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Os ucranianos celebrarão o Natal no dia 25 de dezembro este ano, e não em 7 de janeiro com faziam até agora, seguindo a Igreja ortodoxa russa, o que representa uma ruptura de tradição em plena guerra com Moscou.

A nova data da celebração cristã, determinada em função do calendário gregoriano, foi aprovada pelo Parlamento da Ucrânia em julho e promulgada pelo presidente Volodimir Zelensky.

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"O povo ucraniano está submetido há muito tempos à ideologia russa em quase todas as esferas da vida, inclusive com o calendário juliano e na celebração do Natal em 7 de janeiro", afirmava o projeto de lei.

"Mas o poderoso renascimento da nação ucraniana prossegue e a luta contínua e frutífera por sua identidade contribui para a tomada de consciência e o desejo de cada ucraniano de viver sua própria vida, com suas próprias tradições, suas próprias festas", acrescenta o texto.

A decisão de alterar a data em que os cristãos celebram o nascimento de Cristo é parte de uma série de medidas adotadas pela Ucrânia para estabelecer uma distância da Rússia, como as mudanças de nomes de ruas e cidades que recordam a época em que o país, independente desde 1991, era parte da União Soviética.

A lei ilustra ainda a distância entre as igrejas da Ucrânia e da Rússia, que aumentou desde a invasão russa, em fevereiro de 2022.

A Igreja Ortodoxa ucraniana, que passou vários séculos sob tutela religiosa da Rússia, se declarou independente do Patriarcado de Moscou e "autocéfala" em 2019.

A parte da Igreja ucraniana que havia permanecido fiel a Moscou também declarou sua independência em maio de 2022, em repúdio ao apoio à invasão prestado pelo patriarca russo Kirill.

Algumas igrejas ortodoxas, incluindo as da Rússia e da Sérvia, continuam utilizado o calendário juliano para suas celebrações religiosas e não o gregoriano, concebido no fim do século XVI.

Durante o regime soviético (1917-1991), que defendia o ateísmo, as celebrações de Natal sofreram uma fusão com as festas de Ano Novo, que continuam sendo a principal celebração para muitas famílias ucranianas.

Na ceia de Natal, os ucranianos têm o costume de servir 12 pratos sem carne, incluindo a "kutiá", elaborada com grãos de trigo, mel, uva-passa, nozes moídas e sementes de papoula.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, agradeceu nesta sexta-feira (20) o "discurso poderoso" de seu homólogo dos Estados Unidos, Joe Biden, que pediu na quinta-feira mais apoio de Washington ao país que está em guerra contra a Rússia.

"O investimento dos Estados Unidos na defesa da Ucrânia garantirá a segurança da Europa e do mundo a longo prazo", afirmou Zelensky na rede social X.

Biden anunciou na quinta-feira em um discurso que solicitará ao Congresso que aprove em caráter de urgência financiamentos de ajuda para Israel e Ucrânia.

Os Estados Unidos estarão mais seguros "por gerações" se ajudarem esses dois países em guerra, insistiu o presidente americano em uma mensagem incomum à nação direto do Salão Oval da Casa Branca

"O Hamas e Putin representam ameaças diferentes, mas têm algo em comum: ambos querem aniquilar completamente uma democracia vizinha", acrescentou.

Desde que a Rússia iniciou a invasão em fevereiro de 2022, Estados Unidos e União Europeia são apoios cruciais para a Ucrânia e forneceram bilhões de dólares em ajuda financeira e militar.

No campo de batalha, o Exército ucraniano afirmou nesta sexta-feira que impediu um novo ataque russo na cidade industrial de Avdiivka, leste do país, que as tropas de Moscou tentam controlar há vários dias.

"O inimigo reiterou os ataques e não abandona as tentativas de cercar Avdiivka", anunciou o Estado-Maior ucraniano no Facebook.

"Nossos soldados resistem de maneira firme nas linhas de defesa", acrescentou. O Exército russo perdeu quase 900 homens e 150 veículos blindados foram destruídos na região nas últimas 24 horas, acrescentou o Estado-Maior ucraniano.

O presidente Joe Biden prometeu, nesta quinta-feira (21), apoio e armas de defesa aérea ao seu contraparte ucraniano, Volodimir Zelensky, que advertiu que a Rússia poderia derrotar Kiev se os congressistas republicanos reduzirem a ajuda militar dos Estados Unidos.

Joe e Jill Biden receberam Zelensky, vestido com seu uniforme caqui habitual, e sua esposa, Olena Zelenska, com tapete vermelho, bandeiras e militares vestidos de gala.

Em seguida, os dois chefes de Estado se dirigiram ao Salão Oval, onde o presidente americano prometeu "garantir que o mundo apoie" a Ucrânia.

Zelensky destacou que começou o dia no Congresso para agradecer pelo apoio e que "aprecia muito a ajuda dos Estados Unidos na luta contra o terrorismo russo".

A Casa Branca é um terreno amigável para Zelensky, embora até o momento não tenha conseguido convencer Biden a fornecer os mísseis táticos de longo alcance que ele deseja.

Consciente do risco de cansaço de seu grande aliado americano, o presidente ucraniano alertou de manhã os congressistas republicanos que seu país corria o risco de perder a guerra se deixasse de receber ajuda.

