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Representantes de China e Estados Unidos retomaram, nesta terça-feira (30), em Pequim, as conversas estagnadas para frear a produção de ingredientes usados na droga fentanil, ao mesmo tempo em que buscam reconstruir seus abalados canais de comunicação.

Washington espera que a China coopere no ataque às empresas fabricantes dos precursores químicos do fentanil e no corte do financiamento para sua comercialização.

O opioide sintético, várias vezes mais potente do que a heroína, causou uma epidemia de dependência nos Estados Unidos, com 100.000 mortes anuais por overdose até se tornar a principal causa de mortes entre pessoas com idades entre 18 e 49 anos, segundo as autoridades norte-americanas.

A delegação americana em Pequim é liderada pela conselheira adjunta de Segurança Interna, Jen Daskal, e inclui altos funcionários dos departamentos de Estado, Tesouro, Interior e Justiça.

Após ser recebido pelo ministro chinês da Segurança Pública, Wang Xiaohong, Daskal ressaltou que "as drogas sintéticas estão matando muitos milhares de pessoas", segundo um vídeo do encontro.

"Vim de Washington com uma delegação de alto nível que representa a abordagem de todo o governo dos Estados Unidos para enfrentar o desafio global que as drogas ilícitas representam", acrescentou.

"O presidente (Joe) Biden enviou uma delegação tão importante para enfatizar a importância dessa questão para o povo americano", afirmou Daskal.

Wang observou, por sua vez, que a criação de um grupo de trabalho antinarcóticos China-Estados Unidos representa um "importante entendimento comum" alcançado pelos presidentes Xi Jinping e Biden em sua reunião de novembro passado em San Francisco.

- "Profundo" e "pragmático" -

"Nossa cooperação mostra mais uma vez que a relação China-Estados Unidos se beneficia da cooperação e perde com a confrontação", acrescentou Wang, avaliando que as conversas tidas ao longo do dia foram "profundas" e "pragmáticas".

Wang disse esperar que, nas reuniões futuras, as duas partes "levem em consideração as preocupações mútuas para melhorar e ampliar a cooperação, com o objetivo de proporcionar mais energia positiva para relações estáveis, sólidas e sustentáveis entre China e Estados Unidos".

Os Estados Unidos afirmaram que vão "fornecer uma plataforma para facilitar a coordenação destinada a atacar a produção ilegal, o financiamento e a distribuição de drogas ilícitas".

Durante uma reunião com Biden em novembro passado, Xi Jinping prometeu acabar com este comércio.

"Durante anos, a cooperação bilateral antinarcóticos entre os Estados Unidos e a República Popular da China esteve suspensa, o que impediu avanços", disse um funcionário de alto escalão do governo americano na semana passada.

"Mas isso mudou na reunião de 15 de novembro" entre Xi e Biden, acrescentou o funcionário, que falou com os jornalistas sob condição de anonimato.

Desde a cúpula, a China fechou uma empresa, bloqueou pagamentos internacionais e voltou a compartilhar informações sobre embarques e tráfico, acrescentou a mesma fonte.

O diretor da CIA, William Burns, e autoridades do Egito, Catar e Israel discutiram neste domingo (28), em Paris, sobre um eventual acordo para uma trégua na guerra de Gaza, informaram fontes próximas aos participantes das reuniões.

Egito, Catar, Estados Unidos e Israel também entraram em contato com as autoridades francesas, informaram as mesmas fontes, com o objetivo de avançar em direção a um acordo que inclua uma trégua nos combates e a libertação de reféns retidos pelo movimento islamista Hamas na Faixa de Gaza.

Uma fonte do setor de Defesa afirmou na sexta-feira à AFP que o presidente americano, Joe Biden, enviaria o diretor da Agência Central de Inteligência (CIA) à capital francesa para reuniões nos "próximos dias" com seus pares israelense e egípcio, além do primeiro-ministro catari.

As reuniões começaram no sábado e prosseguiram neste domingo.

Biden conversou durante o fim de semana com o emir do Catar, Tamim bin Hamad Al Thani, sobre "os últimos acontecimentos em Israel e Gaza", mas a Casa Branca destacou que nenhum anúncio iminente estava previsto.

A guerra começou em 7 de outubro com o ataque de combatentes islamistas do Hamas, que mataram quase 1.140 pessoas, a maioria civis, e sequestraram quase 250 no sul de Israel, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses.

Mais de 100 reféns foram libertados no fim de novembro durante uma trégua. De acordo com as autoridades israelenses, 132 permanecem retidos em território palestino e o governo acredita que 28 estão mortos.

Em resposta, Israel executa uma ofensiva aérea e terrestre que deixou pelo menos 26.422 mortos até o momento, a maioria mulheres, crianças e adolescentes, segundo o Ministério da Saúde do território governado pelo Hamas.

O jornal New York Times informou que o acordo discutido em Paris aborda uma possível primeira trégua de 30 dias que permitiria a libertação de mulheres e dos reféns mais idosos e feridos.

Durante o período, as duas partes negociariam uma segunda fase, que também teria duração de 30 dias e permitiria a libertação dos homens e dos soldados.

Segundo o jornal, o acordo também incluiria a libertação de palestinos detidos em penitenciárias de Israel.

A informação de que animais enxergam o mundo de forma diferente dos humanos é antiga, mas visualizar essas diferenças sempre foi um desafio para a ciência. No entanto, um grupo de cientistas da Universidade de Essex, no, Reino Unido, e da Universidade George Mason, nos Estados Unidos desenvolveu um sistema de câmeras que seria capaz de registrar, com precisão, fotos e vídeos através da percepção dos animais. O estudo foi publicado com atualizações na última terça-feira (23), na revista científica PLOS Biology. 

“Cada animal possui um conjunto único de fotorreceptores, com sensibilidades que vão do ultravioleta ao infravermelho, adaptados às suas necessidades ecológicas”, explicam os cientistas responsáveis pelo estudo recentemente publicado. Alguns animais são até capazes de detectar luz polarizada. O resultado é que cada animal percebe a cor de maneira única. No entanto, nossos olhos e câmeras comerciais não conseguem captar essas variações de luz. 

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Três borboletas-alfafa (ou “enxofre alaranjado” macho em cores falsas aviárias RNL. Vídeo: Divulgação/PLOS Biology 

O lado dorsal das asas das borboletas apresenta forte iridescência UV dependente do ângulo. A iridescência UV está ligada ao sexo: os machos a exibem como um importante sinal de acasalamento. As porções iridescentes UV ficam ocultas quando as borboletas estão em posição de repouso, tornando-se visíveis durante o voo e quando a borboleta está em exibição. A representação de cores falsas das aves é baseada nas coordenadas do espaço oponente do receptor limitado por ruído (RNL). 

