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Maria do Socorro Azevedo, mulher que diz ser filha de Pelé, fez um requerimento na Justiça pedindo a exumação do corpo do Rei do Futebol, morto em 29 de dezembro de 2022, em decorrência de um tumor no cólon. Ao Estadão, o advogado da viúva de Pelé, Márcia Aoki, classifica a medida como "descabida" e acredita ser "improvável" o acolhimento do pedido. As partes aguardam a decisão, que corre na a 2ª Vara de Família e Sucessões.

Pelé respondia na Justiça uma ação de paternidade movida por Maria do Socorro Azevedo, que é representada pela Defensoria Pública de São Paulo e alega ser sua filha, tornando-a também herdeira legítima da herança do jogador. O Rei não recorreu e decidiu que ia fazer o teste de DNA, mas acabou morrendo antes de realizar o exame. Ele citou a possibilidade de ter uma outra filha em seu testamento.

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Os filhos de Pelé concordaram em realizar os exames laboratoriais antes de iniciar o debate sobre a partilha. O primeiro resultado deu negativo e o laudo de uma contraprova é aguardado. O procedimento está sendo realizado em uma clínica particular de São Paulo. Tanto a viúva, Marcia Aoki, quanto os seis filhos do Rei concordaram com os termos deixados por ele no testamento. Em dezembro, a Justiça de São Paulo, por meio de decisão publicada pela juíza Andrea Roman, da 2ª Vara de Família e Sucessões, determinou o cumprimento do documento.

Maria do Socorro apareceu para comentar o assunto publicamente pela primeira vez neste domingo, em entrevista ao programa "Domingo Espetacular", da TV Record. Ela, que tem 60 anos, conta que a mãe, já falecida, conheceu Pelé durante um evento no Maranhão, mas nunca comunicou ao Rei que havia engravidado. Natural do Piauí, a mulher que diz ser filha do jogador decidiu pedir um exame de DNA em 2019, quando ainda trabalhava em São Paulo como empregada doméstica. Segundo a família de Pelé, o teste nunca foi realizado porque ele enfrentava sérios problemas de saúde à época.

Este não é o única polêmica envolvendo a herança de Pelé. Marcia Aoki questiona o porcentual de remuneração pedido por José Fornos Rodrigues, mais conhecido como Pepito Fornos, ex-assessor e amigo de longa data do Rei. Escolhido pelo ex-jogador para ser o testamenteiro, ele pede 5% do valor total, o máximo permitido por lei. Porém, a viúva de Pelé discorda, alegando que ele não cumpriu com as obrigações do testamento no processo. Segundo apurado pelo Estadão, as partes ainda buscam uma solução para o tema.

Estima-se que Pelé tenha deixado fortuna de R$ 78 milhões. Edinho foi ordenado inventariante com o aval dos irmãos após Marcia Aoki abrir mão da função. O ex-goleiro pediu para administrar a herança do pai, argumentando estar mais familiarizado com os negócios da família. Em setembro, eles também concordaram com a inclusão de Gemima, enteada do Rei do Futebol, entre os herdeiros.

QUEM SÃO OS HERDEIROS DE PELÉ?

No testamento, assinado em 2020, Pelé destina 30% de todos os seus bens para a mulher Marcia - incluindo uma casa no Guarujá -, 60% a serem divididos para os seis filhos e a enteada, e outros 10% para dois netos, filhos de Sandra Regina, morta em 2006, filha que ele nunca reconheceu. Caso Maria do Socorro seja reconhecida como herdeira legítima, ela entra na divisão dos 60% com os filhos.

Marcia se casou com Pelé em 2016, quando o Rei já tinha 75 anos. De acordo com o Código Civil brasileiro, todas as pessoas acima de 70 anos devem se casar com separação de bens. Com 56 anos, ela era a terceira mulher do atleta e o namorava desde 2010. A viúva, que atualmente trabalha em uma empresa de importação de suplementos médicos, conheceu Pelé enquanto estudava administração em Nova York, na década de 1980. Ela é de Penápolis, interior de São Paulo.

Antes de Marcia, Pelé havia sido casado duas vezes: com Rosimeri Cholbi e com a cantora gospel Assíria Nascimento. Edinho, de 52 anos, Jennifer, 43, e Kely, 54, são os filhos que Pelé teve com Rosemeri. Os gêmeos Celeste e Joshua, de 26 anos, são frutos da relação dele com Assíria. Sandra, morta em 2006 vítima de câncer, foi fruto de uma relação rápida que o Rei teve com Anísia Machado, em 1966. O reconhecimento da paternidade se deu anos depois por meio de exame de DNA. Flávia Cristina é filha de Lenita Kurtz, que se relacionou com Pelé em 1969.

A Polícia Civil do Rio exumou na tarde desta quinta-feira, 26, o corpo da estudante Fernanda Carvalho Cabral, de 22 anos, que morreu em março e pode ter sido envenenada pela madrasta, Cintia Mariano Dias Cabral, de 49 anos. Cintia está presa desde a última sexta-feira, 20. Ela é acusada de envenenar o outro enteado - o também estudante Bruno Carvalho Cabral, de 16 anos, irmão de Fernanda. O adolescente, porém, foi socorrido e sobreviveu.