- "O mundo livre" -

"Eu enfatizei que uma vitória da Ucrânia garantiria que nem a Rússia, nem qualquer outra ditadura, possam desestabilizar novamente o mundo livre", declarou Zelensky na rede social X, antigo Twitter.

"Para ganhar, temos que permanecer unidos", insistiu.

Porém, no Capitólio, o líder ucraniano enfrentou um campo de batalha político e financeiro.

De um lado, está o Senado, de maioria democrata e onde a oposição republicana é favorável à ajuda à Ucrânia.

Do outro, está a Câmara dos Representantes, dominada pelos republicanos e onde diversos congressistas conservadores pedem o fim imediato da ajuda a Kiev.

Tudo isso em meio ao perigo, a partir de 1º de outubro, de uma paralisação orçamentária se ambos os partidos não chegarem a um acordo sobre uma lei de orçamento provisória.

- "Prestar contas" -

O clima mudou em Washington desde que Zelensky visitou a capital americana pela primeira vez em 21 de dezembro de 2022, meses após as tropas terem invadido a Ucrânia em fevereiro do mesmo ano.

O líder republicano da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, não esteve ao lado do presidente ucraniano em sua chegada ao Capitólio nesta quinta. Tarefa que coube ao lider dos conservadores no Senado, Mitch McConnell.

McCarthy, pressionado pela ala mais à direita de seu partido, disse na terça-feira que pedirá que Zelensky preste contas do dinheiro que já foi gasto.

Mas o republicano Michael McCaul, presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara de Representantes, acredita que uma nova ajuda de 24 bilhões de dólares (R$ 118 bilhões) será aprovada.

A Casa Branca afirmou que Biden anunciará um novo pacote de ajuda ao país que inclui "defesa aérea para ajudar a Ucrânia". Mas "decidiu que não entregará (mísseis) ATACMS, ainda que não tenha exluído tal possibilidade no futuro".

O presidente americano também está consciente do perigo de perder impulso, à medida que a guerra vá se prolongando e vá se aproximando o inverno.

À noite, um ataque russo "massivo" contra várias localidades da Ucrânia causou três mortos em Kherson, no sul, e sete feridos em Kiev, a capital.

"A Rússia acredita que o mundo se cansará e vão deixar que ela destrua a Ucrânia sem consequências", advertiu Biden, que aspira a um segundo mandato em 2024,na ONU na terça-feira.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, visita Washington nesta quinta-feira (21) pela segunda vez desde o início do conflito em seu país, com o objetivo de obter a promessa de que o governo dos Estados Unidos continuará apoiando a contraofensiva ante da invasão russa, apesar das resistências no Congresso a autorizar mais ajuda.

Zelensky será recebido na Casa Branca pelo presidente Joe Biden e visitará o Pentágono, como parte de sua campanha para obter mais armamento, incluindo mísseis de maior alcance.

O principal obstáculo à ajuda está no Congresso americano, onde o presidente ucraniano terá que convencer os líderes democratas e republicanos e, assim, evitar que um novo pacote de ajuda a Kiev seja bloqueado por disputas internas.

A Casa Branca afirmou que a visita de Zelensky acontece em um "momento realmente crítico" para a lenta contraofensiva iniciada pelas tropas ucranianas contra a Rússia em junho.

O presidente ucraniano chega a Washington depois de participar na Assembleia Geral da ONU em Nova York, onde pediu a manutenção do apoio a seu país ante o que chamou de "genocídio".

Zelensky deseja que Washington siga apoiando a luta ucraniana contra a invasão russa, iniciada em fevereiro de 2022. O governo americano já enviou mais de 43 bilhões de dólares em assistência a Kiev.

"Estamos na linha de chegada", afirmou Zelensky em entrevista à CNN na terça-feira.

Nesta quinta-feira, várias cidades ucranianas foram alvos de ataques russos. Alguns mísseis atingiram Lviv, no oeste do país, longe da frente de batalha, e as autoridades relataram três mortes em Kherson, no sul, e vários feridos na capital, Kiev.

"Meses difíceis nos aguardam: a Rússia atacará as instalações de energia e de importância crítica do país", afirmou o vice-chefe do gabinete presidencial ucraniano, Oleksii Kuleba,

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, foi ovacionado nesta terça-feira (11) durante um comício em uma praça no centro de Vilnius, a capital da Lituânia, no qual defendeu a adesão de seu país à Otan em meio à guerra com a Rússia.

"Glória à Ucrânia!", gritou Zelensky, vestido com roupa militar, em um palco montado na praça, onde foi recebido como um astro do rock e aclamado longamente, em um evento paralelo à cúpula da Otan na capital lituana.

Zelensky deu um abraço efusivo no presidente anfitrião, Gitanas Nauseda, e foi novamente ovacionado. Lituânia e Ucrânia fizeram parte da União Soviética até a queda da Cortina de Ferro, no início dos anos 1990.

Sob um sol radiante, Zelensky apareceu junto com sua esposa e discursou em ucraniano para a multidão, que levantou um mar de telefones celulares para eternizar a ocasião.

"A Otan vai dar segurança para a Ucrânia. A Ucrânia vai tornar a Otan mais forte", disse Zelensky, em um discurso de aproximadamente dez minutos, com tradução simultânea para o lituano.

Uma bandeira da Ucrânia, levada a Vilnius por um revezamento de corredores desde Bakhmut, palco da mais dura batalha com o Exército russo no leste da Ucrânia, foi hasteada até o alto de um mastro.

