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Na madrugada de 1º de janeiro, poucas horas após a virada do ano, uma tragédia ocorrida em Santa Catarina chamou a atenção de todo o Brasil. Quatro jovens, com idades entre 16 e 24 anos, morreram ao serem intoxicados, acidentalmente, por monóxido de carbono (CO), vazado de dentro do carro que tinham utilizado para viajar até Balneário Camboriú, onde curtiram o réveillon. Extremamente perigoso, o CO é um gás sem cor ou cheiro, que, além de inflamável, também é tóxico e gera diferentes níveis de intoxicação. 

O envenenamento por monóxido de carbono ocorre quando o gás se acumula no sangue. Quando há muito monóxido de carbono no ar, o corpo substitui o oxigênio nas células vermelhas do sangue por monóxido de carbono, o que pode causar sérios danos aos tecidos ou até mesmo a morte. A queima de combustíveis, incluindo gás, madeira, propano ou carvão, produz monóxido de carbono. Aparelhos e motores que não são bem ventilados podem fazer com que o gás atinja níveis perigosos.  

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O caso de Balneário Camboriú foi apenas um dos inúmeros acidentes ocorridos por intoxicação com o gás no país. Especialmente em regiões frias, onde a população busca opções elétricas ou naturais de calor, como aquecedores e lareiras, é comum que o acidente aconteça, podendo levar à fatalidade. 

Sintomas se assemelham aos da gripe 

Uma intoxicação leve por monóxido de carbono pode confundir a vítima, pois apresenta sintomas vagos, similares aos de um quadro viral ou gripal. Ao menos é o que explica o tenente Ítalo Fonseca, do Quadro de Oficiais Combatentes (QOC/BM) do Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco, entrevistado pelo LeiaJá

“A intoxicação leve é perigosa e os sintomas podem ser parecer com sintomas virais ou de gripe. Dor de cabeça, náusea, dor no corpo, tontura, fraqueza, sonolência; são sintomas muito vagos. Um ponto interessante é observar se há sintomas em grupo. Se dentro de uma casa há cinco pessoas e as cinco pessoas apresentam os mesmos sinais, a gente pode suspeitar da situação. Será que na casa dessas pessoas tem uma fonte emissora de monóxido de carbono? É preciso fazer essa análise. Mas se a pessoa mora sozinha em casa, já é mais complicado”, afirma o militar. 

No caso da BMW, como ficou conhecido o envenenamento acidental em grupo que aconteceu em Balneário, os sintomas foram coletivos; apenas uma quinta pessoa não foi intoxicada, por não ter permanecido dentro do carro. Laudos da Polícia Científica de Santa Catarina confirmaram que o vazamento aconteceu por alterações irregulares no escapamento do carro. 

“O monóxido de carbono é gerado em uma combustão incompleta de hidrocarbonetos. Ou seja, em pontos onde há combustão, como em aquecedores a gás ou querosene, sistemas de calefação, madeira e fogão à lenha, automóveis, e geradores elétricos. Para a intoxicação acontecer, temos duas coisas: a fonte emissora de monóxido de carbono e um local pobre em ventilação, um ambiente fechado. No caso de uma garagem ou de um carro, há as duas coisas. No caso da BMW, o carro ficou emitindo monóxido de carbono, acumulando gás com pessoas ali”, continuou o tenente. 

Como o gás é incolor, insípido e inodoro, é quase impossível perceber a presença dele sem já estar passando pelo processo de intoxicação, a partir dos sintomas. "Uma inalação muito comum de monóxido de carbono é acontece em incêndios residenciais. Dentre os vários gases que compõem a fumaça, está lá o CO. Porém, como você sente que foi intoxicado pela fumaça, toma o devido cuidado. Já o monóxido sozinho é mais traiçoeiro, pois você não percebe quando ele age sozinho”, acrescenta. 

Dúvidas comuns sobre o tema 

— Com a palavra, o tenente Ítalo Fonseca, do CBM-PE

LeiaJá: O ambiente ser pequeno, no caso de Balneário, influenciou a rapidez do envenenamento? 

Ítalo: Se fosse um vazamento na garagem do carro, o cômodo é grande e até que a atmosfera ficasse tóxica, iria demorar. Porém, se há um entupimento na obstrução do escape, no interior do carro, ele vai se poluir muito rápido, pois é um ambiente pequeno e estava ocupado por quatro pessoas. 

LeiaJá: Como diferenciar uma intoxicação leve de uma grave? 

Ítalo: Quando a intoxicação é leve, com algumas horas, sob ventilação adequada e ar fresco puro, a pessoa vai se desintoxicando, expelindo o gás naturalmente. Em aproximadamente quatro horas e meia, numa intoxicação leve, a vítima já está desintoxicada. Os jovens do caso da BMW provavelmente já estavam com uma intoxicação grave quando perceberam que estavam sendo envenenados. Quando é grave, o paciente fica com falta de ar, falta de discernimento, confusão, inconsciência, pode ter convulsões, desmaiar ou entrar em coma. Vítimas do monóxido em intoxicações moderadas ou graves provavelmente vão precisar de ajuda, precisam ser socorridas. 

LeiaJá: Como uma pessoa de fora ou não intoxicada pode ajudar? 

Ítalo: A atitude que a pessoa saudável deve tomar é ventilar o local, abrir a garagem ou as portas e janelas, para poder despoluir aquela atmosfera, e cessar o vazamento do gás. No caso [de Balneário], ali, seria desligar o carro. O tratamento para casos sérios é feito com oxigenoterapia, aplicando oxigênio 100% puro às vítimas. Quem ajuda não vai ter esse dispositivo em casa, então, de fato, não há muito o que se fazer na hora. A não ser que a vítima entre em uma parada cardiorrespiratória, mas aí é outra coisa, é um desdobramento da intoxicação e a orientação passa a ser sobre reanimação cardiopulmonar. 

