Tópicos | assédio moral

A 12ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) manteve, por votação unânime, decisão da 17ª Vara Cível da Capital, proferida pela juíza Luciana Biagio Laquimia, que determinou que a Universidade Anhembi Morumbi revogue suspensão disciplinar de uma aluna que sofreu assédio moral de professoras e a indenize por danos morais. O valor da reparação foi reduzido de R$ 55 mil, fixado em primeira instância, para R$ 30 mil.

Em nota, a universidade afirmou que não comenta trâmites processuais e informou que as professoras mencionadas não integram mais o quadro de docentes da instituição.

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Segundo o Tribunal de Justiça (Apelação nº 1052351-31.2017.8.26.0100), após manifestar insatisfação pela mudança da metodologia de ensino da instituição, a estudante "passou a ser exposta a situações constrangedoras em sala de aula" - como divulgação de suas notas baixas aos colegas, reprovação em disciplina prática e suspensão disciplinar de sete dias, entre outras.

Em decorrência do embaraço a que foi submetida, a aluna desenvolveu problemas psiquiátricos e precisou se afastar para tratamento médico, destaca o Tribunal.

Para o relator do recurso, desembargador Osvaldo de Oliveira, a estudante demonstrou que as dificuldades enfrentadas à época, em 2017, "foram causadas pela perseguição sofrida em ambiente acadêmico". "É incontestável que [os fatos relatados pela autora da ação] ultrapassaram os limites do mero desconforto", assinala Osvaldo de Oliveira. "O aborrecimento excedeu os limites da normalidade dentro de um espaço natural e razoável de suscetibilidade humana, pois o constrangimento descrito na ação expôs a autora a um ambiente acadêmico hostil que interferiu em sua saúde psiquiátrica e mental", adverte o desembargador.

O julgamento foi unânime. Os desembargadores Edson Ferreira e J. M. Ribeiro de Paula completaram a turma julgadora.

Defesa

"A Universidade Anhembi Morumbi informa que não comenta trâmites processuais, em respeito a todas as pessoas relacionadas ao caso. Inclusive porque, as professoras mencionadas não integram mais o quadro de docentes da Instituição. A Universidade ressalta ainda que não compactua com qualquer forma de desrespeito, a quem quer que seja. Seu histórico de mais de 50 anos de existência são pautados no respeito, ética e diversidade, norteados dentro e fora da sala de aula, bem como extensivo à toda a comunidade acadêmica".

Uma policial civil, identificada como Giovanna Cavalcanti Nazareno, usou as redes sociais para fazer denúncias de assédio moral e sexual contra o delegado Cassiano Ribeiro Oyama, chefe da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Palmas, no estado do Tocantins.

Em vídeo, Giovanna relata que trabalhou na delegacia entre 2021 e 2022. A servidora relatou uma sequência de situações abusivas que já tinham sido denunciadas à corregedoria. Segundo a denúncia, os assédios, cometidos por Cassiano, começaram aos poucos e como brincadeiras.  “Começava a falar da minha aparência, do meu modo de vestir. Ficava fazendo brincadeiras meio bobas: ‘porque você não usa saia?’, ‘porque não usa vestido?’. ‘Você está vindo parecendo um machão’. Foram coisas corriqueiras que começaram aos poucos”, contou.

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De acordo com a agente, o acusado a chamava para encontros românticos e à medida que os convites eram recusados ela enfrentava o assédio moral, sendo obrigada a fazer trabalhos que não faziam parte de sua função.  Ao mesmo tempo, os assédios sexuais foram se intensificando. "Mandava fazer café. Eu ia fazer café ele ia lá e ficava se esfregando na gente pelas costas. Imagina você com o bule na mão a garrafa quente e a pessoa se esfregando atrás de você", contou.

Giovana ainda revelou que pensava em denunciar Cassiano, porém tinha receio de que as pessoas não acreditassem nela. Durante o período dos abusos, a policial pediu transferência para outras unidades de segurança, mas teve os pedidos negados. Ela também conta que, em setembro, fez denúncias à corregedoria, mas ainda não teve respostas.  Neste ano, Giovanna ficou afastada por licença médica e o retorno ao posto de trabalho está previsto para esta semana. Assustada por saber que continua designada para a 2ª Delegacia de Polícia Civil de Palmas, ela pede respostas da corregedoria.

Através de uma nota, o delegado negou as acusações e afirmou que tudo se trata de uma “narrativa” criada como represália pela agente por não ter conseguido ser transferida para outra unidade da Polícia Civil. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou, também por meio de nota, que a Corregedoria-Geral está apurando as denúncias e o procedimento é sigiloso. 

Funcionários da empresa de telemarketing Speed Mais, localizada na Rua do Apolo, área central do Recife, procuraram o LeiaJá, nesta segunda-feira (11), para relatarem uma série de problemas que estão enfrentando ultimamente. De animais peçonhentos nas dependências da empresa a pagamentos atrasados, os trabalhadores afirmam que têm "medo" de se identificarem pois "sofrem perseguições por parte de alguns superiores". 

"São tantos problemas que é até difícil de listar. Porém os mais recorrentes são os atrasos do nosso vale transporte, descontos indevidos nos salários e perseguição por alguns supervisores e por uma coordenadora", diz um funcionário que não quis ser identificado pois acredita que poderá "sofrer represálias por ter a coragem em conversar com um veículo de comunicação". 