O evento, chamado "Hastear a bandeira da Ucrânia na Otan", continuou com apresentações musicais de vários artistas locais.

- Reviver a experiência -

Entusiasmada com a ideia de ver Zelensky, Gabija Malikonyte, de 26 anos, chegou acompanhada de sua mãe, Daiva, duas horas antes do início do ato, para ficar o mais perto possível do palco.

As duas mulheres, como todos na multidão, não escondiam seu apoio à Ucrânia e faziam paralelos com os 50 anos da "ocupação" soviética de seu próprio país.

"Lutamos por nossa independência em 1990, é como se estivéssemos vivendo tudo de novo", disse Daiva Malikonien. "Se não fossemos parte da Otan, a Rússia nos atacaria, porque somos um país pequeno", acrescentou.

"A Otan nos apoia e queremos que nossos irmãos e irmãs [ucranianos] também façam parte dela", afirmou outro presente, Alexandres Ilyin, enrolado com uma bandeira ucraniana.

Ieva Vasiliauskaite escondia as lágrimas atrás de seus óculos de sol.

"Espero que os ucranianos obtenham um veredicto positivo da Otan, porque eles merecem, estão em guerra não apenas pela Ucrânia, mas pelos países bálticos e por toda a Europa", declarou.

"Espero que tenham a oportunidade de pelo menos dar um ou dois passos para a adesão" à aliança militar, acrescentou.

O motim do grupo Wagner é uma demonstração da "fragilidade" da Rússia, mergulhada "no mal e no caos", avaliou, neste sábado (24), o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, segundo quem seu país está protegendo o resto da Europa.

"A fragilidade da Rússia é evidente. Uma fragilidade total", destacou Zelensky nas redes sociais, avaliando ser "evidente que a Ucrânia é capaz de proteger a Europa de uma contaminação do mal e do caos russos".

Em sua primeira reação aos acontecimentos na Rússia, o presidente ucraniano afirmou que "quem escolhe o caminho do mal, se autodestrói", referindo-se ao seu contraparte russo, Vladimir Putin.

Segundo Zelensky, Putin "envia centenas de milhares de pessoas para a guerra para finalmente se entrincheirar na região de Moscou e se proteger dos que ele mesmo armou".

"A Rússia tem usado a propaganda para ocultar sua fragilidade e a estupidez de seu governo. E, agora, o caos é tal que ninguém pode mentir a esse respeito", acrescentou.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, pediu para discursar durante a assembleia geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), que será realizada no fim do mês, em Washington, informou a organização nesta quarta-feira (7).

Em fevereiro, quando se completou um ano da invasão russa à Ucrânia, Zelensky se propôs a aumentar a lista de países que o apoiam contra Moscou, principalmente na África e América Latina. Quase todos os países latinos condenaram a operação russa, mas relutam a sancionar Moscou ou a enviar armas à Ucrânia.

Neste contexto, a missão observadora permanente da Ucrânia solicitou por escrito à OEA que Zelensky "possa fazer um discurso ao vivo e apresentar um gravado durante o diálogo com os observadores permanentes na quarta sessão plenária da Assembleia Geral", como fez no ano passado.

"O pedido de um país observador não está sujeito a aprovação", explicaram fontes da OEA, o que equivale a que ele faria uso da palavra durante a 53ª assembleia geral, instância política máxima da organização.

Zelenski falaria às Américas em um momento de tensão com o Brasil. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deseja que o país atue como mediador entre outros países "neutros", incluindo a China, em uma eventual negociação para pôr fim à guerra, mas diz ter ficado incomodado por não ter se reunido com Zelensky paralelamente à reunião de cúpula do G7 no Japão, no mês passado, supostamente por problemas de agenda.

A Rússia deixou de ser um observador permanente da OEA no ano passado, após ser suspensa pela organização até que "cesse suas hostilidades e retire as tropas" da Ucrânia.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, na manhã desta segunda-feira (noite de domingo, 21, no Brasil), em Hiroshima, ter ficado "chateado" por não ter se encontrado com o contraparte ucraniano, Volodimir Zelensky, durante a cúpula do G7.

Lula disse, ainda, que tanto o ucraniano quanto o presidente russo, Vladimir Putin, não parecem ter interesse em negociar a paz.

Zelensky, que fez uma visita surpresa à cúpula dos sete países mais industrializados do planeta, em Hiroshima, no Japão, em busca de apoio diplomático e mais ajuda militar, tentou um encontro bilateral com Lula.

O brasileiro foi alvo de críticas, segundo as quais teria sido brando com a Rússia sobre a invasão ao país vizinho.

Tanto Lula quanto Zelensky atribuíram a conflitos de agenda o fato de não terem se encontrado, o que o presidente ucraniano disse, em tom de brincadeira, que poderia ter "decepcionado" o colega brasileiro.

"Eu não fiquei decepcionado. Fiquei chateado porque eu gostaria de encontrar com ele e discutir o assunto", disse Lula durante uma coletiva de imprensa no Japão, antes da viagem de volta ao Brasil.

Mas "o Zelensky é maior de idade. Ele sabe o que faz", acrescentou.

Lula explicou que sua equipe havia agendado um encontro com Zelensky na tarde deste domingo, mas o ucraniano teria se atrasado e a sua agenda estava cheia depois disso.

