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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) realiza processo seletivo para elaboradores e revisores de itens do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2024. Os professores interessados devem se inscrever pelo Sistema BNI até 9 de fevereiro.

Serão selecionados docentes de cursos de nível superior em licenciatura das seguintes áreas: artes visuais; ciências biológicas; ciências sociais; computação; educação física; filosofia; física; geografia; história; letras (português, inglês e espanhol); matemática; música; pedagogia; e química.

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Para participar da seleção, é necessário ter diploma de conclusão de curso de graduação de nível superior e exercer ou ter exercido atividade docente nos últimos 24 meses, no curso para o qual pretende se inscrever.

É preciso, ainda, comprovar o vínculo com a instituição na qual trabalha por meio da Declaração de Exercício de Atividade Docente, além de outros documentos comprobatórios. A experiência como professor de educação básica também contará como pontuação para a classificação.

O colaborador será considerado apto somente após a capacitação, que será entre março e abril. As dúvidas sobre o processo de seleção podem ser enviadas para o e-mail bnienade@inep.gov.br. Veja o edital.

Remuneração

O valor a ser pago pelas atividades será de até R$ 500 por item elaborado e de até R$ 200,00 por item revisado, desde que aprovados para compor o Banco Nacional de Itens (BNI).

Banco Nacional de Itens

O BNI armazena itens com qualidade técnica para a montagem das provas aplicadas pelo Inep, incluindo o Enade. O objetivo é subsidiar provas capazes de estimar com maior precisão a proficiência dos estudantes com relação a conteúdos programáticos, habilidades e competências previstos nas Diretrizes Curriculares Nacionais dos respectivos cursos de graduação.

Da Agência GOV

Desde a última quarta-feira (17), o estudante Igor Kleyverson da Silva, de 23 anos, viu o sentimento de ter alcançado a nota máxima na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023 se transformar em angústia. O jovem, que é morador do município de Escada, na Mata Sul de Pernambuco, seria um dos dois candidatos do Estado ao atingir a nota 1000, no entanto, o desempenho é questionado.

Em entrevista ao LeiaJá, Igor relata que tomou conhecimento da questão após a irmã receber mensagens, via Instagram, alegando que ele estava sendo investigado por fraude no Enem 2023. O que o estudante nega. À reportagem, Igor conta que possivelmente a nota foi alterada, ou seja, de 1000 para 680. Além do desempenho na prova de redação, há uma diminuição na pontuação de outras disciplinas do exame.

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“Fiquei sabendo da alteração da nota por terceiros, que foram ao Instagram da minha irmã, com a minha conta “Gov” aberta, mostrando as minhas notas, dizendo que, na verdade, as notas que divulguei não eram minhas, que eu tinha alterado”, disse. Ele ressalta que ao tentar comprovar o desempenho à irmã, as notas já não eram as mesmas divulgadas por ele nas redes sociais.

Ao LeiaJá, Igor Kleyverson conta que procurou um advogado e que foi direcionado a entrar em contato com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) para obter informações sobre o que poderia ter acontecido com as notas. Segundo o estudante, o Inep ainda não deu um retorno sobre a solicitação. “Minha situação, até agora, está de desespero. Assim que eu soube, eu corri para saber o que era. Estou em desespero até agora. Não sei o que fazer”, frisa. À reportagem, o jovem afirma que mesmo com as notas inferiores a primeira consulta, não desistiu de pleitear uma vaga no curso de ciências biológicas.

Polícia Civil investiga o caso

A reportagem também entrou em contato com a Polícia Civil de Pernambuco, que afirmou, por meio de comunicado, que o caso está sendo investigado. “Um inquérito policial foi instaurado para apurar os fatos. As diligências já foram iniciadas e seguem até completa elucidação do caso”, diz a nota.

O que diz o Inep

O LeiaJá entrou em contato com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), que respondeu através de nota. Ao ser questionado sobre a possibilidade de modificação da nota do estudante, o Inep afirma que informa que “a base de dados com os resultados das redações do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023 é a mesma desde a publicação no ambiente de administrador da Página de Participante, que ocorreu em 15 de janeiro de 2024 para a divulgação realizada no dia seguinte”. Além disso, o instituto confirmou à reportagem que o quantitativo de notas 1000 em Pernambuco permanece de dois candidatos. No entanto, dados sobre os participantes não podem ser divulgados.

A região Nordeste reúne o maior quantitativo de participantes que alcançaram a nota 1000 na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023. Ao todo, 25 estudantes nordestinos atingiram a nota máxima na prova dissertativa, que trouxe o tema "Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”.

De acordo com dados divulgados, na última terça-feira (16), pelo Ministério da Edicalção (MEC) e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mostram que Piauí e Rio Grande do Norte têm o maior número de notas 1000 [seis cada um dos Estados], em seguida está Bahia e Ceará [quatro notas 1000 cada]. 

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60 estudantes tiram nota mil na redação

Na última terça-feira (16), foram divulgadas as notas do Enem 2023, que podem ser consultadas por meio da Página do Participante. Ao todo, segundo dados do MEC e Inep, 60 candidatos alcaçaram a nota 1000 na prova dissertativa, sendo quatro oriundos de escolas públicas. Na edição anterior, em 2022, apenas 18 candidatos alcançaram a nota máxima. 

O ministro da Educação, Camilo Santana (PT), compartilhou o cronograma para o Programa Universidade para Todos (ProUni) de 2024. As inscrições começam à meia noite do dia 29 de janeiro e seguem até o dia 1º de fevereiro.