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Ele ainda afirma que vários funcionários estão sendo acompanhados por médicos psiquiatras pois desenvolveram alguns transtornos devido os abusos. "Tem uma coordenadora, que já foi supervisora, que não tem modos de conversar com os funcionários. Ela já humilhou algumas mulheres da empresa devido as suas vestimentas e inúmeras vezes foi ignorante com trabalhadores que pediam ajuda na realização de procedimentos da operação. Infelizmente, ela acredita que isso é fazer gestão, mas na verdade ela está assumindo uma postura vergonhosa. É por esse e por outros maus exemplos, que várias pessoas estão sendo acompanhadas por psiquiatras. O ambiente é hostil", pontua. 

Outra funcionária, que também tem medo de se identificar, relatou diversos problemas. "É uma estrutura dividida por grandes salas em três andares, nisso tudo só tem seis banheiros pra centenas de funcionários. Sendo assim, até o pessoal da limpeza vive sobrecarregado. Uma vez no refeitório já aconteceu de na hora que eu estava colocando minha comida no micro-ondas, ele começou a fumaçar a ponto de quase explodir", diz. 

"Ameaças de medidas punitivas e assédio, principalmente nos novatos, são constantes. Somos pressionados até de optarmos em não ir ao banheiro, para não estourar a pausa e levar advertência, porém é impossível cumprir os minutos solicitados, pois as filas dos toaletes são enormes, e muitas vezes estão até interditados". 

Atrasos dos pagamentos 

A trabalhadora afirma que a empresa sempre atrasa, ou deposita o valor do salário errado, o vale alimentação e o vale transporte. Sua amiga, que também não quis ser identificada, disse que o "atrasos de passagem não é um problema recente" e que quando os funcionários reclamam sobre a situação, os gestores culpam os operadores, os acusando de "uso indevido de passagens".

  Sobre o atraso nos salários, a funcionária diz que os valores deveriam ter sido depositados desde a última sexta-feira (8) e que os funcionários foram submetidos a receberem uma quantia inferior ao salário do mês. 

"Eles ainda nos ofereceram 50 reais para irmos trabalhar neste fim de semana, pois estavam cientes que alguns operadores iriam faltar devido a ausência da quantia mensal. Eles querem nos enganar e nos comprar. Não queremos 50 reais, queremos o nosso salário completo e que isso não venha a se repetir nos próximos meses", relata.

Ratos e escorpiões

Em entrevista, os três trabalhadores também afirmaram que é comum ver animais peçonhentos nas dependências da empresa. Segundo os relatos, uma funcionária já chegou a ser picada por um escorpião. 

"Tenho medo de pegar uma doença na empresa, pois estou cansado de ver ratos mortos na área de convivência da empresa. Uma mulher já foi picada por um escorpião e há relatos de pessoas que já viram cobras", diz um dos funcionários.   

Repercussão   

O deputado federal Túlio Gadelha (Rede-PE), esteve presente na frente da empresa no último sábado (9) para ouvir um grupo de trabalhadores. O parlamentar disse que irá acompanhar a situação. 

"Ainda há tempo da empresa regularizar essa situação. É só o que os trabalhadores querem. Vamos acompanhar toda a situação. O trabalho digno, seguro e saudável sempre será uma bandeira do nosso mandato", escreveu em suas redes sociais.

Após receber a denúncia, a reportagem do LeiaJá tentou contato com a Speed Mais através dos números disponibilizados em seu site, porém a empresa não atendeu as nossas ligações.

 O LeiaJá também entrou em contato com o Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações de Pernambuco (Sinttel-PE) que afirmou que está ciente dos atrasos dos salários e que a empresa já comunicou que irá regularizar a situação ainda nesta segunda-feira (11).

Sobre os abusos relatados, o sindicato ressaltou que "trabalha para combater casos de assédio em empresas como essa". O espaço segue aberto para a empresa se posicionar. 

Fausto Silva, mais conhecido como Faustão, é um dos grandes nomes da televisão brasileira e passou anos à frente do Domingão do Faustão, programa dominical que comandava na Rede Globo.

Entretanto, ao que parece, desde a saída de Fausto do plim-plim - quando ele foi contratado pela Band para fazer um programa semanal - o programa na nova emissora estava com os dias contados. Segundo o diretor Alberto Luchetti Neto, o problema pode ser o apresentador. Em conversa com o colunista Valmir Moratelli, o diretor revela que não teve uma boa experiência quando trabalhou com Fausto. De acordo com ele, Faustão acha que as coisas devem ser do jeito dele,.

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- O problema não foi só a vaidade, que ele tem de forma latente. O problema foi o fígado dele. Ele saiu da Globo pela porta dos fundos, foi demitido por um diretorzinho. Saiu com o fígado virado, querendo dar um troco na Globo. Na Globo, ele fazia 52 programas semanais por ano, com todo o elenco, dinheiro e audiência da emissora. Aí na Band, sem estrutura, precisou fazer 60 em três meses. A probabilidade de dar errado era de 100%. Por isso, digo que é irresponsabilidade dele e da cúpula da Band. Ele não vai ter a vida financeira afetada [com a demissão], mas estamos falando em 300 demissões! Quem deveria ser demitido são os diretores que concordaram em pagá-lo. Não havia estrutura para isso ali.

Em seguida, Alberto não pensou duas vezes em expôr os assédios morais que Fausto Silva fazia com sua equipe na Globo. Segundo informações do diretor, o apresentador humilhava os trabalhadores ao vivo e pedia desculpas nos bastidores. Alberto Luchetti ainda deu a entender que Faustão teria influenciado a morte de uma mulher.