LeiaJá: Como acontece o tratamento para casos graves? 

Ítalo: O tratamento é com oxigenoterapia ou, em casos gravíssimos, a oxigenoterapia hiperbárica; a pessoa entra em uma câmara de oxigênio puro, que exerce uma pressão atmosférica distinta, mas é um tratamento específico e caro, e não é tão fácil de achar, apenas clínicas especializadas oferecem. Não está disponível para todo hospital, pois não é um tratamento comum. 

LeiaJá: Quem acionar nos casos de intoxicação por CO? 

Ítalo: O ideal é acionar o Corpo de Bombeiros e o Samu, e ventilar o ambiente, além de fechar ou desligar as possíveis fontes de emissão do gás. 

Relembre casos que repercutiram no país 

- ‘O que se sabe sobre a morte dos jovens dentro da BMW’ 

- 'Frio: família morre em casa após acender churrasqueira’ 

- ‘MG: Casal é encontrado morto em pousada de Monte Verde’ 

- ‘Laudo: bilionário e mulher morreram intoxicados por gás

 

Uma mulher foi presa, na última quarta-feira (10), após ter provocado a morte da sua enteada em junho do ano passado, na cidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos. De acordo com as autoridades norte-americanas, a suspeita alimentava a garota, uma criança de 1 ano e 6 meses, com acetona, parafusos e baterias.

Ainda segundo as informações, a mulher, identificada como Aleisia Owens, após ter feito a pequena Iris Rita Alfera ingerir as substâncias, foi até um hospital da região e informou as equipes médicas que a vítima teria caído da cama e batido a cabeça. No entanto, exames necroscópicos constataram que a garota veio a óbito devido a presença de altos níveis de acetona no sangue.

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Durante as investigações, a polícia analisou o celular da suspeita e descobriu que ela procurou informações na internet sobre produtos domésticos que podem causar danos graves ou morte. Aleisia também havia pesquisado produtos de beleza que são venenosos e que causam morte acidentais por envenenamento em crianças.

 

Nessa quarta-feira (3), policiais civis do Rio de Janeiro prenderam um homem e apreenderam uma adolescente procurados pela Justiça de Alagoas por envolvimento na morte de uma mulher. A vítima era sogra e mãe dos autores do crime.

Valdiclea da Silva Ferreira foi morta por envenenamento no Povoado Lagoa Cavada, Zona Rural de Arapiraca. Os dois teriam cometido o crime há dois anos, porque a vítima não aceitava o relacionamento da filha com o homem, que tinha mais de 50 anos e família constituída.

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O acusado foi preso em Bonsucesso, enquanto saía de uma agência bancária, e a jovem – que na época do crime tinha apenas 16 anos - foi localizada na Comunidade da Maré, na Zona Norte do Rio.

A substância utilizada no crime foi detectada após exames periciais realizados pela Polícia Científica, tratando-se de um inseticida empregado em culturas agrícolas para controle de pragas e que, segundo o Ministério da Saúde, é altamente tóxico.

 

Perícia realizada pela Polícia Técnico-Científica de Goiás confirmou que houve envenenamento de Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e da mãe dele, Luzia Tereza Alves, de 86 anos, mortos nos dias 17 e 18 de dezembro, respectivamente, em Goiânia. A advogada Amanda Partata Mortoza, ex-namorada do filho de Leonardo, é suspeita de cometer assassinato e está presa. Ela nega ter cometido os crimes.

A suspeita da polícia é de que a suspeita envenenou "doces de pote" servidos por ela em um café da manhã para o ex-sogro e para a mãe dele. A advogada, de 31 anos, havia dito para a família do antigo namorado que estava grávida, mas os exames não apontaram gestação. Ainda no domingo, após o café da manhã, mãe e filho foram internados com dores abdominais, vômitos e diarreia.

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A perita Mayara Cardoso informou que a substância foi encontrada tanto em amostras dos doces quanto nos corpos das duas vítimas. Disse ainda que ela é bastante conhecida e de alta toxicidade e letalidade. Uma pequena quantidade, segundo ela, é capaz de causar danos irreversíveis. O nome da substância não foi divulgado para não incentivar outros casos. O veneno foi encontrado em duas das quatro amostras de doce periciadas.

‘Nunca imaginava tamanha brutalidade’, diz filho e neto das vítimas

Em sua primeira manifestação pública, o médico Leonardo Pereira Alves Filho, ex-namorado da advogada Amanda Partata e filho e neto das vítimas, falou nesta terça-feira, 26, sobre o momento de luto que a família está vivendo. "Tem sido muito rápido e com muita surpresa negativa para a gente".

Na terça, ele, a irmã e a mãe prestaram depoimento à polícia. Ao sair da Delegacia de Investigação de Homicídios, Leonardo Filho falou com a TV Anhanguera e disse que "nunca imaginava qualquer coisa que justificasse tamanha brutalidade". Ele afirmou ainda que está sendo muito difícil para a família.

A advogada Amanda Partata está presa temporariamente. Os advogados que representam Amanda, Rodrigo Lustosa e Carlos Márcio Rissi Macedo, afirmaram que a defesa ainda não conhece formalmente o resultado das perícias e que aguardam o acesso para se manifestarem.

"De toda forma, isto não modifica a situação quanto à patente ilegalidade da prisão de Amanda Mortoza. Nós esperamos ter bom êxito na obtenção de sua liberdade, o que seria medida de inteira justiça", disseram os defensores.

Possível motivação do crime

Na ocasião da prisão de Amanda, o delegado que apura as mortes, Carlos Alfama, disse que o crime teria sido motivado por um "sentimento de rejeição" pelo fim do relacionamento da suspeita com Leonardo Filho, que durou cerca de 45 dias e acabou em 10 de agosto.