O edital do programa será publicado nesta quarta-feira (17) e a previsão é que a consulta das bolsas oferecidas de cada curso esteja disponível a partir do dia 19 de janeiro. 

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Camilo Santana afirma que o Ministério da Educação (MEC) ainda está avaliando a mudança ou não da nota de corte do ProUni, por causa da redução de vagas em 2023. A decisão será tomada até a divulgação do edital oficial.

Sobre o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), o ministro declarou que não irá dar detalhes do calendário pois o programa ainda está em processo de mudanças, com novas regras. As inscrições costumam ser em março.

As informações foram divulgadas durante a coletiva do Ministério da Educação (MEC) sobre o resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pelo canal oficial do YouTube.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou, nesta terça-feira (16), o resultado final do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os vestibulandos podem conferir sua nota pela Página do Participante

Para acessar, basta acessar o site com o login do gov.br. O resultado será publicado para participantes da última edição do Exame, que não seja treineiro. Para os treineiros, as notas têm previsão para serem divulgadas no mês de abril.

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No ano de 2023, o Enem teve a taxa de abstenção de 32% dos 3,9 milhões de inscritos. Os interessados no acesso ao ensino superior pelo Sisu (Sistema de Seção Única) podem se inscrever do dia 22 a 25 de fevereiro.

Durante a coletiva oficial de divulgação dos resultados do Exame Nacional do Ensino Médio, nesta terça-feira (16), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) compartilhou a média geral da edição de 2023 por área de conhecimentos.

Na área de linguagens, códigos e suas tecnologias a média foi de 516,2, a nota mínima foi 287 e a nota máxima foi 820,8. Em ciências humanas e suas tecnologias a média foi 522, a nota mínima foi 289,9 e a nota máxima foi 823, a mais baixa entre as notas máximas.

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Já matemática e suas tecnologias teve média 534,9, nota mínima de 319,8 e nota máxima de 958,6. A área de ciências da natureza e suas tecnologias teve a menor média de todas as cinco divisões, com 497,4, nota mínima de 314,4 e máxima de 868,4.

A redação teve a maior média, com 641,6, nota mínima de 40 pontos e nota máxima de 1000. Ao total, 60 participantes alcançaram a nota máxima da redação, sendo 4 delas das redes públicas do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Tocantins. 

As 60 notas máximas são 7 do Rio de Janeiro, 7 de São Paulo, 6 no Rio Grande do Sul, 6 do Piauí, 6 do Rio Grande do Norte, 4 da Bahia, 4 do Ceará, 4 de Goiás, 3 de Sergipe, 3 do Paraná, 2 no Espírito Santo, 2 de Minas Gerais, 2 de Pernambuco, 1 do Amapá, 1 do DIstrito Federal, 1 de Santa Catarina e 1 do Tocantins.

A edição de 2023 do exame teve 4.018.414 inscritos e 2.734.100 participantes, uma porcentagem de 68% de participação. Após um período de baixa, 2023 passou por um aumento na adesão de estudantes, principalmente da rede pública, em comparação a 2022. A participação de estudantes de escolas públicas foi de 38,1% em 2022 e de 46,7% em 2023.

O Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Superior (Sesu), tornou público o quantitativo de vagas no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) de 2024 em cada uma das 127 instituições cadastradas. Ao todo são 264.360 vagas para todo o país.

Entre as universidades, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) lidera a lista com 9.240 vagas, seguida pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com 8.788, e a líder de vagas no Nordeste, a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com 7.750.

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Além da UFPB, o Nordeste também tem outras duas universidades entre as cinco instituições com mais oferta de vagas, são elas a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), com 7.186, e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com 7.012.

Na região Norte, a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e a Universidade Federal do Acre (Ufac) são destaques com oferta de 2,4 mil e 2,3 mil vagas, respectivamente. O Centro-Oeste o foco é para Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), com 4,9 mil vagas, e Universidade Federal de Goiás (UFG), com 4,4 mil.

No Sul, a atenção é para a Faculdade Municipal de Educação e Meio Ambiente (Fama), no Paraná, essa é a única instituição de educação superior pública municipal participante do Sisu. A Fama está com 86 vagas disponíveis.

Esta edição do programa terá oportunidades para Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, com a adesão de 29 Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs), de 2 Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets) e do Colégio Dom Pedro II. 

As Redes Federais participantes com mais vagas abertas são o Instituto Federal de São Paulo (IFSP), com 5.520 vagas, o Instituto Federal do Ceará (IFCE), com 5.342 e o Instituto Federal da Paraíba (IFPB), com 3.290.  

Calendário do Sisu em 2024

Os resultados oficiais do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) serão divulgados no dia 16 de janeiro. Já as inscrições para o Sisu abrem no dia 22 e seguem até o dia 25 de janeiro, pelo Portal Único de Acesso na internet. Serão 127 universidades participantes e 264.254 vagas.

O resultado será divulgado por uma única chamada no dia 30 de janeiro e os convocados devem realizar suas matrículas entre os dias 1º e 7 de fevereiro. Os que não estão entre os convocados podem entrar na lista de espera entre os dias 30 de janeiro a 7 de fevereiro.

O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) é o programa de acesso único do Ministério da Educação (MEC) que distribui vagas nas instituições públicas de ensino superior no Brasil com base na nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Neste ano, o processo abre para inscrições dos dias 22 a 25 de janeiro pelo Portal Único de Acesso na internet.

