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A população LGBTQIA+ encontra uma série de dificuldades para acessar serviços públicos em favelas do Rio de Janeiro. Essa população acaba acessando menos serviços de educação e saúde, por exemplo, e está sujeita a diversas violências.

1º Dossiê anual do Observatório de Violências LGBTI+ em Favelas reúne dados e relatos de episódios de agressão e exclusão vividos por lésbicas, gays, bissexuais, pessoas trans, queer, intersexo, assexuais e outras nesses territórios.

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A pesquisa reuniu informações de 1.705 pessoas de mais de 100 bairros, territórios e favelas do município carioca. Os dados tratam de segurança pública, educação, saúde, moradia e empregabilidade e renda.

A população travestigênere – pessoas trans, travestis e não-binárias – é a que mais sofre com falta de acesso. Na educação, por exemplo, 25,5% de travestigêneres abandonaram a escola antes de concluir os estudos e sequer acessou o ensino médio, enquanto entre o restante dos entrevistados, as pessoas não trans, esse índice é de 8%.

Em relação ao emprego, o dossiê mostra que cerca de 9,4% dos respondentes estão vivendo com renda mensal abaixo de R$ 500. Dessas, 60% são pessoas travestigêneres. Outro dado mostra que 80% das mulheres lésbicas disseram ter sofrido assédio sexual no trabalho. Na saúde, 28% dos homens trans não conseguem acessar os medicamentos necessários no posto de saúde por ausência desses remédios.

Em relação à segurança pública, a maior parte dos respondentes (69,56%) disse ter ficado impossibilitada de acessar sua moradia em decorrência das operações policiais. Dentro desse grupo, cerca de 66,59% são pessoas negras. Além disso, 48,28% do total de respondentes do formulário já sofreram algum tipo de violência durante uma abordagem policial.

“O cenário que a gente encontrou é um cenário muito cruel. A gente realmente não esperava, foi algo que impactou bastante, porque a gente viu que estamos muito distantes de algumas coisas que são básicas, para falar no sentido mais claro”, diz uma das pesquisadoras do dossiê Agatha Christie dos Anjos de Oliveira.

O dossiê foi elaborado, segundo os autores, para suprir a ausência de dados específicos da população LGBTQIA+ nas favelas do Rio de Janeiro:

“Sob o argumento de que não existem evidências concretas acerca de tais violações, o poder público tem se ausentado de sua responsabilidade na garantia dos direitos fundamentais das pessoas de favelas no Rio de Janeiro, em especial no que diz respeito às pessoas LGBTI+ e negras. Contrariamente, são os próprios mecanismos do Estado a propagar uma série de abordagens violentas, invasões domiciliares por vezes criminosas e numerosos episódios de outras naturezas”, diz o texto.

Coleta de dados

Os dados foram coletados por meio de entrevistas e de aplicação de um formulário respondido tanto online quanto presencialmente. As entrevistas foram realizadas tanto em grupos focais, nos quais foram discutidos temas e questões específicas, quanto de forma individual para abordar questões que poderiam ser delicadas para ser tratadas coletivamente.

As informações foram coletadas entre janeiro de 2022 e outubro de 2023. Foram 111 formulários aplicados em 2022 e 1.594 aplicações ao longo de 2023, totalizando 1.705 participantes.

Os questionários foram respondidos por moradores da Maré (35,37%); Cidade de Deus (18,01%); Madureira (4,57%); Rocinha (4,40%); Alemão (3,99%); Vila Sapê (2,93%); Vila Cruzeiro (2,76%); Serrinha (2,64%); Palmares (2,52%) e Gardêna Azul (1,35%).

Em relação à orientação sexual dos respondentes, 30,09% declaram-se heterossexuais; 18,65%, gays/bichas; 14,72%, bissexuais; 14,37%, pansexuais; 9,85%, lésbicas/sapatões; 6,8%, homossexuais; 4,4%, assexuais; 0,93%, nenhuma das opções; e, sem informação, 0,17%. O relatório ressalta que as pessoas que se declararam heterossexuais são pessoas travestigêneres que se identificam como tal. Pessoas cisgênero heterossexuais não participaram do estudo.

Sobre a identidade de gênero, 22,82% declaram-se como homem cisgênero; 10,50%, como homem trans; 5,69%, como transmasculino; 10,26%, como mulher cisgênero; 20,59%, como mulher trans; 13,08%, como travesti; 11,91%, como não-binárie; 2,93%, como agênero; 0,7%, nenhuma das opções; 1,41%, como outro/a; e, 0,11%, sem informação.

A maioria das pessoas, 52,49%, se autodeclarou negra. Outras, 24,52% se autodeclaram brancas, 13,43%, amarelas, 9,27%, indígenas e, sem informação, 0,29%.

Recomendações

O dossiê traz ainda uma série de recomendações direcionadas aos âmbitos municipal, estadual, federal e até mesmo internacional. De forma geral, chama atenção para a necessidade de coleta de dados sobre a população LGBTQIA+, para que haja informações para subsidiar políticas públicas voltadas para essa população nas favelas.

O documento também aponta a necessidade da capacitação de agentes públicos das mais diversas áreas para lidarem com as especificidades dessa população e, assim, garantirem o cumprimento de direitos fundamentais. Além disso, recomenda o fortalecimento de órgãos de denúncia, fiscalização e monitoramento de situações de violência, entre outras.

 

“Janguiê, minha vida é muito difícil, eu enfrento muitos problemas, não consigo me motivar para ir atrás de algo”. Eu tenho escutado muitas frases como essa ao longo do tempo, de pessoas que passam por dificuldades. A elas, digo sempre que de nada adianta se entregar ao lamento, quando apenas a ação é capaz de gerar mudança de vida. Pensar no futuro, na família e em você mesmo ajuda a gerar a motivação necessária para enfrentar os obstáculos do cotidiano. É tudo sobre ter um propósito.

Levantar da cama, muitas vezes, é um grande esforço. Lutar por um objetivo também pode ser. E alguns desses gastos de energia podem parecer inúteis, sem sentido, ou que não vão dar frutos. No entanto, é preciso ter em mente que tudo na vida tem um retorno futuro, mesmo que você não perceba. Ou seja, as noites mal dormidas resultarão em projetos concluídos, metas alcançadas; os momentos de estresse darão lugar a vitórias; o choro de dor ou tristeza se transformará em lágrimas de alegria. Ter isso em mente é o que vai trazer a motivação para continuar enfrentando as adversidades, com resiliência, cabeça erguida e a certeza de que, lá na frente, o “pagamento” virá. Essa é a lei da vida, a lei do universo: ele sempre conspirará a favor de quem se dedica a algo com afinco e coloca nessa empreitada esforço e amor.

Repito: a motivação é muito mais facilmente desenvolvida e mantida quando há um propósito muito claro por trás de um esforço. É a abdicação temporária de uma vida social mais ativa para focar nos estudos, com vistas, por exemplo, a passar em um concurso público; é o tempo dedicado a um novo projeto ou empreendimento. São esforços temporários que garantem resultados duradouros. Pensar assim já é se motivar a persistir. Por isso, faz-se necessário buscar o propósito de cada ação, pois encontrá-lo dá sentido a tudo. Mais que isso, é preciso encontrar o seu propósito de vida, o qual guiará suas decisões e será a grande motivação para caminhar sempre em frente.

Quem tem um propósito tem um destino. Quando esse propósito está bem consolidado na mente, vira força para resistir às intempéries e sobrepujar inimigos e obstáculos. Ele deve vir junto de um bom planejamento e da execução destemida de cada etapa necessária para chegar ao fim. Pensar que tudo tem um sentido, uma razão e um objetivo, é isto que trará uma motivação inabalável, uma vez que estará assentada sobre uma base sólida e forte. No mais, é manter os olhos à frente e a cabeça erguida, sem jamais parar ou retornar.

Conforme a infectologista Raquel Stucchi, da Unicamp, consideram-se imunizadas todas as pessoas acima de 18 anos com três doses de vacina. "Essa porcentagem já é baixa, menor que 80%, e particularmente reduzida abaixo de 40 anos. Com isso, a gente pode antever que, se as pessoas de 20 a 40 anos não fizeram sua dose adicional, a chance de levarem seus filhos para serem vacinados acaba se tornando muito remota." E há riscos. "Os pediatras compartilham conosco a grande preocupação com os pais que se recusam a vacinar as crianças por não terem a percepção da gravidade da covid nas crianças, o quanto pode afetar em relação a casos graves e ser causa de morte, ou da covid longa."