Zelensky obteve um apoio expressivo dos líderes do G7 durante a cúpula, incluindo um suporte americano para ter acesso aos caças F-16, há muito reivindicado.

Ele também se encontrou com líderes de países fora do G7, convidados ao evento, e obteve o compromisso do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, de fazer "tudo o que pudermos" para solucionar o conflito.

"Eu entendo a sua dor", disse Modi a Zelensky.

O presidente ucraniano não teve a mesma demonstração de apoio do Brasil.

Lula disse que não via sentido em se reunir com Zelensky agora e afirmou que nem ele, nem o presidente russo, Vladimir Putin, pareciam querer a paz.

"For enquanto, eles não querem conversar. Os dois estão convencidos de que vão ganhar a guerra", acrescentou.

Lula tem promovido a realização de diálogos de paz entre Rússia e Ucrânia e propôs que o Brasil atue como mediador, juntamente com outros países "neutros", como China e Indonésia.

Mas, no mês passado, o brasileiro foi alvo de críticas ao acusar os Estados Unidos de "encorajar" a guerra.

Depois que a Casa Branca o acusou de "reproduzir a propaganda russa e chinesa", Lula baixou o tom e afirmou que o Brasil condena a invasão russa da Ucrânia.

Mas voltou a fazer críticas nesta segunda.

Segundo ele, o presidente americano, Joe Biden, está enviando a mensagem de que "Putin tem que se render e pagar por tudo que ele estragou".

"Esse discurso não ajuda", afirmou Lula.

O presidente ucraniano Volodimir Zelensky obteve neste domingo(21) novas promessas de entrega de material militar, além do apoio diplomático "inabalável" dos países do G7 em Hiroshima, Japão, após a Rússia declarar a tomada da cidade Bakhmut (leste da Ucrânia).

O chefe de Estado ucraniano chegou no sábado a Hiroshima, onde se reuniu com os líderes das sete economias mais industrializadas (EUA, Canadá, Japão, França, Reino Unido, Alemanha e Itália), além de outros convidados à cúpula.

Pouco depois de sua chegada, Moscou assegurou que capturou Bakhmut, cenário da mais longa e sangrenta batalha desde que começou a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022.

"Devem entender que não há mais nada", respondeu Zelensky de forma ambivalente a uma pergunta sobre Bakhmut na cúpula, parecendo confirmar a captura da cidade.

Porém, o porta-voz do presidente, Sergei Nykyforov, se apressou em esclarecer suas palavras. "O presidente desmentiu a tomada de Bakhmut", indicou no Facebook.

Neste domingo, o presidente americano Joe Biden prometeu a Kiev novos envios de armas, munições e veículos blindados no valor de cerca 375 milhões de dólares, dias depois de permitir a seus aliados o fornecimento de aviões de combate F-16 à Ucrânia.

A presença de Zelensky em Hiroshima, cidade vítima em 1945 do primeiro bombardeio atômico da história e agora símbolo mundial da paz, colocou a invasão russa da Ucrânia no centro dos debates do G7, ofuscando outros temas como as relações dos aliados com a China.

Com este convite "demonstramos a solidariedade inabalável do G7 com a Ucrânia", afirmou o primeiro-ministro japonês Fumio Kishida, anfitrião da cúpula.

Zelensky visitou no domingo o monumento em homenagem às vítimas da bomba atômica em Hiroshima, onde deixou flores.

- Depois de Modi,Lula? -

No sábado, Zelensky se reuniu com os aliados europeus do G7 e com os líderes japonês e canadense, mas também com o primeiro- ministro indiano Narendra Modi, que assegurou que a Índia fará "tudo o possível" para resolver o conflito.

O dirigente ucraniano celebrou esta promessa, buscando reunir apoios para um plano de paz de dez pontos, concentrado em exigir à Rússia sua retirada do território ucraniano.

"A Rússia debe retirar suas tropas", repetiu neste domingo o chanceler alemão Olaf Scholz, advertindo que a "Rússia não deve apostar que, se resistir o suficiente, o apoio à Ucrânia terminará enfraquecendo".

Zelensky também pode se reunir neste domingo com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, que nos mês passado declarou que os Estados Unidos deviam deixar "de incentivar a guerra" na Ucrânia.

A presença do presidente ucraniano no G7 é "uma forma de construir a paz", considerou no domingo o presidente francês Emmanuel Macron.

- Encontro com Biden -

O presidente ucraniano também conversou neste domingo com seu homólogo americano, Joe Biden, que confirmou na sexta-feira que estava disposto a autorizar o fornecimento por outros países a Kiev de aviões F-16, de fabricação americana, solicitados há muito tempo pela Ucrânia. Uma decisão "histórica", comemorou Zelensky.

Washington também apoiará uma iniciativa de seus aliados para treinar pilotos ucranianos para os F-16. Durante os longos meses de treinamento, os ocidentais decidirão o calendário de entrega dos aviões, sua quantidade e os países que os fornecerão.

A Casa Branca reiterou, no entanto, que, com sua ajuda militar, "os Estados Unidos não facilitam e não apoiam ataques ao território russo".

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, acusou os líderes do grupo de quererem "conter" seu país e a China, após a publicação do comunicado final do G7 no sábado.