No dia 15, Bruno almoçou na casa que seu pai dividia com Cintia e passou mal após a refeição. Ele relatou ter visto viu resquícios de um produto azul no feijão. Foi internado no Hospital municipal Albert Schweitzer, em Realengo (zona oeste do Rio), e conseguiu se recuperar da intoxicação. Teve alta no dia 19.

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A partir desse episódio, a morte de Fernanda, com sintomas semelhantes aos do irmão, passou a ser investigada. Até então, não havia suspeita de que ela pudesse ter sido vítima de um crime.

A morte de Fernanda e o envenenamento de Bruno estão sendo investigados pelo delegado Flávio Rodrigues, titular da 33ª DP (Realengo). Foi ele que pediu ao Instituto Médico Legal (IML) a exumação. Fernanda estava enterrada no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap (zona oeste do Rio).

A perícia deve demorar cerca de 20 dias. Uma hipótese é tentar identificar nos ossos, unhas e cabelos a substância causadora da morte. Outra, mais concreta, é analisar a fauna cadavérica.

"Esperamos encontrar elementos que comprovem a substância química que foi usada no suposto envenenamento. A fauna cadavérica nos mostra os insetos que estão se alimentando do cadáver em decomposição, dando uma análise mais precisa", afirmou o delegado.

Os pais de Fernanda, Adeílson Cabral e Jane Carvalho, acompanharam a exumação, mas não quiseram dar entrevistas.

Mais exames

O delegado aguarda outro exame, do suco gástrico de Bruno e que deverá ficar pronto nos próximos dias. O laudo vai dizer se ele ingeriu ou não o veneno conhecido como chumbinho, como suspeita a polícia. Em depoimento à Polícia Civil, um filho de Cintia afirmou que a mãe lhe confessou ter envenenado os enteados.

"O declarante teve uma conversa com a mãe, onde a mesma confessou tudo que havia feito. Que Cíntia disse que colocou chumbinho no feijão do prato de Bruno e, por esse motivo, ele sentiu gostou ruim", afirma o depoimento do rapaz, divulgado pelo site G1 e confirmado pelo Estadão. "Que o declarante perguntou se ela havia feito a mesma coisa com Fernanda, irmã de Bruno, e que Cintia disse antes que fez isso tudo por amor a Adeílson, pai dos jovens. Que Cíntia não disse onde adquiriu o veneno, nem se teve ajuda de alguém, e que teme pela vida de sua mãe", segue o documento.

A defesa de Cintia nega que ela tenha confessado o crime. À Polícia Civil, Cintia afirmou que o produto azul presente no feijão é tempero industrializado. A comida recolhida pela Polícia na casa dela não continha veneno, segundo exames. A Polícia Civil investiga ainda se Cintia envenenou também um ex-marido e uma vizinha, que também morreram em circunstâncias suspeitas.

O corpo do miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, conhecido como Capitão Adriano, foi exumado para realização de novos exames sobre as circunstâncias de sua morte, ocorrida em 9 de fevereiro de 2020 após tiroteio com a polícia no município de Esplanada, interior da Bahia. O procedimento foi solicitado pelo Ministério Público e autorizado pela Justiça da Bahia e do Rio de Janeiro.

Adriano era apontado por investigadores do Rio como chefe do Escritório do Crime, milícia especializada em homicídios por encomenda e ligada a Ronnie Lessa, ex-PM preso sob acusação de ter matado a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, em março de 2018.

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'Rachadinha'

No entanto, a apuração mais sensível contra o miliciano era a que mira suposto esquema de 'rachadinha' no gabinete do senador Flávio Bolsonaro, filho '01' do presidente, à época em que ocupava uma cadeira na Assembleia Legislativa do Rio.

De acordo com as investigações do Ministério Público do Rio, Adriano integrava 'o núcleo executivo da organização criminosa' denunciada, célula do grupo que era liderada pelo senador Flávio Bolsonaro. A mãe do miliciano, Raimunda Veras Magalhães, e a ex-mulher Danielle Mendonça da Costa foram assessoras do então deputado.

Os investigadores apontam ainda ao menos sete ligações entre o miliciano e o ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz, suposto operador do esquema instalado no gabinete do filho mais velho do presidente.

Outras necropsias

O corpo de Adriano já passou por duas necropsias que indicaram que o miliciano foi morto por dois tiros de fuzil, disparados a, no mínimo, um metro e meio de distância. Laudo do Instituto Médico Legal do Rio indicou ainda que o miliciano tinha nas costelas fraturas compatíveis com tiros e não apresentava "lesões violentas" - que poderiam indicar tortura.

Nos aproximamos dos 14 meses da pandemia em Pernambuco e uma dúvida em relação aos 13.967 mil mortos pelo vírus ainda gera receio. O prazo para transferência dos corpos se esgota e as consequências de desenterrar tantas vítimas da infecção susta. Por outro lado, o colapso do sistema funerário obriga a desocupação das covas para novos falecidos.

