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As vésperas da estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo Feminina de 2023, a treinadora Pia Sundhage e a lateral Tamires participaram de uma coletiva de imprensa na cidade de Adelaide, na Austrália. O jogo contra o Panamá ocorre amanhã, dia 24, às 8h (horário de Brasília), em partida válida pelo Grupo F.

Na entrevista, a técnica garantiu que Marta está fisicamente apta para jogar. "A Marta está 100% na parte física. Quantos minutos de treino e jogo ela precisa ter para entrar no jogo, depende da partida. Mas o treino que tivemos ontem foi muito bom. [...] Ela estará pronta", disse a sueca.

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Pia ainda comentou sobre o rival do Brasil, elogiando o Panamá e afirmando que é um time que apresenta "bons momentos" durante as partidas. Ao ser questionada sobre o favoritismo brasileiro na competição, a treinadora afastou a pressão e disse que a seleção canarinho não está entre as principais favoritas, mas que briga pelo título.

Apesar de usar o idioma nativo brasileiro com as jogadoras, Pia ainda responde as perguntas em inglês. Durante a coletiva, ela classificou o português como "um idioma muito difícil". Tamires revelou um momento emocionante da treinadora sueca após a derrota para a Canadá nos pênaltis nas Olimpíadas de Tóquio de 2020.

"Na Olimpíada, lembro bem quando perdemos, foi uma sensação muito ruim. A Pia falou emocionada: ‘me desculpa, vou aprender português e procurar fazer o melhor’. Ela realmente aprendeu. Ela dá muitas reuniões falando português. Como não confiar em uma comissão experiente, que traz uma técnica fora do normal? Sentimos esse brilho no olhar", disse a jogadora do Corinthians.

Falando sobre as chances do Brasil no torneio, a lateral esquerda se mostrou otimista e disse acreditar na força do grupo. "Sabemos o que temos que fazer. O erro faz parte, crescemos com ele. É por isso que temos hoje essa seleção focada e motivada em dar o melhor. As atletas que estão vivendo essa Copa, tem um brilho no olhar gostoso de ver. Parece que é a primeira Copa para nós também. Estamos vivendo coisas diferentes no futebol feminino", disse.

Em uma estreia a altura de uma Copa do Mundo, a seleção feminina do Japão venceu a Zâmbia de 5 a 0 na primeira goleada da edição de 2023. O domínio do time asiático na madrugada deste sábado, 22, em Hamilton, na Nova Zelândia, as leva, temporariamente, para a liderança do grupo C.

Na próxima rodada, as japonesas jogam contra a Costa Rica em partida que ocorre na quarta-feira, 26, no Dunedin Stadium às 2h. Enquanto isso, as espanholas duelam contra a Zâmbia.

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Apesar de surpreendente, as goleadas em copas femininas tem um histórico com grandes vitórias, protagonizado pelo time tetracampeão da competição: os Estados Unidos, que fez a maior goleada de todas as edições por 13 a 0 em 2019 contra a Tailândia, na França.

Também na estreia, as americanas tiveram o protagonismo de Alex Morgan,que realizou cinco dos 13 gols.

Veja só o ranking das maiores goleadas da Copa do Mundo Feminina:

1ª: Estados Unidos 13 x 0 Tailândia (Reims, França, 11 de junho de 2019)

2ª: Alemanha 11 x 0 Argentina (Xangai, China, 10 de setembro de 2007)

3ª: Alemanha 10 x 0 Costa do Marfim (Ottawa, Canadá, 7 de junho de 2015)

4ª: Suíça 10 x 1 Equador (Vancouver, Canadá, 12 de junho de 2015)

5ª: Suécia 8 x 0 Japão (Fochan, China, 19 de novembro de 1991) e Noruega 8 x 0 Nigéria (Karlstad, Suécia, 6 de junho de 1995)

6ª: Estados Unidos 7 x 0 Taipé Chinês (Foshan, China, 24 de novembro de 1991); Noruega 7 x 0 Canadá (Gävle, Suécia, 10 de junho, 1995) e China 7 x 0 Gana (Portland, EUA, 24 de junho de 1999)

A poucos dias do início da Copa do Mundo Feminina, Neymar se tornou pauta mesmo não estando envolvido na competição. O atacante do Paris Saint-Germain e da seleção brasileira foi citado pela jogadora alemã Sophia Kleinherne, que exaltou o futebol feminino, dizendo que as mulheres são mais honestas e que não exageram suas reações em lances faltosos.

Segundo Kleinherne, o futebol feminino é bem mais ‘verdadeiro’ quando comparado ao masculino. Em entrevista à Playboy alemã, a defensora de 23 anos citou camisa 10 do Brasil como alguém que fica muito tempo caído no chão.

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"Não conheço nenhum Neymar feminino", disse. "Não conheço nenhuma jogadora que fique dois ou três minutos no chão (risos). Sério: eu diria que realmente colocamos nossos corações em cada segundo do jogo - e mesmo quando perdemos, nunca podemos ser acusados de não ter dado tudo de nós."

Defender e exaltar o nível do futebol feminino foi um dos principais pontos do depoimento. "As pessoas que continuam a criticar o futebol feminino estão simplesmente olhando por lentes completamente erradas", analisou Kleinherne.

Uma das diferenças, segundo ela, entre o futebol feminino e o masculino também está no relacionamento com o público. Para a jogadora, o time das mulheres é mais aberto a contato com os torcedores do que o dos homens. "Queremos estar perto dos fãs e viver perto dos fãs. Esta não é uma crítica aos homens que atingiram tais proporções que não podem mais permitir a todos. Também conseguimos inspirar com nosso futebol honesto."

A Alemanha é uma das favoritas ao título mundial e hoje o time feminino é mais prestigiado que o masculino. Enquanto as mulheres são as atuais vice-campeãs europeias, os homens amarguram duas quedas doloridas em Mundiais. A equipe alemã está no Grupo H e faz sua estreia no dia 24 contra o Marrocos.

Em preparação para a disputa da Copa do Mundo Feminina, a seleção irlandesa abandonou um amistoso com a Colômbia, nesta sexta-feira, após menos de 25 minutos de jogo. De acordo com a agência de notícias Associated Press, a Irlanda disse que o motivo da decisão foi a natureza "extremamente física" da partida.