- O assédio moral dele era o seguinte: tinha costume de esculhambar a produção no ar e de pedir desculpa no particular. Criticava o trabalho em rede nacional. O que ele fazia com o Caçulinha era de chorar! Ele o humilhava, dizia que ele não sabia tocar teclado, que era ultrapassado. Falou tanto que a Globo tirou ele. Por exemplo, uma moça, Angela Sander, de tão perseguida por ele, tomou remédio e cometeu suicídio. Foi uma desgraça que a Globo tentou esconder por todos os meios. Eu já estava fora. Ela estava tão desesperada, ele humilhou tanto ela, que um dia ela tomou remédio, foi dormir e não acordou mais.

Depois de falar mais sobre a postura do apresentador com a equipe do programa, o diretor fez uma crítica ao formato da atração de Fausto:

- Já era um cara ultrapassado na Globo. Aquele programa dele, se você lembrar bem, tinha 30 anos e era tudo igual. Para o auditório, contratava quatro ou cinco fileiras de mulher com perna de fora, o resto da gente era periferia. É um cara de 74 anos de idade que não se modernizou. Ele bota tênis, fala 'Ô louco meu' e acha que é moderno.

A única mulher que compõe a diretoria da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Luísa Rosa moveu uma ação de assédio moral na Comissão de Ética do Futebol Brasileiro (CEFB) contra a entidade.

A diretora de Patrimônio do órgão acusa Arnoldo Nazareth, gerente geral operacional, de tentar retirar sua autonomia, contestar suas decisões e dar ordem aos seus funcionários sem informá-la.

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A denúncia está formalizada em oito páginas. A comissão de Ética da CBF decidiu formalizar a acusação feita pela arquiteta.

No documento, Luiza cita que as atitudes do gerente desencadearam nela crises de ansiedade e estresse, que a levaram a ficar afastada de suas funções no período de oito dias, por recomendação médica, no dia 17 de março deste ano.

De acordo com informações apuradas pelo GE, no e-mail enviado por Luiza ao comitê de Ética da CBF, a denunciante relata que, no dia anterior ao envio da denúncia, uma das funcionárias só setor a procurou visivelmente abalada, chorando, afirmando que não queria mais continuar trabalhando com Arnoldo.

“Na data de ontem, veio chorando à minha sala dizer que não queria mais trabalhar com o referido Sr. Arnoldo. Que ela tinha medo dele e estava tendo ansiedade e medo de ter crise de pânico”, afirmava o documento.

Até o momento Arnoldo Nazareth não se manifestou sobre o caso.

As denúncias de assédio moral e sexual contra Marcius Melhem, diretor da área de humor da TV Globo, ganharam novo capítulo nesta sexta (24). O colunista Guilherme Amado e a e a jornalista Olívia Meireles, do portal Metrópoles, publicaram uma entrevista com 11 pessoas, que integraram ou integram a área de humor da Globo. No material, elas dão detalhes da convivência com o ex-diretor. 

No grupo, a atriz Dani Calabresa, a primeira a denunciar Melhem, deu sua versão dos fatos e contou que tentava lidar com os assédios fazendo “brincadeiras”. “Para a gente é um aprendizado usar a palavra ‘assédio’. A gente fala: ‘Ele tá chato. Que tarado! Ele também fica passando a mão em você?’. É difícil a gente usar a palavra ‘assediador’. É difícil a gente chegar nesse estágio, mas acho que quanto mais a gente vai falando, as pessoas vão se identificando”, disse. 

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Outras atrizes e roteiristas, também contaram situações que viveram com Marcius. Muitas disseram que chegaram a ser afastadas do trabalho por conta de crises de pânico e estresse pós-traumático. “Ele detonava a nossa autoestima para manter todo mundo sob controle”, disse a atriz Veronica Debom.   A roteirista Carolina Warchavsky também deu seu relato: “Precisei entrar no INSS e fiquei em casa uns três meses. Foi um processo muito difícil”.

Veruska Donato, que foi repórter da Globo SP durante 21 anos, entrou com ação na Justiça do Trabalho contra a emissora. A jornalista alega ter sofrido assédio moral na empresa pois era pressionada a perder peso, o que teria feito ela desenvolver síndrome de Burnout. Caso seja condenada, a Globo deverá pagar R$ 13 milhões à profissional. 

De acordo como Notícias da TV, Veruska também pede reconhecimento de vínculo empregatício, já que trabalhou  na emissora como Pessoa Jurídica (PJ) durante 17 anos, entre 2002 e 2019. A jornalista expõe que a Globo só assinou sua carteira nos dois últimos anos. Sendo assim, os advogados da repórter querem todos os direitos trabalhistas do período em que ela não era registrada.

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Veruska alega, ainda, ter desenvolvido Síndrome de Burnout devido ao assédio moral que sofria na emissora. Ela diz que era pressionada a perder peso e que após desenvolver o Burnout,  realizou exame no Instituto Nacional do Seguro Social precisando ser afastada durante 77 dias. A licença durou até 28 de outubro de 2021. Cinco dias depois, a jornalista foi desligada da TV.

 

O Tribunal Superior Eleitoral informa que a exoneração do servidor Alexandre Gomes Machado, que ocupava o cargo em comissão de confiança de Assessor (CJ-1) da Secretaria Judiciária, foi motivada por indicações de reiteradas práticas de assédio moral, inclusive por motivação política, que serão devidamente apuradas. 

 A reação do referido servidor foi, claramente, uma tentativa de evitar sua possível e futura responsabilização em processo administrativo que será imediatamente instaurado.   

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As alegações feitas pelo servidor em depoimento perante a Polícia Federal são falsas e criminosas e, igualmente, serão responsabilizadas.   

Ao contrário do informado em depoimento, a chefia imediata do servidor esclarece que nunca houve nenhuma informação por parte do servidor de que “desde o ano 2018 tenha informado reiteradamente ao TSE de que existam falhas de fiscalização e acompanhamento na veiculação de inserções de propaganda eleitoral gratuita”. 