De acordo com Alfama, Leonardo Filho recebeu ameaças diárias por perfis falsos em redes sociais, ligações telefônicas e mensagens. Tais ameaças já eram investigadas pela polícia, que concluiu que elas partiram de perfis falsos criados por Amanda.

Uma tecnologia era usada para mascarar o número original do celular que ligava e mandava mensagens. Este número de celular original está registrado no nome do irmão da Amanda e o número para recuperação de senha era o da suspeita, afirma o delegado. Leonardo Filho chegou a bloquear cem números de telefone.

Além de Leonardo, a família era ameaçada. "Uma das ameaças dizia: depois não adianta chorar em cima do sangue dele", relata Alfama. Segundo ele, a boa relação com a família era falsa. Amanda se negou a passar a senha do celular, que será periciado.

Amanda, que estava hospedada em um hotel em Goiânia, foi a uma padaria comprar os alimentos que levou para o café, voltou ao hotel, e depois foi à casa da família do ex, por volta das 10h de domingo, onde ficou até as 13h.

Estavam à mesa Amanda, Leonardo Alves, a mãe dele, Luzia Tereza Alves, e o pai dele, que a polícia identificou como João. A polícia foi informada que ele não consumiu nada no café. Antes mesmo de Amanda ir embora, o ex-sogro começou a passar mal.

Amanda voltou para Itumbiara, cidade onda mora, logo que saiu da casa do antigo namorado e, no caminho, recebeu mensagem do ex-sogro, na qual ele a orientava a buscar atendimento médico porque ele suspeitava que a comida estava estragada. A primeira suspeita da família foi intoxicação alimentar. Amanda só foi ao hospital à meia-noite, após saber da morte do ex-sogro.

A polícia logo descartou a possibilidade de intoxicação alimentar porque, diz o delegado, tal quadro ocorre de forma diferente em cada pessoa e o ex-sogro e a idosa tiveram a mesma evolução. Além disso, o período entre o consumo do alimento e a morte seria mais longo.

Leonardo começou a passar mal por volta das 13h e morreu à noite. Já mãe dele chegou a ser internada na UTI, e morreu de madrugada.

Amanda foi presa em uma clínica psiquiátrica em Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital. Segundo o delegado, ela teria sido internada pela família por volta do meio-dia de quarta-feira, 20, depois de ter tentado se matar. Ela é investigada por duplo homicídio qualificado.

A Polícia Civil de Goiás prendeu na noite dessa quarta-feira, 20, a advogada Amanda Partata Mortoza, suspeita de envenenar e assassinar Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Tereza Alves, de 86. Eles são, respectivamente, o pai e a avó do seu ex-namorado.

A suspeita, de 31 anos, é de que os dois teriam sido envenenados durante o café da manhã de domingo, 17, ocasião em que a advogada também teria consumido os alimentos e passado mal. Mãe e filho foram internados com dores abdominais, vômitos e diarreia, e morreram ainda no domingo. Ainda não há exame laboratorial ou perícia que indique a presença de veneno na comida ou nos organismos dos três.

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Inicialmente, cogitou-se uma intoxicação alimentar causada por produtos de uma doceria de Goiânia, o que a polícia descarta. Amanda, que já namorou com o filho de Leonardo, comprou os alimentos do café nessa doceria, segundo a investigação.

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O delegado que apura as mortes, Carlos Alfama, diz que o crime teria sido motivado por um "sentimento de rejeição" pelo fim do relacionamento com Leonardo Filho, que durou cerca de 45 dias, e acabou em 10 de agosto.

Uma semana após o término do namoro, Amanda informou à família do ex-namorado sobre uma gestação, mas segundo o delegado ela não está grávida no momento.

De acordo com Alfama, desde 27 de julho Leonardo Filho tem recebido ameaças diárias por perfis falsos em redes sociais, ligações telefônicas e mensagens. Tais ameaças já eram investigadas pela polícia, que concluiu que elas partiram de perfis falsos criados por Amanda.

Uma tecnologia era usada para mascarar o número original do celular que ligava e mandava mensagens. Este número de celular original está registrado no nome do irmão da Amanda e o número para recuperação de senha era o de Amanda, afirma o delegado. Leonardo Filho chegou a bloquear 100 números de telefone.

Além de Leonardo, a família era ameaçada. "Uma das ameaças dizia: depois não adianta chorar em cima do sangue dele", relata Alfama. Segundo ele, a boa relação com a família era falsa. Amanda se negou a passar a senha do celular, que será periciado.

Amanda, que estava hospedada em um hotel em Goiânia, foi a uma padaria comprar os alimentos que levou para o café, voltado ao hotel, e depois foi à casa da família do ex, por volta das 10 horas de domingo, onde ficou até às 13 horas.

Estavam à mesa Amanda, Leonardo Alves, a mãe dele, Luzia Tereza Alves, e o pai dele, que a polícia identificou como João. Idoso ainda não deu depoimento, mas a polícia foi informada que o ele não consumiu nada no café. Antes mesmo de Amanda ir embora, o ex-sogro começou a passar mal.

Amanda voltou para Itumbiara, cidade onda mora, logo que saiu da casa do antigo namorado e, no caminho, recebeu mensagem do ex-sogro, na qual ele a orientava a buscar atendimento médico porque ele suspeitava que a comida estava estragada. A primeira suspeita da família foi intoxicação alimentar. Amanda só foi ao hospital à meia-noite, após saber da morte do ex-sogro.

A polícia logo descartou essa possibilidade porque, diz o delegado, a intoxicação ou infecção alimentar ocorre de forma diferente em cada pessoa e o ex-sogro e a idosa tiveram a mesma evolução. Além disso, o período entre o consumo do alimento e a morte seria mais longo.

