Tópicos | Suécia

A Suécia, que até agora aplicava uma estratégia menos rígida do que outros países contra a Covid-19, votou nesta sexta-feira (8) por ampla maioria uma lei que concede temporariamente ao governo novos poderes contra a epidemia, incluindo pela primeira vez a capacidade de fechar restaurantes e lojas.

Para enfrentar a segunda onda no país nórdico, agora um dos mais afetados da Europa, o Executivo apresentou este projeto de lei em dezembro e adiantou sua entrada em vigor para este domingo, inicialmente prevista para março.

O governo ainda não especificou como e quando prevê aplicar o texto, enquanto o número de mortes relacionadas à Covid-19 alcança níveis próximos aos do início do ano.

A nova lei permitirá ao poder Executivo promulgar medidas restritivas em áreas determinadas e impor multas e sanções caso sejam violadas, o que não aconteceu até agora.

Sendo assim, o governo poderá decidir fechar lojas, centros comerciais e transportes públicos, ou limitar o número de pessoas permitidas para reuniões em locais públicos específicos, em vez de recorrer a medidas gerais.

A lei, no entanto, não estabelece que a população fique confinada em casa.

Respondendo por que esta lei não foi aprovada antes, a ministra da Saúde Lena Hallengren disse que "não era algo que achávamos necessário na primavera".

"Depois, tivemos um verão com uma baixa propagação da infecção e depois o trabalho começou no outono", disse ela à rede de televisão pública SVT, em meio a críticas ao governo pela sua estratégia controversa.

Ao contrário de outros lugares da Europa, a Suécia seguia até agora uma estratégia baseada nas recomendações, sem confinamento e praticamente sem medidas coercitivas.

O país de aproximadamente 10,3 milhões de habitantes registrou mais de 480.000 casos de coronavírus e 9.262 mortes, segundo os últimos números de quinta-feira da Agência de Saúde Pública.

Apesar da adoção de medidas mais rígidas pelas autoridades nas últimas semanas, a Suécia e sua atípica estratégia contra o coronavírus enfrentam novamente grandes dificuldades com a temida segunda onda, que o país nórdico acreditou durante muito tempo que conseguiria evitar.

"A Autoridade de Saúde Pública havia preparado três cenários no verão. Nos baseamos no pior deles. Porém, está duas vezes do que se temia", afirmou à AFP Lars Falk, diretor do departamento de UTI no hospital Karolinska de Estocolmo.

Serviços de reanimação sob pressão, demanda por reforços de profissionais de saúde qualificados em Estocolmo, taxa de mortalidade até 10 vezes superior a dos vizinhos nórdicos: durante o outono, a estratégia sueca, menos estrita a respeito da epidemia, repete o balanço medíocre da primavera.

"Lamentavelmente, o nível de contágios não diminui. Isto é muito preocupante", declarou à AFP o diretor de saúde da região de Estocolmo, Björn Eriksson, que descreveu uma "pressão extrema sobre o sistema de saúde".

Depois de pedir o reforço de profissionais qualificados, em particular nas clínicas privadas, na terça-feira ele ordenou o cancelamento de todas as cirurgias eletivas na região.

"Já chega! Não vale a pena beber algo depois do trabalho, encontras pessoas fora de casa, fazer compras de Natal ou tomar um café: as consequências são terríveis", declarou na semana passada.

No início da semana, as internações por Covid-19 na Suécia igualaram o pico de abril, com quase 2.400 pacientes - mas a proporção de pessoas nas UTIs é a metade do período da primavera, o equivalente a 10%.

O número de mortes chegou a 7.802 na quarta-feira - mais de 1.800 desde novembro - e o de novos casos se aproxima do nível recorde, com mais de 6.000 por dia em média, de acordo com os dados oficiais.

- Novas medidas -

Sem máscara, fechamento de bares, restaurantes e lojas, nem quarentena obrigatória, a Suécia se distinguiu por uma estratégia baseada essencialmente em "recomendações" e poucas medidas coercitivas.

Mas diante do aumento expressivo dos casos, as autoridades anunciaram recomendações mais estritas - como o encontro apenas com pessoas da mesma residência -, mas o não cumprimento não é penalizado.

Ao contrário de uma visão generalizada, o país escandinavo nunca perseguiu a imunidade coletiva.

As autoridades de saúde, no entanto, consideraram por muito tempo que o nível elevado de contaminação na primavera permitiria, sem dúvida, conter de maneira mais fácil um ressurgimento da epidemia a longo prazo.

"Acredito que teremos uma contaminação relativamente baixa no outono", afirmou em agosto o epidemiologista chefe do país, Anders Tegnell.

Os fatos deram razão a Tegnell por algum tempo, mas a segunda onda, que a Suécia acreditava que conseguiria evitar, terminou atingindo o país, apenas um pouco mais tarde que em outras regiões da Europa.

A taxa de sobremortalidade superou 10% em novembro, de acordo com o Escritório de Estatística, e deve continuar piorando.

Apesar das críticas de uma comissão independente na terça-feira, o primeiro-ministro Stefan Löfven se negou até o momento a chamar a estratégia de fracasso.

"A maioria dos especialistas não viu a onda diante deles, falavam de focos localizados", declarou em uma entrevista ao jornal Aftonblad

"Apertamos os parafusos, mas acho que devemos fazer ainda mais, sobretudo durante o período de festas de fim de ano", disse Falk.

O governo apresentou um projeto de lei que permitirá fechar as lojas e os restaurantes. Mas a entrada em vigor está prevista para meados de março.

Como o restante da União Europeia, a Suécia também tem muitas esperanças na vacinação, que espera iniciar ainda em dezembro, com o objetivo de imunizar toda a população até meados de 2021.

