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Noel Le Graet, presidente da Federação Francesa de Futebol, renunciou ao cargo nesta terça-feira, após uma auditoria do Governo considerar que ele não possuí mais legitimidade para exercer a função, pois responde a acusações de assédio sexual e moral. O caso veio à tona em setembro do ano passado e o dirigente de 81 anos estava afastado desde o meio de janeiro deste ano.

De acordo com um comunicado divulgado pela Federação, Le Graet formalizou a renúncia em uma reunião com o comitê executivo da entidade, nesta terça. Com o abandono, o vice-presidente Philippe Dallo exercerá a presidência de forma interina até junho de 2023, quando um nome definitivo deve ser escolhido para ocupar a cadeira.

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A investigação foi aberta a pedido de Amélia Oudéa-Castéra, ministra do Esportes da França, após a agente esportiva Sonia Souid dizer ter sido assediada sexualmente por La Graet. Em entrevistas a veículos da imprensa francesa, Souid disse que foi abordada por ele ao longo de quatro anos, entre 2013 e 2017.

Houve também uma reportagem publicada pela revista So Foot que detalhou alguns casos. Ao longo de seis páginas, a publicação apresentou depoimentos de diversas funcionárias da federação falando sobre Le Graet. Algumas já haviam deixado a entidade. A maior parte das denúncias foi anônima. Elas afirmaram que recebiam mensagens de texto inapropriadas do presidente e que viviam em um "ambiente tóxico" dentro da federação.

Durante o processo, foi realizado um relatório com mais de 100 entrevistas e análises de uma série de documentos. A conclusão foi que o comportamento de Le Graet com mulheres era inapropriado e que as políticas internas para reprimir violência de gênero ou sexual não eram efetivas.

O presidente da Federação Francesa de Futebol, Noel Le Graet, declarou nesta quarta-feira esperar que o meia Franck Ribery reconsidere a sua decisão de não mais defender a seleção da França. O jogador do Bayern de Munique, de 31 anos, disse que deseja passar mais tempo com sua família e abrir espaço para jogadores mais jovens na equipe.

"Nós lemos os comentários de ontem de Franck Ribery sobre sua carreira na seleção. Tal reflexão, para um jogador tão talentoso, não pode ser o resultado de uma única análise e não pode ser tomada de forma definitiva, enquanto ele ainda tem alguns bons anos em sua carreira profissional", disse Le Graet em comunicado publicado no site da federação francesa.

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Ribery jogou 81 partidas pela seleção da França, marcando 16 gols, e fez parte da equipe que perdeu a final da Copa do Mundo de 2006 para a Itália, além de ter participado do torneio de 2010. Neste ano, uma lesão nas costas deixou o meia do Bayern fora do Mundial do Brasil, sendo cortado da seleção às vésperas do início da competição.

Em seu comunicado, Le Graet lembra que Ribery joga em alto nível em um dos principais times do mundo. Além disso, recorda que a próxima edição da Eurocopa, em 2016, será disputada na França. "Estou convencido de que ele vai reconsiderar sua posição, se ele voltar ao seu melhor", afirmou o dirigente.

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