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A Caixa confirmou o encerramento das investigações internas sobre as denúncias de assédio moral e sexual do ex-presidente do banco Pedro Guimarães contra servidores da instituição. Segundo a Caixa, as conclusões foram enviadas aos "órgãos competentes".

"O banco não divulga o documento, pois somente as autoridades competentes poderão quebrar o sigilo do conteúdo", disse o banco, em resposta por escrito.

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A informação foi antecipada pela Coluna Radar, da revista Veja. Segundo a reportagem, o relatório enviado ao Ministério Público tem 490 páginas.

Guimarães foi exonerado da presidência da Caixa no dia 29 de junho após o portal Metrópoles revelar que o MPF investigava as denúncias de abuso. Daniella Marques o substituiu no cargo.

Veja a resposta completa da Caixa abaixo:

"CAIXA informa que as conclusões da investigação interna foram encaminhadas aos órgãos competentes.

O banco não divulga o documento, pois somente as autoridades competentes poderão quebrar o sigilo do conteúdo."

Na última quarta-feira, dia 19, Bárbara Coelho usou as redes para contar sobre uma situação nada agradável. Isso porque a apresentadora do Esporte Espetacular sofreu assédio sexual na internet. Segundo ela, tudo aconteceu quando um de seus seguidores publicou um vídeo em seu feed do Twitter se masturbando enquanto assistia a um vídeo dela.

"Um cara postou um vídeo na sua conta do Twitter se masturbando com um vídeo meu. Eu mandei mensagem para ele dizendo que o processaria. Ele disse que mulheres são estupradas e nada é feito. Por que algo aconteceria com ele se masturbando em casa com um vídeo meu?"

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Em seguida, ela pediu aos seguidores que a ajudassem - e para sua sorte, eles a escutaram. Por conta do apoio, Bárbara agradeceu os internautas:

"Obrigada pelo o carinho de todo mundo Estou tomando as providências legais. Recebi relatos de muitas mulheres hoje. Só tem uma maneira da gente virar esse jogo: denunciando. Não foi a primeira vez que passei por isso, e sei que não vai ser a última. Apenas decidi não me calar mais."

A repórter Jessica Dias, da ESPN, assediada por um torcedor do Flamengo em transmissão na noite de quarta-feira, no Maracanã, afirmou que o gesto "não foi apenas um beijinho no rosto". "Eu sofri importunação sexual enquanto trabalhava e isso é crime", disse a jornalista. "Eu não queria beijo, não queria carinho, não queria passar três horas em uma delegacia. Eu só queria trabalhar."

Jéssica fazia uma passagem ao vivo junto a diversos torcedores pouco antes do início do jogo entre Flamengo e Vélez Sarsfield, quando o homem se aproximou e lhe deu um beijo no rosto, deixando-a visivelmente constrangida. O torcedor foi preso pouco depois. Jéssica afirmou que não pretende dar entrevistas por enquanto porque está focada em seu casamento, marcado para o próximo sábado. Mas escreveu sobre o caso em uma rede social.

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"Antes (do beijo) tiveram muitos xingamentos e importunação porque o ao vivo demorava. Pedi calma e para que não ficasse xingando, não precisava. Vieram os 'pedidos de desculpas' com alisamentos nos ombros e um beijo no local", contou a repórter.

"Eu estava prestes a ser chamada para o link e mantive a posição. Existe uma logística que exige concentração. Outra tentativa de beijo no ombro. Me esquivei e meu câmera chamou a atenção dele. O último ato foi o beijo no rosto. Que poderia ter sido na boca, e não mudaria nada. Eu sofri importunação sexual enquanto trabalhava e isso é crime. Eu não queria beijo, não queria carinho, não queria passar três horas em uma delegacia. Eu só queria trabalhar."

A repórter contou ainda que o filho do torcedor, um adolescente, pediu desculpas a ela pelo gesto do pai. E encerrou a nota falando sobre o seu casamento, no próximo sábado. "O ser humano que fez isso estava com um filho menor de idade que se desculpou pelo pai. O menino não tem culpa, não punam a família dele", escreveu a jornalista.

"Eu agradeço todo apoio e carinho dos meus chefes, colegas, torcedores, telespectadores e ouvintes. Agradeço em especial ao Bandeira e ao André, minha equipe na pauta. Dois homens de caráter, que foram atrás do cara e ficaram comigo o tempo todo. Sábado eu me caso e, no altar, vou beijar o homem que eu permiti que o fizesse. Ficarei uns dias longe daqui e dos canais. Obrigada a todos."

O Comitê de Ética independente da Fifa anunciou nesta quinta-feira que Obert Zhoya, ex-secretário-geral da Comissão de Árbitros da Federação de Futebol do Zimbábue (ZIFA), está suspenso de suas atividades do futebol por cometer assédio sexual contra três árbitras do país. Além da suspensão, o ex-dirigente também terá de pagar uma multa de 20 mil francos suíços (aproximadamente R$ 105,7 mil).

