Defesa diz que Erisson Melo 'não tem do que se defender'
Advogado do ex-dirigente do Náutico disse que a denúncia de assédio tem 'viés eleitoreiro'
O novo advogado de Erisson Melo, ex-dirigente do Náutico acusado de assédio sexual e moral, disse, nesta quarta-feira (23), que a denúncia feita por Tatiana Roma tinha viés eleitoreiro. Em entrevista à rádio Transamerica, ele ainda afirmou que seu cliente "não tinha do que se defender".
O advogado José Augusto Branco fez pouco caso da grave denúncia que o próprio irmão de Erisson, o presidente Edno Melo, tinha ciência, visto que tratou de selar um acordo com Tatiana. Ainda assim, o fato da denúncia vir à tona meses depois do ocorrido, fez com que o advogado deslegitimasse a situação.
“Não tem o que se defender, não existe um acusação formal, não existe uma apuração feita pela polícia de que Errisson fez alguma coisa. O B.O que me espanta, e eu tenho 26 anos de advocacia criminal, e eu vejo um boletim louco, fatos que não se encaixam. O que a gente quer é que a polícia apure. Pode ser que seja uma denúncia caluniosa nessa apuração”, disse.
Segundo ele, o relato é “sem pé nem cabeça” e ainda questionou como alguém “é assediada, passa esse tempo todo e não procura ninguém para tomar as providências?”. Tudo isso foi dito na entrevista, sem o advogado fazer nenhuma alusão ao acordo que Tatiana firmou com Alexandre Carneiros, presidente do Conselho, e com o próprio Edno Melo, depois do ocorrido.
Ele ainda cita uma suposta ligação com Bruno Becker, candidato a presidente do clube, como uma motivação para que Tatiana tornasse o caso público: “O que eu vejo de fora, é uma eleição que se aproxima e as pessoas fazendo campanha. Para mim, nada mais é que uma pessoa ligada a um candidato, o que é público dentro do clube. Essa pessoa, que se diz vítima, é ligada a Bruno Moura Becker, vem, próxima da eleição, com essa estapafúrdia acusação, criando esse boletim, procurando rede social, procurando imprensa. Só que o processo penal é diferente e a verdade vem à tona”, declarou.