  Se o servidor, no exercício de suas funções, identificou alguma falha nos procedimentos, deveria, segundo a lei, ter comunicado imediata e formalmente ao superior hierárquico, sob pena de responsabilização. 

 É importante reiterar que compete às emissoras de rádio e de televisão cumprirem o que determina a legislação eleitoral sobre a regular divulgação da propaganda eleitoral durante a campanha. É importante lembrar que não é função do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) distribuir o material a ser veiculado no horário gratuito. São as emissoras de rádio e de televisão que devem se planejar para ter acesso às mídias e divulgá-las, e cabe aos candidatos o dever de fiscalização, seguindo as regras estabelecidas na Resolução TSE nº 23.610/2019.

*Do TSE 

 A vítima relata que sofreu violência física, discriminação religiosa, discriminação pelo estado gravídico  À justiça de trabalho de Minas Gerais, determinou o pagamento de indenização de R$ 10 mil à uma ex-empregada que relatou diversas circunstâncias de assédio moral no trabalho, na última quinta-feira (13).

De acordo com o relato da profissional, ela passou por situações de discriminação religiosa, agressão física, discriminação pelo estado gravídico, exposição de lista de atrasos e faltas e, ainda, uma intimidação com o objetivo de dificultar o ajuizamento de ação trabalhista.   

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Além disso, a mulher pediu demissão após os problemas na empresa se intensificarem nos últimos anos. Segundo ela, a relação de emprego tornou-se insuportável, já que passou a sofrer constante assédio moral da diretora do estabelecimento. 

A profissional informou que não é adepta à crença religiosa. Contudo, explicou que todos os empregados eram obrigados a rezar antes do início da prestação de serviço na empresa. “Acontecia que, antes de iniciar o dia de trabalho, a diretora reunia os colaboradores e os obrigavam a participar de um momento chamado: Reza do Pai-Nosso”.  Por não ser adepta a crença religiosa, ela contou que que já chegou atrasada à empresa para evitar o momento da “Reza do Pai-Nosso”. Porém, a diretora dirigia a ela com xingamentos, ofendendo o caráter e ameaçando diminuir o valor da comissão. 

Gravidez 

A profissional ainda destacou que desde que comunicou sua gravidez de risco, sofreu mais perseguições. Ela relata que quando entregava atestado médico, a diretora a assediava moralmente com xingamentos e gritos. Em uma ocasião, ela disse para a trabalhadora que “gravidez não é doença”. 

Agressão Física

  A mulher finalizou afirmando que sofreu agressão física, pela diretora. E ainda o costume da diretora de expor os empregados que chegavam atrasados. “A atitude era de envergonhar, constranger e humilhar os empregados diante de todos da empresa”. Por último, explicou ser coagida pela diretora a não ajuizar processo trabalhista. 

Decisão Judicial  Após o relato da ex-empregada, à justiça também ouviu as duas empresas, que negaram os fatos, alegando que profissional tentou a todo custo ser dispensada imotivadamente para receber um valor alto de indenização. 

 No entanto, os desembargadores da Décima Primeira Turma do TRT-MG, deram razão a profissional, que vai receber uma indenização de R$ 10 mil. A sentença foi proferida pelo juízo da 16ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte.  

Esta era a segunda vez que *Ana (nome fictício), de 25 anos, participava de uma seleção na Maracatu Digital Intelligence, agência de marketing localizada na Reserva do Paiva, no Cabo de Santo Agostinho. Dessa vez, de acordo com *Ana, não havia outros candidatos para participar da dinâmica.

“Cheguei cedo e fiquei esperando na praça de alimentação (...) só tinha eu dessa vez. Na outra vez, tinha uma menina e um menino lá. Ele disse que seria entrevista coletiva, cheguei lá, falou comigo e quando terminou, foi fazer com os dois juntos. Dessa vez ele não pediu nada e disse 'agora dessa vez vai dar certo'", contou em entrevista ao LeiaJá.

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Na agência, ela foi recebida por um dos sócios, Dinho Araújo, que foi responsável por conduzir a entrevista no primeiro momento. "[Ele] me explicou o que eu tinha que fazer e foi enfático toda vez sobre o design dos posts. Porque, na outra vez, eu disse que eu só sabia mexer no Canva, ele tirou sarro da minha cara. 'Qualquer um sabe mexer no Canva. Até eu', bem debochado. Dessa vez, era o tempo inteiro 'mas é a escrita, viu? ESCRITA' só faltou gritar”, relembra. Após algum tempo, Laura Araújo, que também é responsável pela Maracatu Digital, começou a participar da entrevista.

Na ocasião, segundo Ana*, Laura falou sobre um ex-funcionário. "Começou a falar mal dele o tempo inteiro e a ridicularizar", disse à reportagem. A sócia da agência de marketing teria alegado que o ex-funcionário “não aguentou a pressão, por isso, se demitiu”. O comentário foi seguido por um questionamento de Dinho Araújo a Ana*: “tu toma Rivotril?”

Ao ter uma negativa da jovem, Dinho teceu outros comentários sobre o ex-funcionário. “Esse ex-funcionário disse que começou a tomar Rivotril por causa do trabalho (...) os jovens hoje em dia não querem trabalhar porque são muito mimados, têm tudo na mão e não aguentam pressão”, expôs à candidata. “Na parte que perguntaram se eu tomava Rivotril: eu disse que antes de começar, eu pularia do barco porque não vale comprometer saúde mental com excesso de trabalho. Me olharam calados”, contou.