"Após uma análise cuidadosa das declarações escritas das vítimas e das diversas provas coletadas durante a investigação conduzida pelo órgão investigador, confirmamos que o senhor Zhoya violou o artigo 23 (Proteção da integridade física e mental), art. 25 (Abuso de poder) e, consequentemente, o art. 13 (Obrigações gerais) do Código de Ética", anunciou a FIFA nesta quinta-feira. O dirigente afastado de suas funções já recebeu a notificação da punição.

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"A Fifa tem um compromisso inequívoco contra todo tipo de abuso no futebol, e o Comitê de Ética trata todos os casos levando em consideração as particularidades de cada um. A Fifa também fornece um sistema de denúncias confidencial, dedicado, altamente seguro e baseado na web para que os indivíduos possam relatar quaisquer preocupações de proteção."

O caso já vinha sendo avaliado faz um tempo e a Fifa e a Federação do Zimbábue haviam recebido duras críticas no começo do ano por terem se omitido às acusações na época. O silêncio das entidades acabou questionado e agora, nove meses após as denúncias virem a público, surge a punição para Obert Zhoya.

Após as acusações, o dirigente renunciou alegando "abrir caminho para que outros preencham o cargo." Zhoya estava sob enorme pressão no Zimbábue com a divulgação ampla do caso de assédio e optou por abandonar o comando da ZIBA.

Entre as acusações, uma vítima revela ter recebido mensagens de WhatsApp com pedido do dirigente para que a árbitra passasse a noite com ele em um hotel. "Me senti humilhada, intimada e degradada", denunciou a árbitra em carta enviada à ZIFA. "Esses avanços sexuais indesejados ocorriam desde setembro de 2019."

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) confirmou ao Estadão nesta segunda-feira (15) que possui uma investigação em andamento em face do professor e juiz do Trabalho substituto Marcos Scalercio, atualmente lotado junto ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª região, que atende ao Estado de São Paulo. Ele é acusado por ao menos dez mulheres de assédio sexual entre os anos de 2014 e 2020.

O caso foi revelado pelo portal G1 nesta segunda-feira, 15. Os crimes teriam acontecido tanto de forma presencial quanto virtual. As vítimas acusam o magistrado de enviar mensagens de teor impróprio, aparecer se masturbando em vídeo chamadas e beijá-las à força - o que, inclusive, teria acontecido no gabinete do juiz, nas dependências do Fórum Trabalhista Ruy Barbosa, na Barra Funda - SP. Ao resistir às investidas do acusado, as vítimas afirmam que teriam sofrido retaliações de ordem profissional e acadêmica.

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De acordo com a nota veiculada pelo CNJ, os crimes estão sendo apurados por meio de um pedido de providências, que é uma categoria de investigação extrajudicial e preliminar, e tramita em segredo de justiça. O órgão não se manifestou sobre detalhes do caso, contudo, afirma que, caso se comprovem as acusações, Scalercio responderá a um processo administrativo disciplinar, "que poderá resultar em uma das punições previstas na Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman): advertência, censura, remoção compulsória, disponibilidade e aposentadoria compulsória".

A decisão de transformar as investigações em processo administrativo será tomada pelo plenário do CNJ, que ainda não tem data marcada para apreciar o caso.

LEIA A NOTA DO CNJ

"A Corregedoria Nacional de Justiça informa que os fatos relacionados ao juiz Marcos Scalercio estão sendo apurados no Pedido de Providências n. 0000682-47.2021.2.00.0000, que tramita sob segredo de justiça.

O Pedido de Providências é uma apuração preliminar, na qual a Corregedoria Nacional procede à avaliação do fato e das provas existentes, a fim de estabelecer se houve prática de infração disciplinar, o que pode determinar a propositura de Processo Administrativo Disciplinar ou, em hipótese contrária, acarretar o arquivamento do procedimento.

A Corregedoria Nacional de Justiça esclarece, ainda, que não pode se pronunciar a respeito dos fatos, por força do art. 36, inciso III, da LOMAN, que assim dispõe:

"Art. 36 - É vedado ao magistrado:

(…)

III - manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento, seu ou de outrem, ou juízo depreciativo sobre despachos, votos ou sentenças, de órgãos judiciais, ressalvada a crítica nos autos e em obras técnicas ou no exercício do magistério."

COM A PALAVRA, A DEFESA

De acordo com os advogados que defendem o juiz do Trabalho, Luciana Pascale Kühl, Evandro e Fernando Capano, as acusações de assédio reveladas nesta segunda já foram apreciadas pela corregedoria do TRT, que arquivou as investigações em dezembro do ano passado.

Em nota, a defesa afirma que Scalercio não responde a processo criminal e que o procedimento instaurado pelo CNJ "é uma etapa natural de qualquer expediente em que se delibera pelo arquivamento no âmbito regional. Não se trata, portanto, de nova investigação, até mesmo porquanto inexistem fatos novos".