Ao volante de seu táxi em Estocolmo, Jotta Nikopoulou faz sucessivas entregas de testes de Covid-19, um meio usado pelas autoridades da capital sueca para reforçar sua eficácia e uma maneira de as empresas de táxi recuperarem parte da receita perdida em função da pandemia.

Desde o verão, Jotta vai e volta a uma estação nos subúrbios de Estocolmo para recuperar os testes de PCR. Sua missão é distribuí-los a cada pessoa com sintomas do vírus que o solicitar.

Esta operação faz parte de um programa lançado em junho pelas autoridades da capital sueca, que tem como objetivo reforçar as capacidades de se fazer teste em um dos países europeus mais afetados, proporcionalmente, pelo vírus.

Duas empresas de táxi estão encarregadas desta tarefa. Juntas, distribuem 25.000 testes por semana em Estocolmo e em seus arredores, de acordo com o Hospital Universitário Karolinska, em uma região que testa entre 45.000 e 52.000 pessoas por semana.

Jotta Nikopoulou é uma das 1.150 motoristas de sua empresa, a Taxi Stockholm, a atender ao chamado para garantir o transporte dos exames.

"No início, era um pouco cética, mas fizemos um curso sobre como fazer isso, aplicamos todas as medidas e mantivemos distância", explicou ela à AFP.

- Sem máscara -

Sob um céu cinza de inverno, Jotta espera ao volante de seu Volvo preto, estacionada perto de uma barraca onde tem que pegar um pacote de itens para fazer o teste.

Depois de recuperado o pacote, vai parar alguns quilômetros adiante, em frente a um prédio. Conforme recomendado pelas autoridades sanitárias do país, deve garantir o respeito da distância física com seu interlocutor.

Dez minutos depois, retornará para recuperar a amostra e entregá-la ao pessoal médico.

Jotta não usa máscara, porque a Suécia é um dos poucos países no mundo que não a exige. Em vez disso, usa luvas e desinfeta as mãos antes e depois de cada missão. Também limpa as partes do veículo que tocou.

Motoristas como ela fazem até seis entregas por dia.

Embora a Suécia aplique uma estratégia menos estrita do que em outros lugares para combater a pandemia, sem confinamento e com poucas medidas coercitivas, Jotta, taxista há 11 anos, explica que sua atividade foi muito afetada.

"Ninguém queria ir aos escritórios, ninguém queria ir aos aeroportos, então não tínhamos nenhuma atividade", lamentou.

O colapso no número de viagens que afeta muitos taxistas no mundo fez dessa profissão uma das mais prejudicadas pelas medidas restritivas.

O programa também foi projetado para "reduzir o risco de propagação da doença durante o processo de teste", explica o Hospital Karolinska.

Com 7.200 mortes e quase 300.000 casos em um país de 10,3 milhões de habitantes, a Suécia tem um dos balanços de vítimas proporcionalmente mais altos da Europa, muito superior ao de seus vizinhos nórdicos.

O primeiro-ministro da Suécia, Stefan Lofven, fez um raro pronunciamento nacional domingo (22) à noite para alertar a população sobre a crescente ameaça que o coronavírus representa, em meio a temores de que a estratégia usada até agora possa não ser suficiente para combater uma pandemia cada vez mais mortal. O país, que se destacou entre os demais europeus por não recorrer a quarentenas obrigatórias no combate à pandemia, confiando na responsabilidade pessoal dos cidadãos, com adesão voluntária a restrições, registrou em 2020 sua maior contagem de mortes no primeiro semestre em 150 anos, segundo o Escritório de Estatísticas.

Lofven, o terceiro premier na História do país a fazer um discurso em cadeia nacional, disse que "muitas pessoas têm sido descuidadas em seguir as recomendações" que as autoridades de saúde apontam como fundamentais para controlar o vírus.

##RECOMENDA##

Diante da taxa de mortalidade consideravelmente mais alta do que a dos outros países nórdicos e de leitos de terapia intensiva sendo rapidamente ocupados, as autoridades estão agora recalibrando sua política.

A decisão de Lofven de se dirigir à nação desencadeou uma onda de análises nos maiores jornais da Suécia nesta segunda-feira, com as páginas editoriais avaliando a seriedade do momento.

Apenas dois primeiros-ministros suecos fizeram discursos semelhantes no passado: Carl Bildt, em 1992, após uma série de ataques a tiros por motivos raciais, e Goran Persson, em 2003, após o assassinato da chanceler Anna Lindh.

Em seu discurso de domingo, Lofven disse que "todos devem fazer mais" para combater o vírus. "A saúde e a vida das pessoas ainda estão em perigo, e o risco está aumentando", alertou.

A Covid-19 já matou mais de 6.400 dos 10,2 milhões de habitantes da Suécia, com um total de casos que já passa de 208 mil.

Ao mesmo tempo, os leitos de terapia intensiva estão enchendo rapidamente, com o dobro de pacientes infectados por coronavírus em 19 de novembro, em relação à quinzena anterior.

Em comparação, a vizinha Noruega, com população de 5,4 milhões, registrou apenas 32 mil casos e pouco mais de 300 mortes.

Em um recente relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a Suécia consistentemente se classificou entre as nações mais duramente atingidas na Europa, como medido pelas taxas relativas de mortalidade e casos da Covid-19. A OCDE também observou que a Suécia ficou muito atrás de seus pares na redução da taxa de transmissão.

"O objetivo das intervenções de prevenção, incluindo estratégias de contenção e mitigação, é trazer a taxa de transmissão para menos de um, isto é, quando o número de pessoas infectadas diminuirá com o tempo. Em média, os países levaram 34 dias para trazer esse indicador para menos de um depois que a epidemia começou a se espalhar. O país com o período mais curto foi Malta (11 dias), com a Suécia relatando o período mais longo (58 dias)", informou a OCDE.

Mas o ministro do Interior, Mikael Damberg, disse que ainda é muito cedo para tirar conclusões sobre a estratégia sueca.

