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A prefeitura de Boa Esperança do Sul, município do interior de São Paulo, decidiu cancelar a festa de carnaval deste ano prevista para ocorrer na cidade. A determinação foi anunciada por meio das redes sociais, em transmissão ao vivo, na tarde de segunda-feira (29). Conforme o prefeito Manoel do Vitorinho (PP), a decisão foi tomada em razão de brigas que ocorreram durante o fim de semana em apresentações do pré-carnaval.

"Inicialmente, venho aqui para repudiar o que aconteceu no fim de semana, tanto no sábado (27), quanto no domingo (28). Acho que quando a gente se propõe a fazer uma festa de graça para a nossa população é para que nossos munícipes venham se divertir, mas não para brigar e colocar em risco a vida deles e de outros munícipes", disse Vitorinho.

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Segundo ele, uma pessoa ainda permanece hospitalizada. "Ela está bem, mas eu não me sinto seguro e venho aqui comunicar que estamos cancelando o carnaval na cidade. Então, quando as pessoas aprenderem a se comportar, elas terão festa. Festa não é prioridade, embora seja lazer."

"Pode ser que tenha várias pessoas aí que vão me xingar. Que vão falar um monte de coisa. Eu não me importo. Eu prefiro as pessoas me xingando do que amanhã a gente chorar por perder uma vida. O carnaval está oficialmente cancelado. Podem xingar, mas não irei voltar atrás", enfatizou ele.

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Dinheiro será destinado para a educação

"Nós ficamos a manhã inteira, a tarde inteira aqui na prefeitura, conversando e pensando. Com o dinheiro que iríamos gastar com o carnaval, vamos climatizar todas as escolas do município. Tanto do ensino fundamental, quanto do ensino infantil. O carnaval dura cinco dias e acaba. O ar condicionado vai trazer muito mais benfeitorias para nossos alunos e professores e dura vários anos", afirmou o prefeito ao citar que já está organizando o cronograma para a instalação dos equipamentos de ar-condicionado nas escolas.

"É muito melhor e mais seguro este investimento. Estou aqui para preservar a vida do povo e não colocar a vida em risco.

Conforme Vitorinho, todos os contratos firmados para o carnaval já foram cancelados. mas a prefeitura não informou o que acontecerá com os acordos. Também não disse qual seria o valor investido na festa. O espaço permanece aberto para manifestação.

"E volto a dizer, se vocês não souberem se comportar, eu cancelo as festas do fim do ano também. Vocês que brigaram são os culpados pelo cancelamento do carnaval, que iria trazer alegria para a nossa população", alertou o prefeito.

As escolas de samba do Rio de Janeiro cancelaram os ensaios técnicos para o carnaval, que ocorreriam neste domingo, 14, após os estragos deixados pelas fortes chuvas. Até o momento desta publicação, nove pessoas morreram neste fim de semana.

Em nota, a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) comunicou que os ensaios da Portela e da Unidos da Tijuca foram adiados. Novas datas ainda serão anunciadas.

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"Esta decisão é tomada com máxima responsabilidade, visando a segurança de todos os envolvidos, incluindo participantes, equipe técnica e espectadores", diz o comunicado publicado nas redes sociais. "Estamos trabalhando para definir novas datas para os ensaios, e as informações atualizadas serão divulgadas em breve", completa a nota.

As chuvas também deixaram um rastro de inundações e alagamentos que afetaram o transporte público.

Autoridades orientaram que moradores evitem se deslocar.

Conforme a Defesa Civil Municipal, os bairros da Baixada Fluminense e da zona norte da capital foram os principais afetados.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) condenou a plataforma de reservas de hospedagens Booking a indenizar clientes por danos morais por ter cancelado suas reservas para as festas de final de ano sem comunicá-los previamente.

A empresa terá que pagar R$ 2,5 mil para cada um dos três consumidores, que entraram com a ação pedindo indenização. O caso ocorreu em uma pousada de Ubatuba, litoral norte paulista.

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Procurada pelo Estadão, a Booking disse que lamenta a situação e que não possui mais contrato ativo com a propriedade, que, portanto, não está mais disponível para reservas na plataforma. Leia a nota na íntegra no final do texto.

Conforme relatado no processo, os consumidores chegaram a fazer check in na pousada, mas minutos depois tiveram as reservas canceladas e foram expulsos do local sem receber qualquer assistência da plataforma responsável pela reserva. Os clientes afirmam ainda que foram agredidos fisicamente e sofreram ameaças da dona do estabelecimento.