O mesmo alerta é feito pelo presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações. "Só em 2022, tivemos 15 mil hospitalizações de crianças e adolescentes por covid e já são 638 óbitos. Se pegarmos de março de 2020 a junho de 22, vamos ter mais de 50 mil internações e cerca de 2.500 óbitos. Infelizmente a desinformação e a fake news contribuíram muito para esses números", disse.

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TRATATIVAS

Sobre a falta da Coronavac, fabricada no Brasil pelo Butantan, o instituto paulista informou que, após a aprovação pela Anvisa da vacina para crianças dos 3 aos 5 anos, já importa a quantidade de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) para produzir as doses e atender ao esquema vacinal primário completo de toda a população brasileira desta faixa etária. A decisão foi tomada para ofertar o mais rápido possível o imunizante ao Ministério da Saúde.

A previsão de entrega pelo instituto de São Paulo é em meados de setembro. "O Butantan dialoga constantemente com o Ministério e aguarda posicionamento oficial da pasta sobre as ofertas de venda."

O Ministério da Saúde informou que está em tratativas para aquisição do imunizante com maior celeridade, de acordo com a disponibilidade dos fornecedores. "A pasta reitera a disponibilidade de outras vacinas contra a Covid-19 para o público acima de 5 anos e reforça a necessidade de Estados e municípios cumprirem as orientações pactuadas para a imunização", disse.

Informou ainda que acompanha com atenção o andamento da vacinação, já distribuiu mais de 519 milhões de doses e ressalta que o Brasil tem uma das maiores taxas de cobertura.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A vacinação infantil contra a Covid-19 tem avançado em ritmo lento. De cada três crianças com idade entre 3 e 11 anos, uma está com a imunização completa, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa. Metade das crianças dessa faixa etária não recebeu sequer uma dose. Por trás do problema está a falta de doses disponíveis, o que fez cidades interromperem a aplicação, e a hesitação de parte dos pais.

No Distrito Federal e na cidade do Rio a vacinação na faixa etária de 3 e 4 anos foi interrompida por falta de produtos. O Ministério da Saúde informou que está em tratativas com fornecedores. Nas 24 horas entre terça e 20 horas de quarta-feira, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa, apenas 11 mil crianças foram vacinadas com a primeira dose, totalizando 13,5 milhões (51,14%). A população nessa faixa etária é de 27 milhões. Já a segunda dose foi aplicada em 12 mil, chegando a 8,7 milhões de imunizados (32,97%) anteontem.

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Para crianças de 3 a 5 anos, a vacinação foi liberada em 13 de julho pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e ainda não há um recorte estatístico. Na faixa etária de 12 a 17 anos, o índice de totalmente vacinados está em 53,8%, mas distante da média nacional. No País, da população vacinável (78,82% do total), 84,59% estão totalmente imunizados, embora 56,68% tenham recebido a dose de reforço.

PREVISÍVEL

Conforme o presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim), Juarez Cunha, já vinha sendo observada uma preocupante baixa na cobertura vacinal entre os mais jovens, agora agravada pela falta de vacina para crianças. "Isso era previsível, pois quando foi licenciado o uso o Ministério da Saúde não estava fazendo compras e os estoques eram baixos. As notícias que nos chegam de vários lugares são de falta de vacina."

Na terça, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio paralisou a vacinação de crianças de 3 e 4 anos com a primeira dose, alegando que o Ministério da Saúde não enviou novos aportes de Coronavac solicitados desde o mês passado. "A aplicação da segunda dose para este público, prevista para iniciar em 13 de agosto, está garantida com a vacina reservada especificamente para esse fim", disse a pasta. De 15 de julho a 8 de agosto, as unidades de saúde do Rio vacinaram 39.319 crianças dessa idade com a Coronavac. Quando a imunização desta faixa etária foi aprovada, o município tinha doses em estoque, o que permitiu o início imediato. Com a primeira dose, foram vacinadas apenas 25% das crianças de 3 e 4 anos.

PELO PAÍS

No Distrito Federal, a aplicação da primeira dose contra covid-19 para crianças de 3 e 4 anos está suspensa desde o dia 3, por falta de Coronavac, único imunizante aprovado pela Anvisa. Segundo a pasta, há apenas 4 mil doses, todas para segunda aplicação. Conforme o governo estadual, Mato Grosso atrasou o início da vacinação por falta de vacina. Das 113.328 crianças a serem imunizadas, 1.176 (1,04%) receberam a primeira dose. No Piauí, o índice de vacinação nessa faixa etária é de 2,37%. Em Maceió, a vacinação não andou: de 58.535 crianças na fila, só duas foram vacinadas por terem comorbidade.

Para o presidente do departamento científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, Renato Kfouri, há 5,8 milhões de crianças na faixa de 3 a 5 anos e são necessárias quase 12 milhões de doses. "Não temos isso no Brasil." E lembrou que a Pfizer submeteu para aprovação a vacina dela para crianças de 6 meses a 4 anos. "Se vai ser aprovada, já devia ser motivo de o Ministério comprar essas doses."

Para o dirigente da SBim, o número baixo de crianças vacinadas é também consequência de desinformação e fake news. "Houve a propagação de notícias falsas sobre efeitos das vacinas, além de o Ministério da Saúde ter desestimulado a vacinação na infância. Se já tínhamos a hesitação dos pais, a partir do momento em que eles recebem recados de desconfiança sobre a vacina, isso afeta as coberturas vacinais. O início da vacinação de adolescentes foi desastroso."

HESITAÇÃO

A diarista Isaura Batista, de 44 anos, moradora da Vila João Romão, em Sorocaba, interior paulista, só levou a filha Victória, de 7 anos, para vacinar porque a escola exigiu. "Eu estava com medo de vacinar porque falaram que podia dar efeito ruim nela, pois teve caso de criança que ficou doente. Como a escola pediu, eu levei e ela recebeu a primeira dose."

A dona de casa Geovana Rafaela Oliveira, de 22 anos, residente na Vila Zacarias, outro bairro da cidade, ainda não vacinou o filho mais velho, o menino Kauã, de 4 anos. "Não sabia que tinha chegado a vez dele. Estive no posto para tomar minha segunda dose, que estava atrasada, mas não vi nenhuma informação sobre a vacinação para os mais pequenos."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Polícia Federal relatou ao Supremo Tribunal Federal 'dificuldades' enfrentadas pela corporação no cumprimento de decisões da corte máxima no âmbito da ação que tratou do plano de contenção da pandemia da Covid-19 em terras indígenas. Segundo o delegado Paulo Teixeira de Souza Oliveira, chefe do Serviço de Repressão a crimes contra comunidades indígenas e conflitos agrários, tais 'dificuldades' se concentram na 'falta de logística necessária' e na 'falta de recursos financeiros para custear a estrutura operacional, quando solicitado apoio a outros ministérios do governo federal'.

O relatório foi assinado no dia 10 de junho e juntado aos autos da ação em que o STF proferiu uma série de decisões sobre a proteção da população indígena, desde a ordem de instalação de barreiras sanitárias para conter a pandemia até a determinação para retirada de invasores das terras indígenas. Foi no âmbito desta mesma ação que o ministro Luís Roberto Barroso determinou que o governo Jair Bolsonaro adote 'todas as providências necessárias', usando 'todos os meios e forças cabíveis', para localizar o indigenista Bruno da Cunha Araújo Pereira, servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai), e o jornalista britânico Dom Phillips, colaborador do jornal The Guardian, desaparecidos desde o dia 5 na região do Vale do Javari, no Amazonas.

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Em tal despacho, Barroso indicou que as 'deficiências da atuação da União na proteção à vida e à saúde dos indígenas' é objeto de 'reiteradas decisões' por ele proferidas e ressaltou: "Sem uma atuação efetiva e determinada do Estado brasileiro, a Amazônia vai cair, progressivamente, em situação de anomia, de terra sem lei. É preciso reordenar as prioridades do país nessa matéria".

As informações foram prestadas pela PF ao Supremo após a corporação ser instada por Barroso a informar 'as dificuldades encontradas para a garantia da segurança das comunidades e cumprimentos cautelares' em Terras Yanomami. Tal despacho se deu após o ministro da corte máxima ser provocado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), que alegou descumprimento reiterado, pela União Federal, de decisões prolatadas pelo STF.

No relatório apresentado ao STF, a PF sustentou que segue o Plano de Ação 7 Terras Indígenas, homologado parcialmente em agosto de 2020. Segundo a corporação, no âmbito de tal plano foi dada à PF a missão de 'intervir nas terras indígenas para cessar as atividades criminosas ali cometidas, a partir de levantamentos próprios e de demais interessados na ação'. Além disso, foi determinado que a corporação investigasse os autores de tais delitos, 'relacionados com desmatamento, grilagem de terras e exploração mineral ilegal'.

De acordo com o delegado Paulo Teixeira de Souza Oliveira, as 'maiores dificuldades' da Polícia Federal em cumprir as decisões dadas pelo STF com relação à proteção das terras indígenas está a falta de 'meios logísticos necessários', com necessidade de solicitação de apoio do Ministério da Defesa. "As tratativas com as Forças Militares se deram no âmbito do Ministério de Defesa, o qual manifestou, desde o primeiro contato sobre o tema, ainda em 2020, concordância em colaborar com as ações previstas, desde que houvesse dotação orçamentária correspondente e esta fosse descentralizada ao Ministério da Defesa", afirmou.

A PF citou como exemplo uma ação realizada em maio de 2021, em intervenção planejada para a Terra Indígena Munduruku, sendo que, quando efetivo policial já se encontrava alocado em Jacareacanga, no Pará, 'sobreveio a informação de que o apoio do Ministério da Defesa não se concretizaria, em virtude de falta de orçamento'.

No documento, a corporação diz ainda que, em paralelo às tratativas com órgãos da União Federal, foi feito pedido de suplementação orçamentária para a Polícia Federal para 'sanar as dificuldades enfrentadas pela instituição, em especial materiais e financeiras'. O montante solicitado seria para 'custear despesas que órgãos parceiros porventura apresentem em futuras ações no combate a crimes ambientais'.

"De tal sorte, foi solicitado crédito adicional ao Ministério da Economia para operações interagências no valor de R$ 48.137.500,00, através do pedido SIOP 278032/9100, no bojo da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental- ADPF 709/2020, tendo em vista que os custos operacionais para deslocamentos nas áreas serem extremamente onerosos, precisando do apoio das Forças Armadas Brasileira para cumprimento das missões. Ainda se encontra pendente de análise o pedido de suprimento aqui mencionado", registra o ofício.

Uma greve de rodoviários que começou no primeiro minuto desta terça-feira (29) leva muitos transtornos ao Rio. O BRT, sistema de ônibus articulado, não tinha veículos rodando até o início da manhã, afetando milhares de pessoas que tentavam se deslocar a partir da zona oeste da cidade. Além disso, parte da frota tradicional também não estava rodando por diversos pontos da capital.

A situação ficou um pouco melhor por volta das 9h, após o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) considerar a paralisação ilegal. Ainda assim, muitas pessoas se aglomeravam em calçadas e plataformas de embarque à espera de coletivos. E quem não pôde esperar e optou por carros de aplicativo, precisou encarar preços mais altos do que o habitual para o horário.

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A paralisação também provoca registro de congestionamento em diversos pontos do Rio, em especial na zona oeste e em vias no sentido ao centro da cidade.

Devido à greve parcial e à possibilidade de chuva no município, o Centro de Operações Rio colocou a capital em estágio de Mobilização, o segundo nível em uma escala que vai até cinco. Esse estágio significa que há riscos de ocorrências de alto impacto na cidade, podendo afetar a rotina de parte da população.

Isolado na campanha, com desempenho contestado e em crise com o Movimento Brasil Livre (MBL), o ex-juiz da Lava Jato Sérgio Moro, pré-candidato do Podemos à Presidência, tenta encontrar um jeito de sobreviver na disputa. Em busca de uma identidade, Moro tem apelado para aparições em programas conservadores e conversa com influenciadores digitais que abandonaram o presidente Jair Bolsonaro.

Desde que vieram à tona os comentários de cunho sexista do deputado Arthur do Val sobre mulheres ucranianas, a campanha de Moro, que não decolou, entrou em declínio, sob pressão dos adversários. Foi o segundo desgaste, em menos de um mês, provocado por aliados do ex-juiz - mas que viraram agenda negativa e exigiram posicionamento público dele. O primeiro havia sido uma declaração crítica à criminalização do partido nazista, feita pelo deputado Kim Kataguiri (SP).

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"Esse episódio (da Ucrânia) foi lamentável. Eu manifestei de pronto em repúdio aquelas declarações inaceitáveis, o deputado se afastou tanto da construção da candidatura dele, como também do próprio MBL e do Podemos. Não vejo como isso possa sinceramente afetar nada", disse Moro.

Embora o ex-ministro da Justiça diga que está tudo em paz na sua relação com o MBL, na prática não é bem assim. Moro não quis rifar o apoio do grupo por completo, mas começou a isolar os cabeças do movimento de discussões da campanha, numa tentativa de contenção de danos.

Um grupo de WhatsApp que reúne o "Conselho Político" e tinha membros do MBL vive em marasmo desde o episódio com Arthur do Val. Dois integrantes do MBL abandonaram o grupo no aplicativo: Renan Santos e Adelaide Oliveira. Arthur Do Val continua e por isso as discussões se tornaram escassas ou superficiais.

Conselho político

O pré-candidato do Podemos está montando um grupo paralelo para refletir melhor seu real conselho político, com nomes como os senadores Álvaro Dias (PR) e Oriovisto Guimarães (PR), a deputada Renata Abreu (SP), presidente nacional do partido, e o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo.

Ontem, Moro jantou em Brasília com a bancada de senadores do Podemos e alguns integrantes do conselho para discutir a situação da campanha e analisar os cenários, de olho no fim da janela para mudança de partido e filiações, que se encerra em 2 de abril.

Antes do jantar reservado, Moro fez visitas institucionais, uma atividade de campanha que tem tomado boa parte de sua agenda. Ele visitou reitores de entidades filantrópicas e confessionais, tentando aproximar-se do terceiro setor e da base religiosa do presidente Bolsonaro. Passou três horas discursando e respondendo às perguntas dos reitores. Essas reuniões viraram uma tônica da pré-campanha do ex-juiz na capital federal, marcada pela ausência de dirigentes partidários, governadores e parlamentares.

Para superar o esvaziamento político nessas reuniões, Moro tenta deixar seu nome em evidência com entrevistas, presenciais ou remotas. Anteontem, o ex-juiz apostou em direcionar seu discurso para um público de apoiadores digitais de Bolsonaro. O objetivo é fisgar descontentes. Deu entrevista para o youtuber Nando Moura, cujo vídeo ultrapassou 400 mil espectadores, e para o programa Direto ao Ponto, do jornalista Augusto Nunes, na Jovem Pan, com mais 340 mil visualizações. Os dois se notabilizaram por terem audiência majoritariamente de direita e alinhada a Bolsonaro, embora Moura tenha se afastado do governismo por atritos com outras alas ideológicas do bolsonarismo.

"A gente está falando com todo mundo e todo mundo tem razões para estar desapontado com esse governo, que não entregou os resultados, não entregou as promessas. Claro, isso é algo a ser explorado, no bom sentido, porque no fundo o governo fracassou", afirmou o ex-ministro.

O deputado Kim Kataguiri (União-SP), líder do MBL e um dos principais conselheiros da pré-campanha digital de Moro, evitou comentar a busca por ex-bolsonaristas, mas elogiou a iniciativa de conversar com Nando Moura. O youtuber, que costuma se envolver em atritos com outros influencers digitais, conquistou sucesso na internet em 2016 ao criticar a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Em 2018, ele apoiou Bolsonaro, mas depois rompeu com o presidente. "É um rapaz de boa índole, além de ser bem popular em redes sociais", disse Kim ao Estadão.

Moro também tem conversado com deputados eleitos pelo antigo PSL - hoje União Brasil - que apoiavam Bolsonaro e romperam com o presidente, como Júnior Bozzella (União-SP), Julian Lemos (União-PB) e Dayane Pimentel (União-BA). Também continua sua incursão no segmento evangélico. Diferente das entrevistas publicadas ontem, Moro mira em agendas nas principais igrejas do País e tenta reuniões de cúpula, por exemplo, com o bispo Edir Macedo, a Universal do Reino de Deus. Para se contrapor a Bolsonaro, conversou com jovens evangélicos na semana passada, mas as visualizações não passaram de 200 pessoas.

Estrutura

Parte de sua equipe reclama da falta de estrutura do Podemos e já percebeu que nem todos os envolvidos vão se dedicar à campanha apenas por ideal. Moro ainda enfrenta dificuldades operacionais na comunicação e tem orçamento limitado pela legenda. O marqueteiro Pablo Nobel assumiu o comando, mas ainda falta uma estratégia clara nas redes sociais e está "batendo cabeça", nas palavras de um conselheiro do presidenciável.

Em entrevista coletiva, o ex-ministro da Justiça reconheceu que as negociações para alianças partidárias não estão avançando no momento. De acordo com ele, as conversas devem tomar forma a partir de abril, quando acabar o período da janela partidária, intervalo em que deputados federais podem trocar de legenda sem correrem o risco de perder o mandato. "Como está neste período de transferência, o foco dos partidos tem sido formar as bancadas nos Estados, mas existem discussões sendo realizadas em termos de alianças com demais partidos. Isso, ao meu ver, vai se aprofundar apenas após o começo de abril, no fim dessa janela de transferência", afirmou Moro.

Embora nenhum representante do Podemos tenha participado das reuniões que PSDB, MDB e União Brasil têm feito para unir as candidaturas presidenciais, Moro afirmou que mantém conversas com representantes desses partidos e também pregou uma unidade. "Há uma conversa no sentido de ter uma candidatura única entre vários partidos. Não sabemos se isso vai evoluir, mas há uma expectativa de que sim, que se possa ter a construção de uma candidatura única de centro contra os extremos políticos", disse o ex-juiz.

Para alguns usuários, não é possível visualizar tela inicial do aplicativo. (Marília Parente/LeiaJá Imagens)

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Nesta sexta-feira (4), clientes do Nubank usaram suas redes sociais para relatar dificuldades no acesso ao aplicativo da empresa e na realização de transações via pix. Para alguns usuários, nem sequer é possível realizar o login na ferramenta ou visualizar o saldo em conta. 

Por volta das 12h, o site Down Detector, que monitora dificuldades enfrentadas por usuários de diversas plataformas digitais, registava 160 reclamações sobre o Nubank. O problema mais notificado é o login do aplicativo (41%), seguido por saldo em conta (33%) e transferências (26%). 

"Eu quase tive um treco com a minha conta do Nubank porque o app não está mostrando meu saldo e extrato rssss, entrei em contato com todos os canais virtuais e NENHUM avisou dessa instabilidade do sistema operacional, só o pessoal do 0800 teve o cuidado de explicar o problema", escreveu uma usuária, nas redes sociais.

Outro correntista, publicou a imagem da tela inicial de seu aplicativo, sem as informações financeiras. "Cadê meu saldo?", questionou.

Em seu perfil no Twitter, o Nubank confirmou a a existência de oscilações em seus serviços e informou que está retomando suas operações de maneira gradual. "Uma base de clientes encontrou oscilações em alguns de nossos serviços e lamentamos o ocorrido. As nossas operações estão sendo retomadas de forma gradual, tá? Tente novamente em alguns minutos", diz a publicação. 

O surto de influenza combinado com a disseminação da variante Ômicron do novo coronavírus no País teve como efeito uma grande corrida aos postos de testagem, para identificar se houve contágio de covid-19 nas festas de final de ano. Muitos com suspeita de estar com a doença têm de enfrentar longas filas no serviço público. Outros recorrem à rede particular, que começa a ver no horizonte a possibilidade de falta de testes.

Em viagem de ano novo com amigos a Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, a publicitária Fernanda Cui pegou covid-19, assim como 11 colegas do grupo formado por 18. Um congestionamento gerado pelo fluxo turistas, na época, frustrou a tentativa dos viajantes de se testar numa Unidade Básica de Saúde (UBS) no centro da cidade. Com sintomas desde antes da virada, eles só fizeram os testes ao retornar a São Paulo, em 3 janeiro.

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Cui recorreu a um teste antígeno no posto de testagem rápida da rede DelBoni Auriemo, por R$ 150. Com o resultado positivo, ela procurou o Hospital Santa Paula, na zona sul de São Paulo, para uma contraprova via RT-PCR. Ao passar pela triagem, porém, foi informada de que a fila de espera no último dia 4 superava oito horas e decidiu desistir de confrontar os resultados.

"Ao mesmo tempo que as pessoas apresentam sintomas leves, temos muitos casos positivos, só que tem sido necessário gastar muito dinheiro para testar", disse ela, que iniciou o isolamento. "Se a gente tivesse o autoteste na praia, poderíamos ter iniciado antes o isolamento."

Demora

Levantamento feito pelo Estadão com as secretarias de Saúde dos Estados mostra que o tempo médio para obter o resultado do teste tipo RT-PCR, considerado padrão ouro, é de dois dias e meio.

Em alguns Estados, como Maranhão e Amapá, a espera para saber se houve contaminação pelo vírus vai até cinco dias. No Pará, onde o diagnóstico demora dois dias, ainda é exigida a combinação de testes, o que em alguns casos obriga o retorno do paciente ao posto de saúde no dia seguinte. Além disso, nove das 21 secretarias que responderam à reportagem informaram exigir prescrição médica para a testagem - o que aumenta o tempo de espera e é críticado por epidemiologistas.

Na zona leste de São Paulo, Roberta da Silva testou positivo para a covid-19 na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Itaquera, logo após o réveillon. Embora fosse o primeiro dia do ano, e a demanda estivesse baixa, foi necessário esperar por uma hora e meia para fazer do teste. Na terça, 11, ela voltou ao posto para conferir se a doença persistia, mas havia uma longa fila de espera na área externa. Chovia, e as dezenas de pessoas que aguardavam atendimento se aglomeravam no único ponto coberto da unidade. Ela também desistiu do novo teste.

"Não fazia sentido eu estar lá ao lado de pessoas com sintomas muito severos, como tosse e espirro. Pela minha segurança, preferi não esperar."

Para o ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Gonzalo Vecina Neto, a corrida aos postos de testagem não deve ser estimulada. Ele sugere a adoção do protocolo de isolamento social já no início dos primeiros sintomas gripais, independentemente da existência de diagnóstico para influenza ou covid-19.

Testes caros

O cenário não melhora no setor privado, que, além de enfrentar a possibilidade de escassez, oferece testes RT-PCR a preços altos. No Grupo Fleury do Distrito Federal, o exame custa R$ 380, com prazo de dois dias para os resultados. Na rede Sabin, custa R$ 295, com o mesmo tempo de espera. Já a Biolab oferece o preço mais baixo, R$ 250, mas com resultado em até cinco dias, devido à alta dos casos. Os valores variam nos 27 Estados da federação.

Na quarta, 12, a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) emitiu nota com alerta para uma possível falta de testes de covid devido à escassez de insumos, como os cotonetes utilizados no RT-PCR. A entidade recomendou priorizar pacientes em estado grave para evitar o esgotamento dos estoques no País.

A epidemiologista Ethel Maciel, da Universidade Federal do Espírito Santo, afirma que a falta de testes na rede privada levará ao "caos" no sistema de saúde do País, uma vez que 28,5% da população recorre ao entendimento particular por meio de planos de saúde, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para ela, a falta de testes em laboratórios pressionará ainda mais o SUS.

"Com a chegada da Ômicron, a situação fica ainda mais grave por termos procura muito grande e oferta limitada, mesmo na rede privada. O que poderia melhorar o panorama é a oferta de autoteste. "

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A prova de direito penal da segunda fase do XXXII Exame de Ordem Unificado (EOU) da OAB, promovida neste domingo (8), ofereceu poucas dificuldades aos candidatos, segundo a professora Amanda Barbalho, especialista na área. A avaliação demandou peça de alegações finais por memoriais, uma das mais comumente cobradas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), banca organizadora do exame.

“Todo mundo que faz penal se prepara muito bem para fazer essa peça, que costuma ser muito extensa em teses e, nesse caso, não foi. Então foi uma peça comum, que todo mundo que faz penal se prepara muito bem pra fazer. Como ela não veio com a dificuldade natural, por ser uma peça mais extensa, tornou metade da prova muito mais fácil, por valer cinco”, explica Barbalho.

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As teses abordadas pela avaliação também foram previsíveis. “Teses completamente dentro do esperado, como a de pena e de estado de necessidade, que é fácil de ser identificada. Dentro das questões, geralmente quando a peça vem muito tranquila, há uma dificuldade maior para nivelar a prova, o que também não ocorreu. Basicamente, quem tivesse um domínio de Vade Mecum e uma mínima condição de interpretação de texto já conseguiria fazer uma boa prova”, acrescenta a professora.

Apesar de fácil, a prova envolveu debates atuais na sociedade, a exemplo da violência doméstica. “O artigo cobrado na peça foi uma lesão corporal com violência doméstica contra homem e na última questão violência doméstica contra mulher. Achei interessante esse viés de diferenciação. Por fim, também cobraram o acordo de não persecução penal, que já era uma expectativa, porque é uma das alterações da Lei anti-crime, que favorece bastante a advocacia criminal porque beneficia os acusados”, completa Barbalho.

Maria Manoela, filha de Fernanda Lima e Rodrigo Hilbert, roubou a cena no episódio de Bem Juntinhos, do GNT, na última quinta-feira (6). A caçula do casal apareceu em diversos momentos do programa, como o momento em que Hilbert ensinou a usar o sling e também quando Fernanda admitiu que enfrentou dificuldades na segunda gravidez.

A pequena chamou a atenção ao esbanjar simpatia em cena e o nome dela virou assunto nas redes sociais do casal.

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Fernanda, que também é mãe dos gêmeos João e Francisco, confessou no programa que a gestação não foi fácil.

"Eu fiquei imprestável", disse ao relembrar que teve enjoos durante quase toda a gravidez. "Eu vomitava da hora que eu acordava à hora que eu dormia. Era de manhã, de tarde, de noite, dormindo, eu acordava vomitando (...) Eu não acreditei que as duas gravidezes foram iguais! Péssimo, nenhum prazer, eu fiquei muito triste, deprê mesmo, de ficar enjoando", completou.

E ainda contou como foi o parto: "Eu comecei todo o processo em casa: banheiro, escurinho, eu e ele e as crianças organizaram um quartinho, eu fiquei lá oito horas, aquela dor, eu queria entender o que acontecia. Chegou um determinado momento, eu realmente pedi arrego: Vamos para o hospital, que eu quero anestesia".

Desde pequeno, Wellington Vitorino, de 26 anos, já ouvia da família que a mudança na sua realidade partiria da educação. "Em casa nunca faltou nada, mas também nunca sobrou", diz ele, que estudou em escola pública e se tornou o primeiro brasileiro negro aprovado para cursar MBA no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, uma das mais prestigiadas universidades do mundo.

Nascido em Niterói, Wellington morou grande parte da vida ali perto, em São Gonçalo. Após cursar todas as séries em colégios públicos, recebeu uma bolsa em uma escola de elite da zona sul carioca. No vestibular, foi aprovado em todas as universidades e tirou nota mil na redação do Enem, optando pela bolsa integral do ProUni para administração de empresas no Ibmec. Seu olhar já se voltava para o empreendedorismo.

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Claro, veio tudo muito devagar. Aos 8 anos, Wellington ajudava o pai a vender de tudo como ambulante na Praia de Saquarema. Aos 12, iniciou um negócio de revenda de picolés - e acabou sendo autorizado pelos policiais da área a vender dentro do Batalhão da Polícia Militar. Foi a primeira virada em sua vida, admitiu.

Aos picolés ele acrescentou a venda de doces: abriu 23 pontos de venda na cidade. Envolveu a família, contratou a tia e mais um freelancer para auxiliar nas entregas. Até os 17 anos, nunca abandonou o ponto de venda no batalhão. Também prestava contas de seus boletins ao coronel da instituição, que lhe conseguiu uma bolsa de 50% em uma escola particular de São Gonçalo. A outra metade Wellington insistiu em pagar com o lucro dos doces.

O novo patamar veio em 2012, quando viu uma palestra sobre negócios e carreira e mandou ao palestrante um e-mail contando sua história. O gesto valeu-lhe uma bolsa integral para o terceiro ano do ensino médio na Escola Parque. Foi um período conturbado, com notas baixas e uma rotina ingrata, das 7h às 20h, sem tempo para estudar e compensar a defasagem entre ensino público e privado. "No 1º bimestre, fui reprovado em seis disciplinas". Porém, não desanimou. Uma ex-professora arrumou um local mais perto da escola para ele ficar - ele chegou a dormir, por oito meses, na sala dos professores de uma escola pública no Leblon.

ProLíder

No Ibmec, ele se destacou como bolsista e monitor da instituição. Entrou num processo seletivo em 2015, na Fundação Estudar, e foi um dos 24 escolhidos entre mais de 60 mil candidatos. No final ganhou o prêmio de bolsista do ano, entregue pelo fundador, Jorge Paulo Lemann.

Foi então que, percebendo a importância dos jovens no futuro do País, criou o ProLíder, para ajudar a formar jovens lideranças. "A cada passo que se dá na vida, precisamos levar outras pessoas conosco. Esse é um dos objetivos do ProLíder", afirma.

Dessa ideia derivou outra, a criação do Instituto Four, organização sem fins lucrativos que forma e desenvolve jovens líderes que pensam em maneiras de resolver desafios do Brasil. A organização é responsável pelo ProLíder, que formou mais de 200 lideranças para atuarem no meio público, político e empreendedor. A busca pela diversidade também faz parte dos princípios do instituto. "Desde 2016, já falávamos de inclusão e diversidade de gênero, etnia, orientação sexual, classe social. E também buscamos jovens fora dos eixos de Sul e Sudeste", acrescenta. O ProLíder já teve jovens que se tornaram prefeitos, vereadores, investidores e receberam prêmios, além de dois aprovados na Universidade Harvard, também nos EUA.

O instituto também é o responsável pelo Four Summit, conferência que debate as principais áreas estratégicas do Brasil, com foco em inovação e tecnologia. A 1.ª edição, em 2019, reuniu cerca de 700 pessoas, com mais de 90 palestrantes, em dois dias de evento.

MIT e a política

O sonho em estudar no MIT formou-se aos poucos, desde a graduação. Após algumas viagens aos Estados Unidos para conhecer universidades - financiado pela Fundação Educar e por outros empresários -, a vontade de cursar o MBA só aumentava. Tentou duas vezes, foi aprovado na segunda.

Agora, Wellington está preparando sua mudança para Boston, sede da escola. O plano é iniciar o curso, com duração de dois anos, ainda em agosto. O programa de MBA dá o título de mestre em negócios. Para tanto, ele vai se afastar por um tempo da diretoria executiva do Instituto Four, mas não pretende abandonar a instituição.

Wellington também não descarta a possibilidade de se candidatar a cargos públicos. "Primeiro quero trabalhar e contribuir no ramo empresarial por 20 anos. E depois, sim, entrar na vida política", admite. "Políticas públicas são fundamentais para diminuir a desigualdade social no Brasil."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

"Nossa posição continua sendo a de que nenhum brasileiro, Estado ou Município é melhor do que outro. O pacto federativo não pode ser quebrado, e ele não admite privilégios”, afirmou o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Glademir Aroldi. Ele participou de audiência pública da Comissão Temporária da Covid-19, ocorrida na manhã desta segunda-feira, 12 de abril, mediada pelo presidente do colegiado, senador Confúcio Moura (MDB-RO).

O debate propôs discutir as dificuldades dos gestores locais no enfrentamento da pandemia, o cumprimento do plano de vacinação e a capacidade de atendimento e condições de abastecimento dos sistemas de saúde municipais. Durante sua fala, Aroldi disse que o ideal é que todas as vacinas sejam disponibilizadas pelo Plano Nacional de Imunização (PNI) para não prejudicar as regiões mais vulneráveis.

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"A vacinação é o caminho de médio prazo para preservar a saúde dos brasileiros e a retomada econômica e social do país", disse. Contudo, com base nas ações da entidade de monitoramento dos fornecedores de vacinas no mundo, o líder municipalista sinalizou que a compra individualizada é uma ilusão, pois não existe esta oferta no mercado. Ele defende o destino da compra privada, integralmente, ao PNI para a vacinação dos grupos prioritários. 

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Na contramão

No início de sua apresentação, o presidente da Confederação contou que as entidades municipalistas têm atuado diuturnamente para orientar os gestores locais, mas as indefinições, as idas e vindas das decisões e a instabilidade dos regramentos trazem preocupações e dificultam as ações. "Observamos que as medidas de distanciamento adotadas, sem nenhuma coordenação e planejamento, muito ao contrário, com a posição adversa do governo federal, põe em xeque a importância das ações restritivas".

Segundo Aroldi, os resultados que poderiam ser promissores, repercutem tardiamente, levando os sistemas de saúde ao caos. "Falta também um mapeamento nacional da propagação das novas variantes, que combinado com uma baixa testagem da população, resultam em um cenário: estamos apenas enxugando gelo", desabafou. "Lá na ponta, o gestor não está conseguindo fazer frente às medidas necessárias para sairmos deste pico da pandemia", completou.

Coordenação

Para o presidente da CNM, os gestores municipais precisam do Congresso Nacional para implementar ações, sob a coordenação do governo, para minimizar o atual descontrole. Ao comparar a situação atual a um cenário de guerra, em que faz-de necessário tomar as rédeas com coordenação, Aroldi garantiu: "não existe estoque de vacinas nos Municípios e as vacinas estão sendo administradas de acordo com as orientações do Ministério da Saúde, o qual orientou a reserva do imunizante para a aplicação da 2º dose".

"É preciso deixar claro que a diferença nos números de doses entregues e aplicadas não corresponde à realidade", afirmou. Há problemas entre a saída dos imunizantes e a chegada na ponta, além do registro no sistema ser efetuado com algum delay. "São várias as reclamações de Municípios com problemas de carregamento das informações pelo sistema do Ministério da Saúde, que apresenta grande instabilidade, o que atrasa ainda mais o registro das doses já aplicadas", contou o presidente da CNM.

Capacidade

Os Municípios, segundo confirma Aroldi, possuem capacidade de aplicar 1,5 milhões de doses/dia e podem ampliar essa meta rapidamente. Os resultados das pesquisas semanais da entidade também ganharam espaço na apresentação. Dentre os problemas identificados está a rápida saturação da Rede de Atenção Especializada levou também ao aumento explosivo de atendimentos na Atenção Primária, válvula de escape para os pacientes que não encontram leitos nos hospitais.

Ao reconhecer que a guerra do Brasil contra a pandemia é travada nos Municípios, o senador Wellington Fagundes (PL-MT) apresentou algumas perguntas dos demais colegas, assim como vice-presidente do colegiado, o senador Styvenson Valentim (Podemos-RN), e outros integrantes da comissão e demais senadores também fizeram o uso da palavra. Em resposta às colocações, o presidente da CNM reafirmou: "O ritmo da vacinação no Brasil depende da disponibilização de doses, mas não existem vacinas suficientes nos postos de saúde dos Municípios".

Conflito federativo

Ainda em resposta aos participantes, Aroldi destacou que não se pode criar um conflito federativo e nem tão pouco fragilizar o Sistema Único de Saúde (SUS), que foi construído, a duras penas, aos longos dos anos. "Precisamos valorizar essas estruturas, porque, agora, reduziu a necessidade de leitos de UTI? E ainda temos mais de mil Municípios com essa necessidade, com pacientes em estado grave, sem conseguir leitos de UTI? Esse número era maior, por que diminuiu?" questionou o presidente da entidade.

Ele disse: "pelas medidas adotadas pelos gestores municipais e estaduais. Essas medidas foram prejudicadas e mal compreendidas pela população pelas manifestações do líder maior, que vem atrapalhando o processo". "As medidas estão sendo tomadas, em cada Município do Brasil, conforme a necessidade e o prefeito, com muita responsabilidade, dialogando com a sociedade organizada", completou. Aroldi mencionou alguns exemplos de como os gestores e as equipes de saúde têm vencido desafios para promover a vacinação nas mais remotas localidades do país.

Apoio Financeiro

Sobre a queda da arrecadação e o impacto nos cofres municipais, o líder municipalista confirmou a necessidade de um apoio financeiro por parte da União para que seja possível continuar tendo as condições mínimas de atender a população. Já em relação ao reflexo no empobrecimento da população, o Projeto Município Parto Cheio foi citado como boa prática. Ao ser questionado sobre o tratamento precoce, defendeu a ciência e o tratamento de eficácia comprovada.

Por fim, Aroldi enalteceu as ações e os esforços de cada prefeito e citou a necessidade de reformulação do Pacto Federativo. "A nossa participação no bolo tributário é muita pequena e nossas atribuições são muitas. O recurso não comporta mais atender todas as atribuições repassadas, especialmente pelo governo federal, ao longo dos anos. Isso precisa ser corrigido", disse ao defender também uma ampla reforma tributária, que garanta segurança jurídica ao empresariado e uma melhor definição de competências e de recursos.

*Do site da Confederação Nacional de Municípios

Na reta final para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), estudantes contam como estão se preparando e como estudaram ao longo deste ano em meio à pandemia do novo coronavírus. As realidades e os desafios são diversos.

Em Porto Velho (RO), Heloísa Lara, 23 anos, que pretende cursar medicina, precisou enfrentar o ensino online - algo com o qual sempre teve dificuldade. No Rio de Janeiro, Lucas Bevilaqua, 17 anos, tenta driblar as telas e conseguir descansar um pouco às vésperas do exame. Em Cocal dos Alves (PI), Sergio Manoel Cardoso, 17 anos, passou a ter aulas por WhatsApp. Em Barreirinha (AM), Karen Eduarda Prestes, 18 anos, enfrenta a falta de internet, que atrapalha seus estudos.

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“Eu achei que não fosse ter foco porque estudar em casa tem distrações. Achei que seria difícil, mas arrumei foco e arrumei um lugar onde pude ficar mais em silêncio”, diz Heloísa Lara, 23 anos. Há cinco anos, a estudante busca uma vaga em um curso de medicina. Já havia tentando fazer cursinhos online, mas não conseguiu manter a rotina. A pandemia a obrigou a voltar para o ensino remoto. “Eu tive que mudar minha mentalidade quanto a isso. O online foi bom porque eu sou muito tímida e pude mandar perguntas sem precisar falar em uma sala de aula. Consegui tirar todas as dúvidas que eu tinha”, conta. 

Heloísa, este ano, investiu em um curso específico de redação. O ensino remoto permitiu que se matriculasse no Laboratório de Redação, em São Paulo. A estudante, que usa o celular para estudar, precisou também melhorar o pacote de internet que tinha para poder acompanhar as aulas. Ela passou ainda por uma mudança de cidade, em meio a pandemia, mudou-se de Cacoal (RO) para a capital do estado, Porto Velho. "Agora, estou revisando conteúdos do ano passado. Fiz resumos e estou fazendo bastante exercícios. Depois de várias terapias, agora estou tranquila".

Lidando com a ansiedade 

Para o estudante do colégio Mopi, no Rio de Janeiro, Lucas Bevilaqua, 17 anos, a parte emocional pesou este ano. “Esse ano foi um ano muito complicado. Eu não sei se a questão da pandemia ajudou ou piorou meus estudos. Acho que a questão da cabeça piorou muito. Mas, em termos de estudo, ajudou a me concentrar porque estou em casa não tem muito o que fazer. Acabei conseguindo distinguir as coisas, focar no que precisava, embora tenha sido um ano difícil psicológica e emocionalmente.”

As aulas online ocupavam as manhãs e parte da tarde. “Uma coisa que pesou muito para mim, foi que ficava muito tempo no celular, no computador, sempre tinha que achar um tempinho para me recuperar, para achar um tempinho fora do computador", diz.

Ao lado do estudante, que pretende concorrer a uma vaga em um curso de psicologia, o irmão gêmeo Gabriel divide o espaço e a mesma angústia no preparo para o Enem. “Estamos meio que no mesmo barco”. Bevilaqua conta que, no último ano do ensino médio, ele sentiu falta da escola, “Pesou para mim não ir para escola, ver pessoas, conversar, pesou um lugar onde possa relaxar e tirar a pressão.”

Aulas por WhatsApp

Para o estudante da Escola Augustinho Brandão, em Cocal dos Alves (PI), Sergio Manoel Passos Cardoso, 17 anos, aprender apenas a distância gerou insegurança. “Além da forma de ensino ter mudado completamente, a distância física que temos das salas de aula cria um certo pane em relação ao que eu aprendi”, diz. Mas, o estudante diz que confia no trabalho feito pelos professores. “Eu acredito que apesar do ensino remoto, todos da minha turma irão se sair bem, pois, temos o apoio incondicional dos professores, de todas as formas possíveis”.

O estudante passou a ter aulas por WhatsApp. Os professores mandavam exercícios, vídeos que eles mesmos produziam, sempre buscando a melhor forma de compreensão do aluno. As dúvidas podiam ser tiradas sempre levantando a mão com um emoji. 

“Esta reta final está sendo muito complicada, pois, além de se adaptar à nova rotina remota, buscar sempre manter a saúde mental também faz parte. Porém, com essa aproximação da prova, eu sinto que tenho que revisar o máximo de matérias e assuntos que conseguir, acredito que, aumentando minha ansiedade”, diz Cardoso, que pretende concorrer a vagas de direito ou odontologia. "Às vezes, quando quero me distrair um pouco, tento ir jogar bola, passo o dia sentado em uma cadeira.”

Dificuldade de acesso

A estudante Karen Eduarda Prestes, 18 anos, da Escola Estadual Professora Maria Belém, em Barreirinha (AM) Karen Eduarda Prestes, 18 anos, não chegou a conhecer pessoalmente os professores este ano. A escola estava em reforma no início do ano e logo em seguida foi fechada por conta da pandemia. As aulas passaram a ser dadas por WhatsApp. 

“Isso complicou mais ainda porque nós, como alunos, como a gente faz parte da classe baixa, a dificuldade foi maior pelo acesso à internet. No nosso município a internet é ruim demais. A gente teve que achar um meio para lidar com isso. Muitos alunos desistiram”, conta a estudante que passou o ano acessando conteúdos escolares pelo celular. 

Os professores e os estudantes precisaram se adaptar, mas Karen diz que eles conseguiram materiais e conseguiram fazer simulados este ano. “Hoje eu passei o dia todo estudando para o Enem e encontrei dificuldade. Minha vontade é ser professora de português. Muitas vezes pensei em desistir, por ter a dificuldade da internet, por não ter computador para pesquisar, mas a minha vontade é muito maior do que o que está acontecendo. Muitos desistiram dos sonhos, mas eu estou tentando ao máximo focar nos meus livros, nas videoaulas”. Fazer a prova em meio a pandemia é outro desafio, de acordo com a estudante. “Tenho muito receio, me sinto insegura”, diz. 

A pandemia exacerbou as desigualdades no Brasil. O acesso a internet, a computadores e celulares passou a fazer ainda mais diferença no aprendizado. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - Tecnologia da Informação e Comunicação (Pnad Contínua TIC) 2018, divulgada este ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma em cada quatro pessoas no Brasil não tem acesso à internet. Em números totais, isso representa cerca de 46 milhões de brasileiros que não acessam a rede.  Já a pesquisa TIC Domicílios apontou que 58% dos brasileiros acessavam a internet em 2019 exclusivamente pelo telefone celular.

Enem 2020

O Enem 2020 será aplicado na versão impressa nos dias 17 e 24 de janeiro e, na versão digital, nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro.

Devido a pandemia, durante todo o tempo de realização da prova, os candidatos estarão obrigados a usar máscaras de proteção da forma correta, tapando o nariz e a boca, sob pena de serem eliminados do exame. Além disso, o álcool em gel estará disponível em todos os locais de aplicação.

Quem for diagnosticado com covid-19, ou apresentar sintomas desta ou de outras doenças infectocontagiosas até a data do exame, não deverá comparecer ao local de prova e sim entrar em contato com o Inep pela Página do Participante, ou pelo telefone 0800-616161, e terá direito a fazer a prova na data de reaplicação do Enem, nos dias 23 e 24 de fevereiro.

Apesar da adoção de medidas mais rígidas pelas autoridades nas últimas semanas, a Suécia e sua atípica estratégia contra o coronavírus enfrentam novamente grandes dificuldades com a temida segunda onda, que o país nórdico acreditou durante muito tempo que conseguiria evitar.

"A Autoridade de Saúde Pública havia preparado três cenários no verão. Nos baseamos no pior deles. Porém, está duas vezes do que se temia", afirmou à AFP Lars Falk, diretor do departamento de UTI no hospital Karolinska de Estocolmo.

Serviços de reanimação sob pressão, demanda por reforços de profissionais de saúde qualificados em Estocolmo, taxa de mortalidade até 10 vezes superior a dos vizinhos nórdicos: durante o outono, a estratégia sueca, menos estrita a respeito da epidemia, repete o balanço medíocre da primavera.

"Lamentavelmente, o nível de contágios não diminui. Isto é muito preocupante", declarou à AFP o diretor de saúde da região de Estocolmo, Björn Eriksson, que descreveu uma "pressão extrema sobre o sistema de saúde".

Depois de pedir o reforço de profissionais qualificados, em particular nas clínicas privadas, na terça-feira ele ordenou o cancelamento de todas as cirurgias eletivas na região.

"Já chega! Não vale a pena beber algo depois do trabalho, encontras pessoas fora de casa, fazer compras de Natal ou tomar um café: as consequências são terríveis", declarou na semana passada.

No início da semana, as internações por Covid-19 na Suécia igualaram o pico de abril, com quase 2.400 pacientes - mas a proporção de pessoas nas UTIs é a metade do período da primavera, o equivalente a 10%.

O número de mortes chegou a 7.802 na quarta-feira - mais de 1.800 desde novembro - e o de novos casos se aproxima do nível recorde, com mais de 6.000 por dia em média, de acordo com os dados oficiais.

- Novas medidas -

Sem máscara, fechamento de bares, restaurantes e lojas, nem quarentena obrigatória, a Suécia se distinguiu por uma estratégia baseada essencialmente em "recomendações" e poucas medidas coercitivas.

Mas diante do aumento expressivo dos casos, as autoridades anunciaram recomendações mais estritas - como o encontro apenas com pessoas da mesma residência -, mas o não cumprimento não é penalizado.

Ao contrário de uma visão generalizada, o país escandinavo nunca perseguiu a imunidade coletiva.

As autoridades de saúde, no entanto, consideraram por muito tempo que o nível elevado de contaminação na primavera permitiria, sem dúvida, conter de maneira mais fácil um ressurgimento da epidemia a longo prazo.

"Acredito que teremos uma contaminação relativamente baixa no outono", afirmou em agosto o epidemiologista chefe do país, Anders Tegnell.

Os fatos deram razão a Tegnell por algum tempo, mas a segunda onda, que a Suécia acreditava que conseguiria evitar, terminou atingindo o país, apenas um pouco mais tarde que em outras regiões da Europa.

A taxa de sobremortalidade superou 10% em novembro, de acordo com o Escritório de Estatística, e deve continuar piorando.

Apesar das críticas de uma comissão independente na terça-feira, o primeiro-ministro Stefan Löfven se negou até o momento a chamar a estratégia de fracasso.

"A maioria dos especialistas não viu a onda diante deles, falavam de focos localizados", declarou em uma entrevista ao jornal Aftonblad

"Apertamos os parafusos, mas acho que devemos fazer ainda mais, sobretudo durante o período de festas de fim de ano", disse Falk.

O governo apresentou um projeto de lei que permitirá fechar as lojas e os restaurantes. Mas a entrada em vigor está prevista para meados de março.

Como o restante da União Europeia, a Suécia também tem muitas esperanças na vacinação, que espera iniciar ainda em dezembro, com o objetivo de imunizar toda a população até meados de 2021.

Acordos políticos dificultam as privatizações, disse nessa segunda-feira (26) à noite o ministro da Economia, Paulo Guedes. Em evento promovido pela Academia Brasileira de Direito Constitucional, ele declarou que o presidente Jair Bolsonaro tem cobrado privatizações de empresas estatais, mas que a “engrenagem” dificulta os avanços nessa pauta.

“Não conseguimos até agora privatizar empresas. Há acordos políticos que dificultam, há uma mentalidade cultural equivocada”, disse o ministro. “O presidente tem cobrado [privatizações]. Por alguma razão, a engrenagem política não tem permitido que essas privatizações aconteçam.”

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Segundo Guedes, as privatizações não foram prioridade no início do mandato porque o governo concentrou esforços na aprovação da reforma da Previdência e mantinha o foco na reforma do pacto federativo. Com o início da pandemia do novo coronavírus, o governo passou a dedicar-se no enfrentamento à Covid-19.

Apesar dos atrasos provocados pela pandemia, Guedes disse que o governo conseguiu aprovar projetos que pretendem destravar o investimento, como o novo marco regulatório do saneamento. Ele destacou iniciativas em tramitação no Congresso, como a liberalização dos mercados de gás natural, petróleo, cabotagem, setor elétrico e ferrovias. Para o ministro, a recuperação do consumo, em boa parte propiciada pelo auxílio emergencial, conseguiu segurar a economia, mas o Brasil só voltará a crescer com uma onda de investimentos.

Vacina

Guedes disse considerar naturais as divergências em relação à vacina contra a Covid-19. Ele classificou de “liberdade de opinião” os posicionamentos do presidente Jair Bolsonaro em relação ao tema. “Não podemos nos emocionar, nos apaixonar e começar a derrapar para a intolerância porque alguém está falando algo que não gostamos. É a liberdade de opinião, de manifestação. Vai tomar vacina ou não vai? Uns dizem que deve ser voluntário, outros que deve ser obrigatório. É natural que haja diferença de opinião”, disse.

No evento, intitulado Um Dia pela Democracia, o ministro disse não acreditar que a democracia brasileira esteja em risco. Citou a China e a Coreia do Norte como países que não dão liberdade aos cidadãos e disse acreditar que os Poderes tem funcionado de maneira independente e normal no Brasil.