"Vemos que grande parte da Europa foi atingida pela segunda onda", disse Damberg em entrevista à emissora pública SVT. "Nossa responsabilidade agora é que a Suécia não seja arrastada para uma situação tão séria quanto a dos outros países."

O governo, entretanto, parece reconhecer que as medidas até o momento têm sido inadequadas.

No início deste mês, o primeiro-ministro optou pelo que chamou de medida "sem precedentes" de proibir reuniões públicas de mais de oito pessoas.

A partir de 20 de novembro, as vendas de álcool também foram proibidas após 22h. Ambas as decisões foram um sinal de que medidas voluntárias não são mais suficientes.

A mensagem do premier foi igualmente inequívoca na noite de domingo: a trégua da covid-19 durante o verão e o outono acabou. "Tudo o que você gostaria de fazer, mas não é fundamental, cancele, cancele, adie", disse. COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Enquanto a maior parte da Europa registra uma segunda onda de contaminações, a Suécia passou a ter uma das taxas de infecção mais baixas do continente. O governo sueco adotou uma abordagem diferente dos vizinhos, apenas recomendando medidas de distanciamento e mantendo a maior parte das escolas abertas - apenas as classes para maiores de 16 anos foram suspensas.

Nos primeiros meses, cientistas, médicos e parte da opinião pública criticaram a decisão. Os índices de infecções e mortes não chegaram ao nível de Itália e Espanha, mas eram muito superiores aos vizinhos escandinavos. As mortes também. Com 580 óbitos por 1 milhão de habitantes, o país tem um número 5 vezes maior do que o da Dinamarca e 10 vezes mais alto que Noruega e Finlândia.

##RECOMENDA##

Agora, porém, a Suécia vem registrando menos casos que os dois vizinhos, apenas 13 pacientes ocupam UTIs e a média de mortes na última semana foi zero. "Não temos o ressurgimento do vírus como em outros países", disse ao canal France-24 Anders Tegnell, epidemiologista e arquiteto da abordagem. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O "vinho de cocô", o gim de formiga ou a vodca de escorpião são algumas das bebidas alcoólicas que podem ser vistas em uma exposição no Museu da Comida Repugnante (Museum of Disgusting Food), na cidade sueca de Malmö, sul do país.

"É a medicina tradicional coreana", disse o diretor do museu, Andreas Ahrens, que fez uma mistura com excrementos humanos para confeccionar esta bebida.

##RECOMENDA##

"Costumava ser bebido para curar fraturas e contusões, era sobretudo um remédio", disse. "Agora cheira mais a álcool que a fezes", disse, levando a bebida ao nariz "mas quando você começa a fabricar, o odor é totalmente horrível".

Os visitantes, que lutam contra as náuseas com um sorriso, podem descobrir bebidas diferentes, algumas experimentais, como uma cerveja escocesa com 55% de teor alcoólico e que é vendida dentro de um esquilo empalhado.

Também há bebidas com uma produção mais importante, como o Fernet Branco italiano, uma cerveja a base de testículos de baleia islandesa ou o Waragi, uma bebida de Uganda. E outras como o pruno, um vinho de frutas elaborado por prisioneiros nos Estados Unidos e que fermenta nos banheiros.

Os visitantes também podem comparar os hábitos por países, como é o caso do Gammeldansk, uma bebida amarga dinamarquesa que tradicionalmente é tomada no café da manhã, "considerada bastante normal aqui na Suécia, na Dinamarca e na Noruega, mas totalmente repugnante no resto do mundo", afirmou Ahrens.

"O mesmo ocorre com todos os outros objetos da exposição. São coisas apreciadas pelas pessoas do local onde foram produzidas e que podem não ser agradáveis para quem não é dali", completou.

Uma visita "muito, muito, muito asquerosa mas muito emocionante e divertida. Mostra coisas muito inesperadas", explica Marie-Louise Syrjäläinen, que veio com a família.

Inaugurado há quase dois anos, o Museu da Comida Repugnante tem cada vez mais êxito, com exposições em outros lugares do mundo como Nantes (França), Berlim (Alemanha) e Los Angeles (Estados Unidos).

A atual crise de saúde obrigou o museu a fechar suas portas temporariamente pela falta de visitantes, mas com a exposição de bebidas, que terá duração de três meses, Ahrens espera receber novas visitas.

A Suécia, que atraiu a atenção mundial por sua estratégia menos rigorosa para lidar com o coronavírus, enfrenta um número quase recorde de novos casos de Covid-19 na União Europeia (UE), mas as autoridades garantem que a epidemia está em declínio.

Entre os 27 países membros da UE, a Suécia se destacou nas últimas duas semanas por alcançar o segundo lugar, atrás do Luxemburgo, na lista de novos casos registrados por milhão de habitantes, segundo dados compilados pela AFP.

Hoje, a Suécia tem uma taxa de novas infecções seis vezes maior que a média da UE e próxima à dos Bálcãs, o foco europeu mais ativo atualmente.

Segundo estimativas oficiais, quase um habitante de Estocolmo em cada cinco possui anticorpos, uma proporção mais alta que a de outros países, apesar do fato de a Suécia sempre ter negado a busca da imunidade coletiva.

Para a Agência de Saúde Pública, que direciona a estratégia do país, esse aumento de novos casos se deve, sobretudo, ao aumento do número de testes realizados.

"Se você aumentar o número de testes, encontrará mais casos", disse à AFP o epidemiologista Anders Wallensten, numa declaração semelhante a outra de Donald Trump nos Estados Unidos, que foi muito criticada.

Mas, diferentemente do caso americano, a Suécia tem argumentos para afirmar que a epidemia não dispara em seu território. Em primeiro lugar, porque as mortes e hospitalizações diminuem; e em segundo, porque a proporção de casos positivos entre os examinados também está caindo (de 12% em junho para 6% em meados de julho).