O caso já tinha sido julgado em primeira instância, quando a Booking foi condenada a reembolsar os clientes com o valor pago pela hospedagem, em cerca de R$ 2 mil. O processo tramita na Justiça paulista desde 2022, mas foi julgado em segunda instância em novembro deste ano.

O desembargador Gomes Varjão, relator do recurso, decidiu que a empresa é responsável pelo ocorrido por integrar a cadeia de consumo. Para o magistrado, os fatos narrados pelos consumidores "ultrapassam aqueles vividos no cotidiano e excedem o razoavelmente esperado na vida em comunidade".

Em nota enviada ao Estadão nesta quinta-feira, 28, a Booking assegurou o "compromisso no cumprimento da decisão do tribunal" e afirmou que não tem mais contrato com o estabelecimento envolvido no caso.

Leia a íntegra da nota:

"Reforçamos que, na Booking.com, nosso objetivo é facilitar experiências de viagem tranquilas e agradáveis para nossos clientes e, todas as semanas, possibilitamos milhões de estadias, com a grande maioria ocorrendo sem absolutamente nenhum problema. Nossa equipe de atendimento ao cliente está sempre à disposição para oferecer suporte aos viajantes e pode ser contatada pela Central de Ajuda.

No que se refere a este caso específico, a Booking.com está ciente do ocorrido e lamenta a situação relatada pelos autores da ação. Além do compromisso no cumprimento da decisão do tribunal, confirmamos que a Booking.com não possui mais o contrato ativo com a propriedade envolvida, portanto, a acomodação não está mais disponível para reservas na plataforma."

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cancelou no início da tarde desta quarta-feira, 20, um café da manhã com veículos de imprensa marcado para esta quinta-feira, 21, no Palácio do Planalto. Segundo o governo, o motivo da suspensão do evento foi a agenda de final do presidente.

O Planalto informou que a reunião entre o chefe do Executivo e os jornalistas deve acontecer somente no ano que vem. Os veículos de imprensa foram convidados por assessores do petista no início dessa semana.

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De acordo com o governo, as agendas que levaram ao cancelamento do café da manhã são reservadas. O único compromisso público do chefe do Executivo para os próximos dias é uma celebração com catadores de Brasília na sexta-feira, 22.

No último encontro, Lula disse que ‘dificilmente’ cumprirá meta fiscal e que sofria ao demitir mulheres do governo

O último café da manhã do presidente com jornalistas no Planalto foi realizado no dia 27 de outubro. Naquele dia, Lula afirmou que "dificilmente" cumpriria a meta fiscal de déficit zero em 2024. O presidente afirmou que muitas vezes o mercado é "ganancioso" e cobra algo irreal do governo.

"Dificilmente chegaremos à meta zero até porque não queremos fazer corte de investimentos e de obras", afirmou. Embora o presidente não tenha dito, 2024 é um ano eleitoral e petistas já afirmavam, nos bastidores, que será preciso contrariar Haddad porque, se a arrecadação for insuficiente, haverá tesourada em programas sociais.

O presidente também disse que não estaria fazendo negociação de cargos para agradar o Centrão. O petista procurou minimizar derrotas no Congresso em desaprovações de pautas do interesse do Executivo.

"Eu não fiz negociação com o Centrão. Eu não converso com o Centrão. Vocês nunca me viram fazendo reunião com o Centrão. Eu faço conversas com partidos políticos, que estão ali legalizados, que elegeram bancadas. Portanto, é com eles que eu tenho que conversar para estabelecer um acordo", declarou o presidente.

Lula foi questionado durante o encontro com jornalistas sobre a diminuição do número de mulheres no primeiro escalão do governo. Em resposta, o petista disse ter sofrido quando demitiu Ana Moser do Ministério do Esporte e Rita Serrano da presidência da Caixa e ter ficado "chateado" ao substituir Daniela Carneiro no Turismo.

"Fiz um acordo com o PP, com o Republicanos. Acho que é direito deles dirigir o governo, ter um espaço no governo. Eles, juntos, têm mais de 100 votos, e eu precisava desses votos para continuar governando", observou.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, cancelou na segunda-feira, 18, sua participação na audiência convocada pela Comissão de Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados, marcada para esta terça-feira, 19. Sua presença havia sido convocada em 24 de novembro, depois da ministra cancelar sua participação na reunião anterior, dia 22, na qual havia sido convidada a comparecer.

O motivo da falta, desta vez, seria sua participação na 42ª reunião ordinária do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que terá a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice Geraldo Alckmin e ocorre em Brasília. Todos têm o evento em suas agendas oficiais.