A imprensa britânica informou que a jogadora irlandesa Denise O'Sullivan foi levada ao hospital com uma lesão na canela sofrida durante a partida. Além disso, duas jogadoras colombianas receberam cartões amarelos nos primeiros 19 minutos. O jogo foi realizado com portões fechados, em Brisbane, na Austrália, sede do Mundial ao lado da Nova Zelândia. Após abandonar a partida, a seleção irlandesa resolveu fazer um treinamento completo.

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Em comunicado, a Federação Colombiana de Futebol disse respeitar a decisão das adversárias, mas negou que sua seleção tenha tido qualquer comportamento antidesportivo. "Apesar de todos os processos das nossas equipes estarem enquadrados nas regras do jogo, competição saudável e Fair Play, entre outras, respeitamos a decisão da nossa equipa rival", diz o texto.

A Irlanda estreia na Copa do Mundo Feminina na próxima quinta-feira, a partir das 7 horas, horário de Brasília, em duelo com a anfitriã Austrália. A Colômbia, por sua vez, começa sua jornada na competição em duelo com a Coreia do Sul, no dia 24 de julho, segunda-feira.

A seleção brasileira estreia na Copa do Mundo Feminina no dia 24 de julho, contra o Panamá, mas o torcedor brasileiro já tem uma dúvida desde já: os dias de jogos do Brasil terão ponto facultativo, assim como o Mundial masculino? Os estabelecimentos comerciais fecharão quando os jogos caírem em dias de semana? Os trabalhadores terão folga? Por enquanto, não há nenhuma resolução oficial do governo a respeito do tema.

No último fim de semana, antes do amistoso do Brasil com o Chile, no estádio Mané Garrincha, em Brasília, as comandadas de Pia Sundhage receberam a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da ministra do Esporte, Ana Moser. Além de acompanhar a preparação da equipe antes da viagem para a Austrália, país que sediará a Copa Feminina juntamente com a Nova Zelândia, o momento serviu para revelar o plano do governo em tornar os jogos do Brasil na competição em ponto facultativo.

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"Vamos estar torcendo demais, vamos estar super focados em dar visibilidade. Vamos ver se a gente consegue fazer ponto facultativo nos dias de jogos. Quando tem jogo no masculino, não tem folga? Então, vamos tentar fazer o mesmo, dar a mesma importância", afirmou a ministra, durante treinamento da seleção brasileira no DF. O perfil oficial do Ministério também divulgou o projeto em suas redes sociais nesta sexta-feira.

Caso o plano se concretize, o País poderá ter sete pontos facultativo, desde que a seleção chegue até a semifinal - três na fase de grupo e quatro na etapa de mata-mata. Será a despedida de Marta da seleção, aos 37 anos. No Mundial do Catar, como já é comum na competição masculina, foi decretado cinco pontos facultativos, já que o Brasil foi eliminado nas quartas de final para a Croácia.

Enquanto a ideia ainda não foi aprovada, a cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, aprovou ponto facultativo para servidores da Câmara Municipal nos dias dos jogos do Brasil. A matéria é da ex-vereadora Divaneide Basílio (PTO) e foi apontada pelos legisladores como uma conquista para a equidade de gênero no esporte.

Realizada na Oceania, a Copa terá uma diferença no fuso horário que pode chegar a 16 horas. Na fase de grupos, o Brasil jogará às 7h e 8h (horário de Brasília) da manhã; caso avance ao mata-mata, poderá entrar em campo entre 22h e 7h. O torneio começa dia 20. O Brasil já está na Austrália. A seleção tem compromissos na primeira fase nos dias 24 e 29 de julho, contra Panamá e França, respectivamente, e depois no dia 2 de agosto, diante da Jamaica.

Maior jogadora de futebol de todos os tempos e eleita seis vezes a melhor do mundo, aos 37 anos a atacante Marta irá para aquela que poderá ser sua última Copa do Mundo. Nesta terça-feira, a jogadora foi a última a ter o nome anunciado pela técnica Pia Sundhage, que enalteceu todas as qualidades da jogadora, mas não a garantiu como titular.

Marta vem sofrendo com sucessivas lesões, mas nos últimos dias garantiu nas redes sociais que estará em plenas condições para o Mundial. Pia Sundhage conta muito com a jogadora, mas logo após anunciá-la como uma das 23 convocadas para a Copa do Mundo da Austrália e da Nova Zelândia, reiterou que a atleta não é mais a mesma de outras épocas.

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"(Eu lembro da) Marta, em 2018, quando eu treinava nos EUA, ela era brilhante. Mas ela não domina mais o jogo como naquela época, por duas razões. Ela está mais velha e não tão rápida, e as outras jogadoras são muito rápidas agora", explicou Pia.

A treinadora já havia dito em entrevista ao Estadão que vê Marta muito mais como uma jogadora para deixar as atacantes na cara do gol do que artilheira. E voltou a comentar isso nesta terça.

"Marta é a rainha, é um ícone. Estar perto dela é contagioso. É generosa, tem muita energia, no passe final é uma das melhores. Estar perto dela e ter a chance de jogar com ela é importante", afirmou Pia. "Se vai estar como titular eu não sei, mas com certeza vai cumprir a função que daremos a ela."

A treinadora também comentou sobre eventual pressão por ser a provável última Copa do Mundo de Marta, assim como aconteceu com Messi no Mundial do Catar. "Pressão é a palavra errada, parece meio negativa. Eu sou sortuda por estar perto da Marta, a forma como ela vai jogar e estar perto do time. Acho que podemos usar o nome e a pessoa dela de forma positiva", considerou Pia.

Com as voltas da artilheira Debinha e da estrela Marta, Pia Sundhage anunciou nesta terça-feira as jogadoras que defenderão o Brasil na busca do inédito título da Copa do Mundo da Austrália e Nova Zelândia entre os dias 20 de julho e 20 de agosto. A treinadora chamou 26 atletas, mas três são apenas suplentes caso alguém se machuque.

Fora na Finalíssima contra a Inglaterra por problemas clínicos, Debinha volta para ser a centroavante titular de Pia Sundhage e a esperança de gols na Copa do Mundo - tem 57 gols na seleção, atrás apenas de Cristiane, com 83, e Marta, com 119. Já a experiente Marta, de 37 anos e que também foi cortada por dores na coxa contra as inglesas, deve compor o grupo apesar dos 17 gols em 19 jogos pela competição. A camisa 10 é quem mais anotou com a camisa verde e amarela na história e servirá para orientar o grupo recheado de jovens.