- Sem máscaras -

Diferentemente do que aconteceu na maioria dos países europeus, a Suécia não confinou sua população e preferiu manter abertas escolas para crianças menores de 16 anos, além de cafés, bares e restaurantes.

A máscara, praticamente invisível por meses nas ruas de Estocolmo, não se tornou obrigatória praticamente em nenhum local público.

As autoridades, que proibiram concentrações de mais de 50 pessoas e visitas a casas de repouso, pediram responsabilidade: distância segura, aplicação estrita das regras de higiene, isolamento em caso de sintomas.

Somente no início de junho testes em grande escala foram implementados.

Em 31 de maio, o país registrava 31.160 casos. Em 15 de julho, esse número quase dobrou, chegando a 76.492. Ao mesmo tempo, o número de mortes subiu apenas 20%, chegando a 5.572, número consideravelmente superior ao saldo de outros países nórdicos.

Diante dessa explosão de novos casos, a Organização Mundial da Saúde classificou a Suécia entre os países com "forte ressurgimento" de casos no final de junho, uma decisão criticada pelas autoridades suecas.

O epidemiologista Anders Tegnell, rosto da estratégia sueca, se referiu a uma "completa interpretação incorreta" dos dados.

A Agência de Saúde Pública defendeu várias vezes que esse aumento é essencialmente composto por casos leves, que teriam passado despercebidos anteriormente.

Para Karin Tegmark Wisell, outra responsável da Agência de Saúde Pública, a queda dos casos graves seria o resultado de uma melhor adaptação da sociedade para proteger as pessoas vulneráveis do vírus.

"As pessoas aprenderam a identificar a doença, a manter distância e também a proteger melhor os grupos de risco", disse à AFP.

Apesar das dúvidas e o fato de que muitos países decidiram fechar suas portas aos visitantes suecos, o país nórdico continua a defender sua abordagem, enfatizando que os confinamentos brutais ordenados em outros lugares não podem ser mantidos a longo prazo.

Segundo Antoine Flahault, diretor do Instituto de Saúde Global da Universidade de Genebra, o erro da Suécia talvez não tenha sido tanto sua política de não confinamento, mas sua lentidão na intensificação de testes.

"O que é realmente lamentável para a Suécia é que ela não combinou essa política ambiciosa com testes em massa", disse, observando que o número de mortes na Suécia ainda está acima da média europeia.

Nesta sexta-feira (5), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, citou o Brasil como um exemplo de país com dificuldades para minimizar os casos de Covid-19 no mundo, chegando a comparar com a Suécia, país que não impôs quarentena e optou pelas medidas voluntárias de distanciamento e higiene de seu povo.

"Se você olhar para o Brasil, eles estão passando por dificuldades. A propósito, eles estão seguindo o exemplo da Suécia, que está passando por um momento terrível. Se tivéssemos feito isso, teríamos perdido talvez até 2 milhões ou mais de vidas", revelou o líder dos EUA. 

##RECOMENDA##

O país de Trump é o que tem mais casos de Covid-19 no mundo, chegando a quase 2 milhões de infectados e mais de 180 mil mortos. O Brasil vem logo em seguida os EUA, são mais de 615 mil infectados e 34 mil mortes - tudo causado pelo novo coronavírus. 

LeiaJá também

-> Com 1.004 casos em 24h, PE chega a 38.511 infectados

-> Bolsonaro 'fracassou' na luta contra Covid-19, diz Greta

A Suécia passou a ter, na última semana, a maior taxa de mortalidade por coronavírus per capita do mundo, colocando em dúvida sua estratégia de evitar uma quarentena rígida. De acordo com dados da Universidade de Oxford, os suecos tiveram 6,08 mortes diárias por milhão de habitantes, entre os dias 13 e ontem. Foi a taxa mais alta do mundo, acima de Reino Unido (5,57), Bélgica (4,28) e EUA (4,11), no mesmo período.

No curso de toda a pandemia, porém, Bélgica, Espanha, Itália, Reino Unido e França ainda estão à frente da Suécia. O epidemiologista do governo, Anders Tegnell, líder da força-tarefa sueca para combate ao coronavírus, mais uma vez minimizou os números, argumentando que era enganoso se concentrar em uma taxa durante uma única semana.

##RECOMENDA##

"Isso é algo que deve ser considerado quando tudo acabar", disse ele ao jornal Svenska Dagbladet. "É obviamente terrível que tenhamos um número tão alto de mortes em nossos lares de idosos e há lições a serem aprendidas para quem trabalha nessas instituições."

Desde o início da pandemia, a Suécia vinha tendo mais mortes per capita que seus vizinhos Dinamarca, Noruega e Finlândia, que adotaram normas rígidas de confinamento. No entanto, o governo ainda dizia que a situação era melhor do que outros países europeus, como Itália e Espanha.

A decisão de manter escolas, bares e restaurantes abertos e de permitir reuniões de até 50 pessoas foi elogiada por muitos governos que buscam o fim antecipado das restrições. Os defensores do modelo sueco argumentam que o país está melhor preparado para evitar uma segunda onda, pois a população pode ter construído certo grau de "imunidade de rebanho".

Lena Einhorn, virologista e autora sueca, disse ao Daily Telegraph que estava frustrada porque Tegnell e sua equipe ainda se recusavam a alterar a abordagem do país, apesar das crescentes evidências de fracasso. Einhorn faz parte de um grupo de 22 cientistas e pesquisadores suecos que, desde o início, criticam a estratégia do governo do premiê Stefan Lofven.

Einhorn reclamou que a Agência de Saúde Pública ainda baseava suas recomendações na suposição de que o coronavírus não tem uma disseminação assintomática significativa, citando como exemplo um comentário de Tegnell à BBC. "Ele disse que na Suécia não usamos máscaras e ficamos em casa quando estamos doentes. Essa é uma resposta desatualizada. É uma resposta que você poderia ter dado há três meses, mas não hoje", disse.