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Não há nova data para a audiência. A ministra foi convidada, e depois convocada, para falar sobre os gastos do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) com recursos do Fundo Amazônia em 2022, além de projetos realizados por ONGs que teriam utilizado recursos do Fundo.

Os requerimentos foram feitos pelos deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Evair Vieira de Melo (PP-ES), Junio Amaral (PL-MG) e Kim Kataguiri (União-SP), que pedem ainda para a ministra esclarecer as ações do ministério para o enfrentar as queimadas na Amazônia e sobre o que o governo tem feito para proteger a pesca artesanal.

A sessão do Congresso Nacional para analisar vetos presidenciais foi cancelada mais uma vez nesta quinta-feira (7). A discussão envolve temas que são importantes para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e polêmicos entre os parlamentares, como marco temporal, arcabouço fiscal, novas regras do Carf e desoneração da folha de pagamento. A decisão da Casa vem sendo adiada desde o início de novembro, em um impasse entre governo e oposição. Nova sessão conjunta entre Câmara dos Deputados e Senado Federal está marcada para a próxima quinta, dia 14.

Além da falta de consenso entre governistas e oposição, o adiamento foi justificado pelo Congresso pelo esvaziamento das duas Casas devido à viagem de parlamentares para a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP28), em Dubai, nos Emirados Árabes. A última sessão conjunta da Câmara dos Deputados e do Senado Federal ocorreu em 9 de novembro.

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A pauta da sessão da próxima semana já prevê a análise de 39 vetos para na ordem do dia. Deles, 29 são de Lula.

Entre os trechos rejeitados que compõem a ordem do dia da próxima reunião estão os do marco temporal de demarcação de terras indígenas, um dos mais polêmicos. A Frente parlamentar do Agro (FPA), composta por 324 deputados e 50 senadores, reagiu à fala de Lula durante a COP28, que cobrou mobilização social contra "raposas no galinheiro". O grupo afirmou em nota que falas "criminalizam" os integrantes do Legislativo.

A votação precisa ter o "sim" da maioria absoluta dos parlamentares para o veto de Lula ser derrubado. Isso significa metade mais um de todos os membros do Congresso - 257 deputados e 41 senadores -, e não apenas dos presentes.

Outras análises previstas para a sessão do Congresso são sobre os trechos vetados das regras do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), do novo regime fiscal, do Marco Legal das Garantias.

Um dos trechos vetados por Lula no arcabouço fiscal proibia o governo de propor quaisquer novas exceções à meta de resultado primário na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Em tese, a avaliação é que o Executivo poderia usar essa brecha para retirar o PAC dos limites fiscais, o que facilitaria o cumprimento da meta, blindaria obras do governo e reduziria a necessidade do Planalto de negociar com a Câmara e o Senado.

Além dos vetos, 12 projetos de lei também estão na pauta do dia da sessão marcada para o próximo dia 14. Quem tem o poder de convocar ou adiar sessões conjuntas é o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). As votações ocorrem no plenário da Câmara, controlado por Arthur Lira (PP-AL).

A Braskem cancelou, na segunda-feira, 4, a sua participação na Conferência das Nações Unidas Sobre Mudança Climática (COP28). O motivo é a situação de emergência decretada em Maceió e os alertas para o risco de colapso de uma mina da petroquímica na capital de Alagoas.

"Nos últimos dias, diante do agravamento da crise de Maceió, achou melhor cancelar sua participação nos painéis para evitar que o assunto sobrepujasse quaisquer outras discussões técnicas, dificultando eventuais contribuições que a empresa pudesse oferecer", diz o comunicado da Braskem sobre a conferência que ocorre em Dubai.

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Ainda segundo a petroquímica, a "Braskem está acompanhando a COP e todas as discussões sobre mudanças climáticas, uma vez que tem metas de redução de emissões de gases de efeito estufa e de crescimento com produtos mais sustentáveis, entre eles bioprodutos e produtos com conteúdo reciclado".

Na segunda-feira, a Defesa Civil de Maceió voltou a detectar um aumento de velocidade da abertura da mina 18, depois de uma sequência de dias em que se apontou a desaceleração no ritmo do afundamento do solo.

O boletim mais recente divulgado pelo órgão indica que a velocidade, na noite da segunda-feira, era de 0,26 cm por hora, um pequeno aumento em comparação ao registrado no período da manhã: 0,25 cm por hora. O deslocamento vertical acumulado da mina é de 1,80 metro.