Com a proximidade do Sisu, os estudantes devem estar atentos às mudanças e funcionamento do sistema. Esta edição conta com uma nova abordagem: edição única, lista de espera válida todo o ano, mudanças na Lei de Cotas. O que não é novidade e sempre causa dúvidas é o Bônus Regional.

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O Bônus Regional no Sisu não é uma atividade nova e não acontece em todas as universidades. A bonificação serve para equilibrar a desigualdade de ensino em alguns estados e sertão do país, dando prioridade aos alunos que residem ou estudam na mesma região que a instituição. 

O Sistema de Seleção Unificada distribui vagas de âmbito nacional e que podem ser preenchidas por candidatos de qualquer lugar do país. Dessa forma, é muito comum que um estudante de grande centro utilize a chance para ingressar em cursos disputados em instituições do sertão para aumentar e, assim que se forma, retorna para sua cidade de origem.

Muitas universidades viram isso como uma dificuldade para o estado, que perde mão de obra qualificada local, e para os estudantes da própria região.

Como o bônus é aplicado

A bonificação não é acumulativa e nem parte de cotas. O aluno que reside e estudou no estado possui um “acréscimo” na sua nota do Enem, para os participantes da Ampla Concorrência. O bônus pode variar de 5% a 20%, em áreas específicas definidas por cada instituição individualmente. 

O uso dessa prática não é obrigatória e vai de cada universidade optar ou não pelo Bônus Regional. Por isso, as regras de aplicação podem variar entre elas, o aluno deve estar atento ao Documento de Adesão da instituição que deseja. Esta prática é normalmente feita em universidades localizadas no Norte e Nordeste do país. 

Confira algumas universidades que adotaram ao Bônus Regional em 2023:

Regulamentação 

Apesar de existir a alguns anos, não há uma regulamentação definitiva para o uso do bônus regional. Em 2021, o então deputado federal do Amapá, Camilo Capiberibe (PSB), apresentou o Projeto de Lei 3230/21 que visa determinar uma norma de atuação das universidades com a bonificação regional.

A proposta “estabelece que as instituições federais de ensino superior poderão, consideradas as vulnerabilidades regionais e sociais, conceder aos candidatos em processos seletivos um bônus entre 10% e 20% na pontuação geral obtida na nota final do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)”

“As diferenças regionais têm se revelado fator determinante para o acesso às oportunidades educacionais”, defendeu o autor da proposta, Capiberibe. Apesar do tempo, a PL ainda está em tramitação desde então.

O Sisu (Sistema de Seleção Unificada) é a principal porta de entrada para o ensino superior em instituições públicas do Brasil pela nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Neste ano, o processo terá algumas mudanças que o estudante precisa estar atento na hora de se cadastrar no programa.

O que é Sisu?

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O Sistema de Seleção Unificada é um dos programas de acesso à universidade mais disputados do governo. Os estudantes podem concorrer às vagas em instituições e cursos de todo o Brasil utilizando a nota do Enem. 

Mudanças do Sisu em 2024

Com uma forma de funcionamento já conhecida a anos, o Sisu encara uma nova abordagem para o ano de 2024 com algumas mudanças feitas pelo Ministério da Educação (MEC).

Edição Única e ingresso no segundo semestre

Todo ano, os estudantes tinham o costume de esperar pelo programa de forma semestral, como 2024.1 e 2024.2. Porém, a assessoria do MEC confirmou que o programa será anual a partir desta edição, logo ele acontecerá apenas uma vez, no início do ano. 

No caso das universidades com espaço apenas para o segundo semestre, estas vagas serão oferecidas no sistema junto com as outras logo no início do ano. Então, o estudante que, anteriormente, pretendia concorrer ao ensino superior na segunda edição, deve se inscrever logo na primeira fase.

As vagas oferecidas, o total de 264.254 oportunidades em 127 instituições públicas de todo país, irão ser todas ofertadas juntas na edição única do Sisu, mas o início do curso pode variar entre primeiro ou segundo semestre. Os professores defendem que a solução veio para diminuir as vagas ociosas:

“O que está acontecendo é que os alunos estão entrando na primeira edição, não estão gostando do curso e estão pedindo grana para a segunda edição, para o segundo curso. E aí está sobrando vaga na universidade e o governo está perdendo grana, por isso está tentando ajustar em uma única edição”, explica o professor de matemática Ricardinho. 

Ao Vai Cair no Enem, o docente detalha que, com este novo funcionamento, os vestibulandos passam a ter um foco maior no concurso específico, na quantidade de vagas específica e no período de matrícula que, a partir deste ano, será o mesmo para todos os aprovados pelo Sisu, não importa em qual período. Vale lembrar que, quem não realizar a matrícula pode perder a vaga na universidade. 

Com a Edição Única do Sisu, os convocados não poderão decidir qual semestre planejam começar, pois a seleção será feita pela classificação das notas apresentadas pelo Inep do Enem. As vagas serão oferecidas de forma conjunta, os participantes mais bem colocados começarão o curso no primeiro semestre, o restante esperará o segundo semestre.

Período amplo para lista de espera 

Ainda na tentativa de evitar vagas ociosas e em aberto nas universidades públicas do país, a lista de espera do Sisu também passou por mudanças. Agora, os não convocados na primeira chamada e inscritos na lista de espera, poderão ser chamados durante todo o ano letivo.