A população do país, porém, continua a apoiar a estratégia do governo. Pesquisa realizada pela Agência de Contingências Civis constatou que 77% das pessoas consultadas, entre 7 e 10 de maio, disseram ter alta confiança na agência de saúde sueca. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Netflix está retomando a gravação de séries inéditas. Com a diminuição em seu estoque de produções originais, o streaming deu início ao retorno das atividades tomando algumas precauções devido à pandemia do novo coronavírus.

Para superar o problema com o vírus, a plataforma retomou gravações apenas nos países em que as atividades estão sendo liberadas gradualmente. Na Suécia, onde existem poucos testes, a Netflix colocará atores e funcionários da produção em quarentena por 14 dias, depois ficarão isolados nas gravações por cerca de 11 dias consecutivos. Já na Islândia, onde o governo disponibilizou testes para quase todos os moradores, a estratégia adotada será diferente. 

##RECOMENDA##

“As gravações geralmente ocorrem em ambientes reservados, com dezenas de artistas e técnicos trabalhando juntos em prazos apertados. Embora tenhamos que mudar esse processo — em alguns casos dramaticamente — para garantir a segurança de elencos e equipes durante essa pandemia, a natureza fechada dos sets também oferece algumas vantagens. Além disso, eles fornecem um ambiente relativamente controlado, onde podemos rastrear quem entra e sai”, disse Ted Sarandos, em um artigo para o Los Angeles Times.

Não basta ser princesa, tem que participar.  A família real na Suécia vai botar a ‘mão na massa’, literalmente, na luta contra o coronavírus. A princesa Sofia vai trabalhar em um hospital, ajudando a desinfetar os ambientes e materiais usados pelos profissionais da saúde no país. O anúncio foi feito pelas redes sociais da família real. 

A princesa Sofia passou por um curso de três dias no hospital Sophiahemmet, localizado em Estocolmo, para se capacitar para o trabalho. Agora, ela vai atuar em centros de saúde auxiliando os profissionais da área. “A princesa Sofia não trabalhará diretamente com os pacientes, mas ajudará as pessoas que trabalham lá desinfetando materiais”, diz o comunicado no Instagram da família real sueca. 

##RECOMENDA##

O curso pelo qual Sofia passou foi criado pelo governo de seu país para encorajar a população a colaborar com a luta contra o coronavírus. A ideia surgiu após a diminuição do número de profissionais de saúde na Suécia, seja por doença ou pedido de demissão, de acordo com informações do jornal espanhol 20 Minutos.

Daniel Antonsson sai de sua casa todas as manhãs, pega sua bicicleta e percorre um trecho de poucos minutos até chegar ao escritório da agência de turismo onde trabalha. Nos últimos dias, com o avanço da pandemia do coronavírus na Suécia, ele viu pelo menos duas mudanças na sua rotina: ao invés de atender ligações de clientes para agendar viagens para os Alpes Franceses, Daniel tem dedicado mais tempo a remarcar passagens, devolver o dinheiro dos consumidores e planejar um futuro incerto. A outra mudança é na paisagem de Gotemburgo, a segunda maior cidade de seu país.

"O número de carros nas ruas diminuiu, os restaurantes estão mais vazios e o transporte público tem menos gente", conta ele. Em seu escritório, Daniel continua trabalhando com outros seis colegas, mas o home office será implantado nos próximos dias. O cenário é típico do que tem acontecido em toda a Suécia, país de 10 milhões de habitantes que tem adotado uma abordagem mais suave para combater a covid-19.

##RECOMENDA##

Com 477 mortes e 7.206 contaminados, o país não adotou uma quarentena obrigatória. Ainda é possível ir a restaurantes, à academia e levar as crianças de até 16 anos na escola. Nas últimas semanas, o governo recomendou a redução do fluxo de pessoas, cancelou shows, grandes eventos e interrompeu o calendário de partidas de futebol e hóquei. Também proibiu visitas a casas de idosos e viagens ao exterior que não sejam essenciais.

Ao ver a epidemia avançar, o governo procura ter poderes mais amplos, como a possibilidade de fechar aeroportos e estações ferroviárias sem aprovação do Parlamento. A coalizão de governo, liderada pelos social-democratas, diz que falta suporte legal para reagir à pandemia com a velocidade necessária.

"Vimos a rapidez com que a situação na Suécia e na Europa pode mudar e vemos a necessidade de mais possibilidades para reagir se a situação exigir", afirmou a ministra da Saúde e Assuntos Sociais, Lena Hallengren, em comunicado.

A estratégia atual, do epidemiologista chefe do país, Anders Tegnell, é de reduzir a velocidade da disseminação, mas permitindo que parte da população adquira imunidade ao vírus. No meio tempo, o sistema de saúde tem sido reforçado, assim como as recomendações para sair cada vez menos de casa. "Meu sentimento é de que os suecos estão levando isso a sério", afirma Daniel Antonsson.

A percepção é confirmada por um estudo do governo realizado na última semana de março: dois terços dos suecos disseram ter deixado de viajar, encontrar pessoas próximas e usar transporte público. "Existe uma confiança relativamente forte nas agências governamentais em toda a sociedade sueca. O conselho das agências responsáveis é seguido em grande parte pelos atores públicos e privados em geral, e tem um efeito normativo", explica o vice-cônsul da Suécia em São Paulo, Peter Johansson.

A nova realidade fez Benny Lundstrom abrir pela primeira vez o aplicativo Zoom - usado para fazer chamadas de vídeo. É assim que ele conversa agora com seus colegas de trabalho e clientes da companhia de inteligência artificial onde trabalha, em Estocolmo. Benny viu um declínio nas negociações e no fluxo de pessoas nas ruas da capital sueca. "Os shoppings e centros de compras estão bem mais vazios. Se você for aos parques, há muitas pessoas, mas elas respeitam o distanciamento", afirma.