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A treinadora, porém, perdeu algumas peças importantes por lesão. A goleira Lorena, do Grêmio, e a atacante Ludmila, do Atlético de Madrid, sofreram lesões graves e serão desfalques. Angelina, há 11 meses se recuperando de ruptura do ligamento cruzado anterior e do menisco lateral, tinha esperança de disputar sua primeira Copa, mas ficou apenas na lista extra, ao lado de Tainara e Aline Gomes.

As jogadoras se apresentam em Brasília neste sábado. Antes de embarcar para a estreia na Copa do Mundo, o Brasil ainda fará mais um amistoso em solo nacional. Domingo, às 10h30, a seleção recebe o Chile no estádio Mané Garrincha, em Brasília. No dia 3, às 5 da manhã, ocorre o embarque para Brisbane, na Austrália, onde será a base da seleção, com preparação até dia 18 buscando aclimatação e adaptação ao fuso horário. A comissão terá psicóloga, dois médicos, fisioterapeuta, massagista e ginecologista para deixar as jogadoras com total respaldo para se preocuparem apenas em jogar futebol.

A primeira partida na Copa pelo Grupo F está agendada para o dia 24 de julho, diante do Panamá. Depois, as brasileiras ainda enfrentam França (dia 29/7) e Jamaica (2/8). Apesar da dura chave, a expectativa é grande após bons resultados nas últimas apresentações.

As comandadas de Pia Sundhage perderam da Inglaterra na Finalíssima somente nos pênaltis após 1 a 1 no jogo e fizeram 2 a 1 na também potente Alemanha. Na SheBelieves o resultado positivo veio diante do Japão, com 1 a 0. Depois, a equipe amargou tropeços contra o Canadá, por 2 a 0, e diante dos Estados Unidos, com 2 a 1, mas encarando as rivais por igual.

O sonho é igualar ou melhorar as campanhas de 2007, quando perdeu na final para a Alemanha, e de 1999, ano em que subiu ao pódio com o terceiro lugar. E nem mesmo o nível alto das oponentes tira a confiança das campeãs sul-americanas em fazer bonito na Oceania. O trabalho de reconstrução da seleção durou todo o ciclo e foi realizado justamente para esta Copa do Mundo. Pia Sundhage já avisou que seu time chega forte.

Confira as 26 convocadas:

Goleiras: Camila (Santos), Letícia Izidoro (Corinthians) e Bárbara (Flamengo).

Defensoras: Antônia (Levante-ESP), Bruninha (Gothan-EUA), Kathellen (Real Madrid-ESP), Lauren (Madrid CFF-ESP), Rafaelle (Arsenal-ING), Tamires (Corinthians) e Mônica (Madrid CFF-ESP).

Meio-campistas: Adriana (Orlando Pride-EUA), Ana Vitória (Benfica-POR), Ary Borges (Racing Louisville-EUA), Duda Sampaio (Corinthians), Luana (Corinthians) e Kerolin (North Carolina Courage-EUA).

Atacantes: Andressa Alves (Roma), Bia Zaneratto (Palmeiras), Debinha (Kansas City Current), Gabi Nunes (Madrid CFF-ESP), Geyse (Barcelona-ESP), Marta (Orlando Pride-EUA) e Nycole (Benfica-POR).

Suuplentes: Angelina (OL Reign), Tainara (Bayern de Munique) e Aline Gomes (Ferroviária).

A seleção brasileira feminina de futebol ultrapassou a Holanda e ganhou uma posição no ranking da Fifa, divulgado nesta sexta-feira. O Brasil ocupa o oitavo lugar, com 1.995 pontos, atrás de Estados Unidos (2.090), Alemanha (2.061), Suécia (2.049), Inglaterra (2.040), França (2.026), Espanha (2.002) e Canadá (1.996).

No último ranking da Fifa, o Brasil ocupava o nono lugar, mas o empate com a Inglaterra, por 1 a 1, na Finalíssima (confronto entre campeã da Copa América e campeã europeia), e a vitória sobre a Alemanha, por 2 a 1, foram cruciais para alcançar o oitavo lugar. Completam o Top 10 a Holanda (1.980) e a Austrália (1.919).

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Em 2023, o Brasil soma duas vitórias, sobre Alemanha e Japão, um empate com a Inglaterra e duas derrotas, contra Estados Unidos e Canadá. Em quase quatro anos no comando da seleção feminina, Pia Sundhage soma 53 jogos, com 32 vitórias, 12 empates e 9 derrotas.

Antes da disputa da Copa do Mundo Feminina, o Brasil enfrentará o Chile, no dia 2 de julho, no estádio Mané Garrincha, em Brasília, às 16h30. Será o último amistoso antes da estreia no Mundial.

A estreia na Copa do Mundo será no dia 24 de julho diante do Panamá, em Adelaide, na Austrália. Na sequência, enfrenta a França, no dia 29, em Brisbane. A equipe fecha a participação na primeira fase, no dia 2 de agosto, contra a Jamaica, em Melbourne, também em solo australiano.

O Brasil não foi o único a se destacar no ranking. Outros onze países quebraram seus recordes de pontos no ranking da Fifa: Espanha (2.002,28), Irlanda (1.743,59), Eslovênia (1.556,25), Filipinas (1.512,97), Zâmbia (1.298,31), Camboja (1.144,56), Chipre (1.134,28), Líbano (1.062,88), Paquistão (944,58), Arábia Saudita (844,30) e Butão (841,86).

Até o dia 27 de agosto, está em cartaz a exposição “Rainha de Copas” no Museu do Futebol, em São Paulo. A mostra celebra a Copa do Mundo de Futebol Feminino, que este ano começa em 20 de julho e vai até 20 de agosto. A exibição retrata a história do torneio e a luta para FIFA reconhecer as seleções femininas.

Os visitantes poderão ver a réplica da taça da Copa das Mulheres e participar de uma experiência interativa, além de conferir jogadas inéditas, relatos de atletas, curiosidades e imagens de acervos das próprias jogadoras e a atuação do Brasil no jogo.

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O público também aprenderá sobre a luta das atletas pela igualdade, já que as condições da categoria feminina sempre foram inferiores às dos torneios masculinos.

Os ingressos custam entre R$10 (meia-entrada) e R$ 15 (inteira). Crianças até 7 anos não pagam e a visita é gratuita às terças-feiras. 

A curadoria é de Aira Bonfim, Juliana Cabral, Lu Castro e Silvana Goellner. Rainhas de Copas abrange desde o Torneio Experimental na China em 1988 até o presente. Naquela época, o objetivo era convencer a FIFA a organizar um mundial entre seleções de mulheres. Apesar de não ser exibida na televisão, a competição obteve sucesso e em 1991 ocorreu a primeira edição da Copa do Mundo de Futebol Femino.