Ao ser questionada sobre a idade, Ana* foi criticada por não está no mercado de trabalho. “Ela [Laura] falou: e nunca trabalhou? Que estranho. Então, ele [Dinho] disse que era porque essa geração é mimimi e Nutella, não conseguem fazer nada”.

Lula ou Bolsonaro?

Ainda durante a dinâmica, os contratantes iniciaram a questionar sobre posicionamento político nestas eleições presidenciais. “tu é de direita ou esquerda”, teria perguntado Dinho. “No início, eu não saquei, falei “hã”? Ela [Laura] falou: 'Bolsonaro ou Lula?', disse que era Lula”, afirma Ana*.

Após a resposta, um dos contratantes fez insinuações acerca do ex-presidente. “Ele [Dinho] disse ‘não faça isso’, não perca seu voto. Você não sabe o que é um país em crise? Lula colocou o país em crise. Ele é um ladrão!” Ao tentar argumentar, Ana* foi interrompida por outro comentário do dono da Maracatu Digital. “Você nunca pagou conta, nunca pagou imposto, nunca viveu uma inflação”.

"Gastei dinheiro para ser humilhada"

A entrevista durou aproximadamente 15 minutos. Tempo em que Ana* foi alvo de brincadeiras, realizadas por Dinho, mas apaziguadas por Laura. “Ele fazia piada, falava indiretamente. Ela disse ‘olha, ele faz muitas brincadeirinhas, porque ele é assim, mesmo. Eu não ligo’”. De acordo com a jovem, este foi o único momento em que permaneceu calada. “Eu pensei ‘que brincadeira é essa, né?' Que ela já vai avisando antes e que em algum momento futuro poderia dar margem pra assédio’”.

Para ela, a vaga de redatora na agência de marketing, cujo salário ofertado, para 40 horas semanais, é de R$ 1.500,  já não fazia mais sentido. “Que tipo de entrevista para emprego é essa onde você fala mal, caçoa de um ex-funcionário na frente de um possível empregado? Fica de piadinha e indireta, porque até esse momento, eu ‘tô’ desempregada. E ainda tenta virar voto, duvidar da minha inteligência, devido à política, e dizer que não aguento a pressão do lugar? Não pede textos pra analisar, não pergunta nada sobre a profissão ou qualquer coisa relacionada a isso. Isso não é entrevista, gastei dinheiro pra ser humilhada”, desabafa.

Em um jogo de 'empurra-empurra', ficou decidido que Ana* seria contratada e começaria no mesmo dia da entrevista ou no dia seguinte. "Eu só ‘tava’ com dinheiro da passagem e identidade. Quando fui ao banheiro, esqueci que ‘tava’ menstruada. Falei que não poderia ficar naquele dia, mas que amanhã, às 8h, estaria lá. Ele [Dinho] disse 'tá certo'", ressalta.

Ao chegar em casa, ela foi surpreendida por uma mensagem enviada pelo WhatsApp por Laura Araújo. "Eu estava precisando de alguém para hoje e começar imediato. Eu agradeço a sua disponibilidade por ter vindo."

Em seguida, Ana* retornou a mensagem: "Não entendi. Me perguntaram se EU poderia escolher hoje ou amanhã pra começar, e já dispensaram? Expliquei o porquê não poderia ficar hoje." E complementou: "Bom, eu queria pontuar que vocês são péssimos entrevistadores. Falar mal de ex-funcionário, ridicularizá-lo por causa de saúde mental, e colocar partido político como crivo de inteligência, assim como diminuir alguém por não ter trabalho ou não seguir partido, só mostra a falta de respeito e profissionalismo de ambos".

O desabafo foi respondido por Laura, que apenas agradeceu o feedback e desejou "muito sucesso e espero que você se coloque logo no mercado de trabalho".

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O que diz a Maracatu Digital Intelligence

Procurada pelo LeiaJá, a agência de marketing, por meio de nota, ressaltou que os processos seletivos da empresa levam em "conta apenas aspectos curriculares e profissionais" e que a equipe é "composta por profissionais multiculturais de diversas crenças, orientações sexuais, identidades de gênero e ideologias distintas".

Além disso, a Maracatu Digital alega que o relato de Ana* "vai de encontro ao nosso compliance" e que a empresa repudia "qualquer prática nesse sentido, como mencionado acima, nossa equipe é completamente plural e diversa".

 O Ministério Público do Trabalho (MPT) abriu inquérito para investigar as acusações de assédio moral e sexual feitas ao ex-presidente da Caixa Pedro Guimarães, que pediu demissão do cargo no mês passado após o surgimento das primeiras denúncias. 

O caso era acompanhado pelo MPT por meio de um procedimento preliminar. Na segunda-feira (25), uma portaria assinada pelo procurador do trabalho Paulo Neto transformou a apuração em inquérito civil para aprofundamento do caso.   

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No comando da instituição desde janeiro de 2019, Guimarães pediu demissão após um site de notícias publicar, no dia 28 de junho, denúncias de funcionárias de carreira da Caixa que o acusavam de assédio sexual e moral. 

Guimarães foi substituído no cargo pela economista Daniella Marques, que era secretária especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia.   

A Agência Brasil entrou em contato com a defesa de Pedro Guimarães e aguarda retorno.

Áudios gravados durante reuniões na Caixa Econômica Federal mostram o ex-presidente do banco, Pedro Guimarães, ofendendo e ameaçando funcionários. As gravações foram divulgadas nesta quinta-feira, 30, pela coluna de Rodrigo Rangel, no site Metrópoles, um dia depois de o executivo pedir demissão do cargo após denúncias de assédio sexual de funcionárias, também reveladas pelo Metrópoles.