O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), disse nesta quinta-feira, 23, que o governo estava "seguro" de que conseguiria manter os vetos presidenciais ao arcabouço fiscal pelo Senado, mesmo que a Câmara dos Deputados decidisse derrubá-los. Randolfe também afirmou que o governo tem acordo para a derrubada de parte do veto presidencial ao projeto que retomou o chamado "voto de qualidade" no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

"Apesar da posição da Câmara, o governo estava seguro de que o veto do arcabouço seria mantido pelo Senado. Independente da Câmara, teríamos votos o bastante para a manutenção do veto no Senado", afirmou o líder do governo após reunião de líderes na presidência do Senado.

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Mesmo assim, a sessão do Congresso foi cancelada e remarcada para a próxima terça-feira, 28, às 12 horas.

Randolfe disse que o governo estava disposto a negociar os vetos do arcabouço. "Da parte do governo e do presidente do Senado [Rodrigo Pacheco] estávamos prontos para irmos ao plenário do Congresso e aguardar pelo quórum", afirmou.

O líder do governo no Congresso argumentou que o motivo do cancelamento da reunião foi que o plenário da Câmara dos Deputados estava ocupado no momento com outra sessão deliberativa.

Randolfe acrescentou ser "urgente" que o Congresso realize uma sessão para analisar as propostas que estão na pauta.

Nos bastidores, porém, o principal motivo para o adiamento foi a falta de acordo sobre os vetos do arcabouço fiscal e do PL do Carf, principalmente entre líderes da Câmara dos Deputados.

Na noite da quarta-feira, deputados pediram que a sessão fosse adiada para que o texto fosse acordado. Segundo Randolfe, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chegou a falar com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na quarta à noite para buscar entendimento sobre os vetos presidenciais.

O Congresso Nacional cancelou a sessão deliberativa que estava prevista para esta quinta-feira (23), após um impasse envolvendo os vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A informação foi confirmada pela assessoria do líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), que é o principal responsável pela articulação em torno das sessões conjuntas do Congresso.

O maior entrave para a sessão foi identificado na Câmara dos Deputados. Na noite de quarta-feira, 22, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e os líderes partidários da Casa sugeriram o adiamento da sessão, alegando ser necessário mais tempo para resolver o impasse com o governo sobre os vetos aos projetos do arcabouço e do voto de qualidade do Carf.

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Há expectativa de uma reunião, o mais rápido possível, entre Lira e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para tratar dos vetos. "Provavelmente, não depende só de nós, depende também do Senado, a sessão dos vetos vai ser adiada", disse o líder do PT, Zeca Dirceu (PR), a jornalistas, após uma reunião na noite de quarta. "Eu diria que tem um problema no arcabouço, mas o problema maior é no Carf", emendou.

Para que um veto seja derrubado, é preciso que haja concordância tanto da Câmara, quanto do Senado. Isso significa que se uma das Casas votar no sentido de manter o veto, a decisão do presidente da República fica mantida.

O trabalho do governo nas últimas horas estava focado em garantir a manutenção dos vetos presidenciais por meio do Senado, mas a decisão que prevaleceu foi a de adiar a sessão para evitar uma derrota.

O ministro da Educação, Camilo Santana, descartou o cancelamento da provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, após imagens das provas vazarem nesse domingo (5).

De acordo com o gestor do Ministério da Educação (MEC), o caso se tratou de "ocorrências pontuais". "Todas as escolas tiveram o Enem e todos que se sentiram prejudicados por questões de saúde ou questões climáticas terão direito a fazer as provas nos dias 12 e 13 de dezembro", afirmou, durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (6). 

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Camilo informou que 15 pessoas, maiores de idade, estão presas e sob investigação da Polícia Federal. Apesar dos acontecimentos, Camilo considerou o Enem deste ano um "sucesso".

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), ligada ao Ministério da Justiça, instaurou processo administrativo contra a empresa 123milhas, com base em indícios de infrações à legislação referentes ao descumprimento sistemático de contratos. A informação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) da quinta-feira, 19. Procurada, a 123milhas afirmou que "esse procedimento já estava instaurado como investigação preliminar" e que está colaborando com a Senacon.

A empresa terá o prazo de 20 dias para apresentar sua defesa.

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"Nessa fase do procedimento, a empresa seguirá contribuindo para o esclarecimento dos fatos e integrando todos os órgãos de controle na solução dos débitos que se encontram listados na Recuperação Judicial", afirmou, em nota, a 123milhas.

Segundo a Senacon, a decisão pela instauração do processo tem o objetivo de esclarecer os fatos e determinar se a empresa violou o Código de Defesa do Consumidor (CDC).

A secretaria também determinou o envio de cópia da decisão aos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, para conhecimento e adoção de providências que forem pertinentes.