Isso acontece porque o período da lista se estendeu e, a partir desta edição, será anual. As vagas que não são preenchidas serão oferecidas para os participantes que declararem interesse no processo de espera, sempre seguindo a ordem de classificação do site. 

Aqueles que não forem chamados para nenhuma de suas opções e não incluírem o interesse na lista de espera entre os dias 30 de janeiro e 7 de fevereiro não serão considerados na recolocação de candidatos, mesmo se estiverem presentes no chamado principal do Sisu.

Alterações na Lei de Cotas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou mudanças na Lei de Cotas (PL 5.384/2020) em novembro de 2023. Entre elas, estão as divisões de vagas para concorrência. 

A partir deste ano, todos os estudantes irão concorrer em ampla concorrência inicialmente, mesmo se atenderem a critérios de vagas exclusivas para cotas. Após a classificação inicial, os estudantes mais bem classificados seguirão com a vaga de ampla concorrência.

Já o espaço reservado para cotistas, será aberto posteriormente para contemplar aqueles que não foram aprovados em ampla concorrência mas são beneficiados pela Lei. Anteriormente, o candidato que se encaixava como cotista, concorria apenas nas vagas de cotas, mesmo com pontuação suficiente para ampla concorrência. 

O MEC defende que, desta forma, “os esforços de todos aqueles que alcançam notas altas são valorizados, sem distinção”. Esta forma de classificação acontece na Fuvest, prova do vestibular da Universidade de São Paulo (USP).

Outra mudança aconteceu no valor para o teto da renda bruta familiar mensal per capita dos estudantes para cota na modalidade socioeconômica. A quantia exigida era de um salário mínimo e meio, em média, por pessoa da família. Agora, o valor deve ser de um salário mínimo, que deverá ser, segundo o Governo Federal, de R$ 1.412 para 2024.

O Sisu 2024 também receberá estudantes quilombolas como beneficiários das cotas, como acontece atualmente com alunos pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência (PcDs), terá o estabelecimento de prioridade para os cotistas no recebimento do auxílio estudantil e a extensão das políticas afirmativas para a pós-graduação.

As mudanças procuram tornar o ingresso no Ensino Superior mais acessível para as pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica que querem ingressar em uma universidade, afirma a Agência Brasil.

Calendário do Sisu em 2024

Os resultados oficiais da prova do Enem serão divulgados no dia 16 de janeiro. Já as inscrições para o Sisu abrem no dia 22 e seguem até o dia 25 de janeiro, pelo Portal Único de Acesso na internet. Serão 127 universidades participantes e 264.254 vagas.

O resultado será divulgado por uma única chamada no dia 30 de janeiro e os convocados devem realizar suas matrículas entre os dias 1º e 7 de fevereiro. Os que não estão entre os convocados podem entrar na lista de espera entre os dias 30 de janeiro a 7 de fevereiro.

Os resultados individuais do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) 2023 já estão disponíveis no Sistema Encceja. A prova é uma forma de jovens e adultos que não concluíram os estudos na idade adequada receberem certificado de conclusão do ensino fundamental e do ensino médio

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação (MEC), também divulgou os resultados do Encceja Exterior e da versão do exame para jovens e adultos submetidos a penas privativas de liberdade (PPL) no exterior. Em 2023, o Instituto Federal Fluminense certificará os candidatos à conclusão do ensino médio, e o Colégio Pedro II, o ensino fundamental.

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Encceja 

Realizado pelo Inep desde 2002, de forma voluntária e gratuita, o Encceja avalia competências, habilidades e saberes adquiridos no processo escolar ou extraescolar. O exame tem quatro aplicações, com editais e cronogramas distintos:  

Encceja Nacional para residentes no Brasil;

Encceja Nacional PPL, para residentes no Brasil privados de liberdade ou que cumprem medidas socioeducativas;

Encceja Exterior, para brasileiros residentes no exterior;   

Encceja Exterior PPL, para residentes no exterior privados de liberdade ou que cumprem medidas socioeducativas.

Provas

As aplicações fora do Brasil são feitas em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE).  As provas são aplicadas em um único dia, nos turnos matutino e vespertino. Em 2023, a aplicação ocorreu no mês de agosto. 

Este exame é composto por quatro provas objetivas, cada uma com 30 questões de múltipla escolha, além de uma redação. As provas objetivas avaliam áreas de conhecimento e respectivos componentes curriculares dos ensinos fundamental e médio. 

O Encceja ainda serve para orientar a implementação de políticas para melhorar a qualidade da educação de jovens e adultos, além de viabilizar o desenvolvimento de estudos e indicadores sobre o sistema educacional brasileiro. 

Os editais do exame de 2023 estão disponíveis no site do Encceja. O número 0800 616161 está disponível para mais informações.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) aplica nesta terça-feira (12) e amanhã as provas do Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade ou sob Medida Socioeducativa que Inclua Privação de Liberdade (Enem PPL). 

Neste ano, há 84.169 candidatos aptos a fazer as provas, informou o Inep. Nesse caso, o exame é aplicado dentro das próprias unidades prisionais ou socioeducativas. Os órgãos de administração prisional foram os responsáveis por indicar as instituições para a realização do exame.

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Aplicado desde 2010, o Enem PPL avalia o desempenho do participante que concluiu o ensino médio. A partir de critérios utilizados pelo Ministério da Educação, o exame permite o acesso ao ensino superior por meio de programas como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), Programa Universidade para Todos (Prouni) e Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). 