Antes mesmo da crise sanitária, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) já indicava que os corpos fossem exumados e colocados em urnas dois anos após o sepultamento. A retirada dos mortos pelo vírus pode até criar certo temor pelo medo de uma nova demanda de reinfecções, mas o biomédico Pablo Gualberto ressalta que é praticamente impossível os corpos contaminarem novas pessoas.

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"O vírus obrigatoriamente para sobreviver, ele precisa de uma célula viva para poder se replicar. Se ele não tiver uma célula, ele sobrevive por muito pouco tempo", explica. O especialista acrescenta que a falta de oxigênio faz com que a célula não consiga produzir energia, logo, sua sobrevivência "é coisa de minutos ou no máximo uma hora".

---> Colapso funerário obriga homem a enterrar a tia no Recife

Pablo indica que a transmissão da Covid-19 é muito rápida, tanto que ocorre principalmente quando expelimos gotículas na fala. Já a chance de contágio por meio de contato em superfícies e objetos, como o próprio caixão, é ainda menor. "Quando você coloca isso para dentro de uma realidade em casa, em que você tá sempre limpando ou que tem incidência de luz solar, isso já cai bastante, a sobrevivência desse vírus em si", pontua.

Mesmo assim, coveiros e funcionários das funerárias devem ficar atentos ao manejo dos corpos e seus fluídos, que ainda podem transmitir a doença por apenas alguns dias. "No cadáver a gente pode ter fluidos, por exemplo, saliva, secreções e até o próprio sangue. Esses fluidos sim podem levar risco. Por isso os enterros são isolados”, complementa.

A operação para exumar os restos mortais do ditador Francisco Franco, que provocou muitas discussões e reabriu velhas feridas na Espanha, começou nesta quinta-feira (24) no Vale dos Caídos, o grande mausoléu onde está sepultado há 44 anos.

Os trabalhos para remover os restos mortais embalsamados e sepultá-los novamente no discreto cemitério de El Pardo-Mingorrubio, em Madri, onde está enterrada sua esposa, Carmen Polo, começou pouco antes das 11h00 locais (6H00 de Brasília), informou o governo espanhol.

Poucos momentos antes do início da operação, 22 membros da família do general, que governou a Espanha com mão de ferro entre 1939 e 1975 após sua vitória na Guerra Civil (1936-1939), entraram na basílica para acompanhar a exumação.

O processo, para o qual foram credenciados quase 500 jornalistas e é exibido parcialmente pela televisão, pode durar várias horas.

Se a visibilidade permitir, o traslado até Mingorrubio, quase 50 km de viagem, será feito de helicóptero. Se não for possível, a viagem acontecerá por terra. Uma vez no cemitério, a missa para o novo sepultamento, em uma cripta familiar, será oficiada pelo padre Ramón Tejero, filho de Antonio Tejero, o tenente-coronel que liderou uma tentativa frustrada de golpe de Estado em 1981.

O governo do primeiro-ministro socialista Pedro Sánchez transformou a exumação em uma de suas prioridades depois de chegar ao poder em junho de 2018, para que este mausoléu, algo que não tem comparação com outro país de Europa Ocidental, deixe de ser um lugar de exaltação do franquismo.

Sánchez havia prometido a exumação ainda para 2018. Mas o processo foi adiado em mais de um ano pela batalha judicial iniciada por sete netos do ditador.

A oposição, tanto de direita como de esquerda, acusa o líder do PSOE de utilizar a exumação para obter frutos eleitorais a pouco mais de duas semanas das legislativas de 10 de novembro.

"Isto deveria ser feito em um período não pré-eleitoral", disse o líder do partido de esquerda radical Podemos, Pablo Iglesias.

"Nós não vamos gastar nem um minuto para falar sobre o que aconteceu na Espanha há 50 anos", declarou recentemente o líder do conservador Partido Popular (PP), Pablo Casado, enquanto Santiago Abascal, líder do partido de extrema-direita Vox, criticou a "profanação de um túmulo".

A Espanha deve exumar na quinta-feira (24), após vários adiamentos, os restos mortais de Francisco Franco de seu monumental mausoléu na região de Madri, 44 anos após o fim de uma ditadura que não teve as feridas completamente cicatrizadas.

O governo do primeiro-ministro Pedro Sánchez (PSOE), no poder desde junho de 2018, transformou a exumação em uma de suas bandeiras para que o complexo do Vale dos Caídos deixe de ser um local de "exaltação" da ditadura franquista (1939-1975).

"É uma grande vitória da dignidade, da memória, da justiça, da reparação e, portanto, da democracia espanhola", declarou Sánchez.

A exumação, que será transmitida ao vivo pela televisão, deve começar às 10H30 locais (5H30 de Brasília). Os restos mortais do ditador serão transportados do Vale dos Caídos, 50 km ao noroeste de Madri, até o cemitério de El Pardo-Mingorrubio, na zona norte da capital, onde sua esposa foi sepultada.

Se o tempo permitir, a transferência será feita de helicóptero.

Sánchez prometeu a exumação em 2018, mas o processo foi adiado em mais de um ano pela batalha judicial iniciada pela família do ditador que governou a Espanha com mão de ferro depois de liderar o golpe de Estado contra a II República espanhola e vencer a Guerra Civil (1936-1939).

A oposição acusa o líder do PSOE de utilizar a exumação para obter uma vantagem eleitoral a pouco mais de duas semanas das legislativas de 10 de novembro, nas quais os socialistas enfrentam um cenário complicado pela semana de distúrbios violentos na Catalunha.

Idealizado por Franco em 1940 para celebrar sua "gloriosa cruzada" contra os republicanos "sem Deus", a construção do Vale dos Caídos aconteceu de 1941 a 1959, com a participação de presos políticos.

O complexo, situado na serra ao norte da capital espanhola, consiste em uma basílica e uma cruz de 150 metros de altura, visível a quilômetros de distância.

Em nome de uma pretendida "reconciliação" nacional, Franco ordenou a transferência para o local dos restos mortais de mais de 33.000 vítimas - do lado franquista e do lado republicano - da guerra civil, sem avisar suas famílias.

Desde sua morte em 1975, Franco permanece em um túmulo, sempre com flores frescas, aos pés do altar da basílica.

Os herdeiros do ditador apresentaram uma série de recursos contra a exumação e depois tentaram, sem sucesso, transferir os restos mortais para a catedral de Almudena (Madri), onde sua filha foi sepultada, mas o Tribunal Supremo espanhol rejeitou os pedidos.

A Fundação Francisco Franco, que defende o legado do ditador, convocou uma manifestação na quinta-feira no cemitério de Mingorrubio para rezar "por quem tanto fez pela Espanha e sua grandeza", mas as autoridades proibiram a iniciativa.

Os restos mortais do ditador Francisco Franco serão finalmente exumados na próxima quinta-feira do grande mausoléu em que se encontram para um sepultamento em um local mais discreto, anunciou o governo da Espanha, que transformou este tema em uma das suas principais bandeiras.

Dezesseis meses depois de o primeiro-ministro socialista Pedro Sánchez anunciar o desejo de retirar Franco do Vale dos Caídos, que fica 50 km ao noroeste de Madri, o governo anunciou que "procederá na próxima quinta-feira 24 de outubro, às 10H30 (5H30 de Brasília), a exumação.

"Os restos mortais serão levados, após a exumação, ao panteão de Mingorrubio, no qual está sepultada sua viúva, Carmen Polo, no cemitério do Pardo, ao norte de Madri", informa o texto.

A operação acontecerá de "maneira íntima, na presença de parentes, com dignidade e respeito", indicou o governo, que designou como representante do Estado a ministra da Justiça, Dolores Delgado.

- Exumação na campanha eleitoral -

Desta maneira, o governo de Pedro Sánchez, que não aceita que os restos mortais do ditador permaneçam em um mausoléu público que exalta sua figura, cumprirá uma de suas principais promessas, anunciada quando assumiu o poder em junho de 2018.

O procedimento acontecerá a menos de três semanas das eleições legislativas de 10 de novembro, no momento em que as pesquisas apontam uma estagnação do Partido Socialista e um avanço do conservador Partido Popular e do Vox (extrema-direita). Mas nenhum dos lados conseguiria maioria clara para governar.

E tudo isto em meio à crise na Catalunha, onde os protestos de manifestantes independentistas terminaram em distúrbios violentos desde que o Tribunal Supremo condenou na semana passada nove líderes separatistas a penas de até 13 anos de prisão.

Assim que assumiu o poder após uma moção de censura que derrubou o conservador Mariano Rajoy, Sánchez tentou aprovar a exumação de Franco de seu mausoléu, onde foi sepultado depois de governar a Espanha com mão de ferro de 1939, quando venceu a guerra civil, até sua morte em 1975.

Mas ele esbarrou na negativa dos herdeiros do ditador, que primeiro rejeitaram de modo veemente a exumação e depois tentaram, sem sucesso, transferir os restos mortais para a catedral de Almudena (Madri).

O confronto virou uma prolongada batalha legal. Nas últimas semanas, o Supremo Tribunal espanhol decidiu os últimos recursos a favor do governo.

Fechado ao público para a preparação da exumação, o Vale dos Caídos recebeu no domingo máquinas pesadas, "para proceder a profanação", criticou a administração do local, contrária à operação.

- Carga ideológica -

A medida tem uma grande carga ideológica, em um país onde ainda se debate a memória histórica. A esquerda apoia exumação, enquanto os conservadores desdenham da medida e o partido de ultradireita Vox critica com veemência.

Sánchez afirma que a exumação servirá para fechar "simbolicamente o círculo da democracia espanhola".

O gigantesco mausoléu católico, com uma cruz de 150 metros, era visitado a cada ano por milhares de turistas e também por alguns nostálgicos que continuam enaltecendo a figura de Franco e celebrando missas em sua homenagem.

Idealizado pelo próprio Franco, o complexo foi construído entre 1941 e 1959 em plena serra de Guadarrama, em parte com o trabalho forçado de presos republicanos, alguns deles falecidos durante o confinamento.

Em nome de uma pretendida "reconciliação" nacional, Franco ordenou a transferência para o local dos restos mortais de mais de 33.000 vítimas - do lado nacional e do lado republicano - da guerra civil, sem avisar suas famílias.