A China, por sua vez, manifestou seu "forte descontentamento" após a publicação do comunicado, à qual os sete membros do G7 e a União Europeia fizeram várias críticas, mas asseguraram querer "relações construtivas e estáveis" com o gigante asiático.

Os dirigentes do G7 instaram a China a "pressionar a Rússia para que cesse sua agressão" contra a Ucrânia.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, elogiou neste domingo (2) os ucranianos que resistiram à "maior força contra a humanidade de nosso tempo", no primeiro aniversário da descoberta do massacre em Bucha.

A cidade, um subúrbio ao norte de Kiev que tinha 37.000 habitantes antes da guerra, tornou-se um símbolo das atrocidades atribuídas às tropas invasoras.

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Moscou nega qualquer envolvimento nas mortes de civis e afirma que foi uma "encenação" de Kiev e seus aliados.

O aniversário ocorre um dia depois que a Rússia assumiu a presidência do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que Kiev chamou de "tapa na cara" da diplomacia.

"Povo ucraniano! Eles resistiram à maior força contra a humanidade de nosso tempo. Eles pararam uma força que eles desprezam e que quer destruir tudo o que é importante para o povo", escreveu Zelensky no Telegram.

"Libertaremos todas as nossas terras. Colocaremos a bandeira ucraniana de volta em todas as nossas cidades", acrescentou. Moscou ainda controla mais de 18% do território ucraniano.

O chefe do Exército, Valery Zaluzhny, afirmou que os soldados vão continuar a "lutar pela independência da nossa nação".

Em 2 de abril, um grupo de repórteres da AFP entrou em Bucha e encontrou nas ruas os corpos de vinte homens com roupas de civis, um deles com as mãos amarradas nas costas, veículos carbonizados e casas destruídas.

A cena comoveu o mundo. A Ucrânia e as potências ocidentais denunciaram execuções sumárias de civis e "crimes de guerra" que, segundo o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, serão "reconhecidos pelo mundo como genocídio".

- "Vitória estratégica" -

Para o comandante das forças terrestres ucranianas, Oleksandre Syrsky, a retirada dos russos da região de Kiev há um ano constituiu "uma vitória estratégica" que permitiu "novas operações bem-sucedidas".

O Exército russo retirou-se de Bucha e de toda a região ao norte de Kiev em 31 de março de 2022, pouco mais de um mês após o início da invasão.

Desde então, quase todos os líderes estrangeiros ocidentais que visitaram a Ucrânia em demonstração de apoio também passaram por Bucha.

Marcando o aniversário da libertação da cidade na sexta-feira, Zelensky disse esperar que a cidade se torne um "símbolo de justiça".

"O mal russo cairá, precisamente aqui na Ucrânia, e não poderá mais se levantar", declarou ele junto com os primeiros-ministros da Croácia, Eslováquia e Eslovênia e o presidente da Moldávia.

Kiev estima o número de civis mortos no distrito durante a ocupação russa em "mais de 1.400", incluindo 37 crianças.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, visitou nesta terça-feira (20) a cidade de Bakhmut, que as tropas russas tentam controlar há vários meses e que representa um ponto crítico da frente de batalha no leste do país.

O chefe de Estado "se reuniu com militares, conversou com eles e condecorou nossos soldados", informou a Presidência, sem revelar mais detalhes.

A cidade é cenário há vários meses de combates violentos, nos quais a Rússia supostamente recorreu a mercenários, réus conscritos e jovens recrutas que são enviados em ondas para lutar contra as posições ucranianas.

A brutal guerra de trincheiras e artilharia destruiu áreas inteiras da cidade e de seus arredores, antes conhecidos pelos vinhedos e minas de sal.

"Me parece que os heróis de Bakhmut devem receber o que todo o mundo recebe", declarou Zelensky, de acordo com a imprensa estatal.

"Gostaria que houvesse luz, mas a situação é tão difícil que há luz e depois não há", disse, em referência aos cortes de energia elétrica provocados pelos bombardeios russos.

O presidente ucraniano já visitou diversos pontos da frente de batalha. Em novembro ele compareceu a Kherson (sul), após a retirada das tropas russas, e no início de dezembro viajou a Sloviansk, a algumas dezenas de quilômetros da frente leste.

Mas esta viagem parece a mais perigosa de todas que ele fez desde o início da guerra, pois as tropas russas reivindicaram a captura de vilarejos e áreas próximas de Bakhmut, embora a cidade permaneça sob controle de Kiev.

"Bakhmut é a fortaleza leste da Ucrânia", afirmou a vice-ministra da Defesa, Ganna Maliar, que visitou a cidade, que tinha 70.000 habitantes antes da guerra, com Zelensky.

- Putin reconhece situação "difícil" -

Algumas horas antes, o presidente russo, Vladimir Putin, admitiu que a situação é "extremamente difícil" nos quatro territórios que Moscou alega ter anexado.

Putin anunciou em setembro a anexação das regiões de Lugansk e Donetsk, no leste, e de Kherson e Zaporizhzhia, no sul, após referendos organizados pelas autoridades designadas por Moscou, votações que Kiev e o Ocidente chamaram de farsa.

As tropas russas, no entanto, em nenhum momento controlaram os territórios por completo, como ficou demonstrado com a retirada de Kherson após meses de contraofensiva ucraniana.

"A situação nas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk e nas regiões de Kherson e Zaporizhzhia é extremamente difícil", declarou Putin ao Serviço Federal de Segurança.