A reportagem entrou em contato com o TRT para confirmar o arquivamento das investigações em 2021, mas não teve resposta até a publicação desta reportagem.

A ex-integrante do grupo Rouge, Fantine Tho, fez diversas revelações durante sua entrevista para o podcast Vênus. Parece que a carreira da cantora não foi um mar de rosas e ela já passou por várias situações desagradáveis.

A ex-integrante do Rouge revelou que sofreu assédio sexual durante sua participação no The Voice Holanda, a cantora nunca havia falado abertamente sobre o assunto:

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"O The Voice fechou por causa de assédio sexual. Não tem mais na Holanda. Todos acusados. Inclusive,eu sofri assédio sexual no programa, nos bastidores. Mas nunca falei abertamente a respeito. Eu fui com o Marco Borsato de coach, e foi ele que foi acusado de assédio sexual e foi com ele que tive problemas".

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No início de 2022 a edição holandesa do programa musical foi retirada do ar, pois várias mulheres, em anonimato, revelaram terem sofrido abusos por parte de integrantes do programa, incluindo dois jurados, o rapper Ali B e o cantor Marco Borsato, citado por Fantine.

Fantine falou de como se sentiu culpada pelo assédio e revelou que confrontou Marco, que logo depois eliminou ela do programa.

"A gente se culpa, né? Eu dei tudo de mim. Eu fui linda, maravilhosa, treinada, saltão, pernão, vozeirão. E isso é interpretado como estou aberta para sexo. Um convite. Então tipo, dar beijo na boca, passando no corredor, vem agarra e dá um beijo na boca, pega na bunda… esse tipo de comportamento, como se fosse um objeto. Isso meio que me quebrou no programa, porque eu confrontei: E esse beijo na boca?, que beijo na boca?, ele negou. Aí em vez de ficar com raiva eu tive crise de choro. Eu tava em um ensaio e tive uma crise de choro compulsivamente. Eu não conseguia parar de chorar. E aí veio a direção e perguntou o que estava acontecendo, e eu: Eu tô com raiva, engasgada. Eu não conseguia falar. Fiz o ao vivo e me descartaram no ao vivo. Depois, nos bastidores o Marco me falou Eu não posso ter esse tipo de drama no show. E falou: Você era a minha finalista. Você já tava na final, mas eu não posso lidar com esse tipo de drama".

Ainda, durante a entrevista para o podcast, Fantine contou um pouco da relação conturbada que tinha com a colega Luciana Andrade, com quem dividia os palcos na época do Rouge.

A cantora contou que até tentou manter uma amizade com Luciana, mas não conseguiu. Ela ainda rebateu a informação de que a ex colega gostava dela e disse que a realidade era bem diferente:

"Sempre foi uma dinâmica de: Eu tentei ser amiga da Lu, nunca me dei bem com ela, não faço questão de ser amiga dela. Essa é a verdade. Mas da parte dela é: Eu sempre gostei da Fa. Na minha experiência direta com ela isso não é uma verdade. É um discurso, mas não é uma realidade. E quero ter o direito de não gostar de uma pessoa. E nós duas nos esforçamos. Me incomoda esse discurso vitimizado".

 

 O Ministério Público do Trabalho (MPT) abriu inquérito para investigar as acusações de assédio moral e sexual feitas ao ex-presidente da Caixa Pedro Guimarães, que pediu demissão do cargo no mês passado após o surgimento das primeiras denúncias. 

O caso era acompanhado pelo MPT por meio de um procedimento preliminar. Na segunda-feira (25), uma portaria assinada pelo procurador do trabalho Paulo Neto transformou a apuração em inquérito civil para aprofundamento do caso.   

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No comando da instituição desde janeiro de 2019, Guimarães pediu demissão após um site de notícias publicar, no dia 28 de junho, denúncias de funcionárias de carreira da Caixa que o acusavam de assédio sexual e moral. 

Guimarães foi substituído no cargo pela economista Daniella Marques, que era secretária especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia.   

A Agência Brasil entrou em contato com a defesa de Pedro Guimarães e aguarda retorno.

Estudantes da Universidade Estadual de Paulista (Unesp), em Bauru, acusam o professor do departamento de Ciências Humanas, Marcelo Magalhães Bulhões de assédio sexual. As manifestações contra o docente foram expostas em cartazes espalhados pela instituição. 

Nas redes sociais e no campus da universidade, foram divulgados cartazes com fotos do professor e supostas mensagens de cunho sexual enviadas para uma das alunas. As estudantes também criaram um abaixo-assinado no site Petição Pública para pedir a exoneração do professor.