As coordenadas neste espaço representam diferenças nas respostas dos fotorreceptores de um animal, e as distâncias entre as coordenadas aproximam-se das distâncias perceptivas entre as cores. Nesta representação (vídeo acima), as porções iridescentes de UV aparecem em roxo, porque refletem mais fortemente no ultravioleta e na parte vermelha do espectro. A parte ventral das asas apresenta coloração marrom-acinzentada, assim como as folhas, indicando que sua cor está mais próxima do ponto acromático. 

Mais informações sobre o estudo 

Até agora, os cientistas confiaram na fotografia multiespectral para visualizar o espectro de luz. Este processo envolve tirar uma série de fotografias em faixas de comprimento de onda além das fotos visíveis pelo homem, normalmente usando uma câmera sensível à luz de banda larga e através de uma sucessão de filtros passa-banda estreita. Embora isso forneça resultados de cores bastante precisos, as imagens multiespectrais funcionam apenas em objetos estáticos e não permitem a visualização de sinais temporais de animais. 

“A ideia de gravar em UV já existe há muito tempo, mas houve relativamente poucas tentativas devido às dificuldades técnicas envolvidas. Curiosamente, o primeiro vídeo UV publicado é de 1969!”, explicam os pesquisadores. “Nossa nova abordagem fornece um grau valioso de precisão científica, permitindo que nossos vídeos sejam usados para fins científicos.” 

Figura mostra o quão diferente uma margarida-amarela pode parecer em diferentes comprimentos de onda de luz. Foto: Divulgação/PLOS Biology 

O estado do Alabama, no Sudeste dos Estados Unidos, agendou para a noite de quinta-feira (25) a execução do preso Kenneth Smith, de 58 anos, condenado pelo assassinato de uma mulher em 1988. O método de execução será asfixia por nitrogênio, inédito no sistema prisional do país. A forma de abatimento escolhida pela administração do estado tem recebido críticas e sido assemelhada à tortura por organizações. Em novembro de 2022, Kenneth passou pela primeira tentativa de execução com um método padrão no Alabama e outros estados, a injeção letal. No entanto, o homem sobreviveu às tentativas, sendo o segundo e último a conseguir tal feito. 

A asfixia (hipóxia) por nitrogénio é bastante comum em suicídios assistidos na Europa. Smith receberá uma máscara e administrará um fluxo de gás nitrogênio, privando-o efetivamente de oxigênio até a morte. A execução, prevista em uma decisão do R. Austin Huffaker Jr., de 10 de janeiro de 2024, é a mais recente reviravolta na batalha sobre a pena de morte nos Estados Unidos. A conta de estados que aboliram a lei da pena de morte está quase empatada, com o último estado a fazer a alteração sendo Washington, em 2023.  

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Após a mudança em Washington, a situação da execução penal nos EUA passou a ser a seguinte: 23 estados a extinguiram; 24 estados mantêm suas leis; e três estados mantêm a lei, mas com exceções. 

ONGs condenam decisão do Alabama 

Críticos da pena de morte argumentam que as autoridades penitenciárias do Alabama estão fazendo de Smith uma cobaia para um experimento não comprovado e "macabro". Autoridades estaduais alegam que a morte por hipóxia com nitrogênio é indolor porque faz com que a pessoa perca rapidamente a consciência. Com uma pressão de médicos e críticos à pena de morte, conseguir medicamentos letais ficou mais difícil no país, e estados chegam a considerar, além da asfixia por nitrogênio, o uso de pelotões de fuzilamento.

Segundo a administração, os próprios advogados de Smith identificaram a hipóxia por nitrogênio como preferível à administração problemática de drogas injetáveis letais no estado. No entanto, a representação de Smith chegou a emitir um pedido de suspensão da execução, o que foi rejeitado pelo juiz no último dia 10. Agora, eles podem apelar para o Supremo Tribunal do país, que tem histórico de suspensões aprovadas em cima da hora. 

De acordo com o New York Times, que obteve contato com Kenneth Smith por e-mail, o preso tem medo do procedimento dar errado. “Estou preocupado por termos dito ao Alabama que esses riscos podem acontecer – vão acontecer – assim como os avisamos no ano passado”, disse ele. “E eles não farão nada para evitar que esses perigos aconteçam". 

A execução 

O preso condenado será conduzido de sua cela no Centro Correcional William C. Holman até a câmara de morte da prisão, que fica em Atmore, no Alabama. Cinco repórteres poderão testemunhar a execução. Smith será colocado em uma maca e uma máscara será colocada sobre seu rosto, e então ele terá dois minutos para dizer suas últimas palavras. Em seguida, o diretor da prisão ou um assistente iniciará o bombeamento do gás na máscara do homem por pelo menos 15 minutos. 

Kenneth Smith está enfrentando execução por esfaquear até a morte a senhora Elizabeth Sennett, em março de 1988. Ele recebeu US$ 1 mil (R$ 4,9 mil) do marido da mulher e mandante do crime, o pastor Charles Sennett, para cometer o homicídio. Os jurados que condenaram o preso votaram 11 a 1 para poupar a sua vida e, em vez disso, condená-lo à prisão perpétua, mas um juiz rejeitou-os e condenou-o à morte. 

 

Uma mulher foi presa, na última quarta-feira (10), após ter provocado a morte da sua enteada em junho do ano passado, na cidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos. De acordo com as autoridades norte-americanas, a suspeita alimentava a garota, uma criança de 1 ano e 6 meses, com acetona, parafusos e baterias.

Ainda segundo as informações, a mulher, identificada como Aleisia Owens, após ter feito a pequena Iris Rita Alfera ingerir as substâncias, foi até um hospital da região e informou as equipes médicas que a vítima teria caído da cama e batido a cabeça. No entanto, exames necroscópicos constataram que a garota veio a óbito devido a presença de altos níveis de acetona no sangue.

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Durante as investigações, a polícia analisou o celular da suspeita e descobriu que ela procurou informações na internet sobre produtos domésticos que podem causar danos graves ou morte. Aleisia também havia pesquisado produtos de beleza que são venenosos e que causam morte acidentais por envenenamento em crianças.

 

Os Estados Unidos e o Reino Unido bombardearam, nesta sexta-feira (12), posições dos rebeldes huthis no Iêmen, que ameaçam a navegação no Mar Vermelho em "solidariedade" aos palestinos em Gaza, onde o Hamas alertou que estes ataques terão "repercussões" regionais.

"Condenamos veementemente a agressão flagrante dos EUA e do Reino Unido no Iêmen. Consideramos que são responsáveis pelas repercussões na segurança regional", disse o movimento islamista palestino no Telegram, acentuando o receio de que o seu conflito com Israel em Gaza se espalhe para outras áreas Oriente Médio.

Esse pequeno território palestino é palco de devastadores bombardeios israelenses desencadeados após um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelense em 7 de outubro, que deixou 1.140 mortos, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses.