O chefe de Estado se dirigiu em particular aos agentes de segurança que vivem nas "novas regiões da Rússia".

As pessoas que moram nestas regiões, os cidadãos da Rússia, dependem de vocês, da sua proteção", declarou.

Putin também disse que precisa da "máxima compostura e concentração das forças" nas operações de contraespionagem da Rússia.

"É necessário suprimir rigorosamente as ações dos serviços de inteligência estrangeiros, identificar rapidamente os traidores, espiões e sabotadores", acrescentou.

- Com um olho em Belarus -

O presidente russo viajou na segunda-feira a Belarus para sua primeira visita em muitos anos a esta ex-república soviética, onde se reuniu com o presidente bielorrusso Alexander Lukashenko, que permitiu a entrada de tropas russas na Ucrânia a partir de seu território no início da invasão, em fevereiro.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, minimizou a importância do encontro e o definiu como "outro baile" de Putin e Lukashenko.

"De acordo com as informações disponíveis, não foram tomadas decisões críticas no encontro. Independente do que aconteça, estamos preparados para qualquer cenário", disse Kuleba.

O comandante das forças conjuntas da Ucrânia, Sergiy Nayev, afirmou que o "nível de ameaça militar (a partir de Belarus) aumenta gradualmente" e destacou que o país monitora "de perto" a transferência de armas a partir da Rússia.

Putin negou ter planos para absorver Belarus durante a visita de segunda-feira, mas os países defenderam o aumento da cooperação militar.

O governo ucraniano afirmou que ataques russos em seu território provocaram cinco mortes, incluindo três na região de Donetsk, onde fica Bakhmut.

A guerra teve um impacto significativo na economia da Ucrânia. O FMI aprovou na segunda-feira um plano que ajudará Kiev a arrecadar fundos de doadores.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, afirmou nesta terça-feira (13) que o país precisa de quase 800 milhões de euros (843 milhões de dólares) em ajuda de emergência para o setor de energia, alvo diário de ataques russos às vésperas do início do inverno (hemisfério norte).

"Precisamos de transformadores, de equipamentos para restaurar as redes de alta tensão, turbinas de gás... Nosso sistema de energia precisa de uma ajuda de emergência do sistema energético europeu, a importação de energia elétrica de países da União Europeia para a Ucrânia, ao menos até o fim da temporada de calefação", declarou Zelensky.

"Isto custará quase 800 milhões de euros", acrescentou o presidente ucraniano em um discurso por vídeo no início de uma conferência internacional de apoio à Ucrânia organizada em Paris com representantes de 47 países.

Depois das conferências de Lugano, Varsóvia e Berlim, o encontro na capital da França busca neutralizar a estratégia adotada pela Rússia desde outubro, que tem o objetivo de levar sofrimento à população e enfraquecer a resistência.

"A Rússia atua de maneira covarde e tenta semear o terror entre a população com ataques às infraestruturas civis, o que são atos de guerra", disse o presidente francês, Emmanuel Macron, na abertura da conferência.

A vontade da comunidade internacional é ajudar os ucranianos a "resistir durante este inverno" contra uma Rússia cujo objetivo é "deixar o país na escuridão e no frio", acrescentou.

A reunião, que recebeu o nome "Solidários com o povo ucraniano", acontece na sede do ministério das Relações Exteriores, na presença do primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal.

Os participantes se concentram em cinco setores fundamentais (energia, água, alimentação, saúde e transportes) para permitir que a Ucrânia conserve suas infraestruturas essenciais.

"O objetivo imediato (...) é que a rede elétrica ucraniana não entre em colapso, que não tenhamos uma apagão de várias semanas, que a água não congele nos canos porque estes ficarão fora de serviço até o verão", afirmou uma fonte diplomática francesa.

O esforço deve incluir os reparos das infraestruturas após cada bombardeio russo, para que a população possa enfrentar o inverno e manter o moral elevado.

- China, a grande ausente -

A China é a grande ausente do evento, segundo uma fonte diplomática. Mas a reunião tem a presença de embaixadores dos países do Golfo e da Índia, símbolo de uma solidariedade que supera as fronteiras europeias e norte-americanas.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial também estão presentes, mas não são aguardados novos anúncios das instituições.

A primeira sessão terminará com uma entrevista coletiva da ministra francesa das Relações Exteriores, Catherine Colonna, e do primeiro-ministro ucraniano.

A conferência continuará na quarta-feira na sede do ministério da Economia, com um encontro bilateral para tentar mobilizar as empresas francesas a aderir ao esforço.

- Recessão profunda -

Apesar da ausência de perspectivas para o fim da guerra, "os ucranianos pediram para falar de reconstrução", informou o Palácio do Eliseu.

Algumas áreas atingidas no início da guerra já estão em fase de reconstrução, mas as obras devem demorar anos.

O custo da guerra para a Ucrânia é imenso.

"Declaramos no início de setembro que o custo seria de quase 350 bilhões de dólares, mas isto não cobrirá mais do que o período do início da guerra até 1º de junho", afirmou Anna Bjerd, vice-presidente do Banco Mundial para Europa e Ásia Central.

Uma nova estimativa será publicada no início de 2023, acrescentou Bjerd.