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Em nota, a Unesp informou que está atenta e acompanhando as manifestações referente a conduta inadequada por parte do docente. “Cabe esclarecer que em 2017 foi instaurada uma apuração preliminar de natureza investigativa a partir de denúncias de assédio do docente mencionado nos cartazes. Tal processo culminou em uma sindicância administrativa contra este servidor, finalizada em 2018. A comissão sindicante, à época, indicou o arquivamento dos autos com recomendações, tais como instauração de mecanismos para fomentar medidas educativas e elucidativas sobre assédio”.

A Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação e Design (FAAC), disse em nota, que repudia toda e qualquer prática de assédio, e ressalta a importância da formalização de denúncias.  

Na íntegra, o docente nega todas as acusações. Confira o posicionamento do professor:

“Foi com estarrecimento que fiquei sabendo que cartazes foram afixados no campus com teor acusatório a mim. Estou ainda chocado. De modo semelhante, foi com enorme e desagradável surpresa que em 2019, em postagem no Facebook, recebi uma acusação de assédio. Naquela altura, ao tomar conhecimento que um coletivo da Unesp havia feito acusações com esse teor, solicitei uma reunião com o grupo de alunas. Elas recusaram o diálogo. Solicitei essa reunião por, naquela altura, estar totalmente perplexo diante das acusações. Uma comissão de sindicância foi, então, constituída pela FAAC – Unesp. Após um processo de investigação, o arquivamento do processo se fez precisamente por afiançar que nenhuma ação do teor de assédio foi por mim cometida. No curso do processo, aliás, recebi depoimentos de incondicional apoio e elogio ao meu profissionalismo, escrito por dezenas de alunas que foram minhas orientandas (mestrado, doutorado e iniciação científica). Portanto, só posso afirmar que estou absolutamente estarrecido diante de uma situação que julgo absurda. Os cartazes, aliás, foram anonimamente forjados e afixados no campus. Sou docente da Unesp desde 1994, ou seja, trata-se de 28 anos de trabalho em sala de aula, tendo atuado ao lado de milhares de alunos, sem que qualquer mínimo indício concreto do que se pode ser classificado como assédio possa ser apontado. Atingem-me do modo mais vil. Entendo que legítimas e importantes demandas da atualidade – luta contra o racismo, movimento feminista – têm produzido uma mobilização de empatia diante de causas importantes. Nesse caso, todavia, estou sendo vítima de calúnia, cuja propagação em tempos digitais é implacável".  

 

Uma funcionária da Caixa disse ao Estadão/Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) ter sido assediada por Pedro Guimarães, então presidente do banco estatal, em um jantar da empresa em Brasília. No início do ano passado, Guimarães a teria abraçado pela cintura para tirar uma foto e mantido o abraço depois, contra a vontade da mulher, apertando-a contra seu quadril e pedindo que ela o "abraçasse forte". "Mantém a mão. Me abraça forte, me aperta, está com medo de mim?" disse Guimarães, segundo contou a servidora.

O novo relato se soma a outras denúncias de assédio contra Guimarães trazidas à tona pelo site Metrópoles e que levaram ao pedido de demissão dele da presidência da Caixa na última quarta-feira. A acusação ainda não está sob investigação formal - a servidora pretende procurar o Ministério Público Federal (MPF), mas afirma temer que o caso venha a público e que possa sofrer represálias, a principal delas financeira, com a perda do cargo de confiança que ocupa na empresa e que responde por boa parte de seu salário.

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Escolha de mulheres

À reportagem, Maria (nome fictício que será usado para preservar a identidade da funcionária) contou que o superintendente de seu setor participou de um evento no Palácio do Planalto, em Brasília. De lá, conforme o seu relato, mandou uma mensagem para ela dizendo que foi orientado por superiores a indicar uma mulher que ocupasse cargo de gerência para participar de um jantar, no mesmo dia, com o então presidente da Caixa, Pedro Guimarães. A alegação era de que era necessária a indicação de mulheres para promover a "equidade de gênero". Outras mulheres de outros setores também foram escolhidas.

No jantar (cujo local e data não serão divulgados para evitar a identificação da funcionária), Maria se sentou à mesa com nove mulheres e o vice-presidente responsável pela sua área de atuação. Cerca de 80 pessoas estavam no local, segundo ela, e Guimarães passou de mesa em mesa tirando fotos com os presentes.

De acordo com o relato de Maria, o ex-presidente a abraçou pela cintura e pediu que ela também o abraçasse pela cintura. Quando o fotógrafo terminou as fotos, conforme o seu relato, ela tentou tirar o braço, mas Guimarães lhe pediu que mantivesse o enlace. "Por que você abaixou a mão? Mantém a mão. Me abraça forte, me aperta, tá com medo de mim?", teria dito o então presidente, segundo a funcionária. Maria contou que tentou tirar a mão por mais duas vezes e foi impedida por Guimarães, que a apertava forte. "Ele me 'encoxava', apertando a minha cintura. Beijava minha cabeça várias vezes", afirmou. "Toda vez que eu tentava tirar a mão, ele mandava eu colocar de novo com veemência".