"Sabe qual é a vontade? Porra, eu acho que quem está torcendo para o Lula, vocês se foderem. Voltar a Caixa a ser estuprada por aqueles ladrões, e vocês se foderem", mostra um dos áudios. Segundo o colunista, a gravação é do fim do ano passado e o ex-presidente falava para executivos da Caixa por conta de uma decisão que havia sido tomada pelo conselho do banco sem que ele tivesse sido informado.

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Durante a mesma reunião, conforme noticiou o site, outro áudio revela Guimarães pedindo que funcionários sejam perseguidos e destituídos de seus cargos e chamando o seu assessor Álvaro Pires de "pau mole".

"Quem for o responsável, vai deixar de ser, ou vice-presidente, ou diretor, ou superintendente nacional, ou gerente nacional. Então, Celso, é para você essa, porque o Vecro é pau mole. Eu quero isso no detalhe. Quero os CPFs de todo mundo", diz Guimarães.

Nesse trecho em que pede os CPFs, Guimarães se direciona a Celso Leonardo Derziê Barbosa, vice-presidente da Caixa, a fim de que todos os funcionários presentes na reunião sejam punidos com a perda dos cargos que ocupavam, caso o teor da conferência vazasse, informa a coluna.

Em outro áudio publicado no site, Guimarães dispara: "Não é aceitável. E caguei para a opinião de vocês, porque eu que mando. Não estou perguntando. Isso aqui não é uma democracia, é a minha decisão". A fala teria sido proferida após decisões serem tomadas no banco sem passar pela sua anuência.

Noutra gravação, o ex-presidente da Caixa ameaça os subordinados de perderem os cargos. "Vocês são malucos, porque vocês só têm a perder. Cara, são malucos. Não tenho que ligar para ninguém. Se eu não dei o ok, não dei o ok e acabou. É 'não'. Por que vocês vão tomar o risco de perder a função, cara, por uma coisa que eu não autorizei?", mostra o áudio.

Na última gravação revela pelo portal, Guimarães volta a falar palavrões na conversa. "A Rosana tem que dar pessoalmente a aprovação. Foda-se. 'Ah, mas o vice-presidente'. Manda todo mundo tomar no c...".

Nesta segunda-feira (6), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) informou que o Processo Ético n.º 00191.000702/2021, aberto para apuração de supostos desvios éticos por meio de assédio moral realizado pelo então presidente do Inep, Danilo Dupas, foi arquivado na Comissão de Ética Pública (CEP), por verificação de ausência de materialidade.

A investigação do presidente teve início após servidores do Instituto, em 2021, reunirem em documento uma série de denúncias de assédio realizadas contra os funcionários e interferências do gestor no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O documento foi organizado pela Associação dos Servidores do Inep (Assinep) e conteve 36 páginas de relatos sobre o caso.

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De acordo com o Inep, o arquivamento das denúncias deixa clara a absolvição da conduta da alta gestão na direção dos processos da autarquia. Esta deliberação foi realizada durante a 239º Reunião Ordinária da CEP,  realizada por videoconferência, no dia 31 de maio, e divulgada por meio de nota pública, no último sábado (3).

Ainda segundo o comunicado, será de competência da Comissão de Ética Pública submeter ao presidente da República, Jair Bolsonaro, medidas para o seu aprimoramento, dirimir dúvidas a respeito de interpretação de suas normas, deliberando sobre casos omissos; apurar, mediante denúncia, ou de ofício, condutas em desacordo com as normas nela previstas, quando praticadas pelas autoridades a ela submetidas.

LeiaJá também

--> Inep impõe sigilo ao processo envolvendo a sala segura

A Segunda Turma do Tribunal Regional do Trabalho do Ceará (TRT-7) condenou, por unanimidade, a empresa Hulk Pizzas a indenizar um empregado vítima de humilhação e discriminação no ambiente de trabalho por conta de sua orientação sexual e também por ser pessoa HIV positiva. A decisão confirma sentença da 10ª Vara do Trabalho de Fortaleza.

De acordo com o relatado pelo empregado, no decorrer de sua prestação de serviços na empresa, ele era agredido verbalmente com palavras chulas, como "viadinho safado", "falso", "cobra" e "pilantra". Diante dessa situação, ele comunicou a empresa e registrou boletim de ocorrência, dando conta de que sofria humilhação e discriminação quanto à sua orientação sexual por parte de alguns funcionários da pizzaria.

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No entanto, mesmo sabendo da situação, a direção da empresa não adotou providências para conter as agressões verbais, fato que a torna, segundo a defesa do trabalhador, conivente com o assédio moral sofrido. “Ademais, os diálogos realizados pelo aplicativo de mensagens WhatsApp, anexados aos autos, não deixam dúvidas da forma de tratamento desumana, consistente em violência psicológica, que o obreiro era submetido”, afirma.

A empresa nega as agressões e afirma que são falsas as acusações levantadas pelo empregado. Alega que jamais permitiria esse tipo de conduta, e que a empresa possui em seu quadro mais três funcionários da comunidade LGBTQIA+. “Todos se respeitam e são respeitados, não tendo nunca recebido alguma reclamação de tratamento inadequado, inclusive, todos se disponibilizaram para depor, até mesmo uma ex-funcionária”, cita trecho da contestação.

Segundo a juíza Raquel Carvalho Sousa, não bastasse os fatos apurados, é de se destacar também que o trabalhador é pessoa vivendo com HIV, o que, de acordo com a magistrada, causou estigma e preconceito no ambiente de trabalho. “No caso dos autos, restou apurado que a reclamada, além de constranger o reclamante, agiu com preconceito quanto à sua orientação sexual, porquanto as agressões verbais deixam bem claras o estigma e preconceito decorrente da orientação sexual do obreiro, bem como pelo fato de ser portador de HIV”, ressaltou.

