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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, cancelou a transmissão semanal ao vivo nas redes sociais, chamada de Conversa com o Presidente, que estava prevista para esta quarta-feira (20). O cancelamento ocorreu após a área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) ter sugerido que a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República seja advertida por causa da divulgação das lives semanais nas redes sociais de órgãos oficiais do governo.

A transmissão costuma ocorrer todas as terças-feiras, às 8h30.

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Mesmo em viagem, Lula costuma participar das lives, adequando-se para que elas aconteçam no período da manhã pelo horário de Brasília.

Nesta semana, Lula cumpre agenda em Nova York, nos Estados Unidos, para participar da 78ª Sessão da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

À reportagem, a assessoria do presidente havia informado na terça-feira que a live havia sido remarcada da terça para a quarta-feira. Contudo, na agenda do presidente, não constou o compromisso.

O parecer é relativo a uma representação proposta pelo deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP). Orleans e Bragança apresentou prints do Conversa com o Presidente compartilhados nas redes sociais da Secom, da Presidência da República, da Casa Civil, da Secretaria de Relações Institucionais, do Ministério das Cidades, da TV Brasil e da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e diz que há "uma estruturação da publicidade institucional direcionada à promoção" de Lula.

O parecer da área técnica do TCU diz que, "no presente caso, havendo situações tanto de caráter informativo quanto de promoção pessoal no programa Conversa com o Presidente, conclui-se pela procedência parcial da representação".

Durante a live semanal, realizada na quinta-feira (21), o presidente Jair Bolsonaro (PT) alegou falsamente que as vacinas contra a Covid-19 não foram ofertadas durante o primeiro ano da pandemia, em 2020. No rol de atualizações aos seus apoiadores, em transmissão ao vivo, o mandatário relembrou uma conversa recente que teve com uma idosa, e nela, a mulher se queixou da compra tardia de imunizantes e o impacto que o atraso na vacinação teve nos índices da doença. 

Em resposta, o chefe do Executivo disse que as vacinas não estavam disponíveis à época e que, mesmo após o início da comercialização internacional, em dezembro de 2020, não havia oferta suficiente para o Brasil. 

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"Conversando com uma senhora esses dias, eu sempre deixo a vontade para falar, porque ela tava chateada comigo. 'Por que você não comprou a vacina logo que começou a aparecer o vírus?'. 'A senhora queria essa vacina quando?', 'Quando começou o vírus'. O vírus começou a aparecer em 2020. Na verdade, começou a pegar para valer em março de 2020. Daí falei para ela: 'Mas a primeira dose aplicada pelo mundo foi no Reino Unido em dezembro de 2020. Ninguém tinha a vacina para vender. E quando, no ano seguinte, começou a vender a vacina, não tinha'. Manda 100 milhões de doses pro Brasil, não tinha dose, era em conta-gotas e o Brasil fez a sua parte", afirmou Bolsonaro. 

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Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, o CEO da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, informou que o governo brasileiro ignorou três ofertas para aquisição de vacinas em agosto de 2020, e que as negociações haviam começado em maio. Ou seja, oito e dois meses após os primeiros casos confirmados no Brasil. A informação consta no relatório final da CPI. 

Em março, de fato, não havia oferta de imunizantes, pois os especialistas ainda estavam tentando compreender o comportamento do vírus. Em maio, as ofertas foram iniciadas por, pelo menos, dois laboratórios. A aplicação da primeira dose no Reino Unido ocorreu em 8 de dezembro daquele ano.  

Murillo estimou que, se um dos acordos tivesse sido fechado, o país teria recebido as primeiras remessas do imunizante já em dezembro de 2020, e somaria, até o segundo trimestre de 2021, cerca de 18,5 milhões de doses. 

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