SERVIÇO - Exposição Rainha de Copas

Data: Até 28 de agosto de 2023

Horário: Terça a domingo, das 9h às 18h.

Entrada até as 17h. 

Local: Museu do Futebol

Endereço: Praça Charles Miller, sem número - Estádio Paulo Machado de Carvalho (Pacaembu) - São Paulo/SP

Em um amistoso que selou a preparação da seleção brasileira feminina nesta terça-feira, em Nuremberg, a equipe comandada pela técnica Pia Sundhage surpreendeu a Alemanha e venceu as anfitriãs por 2 a 1, com autoridade. Os dois gols da vitória saíram ainda no primeiro tempo do confronto, enquanto as alemãs marcaram nos acréscimos do segundo tempo.

O Brasil, que vinha de um empate com a Inglaterra por 1 a 1, em Wembley, voltou a apresentar um futebol convincente e apresentou uma boa variação de jogadas e também um eficiente sistema de marcação.

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Como este foi o último amistoso antes da disputa da Copa do Mundo, a prioridade agora é aproveitar o período que antecede o torneio internacional para ajustar a equipe e melhorar o entrosamento a fim de chegar à competição como real candidata ao título.

O Brasil está no Grupo F do Mundial e vai enfrentar a França, a Jamaica e o Panamá. A estreia acontece diante das panamenhas no dia 24 de julho. Cinco dias depois, as comandadas de Pia Sundhage enfrentam as francesas. O confronto que encerra a primeira fase do torneio acontece no dia 2 de agosto contra a seleção jamaicana.

No jogo, a seleção brasileira apresentou um bom volume ofensivo e não demorou para balançar a rede. Aos 11 minutos, Rafaelle fez um lançamento explorando a velocidade de Gabi Nunes, que entrou na área e dividiu a bola com a goleira Ann-Katrin Berger. A sobra ficou para a lateral esquerda Tamires completar o lance de pé direito: 1 a 0.

O Brasil seguiu jogando com personalidade e não se intimidou por estar atuando na casa da do adversário. Alemanha só conseguiu ameaçar forçando os cruzamentos. Bem postada, a defesa brasileira levou a melhor nas bolas aéreas e ofuscou o ímpeto rival. Com uma rápida transição da defesa para o ataque, o time brasileiro ampliou a vantagem aos 37 minutos. Em um escanteio pelo lado esquerdo, Ari Borges fez a cobrança fechada, a defesa não cortou, e a bola entrou direto no gol: 2 a 0.

No segundo tempo, com a Alemanha preocupada em tirar a desvantagem, o Brasil mostrou força no seu setor defensivo e dificultou a criação das jogadas de ataque da Alemanha a partir do meio-campo.

Pia ainda aproveitou a etapa final para dar chance a outras atletas. Gabi Portilho, que substituiu Ary Borges, e Aline Gomes, de 17 anos, que fez a sua estreia na seleção, mantiveram o bom nível ofensivo brasileiro.

No final, porém, o jogo ficou tenso com a pressão da Alemanha. Aos 43 minutos, Schüller tentou dar uma cavadinha e Letícia fez a defesa. Nos acréscimos, porém, o gol acabou saindo. Schüller aproveitou defesa parcial da goleira brasileira e fez o gol da Alemanha já no finalzinho da partida.

Em um jogo dramático e cheio de alternativas para as duas equipes, a seleção brasileira feminina se superou na disputa da Finalíssima, arrancou um empate de 1 a 1 com a poderosa Inglaterra, com um gol nos acréscimos marcado pela Andressa Alves, mas acabou amargando o vice-campeonato do torneio na derrota por pênaltis por 4 a 2, na tarde desta quinta-feira em Wembley. Tamires e Rafaelle desperdiçaram para a seleção brasileira enquanto Tooney perdeu o seu tiro livre. Kelly, responsável pela última cobrança das inglesas, definiu o título em favor das europeias.

A Finalíssima é uma das iniciativas de intercâmbio firmadas entre Uefa e Conmebol para aproximar as entidades. Campeã da Copa América, as brasileiras mediram forças com a Inglaterra, vencedora da última edição da Eurocopa. O amistoso foi considerado um importante teste visando a disputa da Copa do Mundo de futebol feminino, que será disputada na Austrália e na Nova Zelândia.

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O estádio de Wembley recebeu um bom público, que foi superior a 83 mil torcedores. Um torcedor ilustre fez questão de comparecer ao estádio para incentivar a seleção brasileira: o atacante Richarlison, do Tottenham, que já tinha ido a um treinamento da seleção brasileira, marcou presença nas tribunas.

Amplamente superior nos primeiros 45 minutos, a Inglaterra foi para o intervalo com a vantagem de 1 a 0 com o gol marcado por Toonei. Na etapa final, o Brasil cresceu com as mudanças da técnica Pia Sundhage e buscou o empate com Andressa Alves nos acréscimos.

A seleção brasileira disputa ainda um amistoso nesta terça-feira, às 13h (horário de Brasília) contra a Alemanha, em Nuremberg, como parte da preparação para a Copa do Mundo.

A Inglaterra comandou as ações ofensivas desde o início do jogo e dificultou a saída de bola da seleção brasileira. Com rapidez na troca de passes e boa variação de jogadas, a seleção inglesa foi criando seguidas chances tendo como principal referência Lauren James e Hemp.

A melhor das oportunidades foi em um chute de Lucy Bronze, que bateu cruzado, e obrigou Lelê a uma difícil defesa. O Brasil incomodou em um bom lançamento feito por Tamires. Geyse escapou em velocidade, achou um espaço para o chute na pequena área, mas a bola desviou na zaga e foi para a linha de fundo.

Com mais volume de jogo, o gol saiu em uma bela trama das inglesas. Lucy Bronze iniciou a jogada pela direita e Stanway chegou à linha de fundo com liberdade. O cruzamento rasteiro encontrou Toone sem marcação na área. Ela bateu firme e abriu o placar fazendo um golaço.

O Brasil esboçou reação em investida pela esquerda novamente com Tamires, mas os seguidos erros de passe seguiram atrapalhando o time da técnica Pia Sundhage. Aos 29 minutos a Inglaterra voltou a marcar, mas o gol de Lauren James acabou anulado por impedimento.