Queixa a superiores

O ato, conforme ela, aconteceu na frente do vice-presidente da área e de funcionários da Caixa. De acordo com Maria, o ato foi interrompido cerca de cinco minutos depois, quando ela conseguiu retirar o braço. No dia seguinte, a funcionária relatou o ocorrido a superiores, que teriam minimizado o acontecido e tratado a situação como uma brincadeira.

A funcionária disse que não levou a denúncia adiante na época pelo temor de ser prejudicada, mas resolveu falar agora diante dos outros casos para reforçar as acusações das colegas que vieram à tona.

"Às vezes, no mundo corporativo, você precisa fingir de besta pra sobreviver. Mas eu não poderia me calar agora e deixar as pessoas achando que isso não é verdade, que é brincadeira", afirmou.

Elevador evitado

A reportagem também ouviu o relato de uma outra funcionária sobre casos de assédio na Caixa. Essa servidora disse que, diante de inúmeros rumores, teve de tomar atitudes como evitar elevadores que o presidente pudesse usar. Ela também contou ter recusado convites para viagens na qual Guimarães pudesse estar presente e, inclusive, dispensar promoções em que ganharia aumento de R$ 10 mil para não trabalhar próxima à presidência.

O que diz a defesa

Procurado, o advogado de Pedro Guimarães, José Luis Oliveira Lima, disse que o cliente nega "categoricamente" que tenha praticado qualquer conduta fora dos padrões éticos. "Pedro Guimarães, na verdade, está sendo vítima de um processo eleitoral intenso e polarizado", disse o advogado, em nota. A Caixa também foi procurada, mas não se pronunciou até a conclusão desta edição.

Investigados pelo MPF, os relatos que levaram à demissão de Guimarães também mobilizaram o Ministério Público do Trabalho, que abriu procedimento para analisar as acusações, e o Tribunal de Contas da União (TCU), que anunciou uma auditoria no sistema interno da Caixa destinado a combater o assédio.

No primeiro semestre de 2022, o Governo Federal recebeu 704 denúncias de assédio moral e sexual através de suas ouvidorias. O índice representa quatro queixas diárias e é o maior da história, conforme o painel da Controladoria-Geral da União (CGU).

Segundo o levantamento publicado pelo Metrópoles, o total de casos se divide entre 545 manifestações de assédio moral e 85 de assédio sexual. A quantidade equivale a 93% a mais que no mesmo período do ano passado, quando foram feitas 364 denúncias.

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Desde a chegada de Jair Bolsonaro (PL) ao Planalto, 2,7 mil queixas de assédio foram feitas e só duas seguiram para órgãos externos. Cerca de 2,3 foram respondidas, 106 estão em tratamento e 250 foram arquivadas.

O órgão que lidera a lista de denúncias é o Ministério da Economia, com 260 casos registrados desde 2019. A lista segue com a própria CGU (105), o Ministério da Educação (103), a Universidade Federal de Goiás (81), o Ministério da Justiça e Segurança Pública (65) e o Ministério da Saúde (62).

Nomeada para assumir o comando da Caixa Econômica Federal no lugar de Pedro Guimarães - que perdeu o posto por conta de denúncias de assédio sexual, que motivaram a abertura de investigação no Ministério Público Federal -, Daniella Marques é uma espécie de "braço direito" do ministro da Economia, Paulo Guedes, desde os tempos em que Guedes atuava na iniciativa privada.

Ela estava no comando da Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade do ministério desde o começo do ano. Na função, vinha liderando projetos voltados para o público feminino, no qual o presidente Jair Bolsonaro amarga forte rejeição na sua campanha à reeleição.

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Formada em Administração pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro e com MBA em Finanças pelo Ibmec/RJ, a nova presidente do banco estatal atuou antes por 20 anos no mercado financeiro. Ela foi sócia de Guedes na Bozano Investimentos, no Rio de Janeiro, e deixou a gestora em 2019 para trabalhar com o ministro como assessora especial.

Presente desde a campanha de 2018, Daniella tem a confiança do presidente Bolsonaro, e já chegou a participar das tradicionais lives de quinta-feira organizadas pelo chefe do Executivo - justamente para divulgar ações do Ministério da Economia voltadas às mulheres.

Programa de crédito

Daniella foi responsável por costurar o programa "Brasil Pra Elas", uma política de crédito voltada para estimular o empreendedorismo feminino no País. A medida, que faz parte de um pacote que pretende movimentar entre R$ 82 bilhões e R$ 100 bilhões em operações de crédito, foi lançada em março passado, no último Dia Internacional das Mulheres.