Leonardo começou a passar mal por volta das 13h e morreu à noite. Já a mãe dele chegou a ser internada na UTI, e morreu de madrugada.

Os exames para comprovar a presença de veneno nos produtos consumidos no café e a necropsia dos corpos ainda estão em andamento.

Amanda foi presa em uma clínica psiquiátrica em Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital. Segundo o delegado, ela teria sido internada pela família por volta do meio-dia dessa quarta, depois de ter tentado se matar com medicamento e acetona.

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O delegado investiga supostos outros crimes praticados por Amanda em Itumbiara e nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. Agora ela é investigada por duplo homicídio qualificado.

Suspeita diz que 'amava a família' e nega crime

Ao ser presa, a advogada, que se apresenta nas redes sociais como psicóloga e terapeuta cognitiva, afirmou não ter "feito isso" e que "amava a família". Segundo a polícia, ela chegou a mostrar exames de gravidez à família do ex-namorado, mas no momento ela não espera um filho.

Ainda na noite de quarta, o advogado da suspeita, Carlos Marcio Macedo negou, em entrevista à imprensa, participação da cliente nas mortes. Ele disse ainda que Amanda estava internada em um hospital na hora da prisão.

Procurada novamente pelo Estadão, a defesa de Amanda disse que só vai se manifestar após a audiência de custódia, prevista para a tarde desta quinta.

Uma mulher acusada de provocar a morte do marido por envenenamento, no norte do de Santa Catarina, será julgada por homicídio no Tribunal do Júri, em decisão confirmada nesta semana pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado.

Segundo a denúncia, ela intoxicou o companheiro com “Paraquat”, herbicida comum em plantações da região. O veneno foi adicionado à cerveja da vítima, que notou, depois de alguns copos, um amargor na boca e avistou um líquido branco misturado à bebida. O crime aconteceu em 7 de maio de 2018.

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Vizinhos do casal dizem que a confusão começou por volta do meio-dia, quando a vítima se dirigiu até a casa ao lado da sua para contar que havia sido envenenada pela própria esposa. Segundo os autos, era comum que os dois brigassem e não era a primeira vez que a acusada atentava contra o marido.

Antes do crime, a vítima já costumava se queixar por sentir-se “meio cego”, sem conseguir mais dirigir. Tinha diarreia e passava mal frequentemente, mas tudo se agravou depois de discussões sobre a venda da casa - a acusada defendia a ideia, mas o marido não concordava em se desfazer do imóvel. Atualmente, aliás, a ré segue com a residência à venda.

Enquanto levavam a vítima para o hospital, outra vizinha foi procurar a denunciada e a encontrou enrolando uma corda no próprio pescoço, dentro do galinheiro. Após impedir o suicídio, ela acionou os bombeiros. A mulher afirmou que havia, também, ingerido veneno, mas seu exame de sangue não confirmou indícios de contaminação como a da vítima.

A acusada afirma que atentou contra a vida do cônjuge porque ele a agredia e xingava. Já havia tentado ceifar a própria vida antes e, submetida a exame de sanidade mental, teve diagnosticado transtorno depressivo maior.

A recorrente, ao tentar impedir o julgamento pelo júri popular, alegou legítima defesa e subsidiariamente pediu o afastamento da qualificadora de recurso que dificultou a defesa da vítima. O órgão julgador de 2º grau não reconheceu a legítima defesa mas deu parcial provimento ao recurso, ao entender que envenenar alguém já implica utilização de meio insidioso, visto que a substância precisa ser ministrada sem o conhecimento da vítima, daí a ocorrência de “bis in idem” caso fosse mantida a qualificadora. A decisão foi unânime.

Da assessoria.

Uma mulher de 28 anos foi presa em flagrante após envenenar seus dois filhos na Mooca, bairro da zona leste de São Paulo. A suspeita teria admitido à polícia que misturou chumbinho - um veneno utilizado para matar ratos - ao iogurte das crianças. Uma delas morreu, e a outra está internada.

O caso aconteceu na segunda-feira (28). Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a mãe das crianças também ingeriu o alimento. Os três foram encaminhados ao Pronto Socorro do Hospital Municipal Dr. Ignácio Proença de Gouvêa. A filha dela, de apenas quatro anos, não resistiu. O outro filho, que teria três anos, permanece internado.

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O caso foi registrado no 56º DP (Vila Alpina). Os potes de iogurte foram recolhidos e encaminhados para perícia. O Conselho Tutelar também foi acionado. A mãe das crianças ficou internada e será encaminhada para audiência de custódia assim que receber alta.

Uma mulher é suspeita de envenenar com chumbinho seus dois filhos na região da Mooca, zona leste de São Paulo, na última quarta-feira (30). Segundo as investigações, a criminosa colocou a substância em um pote de iogurte de chocolate no qual as crianças se alimentavam.

De acordo com a Polícia, as vítimas foram socorridas e encaminhadas ao Hospital Municipal Doutor Ignácio Proença de Gouvêa, mas ao chegar na unidade, a menina de quatro anos não resistiu ao envenenamento. A outra criança, um menino de 3 anos, está internado em estado grave.

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Policiais estiveram na residência para recolherem o pote com o restante do iogurte, assim como uma colher com resquícios da bebida. Os itens apreendidos foram encaminhados à perícia. A suspeita que foi presa em flagrante, informou aos agentes que também bebeu parte do iogurte. Ela também está internada e assim que receber alta será encaminhada a audiência de custódia.

O Conselho Tutelar foi acionado para acompanhar a situação, sendo assim, o menino recebeu uma medida protetiva contra a mãe. O caso foi registrado como homicídio tentado, tentativa de suicídio e comunicação de óbito no 56° DP (Vila Alpina).

A Polícia Civil de Pernambuco confirmou a morte de Juceli de Andrade Pereira, de 23 anos, que foi envenenada pela irmã em Jupi, no Agreste de Pernambuco, no último dia 3 de julho. A jovem estava internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional Dom Moura (HDMR), em Garanhuns, também no Agreste. O óbito foi confirmado nesse domingo (9).

A substância utilizada no crime foi o "chumbinho", veneno comum para matar ratos. Além de Juceli, outros dois irmãos também foram envenenados; uma mulher, de 31 anos, e um homem, de 27 anos. Eles sobreviveram, mas foram internados em hospitais de Garanhuns em estado grave. A irmã do meio, de 29 anos, que é suspeita de cometer o crime, chegou a ingerir a substância tóxica junto às vítimas, precisou ser internada e recebeu alta médica na manhã da sexta-feira (7).

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A audiência de custódia aconteceu no sábado (8) e ficou determinado o encaminhamento da suspeita ao Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, em Itamaracá. À Polícia Civil, a mulher teria confessado o crime.

Um novo caso de envenenamento em uma escola para meninas foi registrado no Irã nesta terça-feira (4), o primeiro após as férias escolares das duas últimas semanas, informou a imprensa local.

Vinte estudantes de uma instituição na cidade de Tabriz (noroeste) foram levadas ao hospital devido a problemas respiratórios, informou a agência oficial de notícias Irna.

"Os serviços de resgate foram enviados ao local" depois que várias estudantes relataram ter "problemas respiratórios", explicou o chefe de emergência da cidade, acrescentando que nenhuma delas está em estado grave.

Desde o final de novembro, uma série de casos de envenenamentos por gases ou outras substâncias provocaram tonturas e desmaios em alunas de inúmeras escolas, a maioria para meninas.

Segundo as autoridades, "mais de 5.000 alunas" foram afetadas pelos incidentes em mais de 230 escolas em 25 das 31 províncias do país.

Os envenenamentos pararam depois de as autoridades anunciarem, no início de março, que haviam registrado uma centena de prisões relacionadas às intoxicações.

Dias antes, o guia supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, chamou os envenenamentos de "crimes imperdoáveis" e pediu "sentenças severas", inclusive a pena de morte, contra os responsáveis pelos atos.

Diante do aumento de casos, pais de alunos e cidadãos se mobilizaram para exigir maior reação do governo.

Os primeiros casos de envenenamento foram registrados dois meses após o início dos protestos em todo o país pela morte, em 16 de setembro, de Mahsa Amini, uma jovem de 22 anos que faleceu sob custódia da polícia da moralidade depois de ser presa por supostamente violar o código de vestimenta do país.

Um dentista da cidade de Denver, no Colorado, Estados Unidos, é acusado de ter arquitetado a morte de sua esposa por envenenamento. O motivo do assassinato, segundo as investigações, é para que ele pudesse morar e assumir o relacionamento com sua amante.

James Toliver Craig, 45 anos, teria utilizado arsênico, substância química altamente tóxica e letal, na bebida de sua então esposa, Angela, 43.

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No último dia 15, James levou Angela ao hospital após ela ter ingerido a bebida envenenada. Ela foi entubada, mas acabou tendo a morte cerebral confirmada no último sábado (18). Angela e James tiveram seis filhos durante o casamento.

A polícia encontrou no computador do acusado o histórico de pesquisa com alguns termos suspeitos: “como acabar com a vida da sua esposa sem ser detectado, fornecendo venenos que se alinhassem com seus sintomas" e "[trabalhando] para começar uma nova vida com uma amante". A polícia também encontrou uma troca de e-mails entre James e sua amante com conteúdo explicitamente sexual

Ainda segundo as investigações, James teria viajado para o Texas para se encontrar com sua amante no período em que Angela estava hospitalizada. Ele teria comprado cianeto de potássio, e um funcionário da clínica onde ele trabalhava viu o frasco. Para tentar eliminar suspeitas, o acusado chegou a comentar com um conhecido que sua esposa havia pedido para ele comprar a substância, pois ela estava com pensamentos suicidas.

Essa não foi a primeira vez que James atentou contra a vida de sua esposa. Cinco anos atrás ele teria tentado envenená-la, e já havia casos de infidelidade na relação, segundo relato da irmã da vítima.

Ele foi preso no domingo (19), e está sem contato com seus filhos, sendo três deles menores de idade.

O ministério do Interior iraniano anunciou, nesta terça-feira (7), as primeiras prisões como parte da investigação sobre uma série de envenenamentos que afetaram várias estudantes durante três meses.

"Várias pessoas foram presas em cinco províncias e os serviços continuam a investigação", disse o vice-ministro do Interior, Majid Mirahmadi, à televisão pública.

Ele não revelou detalhes sobre as identidades, nem as circunstâncias das detenções ou seu suposto envolvimento.

O misterioso caso de envenenamento gerou indignação e apelos às autoridades para que tomassem providências a respeito. Também despertou preocupação internacional e pedidos de uma investigação independente.

Ao todo, "25 províncias e quase 230 escolas foram afetadas, e mais de 5.000 alunas e alunos foram envenenados", disse Mohammad-Hassan Asafari, membro da comissão parlamentar de investigação, à agência de notícias ISNA na segunda-feira.

"Vários testes estão sendo realizados para identificar o tipo e a causa das intoxicações. Até agora não se obteve nenhuma informação específica sobre o tipo de veneno usado", acrescentou.

Os primeiros casos vieram à tona logo após protestos em todo o país pela morte de Mahsa Amini, de 22 anos, depois que foi presa por supostamente violar o código de vestimenta feminino.

Muitas escolas foram afetadas. As alunas sofreram náuseas, falta de ar e tonturas após perceberem odores "desagradáveis". Algumas foram hospitalizados.

O líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei, chamou os envenenamentos de "crime imperdoável" e deu ordens na segunda-feira para que os responsáveis sejam perseguidos "sem piedade".

Na semana passada, o presidente Ebrahim Raisi encarregou o ministério do Interior de apresentar atualizações contínuas sobre a investigação.

O último caso, relatado pela agência de notícias ISNA, afetou 40 estudantes do sexo feminino da cidade rebelde de Zahedán, no sudeste.

A Casa Branca pediu na segunda-feira uma "investigação independente confiável" sobre esses eventos.

O Ministério Público do Rio (MP-RJ) denunciou Cíntia Mariano Dias Cabral pelo homicídio da estudante Fernanda Carvalho Cabral, de 22 anos, e por tentativa de homicídio do irmão dela, o também estudante B. C. C., de 16. Cíntia era madrasta dos irmãos e é acusada de envenenar a comida deles.

Segundo a denúncia da 3ª Promotoria de Investigação Penal da Área Territorial Bangu e Campo Grande, a madrasta "agiu livre e conscientemente, com vontade de matar" os enteados, envenenando sua comida. "Após os fatos, ambas (as vítimas) apresentaram, como pontuado no relatório da autoridade policial, sintomas típicos de intoxicação exógena por carbamato (chumbinho), quando verificados de forma simultânea".

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A denúncia também cita o depoimento de B. "(Ele) relatou que, quando almoçava na casa da denunciada, sempre servia a sua própria comida. No dia dos fatos, no entanto, seu prato foi entregue pela demandada e já continha feijão, e ele colocou os outros alimentos. O ofendido narrou que, ao provar o feijão, sentiu, imediatamente, um gosto amargo e viu umas 'bolinhas escuras', meio azuladas, e indagou que bolinhas eram aquelas, momento em que a denunciada retirou o prato da mesa e foi à cozinha."

Cíntia Mariano Dias Cabral está presa desde 20 de maio. Até a publicação desta reportagem, a reportagem não havia conseguido contato com a defesa da denunciada.

Um homem acusado de matar o ex-namorado, de 21 anos, com um doce de chocolate envenenado foi condenado a 30 anos de prisão em Florianópolis, nesta quinta-feira (7). 

O crime ocorreu em 30 de dezembro de 2018. Conforme o Ministério Público, o acusado deu ao seu ex-namorado um doce que possuía uma dose letal de veneno. A vítima veio a óbito em 3 de janeiro, devido à intoxicação.

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Durante a sessão, o promotor de Justiça Albert Medeiros Karl afirmou que o homicídio foi qualificado pelo uso de veneno, pelo motivo fútil e por ter sido praticado mediante dissimulação. A condenação foi de 30 anos de prisão em regime inicial fechado. 

Além da condenação, a Justiça não permitiu ao condenado o direito de recorrer em liberdade, acrescentando que a liberdade não seria condizente com a natureza do crime.

A Polícia Civil do Rio exumou na tarde desta quinta-feira, 26, o corpo da estudante Fernanda Carvalho Cabral, de 22 anos, que morreu em março e pode ter sido envenenada pela madrasta, Cintia Mariano Dias Cabral, de 49 anos. Cintia está presa desde a última sexta-feira, 20. Ela é acusada de envenenar o outro enteado - o também estudante Bruno Carvalho Cabral, de 16 anos, irmão de Fernanda. O adolescente, porém, foi socorrido e sobreviveu.

No dia 15, Bruno almoçou na casa que seu pai dividia com Cintia e passou mal após a refeição. Ele relatou ter visto viu resquícios de um produto azul no feijão. Foi internado no Hospital municipal Albert Schweitzer, em Realengo (zona oeste do Rio), e conseguiu se recuperar da intoxicação. Teve alta no dia 19.

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A partir desse episódio, a morte de Fernanda, com sintomas semelhantes aos do irmão, passou a ser investigada. Até então, não havia suspeita de que ela pudesse ter sido vítima de um crime.

A morte de Fernanda e o envenenamento de Bruno estão sendo investigados pelo delegado Flávio Rodrigues, titular da 33ª DP (Realengo). Foi ele que pediu ao Instituto Médico Legal (IML) a exumação. Fernanda estava enterrada no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap (zona oeste do Rio).

A perícia deve demorar cerca de 20 dias. Uma hipótese é tentar identificar nos ossos, unhas e cabelos a substância causadora da morte. Outra, mais concreta, é analisar a fauna cadavérica.

"Esperamos encontrar elementos que comprovem a substância química que foi usada no suposto envenenamento. A fauna cadavérica nos mostra os insetos que estão se alimentando do cadáver em decomposição, dando uma análise mais precisa", afirmou o delegado.

Os pais de Fernanda, Adeílson Cabral e Jane Carvalho, acompanharam a exumação, mas não quiseram dar entrevistas.

Mais exames

O delegado aguarda outro exame, do suco gástrico de Bruno e que deverá ficar pronto nos próximos dias. O laudo vai dizer se ele ingeriu ou não o veneno conhecido como chumbinho, como suspeita a polícia. Em depoimento à Polícia Civil, um filho de Cintia afirmou que a mãe lhe confessou ter envenenado os enteados.

"O declarante teve uma conversa com a mãe, onde a mesma confessou tudo que havia feito. Que Cíntia disse que colocou chumbinho no feijão do prato de Bruno e, por esse motivo, ele sentiu gostou ruim", afirma o depoimento do rapaz, divulgado pelo site G1 e confirmado pelo Estadão. "Que o declarante perguntou se ela havia feito a mesma coisa com Fernanda, irmã de Bruno, e que Cintia disse antes que fez isso tudo por amor a Adeílson, pai dos jovens. Que Cíntia não disse onde adquiriu o veneno, nem se teve ajuda de alguém, e que teme pela vida de sua mãe", segue o documento.

A defesa de Cintia nega que ela tenha confessado o crime. À Polícia Civil, Cintia afirmou que o produto azul presente no feijão é tempero industrializado. A comida recolhida pela Polícia na casa dela não continha veneno, segundo exames. A Polícia Civil investiga ainda se Cintia envenenou também um ex-marido e uma vizinha, que também morreram em circunstâncias suspeitas.

A defesa de Cíntia Mariano Dias Cabral, a madrasta presa por suspeita de envenenar dois enteados no Rio, informou que ela sustenta sua inocência. Segundo o advogado Carlos Augusto dos Santos, que atua no caso, a mulher de 49 anos nega ter confessado o crime entre familiares, conforme consta no depoimento de um de seus filhos biológicos à Polícia Civil. Os advogados planejam explorar o conflito de versões como estratégia de defesa.

Cíntia está presa temporariamente desde sexta-feira (20) e foi mantida em cárcere pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), após audiência de custódia na tarde deste domingo (22). Segundo Santos, o juiz da audiência de Custódia justificou que eventual revogação da prisão temporária deve acontecer no mesmo juízo que a decretou, a 3ª Vara Criminal do TJ-RJ. A defesa planeja pedir a revogação da prisão e, caso não tenha sucesso, impetrar habeas corpus na 2ª instância. Os advogados definem a prisão como "arbitrária e precipItada", e alegam que Cíntia tem colaborado com a investigação.

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Um dos filhos de Cíntia disse aos policiais que a mãe admitiu, em conversa, ter colocado chumbinho no prato de feijão servido ao enteado Bruno Cabral, de 16 anos. No depoimento registrado na 33ª Delegacia de Polícia (DP), em Realengo, zona oeste do Rio, o filho de Cíntia disse que a mãe também teria confessado o envenenamento da enteada, dois meses antes. Fernanda Cabral, de 22 anos, morreu no fim de março, dias após passar mal imediatamente depois de almoçar na casa da família. Segundo o rapaz, a mãe teria confessado que agiu por ciúmes da relação do companheiro com os filhos, Bruno e Fernanda.

Cíntia nega a versão, dizem os advogados. Santos e o sócio, Raphael Souza, que também advoga no caso, sustentam que a mulher compareceu três vezes para depor à Polícia Civil. Nas duas primeiras, sem a presença de advogados, Cíntia não confessou o suposto crime e, no terceiro depoimento, já acompanhada dos advogados, permaneceu em silêncio.

Santos diz suspeitar da motivação do filho biológico da mulher, com quem ela teria relação "conturbada". Ele sugeriu que vai usar o contexto familiar e o conflito de versões na estratégia da defesa.

"Ela prestou três depoimentos e, em nenhum momento, confessou. Ela afirma que não falou nada para o filho. Quero deixar bem claro: o filho que a acusa tem problemas com ela", diz o advogado. A reportagem não conseguiu contactar os demais integrantes da família.

Ainda segundo Santos, a perícia realizada pela Polícia Civil em restos do feijão recolhido na casa de Cíntia, na segunda-feira, 16, não teria detectado nenhuma substância tóxica.

Questionado sobre o resultado de exames aos quais o enteado de Cíntia, Bruno, foi submetido após passar mal, que acusaram níveis altos de chumbo no organismo, o advogado afirmou que não teve acesso a esses laudos, ainda não adicionados ao inquérito. Procurada, a Polícia Civil do Rio informou que o resultado das perícias realizadas pela Polícia serão divulgados nos próximos dias.

A Polícia Civil também informou que as investigações continuam na 33ª DP, de Realengo, e que os agentes "pretendem pedir à Justiça a exumação do corpo da enteada Fernanda Cabral para análise no Instituto Médico Legal (IML)". A Polícia ainda confirmou que a delegacia apura possível envolvimento de Cíntia em outras duas mortes, a do ex-marido e de uma vizinha. Santos rechaçou essa possibilidade, ao dizer que o ex-marido de Cíntia morreu devido a um acidente vascular cerebral hemorrágico "devidamente comprovado". O advogado afirmou desconhecer o caso da vizinha.

A prisão de uma mulher suspeita de envenenar dois enteados, o que resultou na morte da mais velha, gerou questionamentos sobre a morte do ex-marido e de uma vizinha de Cíntia Mariano Dias Cabral, de 49 anos, que morreram repentinamente. 

A Polícia vai investigar se Cíntia pode ter relação com a morte das outras duas pessoas que lhe eram próximas. 

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Ela foi presa na sexta-feira (21), por determinação da Justiça, suspeita de homicídio qualificado da enteada Fernanda Carvalho Cabral, de 22 anos, e tentativa do enteado Bruno, de 16 anos, irmão de Fernanda. As informações indicam que ela teria os envenenado com chumbinho, um veneno para matar ratos, na comida que fazia.

Os crimes aconteceram no intervalo de dois meses. Fernanda morreu em março depois de passar 13 dias internada. A suspeita de que a causa da morte teria sido envenenamento só surgiu em maio, quando o irmão apresentou sintomas semelhantes aos que levaram a irmã a ser hospitalizada com o quadro de intoxicação.

Bruno almoçou na casa de Cíntia no dia 15 de maio, e chegou na casa da mãe e relatou que a madrasta teria servido um feijão com gosto amargo e supostas pedrinhas azuis. 

No hospital, Bruno foi submetido a uma lavagem estomacal e a um exame de sangue que detectou níveis altos de chumbo no sangue. Ao associar o caso com o de Fernanda, a mãe deles, Jane Carvalho Cabral, registrou queixa na 33ª Delegacia de Polícia, em Realengo, no Rio de Janeiro. 

“Ele já veio de lá com uma ansiedade, bem preocupado e achando que tinha acontecido algo estranho porque quando reclamou do feijão amargo com pedrinhas azuis, ela arrancou o prato da mão dele, colocando mais feijão e entregando pra ele depois. Quando ele veio para cá, veio perguntando como fazia para vomitar. Mais ou menos uns 40 minutos depois começou o desespero, que foi o que a Fernanda sentiu. Na mesma hora eu imaginei que o gosto amargo do feijão poderia ser o suposto veneno”, contou a mãe. 

Cíntia teria confessado o crime ao seu filho, que relatou em depoimento na Delegacia.

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) mandou prender na última sexta-feira (20) Cíntia Mariano Dias Cabral, de 49 anos, acusada de envenenar os dois enteados com chumbinho. Ela é suspeita de ter assassinado a jovem Fernanda Carvalho, de 22 anos, em março e, um mês depois, tentar repetir a prática com o irmão dela, de 16 anos.

Fernanda foi internada em 15 de março com mal-estar e dificuldade para respirar. Ela ficou internada por 13 dias, mas não resistiu e morreu no hospital.

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Na época, os médicos atestaram a morte de Fernanda em decorrência de causas naturais. As suspeitas de envenenamento surgiram quando o irmão mais novo dela passou mal após um almoço na casa da madrasta e precisou ser levado, às pressas, para o hospital.

De acordo com a 33ª Delegacia de Polícia (DP), em Realengo, o adolescente deu entrada no Hospital Municipal Albert Schweitzer, na zona oeste da cidade, com "tonteira, língua enrolada, babando e com a pele branca após comer feijão servido por Cíntia".

O jovem foi submetido a uma lavagem estomacal e a um exame de sangue, que detectou níveis elevados de chumbo em seu organismo. A mãe dos jovens procurou a delegacia para registrar a suspeita de envenenamento no mesmo dia.

Os policiais foram até a casa de Cíntia para recolher o feijão para análise laboratorial. Ela foi levada para a 33ª DP, em Realengo, para prestar depoimento, onde teve a prisão decretada.

No mandado de prisão, a juíza Raphaela de Almeida Silva, da 3ª Vara Criminal do TJ-RJ, diz que a liberdade da madrasta "poderá causar prejuízos irreparáveis para o prosseguimento das investigações policiais": "Isso porque poderá exercer pressão sobre as testemunhas, levando em conta que os presentes na residência no momento do crime são familiares, filhos inclusive da suspeita".

A Polícia Civil do Rio de Janeiro está investigando uma suspeita de envenenamento de funcionários de um posto de saúde do município. O caso ocorreu na última sexta-feira (30). Todas as vítimas passam bem. Dez funcionários do Centro Municipal de Saúde Sílvio Barbosa, situado em Senador Camará (zona oeste do Rio), sentiram mal-estar e precisaram de atendimento médico.

Segundo a secretaria municipal de Saúde, a maioria se recuperou logo após o atendimento - a pasta não informou quais foram as providências e o diagnóstico médico. Um funcionário permaneceu se sentindo mal e no sábado (31) foi ao Hospital Municipal Rocha Faria, em Campo Grande (zona oeste), onde recebeu atendimento e teve alta no mesmo dia.

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Uma suspeita é de que o café oferecido aos funcionários possa ter sido envenenado. O que restou do produto consumido pelos servidores que passaram mal foi encaminhado à perícia. O posto de saúde oferece vacinas contra a Covid-19, mas não há indícios de que isso possa ter sido um motivo de eventual vingança contra os funcionários.

O caso foi registrado na 34ª DP (Bangu), responsável pela investigação. Funcionários da unidade de saúde já foram chamados para prestar depoimento na delegacia. O Centro de Informações Estratégicas e Resposta de Vigilância em Saúde do Rio de Janeiro (CIEVS-Rio) está acompanhando o caso.

Cybelle Hermínio, ex-mulher de Tom Veiga, intérprete do Louro José, teve entrevista exibida no programa “Domingo Espetacular” e falou sobre o testamento de Tom e a acusação de ter o envenenado. A entrevista foi com o jornalista Roberto Cabrini e foi exibida nesse domingo (11).

Hermínio, que foi a terceira e última esposa de Tom, usou a entrevista principalmente para se defender. Classificou a história como “mentirosa” e se emocionou ao revelar que sofre com xingamentos nas redes sociais.

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Sobre a exumação do corpo, que foi supostamente pedida para se avaliar detalhadamente a causa da morte, a viúva disse ser a principal interessada.

Acusação de agressão

Alessandra Veiga, que foi casada por 17 anos com o ator, confirmou que havia agressões por parte de Cybelle. Segundo ela, uma garrafa já teria sido jogada contra Tom.

“Nada disso é verdade. Nunca houve violência, de ambas as partes. Uma pessoa que realmente é agredida tem interesse em perguntar como a outra está, ir até você? Eu diria que é contraditório”.

Imagem na internet

A viúva de Tom Veiga ainda falou sobre os danos à sua imagem, diante da opinião pública.

“Nesse momento eu tenho jornalistas que me chamam de monstro, e pessoas que me definem como assassina, vagabunda, usurpadora”

Filhos e dinheiro

Tom Veiga teve quatro filhos: Adrian e Alissa, com a ex-mulher Alessandra Veiga e Diego e Amanda, com Cristina Rilco.

Nesta semana, o jornal Extra publicou que Veiga, dias antes de morrer, teria pedido a um amigo ir com ele até um cartório para retirar o nome de Cybelle no testamento.

Segundo o jornal Extra, os filhos de Tom ainda correm o risco de perder uma casa no EUA, que era propriedade do pai, por conta de dívidas, já que ela está com seis meses de pagamento atrasado.

Sobre a relação de Tom com os filhos, Cybelle disparou: “Não existe esse carinho, não existia esse carinho de pai. Ele se sentia um caixa eletrônico”.

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