O ritmo baixou, mas no final da primeira etapa, Lelê precisou trabalhar em dois lances seguidos para evitar que a Inglaterra ampliasse primeiro em cabeçada de Hemp, e depois com uma finalização de Alessia Russo.

Na volta para o segundo tempo, com Andressa Alves e Adriana na equipe, o Brasil foi para o jogo e passou a incomodar, mudando o cenário do confronto. Na melhor das chances, Geyse mandou uma bomba que a goleira Earps teve muita dificuldade para defender.

A Inglaterra sentiu o golpe e mudou a sua estratégia. Se antes, o time tinha o controle do jogo com a posse de bola, no segundo tempo as inglesas recuaram e passaram a apostar nos contra-ataques para chegar ao segundo gol.

O Brasil botou pressão total no final da partida e passou a marcar no campo do adversário. A Inglaterra procurou administrar o tempo e passou a recorrer às faltas para travar a partida.

Nos acréscimos, no entanto, a estrela da técnica Pia brilhou. Em uma bola cruzada, a goleira Earps não segurou e Andressa Alves pegou a sobra para empatar a partida aos 47 minutos do segundo tempo e levar a disputa para os pênaltis. Na cobranças, a Inglaterra mostrou mais sangue frio e acabou levando a melhor vencendo as brasileiras por 4 a 2.

Os calções brancos que compunham o uniforme principal da seleção inglesa de futebol feminino serão trocados por peças azuis durante a disputa da Copa do Mundo deste ano, que será disputada entre 20 de julho e 20 de agosto, na Austrália e na Nova Zelândia. A mudança foi realizada para que as jogadoras sintam-se mais confortáveis quando estiverem menstruadas.

"Queremos que nossas jogadoras sintam que têm nosso apoio neste assunto e pedimos aos organizadores dos torneios internacionais que levem esse tema em consideração e que permitam uma maior flexibilidade em relação a mudanças nos uniformes", comunicou a Associação Inglesa de Futebol (FA, na sigla em inglês).

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O abandono dos calções brancos é uma tendência entre as equipes de futebol feminino. O Manchester City anunciou a mudança em outubro do ano passado e foi seguido por outros clubes, como o Orlando Pride, time de Marta nos Estados Unidos.

A seleção feminina da Inglaterra costuma jogar com um uniforme todo branco. Foi com esse traje que as inglesas conquistaram a última Eurocopa, mas, antes do título, já haviam reclamado do uso dos shorts brancos durante a competição.

A atacante Beth Mead se pronunciou publicamente sobre o assunto logo após a primeira rodada do torneio europeu, em julho do ano passado. "Espero que eles mudem a cor. É muito bonito ter um kit todo branco mas, por vezes, não é prático, quando chega aquela altura do mês. Lidamos com isso o melhor que podemos", disse na ocasião.

Após a reivindicação, enfim, conseguiram concretizar a mudança. O primeiro jogo com o calção azul será contra o Brasil, nesta quinta-feira, quando as duas seleções se enfrentam pela Finalíssima, torneio que promove o embate entre as campeãs europeias e as campeãs sul-americanas.

Principal nome do futebol feminino brasileiro, a experiente Marta vem sofrendo com as lesões e não vai defender o País na Finalíssima, dia 6 de abril, diante da Inglaterra, e no amistoso com a Alemanha, cinco dias depois. A jogadora foi cortada pela técnica Pia Sundhage nesta quinta-feira, por causa de uma lesão muscular. Para sua vaga, a palmeirense Duda Santos foi chamada.

É o segundo corte que Pia Sundhage é obrigada a fazer na lista de convocadas para os compromissos de abril. Também por lesão, ela trocou a corintiana Duda Sampaio pela companheira de clube, Luana, na terça-feira. A técnica já não contava com a atacante Ludmila e viu o Grêmio informar nesta quinta que a goleira Lorena vai ter de passar por cirurgia no joelho. Ambas estão fora da Copa do Mundo da Austrália e Nova Zelândia, em julho.

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Os jogos com Inglaterra e Alemanha serviriam para Pia Sundhage ver como Marta se comportaria no renovado time nacional após ficar afastada por 11 meses tratando um grave lesão no joelho. A técnica já havia convocado a estrela para a She Believes e gostaria de aprimorar seu entrosamento com as companheiras.

O Orlando Pride, clube de Marta nos Estados Unidos, contudo, informou à CBF que a jogadora não poderia se apresentar à seleção brasileira por causa de uma lesão no bíceps femoral da posterior esquerda e o corte acabou anunciado.

"A meia Duda Santos, do Palmeiras, está convocada pela técnica Pia Sundhage para defender a seleção brasileira feminina na Data Fifa de abril. As Guerreiras do Brasil enfrentam a Inglaterra, na Finalíssima, no dia 6, e a Alemanha, no dia 11", informou a CBF. "A jogadora foi chamada para a vaga da atacante Marta, do Orlando Pride (EUA)."

O troféu da Copa do Mundo Feminina é do Brasil - pelo menos até a quinta-feira. A taça original, que será entregue pela Fifa à seleção campeã no meio do ano, foi exibida em frente ao Cristo Redentor no início da manhã desta quarta-feira(29), no Rio de Janeiro. Um dos maiores símbolos do País, o monumento no alto do Morro do Corcovado foi o local escolhido para registrar a chegada do troféu durante o "Tour da Taça".

A passagem pelo Brasil, porém, será rápida. O troféu ficará no País até esta quinta-feira, apenas na cidade do Rio. E o público em geral só teve a chance de posar para fotos no alto do Corcovado na manhã desta quarta - a taça, agora, ficará restrita a eventos fechados.

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O "Tour da Taça" acontece pelos 32 países que disputarão o Mundial. Do Rio, o troféu irá para Buenos Aires, na Argentina. Antes, passou por Abuja (Nigéria), Lusaka (Zâmbia), Johanesburgo (África do Sul), Rabat (Marrocos), Xangai (China), Hanói (Vietnã), Manila (Filipinas), Seul (Coreia do Sul) e Tóquio (Japão).

A Copa do Mundo Feminina será organizada em conjunto por Austrália e Nova Zelândia a partir de 20 de julho. Na primeira fase, o Brasil jogará com Panamá, França e Jamaica. A seleção brasileira vai em busca de seu primeiro título.

O Brasil também vive a expectativa de sediar o próximo Mundial, em 2027. A CBF lançou a candidatura oficial do País este mês, durante o Congresso da Fifa, realizado em Ruanda. O governo federal é parceiro da iniciativa.