“Destarte, independente de ter ou não a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida – AIDS, restou fartamente comprovado nos autos que o obreiro sofria humilhação e discriminação quando a sua orientação sexual dentro da empresa por parte de alguns funcionários, não tendo, entretanto, a reclamada adotado providências para coibir tais situações”, assentou o relator do caso no TRT-7, desembargador Emmanuel Furtado. Seu voto foi seguido pelos demais integrantes da Segunda Turma. O valor da indenização foi fixado em R$ 5 mil. No entanto, a decisão ainda cabe recurso

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, pediu que a Justiça Federal julgue as acusações de assédio moral e perseguição contra servidores da Fundação Cultural Palmares atribuídas ao presidente Sérgio Camargo. Ele manteve a decisão da Justiça do Trabalho de afastá-lo da gestão de recursos humanos da instituição.

Na decisão dessa quarta-feira (16), Mendes destacou a gravidade das acusações e, como se tratam de atos administrativos e pedidos de afastamento, atendeu ao pedido da Fundação e encaminhou a Ação Civil Pública para a Justiça Federal.

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Em sua decisão, o ministro enfatizou a "inclinação à prática de atos discriminatórios motivados por perseguição, racismo e estigmatização social" de Camargo.

No ano passado, o Ministério Público do Trabalho deu entrada na ação após ouvir relatos de perseguição ideológica, discriminação, desrespeito e uma rotina de humilhação de 16 servidores da Fundação.

Em seu perfil nas redes sociais, Sérgio Camargo disse que não baseia a escolha dos novos contratados pelo tom de pele e quem coloca melanina acima de tudo é racista.

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Nessa segunda-feira (29) houve a reunião extraordinária no Conselho Deliberativo do Náutico para reabrir o processo da ex-diretora de esportes femininos do clube, Tatiana Roma, contra o superintendente financeiro Errisson Melo, denunciado por ela de assédio moral e sexual. O desejo é que além de afastado do cargo, ele também seja excluído do quadro de sócios.

Sobre a reunião, Tatiana publicou nas redes sociais no início da madrugada desta terça-feira (30) a avaliação de como transitou o encontro e foi taxativa nas críticas, revelando que durante as discussões a acusaram de quebra de sigilo e de tentar embaraçar a vida de um candidato a presidência do clube nas próximas eleições. 

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“Tentando ainda processar a reunião do CD. Citaram minha jovialidade e minha falta de uma visão macro do clube; falaram “com propriedade” que o acordo foi cumprido por inteiro e que eu quis embaraçar a vida de um candidato; que deveriam estar ali para tratar de assuntos sérios. Que eu quebrei a clausula de confidencialidade; que não deveriam estar se debruçando ali em uma situação completamente atípica; me questionaram por que eu fui “para as rádios”? Por que eu coloquei o conselho em “risco”?”, desabafou Tatiana.

A exclusão de Errisson Melo do quadro de sócios acontecerá via Conselho Deliberativo porque o atual presidente Edno Melo, irmão de Errisson, se declarou impedido exatamente por conflitos de interesse. Fato que fez Tatiana questionar nas redes porque não se declarou impedido em outras situações envolvendo o irmão anteriormente. “Agora me pergunto: Por que o presidente não se declarou impedido na hora de contratar o acusado? Por que ele não se declarou impedido na hora de fazer um acordo em nome do acusado? Agora se declara impedido para expulsar o acusado do quadro de sócios?”, criticou.

Finalizando seu desabafo, Tatiana declarou que a reunião dessa segunda foi um retrato do porquê há tantas mulheres que não denunciam casos de assédio. “O que presenciamos na reunião do conselho é o maior exemplo do porquê as mulheres relutam em denunciar o assédio”, concluiu.

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O novo advogado de Erisson Melo, ex-dirigente do Náutico acusado de assédio sexual e moral, disse, nesta quarta-feira (23), que a denúncia feita por Tatiana Roma tinha viés eleitoreiro. Em entrevista à rádio Transamerica, ele ainda afirmou que seu cliente "não tinha do que se defender".

O advogado José Augusto Branco fez pouco caso da grave denúncia que o próprio irmão de Erisson, o presidente Edno Melo, tinha ciência, visto que tratou de selar um acordo com Tatiana. Ainda assim, o fato da denúncia vir à tona meses depois do ocorrido, fez com que o advogado deslegitimasse a situação. 

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“Não tem o que se defender, não existe um acusação formal, não existe uma apuração feita pela polícia de que Errisson fez alguma coisa. O B.O que me espanta, e eu tenho 26 anos de advocacia criminal, e eu vejo um boletim louco, fatos que não se encaixam. O que a gente quer é que a polícia apure. Pode ser que seja uma denúncia caluniosa nessa apuração”, disse. 

Segundo ele, o relato é “sem pé nem cabeça” e ainda questionou como alguém “é assediada, passa esse tempo todo e não procura ninguém para tomar as providências?”. Tudo isso foi dito na entrevista, sem o advogado fazer nenhuma alusão ao acordo que Tatiana firmou com Alexandre Carneiros, presidente do Conselho, e com o próprio Edno Melo, depois do ocorrido.

Ele ainda cita uma suposta ligação com Bruno Becker, candidato a presidente do clube, como uma motivação para que Tatiana tornasse o caso público: “O que eu vejo de fora, é uma eleição que se aproxima e as pessoas fazendo campanha. Para mim, nada mais é que uma pessoa ligada a um candidato, o que é público dentro do clube. Essa pessoa, que se diz vítima, é ligada a Bruno Moura Becker, vem, próxima da eleição, com essa estapafúrdia acusação, criando esse boletim, procurando rede social, procurando imprensa. Só que o processo penal é diferente e a verdade vem à tona”, declarou.