Questionado sobre a forma como o governo tem tratado a pandemia, diferente de vizinhos como Dinamarca, Finlândia e Noruega, que adotaram medidas mais restritas de circulação de pessoas, Benny se diz satisfeito.

"Acho que há uma boa relação entre o governo e as pessoas. Entendemos que é algo grave e a maior parte de nós segue as recomendações governamentais". Ele, que tem uma filha de 10 anos, afirma que é positiva a ideia de não fechar as escolas, já que se todas as crianças ficarem em casa, muitos pais e mães enfermeiros, médicos e profissionais da saúde terão de cuidar delas e deixarão de ir aos hospitais.

Benny acredita que o meio termo é uma boa forma de tratar a questão, já que se as pessoas ficarem somente em casa também pode haver mais casos de violência familiar e problemas de saúde mental. Ele conta que os pedidos de comida e de entregas de alimentos de supermercados cresceram muito, assim como as ações de caridade e apoio para locais como restaurantes, atrações turísticas e equipes esportivas, que perderam faturamento da noite para o dia.

Na semana passada, a ministra das Relações Exteriores, Ann Linde, afirmou que todos os suecos são responsáveis pelo seu próprio bem-estar, pelo dos seus vizinhos e pelo da comunidade em que vivem. "Tenho uma avaliação positiva de como o governo está cuidando da situação. Se é correto, eu não sei. Mas, a meu ver, parece lógico agir assim. Vamos ver", disse Daniel Antonsson.

A jovem militante sueca contra as mudanças climáticas Greta Thunberg e seu movimento “Sextas-Feiras para o Futuro” foram indicados ao Prêmio Nobel da Paz em 2020 por dois deputados suecos, anunciaram os parlamentares nesta quinta-feira.

“Greta Thunberg é ativista climática e a principal razão pela qual merece o prêmio Nobel da Paz é que, apesar de sua juventude, não deixa de alertar os líderes da crise climática”, escrevem Jens Holm e Håkan Svenneling, do Partido da Esquerda no parlamento, em um e-mail enviado ao Comitê Nobel da Noruega.

“Sextas-feiras para o Futuro (‘Fridays For Future’) é o movimento criado em torno de Greta Thunberg. Sem ele e Greta Thunberg, a questão climática não teria ganhado tanta importância”, explicaram no documento consultado pela AFP.

Greta Thunberg tem 17 anos e seu nome já estava entre aos candidatos ao Nobel da Paz no ano passado.

A adolescente de tranças, diagnosticada com Síndrome de Asperger, tornou-se porta-voz de jovens preocupados com as mudanças climáticas, primeiro em seu país e rapidamente na Europa e no mundo inteiro, graças a sua presença no parlamento sueco em agosto de 2018, com um cartaz de “Greve escolar pelo clima”, que se tornou um lema do movimento.

O comitê norueguês do Nobel aceita todas as indicações antes do prazo final de 31 de janeiro, submetido por algumas das milhares de pessoas com capacidade de lançar uma candidatura. Entre os qualificados então parlamentares e ministros de todos os países, ex-premiados, alguns professores universitários ou membros atuais ou anteriores do comitê.

Pesquisadores poderão submeter, entre 6 de janeiro e 9 de março de 2020, propostas para o projeto CNPq-CISB-Saab que concederá sete bolsas de pós-doutorado e três de 'doutorado-sanduíche' na Suécia. Essa iniciativa é do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em parceria com o Centro de Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileiro (CISB) e a empresa Saab AB. 

O projeto está ofertando bolsas para as áreas de Redes de Comunicação, Sistemas Autônomos, Engenharia Aeronáutica, Propulsão, Materiais e Desempenho humano. Os aprovados ainda terão a oportunidade de realizar seus projetos em parceria com a Saab AB nas instituições da Suécia.

##RECOMENDA##

As propostas devem ser submetidas na Plataforma Carlos Chagas, observando as exigências previstas nas normas do CNPq e seguindo o Segundo Cronograma da Chamada CNPq n° 08/2019.

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico é um órgão brasileiro ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações que incentiva à pesquisa no Brasil, e está em parceria com o grupo privado CISB, Centro de Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileiro, que apoia iniciativas de desenvolvimento entre Suécia e Brasil; e a Saab AB, empresa criadora de sistemas de defesa e segurança aeroespacial, localizada na Suécia.

O polêmico atacante Zlatan Ibrahimovic anunciou a compra de 25% do Hammarby, clube da primeira divisão sueca. Os torcedores do Malmö, clube que revelou o jogador, não gostaram da atitude de Zlatan e decidiram queimar a estátua do atleta que fica nos arredores do estádio do clube.

A estátua fica localizada em Malmö, que além de ser o local do clube formador do atacante também é o onde o atleta nasceu. A estátua que tem 3.80m de altura foi inaugurada a pouco mais de um mês e teve a intenção de homenagear o 'maior jogador da história do país', segundo a federação.

##RECOMENDA##

Aparentemente a 'eterna' lua de mel do atacante com a cidade chegou ao fim. Depois de confirmar o investimento no Hammarby a estátua de Ibrahimovic foi vista pegando fogo. Antes já havia sido vandalizada com uma privada colocada na cabeça da imagem.

[@#video#@]

Pesquisadores do Instituto Dinamarquês de Prevenção ao suicídio, em parceria com a Universidade de Estocolmo, descobriram que o número de suicídios entre homens e mulheres homossexuais caiu quase pela metade desde que houve a legalização do casamento gay.

Esse levantamento compara os números da Suécia e da Dinamarca. São nesses países que o número de suicídios dos homossexuais caiu 46%. Por outro lado, a taxa de suicídio entre os casais gays é duas vezes maior do que o registrado pelos casais héteros. 