Pouco depois, ela passou a comandar o comitê nacional do programa, que tem como parceiros o Sebrae, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Confederação Nacional do Comércio (CNC), o Banco do Brasil e governos estaduais e municipais, além da própria Caixa. No último fim de semana, Daniella tinha, por exemplo, viagem marcada a Belo Horizonte com a "Caravana Brasil Pra Elas", em que se promoveram cursos de capacitação e palestras para "alavancar a participação feminina nos negócios", de acordo com informações divulgadas no site do Ministério da Economia.

Em abril, em um encontro com empresários, ela acompanhou o tom das falas do ministro da Economia ao minimizar as projeções do mercado para a economia em 2022, como estagnação do Produto Interno Bruto (PIB) no ano e risco de descontrole da agenda fiscal.

Segundo afirmou à época, os resultados de novos leilões e a trajetória de recuperação dos empregos formais são os pontos que sustentam o otimismo do governo. Daniella cutucou ainda governos estaduais e locais ao dizer que "bondades" como aumentos de salário para o funcionalismo só foram possíveis graças ao governo federal. "Assim, todos os prefeitos e governadores ficaram bons gestores", destacou no evento.

As acusações de assédio sexual que recaem sobre Pedro Guimarães, agora ex-presidente da Caixa, não ficarão limitadas às denúncias levadas ao Ministério Público Federal (MPF) por funcionárias do banco estatal. Outras instâncias se mobilizam para aprofundar as investigações.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) no Distrito Federal abriu procedimento para analisar as acusações. Com base nas denúncias trazidas pelo site Metrópoles na terça-feira, o MPT abriu um procedimento classificado como "notícia de fato" que pode resultar em um inquérito civil.

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Pedro Guimarães e a Caixa foram oficialmente notificados pelo MPT nessa quarta-feira para que se manifestem sobre as acusações em 10 dias corridos. O MPT solicitou ainda que o banco apresente "a relação de denúncias eventualmente apresentadas" contra o executivo e contra o vice-presidente de Atacado na Caixa, Celso Leonardo Barbosa, desde que eles assumiram os cargos.

Já o Tribunal de Contas da União (TCU) anunciou que fará uma auditoria no sistema interno de denúncias e de combate a assédio da Caixa. A decisão foi tomada pela presidente do TCU, ministra Ana Arraes. Nos depoimentos, as mulheres foram claras em dizer que não denunciaram antes as situações por medo de serem perseguidas pela gestão do banco. Afirmaram ainda não confiar nos canais de denúncias - a Caixa possui um setor específico, a corregedoria, que tem entre as atribuições a apuração de casos do tipo.

"Nesse contexto, tendo em vista as recentes notícias veiculadas na imprensa, sobre denúncias de assédio no âmbito da Caixa Econômica Federal, que envolvem o presidente da instituição, considero pertinente que este tribunal realize ação de controle para avaliar o grau de maturidade dos instrumentos e das práticas de que esse banco público dispõe para prevenir e punir casos de assédio", afirma Ana Arraes.

A ministra afirmou que órgãos de fiscalização superior, como o TCU, "não só podem, como devem efetivamente atuar para a construção de um sistema eficaz de prevenção e combate ao assédio" nos órgãos e entidades públicas, como vem ocorrendo em outros países.

Conforme a reportagem do Metrópoles, uma das funcionárias afirmou ter conhecimento do caso de uma colega que comunicou uma situação de assédio, mas logo depois sua "denúncia" chegou às mãos de funcionários do gabinete de Guimarães. "A gente tinha muito receio, porque em qualquer lugar em que vá essa denúncia ele pode ter um infiltrado. E isso afeta o resto do meu encarreiramento, no aspecto profissional. Então, era melhor esperar passar", disse. "Noventa por cento das mulheres não vão falar porque ele tem poder."

Guimarães já era alvo de um processo por assédio moral coletivo movido pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de São Paulo. O caso faz referência ao evento dos dias 14 e 15 de dezembro passado, em Atibaia (SP), quando Pedro Guimarães ordenou que os funcionários fizessem flexões no chão como se fossem soldados.

O pedido de exoneração de Pedro Guimarães da presidência da Caixa Econômica Federal, já anunciado em carta de demissão por ele mesmo divulgada e antecipada pelo Broadcast, foi oficializado em Decreto publicado em edição extra do Diário Oficial da União que circula nesta quarta-feira. A publicação traz ainda a nomeação da secretária especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Daniella Marques, para ocupar o cargo no lugar de Guimarães.

Daniella era o nome mais cotado para substituir o atual presidente da Caixa. A escolha de uma mulher para o posto, segundo fontes revelaram mais cedo ao Broadcast, ajudaria a estancar as denúncias de assédio contra funcionárias do banco que envolvem o nome de Pedro Guimarães.

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O pedido de demissão de Guimarães ocorre após o Ministério Público Federal (MPF) abrir investigação para apurar as denúncias. A abertura da investigação, que está em andamento sob sigilo, foi confirmada pelo Estadão. Cinco funcionárias relataram abordagens inapropriadas do presidente do banco. A revelação das denúncias foi feita pelo site Metrópoles na terça-feira, 28.