"A Senacon tem atuado firmemente, dentro de suas competências, em atenção ao direito dos consumidores e das consumidoras, apurando a responsabilidade da empresa 123 Milhas. A empresa já havia sido notificada para prestar informações sobre a suspensão dos pacotes promocionais, e, agora, deverá prestar esclarecimentos sobre as repetidas falhas na prestação de serviços", afirmou em nota o secretário nacional do Consumidor, Wadih Damous.

A 123milhas anunciou em agosto a suspensão de pacotes de viagens de sua linha "Promo", mais barata, que já tinham sido pagos pelos clientes, oferecendo somente a opção de reembolso em vouchers - ou seja, cupons para uso na própria empresa.

No fim do mesmo mês, a Justiça de Minas Gerais aceitou o pedido de recuperação judicial da 123 Milhas, mas ele foi suspenso provisoriamente, após o Banco do Brasil entrar com um recurso. O banco alegou que a empresa não apresentou todos os documentos exigidos para viabilizar o processamento da recuperação judicial.

Em setembro, a Justiça estendeu a recuperação judicial da 123milhas a Maxmilhas e a Lance Hotéis, outras empresas do grupo econômico. Juntas, as empresas devem mais de R$ 2,5 bilhões a credores.

Já neste mês, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras recomendou o indiciamento de 45 pessoas, incluindo oito sócios da 123milhas.

A empresa negou que tenha atuado como pirâmide financeira.

Na primeira licitação sob o comando de Flávio Dino (PSB), o Ministério da Justiça precisou cancelar a compra de munições de gás lacrimogêneo após a Controladoria-Geral da União (CGU) estimar um superfaturamento de R$ 2,055 milhões no processo.

A compra chegou a ser homologada, numa das últimas fases da licitação, mas o Ministério da Justiça recuou depois de receber um relatório da CGU e retirou os itens superfaturados. A ata foi publicada no último dia 14 de julho no Diário Oficial da União.

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A licitação previa, entre outros itens, a compra de 15.617 projéteis de emissão lacrimogênea calibre 40mm x 46mm. A bala é geralmente usada para dispersar manifestantes durante protestos e barricadas. A aquisição foi homologada no último dia 2 de junho para a empresa Condor SA, uma das líderes no mercado. Cada projétil sairia por R$ 479. O superfaturamento pode ser identificado ao se comparar com compras anteriores. A mesma munição foi vendida por R$ 427 ao Comando da Aeronáutica cerca de sete meses antes, em novembro do ano passado. E o pior: o fornecedor era o mesmo, a Condor SA.

Dessa maneira, as munições da Pasta de Dino sairiam por R$ 7,48 milhões, ao mesmo tempo que poderiam ser adquiridas por R$ 6,79 milhões. Uma diferença de R$ 685 mil (10%). O superfaturamento foi estimado em R$ 2,055 milhões, uma vez que a ata pode ser aderida por outros órgãos.

No relatório de avaliação preventiva, a Controladoria apontou falhas na pesquisa de preço feita pelo Ministério da Justiça. A CGU chega a falar em "manipulação numérica" da Pasta. "A prática de não se utilizar o preço efetivamente negociado, mas aquele pesquisado pelo órgão em função dele situar-se mais próximos de outros pesquisados, e sem dar visibilidade a isso, é manipulação numérica incompatível com a busca do preço de mercado", diz o relatório.

Em um primeiro momento o ministério ignorou o alerta e homologou a compra. Após uma reunião com técnicos da CGU, a Pasta reconheceu o erro e cancelou a aquisição.

Uma nota técnica da Diretoria da Força Nacional de Segurança Pública considera que o cancelamento da compra das munições pode afetar o trabalho do órgão. "O prejuízo, em cancelar os itens 66 a 70, será da Diretoria da Força Nacional de Segurança Pública e dos órgãos partícipes da ARP [Ata de Registro de Preços], pois não terão em sua posse as munições de menor potencial ofensivo. Tais aquisições fazem parte da Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social."

Procurado, o Ministério da Justiça reforçou, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), que os itens não foram comprados diante dos apontamentos da Controladoria. "A Senasp cancelou os itens no momento de formalizar a assinatura da Ata de Registro de Preços respectiva, na qual não constam os referidos itens", explicou a pasta.

"Desta forma não houve qualquer irregularidade no procedimento adotado, tendo sido registrados na ata apenas os itens quanto aos quais a CGU não apontou quaisquer inconsistências e é esses que podem, dessa forma, serem efetivamente contratados", acrescentou. O valor inicial da ata de registro de preços dos outros itens fechou em R$ 157 milhões.