##RECOMENDA##

Ao site The Local, Annette Erlangsen, que liderou o estudo no Instituto Dinamarquês de Prevenção, afirma que os números ainda continuam preocupantes para as pessoas LGBTQI+ que não estão em nenhuma relação amorosa. "É claro que é positivo que a taxa de suicídio quase tenha caído pela metade, mas continua preocupantemente alta", salienta a pesquisadora.

Os jovens LGBTQI + têm pelo menos três vezes mais chances de cometer suicídio do que os jovens hetrossexuais, de acordo com um meta-estudo de 2018 com pesquisas em 10 países diferentes. 

A pesquisa, que foi publicada no Journal of Epidemiology and Community Health, acompanhou 28 mil pessoas em uniões do mesmo sexo ao longo de, pelo menos, 11 anos. 

O Los Angeles Galaxy, atual time do sueco Zlatan Ibrahimovic, foi eliminado nesta quinta-feira (24) das quartas de final da Conferência Oeste da MLS. Provocado por um torcedor, Ibrahimovic reagiu com um gesto obsceno e ainda disse no fim da partida que ninguém vai ver a liga americana se ele for embora.

Irritado com a eliminação, Ibrahimovic caminhava em direção ao vestiário, na entrada do túnel, onde os torcedores ficam mais próximos dos jogadores, e respondeu as provocações segurando nos órgãos genitais.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Essa pode ter sido a última partida do polêmico jogador em solo norte-americano. Com seu contrato chegando ao fim o atacante ainda não chegou a um acordo para renovação e desperta o interesse do Napoli da Itália.

"Se eu ficar, será bom para a MLS, porque todo o mundo vai ver a competição. Mas se eu for embora, ninguém vai lembrar que a MLS existe", disse Ibrahimovic aos jornalistas na saída do gramado.

Graças a um gol marcado pelo atacante Rodrigo nos acréscimos do segundo tempo, aos 46 minutos, a Espanha empatou por 1 a 1 com a Suécia, nesta terça-feira, fora de casa, em Solna, nos arredores de Estocolmo, e garantiu a sua vaga na Eurocopa de 2020.

Com o resultado obtido no sufoco, a seleção espanhola foi a 20 pontos na liderança do Grupo F das Eliminatórias para o torneio continental e ficou cinco à frente justamente dos suecos, que ocupam a segunda posição da chave e hoje fecham a zona de classificação à competição que ocorrerá no próximo ano.

##RECOMENDA##

Essa é a sétima vez consecutiva que a seleção espanhola assegura lugar em uma Eurocopa com campanhas de sucesso nas Eliminatórias. Depois de ter fracassado na sua tentativa de disputar a edição de 1992 da competição, a equipe nacional participou do grande evento em 1996, 2000, 2004, 2008, 2012 e 2016. Neste período, se sagrou campeã por duas ocasiões, em 2008 e 2012, e foi às quartas de final por outras duas, em 1996 e 2000. Há três anos, na sua última participação no torneio, deu adeus nas oitavas de final.

O empate desta terça-feira também manteve a Espanha invicta neste qualificatório para a próxima Euro e ampliou para 38 jogos o número de partidas consecutivas do país marcando ao menos um gol em cada. Desta vez, comprovando a sua vocação ofensiva, os espanhóis criaram as melhores oportunidades de balançar as redes no primeiro tempo, mas não souberam aproveitar nenhuma delas.

Do outro lado, a Suécia também esbarrou em uma grande atuação do goleiro David de Gea, que praticou belas defesas antes de precisar deixar o jogo lesionado. Antes disso, ele não teve como evitar o gol que abriu o placar do confronto, aos 5 minutos da etapa final, quando Berg marcou no rebote pelos donos da casa após De Gea praticar duas defesas cara a cara no mesmo lance. Aos 15, o goleiro saiu para a entrada de Kepa Arrizabalaga.

E a vitória dos suecos parecia certa quando os espanhóis encontraram o caminho do empate. Após escanteio batido pela direita, Fabián finalizou da esquerda e Rodrigo, que estava no caminho da bola, completou para as redes para garantir o 1 a 1 e também a classificação à Eurocopa.

Nas duas rodadas finais deste Grupo F, a Espanha ainda terá pela frente Malta, em Cádiz, em 15 de novembro, e a Romênia, três dias depois, em Madri. Serão dois compromissos em casa para cumprir tabela e fazer a festa com os seus torcedores.

A terceira colocação desta chave, com 14 pontos, está nas mãos da Romênia, que também amargou um duro empate atuando como mandante em outro duelo desta terça. Em Bucareste, a seleção da casa vencia a Noruega por 1 a 0, com um gol de George Puscas, até os 47 minutos do segundo tempo, quando os visitantes empataram o jogo com Alexander Soerloth e arrancaram a igualdade por 1 a 1. Assim, os noruegueses foram aos 11 pontos na quarta posição e se mantiveram na briga por uma vaga na Eurocopa.

No próximo dia 15 de novembro, em confronto direto pela vice-liderança, romenos e suecos se enfrentam em Bucareste, enquanto a Noruega atuará em casa contra as Ilhas Faroe, que em outra partida desta terça-feira superou Malta por 1 a 0, em casa. Estes dois últimos países, já fora da luta por classificação, estão empatados na lanterna, com três pontos.

GRUPO D - Em outra partida do dia pelas Eliminatórias, a Suíça superou a Irlanda por 2 a 0, em Genebra, e se manteve viva na briga por uma vaga na Europa. O resultado em casa, garantido com gols de Haris Seferovic e Shane Duffy (contra), levou os suíços aos 11 pontos na terceira posição do Grupo F, ficando agora apenas um atrás dos próprios irlandeses, líderes da chave, e da Dinamarca, vice-líder.