O governo socialista anunciou em um primeiro momento que a ideia era transformar o Vale dos Caídos em um local em memória de todos os espanhóis, mas seu destino ainda não foi decidido.

O corpo do cacique Emyra Wajãpi, de 62 anos, foi exumado nesta sexta-feira, 2, em uma aldeia da Terra Indígena Wajãpi, no Amapá. O laudo com as causas da morte, que teria ocorrido último dia 23, ainda foi não divulgado, e pode demorar ainda 30 dias para ser concluído.

A exumação e o exame necroscópico foram realizados na terra indígena, a cerca de 300 quilômetros de Macapá, numa operação que envolveu 27 agentes públicos, entre médico legista e auxiliares da Polícia Técnico-Científica, agentes da Polícia Federal e do Grupo Tático Aéreo da Polícia Civil, que cedeu um helicóptero para o deslocamento.

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A previsão inicial era que o corpo fosse desenterrado e levado em voo a Macapá para exames no Instituto Médico Legal. No entanto, os investigadores optaram por realizar a necropsia na floresta, para realizar um novo sepultamento de forma mais breve.

Os líderes da etnia acusam garimpeiros ilegais de terem assassinado o cacique após invadirem a área. Em buscas iniciais, policiais militares e federais não encontraram vestígios de invasão, embora os indígenas tenham reiterado a denúncia nos últimos dias.

O Ministério Público Federal abriu dois procedimentos para apurar se houve invasão da terra indígena e a morte do cacique. O exame cadavérico é tido como um passo fundamental na apuração, para determinar causa, hora e dia do óbito.

Os investigadores que apuram a morte do cacique Emyra Waiãpi no Amapá decidiram exumar o corpo do indígena, com autorização de lideranças das aldeias. Na próxima sexta-feira, um helicóptero disponibilizado pelo governo do Estado irá à terra indígena buscar o corpo, onde está enterrado, e transportá-lo a Macapá para exames com objetivo de identificar a causa da morte.

As circunstâncias ainda não foram esclarecidas, embora os indígenas acusem um ataque de garimpeiros ilegais. Em buscas preliminares, policiais militares do Bope e policiais federais estiveram no território indígena, mas não encontraram evidências da presença de invasores.

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A Suprema Corte espanhola decidiu nesta terça-feira (4) suspender por precaução a exumação dos restos mortais do ditador Francisco Franco de seu mausoléu, enquanto o recurso apresentado pela família é examinado.

A exumação, marcada para a próxima segunda-feira pelo governo, está no centro de uma batalha judicial entre o governo socialista e os descendentes do ditador que governou a Espanha com mão de ferro de 1939 a 1975 e está enterrado em um mausoléu faraônico perto de Madri.

A Suprema Corte apontou em um comunicado que uma de suas câmaras "decidiu por unanimidade suspender por precaução a exumação dos restos mortais de Francisco Franco Bahamonde que ocorreria em 10 de junho".

Para a mais alta instância judiciária da Espanha, a suspensão visa evitar "danos" que poderiam ser causados à família do ditador, mas também ao Estado, se o recurso dos descendentes de Franco for finalmente aceito. O que forçaria a devolução do corpo para onde está atualmente.

O governo do socialista Pedro Sánchez quer enterrar Franco em um lugar mais discreto, no cemitério do Pardo em Madri.

Na China, mais especificamente em Jiangxi, localizado no sudeste do país, as autoridades locais estão em campanha na tentativa de erradicar o enterro dos mortos. Mesmo em meio às críticas, o governo está agindo contra a vontade dos familiares das pessoas, desenterrando os caixões e exumando os corpos. Em protesto contra o que está acontecendo, algumas pessoas estão se deitando nos caixões já retirados.

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Segundo informações da mídia local e reportagem do site Observador, as autoridades estão oferecendo a quantia de 2 mil yuanes (moeda local que equivale a 251 euros), por cada caixão entregue voluntariamente. No entanto, com a resistência dos familiares o governo está usando retroescavadeira para a remoção dos caixões.

O que se fala é que as autoridades estão agindo assim para "preservar a qualidade dos terrenos para que estejam eficazes para o uso agrícola".

A espanhola Pilar Abel, que, em 20 de julho, fez com que se exumasse o corpo do pintor Salvador Dalí como parte de um processo de paternidade, não é filha do artista, informou nesta quarta-feira a Fundação Gala-Salvador Dalí em um comunicado.

"Depois de analisadas as mostras biológica de Pilar Abel Martínez e as obtidas na exumação dos restos mortais de Salvador Dalí, (...) os resultados obtidos permitem excluir Dalí como pai biológico de María Pilar Abel Martínez", afirmou a Fundação, citando os advogados.

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Com o bigode intacto e colocado "às dez e dez", como ordenou há 28 anos antes de morrer, o famoso pintor espanhol Salvador Dalí foi exumado de acordo com um processo de paternidade aberto pela vidente Pilar Abel.

Durante mais de três horas e a portas fechadas, os peritos trabalharam no túmulo do artista surrealista enterrado no Teatro-Museu de Figueras, a localidade catalã onde nasceram tanto ele quanto sua pretensa filha.