O governo federal cancelou os lançamentos do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em São Paulo e Minas Gerais, que estavam previstos para semana que vem. O adiamento se deu pelo fato de o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, querer permanecer seus últimos dias antes da cirurgia de quadril em Brasília. Não há nova data prevista para os lançamentos do PAC nos dois Estados.

Desde o lançamento oficial do programa em 11 de agosto, no Rio de Janeiro, o governo se comprometeu a promover o PAC em todos os Estados. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, é quem comanda as cerimônias.

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A cirurgia no quadril de Lula deverá ser feita na sexta-feira (29), na unidade de Brasília do hospital sírio-libanês.

A equipe médica será deslocada de São Paulo para a capital do País para o procedimento.

O presidente tem reclamado publicamente das dores "na cabeça do fêmur", como costuma dizer.

O evento de São Paulo previa a participação de ministros, além do governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), que planeja concorrer à prefeitura da capital paulista.

Esse seria o primeiro palanque de pauta positiva para o governo federal que Lula e Tarcísio dividiriam. Anteriormente, Lula tinha dividido evento com o governador por conta das chuvas no litoral paulista, no início do ano.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, cancelou a transmissão semanal ao vivo nas redes sociais, chamada de Conversa com o Presidente, que estava prevista para esta quarta-feira (20). O cancelamento ocorreu após a área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) ter sugerido que a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República seja advertida por causa da divulgação das lives semanais nas redes sociais de órgãos oficiais do governo.

A transmissão costuma ocorrer todas as terças-feiras, às 8h30.

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Mesmo em viagem, Lula costuma participar das lives, adequando-se para que elas aconteçam no período da manhã pelo horário de Brasília.

Nesta semana, Lula cumpre agenda em Nova York, nos Estados Unidos, para participar da 78ª Sessão da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

À reportagem, a assessoria do presidente havia informado na terça-feira que a live havia sido remarcada da terça para a quarta-feira. Contudo, na agenda do presidente, não constou o compromisso.

O parecer é relativo a uma representação proposta pelo deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP). Orleans e Bragança apresentou prints do Conversa com o Presidente compartilhados nas redes sociais da Secom, da Presidência da República, da Casa Civil, da Secretaria de Relações Institucionais, do Ministério das Cidades, da TV Brasil e da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e diz que há "uma estruturação da publicidade institucional direcionada à promoção" de Lula.

O parecer da área técnica do TCU diz que, "no presente caso, havendo situações tanto de caráter informativo quanto de promoção pessoal no programa Conversa com o Presidente, conclui-se pela procedência parcial da representação".

A assessoria de imprensa do Palácio do Planalto informou na manhã desta quinta-feira, 14, que a visita do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, às obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, foi cancelada. Ele iria ao local na sexta-feira, 15.

A ida de Lula a Ipojuca, onde fica a refinaria, seria em uma escala feita na capital de Pernambuco, Recife, na ida do presidente a Cuba e aos Estados Unidos.

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Lula sairia da base aérea por poucas horas para visitar a obra e voltaria.

A refinaria foi incluída no novo PAC. As obras haviam sido paralisadas por causa da operação Lava Jato.

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Os fortes ventos registrados entre a noite de segunda-feira (11) e a manhã desta terça (12) em Porto Alegre causaram o cancelamento de voos e provocam grandes filas no Aeroporto Salgado Filho. Pelo menos seis voos de três companhias aéreas diferentes foram cancelados nesta manhã - cinco deles tinham destino para aeroportos do Estado de São Paulo.

Entre os voos cancelados, dois são da Latam com destino a Congonhas e Guarulhos; três da Azul, para Viracopos, Guarulhos e Confins (MG); e um da Gol, para Congonhas. O Estadão pediu posicionamento à administração do aeroporto, mas até o momento não obteve retorno.

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A Infraero, que administra o aeroporto de Congonhas, informou que até às 9h30 da manhã a suspensão dos voos em Porto Alegre não provocava reflexos no aeroporto paulista.

Os fortes ventos começaram pouco antes das 23h de segunda-feira. A Metsul informou que a estação meteorológica do Aeroporto Salgado Filho registrou rajadas de vento de 76 km/h naquele momento.

O prefeito do município catarinense de Chapecó, João Rodrigues (PSD), cancelou nesta quarta-feira, 6, o desfile do Dia da Independência na cidade. A decisão, segundo ele, foi tomada para "evitar manifestações ou protestos com temas nacionais que pudessem perturbar" o evento. Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o prefeito suspendeu a cerimônia no momento em que ocorre um movimento de bolsonaristas para o boicote às comemorações do 7 de Setembro, como forma de protesto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e às Forças Armadas.

