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O juiz Francisco de Jorge decidiu pelo julgamento do ex-presidente da Federação Espanhola de Futebol (RFEF) Luis Rubiales pelo beijo forçado que deu na jogadora Jenni Hermoso na final da Copa do Mundo da Austrália no ano passado.

Em sua decisão, após a conclusão da investigação do caso, o juiz da Audiência Nacional (principal instância criminal) considera que o beijo à atacante espanhola "não foi consensual e foi uma iniciativa unilateral e de surpresa", informou a Audiência em um comunicado.

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A decisão ainda cabe recurso na Câmara Criminal da Audiência Nacional, mas deixa Rubiales a um passo de ser julgado pelo beijo que deu em Hermoso na cerimônia de entrega das medalhas da Copa do Mundo da Austrália no ano passado.

O juiz considera que "a finalidade erótica ou não ou o estado de euforia e agitação vividos em consequência do extraordinário triunfo desportivo são elementos cuja consequência e consequências jurídicas devem ser avaliadas no julgamento oral".

- "Acusação sustentável" -

De Jorge assegura que neste momento a sua função limita-se a "avaliar que existem indícios suficientes da prática dos fatos narrados nos autos e que esses fatos são criminalmente relevantes, tornando uma acusação perfeitamente sustentável".

Mas lembrou que um beijo na boca "afeta a esfera de intimidade reservada às relações sexuais, particularmente no contexto de dois adultos".

Desde uma recente reforma do Código Penal espanhol, um beijo não consentido pode ser considerado agressão sexual, categoria criminosa que reúne todos os tipos de violência sexual.

As penas para o beijo forçado podem variar de multa a quatro anos de prisão, segundo fontes do Ministério Público.

"Não foi intencional. Não houve qualquer conotação sexual, foi apenas um momento de felicidade, a grande alegria do momento", afirmou Rubiales em entrevista ao programa de televisão britânico Piers Morgan Uncensored, em setembro passado.

O juiz De Jorge também concluiu pelo julgamento do ex-técnico feminino Jorge Vilda, o diretor esportivo da seleção masculina, Albert Luque, e o ex-gerente de marketing da RFEF Rubén Rivera pelas posteriores pressões recebidas por Hermoso.

O magistrado considera que há indícios de uma ação dos três, combinada com Rubiales, para "quebrar a vontade" da jogadora e "fazer com que ela concordasse em gravar um vídeo em que dizia que o beijo havia sido consentido".

- Beijo "inesperado" -

A decisão do juiz encerra assim a investigação do caso após a denúncia apresentada pelas jogadoras em setembro pelo beijo que Rubiales deu em Hermoso.

No dia 2 de janeiro, o juiz recebeu o depoimento de Hermoso, que reiterou que o beijo foi "inesperado" e "em nenhum momento consensual", segundo fontes judiciais informadas na época.

A jogadora afirmou ainda que sofreu "assédio constante" por parte de Rubiales e de seu entorno nos dias que se seguiram, o que "alterou sua vida normal, fazendo-a sentir-se nervosa e triste", segundo a mesma fonte.

O juiz também ouviu Rubiales, que defendeu perante o magistrado que o beijo foi consentido.

Rubiales inicialmente se recusou a renunciar devido às suas ações em uma polêmica assembleia da RFEF em 25 de agosto, mas nos dias seguintes enfrentou pressão do governo, da Justiça e do próprio mundo do futebol, até que em 10 de agosto apresentou sua renúncia.

O ex-presidente da Federação, suspenso por três anos pela Fifa, alegou que estava deixando o cargo devido a uma "campanha desproporcional" contra ele e ao desejo de não prejudicar a candidatura à Copa do Mundo de 2030.

A Fifa baniu o ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) Luis Rubiales por três anos após o dirigente beijar sem consentimento a jogadora Jennifer Hermoso durante a cerimônia de premiação da Copa do Mundo Feminina, em agosto deste ano.

O Comitê Disciplinar da entidade considerou nesta segunda-feira (30) que Rubiales, que renunciou poucas semanas após o episódio, é culpado de violar o artigo 13, aquele sobre a violação das regras de fair play, integridade e lealdade.

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Rubiales já estava suspenso provisoriamente por 90 dias. Agora, sua desclassificação se aplica a todas as atividades nacionais e internacionais relacionadas ao futebol. Ele, no entanto, poderá recorrer da decisão.

No mês passado, o Ministério Público da Espanha chegou a formalizar uma denúncia de agressão sexual contra Rubiales em decorrência do beijo na boca forçado em Hermoso. O dirigente, porém, pediu desculpas pela atitude durante a cerimônia de premiação em Sydney, na Austrália, depois da final da Copa do Mundo feminina, a qual a Espanha venceu.

Ao longo da cerimônia, Rubiales distribuiu beijos no pódio, mas o episódio envolvendo Hermoso chamou atenção, pois o cartola abraçou a meia-campista do Pachuca, segurou seu rosto e a beijou na boca. A atleta, que foi titular na vitória por 1 a 0 sobre a Inglaterra, disse em uma live pós-jogo no vestiário que "não gostou" da atitude de Rubiales.

Da Ansa

(ANSA) - A jogadora espanhola Jennifer Hermoso formalizou uma denúncia à Procuradoria Geral da Espanha contra o presidente suspenso da Real Federação Espanhola de futebol (RFEF) Luis Rubiales devido ao beijo sem consentimento durante as comemorações após a vitória na Copa do Mundo feminina.

A informação foi divulgada nesta quarta-feira (6) pela imprensa espanhola, que revela que a atleta compareceu à sede da Procuradoria-Geral em Madri para prestar depoimento na última terça (5).

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A queixa foi apresentada presencialmente pela jogadora no mesmo dia em que a RFEF pediu desculpas pelo "comportamento totalmente inaceitável" de Rubiales em um longo comunicado.

Provisoriamente suspenso pela Fifa por 90 dias, o presidente da federação é alvo de uma investigação preliminar por "agressão sexual", após ter beijado Hermoso na boca na cerimônia de premiação das campeãs da Copa do Mundo feminina, no último dia 20 de agosto, na Austrália.

O caso provocou revolta mundial e fortes críticas do mundo do futebol. No entanto, Rubiales já garantiu que não vai renunciar ao cargo de presidente da RFEF. (ANSA).

O clima foi de completa tensão em A Fazenda 11 na madrugada do último sábado, dia 28, após Phellipe Haagensen dar um beijo à força em Hariany. A atitude causou revolta entre alguns participantes e o ator ainda tentou explicar que só deu o beijo porque acha a peoa bonita, no entanto, não demorou até que ele fosse acusado de assédio.

A polêmica, é claro, repercutiu rapidamente nas redes sociais e não demorou até que os internautas levantassem discussões no Twitter a respeito do ocorrido. Nesse meio tempo, enquanto alguns questionavam uma suposta expulsão de Phellipe, teve gente pedindo por uma postura da Record TV e de Marcos Mion.

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Porém, horas depois do ocorrido, o apresentador decidiu se pronunciar, afirmando que sua opinião pessoal não interfere na decisão da emissora.

A todos os fãs da Fazenda um lembrete: eu não faço a edição do programa, não escolho as imagens e não sou diretor, sou apenas o apresentador. A MINHA OPINIÃO PESSOAL sobre o ocorrido é MUITO ÓBVIA para qualquer um que me segue, mas ela não cabe e não interessa ao programa, escreveu em sua conta pessoal no Twitter.

Não adianta me cobrar uma atitude ou decisão do que deveria ou vai acontecer NO PROGRAMA. Como falei no áudio que a direção me pediu para gravar: a decisão da EMISSORA, dona do programa, será anunciada, por mim, no programa de amanhã. E eu ainda não sei qual é.

Mion ainda falou sobre alguns comentários de ódio que recebeu após a exibição do programa.

Fui ler alguns comentários e fiquei consternado ao ver pessoas dizendo que eu mandei: Pegar pipoca pra assistir ao assédio... Quem assiste ao programa sabe que eu falo isso todo dia! É pegar pipoca pra assistir AO PROGRAMA. Ridículo é eu ter que explicar isso! Logo eu...

Óbvio que Twitter é terra de ninguém e as pessoas se mostram assustadoramente intolerantes e agressivas. Apaguei o Tweet para não dar essa interpretação imaginária de quem tá com raiva da emissora, da situação ocorrida e vem descontar em mim.

Por fim, ele desabafou sobre todo acontecimento.

Para todas as pessoas que me acusam de ser conivente com assédio: por que não entrei lá e expulsei ele (como se eu pudesse!!), ou que desejam que aconteça com minha filha... Eu não sei nem o que falar pra vocês, apenas que vocês me deixam muito, muito triste. Com a humanidade.

Tenso, né? Enquanto isso, na sede de A Fazenda 11 a tensão permanece entre os peões que, assim como todo mundo, esperam por uma posição da emissora.

Durante uma gravação realizada no dia do jogo do Brasil contra a Sérvia, a repórter Laura Zago, da CBF TV, foi assediada por um torcedor em Moscou, na Rússia. Enquanto a repórter fazia uma entrevista, um torcedor aparece no vídeo e de repente a surpreende com uma tentativa de beijo forçado. 

A imagem que mostra o assédio sofrido pela repórter foi divulgada neste sábado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), através de sua conta oficial no Instagram. A publicação acompanhava um texto escrito pela própria Laura, em que ela conta que esta já é terceira vez que sofre com atitudes deste tipo no mundial de 2018. 

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“Não é que aqui na Copa do Mundo isso esteja acontecendo, acontece sempre. Aconteceu comigo 3 vezes nesta Copa, mas já aconteceu com colegas de profissão no Brasil. (...) É um desrespeito, eu estudei, me preparei, cheguei aqui na Rússia e não é pra ficar sendo desrespeitada durante o meu trabalho. Isso não tem graça. E achar isso normal é corroborar com uma ideia machista que mulheres estarão sempre à mercê desse tipo de atitude”, escreveu a jornalista. 

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No mesmo texto, Laura Zago também utilizou a hashtag #DeixaElaTrabalhar, que é uma campanha em defesa das mulheres que atuam como jornalistas esportivas e lidam frequentemente com assédio e outras atitudes machistas durante as coberturas que realizam. 

Em uma demonstração de força e apoio a outras jornalistas que passaram por situações similares, Laura reforçou que o assédio sofrido por ela não a deixaria abatida e destacou a necessidade de discutir sobre machismo e assédio. “Não é isso que vai me parar de correr atrás dos meus sonhos, mas precisamos falar sobre assédio”, disse a repórter. 

Outros casos

A prática de assédio contra jornalistas ocorre em vários lugares, mas vem se mostrando cada vez mais disseminada no mundial da Rússia. A repórter Júlia Guimarães, do Grupo Globo, também foi vítima de assédio por parte de um torcedor que tentou beijá-la no último domingo (24), antes do jogo entre Japão e Senegal, em Ecatimburgo, também na Rússia.

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Através da campanha #AconteceuNoCarnaval, realizada pelos projetos Meu Recife e Mete a Colher, mulheres denunciaram agressões sofridas durante o Carnaval de 2017 na capital e em Olinda, Região Metropolitana do Recife (RMR). Divulgado nesta quinta-feira (13), o relatório traz 66 relatos de violências sofridas pelas mulheres entre os dias 17/02 e 12/03. 

São casos de beijo à força, agarrões, genitália apalpada e tapas na cara. No caso do tapa, por exemplo, a denúncia diz que dez policiais estavam próximos, mas se negaram a prestar socorro. 

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As denúncias foram feitas através do site da campanha, do uso da hashtag #AconteceuNoCarnaval nas redes sociais, comentários em postos do Facebook e Instagram, mensagens privadas e também na Parada Internacional das Mulheres, onde foram disponibilizados formulários de respostas em papel. No Recife, o local de onde surgiram mais relatos foi o Marco Zero, cinco no total. Já em Olinda, houve sete ocorrências na Rua Treze de Maio, seis na RUa do Bonfim e cinco no Mercado da Ribeira. 

Entre os assédios denunciados, 17 se referem a passar as mão nas genitais ou seios; 15, beijo forçado; dez, agressão verbal; seis, abraço forçado; seis, puxão no braço; e cinco, agressão física. Em Olinda, os organizadores perceberam muita violência contra casais de lésbicas. 

Para os organizadores da campanha, entre os problemas constatados estão: insegurança em relação à mobilidade para os espaços de brincadeira e nos locais; falta de atendimento e de efetivo adequado da polícia; insuficiência das iniciativas ofertadas pelo poder público na defesa da mulher; agressores que se escondem no anonimato dos corredores de passagens e ruas estreitas.

"A falta de foco nas políticas de enfrentamento e prevenção é um fato bastante grave na política do Pacto Pela Vida no geral. Isso se reflete diretamente na falta de uma gama de ações que são necessárias para que a mulher vítima de violência seja acolhida em um momento em que as regras do jogo estão borradas pela cultura machista que reside no Carnaval. Se em dias comuns os pontos de apoio não são acessados, durante os dias de folia, tudo isso é maximizado", diz o texto do relatório. Os projetos envolvidos na campanha prometem fazer uma nova edição no Carnaval de 2018.

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