Reaplicação

Hoje e amanhã (13) também haverá a reaplicação do Enem para os candidatos que enfrentaram problemas logísticos ou de saúde para fazer o exame nos dias regulares (5 e 12 de novembro). 

Tiveram ainda direito à reaplicação candidatos cujo local de prova ficava mais de 30 quilômetros distante de sua residência. Após a análise dos pedidos, 9.451 participantes estão aptos a ter as provas reaplicadas nestes dois dias, segundo o Inep. 

Os locais de reaplicação do exame devem ser conferidos na página do participante. Os portões serão abertos às 12h e fechados às 13h. No primeiro dia, a prova dura das 13h30 às 19h, enquanto no segundo vai das 13h30 às 18h30. 

Os gabaritos serão divulgados em 27 de dezembro na página do Inep. O resultado sai em 16 de janeiro e poderá ser conferido na página do participante.

Nos dias 12 e 13 de dezembro, ocorrerá a reaplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023 para participantes que enfrentaram problemas logísticos ou estiveram doentes durante a aplicação regular. Os horários das provas serão das 13h30 às 19h no primeiro dia e até 18h30 no segundo, no horário de Brasília. Os documentos de identificação aceitos incluem cédulas de identidade, passaporte, CNH, além de documentos digitais como e-Título, desde que apresentados nos aplicativos oficiais. Em casos de perda, furto ou roubo do documento, é necessário apresentar boletim de ocorrência expedido há no máximo 90 dias.

A prova deve ser realizada com caneta esferográfica preta, e objetos eletrônicos devem ser guardados em um envelope porta-objetos durante a aplicação. O Enem é essencial para o acesso à educação superior no Brasil, por meio do Sisu e Prouni, e os resultados individuais também são utilizados por instituições no país e em Portugal. Os participantes que enfrentaram problemas na aplicação regular, que estavam a mais de 30 quilômetros de suas residências, ou que tiveram pedidos de reaplicação aprovados pelo Inep realizarão as provas de linguagens, códigos, redação, ciências humanas, ciências da natureza e matemática nos dois dias.

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Os portões serão abertos às 12h e fechados às 13h, com início das provas às 13h30. Aqueles que solicitaram tempo adicional terão uma hora a mais de prova. A identificação é feita mediante a apresentação de documento oficial com foto, como cédulas de identidade, passaporte, CNH, entre outros, e documentos digitais são aceitos desde que nos aplicativos oficiais. O Enem, ao longo de mais de duas décadas, tornou-se uma via primordial para o acesso ao ensino superior no Brasil, influenciando processos seletivos e programas de auxílio estudantil, como o Fies.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) anunciou, nesta sexta-feira (17), a prorrogação do prazo de solicitação da reaplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023. De acordo com o órgão, a data limite para que candidatos realizem o procedimento é 20 de novembro. Ainda segundo o Inep, a mudança no cronograma é devido ao feriado, na última quarta-feira (15), da Proclamação da República.

Podem solicitar a reaplicação do exame estudantes que se ausentaram e puderem comprovar doenças infectocontagiosas, que tiveram problemas logístico ou candidatos cujo locais de provas localizados a mais de 30 quilômetros das residências podem pedir reaplicação do Enem 2023, através da Página do Participante

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Os pedidos serão avaliados individualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).  A realização das provas de reaplicação será juntamente com o Enem para pessoas privadas de liberdade (Enem PLL), nos dias 12 e 13 de dezembro.

Abstenção no Enem 2023

O segundo dia e último de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, no último domingo (12), teve 32% de abstenção em todo o território brasileiro, segundo dados divulgados durante o balanço, realizado pelo ministro da Educação, Camilo Santana, e o presidente do Inep. Já o primeiro dia da avaliação contabilizou o quantitativo de 28,1% de faltosos.

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), Manuel Palácios, informou, durante coletiva do balanço preliminar do segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, neste domingo (12), que será aberto, em janeiro de 2024, um edital de seleção para novos elaboradores de questões e confecção das provas. 

A informação foi dada após questionamentos devido à anulação de uma questão de matemática da avaliação. A justificativa dada foi a falta de ineditismo, tendo em vista que a questão já havia sido aplicada no Enem de Pessoas Privadas de Liberdade (PPL), em 2010

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O edital abrirá vagas para elaboradores e revisores de itens. “Nós vamos fazer um esforço mais significativo de mobilização das nossas universidades e das coordenações pedagógicas das diferentes secretarias de educação”, declarou Palácios.

O segundo dia de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, neste domingo (12), teve 32% de abstenção, em todo o território brasileiro. A informação foi divulgada durante o balanço preliminar, realizado pelo ministro da Educação, Camilo Santana, e o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep). 

Números do Enem 

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O Enem 2023 foi aplicado em 1.750 municípios, contabilizando 9.396 locais de prova, e 132.466 salas de aplicação. Foram mobilizadas 10.086 coordenações para organizar a logística da aplicação das provas em todo o território nacional. 

Abstenções 

Em comparação à edição de 2022, a diferença dos dois dias não foi alta, mas apresentou uma leve diminuição do aumento de desistência em participar do exame. Enquanto o primeiro dia do ano passado teve um índice de 28,3% de ausência, a aplicação do último domingo (5) apontou um nível de 28,1% de faltas. 

Já no segundo de aplicação, o ano passado registrou uma abstenção de 32,1%, e neste ano variou em apenas 0,1% para menos. “Muitos jovens fazem no primeiro dia, mas acham que não se deram bem, e não repetem, desistem de fazer o segundo. Claro que queremos diminuir isso”, afirmou o ministro Camilo Santana. 