Em resposta, Israel prometeu "aniquilar" este movimento islamista que governa Gaza e é classificado como grupo terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia. A sua operação militar causou pelo menos 23.469 mortes, a maioria mulheres e menores, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.

Os huthis fazem parte do autoproclamado "eixo de resistência", um grupo de movimentos armados hostis a Israel e apoiados pelo Irã, que também inclui o Hamas e o Hezbollah libanês.

Desde o início da guerra em Gaza, os huthis lançaram vários ataques no Mar Vermelho, forçando muitos armadores a evitar a área e tornando o transporte entre Europa e Ásia mais caro e demorado.

Segundo o Exército dos Estados Unidos, desde 19 de novembro, este grupo rebelde que controla parte do Iêmen lançou um total de 27 ataques perto do estreito de Bab al Mandeb, que separa a Península Arábica da África.

- "Desescalar tensões" -

Em resposta, os Estados Unidos mobilizaram navios de guerra e formaram uma coalizão internacional em dezembro para proteger esta rota por onde transita 12% do comércio mundial.

Os bombardeios desta sexta-feira atingiram instalações militares huthis em vários locais. Pelo menos cinco pessoas morreram e seis ficaram feridas, disse o porta-voz militar do movimento rebelde, Yahya Saree, na rede social X. Também destacou que foram 73 ataques e que incluíram a capital Sanaa e a cidade portuária de Hodeida, que eles controlam.

Em uma declaração conjunta, Estados Unidos, Reino Unido e oito dos seus aliados garantiram que, com estes ataques, procuram "diminuir as tensões" e "restaurar a estabilidade no Mar Vermelho".

"As ações de hoje demonstram um compromisso comum com a liberdade de navegação, o comércio internacional e a defesa da vida dos navegantes contra ataques ilegais e injustificáveis", declararam Austrália, Bahrein, Canadá, Dinamarca, Alemanha, Países Baixos, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Reino Unido e Estados Unidos.

O presidente americano, Joe Biden, descreveu como uma "ação defensiva" em resposta "aos ataques sem precedentes dos huthis a navios internacionais no Mar Vermelho" que ameaçam o comércio global.

- China pede "moderação" -

Apesar dos avisos de Washington e do Conselho de Segurança da ONU, os huthis dispararam um míssil balístico antinavio na quinta-feira, intensificando os rumores de uma intervenção que finalmente ocorreu na manhã desta sexta-feira.

Biden alertou que "não hesitará" em "ordenar outras medidas" militares para proteger os Estados Unidos e o comércio internacional.

Um porta-voz do grupo iemenita garantiu, no entanto, que continuarão atacando navios vinculados a Israel que transitam por aquela zona.

Sublinhando que "o Mar Vermelho é um importante ponto de passagem para a logística internacional e o comércio energético", o governo chinês manifestou a sua "preocupação" com a escalada das tensões e pediu "moderação" de todas as partes.

O Irã condenou os bombardeios britânico-americanos como uma "ação arbitrária" e uma "violação" do direito internacional e a Rússia chamou-os de "ilegítimos", mas a Otan defendeu-os como ações "defensivas".

"Nosso país enfrenta um ataque massivo de navios, submarinos e aviões americanos e britânicos", declarou o vice-ministro das Relações Exteriores huthi, Hussein Al Ezzi, citado pela imprensa rebelde.

"Os Estados Unidos e o Reino Unido devem se preparar para pagar um preço alto e assumir as graves consequências desta agressão", acrescentou.

A imprensa americana indica que os ataques foram realizados com caças e mísseis Tomahawk. O Reino Unido disse ter mobilizado quatro caças Typhoon FGR4 com bombas guiadas a laser.

O ataque ocorreu logo após o final de uma viagem regional ao Oriente Médio do chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, para evitar uma propagação do conflito em Gaza.

O Ministério da Saúde do Hamas reportou nesta sexta-feira "inúmeras" mortes em novos bombardeios no pequeno território palestino, onde a ONU denunciou os obstáculos impostos pelas autoridades israelenses à entrega de ajuda humanitária à população.

A guerra também aumentou a tensão na fronteira entre o norte de Israel e o Líbano, onde há disparos quase diários entre tropas israelenses e milicianos do grupo libanês Hezbollah.

Além disso, no Iraque e na Síria, as forças dos EUA receberam desde outubro 130 ataques de facções locais pró-Irã, que afirmam agir em solidariedade com os palestinos, de acordo com o Pentágono.

Hunter Biden, o filho do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se declarou inocente de evasão fiscal nesta quinta-feira (11) perante um tribunal federal em Los Angeles. Suas complicações legais elevam a pressão para seu pai, que se encaminha para uma amarga briga pela reeleição contra Donald Trump.

O empresário de 53 anos, que está em recuperação de um passado de dependência química, é um alvo constante dos republicanos que usam seu caso para acusar, sem provas, o que chamam de "Família Biden Criminosa".

Um dia antes de sua apresentação ao tribunal em Los Angeles, Hunter apareceu de forma surpresa em uma audiência parlamentar no Capitólio, em Washington, onde uma comissão do Partido Republicano discutia medidas de desacato contra ele por ter-se negado a testemunhar a portas fechadas sobre seus negócios, no mês passado.

O filho do presidente recebeu nove acusações relacionadas a crimes fiscais.

A denúncia, emitida em 7 de dezembro, afirma que o dinheiro que devia ir para os cofres públicos foi desviado para um "estilo de vida extravagante".

Entre 2016 e outubro de 2020, "o acusado gastou este dinheiro em drogas, acompanhantes e namoradas, hotéis de luxo e propriedades para alugar, carros exóticos, roupas e outros itens de natureza pessoal, resumindo, tudo menos seus impostos", afirma o documento de 56 páginas.

"Estamos aqui hoje porque você foi acusado de uma ofensa criminal", disse o juiz do distrito Mark C. Scarsi a Hunter, que estava vestido com um terno e uma gravata azul, e compareceu com seu advogado.

"Não culpado", respondeu diante de um tribunal repleto de jornalistas quando questionado sobre sua declaração em relação às acusações. A audiência durou cerca de meia hora.

Biden responderá ao processo em liberdade, mas Scarsi destacou que ele não pode consumir drogas ou álcool, nem portar uma arma de fogo.

A próxima audiência está marcada para 27 de março, e a expectativa do juiz é que o julgamento comece em 20 de junho.

Caso seja condenado pelas nove acusações — três das quais são consideradas graves —, Hunter pode ficar preso por até 17 anos.

O empresário também é alvo de outra denúncia em Delaware por acusações federais de que havia infringido leis que impedem a posse de armas e o consumo de drogas.

No ano passado, um acordo que buscava negociar sua situação jurídica fracassou em meio a uma série de críticas que afirmavam que uma redução de sua pena evidenciava que o Departamento de Justiça o beneficiava por ser filho do presidente americano.

Seu advogado, Abbe Lowell, disse em dezembro que a situação na verdade era oposta.