Presente no Corcovado para o "Tour da Taça", a ex-jogadora da seleção Formiga disse estar torcendo para que a competição venha para o País. "Estou torcendo muito que o Brasil realmente abrace essa oportunidade de trazer a Copa pra cá. Não é só um sonho meu, mas de muitas outras meninas. Estar próximo de nosso torcedor é maravilhoso, assim como foi a Olimpíada aqui, então eu espero que todos que estejam envolvidos tenham um empenho 100% para que realmente vire realidade", afirmou. A definição da sede deverá acontecer no próximo ano.

A treinadora Pia Sundhage divulgou, nesta segunda-feira, a lista das 26 atletas convocadas para representar a seleção brasileira na Finalíssima, supercopa que promove o embate entre as seleções campeãs da Copa América e da Eurocopa. Vencedor do torneio sul-americano, o Brasil disputará o título em duelo com a campeão europeia Inglaterra, no dia 6 de abril, em Wembley. Pouco depois, dia 11, fará uma amistoso contra a Alemanha, vice das inglesas na Euro, em Nuremberg.

O grupo que será levado à Europa será um pouco diferente do que o utilizado ao longo da SheBelivies Cup, torneio no qual a seleção terminou em terceiro lugar. Um dos principais desfalques é a atacante Ludmila, que sofreu uma lesão ligamentar no joelho e não voltará a tempo sequer de disputar a Copa do Mundo, marcada para julho.

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A goleira Lorena, a zagueira Tainara e as atacante Debinha também estão fora da Finalíssima por lesão, mas não preocupam para o Mundial. A convocação de Pia tem dois nomes que nunca foram chamados para defender a seleção principal: a goleira Camila, do Santos, e a atacante Aline, da Ferroviária.

Além disso, há atletas que estão de volta após não serem chamadas na última lista. É o caso das laterais Antonia (Levante UD) e Fernanda Palermo (São Paulo) e das meio-campistas Duda Sampaio (Corinthians), Duda Francelino (Flamengo), Ingryd (Ferroviária) e Gabi Portilho (Corinthians). A Rainha Marta, que ficou um longo período de fora da seleção após cirurgia no joelho e voltou para o SheBelieves, está na lista.

Depois da Finalíssima, a próxima disputa oficial do Brasil é a Copa do Mundo, que será disputada na Austrália e na Nova Zelândia, com premiação total de R$ 792 milhões, um aumento de 300% em relação à edição anterior. A equipe comandada por Pia Sundhage estreia no dia 24 de julho, contra o Panamá. Integrante do Grupo F, também enfrentará Jamaica e França na primeira fase.

Confira a convocação da seleção feminina para a Finalíssima:

Goleiras: Camila (Santos), Leticia Izidoro (Corinthians) e Luciana (Ferroviária).

Defensoras: Antonia (Levante UD) Bruninha (NJ/NY Gotham), Fernanda Palermo (São Paulo), Kathellen (Real Madrid), Lauren (Madrid CFF), Tamires (Corinthians), Tarciane (Corinthians) , Yasmim (Corinthians) e Rafaelle (Arsenal).

Meio-campistas: Adriana (Orlando Pride), Aline (Ferroviária), Ary (Racing Louisville), Ana Vitória (Benfica), Duda Francelino (Flamengo), Duda Sampaio (Corinthians), Gabi Portilho (Corinthians), Ingryd (Ferroviária) e Kerolin (North Carolina Courage)

Atacantes: Bia Zaneratto (Palmeiras), Gabi Nunes (Madrid CFF), Geyse (Barcelona), Marta (Orlando Pride) e Nycole Raysla (Benfica).

Ludmila anotou o gol do Brasil na derrota diante dos Estados Unidos, por 2 a 1, no Torneio She Believes. A atacante do Atlético de Madrid estava empolgada em disputar a Copa do Mundo com a seleção brasileira em julho, na Austrália e Nova Zelândia, mas sofreu uma grave lesão em jogo contra o Barcelona, terá de passar por cirurgia no joelho e está fora da competição.

Aos 40 minutos de jogo do clássico com o Real Madrid, Ludmila tentou roubar a bola de Ivana na área e acabou pisando no pé da rival. No lance, acabou sofrendo um entorse no joelho e exames de imagem realizados nesta segunda-feira detectaram o pior. Ela havia deixado o campo chorando e o pior já era previsto.

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"Ludmila sofreu uma ruptura do ligamento cruzado anterior de seu joelho direito. Muito ânimo, te desejamos uma pronta recuperação", informou o time feminino do Atlético de Madrid. A equipe masculina também passou mensagem de apoio à jogadora. "Estamos contigo, Ludmila. Muito ânimo, estamos confiantes que você voltará mais forte."

A jogadora passará por cirurgia, vai perder o resto da temporada europeia e deve se afastar dos gramados por até oito meses. A notícia também foi lamentada pela seleção brasileira, que gostaria de ter a camisa 7 na Copa do Mundo.

"Durante a partida de ontem (12), no campeonato espanhol, pelo Atlético de Madrid, a atacante Ludmila rompeu o ligamento cruzado anterior do seu joelho direito. A informação foi confirmada pelo clube. Desejamos uma boa recuperação, Ludmila! Estamos com você!", postou a seleção brasileira.

A jogadora não comentou sobre a grave lesão, preferiu apenas compartilhar em suas redes sociais as mensagens de carinho que recebeu do clube e de torcedores. Mas sempre postou que defender a seleção brasileira era a realização de um sonho. Agora ela ficará na torcida pelas companheiras por um tempo.

As jogadoras da seleção francesa de futebol ganharam a queda de braço com Corinne Deacon, demitida nesta quinta-feira. Após três atletas deixarem a equipe nacional por reprovação ao trabalho da treinadora, a Comissão Executiva da Federação Francesa de Futebol (FFF) concluiu uma análise do trabalho, avaliou as reclamações e concluiu que a dispensa da comandante era o único caminho.

Em declarações de amor à equipe nacional, mas sob justificativa que precisava "preservar a saúde mental", a experiente capitã Wendie Renard anunciou, faz duas semanas, que não defenderia mais a seleção por causa da relação conturbada com Corinne Deacon. No mesmo dia, as atacantes titulares Diani e Katoto seguiram o mesmo caminho.

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A federação prometeu analisar o caso e tomar um decisão rápida para não prejudicar a preparação para a Copa do Mundo da Austrália e da Nova Zelândia, agendada para julho, na qual a seleção vai encarar o Brasil, na segunda rodada e o veredicto veio nesta quinta-feira.