"Chapecó não terá a parada cívica. Por quê? Porque recebemos informações importantes de alguns grupos que estariam se organizando para promover atos no decorrer do desfile do dia 7 de Setembro", disse. O prefeito não explicou quais são essas informações.

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Rodrigues afirmou que o Brasil passa por um "momento difícil", porque, segundo ele, "pessoas inocentes" foram acusadas de vandalismo, em referência aos ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília em dia 8 de janeiro. "Por isso, a decisão foi em prol da manutenção da paz e da tranquilidade da cidade."

Na capital federal, logo após a invasão dos prédios públicos, 1.424 pessoas foram detidas. Hoje, a maior parte responde pelos atos em liberdade. O Congresso, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto tiveram vidros quebrados e móveis e peças do acervo destruídos.

"Baseado no que aconteceu dia 8 lá em Brasília, muito mal explicado, onde pessoas inocentes acabaram pagando pelo que não deviam, Chapecó quer evitar esse tipo de conflito", disse.

No ano passado, mais de 2,7 mil pessoas desfilaram nas ruas da avenida principal da cidade em cerimônia programada pela Prefeitura de Chapecó. Neste ano, segundo o prefeito, ocorrerá apenas o hasteamento da bandeira nacional.

O Estadão procurou João Rodrigues e a prefeitura de Chapecó, mas não obteve retorno até a publicação deste texto. O espaço permanece aberto a manifestações.

Prefeito doou R$ 1 mil em Pix para Bolsonaro

João Rodrigues foi um dos doadores na campanha promovida por aliados de Bolsonaro, no fim de junho, para arrecadar dinheiro para pagar multas judiciais do ex-presidente. O prefeito postou em uma rede social um vídeo onde mostra uma transferência, via Pix, de R$ 1 mil, como uma "prova de lealdade" ao ex-chefe do Executivo.

No auge da pandemia de covid-19, em abril de 2021, o ex-presidente compartilhou um vídeo nas redes sociais onde parabenizava o prefeito por incentivar o "tratamento precoce" contra a doença, utilizando drogas sem eficácia comprovada.

Bolsonaristas promovem 'fica em casa'

Nas últimas semanas, perfis bolsonaristas promovem nas redes sociais um boicote ao Dia da Independência, incentivando que os apoiadores do ex-presidente não compareçam aos desfiles cívicos e fiquem em suas casas, como forma de protesto ao presidente Lula e às Forças Armadas.

Para aliados de Bolsonaro, "não teria o que se comemorar" neste feriado. Um dos apoiadores do boicote é o senador Magno Malta (PL-ES), que anunciou em sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, no final do mês passado, que o 7 de Setembro seria o "fique em casa" dos bolsonaristas, em referência à campanha de saúde promovida durante a pandemia.

"O próximo 7 de setembro será o nosso fica em casa. Terá um 7 de Setembro das Forças Armadas que hoje faz continência para bandido, junto com o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) e junto com a CUT (Central Única dos Trabalhadores)", afirmou o senador.

Na gestão passada, Bolsonaro buscou usar a data como manifestação de endosso ao governo dele. O ex-chefe do Executivo convocava aliados a comparecerem ostentando símbolos como camisetas e bandeiras verdes e amarelas. Os objetos tinham o rosto e alusões à campanha do então presidente.

A 123 Milhas deve emitir, no prazo de cinco dias, as passagens aéreas de três clientes que tiveram pacote cancelado. A decisão é do juiz José Cícero Alves da Silva, da 4ª Vara Cível de Maceió. Em caso de descumprimento, a empresa poderá pagar multa diária de R$ 500, até o limite de R$ 20 mil.

"As autoras restariam demasiadamente prejudicadas caso a liminar não fosse concedida, vez que acarretará enormes prejuízos de ordem material e emocional", afirmou o magistrado, em decisão proferida na última sexta (25) e publicada nesta segunda (28).

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As clientes têm viagem a Portugal marcada para o próximo dia 1º. Segundo os autos, as passagens foram adquiridas em outubro de 2022, na modalidade promo (embarque flexível).

Alegando terem sido surpreendidas com o cancelamento das passagens, ingressaram com ação na Justiça. Sustentaram que sofrerão prejuízos financeiros, uma vez que já teriam adquirido voos internos para visitar familiares que moram em cidades diferentes.

O juiz deferiu o pedido liminar. Segundo José Cícero Alves, o direito das autoras encontra fundamento nos documentos acostados ao processo, em especial no demonstrativo de compra das passagens e a suspensão das mesmas.

