcionados principalmente às mulheres. 

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Também se enquadram abordagens intimidadoras, exibicionismo, perseguição, uso de palavras impróprias para denegrir ou constranger as vítimas, agarrar, abraçar, beijar ou tocar partes íntimas do corpo da vítima sem consentimento. Para que o infrator seja punido, ele deverá ser identificado pela Guarda Municipal, que poderá utilizar filmagens de segurança.

A medida penaliza o assédio em espaços públicos como ruas, parques, transportes públicos e elevadores; e privados com acesso público, como escritórios, consultórios e representações. "Como esse tipo de assédio em locais públicos não é criminalizado na maioria dos países, grande parte das vítimas não denuncia os ataques que sofre", afirma a vereadora. 

"É incontável o número de vítimas dessa prática que gera medo, trauma e constrangimento, sobretudo para as mulheres que enfrentam diariamente assédios na ida ao trabalho e no seu retorno, nas vias públicas e mais constantemente nos transportes públicos", conclui Maria Letícia. 

O projeto está em tramitação na Câmara de Curitiba e foi lido em uma sessão plenária. Agora a matéria receberá uma instrução técnica da Procuradoria Jurídia e depois seguirá para as comissões temáticas do Legislativo. Durante a análise dos colegiados, podem ser solicitados estudos adicionais, documentos em falta, revisões no texto ou posicionamento de outros órgãos públicos afetados pelo teor do projeto. Após passar pelas comissões, o projeto segue para o plenário e, caso aprovado, passa para sanção do prefeito.

Uma cartilha divulgada em 2014 na cidade de São Paulo, realizada com a parceria do Núcleo Especializado de Promoção da Defesa dos Direitos da Mulher e o blog Think Olga, já destacava que tais abordagens em público são caracterizadas como assédio sexual. A conduta também pode ser interpretada como importunação ofensiva ao pudor.

Com informações de assessoria

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