Em outro jogo desta terça-feira por esta chave, a Geórgia bateu Gibraltar por 3 a 2, como visitante, e chegou aos oito pontos na quarta colocação, mas terá apenas mais um jogo a disputar nesta chave, no dia 15 de novembro, contra a Suíça, fora de casa. Depois disso, no dia 18, os suíços atuarão como visitantes diante de Gibraltar, esta ainda sem pontuar e fora da luta para ir à Euro. E no dia 18, pela rodada final da chave, os irlandeses e a Dinamarca medirão forças em confronto decisivo em Dublin.

Criar um cachorro pode estar associado a uma vida mais longa e melhores resultados cardiovasculares, de acordo com estudo publicado na revista Circulation: Cardiovascular Quality and Outcomes. Os resultados se mostraram expressivos em pessoas que vivem só e sofreram ataque cardíaco e derrame cerebral.

Estudos anteriores já mostraram que criar cachorro alivia isolamento social, aumenta atividade física e também baixa pressão sanguínea. Partindo disso, os pesquisadores da Uppsala University, na Suécia, tentaram descobrir se também poderia haver impacto nos resultados cardiovasculares.

##RECOMENDA##

Os cientistas compararam a saúde de pessoas que tinham e não tinham cachorro após um ataque cardíaco ou um derrame. Os dados foram coletados por meio do Registro Nacional de Pacientes da Suécia. Foram examinados suecos de idade entre 40 e 85 anos que foram internados entre 2001 e 2012.

O estudo identificou que pessoas que sofreram ataque cardíaco e viviam sozinhas tinham 33% menos chance de morrer após sair do hospital se eles tinham um cachorro. Para as vítimas de derrame que criavam cachorro, o risco de morte era 27% menor.

Para os pesquisadores, o baixo risco de morte nesses grupos poderia ser explicado pelo aumento de atividade física e diminuição da depressão e solidão, questões já relacionadas com cachorros em estudos anteriores.

Os cientistas acreditam, entretanto, que mais pesquisas são necessárias antes de prescrever animais de estimação como forma de prevenção. "Além disso, do ponto de vista do bem-estar animal, os cães só devem ser adquiridos por pessoas que sentem ter a capacidade e o conhecimento para dar uma boa vida ao animal", diz Glenn Levine, um dos autores da pesquisa.

A empresa sueca Saab entregou à Força Aérea Brasileira (FAB) o primeiro dos 36 caças Gripen comprados pelo governo brasileiro em 2014 para reequipar a frota da Aeronáutica. A cerimônia de entrega ocorreu na manhã desta terça-feira (10), na cidade de Linköping, na Suécia, e contou com a presença do ministro da Defesa, Fernando Azevedo, do comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Antonio Carlos Moretti Bermudez, e de autoridades brasileiras e suecas.

Embora já esteja em poder da Aeronáutica, o F-39 Gripen só deve chegar ao Brasil em 2021, uma vez que, a partir de hoje, o equipamento começa a ser submetido, na Suécia, ao programa de testes. Pelos próximos dois anos, o caça será submetido a uma série de provas a fim de constatar que está à altura das expectativas contratuais. Um primeiro voo experimental foi realizado em agosto deste ano. Foi um voo inaugural de cerca de uma hora que serviu para os engenheiros e responsáveis avaliarem o manuseio básico, o comportamento do caça em diferentes altitudes e velocidades e o funcionamento dos sistemas operacionais.

##RECOMENDA##

Se aprovado, a partir de 2021 parte das aeronaves restantes serão montadas completamente em território brasileiro. A montagem dos caças no Brasil é parte do programa de transferência de tecnologia que, além de razões financeiras, motivou o governo brasileiro a escolher o modelo sueco, em detrimento dos concorrentes norte-americano (Boeing) e francês (Dassault). O contrato prevê a cooperação industrial (offset) para o desenvolvimento e produção das 36 aeronaves Gripen dos modelos E (monoposto) e F (biposto).

Segundo a Saab, mais de 350 brasileiros, entre engenheiros e técnicos, participam ativamente do programa de transferência de tecnologia, incluindo temporadas na Suécia para receber treinamento. Além disso, em 2016, o Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen foi inaugurado junto à unidade da Embraer de Gavião Peixoto, no interior de São Paulo. No centro, engenheiros brasileiros e suecos trabalham conjuntamente para desenvolver o projeto. A previsão é que, se tudo correr bem, as 36 aeronaves sejam todas entregues até 2024.

Já em São Bernardo do Campo (SP) está sendo montado a fábrica onde serão produzidos partes da aeronave que, posteriormente, terão a sua montagem final na planta de Gavião Peixoto.

Durante a cerimônia que marcou a entrega da primeira aeronave, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, destacou que o Gripen não só aumenta “a capacidade operacional da Força Aérea Brasileira, como impulsiona uma parceria que garante transferência de tecnologia para o Brasil, fomenta a pesquisa e o desenvolvimento industrial dos dois países”.

Em seu site, a Saab reconhece que o contrato assinado com o Brasil no início de 2014 “solidificou a reputação da Saab na América Latina”.

O contrato inicial prevê o pagamento de US$ 4,5 bilhões para o desenvolvimento e a produção de 36 aeronaves, além de incluir um programa de transferência de tecnologia que permitisse à indústria aeroespacial brasileira dominar a tecnologia e o conhecimento necessários para, futuramente, manter e desenvolver o Gripen no Brasil.

A assinatura do contrato também pôs fim a uma discussão que já se arrastava desde 1995, quando o Brasil sinalizou a intenção de renovar sua frota aérea militar.

Segundo a Saab, esse foi “o maior negócio na história da empresa”. De acordo com a Saab, na prática, o programa de transferência de tecnologia teve início em outubro de 2015, quando os primeiros 50 engenheiros brasileiros, funcionários de empresas parceiras da Saab no Brasil, se mudaram para a Suécia para passar uma temporada de capacitação.

 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando