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A prisão de uma mulher suspeita de envenenar dois enteados, o que resultou na morte da mais velha, gerou questionamentos sobre a morte do ex-marido e de uma vizinha de Cíntia Mariano Dias Cabral, de 49 anos, que morreram repentinamente. 

A Polícia vai investigar se Cíntia pode ter relação com a morte das outras duas pessoas que lhe eram próximas. 

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Ela foi presa na sexta-feira (21), por determinação da Justiça, suspeita de homicídio qualificado da enteada Fernanda Carvalho Cabral, de 22 anos, e tentativa do enteado Bruno, de 16 anos, irmão de Fernanda. As informações indicam que ela teria os envenenado com chumbinho, um veneno para matar ratos, na comida que fazia.

Os crimes aconteceram no intervalo de dois meses. Fernanda morreu em março depois de passar 13 dias internada. A suspeita de que a causa da morte teria sido envenenamento só surgiu em maio, quando o irmão apresentou sintomas semelhantes aos que levaram a irmã a ser hospitalizada com o quadro de intoxicação.

Bruno almoçou na casa de Cíntia no dia 15 de maio, e chegou na casa da mãe e relatou que a madrasta teria servido um feijão com gosto amargo e supostas pedrinhas azuis. 

No hospital, Bruno foi submetido a uma lavagem estomacal e a um exame de sangue que detectou níveis altos de chumbo no sangue. Ao associar o caso com o de Fernanda, a mãe deles, Jane Carvalho Cabral, registrou queixa na 33ª Delegacia de Polícia, em Realengo, no Rio de Janeiro. 

“Ele já veio de lá com uma ansiedade, bem preocupado e achando que tinha acontecido algo estranho porque quando reclamou do feijão amargo com pedrinhas azuis, ela arrancou o prato da mão dele, colocando mais feijão e entregando pra ele depois. Quando ele veio para cá, veio perguntando como fazia para vomitar. Mais ou menos uns 40 minutos depois começou o desespero, que foi o que a Fernanda sentiu. Na mesma hora eu imaginei que o gosto amargo do feijão poderia ser o suposto veneno”, contou a mãe. 

Cíntia teria confessado o crime ao seu filho, que relatou em depoimento na Delegacia.

Um motorista avançou com uma caminhonete contra integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) durante uma manifestação, na manhã desta quinta-feira (18), numa estrada rural de Valinhos, município do interior de São Paulo.

Um manifestante de 72 anos morreu e outras cinco pessoas, entre elas um jornalista que cobria o ato, ficaram feridas. Após o atropelamento, o motorista acelerou e fugiu, segundo a Polícia Militar (PM). O crime aconteceu na ocupação "Marielle Vive!", na Estrada dos Jequitibás, na zona rural do município. Os moradores do acampamento reivindicavam água, saúde e escola, entregando folhetos a quem passava pelo local.

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De acordo com o advogado dos acampados, Alfredo Bonardo, cerca de 40 pessoas estavam sobre a pista para a panfletagem, quando a caminhonete se aproximou pela contramão e o motorista acelerou o veículo contra o grupo. Segundo Bonardo, alguns acampados fizeram menção de segurar o veículo, mas o motorista teria mostrado uma arma.

O idoso foi levado de ambulância para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Valinhos, mas não resistiu aos ferimentos. O jornalista, que trabalhava para o MST e usava uma câmera na cobertura do ato, também foi levado para a UPA. Ele passou por exames e permanecia em observação.

Outros quatro manifestantes tiveram ferimentos leves e foram atendidos no local. A Polícia Militar e a Guarda Municipal foram atrás do veículo, mas não o alcançaram. A Polícia Civil informou que trabalhava na identificação do dono do veículo para chegar à autoria do atropelamento.

Em nota, o MST confirmou a morte do manifestante, identificado apenas como "senhor Luiz" e repudiou o ataque. "A manifestação tinha como objetivo pressionar a prefeitura de Valinhos para garantir o fornecimento de água. As famílias também lutam pelo direito à terra e a realização da Reforma Agrária", diz o texto.

O movimento informa, ainda, que o acampamento "Marielle Vive!" conta com mais de mil famílias e existe desde o dia 14 de abril de 2018, após uma ocupação na Fazenda Eldorado Empreendimentos Ltda. "As famílias exigem a punição imediata a este assassino, que age sob o clima de terror contra os movimentos populares, incentivado por autoridades que estão no governo brasileiro", conclui a nota.

A reportagem entrou em contato com a prefeitura de Valinhos e aguarda o retorno.

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