A 123 Milhas teria alegado que a não emissão dos bilhetes ocorre por "questões alheias à vontade da empresa" e "circunstâncias de mercado adversas", oferecendo somente a opção de reembolso por meio de vouchers para uso no site da própria companhia.

"É cediço que os riscos inerentes à cadeia produtiva em que o fornecedor de produtos ou serviços atua não podem ser transferidos para os consumidores, muito menos sob a alegação de que o 'mercado sofre com situações adversas'", afirmou o juiz.

Com informações da assessoria do TJ-AL

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacom), órgão do Ministério da Justiça, está avaliando a abertura de um processo administrativo e até mesmo a aplicação de multa contra a 123 Milhas caso a empresa não devolva o dinheiro de consumidores afetados pela suspensão de pacotes de viagens já pagos. Se confirmada, a multa pode chegar a R$ 13 milhões.

"Mantemos a posição de que a empresa deve ressarcir em dinheiro o consumidor que assim queira", afirmou o secretário nacional do consumidor, Wadih Damous, durante entrevista à CNN Brasil na tarde deste domingo, 27. Se não houver acordo, a Senacom também pode bloquear a continuidade da venda de pacotes de viagens pelas companhia.

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A 123 Milhas respondeu à cobrança de esclarecimentos feita recentemente pela Senacom e também pediu uma audiência com o órgão para dar mais detalhes sobre a situação. O secretário disse que vai atender ao pedido de audiência, e que o encontro deve acontecer ainda nesta semana.

"Nossa expectativa é que a 123 Milhas apresente um plano que ao menos mitigue, reduza a escala, dos prejuízos aos consumidores. Esse é o nosso objetivo, não multar, nem punir, Mas se houver necessidade, vamos fazer", disse Damous.

Caso a empresa mantenha a posição de ressarcir os clientes com voucher para uso de outros serviços, em vez da devolução dos valores em dinheiro, a alternativa para os consumidores será a abertura de um processo judicial - que é a esfera com capacidade de obrigar a companhia a fazer o ressarcimento. "Da nossa parte, vamos até a abertura de processo administrativo e sanção por descumprimento do contrato, que é a multa".

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras aprovou na quarta-feira, 23, a convocação dos sócios-administradores da 123milhas, Ramiro Júlio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira. O colegiado irá ouvir os empresários sobre a suspensão de pacotes de viagens já pagos pelos consumidores, anunciada pela agência na semana passada. A audiência ainda não tem data marcada.

A reportagem procura a 123milhas para se pronunciar sobre o caso desde o início da semana. Assim que ela responder, esta matéria será atualizada.

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Também foi aprovada a quebra de sigilo fiscal e bancário da 123milhas e de Ramiro, Augusto e Cristiane Soares Madureira do Nascimento, sócia da agência de viagens por meio da empresa Novum Investimentos Participações S/A.

O deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) apontou a preocupação de que o caso esteja configurado como um esquema de pirâmide financeira. "Além disso, da forma como foi apresentado pela empresa, a venda dos pacotes de viagem era feita sem que houvesse qualquer compromisso de arcar com a responsabilidade junto a seus clientes", afirmou.

Os deputados também aprovaram requerimentos para a realização de audiências públicas sobre a situação da 123milhas na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, na Comissão de Defesa do Consumidor e na Comissão de Viação e Transportes.

A 123milhas anunciou na última sexta-feira, 18, a suspensão de pedidos da linha PROMO, com datas flexíveis, que tinham embarque previsto entre setembro e dezembro deste ano.

A agência afirma que os valores serão devolvidos integralmente aos clientes afetados pela medida, em "vouchers acrescidos de correção monetária de 150% do CDI, acima da inflação e dos juros de mercado".

O voucher é a única opção oferecida pela empresa para realizar o reembolso, o que não segue o que é estabelecido no Código de Defesa do Consumidor. Clientes também reclamam que o valor total de reembolso é dividido em mais de um voucher e que a empresa impede o uso de mais de um desses cupons em uma única compra.

A 123milhas foi notificada pelo Procon-SP, que pediu esclarecimentos sobre a suspensão de pacotes anunciada pela empresa.

O Ministério do Turismo suspendeu a agência do Cadastur, um programa que facilita a obtenção de empréstimos e financiamentos no setor.

Um procedimento aberto pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão do Ministério da Justiça, juntamente com o Turismo, está investigando as condições da 123milhas e o modelo de negócio da agência, também executado por empresas similares.

*Com informações da Agência Câmara de Notícias

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