A relação de Camila Queiroz e a TV Globo acabou mal e, ao que tudo indica, as desavenças estão prestes a parar na Justiça.

De acordo com a colunista Marcelle Carvalho, Camila pretende processar a emissora por difamação e assédio moral, uma vez que ficou bastante incomodada com o comunicado divulgado pela casa a respeito de seu desligamento de Verdades Secretas 2.

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A artista teria gravado e feito prints das conversas com a diretoria da emissora, desde o mal estar gerado por ela ter assinado contrato com a Netflix ainda sendo funcionária da TV Globo. O arquivo, aliás, não seria segredo para quem circulava próximo da atriz.

Camila se sentia perseguida e maltratada pela emissora sempre que questionava o caminho que Angel estava tomando na trama. Por causa da situação, a atriz ficou com o psicológico abalado. Nas redes sociais, aliás, ela deixou evidente o mal-estar.

Confusão com empresário

Léo Dias, por sua vez, afirmou que o corte de Camila dentro da emissora nada tem a ver com a insatisfação dela com o desfecho de Angel, uma vez que a personagem estaria garantida numa terceira parte da trama escrita por Walcyr Carrasco.

O estresse teria acontecido mesmo entre a emissora e o empresário de Camila, Ricardo Garcia, sócio do marido dela, Klebber Toledo.

Ricardo teria um comportamento que não agradava a emissora, como o hábito de gravar ligações telefônicas. Nos bastidores, ele é apontado como uma pessoa que não estaria preparada para gerenciar a carreira de uma atriz como ela e sem traquejo para realizar as negociações. O empresário ainda teria imposto condições incompatíveis com a manutenção do vínculo entre a atriz e a TV Globo.

Executivos da emissora seriam unânimes em achar que Camila está mal assessorada. Para piorar, Ricardo estaria proibido de pisar nos Estúdios Globo e negociar em nome de qualquer outro artista. Além de Camila, ele também cuida da carreira de artistas como Bruno Montaleone e Lucy Ramos.

Guerra de egos

Mas há quem diga que, na verdade, as insatisfações de Camila tenham pesado para tudo acabar mal para Angel! De acordo com o jornal Extra, além de exigir que a personagem estivesse na terceira parte da novela, insatisfeita com a morte da protagonista, a atriz também teria ficado incomodada por outros destaques da produção.

A atriz Júlia Byrro, por exemplo, teria deixado Camila incomodada, uma vez que teve um grande destaque na trama. O jornal pontuou que o climão teria sido tamanho que a veterana nem ficou próxima da estreante durante as gravações.

Camila teria ficado insatisfeita com o rumo dado por Walcyr à Angel. Em um dos três finais escritos, Angel seria assassinada pela personagem Lara, interpretada por Júlia.

De acordo com informações da colunista Fábia Oliveira, Boninho está sendo acusado de assédio moral por ex-funcionários do BBB. Em uma ação contra a TV Globo, oito profissionais que trabalhavam como câmeras alegam que sofriam tratamentos humilhantes e grosseiros pelo diretor.

Além disso, na ação, eles dizem que Boninho costumava gritar e ofender pessoalmente os trabalhadores, contratados por uma empresa terceirizada:

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[Chegando] a agarrar um dos profissionais pelo casaco, pelo simples fato do mesmo ter pedido ajuda a um colega de trabalho para soltar a roda de sua câmera que ficou presa no cabo, o que o impedia de continuar circulando no trilho no qual as câmeras se movimentam dentro do Câmera Cross [corredor onde ficam as câmeras ocultas da casa].

Ainda segundo a colunista, o ex-funcionários também revelaram que tinham péssimas condições de trabalho:

Eram submetidos a péssimas condições de higiene e de trabalho, pois tinham que trabalhar nove horas seguidas, em um corredor estreito e escuro, sem qualquer condição de higiene. Constantemente se deparavam com ratos, morcegos, ouriços, gambás, aranhas, marimbondos e cobras, sendo que um dos reclamantes chegou a ser picado por uma aranha.

Outros relatos dizem que as portas de emergência eram trancadas:

O que inviabilizava eventual fuga do ambiente, sendo que eles trabalhavam próximos a bolos de fios, alguns desencampados, o que aumentava o risco ao qual eram submetidos.

A colunista também afirma que, em um trecho do documento da ação, a TV Globo nega as acusações:

As alegações da inicial são completamente inverídicas. Os reclamantes jamais sofreram qualquer tipo de humilhação por parte do diretor e, muito menos, foram submetidos a condições de trabalho inóspitas. Enfim, a inicial é repleta de inverdades.

Por fim, os advogados da emissora disseram que os vídeos, em que os funcionários mostram as más condições de trabalho, apresentados na Justiça, podem ter sido manipulados com edições.

 Com uma decisão unânime da Assembleia Geral da CBF, o presidente afastado Rogério Caboclo foi suspenso até março de 2023 pelas acusações de assédio moral e sexual. A decisão foi proferida nesta quarta-feira (29).

O caso envolve a primeira denúncia de uma funcionária que afirma ter sido assediada diversas vezes por ele. Em uma delas, ele chegou até a perguntar se ela se masturbava. Caboclo ainda é investigado em dois outros casos na comissão de ética da CBF. Essa foi a primeira vez na história que um dirigente foi derrotado em casos como esse de forma unânime.

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Rogério ainda pode ter a chance de voltar para encerrar seu mandato que vai até abril de 2023. Mas outros processos contra ele ainda estão sob investigação e podem aumentar a pena do mandatário.

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