Eliminações e problemas logísticos 

No primeiro dia foram eliminados 4.293 participantes, pelo não seguimento às normas do edital, tais como portar equipamento eletrônico, ausentar-se antes do horário permitido (15h30), utilizar impressos ou não atender orientações dos fiscais. Já em termos de problemas logísticos, foram contabilizados 905 casos, entre eles emergências médicas, interrupções temporárias de energia elétrica e problemas de abastecimento de água. 

O segundo dia, por sua vez, registrou uma diminuição das ocorrências, tendo havido 2.217 eliminações e 859 problemas logísticos. 

Segurança 

Os dados operacionais do segundo dia de provas, segundo informações apresentadas pelo Sistema Nacional de Segurança Pública (Senasp), foi empregado um efetivo de 28.040 agentes de segurança, com a realização de 3.340 escoltas, além do emprego de 8.539 viaturas e o policiamento em 11.377 locais de prova. 

O Senasp ainda registrou oito ocorrências de atendimento hospitalar, 26 de perturbação do sossego público, 23 de falta de energia elétrica, duas tentativas de utilização de meio eletrônico e uma briga. 

Circulação de imagens de prova 

O Ministério da Educação (MEC) confirmou ainda que houve a circulação de imagens de uma prova, por volta das 17h, uma hora antes do horário autorizado para sair do ambiente de realização da avaliação. A Polícia Federal foi acionada para apurar e investigar o ocorrido.

O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou, neste domingo (12), durante o balanço do segundo dia de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, que o gabarito oficial das provas será divulgado na próxima terça-feira (14), às 19h, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep). 

A data foi antecipada em dez dias, tendo em vista que a divulgação estava agendada, segundo o calendário oficial do Inep, para o dia 24 de novembro. 

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Uma questão da prova de matemática do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, aplicada neste domingo (12), em todo o território nacional, foi anulada. A confirmação foi feita no balanço do exame realizado pelo ministro da Educação (Mec), Camilo Santana, e o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), Manuel Palácios. 

A questão anulada, que se refere à gripe h1n1, é da disciplina de matemática, e a decisão foi feita por falta de ineditismo. Segundo o ministro, a questão se encontra no banco de dados do instituto e já foi aplicada no Enem para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL) em 2010. 

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Santana e Palácios afirmaram que será aberto, em breve, um novo edital, para chamar novos professores, profissionais da educação e elaboradores de questões, com o objetivo de atualizar e aumentar o banco de dados de questões do exame. 

 

A aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023 simboliza os 25 anos do vestibular. Essa marca ressalta a sustentação de uma prova essencial para o país, mas com uma bagagem repleta de mudanças, adaptações e novidades ao longo destas duas décadas e meia.

No Brasil, as provas como processo seletivo em escolas, universidades e concursos já apareciam no início do século XX, segundo pesquisas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Os testes continham mais perguntas escritas e orais.

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Em 1998, no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do ministro da educação Paulo Renato Souza, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi criado e  mudou a realidade da educação e dos processos seletivos para o ensino superior. 

O começo 

Originalmente, a prova do Enem era resumida a uma avaliação do sistema de ensino brasileiro e foi inspirada na Conferência Mundial da Educação para Todos que aconteceu em Jomtien, na Tailândia, em 1990.

Sua primeira edição teve apenas 157 mil inscritos e a prova foi aplicada em um único dia, em 184 municípios, com 63 questões, além da redação, que, naquele ano, teve o tema “Viver e Aprender”.

A redação devia ter título e tinha apenas um texto motivador, a letra da música “O Que É O Que É” de Gonzaguinha. A parte objetiva do exame era avaliada de 0 a 100, gerando uma nota global, assim como a redação. Em 1998, uma redação poderia ser desconsiderada se houvesse fuga de tema ou de estrutura, se estivesse assinada ou se estivesse personalizada.

Apesar de surgir com intenção de medir o nível de conhecimento dos brasileiros que terminaram a escola, o Enem, em 1999, já era utilizado como seleção, mesmo que parcial, para 93 instituições de ensino. O número cresceu significativamente em 2004, com a sanção do Programa Universidade para Todos (ProUni) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

O Ministério da Educação (MEC) apresentou o programa com a finalidade de conceder “bolsas de estudos integrais e parciais a estudantes de cursos de graduação e de cursos sequenciais de formação específica, em instituições privadas de educação superior.” As instituições que aderem ao programa também recebem isenção de tributos.

Logo em 2005 o ProUni foi responsável pelo aumento significativo no número de inscritos no vestibular nacional, foram 3 milhões de pessoas, um marco histórico. Foi então em 2009 que o Enem passou pelas maiores transformações, ficando mais próximo do que conhecemos do exame hoje em dia.

Ainda presidente, Lula anunciou, junto com o ministro da educação da época, Fernando Haddad, que o Exame Nacional do Ensino Médio iria ser reestruturado para se tornar um “processo nacional de seleção para ingresso na educação superior e certificação do ensino médio”. 

“Neste ano, mais de 70% dos 4.018.050 inscritos afirmaram que fizeram o Enem para entrar na faculdade ou conseguir pontos para o vestibular. A aplicação em 1.437 municípios foi em 30 de agosto”, documenta o site oficial do Inep.