A economia ucraniana já registrou contração de 33%, consequência da guerra iniciada por Moscou em 24 de fevereiro.

"Com os recentes ataques no país, a contração será maior. Podemos esperar algo próximo a 40%", disse Bjerd.

O Banco Mundial não fez previsões para o próximo ano devido à grande incerteza da conjuntura atual.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversou no domingo com o chefe de Estado da Ucrânia, Volodimir Zelensky, a quem reafirmou o apoio veemente de Washington a seu país e celebrou a "abertura a uma paz justa" por parte de Kiev, anunciou a Casa Branca.

Biden destacou na conversa telefônica "o apoio contínuo dos Estados Unidos à defesa da Ucrânia enquanto a Rússia continua com os ataques à infraestrutura crítica do país", afirma um comunicado da Casa Branca.

A ligação aconteceu em um momento de intensificação da campanha russa contra a infraestrutura ucraniana. Os ataques provocaram apagões e deixaram milhões de residências sem energia elétrica às vésperas do inverno (hemisfério norte).

Armas ocidentais, principalmente dos Estados Unidos, ajudam a defesa ucraniana, que conseguiu repelir as tropas russas.

O comunicado destaca os compromissos recentes de Washington com a Ucrânia, incluindo 53 milhões de dólares para a infraestrutura energética ucraniana anunciados em novembro e um pacote de US$ 275 milhões em munição e equipamentos.

Zelensky afirmou no Twitter que agradeceu a Biden pelo apoio em uma "conversa frutífera". Também destacou que ambos discutiram uma "cooperação maior nas áreas de defesa, proteção e manutenção do setor energético".

A presidência ucraniana informou que Zelensky "enfatizou que o país deseja alcançar a paz e chamou a atenção para a importância de consolidar os esforços internacionais para atingir este objetivo".

Biden celebrou a "abertura declarada de Zelensky para uma paz justa baseada em princípios fundamentais consagrados na Carta das Nações Unidas", segundo o comunicado da Casa Branca.

O governo de Biden afirmou recentemente que o Ocidente não estava pressionando a Ucrânia a iniciar negociações com a Rússia e que dependia de Zelensky determinar como e quando negociar.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, afirmou nesta quarta-feira (24) que a Ucrânia resistirá à invasão russa "até o fim", sem fazer nenhuma concessão ou compromisso, em uma mensagem no Dia da Independência do país, que coincide com a data em que a guerra completa seis meses.

"Não nos importamos com o exército que vocês têm, só nos importamos com nossa terra. Lutaremos por ela até o fim", declarou Zelensky em um vídeo divulgado para marcar os 31 anos de independência do país.

Em uma referência à Rússia, que iniciou uma ofensiva contra seu país em 24 de fevereiro, ele disse que a Ucrânia "não tentará ficar bem com os terroristas".

"Permanecemos firmes há seis meses. É difícil, mas cerramos os punhos e estamos lutando pelo nosso destino", acrescentou.

"Para nós, a Ucrânia é toda a Ucrânia. Todas as 25 regiões, sem qualquer concessão ou compromisso".

Nas primeiras horas de quarta-feira, cidades como Kharkiv (nordeste) ou Zaporizhzhia e Dnipro (centro) foram atingidas por explosões, informaram as autoridades locais.

A embaixada dos Estados Unidos em Kiev alertou na terça-feira que a Rússia pretendia intensificar os bombardeios "nos próximos dias" e pediu aos cidadãos americanos que deixassem a Ucrânia.

Desde o recuo das forças russas dos arredores de Kiev no fim de março, os principais combates se concentram no leste da Ucrânia, onde Moscou avançou lentamente até chegar a uma fase de estagnação, e no sul, onde as tropas ucranianas anunciaram uma lenta contraofensiva.

A Rússia continua atacando com frequência as cidades ucranianas com mísseis de longo alcance, mas raramente atinge Kiev e seus arredores.

Depois de seis meses de guerra que provocaram milhares de mortes, milhões de deslocados e grande destruição, "celebrar" não é a palavra ideal para o Dia da Independência na Ucrânia.

As autoridades de Kiev proibiram qualquer evento público de segunda-feira até quinta-feira na capital. O governador da região de Kharkiv ordenou um toque de recolher da noite de terça-feira até a manhã de quinta-feira.

"Em seis meses, a vida pacífica acabou em todas as famílias", declarou à AFP Nina Mikhailovna, uma aposentada de 80 anos na Praça da Independência, também conhecida como Praça Maidan, no coração de Kiev.

"Quanta destruição, quantas mortes, o que é isto?", pergunta.

Nova ajuda dos Estados Unidos

Aproveitando a data simbólica, o governo dos Estados Unidos anunciará nesta quarta-feira uma nova ajuda militar de três bilhões de dólares, a maior enviada até o momento à Ucrânia, informou uma fonte da Casa Branca.

O novo pacote americano ajudará Kiev a adquirir armamento, munições e outros equipamentos para o exército.

Os países da União Europeia reiteraram na terça-feira o apoio a Kiev, durante uma reunião da "Plataforma da Crimeia", que reúne os principais aliados da Ucrânia e existia antes da guerra.

O presidente francês, Emmanuel Macron, pediu à comunidade que "não demonstre nenhuma fraqueza" diante da Rússia.

O chefe de Governo alemão, Olaf Scholz, afirmou que seu país apoiará a Ucrânia "pelo tempo que for necessário" e prometeu continuar "entregando armas [...] e formando os soldados ucranianos com material europeu de ponta". A Alemanha entregará novos armamentos a Kiev, avaliados em 500 milhões de euros, que devem chegar em sua maioria em 2023.

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, afirmou em uma entrevista à AFP que o presidente russo Vladimir Putin aposta na "relutância" dos europeus em suportar as consequências econômicas da guerra.

Por este motivo, ele insistiu que a unidade entre os 27 países da UE é uma tarefa que deve ser reafirmada "dia a dia".

O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, que deu acesso ao território de seu país às tropas russas para o início da invasão da Ucrânia, felicitou o povo ucraniano no Dia da Independência.

"Estou convencido de que as atuais divergências não poderão destruir a base multissetorial das relações sinceras de boa vizinhança", afirmou.

Tensão por Zaporizhzhia

O conflito voltou a ser tema de debate no Conselho de Segurança da ONU, onde os representantes de Moscou e Kiev voltaram a trocar acusações pelos recentes bombardeios na central nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa.

O embaixador russo Vassily Nebenzia acusou as forças ucranianas de prosseguirem com os bombardeios contra a central "praticamente todos os dias", enquanto o ucraniano Sergiy Kyslytsya argumentou que o país "nunca criaria um risco enorme de catástrofe em seu próprio território".

A ONU fez um apelo às partes para que interrompam qualquer atividade militar ao redor da central e autorizem uma inspeção da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

O astro de Hollywood Ben Stiller se reuniu nesta segunda-feira com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, a quem chamou de herói.

"É uma grande honra para mim. Você é meu herói", disse Stiller, embaixador da Boa Vontade da ONU, que se reuniu com o líder ucraniano por ocasião do Dia Mundial dos Refugiados.

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"O que você fez, a forma como uniu seu país, o mundo, é realmente inspiradora", disse o comediante americano, 56 anos, referindo-se aos discursos de Zelensky para levantar o moral dos ucranianos e pedir apoio ao restante do mundo frente à invasão russa.

As imagens do encontro foram divulgadas pelo gabinete de Zelensky, que, antes de entrar na política, ficou conhecido como ator ao interpretar o presidente da Ucrânia em uma série de comédia. Antes, Stiller visitou Irpin, cenário de intensas batalhas na periferia de Kiev e posição mais próxima da capital que chegou a ser tomada pela Rússia.

Zelensky agradeceu Stiller por sua visita e ressaltou a importância da mesma. "É muito importante para nós que as pessoas não se esqueçam. Não é interessante falar sobre a guerra todos os dias, mas, para nós, é muito importante", assinalou.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, disse nesta sexta-feira (15) que "todo o mundo" deveria estar "preocupado" com o risco de Vladimir Putin usar armas nucleares tácticas por desespero, diante das expressivas perdas militares russas na Ucrânia, como comentou o diretor da CIA.

O titular da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, William Burns, disse na quinta-feira que "não se deve tratar com desdém a ameaça que representa o uso potencial de armas nucleares tácticas" ou "de baixa potência" por parte do presidente russo, caso ele esteja desesperado.

Quando a emissora CNN lhe preguntou se tinha essa mesma preocupação, Zelensky respondeu: "Não apenas eu, acredito que todo o mundo, todos os países devem estar preocupados", e acrescentou que não são apenas os armamentos atômicos que causam preocupação, mas também os "químicos".

"Eles podem usá-los", "para eles, a vida das pessoas não vale nada", insistiu o líder ucraniano na entrevista, que será exibida no domingo, mas que teve um trecho divulgado hoje pela emissora de notícias americana.

"Não nos preocupemos, estejamos preparados", acrescentou Zelensky. "Esta não é uma questão só para a Ucrânia", mas que envolve "todo o mundo", frisou.

No dia 24 de fevereiro, após lançar a invasão da Ucrânia, o Kremlin assinalou que tinha colocado suas forças nucleares de prontidão.

"Na realidade, não vimos nenhum sinal concreto, como movimentações ou medidas militares que possam agravar as nossas preocupações", comentou na quinta-feira o responsável da CIA.

A Rússia dispõe de muitas armas nucleares tácticas, que são menos potentes que a bomba de Hiroshima, com base em sua doutrina de "escalada-desescalada", que consistiria em utilizar primeiro uma arma nuclear de baixa potência para recuperar a vantagem em caso de conflito convencional com os países ocidentais.

Milhares de pessoas se concentraram, neste sábado (12), na cidade italiana de Florença para mostrar o seu apoio à Ucrânia diante da invasão russa e escutar o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, que discursou em vídeo.

O centro da praça de Florença se transformou em um mar de bandeiras arco-íris com slogans pedindo paz e a favor da Ucrânia.

Em uma mensagem emitida em um telão gigante, Zelensky explicou que seu país vive "24 horas por dia" sob um bombardeio a colégios, hospitais e áreas residenciais, "incluindo igrejas e praças".

Segundo a tradução em italiano, Zelesnky disse que 79 menores de idade haviam morrido desde o início do conflito e que a Europa "não deve esquecer".

A manifestação foi organizada pelo prefeito de Florença, Dario Nardella.

Na França, milhares de pessoas se concentraram em Paris e em outras cidades para demonstrar seu apoio à Ucrânia e denunciar a invasão russa.

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