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Um homem condenado à pena de morte será executado nesta quinta-feira (25) por inalação direta de nitrogênio no Alabama, sul dos Estados Unidos, na primeira vez que este método, considerado "tortura" pela ONU, é aplicado em uma pessoa.

A execução de Kenneth Eugene Smith, condenado a esta sentença em 1996 pelo homicídio de uma mulher — encomendado por seu marido —, será a primeira do ano nos EUA, onde desde 2023, 24 pessoas morreram através de injeções letais.

A governadora republicana deste estado, Kay Ibey, definiu um prazo de 30 horas, a partir das 06H00 de quinta-feira (03H00 em Brasília), para a realização da execução.

O procedimento tinha sido marcado para novembro de 2022, mas os funcionários da prisão não conseguiram colocar o acesso intravenoso para administrar a injeção letal no tempo legalmente previsto, após o detento ter permanecido "amarrado por várias horas", segundo seus advogados.

O Alabama é um dos três estados do país que permitem as execuções por inalação de nitrogênio, nas quais a morte ocorre por hipóxia, ou falta de oxigênio.

O Escritório do Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos (OHCHR, na sigla em inglês) expressou, na semana passada, que estava "alarmado" com o procedimento utilizando um método "incipiente e não comprovado", declarou.

Isto "poderia constituir tortura e outros tratamentos cruéis ou degradantes, segundo o direito internacional", alertou a porta-voz Ravina Shamdasani, que pediu a suspensão da execução.

- "Traumatizado" -

Kenneth Eugene Smith, 58 anos, recorreu à Suprema Corte dos Estados Unidos, alegando que esta nova tentativa violaria seus direitos constitucionais, além de ter pedido a suspensão da mesma. Todas as suas solicitações anteriores foram rejeitadas no Alabama.

O mais alto tribunal americano, de maioria conservadora, declinou o pedido na quarta-feira, alegando que este é possivelmente "o método de execução mais humano já inventado".

Kenneth Eugene Smith apresentou seu último recurso na Suprema Corte nesta quinta-feira, que possivelmente terá o mesmo veredito.

"Ainda estou traumatizado da última vez", afirmou em uma entrevista à rádio pública NPR em dezembro, na qual confessou estar "absolutamente apavorado" com a possibilidade de passar pela mesma situação novamente.

Ele foi condenado pelo assassinato de Elizabeth Dorlene Sennett, de 45 anos, em 1988, ordenado por seu marido, Charles Sennett, um pastor profundamente endividado e infiel, para simular um roubo que deu errado.

Apesar do suicídio de Charles, a polícia seguiu a linha de homicídio que levou a dois homens. O cúmplice de Smith, John Forrest Parker, que também havia sido condenado à morte, foi executado em 2010.

Kenneth Smith foi sentenciado à pena capital anteriormente, mas o julgamento foi anulado após recurso. Em 1996, na sua segunda audiência, 11 dos 12 jurados eram a favor da prisão perpétua.

Mas no seu caso, tal como no de seu cúmplice, o juiz rejeitou os jurados e condenou-o à morte, uma possibilidade que existia então em alguns estados, mas que agora foi abolida em todo o país.

Em seu relatório anual de dezembro, o observatório especializado Centro de Informação sobre a Pena de Morte (DPIC, na sigla em inglês) destacou que a maioria dos prisioneiros executados nos Estados Unidos em 2023 "provavelmente não seria condenada à morte atualmente".

O documento tem como base as alterações na legislação e no fato de que os problemas de saúde mental e traumas dos detentos estão sendo levados em consideração atualmente.

A pena de morte foi abolida em 23 estados do país e outros seis observam uma moratória sobre a sua aplicação por decisão do governador.

O estado do Alabama, no Sudeste dos Estados Unidos, agendou para a noite de quinta-feira (25) a execução do preso Kenneth Smith, de 58 anos, condenado pelo assassinato de uma mulher em 1988. O método de execução será asfixia por nitrogênio, inédito no sistema prisional do país. A forma de abatimento escolhida pela administração do estado tem recebido críticas e sido assemelhada à tortura por organizações. Em novembro de 2022, Kenneth passou pela primeira tentativa de execução com um método padrão no Alabama e outros estados, a injeção letal. No entanto, o homem sobreviveu às tentativas, sendo o segundo e último a conseguir tal feito. 

A asfixia (hipóxia) por nitrogénio é bastante comum em suicídios assistidos na Europa. Smith receberá uma máscara e administrará um fluxo de gás nitrogênio, privando-o efetivamente de oxigênio até a morte. A execução, prevista em uma decisão do R. Austin Huffaker Jr., de 10 de janeiro de 2024, é a mais recente reviravolta na batalha sobre a pena de morte nos Estados Unidos. A conta de estados que aboliram a lei da pena de morte está quase empatada, com o último estado a fazer a alteração sendo Washington, em 2023.  

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Após a mudança em Washington, a situação da execução penal nos EUA passou a ser a seguinte: 23 estados a extinguiram; 24 estados mantêm suas leis; e três estados mantêm a lei, mas com exceções. 