Após uma década

O ano de 2009 foi decisivo para o exame que conhecemos hoje. O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) foi estruturado e o formato do vestibular mudou. Agora, as 63 questões se tornaram 180, com 45 perguntas para cada área do conhecimento - ciências humanas, ciências da natureza, matemática e linguagens, e redação. Naquele ano, a aplicação também passou a ser em dois dias.

“Além disso, as matrizes de referência são reformuladas com base nas Matrizes de Referência do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja). Nesta edição, 4.138.025 pessoas se inscreveram no Enem, aplicado em 5 e 6 de dezembro, em 1.830 cidades”, destaca a página do Inep.

Porém, o ano não foi apenas de boas notícias, a edição de 2009 é sempre lembrada pelo vazamento da prova ainda na gráfica, o que resultou no cancelamento da aplicação e uma nova data foi marcada. O escândalo prejudicou mais de 4,1 milhões de estudantes inscritos.

Na nova data marcada após a turbulência com o Enem, muitos candidatos desistiram de fazer a prova. O momento se tornou um dos maiores índices de abstenção da história do exame, com 37,7% ausentes. Os que fizeram o vestibular tiveram outra dor de cabeça: a divulgação de gabaritos veio com erros e os corretos só foram publicados dias depois.

Os acontecimentos serviram de experiência para a edição de 2010, quando as notas do Enem se tornaram aceitos pelo Financiamento Estudantil (Fies). Foi nesta edição que o Inep começou a coletar dados sobre deficiência ou condição especial dos inscritos. Ao todo, 20.413 candidatos conseguiram recursos de acessibilidade para aplicação do vestibular.

A nota do exame nacional passou a ser mais abrangente nos anos de 2013 e 2014. Quase todas as instituições brasileiras aceitavam o Enem como critério de ingresso e, logo em seguida, as universidades de Coimbra e Algarve, em Portugal, também começaram a receber estudantes pela nota do Enem.

Com o passar do tempo, a aplicação se tornou mais popular e a segurança teve que ser maior. Uso de detectores de metais, como conhecemos hoje, surgiu em 2016 para se juntar à sacola de guardar objetos e garantir que a prova aconteceria sem fraudes.

O Enem

Prestes a completar duas décadas de existência, a edição de 2017 é uma das mais importantes da história do vestibular, pois o governo realizou uma consulta pública com a população para buscar melhorias na sua forma de aplicação.

A mudança mais marcante e que prevalece até hoje são os dias de realização da prova. Antes, os dois dias de provas eram seguidos: sábado e domingo. Após a pesquisa, os dias foram divididos em uma semana: dois domingos seguidos.

As questões também passaram por mudanças. De 2009 a 2016, o primeiro dia contava com perguntas sobre ciências humanas e ciências da natureza, enquanto o segundo dia tinha matemática, linguagens e redação. Agora, o primeiro dia é dedicado para ciências humanas, linguagens e redação, e o segundo dia para matemática e ciências da natureza.

“O exame ficou ainda mais acessível com a estreia da videoprova em Libras para surdos e deficientes auditivos. Outra novidade foi a estreia da prova personalizada com nome e número de inscrição do participante, e a adoção de novo recurso de segurança: identificador de receptor de ponto eletrônico. As mudanças impulsionaram, ainda, a criação de um novo logotipo e um novo Site do Enem. O Inep registrou 6.763.122 inscrições”, ressalta o Instituto.

Hoje, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) completa 25 anos sendo um dos vestibulares mais reconhecidos no mundo, que democratiza a educação e o acesso ao ensino superior. A edição de 2023 teve 3,9 milhões de inscritos e o tema “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”.

“Qualquer pessoa que já concluiu o ensino médio ou está concluindo a etapa pode fazer o Enem para acesso à educação superior. Os participantes que ainda não concluíram o ensino médio podem participar como “treineiros” e seus resultados no exame servem somente para autoavaliação de conhecimentos”, documenta o site de apresentação do exame.

A professora de preparatório para o Enem Tereza Albuquerque explica que a principal mudança do Enem nesses anos foi na sua estrutura. As perguntas se tornaram mais interdisciplinares e capilares. Anteriormente, a prova era “mais conteudista e tinha uma segunda fase”. 

“O Enem exige uma prova mais interdisciplinar. Então isso é muito importante, porque o aluno não tem que ter só o conteúdo, ele tem que saber fazer pontes entre a questão que ele está fazendo ali, por exemplo, com outras áreas de conhecimento, como física, química, biologia, língua portuguesa. Então isso é o que o Enem traz de mais especial”, explica a docente.

Albuquerque reforça a oportunidade que o vestibular dá para todos os estudantes em nível nacional, através do SiSU, como uma porta de entrada para a universidade. Para a profissional, em relação ao formato da prova, nestes 25 anos de existência “o Enem está de parabéns”.

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Manuel Palácios, refutou nesta quarta-feira, 8, a possibilidade de que itens acusados de ter viés ideológico sejam anulados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Palácios disse ainda que o órgão pretende lançar novo edital para selecionar elaboradores de perguntas, mas descartou ajustes no modelo de escolha. O formato tem sido questionado pela maneira como abordou o agronegócio e a competitividade econômica, o que levou a uma onda de críticas.

Um dos itens tinha um texto que dizia que, no Cerrado, o "conhecimento local" está subordinado "à lógica do agronegócio" e que o "capital impõe conhecimentos biotecnológicos", que trazem consequências negativas para a população do campo. O trecho faz parte de um artigo que foi publicado na Revista de Geografia da Universidade Estadual de Goiás.