Daniella é considerada um 'braço direito' de Guedes desde os tempos em que o ministro atuava na iniciativa privada. Ela é formada em Administração pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, tem MBA em Finanças pelo IBMEC/RJ e atuou por 20 anos no mercado financeiro. Além disso, tem a confiança do presidente Jair Bolsonaro - e já chegou a participar das tradicionais lives de quinta-feira do chefe do Executivo para divulgar ações do Ministério da Economia voltadas às mulheres.

O presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Pedro Guimarães, confirmou em seu perfil no Instagram que pediu demissão do banco. Ele publicou a carta de demissão que encaminhou na tarde desta quarta-feira, 29, ao presidente da República, Jair Bolsonaro, cujo teor foi antecipado pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

O Ministério Público Federal (MPF) abriu investigação para apurar denúncias de assédio sexual feitas por funcionárias da Caixa contra Guimarães.

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A abertura da investigação, que está em andamento sob sigilo, foi confirmada pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Cinco funcionárias relataram abordagens inapropriadas do presidente do banco. A revelação das denúncias foi feita pelo site Metrópoles na terça-feira, 28.

Guimarães estava à frente da Caixa desde 2019, sendo um dos poucos auxiliares do presidente Jair Bolsonaro que permanecia no mesmo cargo desde o começo do governo.

Ele era um dos auxiliares mais próximos a Bolsonaro, que busca a reeleição em outubro.

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Denunciado por funcionárias por assédio sexual, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, se defendeu em um evento nesta quarta-feira (29). Uma investigação foi instaurada pelo Ministério Público Federal (MPF) e segue em sigilo.

Guimarães não comentou diretamente sobre o teor das denúncias, mas disse que sua a vida foi "pautada pela ética". "Eu quero agradecer a presença de todos vocês, a minha esposa. Acho que de uma maneira muito clara... São quase 20 anos juntos, dois filhos, uma vida inteira pautada pela ética", apontou em sua fala no lançamento do Plano Safra.

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A Caixa Econômica Federal informou que o pronunciamento e a coletiva de imprensa com o presidente do banco, Pedro Guimarães, previstos para a manhã de quarta-feira (29), foram cancelados.

O banco promoverá um evento em Brasília, na Caixa Cultural, para tratar da estratégia da CEF para o Plano Safra 22/23. Além de fazer um pronunciamento, Guimarães responderia a perguntas de jornalistas.

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A Caixa não informou o motivo dos cancelamentos. O portal Metrópoles publicou nesta terça-feira que o executivo é investigado pelo Ministério Público Federal por suposto crime de assédio sexual. O Estadão/Broadcast confirmou a existência da investigação.

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Duarte Guimarães, de 51 anos, foi denunciado por assédio sexual por funcionárias da Caixa, ao site Metrópoles. De acordo com a reportagem, os relatos foram ouvidos ao longo de semanas e os casos são investigados, sob sigilo, pelo Ministério Público Federal.

Toques íntimos não autorizados, abordagens inadequadas e convites incompatíveis à relação de trabalho começaram a surgir no fim do ano passado e fazem parte das denúncias. Todas as mulheres que falaram ao Metrópoles trabalham ou trabalharam em equipes que atendem diretamente ao gabinete da presidência da Caixa, ou seja, a Pedro Guimarães. 

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As cinco entrevistadas, que não quiseram ser identificadas, contaram que se sentiram abusadas em diferentes momentos e sempre em compromissos de trabalho. Os casos aconteceram, muitas vezes, em viagens relacionadas ao programa Caixa Mais Brasil. 

Ainda segundo relatos, Pedro Guimarães escolhe, preferencialmente, "mulheres bonitas” para as comitivas nas viagens. De acordo com uma das funcionárias que denunciou o assédio, o comunicado de escolha é como um prêmio. “Tem um padrão. Mulher bonita é sempre escolhida para viajar. Ele convida para as viagens as mulheres que acha interessantes”, disso ao Metrópoles

Uma outra prática comum é que as mulheres que chamam a atenção de Guimarães durante as viagens sejam chamadas para trabalhar em Brasília, muitas vezes promovidas hierarquicamente sem preencher requisitos necessários. A prática deu origem à expressão usada para se referir a elas como “disco voador”. 

Um dos relatos é que Pedro se sente “dono” das funcionárias mais próximas, e é comum que ele pegue na cintura, pescoço, e insista quando elas negam mais aproximação.

Convites inapropriados

Muitas funcionárias contaram terem sido chamadas a irem ao quarto do chefe. Duas delas disseram terem sido chamadas com uma suposta urgência para levar itens que ele precisava. E, ao chegar no quarto, as funcionárias são constrangidas.

Os convites de Pedro Guimarães para as funcionárias irem à sauna ou piscina em sua companhia nos horários de folga da agenda também foram bastante relatados. De acordo com o Metrópoles, todas as funcionárias ouvidas disseram ter medo de denunciar pela posição de poder que Pedro Guimarães ocupa.