"A FFF, reunida nesta quinta-feira, dia 9 de março, recebeu as conclusões da comissão incumbida pelo Presidente interino, Philippe Diallo, de elaborar um relatório sobre a situação da seleção feminina francesa, na sequência das várias posições de várias jogadoras. Composta por quatro membros do Comex (Laura Georges, Aline Riera, Jean-Michel Aulas e Marc Keller), esta comissão apresentou suas conclusões e propôs suas recomendações", iniciou a nota da entidade.

Apesar de uma análise positiva do trabalho, houve o reconhecimento que o clima entre técnica e time eram insustentáveis. "As inúmeras audições realizadas permitiram constatar uma clivagem muito significativa com os intervenientes executivos e evidenciaram uma discrepância com as exigências do altíssimo nível", afirmou a FFF. "E chegou a um ponto sem volta que prejudica os interesses da seleção. Se a FFF reconhece o envolvimento e a seriedade de Corinne Deacon e do seu staff no exercício da sua missão, verifica-se que as avarias observadas parecem, neste contexto, irreversíveis. Perante estes elementos, foi decidido pôr termo à missão (finalizar o trabalho) de Corinne Deacon à frente da seleção feminina francesa.

Com a atitude, a FFF espera que as jogadoras voltem à seleção, para que a França não dispute a Copa enfraquecida. "Esta mudança de treinadora insere-se numa nova ambição global liderada pela FFF em prol do desenvolvimento do futebol feminino e do desempenho da seleção francesa, que terá de atingir objetivos elevados durante a Copa e as Olimpíadas de 2024", cobrou a entidade.

Philippe Diallo ainda cobrou da comissão uma audição, o mais rapidamente possível, dos candidatos ao cargo de treinador e mandou um recado às jogadoras. "O Comex notou que a forma utilizada pelas jogadoras para expressar suas críticas não era mais aceitável no futuro e pretende propor na governança da seleção feminina francesa uma missão a mais entre o Comex e o técnico."

A sexta-feira não foi de boas notícias no futebol feminino da França. Pela manhã, a experiente capitã Wendie Renard soltou um comunicado dizendo que estava fora da Copa do Mundo da Austrália e Nova Zelândia, agendada para julho, e que não defenderia mais a equipe nacional para "preservar a saúde mental." Logo depois, duas companheiras, Kadidiatou Diani e Marie-Antoinette Katoto, se solidarizaram, e também abandonaram a seleção.

O problema seria uma relação conturbada entre o elenco e a atual treinadora, Corinne Diacre. Noël Le Graët havia prometido às jogadoras que haveria mudança na direção do time após a Eurocopa. Mas o presidente da Federação Francesa de Futebol (FFF)renunciou antes de cumprir sua promessa à capitã.

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Renard perdeu a faixa de capitã em 2017 após discussão com a treinadora, que chegou a acusá-la de não ter preparo suficiente para carregar a tarja. A defensora é apontada como uma das melhores do mundo na posição e recuperou a faixa somente quatro anos depois, mas jamais sem se entender com Corinne.

"Amo a França mais do que tudo, não sou perfeita, longe disso, mas não posso mais apoiar o sistema atual, que está longe dos requisitos do mais alto nível", escreveu Rennard em comunicado divulgado em suas redes sociais.

Ela foi além. "É um dia triste, mas necessário para preservar minha saúde mental. É com o coração pesado que venho informar minha decisão de deixar a seleção francesa. Infelizmente, não vou jogar nesta Copa do Mundo nessas condições. Meu rosto pode esconder a dor, mas meu coração está sofrendo... e não quero mais sofrer."

A defensora ganhou apoio de duas companheiras, as atacantes titulares Diani e Katoto, que também são destaques da seleção francesa e consideradas imprescindíveis no grupo.

"Após o comunicado de nossa capitã Wendie Renard e tendo em vista os recentes resultados e gestão da seleção francesa, anuncio que estou suspendendo minhas obrigações internacionais para focar na minha carreira no clube. Se finalmente chegarem as profundas mudanças necessárias, voltarei ao serviço com a camisa da seleção", afirmou a atacante Diani, em nota parecida com a da também atacante Katoto

"Os acontecimentos de 2019, a mágoa de 2022 e depois os acontecimentos recentes mostram-me que já não estou alinhado com a gestão da seleção francesa e com os valores transmitidos. Tomo, portanto, a decisão de suspender minha carreira internacional até que as mudanças necessárias sejam aplicadas", postou Katoto.

A Federação Francesa promete resolver o problema em reunião no dia 28. "A FFF tomou nota das declarações de Renard, Diani e Katoto. Nosso Comitê Executivo, que se reunirá em 28 de fevereiro, tratará do assunto na ocasião. A FFF gostaria de lembrar que nenhum indivíduo está acima da instituição Equipe da França", anunciou, sem ser específica se o problema são as atletas ou a treinadora.

A cinco meses do início da Copa do Mundo de Futebol Feminina, o Brasil passa por uma transição de gerações de talentos. Aos 37 anos, Marta está ciente de que sua trajetória na seleção brasileira está perto do fim e aproveita para indicar o caminho das pedras para sua sucessora. Debinha já provou que pode assumir o papel de líder da equipe dentro e fora de campo.

Aos 31 anos, Debinha não é nenhuma novata, mas passa por seu melhor momento na carreira. Jogadora do Kansas City Current, dos Estados Unidos, ela figurou entre as 14 indicadas da Fifa ao prêmio de melhor jogadora do mundo, mas ficou fora da lista de finalistas, que incluiu Beth Mead (Inglaterra/Arsenal), Alex Morgan (EUA/San Diego Wave) e Alexia Putellas (Espanha/Barcelona).

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A SheBelieves Cup, torneio amistoso em que o Brasil encerra sua participação contra os Estados Unidos, nesta quarta-feira, às 21h10 (no SporTV) é mais um passo nesta transição. A técnica Pia Sundhage trouxe Marta para o grupo justamente para dividir sua experiência. Ela foi utilizada no decorrer dos jogos na vitória sobre o Japão e na derrota para o Canadá. Debinha foi titular e marcou o gol no triunfo diante das japonesas, com passe da companheira e eterna camisa 10.

"É sempre sobre a hora certa de trazer as jogadoras para o jogo e na segunda vez que a Marta toca na bola ela tem o um contra um. Eu fiquei impressionada com o fato de ela não estar jogando e ainda assim ganhar o um contra um pelo lado esquerdo, isso é altíssimo nível considerando que ela não está atuando", destacou Pia, após o triunfo diante do Japão. "E nossa querida Debinha, ela aparece e traz as jogadoras para o jogo."