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Em outra questão, relaciona-se a competitividade na economia à pratica de dumping. Em reação, a Frente Parlamentar do Agronegócio pediu a anulação de três questões do exame.

Nesta quarta-feira, o presidente do Inep participou de sessão da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. Palácios foi chamado a comparecer na audiência para prestar esclarecimentos sobre o exame, aplicado no domingo, 5. Os parlamentares também aprovaram convite para que o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), compareça na Comissão de Educação no dia 22 de novembro.

"A anulação de questões do Enem se deve a uma única razão: que aquele item incluído no teste não contribui para estimativa de proficiência do desempenho do estudante, não tem gabarito correto, o item não é capaz de avaliar as habilidades cognitivas do estudante. Essa é a única razão que leva à anulação de um item", disse Palácios.

O primeiro dia do Enem ocorreu no último domingo, 5, quando os estudantes foram avaliados nas áreas de Linguagens, Ciências Humanas e Redação. No próximo domingo, os candidatos farão a prova de Matemática e Ciências da Natureza.

"É claro que o Enem não demoniza o agronegócio, é claro que o Inep não demoniza o agronegócio. É claro que todos reconhecemos a imensa importância do agronegócio no País. Mas isso não precisa ser dito, é um tanto óbvio", afirmou Palácios.

Ele também afirmou que não há interferência do governo na prova. Segundo o presidente do Inep, as questões que constam no Enem deste ano foram produzidas ainda na gestão Jair Bolsonaro (PL).

Dados divulgados pelo Inep mostram que das 50 questões que compunham o caderno de Linguagens, 42 foram produzidas entre 2019 e 2021. As restantes foram feitas entre 2012 e 2018. Já na prova Ciências Humanas, 39 dos 45 itens foram feitos em 2019 e 2021.

Novos elaboradores de perguntas

O presidente do Inep afirmou ainda que o órgão fará outro edital de seleção de elaboradores e revisores de itens no ano que vem, mas disse que os critérios continuarão os mesmos.

"O último edital é de 2020, então evidentemente devemos providenciar, provavelmente para o início de 2024, um novo edital, um novo chamamento público para seleção de professores elaboradores e revisores dos itens do Inep para todas as avaliações da educação básica", disse.

Atualmente, as questões são elaboradas por professores externos ao Ministério da Educação (MEC), selecionados em um edital que estabelece critérios para a escolha dos profissionais. Depois da elaboração, os itens são pré-testados para medir sua eficácia para compor a avaliação. Os elaboradores e revisores são responsáveis por produzir as questões que vão compor o Banco Nacional de Itens (BNI), utilizado para a confecção das avaliações feitas pelo Inep.

"Os critérios são os mesmos: titulação, experiência docente e a experiência na construção de instrumentos de avaliação, esses itens são pontuados, o resultado é publicado por ordem de classificação, de acordo com a pontuação alcançada por esses critérios. Essa é a forma pública, republicana, transparente de seleção dos elaboradores", acrescentou.

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é dividido em dois dias. Na edição de 2023, foi o domingo (5) e será o próximo, 12 de novembro. No primeiro dia, os estudantes responderam questões de linguagens e ciências humanas, mais a redação. Já no segundo domingo será a prova de matemática e ciências da natureza. 

Após um longo dia de vestibular, com mais de 5h em sala resolvendo questões, é comum que o estudante se sinta cansado ou desanimado. O professor de matemática Ricardinho explica que as costas e a cabeça pode doer, mas é preciso ter foco no seu objetivo para realizar um bom exame no segundo dia.

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O docente lembra que o estudante deve ter um dinamismo em traçar as quatro disciplinas com duas áreas de conhecimento, matemática e ciências da natureza (biologia, física e química). Para Ricardinho, é importante fazer um balanço durante a semana, entre descansar e revisar os conteúdos.

“Vai ter o momento dele (o aluno) descansar, mas ele também tem que ter um foco em resolver algumas questões das quatro disciplinas porque é a última semana dele”, explica o profissional.

“Então não pode ter um esgotamento mental, ele precisa ter um equilíbrio e ele vai fazer exercício, ele vai treinar, vai assistir alguns alunos, algumas dicas, relaxamento também é importante o treinamento dele, somente prévia da prova, um dia antes relaxar bastante, mas durante a semana é bom ver o que mais cai e fazer um treinamento para poder aperfeiçoar o que ele já sabe”, declara.

Ricardinho indica que os estudantes comecem a semana revisando os assuntos que eles têm mais facilidade nas quatro áreas de conhecimentos, observar a matemática, acessar naturezas e pegar questões mais simples dos últimos anos do Enem para praticar.

Essa prática é importante, em especial, para o TRI, a Teoria de Resposta ao Item, em que acertar questões fáceis contam mais para o estudante do que acertar difíceis e errar fáceis, técnica veio para tentar evitar fraude no exame. 

“O aluno precisa ter esse direcionamento, resolver questões dos anos anteriores, questões mais fáceis. Em matemática tem mais razão, proporção, porcentagem, regra de três simples, composta”, destaca o docente.

“É o foco, o sonho, para poder conseguir o objetivo dele (do aluno). Então, é semana de revisar, semana de levantar a cabeça, semana de foco total, até porque ele estudou o ano inteiro e ele tem essa semana apenas para concluir o que ele tentou durante o ano inteiro”, finaliza Ricardinho.

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