Chamar um homem de careca foi considerado assédio sexual por um tribunal de trabalho da Inglaterra. A decisão ocorreu depois que Tony Finn, que sofre de calvície, denunciou ter sido chamado de "careca de merda" no ambiente de trabalho.

Finn trabalhou durante 24 anos para a British Bung Company, empresa que fabrica tampas de barris de madeira para a indústria cervejeira, e foi demitido em maio do ano passado. Ele afirmou ao tribunal ter sido vítima de assédio sexual por seu supervisor, identificado como Jamie King. 

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O trabalhador disse ao Daily Mail que durante uma briga na fábrica em julho de 2019, King se referiu a ele como "careca de merda". 

O processo foi julgado por três juízes, todos carecas, que durante a decisão lamentaram a própria falta de cabelo. Segundo o site, chegaram a comparar que chamar um homem de careca é a mesma coisa que comentar sobre os seios de uma mulher.

Os juízes determinaram que "a conduta do Sr. King foi indesejada, foi uma violação da dignidade do reclamante, criou um ambiente intimidador para ele, foi feito para esse propósito, e está relacionado com o sexo do requerente". Além de ganhar a ação por assédio sexual, o tribunal também decidiu que a empresa o demitiu injustamente. 

Acusado de assédio sexual e atentado ao pudor por parte de bailarinas de sua própria companhia, o artista plástico e coreógrafo belga Jan Fabre foi condenado, nesta sexta-feira (29), a 18 meses de prisão com suspensão condicional da pena pelo Tribunal Penal de Ambères.

Durante o julgamento, no fim de março, a Promotoria havia pedido uma pena de três anos de prisão contra esta figura central da arte contemporânea belga. A corte considerou, porém, que parte dos fatos havia prescrito e descartou as acusações de seis das 12 supostas vítimas.

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Alvo da onda do #metoo em 2018, Fabre, de 63 anos, foi julgado por violência, humilhação e assédio sexual no trabalho contra 12 ex-funcionárias de sua empresa Troubleyn, além de uma acusação de "atentado ao pudor" contra uma delas.

A condenação de 18 meses está acompanhada de uma suspensão condicional da execução da pena por cinco anos. Neste período, Fabre será privado de seus direitos civis, conforme cópia da sentença enviada à imprensa.

Depois do surgimento das primeiras denúncias de assédio sexual e moral do vereador do Rio de Janeiro, Gabriel Monteiro (PL), em 27 de março, os seus seguidores aumentaram. Um levantamento feito pela consultoria Bites para o jornal O Globo mostrou que, enquanto 9,7 mil pessoas deixaram de segui-lo, 245 mil passaram a acompanhar o parlamentar na rede social. 

Diferente do que aconteceu com o deputado estadual de São Paulo, Arthur do Val (União Brasil), conhecido como Mamãe Falei, que perdeu seguidores nas redes após divulgação dos áudios vazados com comentários sexistas e misóginos sobre refugiadas ucranianas, o vereador Gabriel Monteiro ganhou seguidores mais do que perdeu. 

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O levantamento aponta que ele ganhou 130 mil seguidores no Instagram, 50 mil no YouTube e 44,6 mil curtidas na página do Facebook, além de 21 mil seguidores no Twitter. 

Ao blog da Malu Gaspar, do O Globo, o consultor Manoel Fernandes, da Bites, afirmou que o caso do vereador é um fenômeno que precisa ser estudado. “Em 15 anos de experiência nunca vimos algo parecido. A curva de crescimento do Gabriel Monteiro nas redes é constante e não foi afetada pela divulgação da reportagem”.

O especialista explicou que a forma como Gabriel enfrentou as acusações fez diferença. “O que ele está fazendo é abordar o tema de frente e com bastante frequência em seu canal no YouTube. Isso talvez seja um indício de que ele está contornando as denúncias criando a sua própria narrativa nas redes sociais. É possível que seus seguidores só estejam vendo seus próprios vídeos e não as denúncias”, contou. 

Por sua vez, ao invés de combater as denúncias, Arthur do Val assumiu as declarações e perdeu 60 mil seguidores em cinco dias. 

Fernandes afirmou que o canal de Gabriel no YouTube tem mais de um bilhão de visualizações. A quantidade é considerada alta até para influenciadores digitais que fazem sucesso na internet. 

Antes da primeira denúncia, o vereador Gabriel Monteiro já era o político mais popular nas redes depois de Bolsonaro, com 18.095.302 seguidores, mais do que qualquer governador, prefeito, deputado ou vereador. Ele divulgou cinco vídeos se defendendo desde as primeiras denúncias, e exibe edições feitas pela sua equipe sugerindo que ele seria inocente e que é perseguido pela mídia e ameaçado por máfias. 

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