Debinha não é importante para o futuro da seleção apenas pela parte técnica. No vestiário, ela é considerada uma liderança para o grupo. Tem voz ativa e o respeito das companheiras.

CARREIRA

Débora Cristiane de Oliveira nasceu em Brazópolis, município de Minas Gerais que conta com menos de 15 mil habitantes, segundo o último censo. Aos 15 anos, iniciou sua carreira no futebol profissional, contratada pelo Lorena. Seis anos depois, e passando por clubes do futebol brasileiro como Portuguesa e Saad, se transferiu para a Liga Norueguesa - uma das mais fortes do mundo.

No país nórdico, Debinha defendeu o Avaldsnes IL por três temporadas. Conseguiu se firmar como uma das principais artilheiras da competição, mas em 2014 retornou ao Brasil, por um curto período, para defender o São José na Copa Libertadores Feminina. Campeã continental, retornou à Noruega em janeiro de 2015.

Nesse meio tempo, a atacante crescia como uma opção para a seleção brasileira. Em 2011, Debinha recebeu sua primeira oportunidade para defender o Brasil nos Jogos Pan-Americanos, realizados em Guadalajara, no México.

Após deixar a Noruega, Debinha teve uma breve passagem, entre 2016 e 2017, pelo futebol chinês. Seria somente nos Estados Unidos, a partir de 2017, que a atacante iria brilhar no cenário mundial. Ao assinar com o North Carolina Courage, ela passou a atuar também como meia e se transformou em uma peça indispensável do esquema da equipe.

Em seu primeiro ano, disputou todas as partidas da National Women’s Soccer League (NWSL). Em suas seis temporadas, conquistou seis títulos nos Estados Unidos, mas não teve seu contrato renovado para 2023. A partir deste ano, ela defenderá o Kansas City Current, também da NWSL.

SELEÇÃO BRASILEIRA

Neste ano, Debinha disputará sua segunda Copa do Mundo com a seleção brasileira. Na França, em 2019, pouco conseguiu ajudar a equipe e terminou a competição sem marcar um gol sequer. Neste ano, mais madura e como uma das indicadas ao prêmio de melhor do mundo, terá na Austrália e Nova Zelândia a chance de brilhar pelo Brasil.

No último ano, Debinha foi decisiva na conquista da Copa América de 2022. Com cinco gols marcados - incluindo do título, na final contra a Colômbia -, mostrou o porquê de Pia considerá-la como uma dos pilares da renovação da seleção.

Fotos: Thais Magalhães/CBF

O Corinthians não deu a menor chance ao Flamengo e confirmou o bicampeonato da Supercopa do Brasil neste domingo, ao vencer o rival por 4 a 1 na Neo Química Arena, para um público de quase 26 mil torcedores. Tamires e Millene, duas vezes cada, marcaram para a equipe do Parque São Jorge. Daiane descontou no fim.

Para chegar ao título, o Corinthians passou por Atlético-MG (1 x 0), Internacional (2 x 1) e Flamengo (4 x 1). No ano passado, o time alvinegro havia derrotado o Grêmio na decisão.

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O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, esteve presente na final da Supercopa. Ele entregou as premiações ao finalistas da competição. O futebol feminino é uma das prioridades da gestão de Ednaldo Rodrigues, que foi eleito em março do ano passado.

"Parabéns ao Corinthians por mais essa conquista no futebol feminino. O clube é um exemplo de gestão também no feminino. Parabéns também aos torcedores do Corinthians, que estão sempre apoiando as Brabas. Elas encheram novamente a arena", afirmou o mandatário.

O Corinthians receberá com o título R$ 500 mil da CBF. O Flamengo ficará com R$ 300 mil.

"Queremos que as mulheres joguem cada vez mais. Que sejam cada dia mais protagonistas no futebol. Nos próximos anos, vamos investir na revelação de muitos talentos dentro do campo como também do lado de fora. Queremos descobrir novas treinadores, árbitras, médicas e todas as carreiras do futebol. Lugar de mulher é onde ela quiser", acrescentou.

O Corinthians abriu o placar no minuto inicial. No primeiro lance da partida, Gabi Portilho cruzou para Tamires, que exige bela defesa de Bárbara. No rebote, Belinha cruzou para Tamires fazer 1 a 0.

Aos 35 minutos, o Corinthians ampliou. Millene precisou cobrar o pênalti duas vezes para fazer 2 a 0 - o primeiro foi anulado pela arbitragem. Aos 48, saiu o terceiro. Vic Albuquerque pegou a sobra e rolou para Millene marcar mais um.

No segundo tempo, o panorama se manteve e o Corinthians transformou a vitória em goleada. Aos 11 minutos, Gabi Portilho avançou pela direita com liberdade e deu assistência para Tamires assinalar 4 a 0.

Com o título assegurado, o Corinthians tirou o pé do acelerador e foi deixando o tempo passar. Com isso, o Flamengo acabou diminuindo aos 23 minutos, com Daiane, mas nada que pudesse estragar a festa da equipe alvinegra.

FICHA TÉCNICA

CORINTHIANS 4 X 1 FLAMENGO

CORINTHIANS - Lelê; Belinha (Katiuscia), Tarciane, Andressa e Yasmim (Jaque Ribeiro); Diany (Gabi Morais), Ju Ferreira e Vic Albuquerque (Liana Salazar); Tamires, Gabi Portilho e Millene (Jheniffer). Técnico: Arthur Elias.

FLAMENGO - Barbara; Monalisa (Rayanne), Daiane, Thais Regina e Jucinara; Thaisa (Agustina), Kaylane (Kaylaine Jr.) e Duda; Maria Alves (Gica), Crivelari e Sole Jaimes. Técnico: Luis Andrade.

GOLS - Tamires a um minuto, e Millene aos 35 e 49 do primeiro tempo; Tamires aos 11, e Daiane aos 23 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Thayslane de Melo Costa

CARTÕES AMARELOS - Abdelmonem, El Shahat, Hany, Fathi e Ateya (Al Ahly); Arrascaeta e Gabigol (Flamengo). Jaque Ribeiro e Milene (Corinthians); Sole Jaimes, Maria Alves, Thaís Regina e Bárbara (Flamengo).

LOCAL - Neo Química Arena, em São Paulo.

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