ONGs condenam decisão do Alabama 

Críticos da pena de morte argumentam que as autoridades penitenciárias do Alabama estão fazendo de Smith uma cobaia para um experimento não comprovado e "macabro". Autoridades estaduais alegam que a morte por hipóxia com nitrogênio é indolor porque faz com que a pessoa perca rapidamente a consciência. Com uma pressão de médicos e críticos à pena de morte, conseguir medicamentos letais ficou mais difícil no país, e estados chegam a considerar, além da asfixia por nitrogênio, o uso de pelotões de fuzilamento.

Segundo a administração, os próprios advogados de Smith identificaram a hipóxia por nitrogênio como preferível à administração problemática de drogas injetáveis letais no estado. No entanto, a representação de Smith chegou a emitir um pedido de suspensão da execução, o que foi rejeitado pelo juiz no último dia 10. Agora, eles podem apelar para o Supremo Tribunal do país, que tem histórico de suspensões aprovadas em cima da hora. 

De acordo com o New York Times, que obteve contato com Kenneth Smith por e-mail, o preso tem medo do procedimento dar errado. “Estou preocupado por termos dito ao Alabama que esses riscos podem acontecer – vão acontecer – assim como os avisamos no ano passado”, disse ele. “E eles não farão nada para evitar que esses perigos aconteçam". 

A execução 

O preso condenado será conduzido de sua cela no Centro Correcional William C. Holman até a câmara de morte da prisão, que fica em Atmore, no Alabama. Cinco repórteres poderão testemunhar a execução. Smith será colocado em uma maca e uma máscara será colocada sobre seu rosto, e então ele terá dois minutos para dizer suas últimas palavras. Em seguida, o diretor da prisão ou um assistente iniciará o bombeamento do gás na máscara do homem por pelo menos 15 minutos. 

Kenneth Smith está enfrentando execução por esfaquear até a morte a senhora Elizabeth Sennett, em março de 1988. Ele recebeu US$ 1 mil (R$ 4,9 mil) do marido da mulher e mandante do crime, o pastor Charles Sennett, para cometer o homicídio. Os jurados que condenaram o preso votaram 11 a 1 para poupar a sua vida e, em vez disso, condená-lo à prisão perpétua, mas um juiz rejeitou-os e condenou-o à morte. 

 

Plutão, o planeta rebaixado, tem uma atmosfera de nitrogênio e é composto principalmente de rocha e gelo. Aqui estão as principais características conhecidas até agora sobre o planeta anão antes do sobrevoo da sonda New Horizons nesta terça-feira:

- O corpo celeste foi descoberto pelo astrônomo americano Clyde Tombaugh em 1930, quando ganhou o título de planeta mais distante do Sistema Solar.

- Em 2006, a União Astronômica Internacional retirou o status de planeta por causa de seu pequeno tamanho. Desde então, Plutão é um planeta anão e o sistema solar conta com oito planetas.

- Com um diâmetro de cerca de 2.300 quilômetros, Plutão é muito menor do que a Lua, com um diâmetro de 3.474 quilômetros.

- A massa de Plutão é 500 vezes menor do que a Terra. Ele é composto de rocha e gelo de metano, mas também contém água congelada.

- Por enquanto, a missão pioneira da Nasa tem sido capaz de confirmar a existência de gelo polar em Plutão e encontrou nitrogênio escapando da atmosfera.

- O planeta anão completa uma volta em torno do Sol a cada 247,7 anos terrestres.

- Um dia em Plutão dura seis dias da Terra, ou seja: 153 horas.

- O planeta tem cinco luas. A maior, Caronte, também será estudada de perto pela nave espacial da Nasa.

- A sonda New Horizons foi lançada em 2006 de Cabo Canaveral, Flórida (sudeste dos Estados Unidos), para uma viagem de quase 10 anos e 5 bilhões de quilômetros.

- Uma vez que a sonda tenha completado sua missão de monitoramento de Plutão e Caronte, poderá prosseguir em sua jornada para se aproximar de outros objetos do Cinturão de Kuiper - a grande massa de destroços que restaram após o nascimento do sistema solar há 4,6 bilhões de anos.

- Os cientistas consideram o sistema de Plutão como um fóssil de início do Sistema Solar. Espera-se que a pesquisa forneça alguma luz sobre se formou a vizinhança ao redor do Sol.

A Avenida Alexandre Mackenzie, na região de Jaguaré, zona oeste de São Paulo, está bloqueada nos dois sentidos por causa do tombamento de um caminhão transportando nitrogênio na Praça Tancredo Coutinho, na esquina desta via com a Avenida Presidente Altino, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). A carga, considerada perigosa, vazou na pista.

O acidente aconteceu por volta das 9h52 desta terça-feira. A CET informa que agentes realizam a limpeza do produto. Não há informações sobre o motivo que teria levado ao tombamento do caminhão e não houve registro de vítimas.

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Três viaturas do Corpo de Bombeiros estão no local para efetuar o transbordo do produto, mas aguardam a chegada da empresa responsável para iniciar a operação.

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