"Baseado nos fatos e na lei, se o sobrenome de Hunter não fosse Biden, suas acusações em Delaware, e estas agora na Califórnia, não teriam sido apresentadas", declarou.

Hunter Biden se tornou uma espécie de alvo para os republicanos, que tentam atacar Joe antes das eleições presidenciais de novembro.

Em meio a constantes críticas, sem apresentar provas, iniciaram uma investigação que busca o impeachment do presidente por supostas acusações de que teria se beneficiado dos negócios internacionais de seu filho.

A exigência de visto para turistas do Canadá, da Austrália e dos Estados Unidos (EUA) entrarem no Brasil começa a valer a partir do dia 10 de janeiro. O prazo inicial para a cobrança do documento era 1º de outubro de 2023, mas foi prorrogado.  

Em nota, o Ministério do Turismo destacou que a medida leva em conta a data de chegada em solo brasileiro – com isso, turistas dos três países que chegarem ao Brasil até o dia 9 de janeiro estão isentos de apresentar o visto. 

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A exigência, válida anteriormente para turistas japoneses, australianos, canadenses e norte-americanos, foi prorrogada após um acordo Brasil-Japão, que estabeleceu a isenção recíproca de visto para estadas de curta duração (até 90 dias). 

De acordo com o ministério, também foi necessário fazer ajustes no processo licitatório para a contratação da empresa que vai oferecer o serviço de vistos eletrônicos para os três países. “O novo decreto será publicado tão logo sua tramitação seja finalizada”. 

“É importante ressaltar que o governo brasileiro renova o interesse de negociar, com as três nações, acordos de isenção de vistos baseados nos princípios da reciprocidade e da igualdade entre os Estados”, concluiu a pasta. 

Alphabet, a empresa matriz da gigante tecnológica Google, vai pagar 700 milhões de dólares (3,45 bilhões de reais na cotação atual) como parte de um acordo antimonopólio, cujos fundos serão destinados a consumidores americanos de sua loja de aplicativos Android e a governos estaduais.

O acordo divulgado pela Justiça na noite de segunda-feira (18) determina que a companhia altere políticas de seu aplicativo Google Play para reduzir obstáculos à concorrência de desenvolvedores menores. Isto inclui a possibilidade de que outros aplicativos negociem diretamente com seus usuários.

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"Google pagará 630 milhões de dólares a um fundo de conciliação que será distribuído em benefício dos consumidores, segundo um plano aprovado pela Corte, e 70 milhões de dólares, a um fundo que será utilizado pelos estados", disse a Alphabet em um comunicado após a divulgação do acordo.

Dezenas de estados americanos uniram forças em uma ação apresentada em julho de 2021 ante um tribunal federal da Califórnia. Nela, a Google foi acusada de abusar de seu poder e posição de mercado em relação ao acesso aos consumidores de aplicativos de dispositivos móveis com o sistema operacional Android.

A ação, apoiada por 37 procuradores, indicou que Google utilizava táticas desleais de concorrência para desencorajar a distribuição de aplicativos de Android em lojas distintas da Play Store, na qual seu sistema de pagamento cobra comissões pelas transações.

Em setembro, um acordo foi anunciado, mas seus detalhes não foram revelados.

Consumidores elegíveis de todos os Estados Unidos que compraram na Play Store entre 16 de agosto de 2016 e 30 de setembro de 2023 receberão um mínimo de 2 dólares (quase 10 reais), segundo o acordo judicial.

Desenvolvedores de aplicativos e jogos "poderão implementar uma opção de faturamento alternativo junto ao sistema da Google Play para seus usuários nos Estados Unidos", indicou a Alphabet.

Além dos que são parte na ação, os 50 estados, o Distrito de Columbia e dois territórios americanos se somaram ao acordo.

Na semana passada, a Epic Games, criadora do famoso jogo Fortnite, venceu uma ação contra o Google, quando um júri decidiu que a gigante exerce um poder de monopólio ilegal por meio de suas lojas de aplicativos para Android.

Alphabet disse na segunda-feira que está recorrendo da decisão e que o caso está longe de terminar.

Em 2020, a Epic processou Google e Apple, acusando-os de abusar do controle de suas lojas que vendem aplicativos e outros produtos digitais em dispositivos móveis.

Um bebê de quatro meses sobreviveu a um tornado na casa onde morava com os pais e foi encontrado vivo em uma árvore. O caso aconteceu no último sábado, em Tennessee, nos Estados Unidos.

Segundo os pais da criança, o fenômeno da natureza destruiu a casa, levando o berço com um filho dentro dele. O recém-nascido encontrado vivo em uma árvore caída nas proximidades, enquanto chovia torrencialmente.

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Lord (nome de batismo), seu irmão e seus pais, sofreram pequenos cortes e hematomas. Apesar do ocorrido, a família passa bem, segundo contou a mãe, Sidney Moore, em entrevista à um portal de notícias local.

Lord e seu irmão mais velho (Reprodução/Arquivo Pessoal)

"Eu estava realmente arrasada. Não conseguia respirar. Achei que ele tivesse morrido, tinha certeza que a gente não ia conseguir encontrá-lo. Mas ele está aqui conosco, pela graça de Deus", falou.

Após a quase tragédia, Caitlyn Moore, irmã de Sidney, lançou uma vaquinha nas redes sociais para ajudar a família a reconstruir sua casa.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu, nesta terça-feira (5), que se condene "energicamente e de forma inequívoca a violência sexual dos terroristas do Hamas", durante um evento de arrecadação de fundos para sua campanha, em Boston.

"Os terroristas do Hamas infligiram tanta dor e sofrimento às mulheres e meninas como puderam e depois as assassinaram. Isto é devastador", disse Biden.

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"Nas últimas semanas, sobreviventes e testemunhas dos ataques compartilharam relatos terríveis de uma crueldade inimaginável", incluindo estupros, mutilação e profanação de cadáveres, acrescentou.

"Pôr fim à violência contra as mulheres e às agressões sexuais é uma das batalhas da minha vida", reforçou, insistindo em que os Estados Unidos consideram o Hamas o único responsável pela retomada das hostilidades na Faixa de Gaza, após a trégua temporária que permitiu a libertação de reféns, embora nem todos tenham sido soltos.

"O mundo não pode simplesmente olhar para o outro lado diante do que está ocorrendo. Depende de todos nós... Condenar energicamente e de forma inequívoca a violência sexual dos terroristas do Hamas", disse o presidente durante o evento de campanha.

"Tratam-se de civis, a maioria com idades entre 20 e 39 anos, que o Hamas se recusou a libertar", o que não possibilitou a extensão da trégua, acrescentou o presidente democrata, de 81 anos.

"Estas mulheres e todos os que continuam retidos pelo Hamas precisam voltar às suas famílias de imediato. Não vamos parar até trazer cada um para casa e será um processo longo", reforçou Biden.

As declarações do presidente americano se seguem às denúncias de estupros e outros crimes cometidos durante os ataques lançados contra Israel por islamistas do Hamas, em 7 de outubro. Na segunda-feira, os milicianos palestinos qualificaram estas acusações de "mentiras infundadas" em um comunicado.

Em Israel, ativistas denunciaram o silêncio das organizações internacionais na defesa dos direitos das mulheres frente a estas acusações de crimes sexuais.

Além das 1.200 mortes, a maioria de civis, registradas por Israel durante a incursão do Hamas em outubro, a polícia investiga denúncias de violência sexual, entre estas estupros coletivos e mutilação de cadáveres.

Uma casa explodiu durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão, na noite dessa segunda-feira (4), em Arlington, condado no estado da Virgínia, no Sudeste dos Estados Unidos. Segundo a mídia local, alguns agentes ficaram feridos na ação, mas passam bem. A polícia foi enviada ao local por volta das 16h45, após receber uma denúncia sobre uma pessoa não identificada disparando uma arma de fogo entre 30 e 40 vezes, de acordo com informações do Departamento de Polícia do Condado de Arlington.  

A equipe de policiais tentou entrar em contato com o suspeito por telefone e por alto-falantes, mas ele não respondeu e permaneceu barricado dentro de casa. Depois de obter um mandado de busca, os policiais abordaram a casa pouco antes das 20h25 (quase 22h30, no horário de Brasília). O suspeito abriu fogo contra o efetivo e, pouco depois, a explosão aconteceu. 

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Não ficou claro se os tiros foram disparados de um sinalizador ou de uma arma diferente, mas a polícia acredita se tratar de uma arma de fogo. Apesar da casa ser um duplex, nenhum outro ocupante, além do suspeito, foi encontrado no local. Pelo risco na estrutura, a polícia não pôde entrar no local até que a casa passasse por avaliação da concessionária, o que prejudicou o atendimento e identificação do suspeito. 

Três policiais sofreram ferimentos leves, mas nenhum precisou de hospitalização. O Corpo de Bombeiros do Condado de Arlington disse que o incêndio estava sob controle por volta das 22h30, mas as equipes ainda precisaram cuidar de pequenos focos de fogo; o motivo da explosão não pôde ser identificado e será investigado. De acordo com relatos locais, a explosão foi vista e ouvida a três quilômetros de distância e muitos moradores especularam que havia acontecido um acidente aéreo. A Agência de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos (ATF) e o Departamento Federal de Investigação (FBI) investigam o caso. 

 

O presidente eleito da Argentina, o ultraliberal Javier Milei, deixa Washington nesta terça-feira (28) com uma impressão "muito boa" do governo do democrata Joe Biden, que lhe estendeu as mãos em um primeiro contato.

Em seu segundo dia nos Estados Unidos, Milei esteve na Casa Branca para se reunir com colaboradores de máxima confiança de Biden, que viajou para Atlanta para o funeral da ex-primeira-dama Rosalynn Carter.

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O presidente eleito, junto com uma equipe reduzida, falou de política e economia com Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional; com Juan González, principal conselheiro presidencial para a América Latina; com o subsecretário de Estado para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Brian Nichols, e com o embaixador dos Estados Unidos na Argentina, Marc Stanley.

Milei partilhou com eles "sua visão sobre a agenda geopolítica internacional alinhada com o Ocidente e a sua defesa dos valores da liberdade", informou seu gabinete em um comunicado publicado na rede social X.

A reunião lhe causou uma impressão "muito boa", declararam à AFP fontes de seu partido, A Liberdade Avança.

- Boa 'predisposição' -

No encontro, Sullivan "manifestou a predisposição" dos Estados Unidos "para colaborar na transição do novo governo argentino diante da desafiadora conjuntura política, econômica e social que atravessa o país", acrescenta o comunicado argentino, junto de uma foto da reunião.

Milei veio aos Estados Unidos para abrir portas e o fez pelas mãos do embaixador Stanley, com a esperança de converter o país norte-americano em seu principal aliado e marcar distâncias com China e Rússia.

Pelo que se sabe, não houve encontros com membros do Partido Republicano nem com o ex-presidente Donald Trump, com quem Milei se dá muito bem e é frequentemente comparado.

Da Casa Branca, ele seguiu para o aeroporto para retornar à Argentina, sem se reunir com a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Kristalina Georgieva, com quem falou na sexta-feira por videoconferência.

Seu chefe de gabinete Nicolás Posse e Luis Caputo, cotado como futuro ministro da Economia argentino, permaneceram nos Estados Unidos para uma reunião a nível técnico no FMI liderada pela número dois da organização, Gita Gopinath. Pela manhã, mantiveram outro encontro com funcionários do Departamento do Tesouro americano.

A Argentina tem que saldar um empréstimo de 44 bilhões de dólares (cerca de R$ 215 bilhões na cotação atual), em meio à sua pior crise econômica em duas décadas, com inflação de 140% e 40% da população na linha de pobreza.

- 'Desafios complexos' -

"Debateram os desafios complexos que o país enfrenta e os planos para fortalecer urgentemente a estabilidade e assentar as bases de um crescimento mais sustentável", informaram fontes oficiais do FMI.

"Ambas as equipes vão continuar colaborando estreitamente no futuro", acrescentaram.

A equipe de Milei espera que a relação com o Fundo seja fluida, dado que o presidente eleito, que se autodefine como anarcocapitalista, não teme os cortes de gastos.

O novo presidente propõe privatizar boa parte das empresas estatais e prometeu cortar os gastos públicos, inclusive mais do que pede o FMI.

Este "outsider" da política que tem aversão ao que chama de "casta", a elite política tradicional, advertiu que vai tomar decisões "difíceis" quando assumir o cargo em 10 de dezembro.

De cara, a Argentina precisa de recursos para fazer frente ao último vencimento do ano.

Para isso, teria que passar na análise regular do Fundo para averiguar se o país cumpre as condições fiscais e de reservas. O problema é que os números não batem. Milei também pode optar por repensar o programa de crédito com o FMI.

Enquanto isso, continuam as gestões para definir o governo que moldará a nova Argentina.

O último nome confirmado é o de Eduardo Rodríguez Chirillo, que estará à frente da pasta de Energia, segundo confirmou o gabinete de Milei em comunicado.

A primeira viagem aos Estados Unidos de Milei como presidente eleito começou nesta segunda-feira em Nova York, onde ele almoçou com o ex-presidente democrata Bill Clinton e com Christopher Dodd, assessor de Biden para América Latina.

Antes, usando um kipá, visitou o túmulo do rabino de Lubavitch na metrópole dos arranha-céus. Um ato simbólico para o político argentino, de religião católica, mas muito interessado no judaísmo e a estreitar laços com Israel.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) permanece vocal sobre o conflito no Oriente Médio e voltou a criticar as táticas israelenses de represália aos ataques do grupo fundamentalista e terrorista Hamas. Desde o ataque do dia 7 de outubro, as forças de Israel têm orquestrado ataques e invasões à Faixa de Gaza e Cisjordânia, em um plano de ação que já matou mais de 10 mil palestinos. 

Na primeira entrevista após a recepção dos 32 repatriados de Gaza, nessa segunda-feira (13), Lula reafirmou, nesta terça (14), o papel do Brasil na busca pela paz e condenou o veto dos Estados Unidos à proposta brasileira de uma solução de dois Estados - um israelense e outro palestino. "É inadmissível que a gente não tenha uma solução para isso", disse o líder brasileiro. 

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"Produzimos uma nota que teve o apoio de 12 países e apenas um país teve o direito de vetar, e vetou, que foi os Estados Unidos. Isso é incompreensível, a ONU precisa mudar. A ONU de 1945 não vale mais nada em 2023. Por isso a gente quer mudar a quantidade de pessoas e o funcionamento, e acabar com o direito de veto", acrescentou.

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Durante o "Conversa com o Presidente" desta terça-feira (14), o mandatário disse que as ações de Israel são de teor terrorista e que há um claro interesse em esvaziar Gaza para uma nova ocupação. Esse conceito é conhecido na literatura como "limpeza étnica". 

“Essa guerra, do jeito que vai, não tem fim. Eu estou percebendo que Israel quer ocupar a Faixa de Gaza e expulsar os palestinos de lá. Isso não é correto, não é justo. Nós temos que garantir a criação do Estado Palestino para que eles possam viver em paz com o povo judeu”, disse Lula. 

O presidente evidenciou, mais uma vez, que é preciso reconhecer o ataque terrorista do Hamas em outubro, mas insiste que a resposta contra civis palestinos é desproporcional.   

“É por isso que eu disse ontem que a atitude de Israel com relação às crianças e com relação às mulheres é uma atitude igual terrorismo. Não tem como dizer outra coisa. Se eu sei que tá cheio de criança naquele lugar, pode ter um monstro lá dentro, eu não posso matar as crianças porque eu quero matar o monstro. Eu tenho que matar o monstro sem matar as crianças”, enfatizou Lula. 

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O governo dos Estados Unidos está doando 400 câmeras corporais ao Brasil, por intermédio do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Segundo a assessoria de imprensa da embaixada norte-americana, o donativo permitirá às forças de segurança pública brasileiras avaliar vantagens e inconvenientes do uso dos aparelhos, enquanto o país desenvolve seu próprio projeto nacional de emprego da tecnologia.

Também será doado um programa de computador (software) de gerenciamento das imagens e vão treinar servidores públicos para operar o sistema. De acordo com a embaixada, somados, câmeras, software e treinamento equivalem a uma transferência de aproximadamente US$ 1 milhão - pouco mais de R$ 4,86 milhões pelo câmbio desta terça-feira (8).

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Em nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que as câmeras já estão em território brasileiro, na embaixada, que está concluindo os últimos procedimentos burocráticos necessários à entrega dos equipamentos. A expectativa é que os aparelhos sejam liberados até o fim de dezembro.

PRF

Duzentas câmeras serão repassadas à Polícia Rodoviária Federal (PRF), que as empregará no chamado Projeto Estratégico Bodycams (do inglês, câmeras corporais). Desde março deste ano, a corporação vem realizando estudos e testes para acoplar as filmadoras no uniforme de parte de seu efetivo.

Segundo a PRF, o uso das câmeras corporais “visa ampliar e manter a segurança dos agentes rodoviários e das pessoas abordadas nas rodovias federais, aprimorando as práticas da instituição na prestação de serviços à sociedade”.

Em maio deste ano, durante evento para apresentar o projeto estratégico a jornalistas, o diretor-geral da PRF, Antônio Fernando Souza Oliveira, citou o episódio em que o sergipano Genivaldo de Jesus Santos, 38 anos, foi morto por asfixia, por policiais rodoviários federais, em Umbaúba (SE), um ano antes.

“Os fatos ocorridos foram traumáticos para nós [PRF] e isso desencadeou algumas recomendações, sobre orientação do próprio ministro da Justiça Flávio Dino”, disse Antônio Fernando sobre a importância das bodycams. “Entendemos o projeto das câmeras corporais como um passo fundamental para o futuro da PRF, por ser esse um instrumento de garantia, não só para a sociedade, mas, na visão da PRF, fundamental para a segurança do próprio policial.”

Consultada pela Agência Brasil, a PRF informou que, por conta da doação norte-americana, a equipe responsável pelo projeto estratégico pretende antecipar algumas das atividades que já estavam previstas para ocorrer no âmbito da preparação do processo licitatório para a futura compra de câmeras.

Ainda segundo a PRF, a gestão e o armazenamento das imagens registradas pelas 200 câmeras doadas por intermédio do Escritório de Assuntos de Aplicação da Lei Internacional de Narcóticos, do Departamento de Estado norte-americano, ficarão sob responsabilidade da empresa fornecedora dos equipamentos – cujo nome não foi confirmado. Já a instalação das câmeras nos uniformes, a coleta e o recebimento das imagens serão de responsabilidade da própria PRF.

Bahia

O Ministério da Justiça e Segurança Pública repassará as 200 câmeras ao governo da Bahia, que também já vinha tocando seu próprio projeto de compra e instalação de câmaras corporais nos uniformes de parte dos policiais estaduais.

Segundo a pasta, a entrega de parte da doação norte-americana à Secretaria da Segurança Pública da Bahia se dará por meio de um acordo de cooperação técnica, no âmbito do Projeto Nacional de Câmeras Corporais.

A elaboração do projeto nacional está a cargo das secretarias de Segurança Pública (Senasp) e de Acesso à Justiça (Saju), do ministério, com a participação de representantes da PRF. A proposta do ministério é estabelecer diretrizes a serem observadas pelas forças policiais e unidades federativas que adotarem a tecnologia.

Em junho de 2020, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), estabeleceu limites à realização de operações policiais em favelas da cidade do Rio de Janeiro durante a pandemia de covid-19. Um ano e meio depois, o plenário da Corte definiu o alcance da decisão liminar de Fachin, determinando, entre outros pontos, que o governo fluminense deveria apresentar, em até 90 dias, um plano visando à redução da letalidade policial e o controle de violações de direitos humanos.

Entre as medidas a serem adotadas estava a instalação, em até 180 dias, de equipamentos de GPS e de sistemas de gravação de áudio e vídeo nas viaturas policiais e nas fardas dos agentes de segurança – iniciativa que, já na época, estava prevista em lei estadual.

No mês passado, quando a morte de um miliciano desencadeou uma série de ataques a veículos, durante os quais criminosos incendiaram ao menos 35 ônibus na zona oeste do Rio de Janeiro, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, declarou que estender a decisão do STF para as forças de segurança federais era um “obstáculo momentaneamente intransponível” à atuação da Polícia Federal, da Força Nacional e da Força Nacional nas comunidades cariocas.

“Este é um obstáculo intransponível que não temos como atender, neste momento”, disse Dino, ao explicar que, devido a um questionamento do Ministério Público Federal (MPF), foi forçado a rever o plano de enviar a Força Nacional para auxiliar as polícias estaduais em ações nas favelas, concentrando a ação do efetivo da tropa federativa em áreas de competência federal.

Segundo Dino, a atual gestão federal está decidida a adquirir câmeras de vídeo para os uniformes policiais e só não o fez ainda porque o ministério ainda não decidiu qual tecnologia empregar. “Vamos comprá-las. Isso já está decidido desde o começo do governo. Uma missão nossa já foi à China, outra foi aos Estados Unidos, e fizemos, há cerca de 15 dias, uma reunião com todas as policias estaduais discutindo câmeras”, destacou Dino.

“Mas colocar a câmara no uniforme é a parte fácil do processo. O fundamental é saber para onde estas imagens irão? Quais os critérios normativos? Quais os critérios de análise destas imagens e, sobretudo, quais as ferramentas analisarão estas imagens? Porque, evidentemente, não há um policial [apto a analisar as imagens] para cada policial que está na rua. E se as filmagens ficarem em um arquivo morto, isso não fará nenhum sentido”, ponderou o ministro, defendendo uma resolução que se aplique a todo o país.

“Não posso pensar só nas nossas forças. Tenho que pensar de modo coordenado segundo a lógica do Sistema Único de Segurança Pública. As polícias estaduais estão sob autoridade dos governadores. Não adianta eu baixar uma portaria e dizer que a polícia estadual do Amapá vai cumpri-la, porque isso vai depender da decisão do governador”, finalizou o ministro.

Patrícia Ramos compartilhou em suas redes sociais que está em Nova York, nos Estados Unidos. Entretanto, o que era para ser uma viagem tranquila, acabou se tornando assustadora. A influenciadora relatou em seu Stories uma situação tensa que passou com um homem desconhecido em uma loja de roupas.

"Eu peguei um casaco em cima de uma mesa. Nisso, se aproximou um homem dizendo que o casaco era dele. Pedi desculpas e me afastei. Passados uns cinco minutos, ele veio atrás de mim dizendo que iria me dar o casaco de presente. Eu disse que não precisava, mas ele fez questão. Não vi maldade na hora", começou ela.

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"Eu continuei andando na loja, e ele voltou, veio atrás de mim colocando as mãos nos bolsos do casaco, dizendo que estava checando se não tinha esquecido algo. Só que achei muito estranho porque ele veio com o celular na minha cara, como se tivesse me filmando. Na hora eu saquei a maldade e devolvi o casaco para um segurança", disse.

"O cara ficou me rondando a loja inteira, o tempo inteiro. E me filmando. Ele estava nitidamente me filmando, tirando foto. Ele tirava foto, dava zoom e mandava para alguém. Eu fiquei muito nervosa. Foi muito assustador, eu fiquei chocada. Eu me senti completamente invadida e incapaz de fazer qualquer coisa", finalizou Patrícia.

Para concluir seu relato, a apresentadora aproveitou para alertar seus seguidores.

"É mais do que óbvio que a gente não pode aceitar nada de estranhos na rua. Só que a situação foi acontecendo e eu nem percebi", observou.

Desaparecido no mar há quase duas semanas, um pescador foi encontrado à deriva, no Canadá, um dia após o fim das buscas pela Guarda Costeira dos Estados Unidos. O resgate ocorreu na quinta (26), a cerca de 110 quilômetros da costa norte-americana.

O barco Evening deixou Grays Harbor, em Washington, no dia 12 de outubro. Segundo um canal de televisão de Seattle, o pescador foi encontrado por dois homens identificados como Ryan e John. "Eu vi o que parecia ser um bote salva-vidas à distância, corri para dentro e peguei um binóculo. Então ele disparou um sinalizador", recordou Ryan.

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"Nós o puxamos para bordo. Ele me deu um grande abraço e foi emocionante", continuou John. Ele informou que apenas um tripulante foi encontrado no bote e que o pescador disse ter pescado um salmão depois da comida acabar.

"Preparamos um café da manhã para ele. Ele bebeu três garrafas de água [...] ele estava com muita fome, coitado", contou. As autoridades não relevaram a identidade do pescador e informaram que ele está em condições estáveis.

O náufrago foi levado ao continente pela Guarda Costeira canadense e outra agência de resgate. Ele deu entrada em um hospital antes de retornar aos EUA.

O outro marinheiro que estava no Evening não foi encontrado. A Guarda Costeira ressaltou que o incidente continua sob investigação.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, agradeceu nesta sexta-feira (20) o "discurso poderoso" de seu homólogo dos Estados Unidos, Joe Biden, que pediu na quinta-feira mais apoio de Washington ao país que está em guerra contra a Rússia.

"O investimento dos Estados Unidos na defesa da Ucrânia garantirá a segurança da Europa e do mundo a longo prazo", afirmou Zelensky na rede social X.

Biden anunciou na quinta-feira em um discurso que solicitará ao Congresso que aprove em caráter de urgência financiamentos de ajuda para Israel e Ucrânia.

Os Estados Unidos estarão mais seguros "por gerações" se ajudarem esses dois países em guerra, insistiu o presidente americano em uma mensagem incomum à nação direto do Salão Oval da Casa Branca

"O Hamas e Putin representam ameaças diferentes, mas têm algo em comum: ambos querem aniquilar completamente uma democracia vizinha", acrescentou.

Desde que a Rússia iniciou a invasão em fevereiro de 2022, Estados Unidos e União Europeia são apoios cruciais para a Ucrânia e forneceram bilhões de dólares em ajuda financeira e militar.

No campo de batalha, o Exército ucraniano afirmou nesta sexta-feira que impediu um novo ataque russo na cidade industrial de Avdiivka, leste do país, que as tropas de Moscou tentam controlar há vários dias.

"O inimigo reiterou os ataques e não abandona as tentativas de cercar Avdiivka", anunciou o Estado-Maior ucraniano no Facebook.

"Nossos soldados resistem de maneira firme nas linhas de defesa", acrescentou. O Exército russo perdeu quase 900 homens e 150 veículos blindados foram destruídos na região nas últimas 24 horas, acrescentou o Estado-Maior ucraniano.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fará uma visita em solidariedade a Israel na quarta-feira (18), depois dos ataques do grupo islamista palestino Hamas, anunciou o secretário de Estado americano, Antony Blinken.

"O presidente vai reafirmar a solidariedade dos Estados Unidos com Israel e nossos compromisso inabalável com sua segurança", disse Blinken na manhã de terça-feira (noite de segunda, 16, no Brasil) em Tel Aviv.

Blinken falou depois de uma reunião noturna de cerca de oito horas no Ministério da Defesa com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na segunda visita do alto diplomata desde o ataque do Hamas em 7 de outubro.

"Israel tem o direito, e de fato, o dever de defender sua população dos ataques do Hamas e outros terroristas e de prevenir futuros ataques", indicou Blinken.

Biden "vai ouvir de Israel o que o país necessita para defender seu povo enquanto trabalhamos com o Congresso para satisfazer essas necessidades", disse.

Além disso, Blinken disse que os Estados Unidos deram garantias a Israel de que vão trabalhar para trazer assistência estrangeira à empobrecida e bloqueada Faixa de Gaza, enquanto Israel se prepara para uma ofensiva terrestre contra o território sob controle do Hamas.

Biden espera "ouvir de Israel como serão desenvolvidas as operações de forma que minimize as baixas civis e permita a chegada de assistência humanitária aos civis em Gaza, e que o Hamas não se beneficie", expressou Blinken.

"A pedido nosso, Estados Unidos e Israel acordaram formular um plano que permitirá que a ajuda humanitária de países doadores e organizações multilaterais chegue aos civis em Gaza", disse Blinken.

O secretário acrescentou que os dois lados discutem a "possibilidade de criar áreas para ajudar a manter os civis fora de perigo".

Israel e o Hamas voltaram a cruzar fogo nesta quinta-feira (12), antes da chegada a Tel Aviv do secretário de Estado americano, Antony Blinken, que viajou em uma demonstração de solidariedade para com seu aliado israelense, no sexto dia de uma guerra que já deixou milhares de mortos.

Israel jurou "destruir" o movimento islâmico palestino Hamas, responsável pela sangrenta ofensiva de 7 de outubro, e que mantém como reféns 150 pessoas capturadas em solo israelense.

Segundo o porta-voz militar Richard Hecht, o Exército israelense contempla uma "manobra terrestre" na Faixa de Gaza, embora "ainda não se tenha tomado uma decisão" a esse respeito.

O mesmo porta-voz acrescentou que o objetivo neste momento é a "liquidação" do governo do Hamas em Gaza.

Durante a noite, Israel continuou bombardeando a Faixa, governada pelo Hamas, que respondeu disparando foguetes em direção ao sul do Estado Judeu.

O Hamas também disparou foguetes contra Tel Aviv, em represália aos bombardeios israelenses "contra civis" em dois campos de refugiados no enclave palestino. Correspondentes da AFP presenciaram dezenas de bombardeios aéreos contra o campo de Al-Shati e no norte de Gaza.

Tudo isto aconteceu horas antes da chegada de Blinken, que, após aterrissar em Tel Aviv, reiterou o apoio dos Estados Unidos a Israel.

"Apoiamos vocês hoje, amanhã e iremos apoiá-los todos os dias que vierem", disse ele.

"Estamos determinados a garantir que Israel obtenha tudo de que precisa para se defender", acrescentou Blinken, antes de uma reunião com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Os Estados Unidos já forneceram ajuda militar adicional a Israel desde o início do novo conflito. O presidente Joe Biden pediu a Israel, no entanto, que respeite "as leis da guerra" em Gaza.

Na sexta-feira, Blinken se reunirá com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, e com o rei da Jordânia, Abdullah II, na Jordânia.

De acordo com autoridades de ambos os lados, a guerra matou mais de 1.200 israelenses e pelo menos 1.354 palestinos em Gaza. O Exército também afirmou ter encontrado cerca de 1.500 corpos de combatentes do Hamas em solo israelense.

- Pilha de cadáveres -

Por terra, mar e ar, centenas de militantes do Hamas atacaram Israel no sábado, coincidindo com o fim do feriado judaico de Sucot.

Nas ruas, nas casas, nas cooperativas agrícolas e até em um festival de música, realizaram massacres de civis sem precedentes desde a criação do Estado de Israel em 1948.

Israel adotou represálias, declarando uma guerra para destruir as capacidades do Hamas. Está atingindo implacavelmente a Faixa de Gaza e mobilizando dezenas de milhares de soldados em torno do território palestino e em sua fronteira norte com o Líbano, onde houve trocas de disparos com o movimento pró-Irã Hezbollah, aliado do Hamas.

"Cada membro do Hamas é um homem morto", declarou Netanyahu, na quarta-feira (11), em seu primeiro discurso formal com seu governo de emergência, formado ontem mesmo com Benny Gantz, um dos principais líderes da oposição.

Na entrada do kibutz Beeri, a menos de cinco quilômetros da fronteira com Gaza, uma pilha de corpos testemunhava a magnitude do ataque.

"A devastação aqui é absolutamente imensa", disse Doron Spielman, porta-voz do Exército israelense.

"E isso sem contar os muitos membros do kibutz que foram feitos reféns e levados para Gaza", acrescentou outro porta-voz do Exército, Jonathan Cornicus.

- Gaza sem serviços básicos -

O ministro israelense da Energia, Israel Katz, afirmou nesta quinta-feira que seu país não autorizará a entrada de bens essenciais, nem de ajuda humanitária em Gaza enquanto o Hamas liberte os reféns.

"Ajuda humanitária a Gaza? Não vão poder ligar nenhum interruptor elétrico, não vão poder abrir nenhuma torneira, nenhum caminhão de combustível vai entrar, enquant os israelenses sequestrados não tiverem voltado para suas casas", frisou.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) disse estar em contato com o Hamas para tentar libertar os reféns.

O diretor regional do CICV para o Oriente Médio, Fabrizio Carboni, apelou a ambos os lados para "reduzirem o sofrimento dos civis".

"Sem eletricidade, os hospitais correm o risco de se transformarem em necrotérios", alertou, expressando especial preocupação com os recém-nascidos colocados em incubadoras e com os pacientes que precisam de oxigênio, ou fazem tratamento de diálise.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, também iniciou negociações com o movimento islâmico, segundo uma fonte oficial.

Dezenas de especialistas independentes da ONU condenaram os "crimes horríveis" cometidos pelo Hamas e a resposta de Israel em Gaza, que chamaram de "punição coletiva".

Os bombardeios israelenses atingiram dezenas de edifícios, fábricas, mesquitas e lojas, segundo o Hamas.

"É como um apocalipse, ou um terremoto", disse, em meio a escombros, um morador do distrito de Karama, em Gaza, que não quis dar seu nome. Os israelenses "vieram para destruir, como se essas pessoas não merecessem viver. Como se não fossem humanos", acrescentou.

O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, convocou os países islâmicos e árabes a cooperarem para enfrentar Israel.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, acusou o Irã, por sua vez, de ter permitido o ataque contra o Estado judeu, por seu apoio ao Hamas nos últimos anos. Scholz disse ainda que usará "todos os seus contatos" para evitar uma escalada na região e libertar os prisioneiros.

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