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De seu corpo embalsamado foram extraídos cabelo, unhas e dois ossos longos para obter o DNA que será comparado com o de Pilar Abel, de 61 anos, no Instituto de Toxicologia e Ciências Forenses de Madri.

Os especialistas se surpreenderam ao abrir o túmulo e descobrir que o famoso bigode do pintor se mantinha intacto.

"Fiquei assombrado. Foi como um milagre", afirmou Narcís Bardalet, o médico legista que embalsamou o artista em 1989 e acompanhou emocionado a operação.

Ao levantar o lenço de seda branca que cobria o rosto de Dali, além do bigode icônico, o cabelo do artista também estava intacto.

Lluis Peñuelas Reixach, secretário-geral da Fundação Dalí, que administra o museu, criticou a exumação como "um ato de violência contra o falecido". Ele ressaltou, porém, que o procedimento foi realizado sem incidentes, "preservando a intimidade de Salvador Dalí e do patrimônio do Museu".

- Exumação criticada -

A resposta à pergunta sobre se Pilar Abel é, ou não, filha de Dalí deverá esperar algumas semanas. Em setembro, serão apresentadas as provas no julgamento previsto para analisar o processo.

O pintor catalão morreu em Figueras em 23 de janeiro de 1989, aos 84 anos, após compartilhar boa parte de sua vida com Gala, musa que aparece em muitos de seus quadros e com quem não teve filhos.

A exumação foi ordenada pela Justiça no fim de junho, em resposta à demanda de Pilar Abel Martínez. Caso sua filiação seja comprovada, ela poderá abrir outro processo para reivindicar pelo menos 25% da herança do pintor, segundo seu advogado.

Pilar assegura que, por enquanto, o mais importante é "saber a verdade" sobre sua identidade.

A herança, que inclui propriedades imobiliárias e centenas de quadros, encontra-se toda nas mãos do Estado espanhol e é administrada pela Fundação Dalí. O patrimônio era de quase 400 milhões de euros no fim de 2016, segundo o balanço anual.

De acordo com o relato de Pilar, que tem lacunas a serem preenchidas, sua mãe conheceu Dalí trabalhando como empregada na casa de amigos do pintor, no povoado catalão de Cadaqués. Lá, passava longas temporadas em sua casa de Port-Lligat.

Quando grávida, casou-se com outro homem e, meses depois, Pilar nasceu. Com apenas oito anos, ela teria ouvido da avó a "verdade" sobre sua identidade.

Sua mãe confirmou essa história em 2007. Pilar diz conta com outras testemunhas que sabem do caso que sua mãe, agora com 87 anos e com Alzheimer, manteve com Dalí.

O Tribunal Superior de Justiça da Catalunha, na Espanha, confirmou nessa quarta-feira (19) que a exumação do corpo de Salvador Dalí para extrair amostras de DNA será realizada nessa quinta-feira (20). O objetivo da exumação é comparar o código genético de Salvador Dalí com o de Pilar Abel, mulher que se declara filha do pintor. A espanhola de 61 anos reivindica na justiça o reconhecimento do artista como seu pai desde 2007.

Dali foi enterrado em 1989 em sua cidade natal,  Figueres, a 737 km da capital espanhola Madri. O trabalho de exumação começará amanhã às 20h (horário local, 15h, horário de Brasília) no Teatro-Museu Dalí, local do sepultamento e que recebe visitação pública. A exumação acontece  após o encerramento do horário de visitação do público.

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A diretora do museu e os diretores da Fundação Gala-Dalí, darão uma entrevista na manhã de sexta-feira (21).

Maria Pilar Abel Martinez, que nasceu na cidade de Girona, a 699 km de Madri, em 1956, entrou com uma ação em 2007 para ser reconhecida como filha do artista. Segundo Pilar, Salvador Dalí manteve uma relação secreta com sua mãe na cidade de Port Lligat, a 770 km de Madri. 

A decisão da justiça alega que os estudos do DNA do cadáver do pintor são necessários para comprovação da suposta paternidade, já que não existem outros restos biológicos adequados para o teste. A exumação do corpo de Dalí foi ordenada no fim de junho desde ano.

Os restos mortais de quatro ingleses que integravam a elite dos primeiros colonos que chegaram ao estado norte-americano Virgínia no século XVII foram encontrados no sítio histórico de Jamestown - uma importante descoberta, segundo arqueólogos.

"É uma descoberta importante, estes quatro homens são as personalidades inglesas mais antigas encontradas nos Estados Unidos", declarou à AFP Jim Horn, presidente da associação histórica Jamestown Discovery, que anunciou nesta terça-feira com o Museu Nacional de História Natural o resultado de mais de dois anos de pesquisas e investigações.

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Algumas das ossadas de um sacerdote anglicano e de três figuras militares foram descobertas enterradas na igreja protestante mais antiga dos Estados Unidos, ativa entre 1608 e 1616, numa área a 200km ao sul de Washington que é objeto de escavações arqueológicas nos últimos anos.

Foi nesta zona, perto do rio James, que desembarcaram em 14 de maio de 1607 cerca de uma centena de homens, enviados para formar a primeira colônia inglesa no continente americano.

Os restos ósseos, que correspondem apenas a uma terceira parte do esqueleto, foram descobertos em novembro de 2013 durante escavações na igreja, da qual apenas restam vestígios arqueológicos.

Foram identificados mediante um paciente trabalho apoiado na tecnologia moderna - raios X, análises de DNA - e investigações nos arquivos britânicos, explicou o arqueólogo-chefe do sítio, William Kelso.

"Perdidos na história por mais de 400 anos, a descoberta destes restos mortais revela novas pistas sobre a vida, a morte e a importância da religião em uma das maiores colônias inglesas na América", afirmaram os cientistas.

A Rússia anunciou nesta sexta-feira (10) sua decisão de exumar os restos de uma filha e do único filho do último czar, Nicolau II, preservados há uma década nos Arquivos do Estado e cuja autenticidade não foi oficialmente estabelecida.

A decisão foi tomada pelo primeiro-ministro Dmitri Medvedev, e diz respeito aos restos do herdeiro ao trono (Tsarevich), Alexis, e sua irmã Maria, assassinados com toda a família imperial russa em 1918, indicou o serviço de imprensa do governo, citado por agências de notícias russas.

Em 2008, o Ministério Público russo tornou público os resultados dos testes de DNA que confirmaram que os restos encontrados há um ano na região de Yekaterinburg (Ural) eram os do 'Tsarevich' e de uma de suas irmãs.

Os fragmentos de corpos mostravam sinais de morte violenta e foram descobertos em julho de 2007 nas proximidades de Yekaterinburg, onde foi executada toda a família imperial, na manhã de 17 de julho de 1918, por ordem dos bolcheviques, que chegaram ao poder após a Revolução de outubro de 1917.

"Estas ossadas seguem enterradas desde 2007 e é conveniente exumá-las", declarou o diretor do Arquivo do Estado, Sergei Mironenko, citado pela agência oficial de notícias TASS.

O Ministério Público e o Comitê de Investigação já "disseram claramente que trata-se dos restos mortais de membros da família imperial, o que podemos provar sua autenticidade com base em documentos históricos preservados nos arquivos", disse ele.

Por sua parte, a Igreja Ortodoxa Russa, que mantinha dúvidas sobre a autenticidade dos restos mortais, elogiou esta iniciativa. "É uma decisão muito oportuna", declarou o porta-voz da Igreja Ortodoxa Russa, Vsevolod Chapline, citado pela Interfax.

Os restos mortais de outros membros da família Romanov, extraídos de uma vala comum em Ekaterinburg, em 1991, foram oficialmente identificados em 1998 pelo governo russo e foram enterrados com grande pompa na ex-capital imperial, São Petersburgo.

O presidente da CPI da Petrobras, Hugo Motta (PMDB-PB), cedeu aos apelos da família do ex-deputado José Janene (PP-PR) e anunciou nesta quinta-feira (21) que não vai mais apresentar agora o requerimento para exumar o corpo do ex-parlamentar, cuja morte foi oficialmente registrada em 2010. Motta só apresentará a solicitação para votação no colegiado depois de apreciar documentos que os familiares de Janene se comprometeram a entregar.

A filha de Janene telefonou para Motta na noite de quarta-feira (20) e, nesta manhã, o advogado da família esteve com o parlamentar. Ambos prometeram ao presidente da CPI entregar documentos que comprovariam que o ex-deputado está realmente morto e sepultado. "Ela (a filha) me pediu para que a gente aguardasse, que a gente pudesse analisar primeiro a documentação", disse Motta. "O requerimento está aqui pronto. Em atenção à família, não irei apresentar. Houve esse apelo (feito pelos familiares). Vamos esperar a documentação chegar. E a documentação não chegando ou ela sendo frágil, vamos prosseguir (com o pedido de exumação)", afirmou o deputado.

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Na sessão de terça-feira, quando o deputado Julio Delgado (PSB-MG) disse que documentação do Incor (Instituto do Coração de São Paulo), onde Janene estava internado, poderia atestar a morte do ex-deputado, Motta afirmou que "o que vai dizer se ele está vivo ou morto é a exumação, não é um papel. Papel em branco aceita tudo".

Inicialmente, Hugo Motta anunciou a exumação como certa, informando inclusive que iria formar uma comissão parlamentar para acompanhar o trabalho dos legistas. Ao ser criticado por parlamentares, decidiu que colocaria o requerimento em votação. Após conversar por telefone com o advogado da família, decidiu que apresentaria o requerimento, mas só o colocaria em votação após ouvir a viúva de Janene, Stael Fernanda. A solicitação para ouvi-la ainda não foi votada.

O relator da CPI da Petrobras, Luiz Sérgio (PT-RJ), acredita que a exumação do ex-deputado José Janene (PP-PR) só deve acontecer em último caso e após conversa com a viúva Stael Fernanda Janene. "Exumação é uma decisão extrema", comentou.

Luiz Sérgio contou que foi surpreendido com a proposta do presidente da comissão, o peemedebista Hugo Motta (PB). Ele defendeu a realização de uma reunião fechada com a viúva para esclarecer pontos sobre o envolvimento de Janene no esquema de corrupção da Petrobras. "Tem muita coisa desencontrada", afirmou.

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Ao final do depoimento do ex-diretor-presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini, Motta disse que não bastará um atestado de óbito para provar a morte de Janene. "Tem de ter um conjunto de provas", enfatizou.

O depoimento de Avancini durou menos de quatro horas. Proibido de falar sobre assuntos que fugissem do escopo da investigação sobre a corrupção na Petrobras, a oitiva foi uma das mais rápidas desses três meses de CPI.

No final, o ex-diretor presidente da empreiteira disse que procurou ser "o mais transparente possível". "Em momento algum acho que fomos vítimas", disse o executivo, falando a todo momento de "arrependimento".

A CPI da Petrobras na Câmara vai pedir a exumação do corpo do ex-deputado José Janene (PP-PR), por suspeita de que ele ainda está vivo. Os deputados receberam informações de que Janene estaria atualmente na América Central. A viúva do ex-deputado, Stael Fernanda Janene será convocada para prestar depoimento à CPI.

"Vai ter a exumação do corpo. Vou montar uma comissão de deputados para acompanhar a exumação, colher o DNA da família e ver se é ele mesmo que está lá sepultado", disse ao Estado o presidente da comissão, deputado Hugo Motta (PMDB-PB).

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Janene morreu em 14 de setembro de 2010. Réu no processo do mensalão por suspeita de ter recebido R$ 4,1 milhões quando presidia o PP, Janene era acusado de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. No curso da Operação Lava Jato, que investiga desvios na Petrobras, Janene é apontado como responsável por organizar o esquema de corrupção na estatal, segundo depoimentos do doleiro Alberto Youssef, um dos personagens centrais da Lava Jato. O ex-parlamentar fazia com que as cúpulas das siglas envolvidas fossem beneficiadas diretamente.

Em um dos depoimentos prestados à Justiça Federal, Youssef declarou que, por orientação de Janene, repassava valores a "agentes públicos, agentes políticos" e usava para isso um segundo doleiro, Carlos Habib Carter, dono do Posto da Torre, em Brasília, para entregar os valores.

Ele disse que parte do dinheiro vinha do caixa de construtoras. O doleiro afirmou ainda que mantinha uma conta corrente conjunta com o ex-deputado, responsável pela indicação de Paulo Roberto Costa para a diretoria de Abastecimento da estatal petrolífera, em 2004.

À CPI da Petrobras, o empresário Augusto Mendonça, da Toyo Setal, disse ter sido procurado por Janene, em tom ameaçador, para tratar do pagamento de propinas.

Já existe requerimento do deputado Altineu Côrtes (PP-RJ) para convocar a viúva. A convocação seria votada na semana passada, mas foi interrompida devido ao início da ordem do dia.

Menos de dois anos após a exumação dos restos mortais de d. Pedro I, o primeiro imperador brasileiro, e de suas duas mulheres, as imperatrizes d. Leopoldina e d. Amélia, a mesma equipe de cientistas da Universidade de São Paulo (USP) deve estudar os remanescentes do Segundo Reinado: o imperador d. Pedro II e sua mulher, d. Teresa Cristina, a filha do casal, princesa Isabel, e seu marido, o conde D’Eu.

A reportagem apurou que os trâmites já estão bem avançados e a exumação deve ocorrer neste semestre. Com o know-how adquirido no estudo anterior, a maior dificuldade desta fase será o traslado dos restos mortais até o Hospital das Clínicas, em São Paulo, onde os exames serão realizados. Isso porque, se na primeira vez os nobres estavam sepultados na cripta do Parque da Independência, no Ipiranga, d. Pedro II e família estão bem mais distantes: a 463 km da capital paulista, no Mausoléu Imperial, na Catedral de Petrópolis, no Rio.

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Os responsáveis pelo estudo ainda analisam se o transporte será realizado por via terrestre ou aérea - mas já sabem que ao menos no primeiro trecho, o da Serra de Petrópolis, o transporte deve ser rodoviário.

Assim como nos trabalhos realizados em 2012, os restos mortais da família devem ser submetidos a uma bateria de exames, como tomografias e ressonâncias magnéticas. As análises serão acompanhadas por radiologistas e patologistas, entre outros especialistas. Os diagnósticos são de ponta. Cálculos realizados a pedido da reportagem em 2013 mostravam que exames similares não sairiam por menos de R$ 150 mil.

Acredita-se que o corpo da princesa Isabel esteja embalsamado - o que é visto com otimismo pelos pesquisadores, uma vez que um corpo bem conservado propicia pesquisas avançadas. Uma das surpresas do estudo anterior foi o fato de d. Amélia, segunda mulher de d. Pedro I, estar mumificada.

Segredo

Realizados em sigilo entre fevereiro e setembro de 2012, os estudos com d. Pedro I e suas duas mulheres foram divulgados com exclusividade pela reportagem em fevereiro de 2013.

Entre outras revelações, o estudo desmentiu a versão histórica de que d. Leopoldina teria caído, ou sido derrubada, de uma escadaria e fraturado o fêmur. Ficou provado que d. Pedro I tinha quatro costelas fraturadas, resultado de dois acidentes a cavalo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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