“A democracia tem poderes independentes, é normal que haja demarcação de espaços. Às vezes dois poderes se juntam para conter excesso de um terceiro. É normal”, declarou Guedes.

Os parlamentares com pior desempenho na execução de emendas atribuíram ao ano atípico, marcado pela pandemia, as dificuldades em fazer com o que o dinheiro do Orçamento chegue ao destino indicado. E ressaltaram que os recursos podem ser pagos até o fim do ano. "Não é um campeonato de quem executa primeiro, mais importante é a qualidade das emendas", disse o senador Reguffe (Podemos-DF).

A senadora Daniella Ribeiro (PP-PB), que registra o mais baixo índice de execução de emendas, afirmou que havia destinado recursos para Ciência e Tecnologia que ficaram em "compasso de espera" para avaliação do governo sobre a necessidade de redirecioná-los a ações de combate ao coronavírus.

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Para a deputada Tabata Amaral (PDT-SP), a execução das emendas abaixo do esperado não se deu por ineficiência do mandato, mas por ineficiência do governo federal. Joenia Wapichana (Rede-RR) e Erika Kokay (PT-DF) também culparam a gestão de Jair Bolsonaro pela demora nos pagamentos.

O Ministério da Economia não respondeu sobre o baixo índice de execução de emendas nem às críticas ao governo.

Prazo. A deputada Bia Kicis (PSL-DF) disse que boa parte das suas emendas foi destinada a investimentos, o que exige prazo maior para sair do papel, mesma justificativa dos deputados Natália Bonavides (PT-RN) e Vitor Lippi (PSDB-SP).

O deputado Celso Russomanno (Republicanos-SP), candidato a prefeito de São Paulo, lembrou que 2020 é ano eleitoral, com prazos mais curtos para apresentação e análise dos projetos, e que todas as emendas indicadas por ele ainda têm condições de serem empenhadas.

Sobre a emenda recusada para associação de capoeiristas, a senadora Leila Barros (PSB-DF) disse que o valor foi remanejado para outra instituição.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A amamentação é fonte de benefícios para crianças e mães, além de ser ambientalmente segura e natural, mas há algumas dificuldades comuns entre elas no início desse processo. A coordenadora da assistência em aleitamento materno do Banco de Leite Humano (BLH) do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) e enfermeira pediátrica, Maíra Domingues, mostra sinais que ajudam a revelar se o bebê está mamando da forma correta: troca de fraldas do bebê frequente, mama mais leve após a mamada e ausência de dor.

No entanto, em caso de dor e dificuldade na pega correta do bebê, ela ressalta que, em alguns casos, o melhor caminho é buscar ajuda profissional. “O ideal, muitas vezes, é a família buscar apoio e suporte especializados diante das dificuldades”, disse. Os 222 bancos de leite humano no Brasil são locais de apoio à amamentação para mães e estão realizando atendimento também por teleconsultas no período da pandemia. Eles estão listados no portal da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano e há ainda o SOS Amamentação, pelo telefone 0800 026 8877. Ela lembra que existem hoje objetos com a proposta de formar bico ou de ajudar o bebê a ter um bico, mas que todos eles atrapalham a amamentação e, por isso, não são recomendados.

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Confira, a seguir, detalhes da entrevista da enfermeira pediátrica Maíra Domingues à Agência Brasil.

Agência Brasil: Quais são os benefícios da amamentação?

Maíra Domingues: A amamentação é considerada uma das principais intervenções com grande impacto para redução da mortalidade e morbidade neonatal e infantil. Os benefícios do leite materno são de conferir proteção para doenças diarreicas, infecções respiratórias, diminui o risco de diabetes e obesidade na criança, é um alimento que contém todas as propriedades nutritivas e imunológicas que a criança precisa. E esses benefícios também se estendem à saúde da mulher: tem uma proteção maior para câncer de mama, de ovário, o corpo da mulher retorna mais rápido ao que era antes da gestação com a amamentação, também reduz o risco de uma hemorragia após o parto.

Agência Brasil: Quais as principais dificuldades que as mães têm durante a amamentação?

Maíra Domingues: Muitas vezes elas podem sentir dor, o próprio choro frequente do recém-nascido gera insegurança e a dúvida se a produção de leite dela é adequada. Vale destacar que a grande maioria das mães produz leite em quantidade e qualidade suficiente, mas essa dúvida é muito comum entre as mulheres. Outra dificuldade que pode ocorrer é de posicionar e fazer o bebê pegar corretamente no peito e ter a certeza que ele está de fato ganhando peso.

Agência Brasil: Em relação à posição e pega correta, quais os cuidados que as mães devem ter?

Maíra Domingues: Não existe uma posição ideal, qualquer posição que a mulher queira amamentar seu bebê e ela esteja confortável e o bebê também, de forma a conseguir uma boa pega, é a posição melhor naquela mamada. Com relação à pega correta, existem alguns sinais indicativos. Por exemplo, o lábio inferior [do bebê] fica virado para fora, as bochechas ficam arredondadas, a gente consegue visualizar mais a aréola por cima da boca do bebê do que abaixo, o nariz não encosta na mama, o queixo encosta na mama e muitas vezes é possível ouvir o bebê deglutir - tem um som específico – e, claro, a mulher não sente dor. Se ela está sentindo dor, possivelmente a pega não está correta ou tem alguma outra intercorrência e, nesse caso, ela deve buscar apoio e suporte especializados precocemente para amamentar.

Agência Brasil: Você falou que não é normal sentir dor na amamentação, como prevenir fissuras e o que pode ser usado para aliviar o desconforto que isso traz?

Maíra Domingues: Não é normal sentir dor, a amamentação deve ser prazerosa. Então se está sentindo dor, procure ajuda. O que fazer diante da dor enquanto a ajuda não chega? Tentar corrigir pega e posição. Tira o bebê, coloca de novo, até conseguir não sentir ou diminuir a dor. Se já estiver ferido o mamilo, ela deve passar o próprio leite materno. O leito materno contém elementos que são cicatrizantes e bactericidas e protegem a mama não só de uma possível infecção, mas também auxilia na cicatrização da área que está ferida. Nós não recomendamos nenhum outro produto para cicatrização porque, de acordo com um estudo robusto em que foram avaliadas outras intervenções, como pomadas, foram comparados diversas estratégias para melhoria dessa dor no mamilo e o leite materno foi apontado como a melhor forma de tratar a fissura junto, claro, à correção da pega e posição.

Agência Brasil: Quais meios existem para que as mães busquem informações?

Maíra Domingues: Existem grupos educativos durante a gestação. Os bancos de Leite Humano oferecem gratuitamente esses cursos para casais grávidos, de orientação sobre o aleitamento materno ainda nesse período do pré-natal. É muito importante destacar que esses grupos educativos e cursos são um preparo para a amamentação, aliás, é o melhor preparo. Quando a mulher ouve, junto com o pai, os benefícios da amamentação, geralmente faz com que eles tenham maior possibilidade de ter sucesso com a amamentação e, quando apresentam dificuldades inicialmente, eles sabem onde procurar ajuda. Após o nascimento, uma boa forma de buscar ajuda é com o profissional de saúde que está acompanhando ela - o obstetra, pediatra ou enfermeiro - como também unidades básicas de saúde e os bancos de Leite Humano, que são verdadeiras casas de apoio à amamentação, oferecendo assistência clínica especializada.

Agência Brasil: Mulheres com mamilo invertido conseguem amamentar? Que cuidados elas devem tomar?

Maíra Domingues: Essa é uma dúvida de muitas mulheres. O que a gente sempre destaca é que independentemente do tipo de mamilo, a amamentação pode ter sucesso. O bebê deve pegar em toda ou quase toda aréola. Se ele pega no mamilo, ele fere, então independe de a mulher ter mamilo para dentro – que a gente chama de invertido –, mamilo plano ou mamilo para fora, que a gente chama de protuso. O que a gente deve ensinar ao bebê é pegar corretamente na aréola. Quando a mulher tem o mamilo para dentro, diante da dificuldade, o que vai acontecer é ele pegar e escorregar a boca até apreender a pegar corretamente. E quando a mulher tem o mamilo protuso - para fora - o que vai acontecer se ele pegar errado é que vai ferir. 

A gente atende muitas mulheres com mamilo invertido, não orientamos uso de bicos de silicone, nem de exercícios com a mama, não deve ser feito isso, muito menos utilizar bomba para formar bico, não é necessário nenhum tipo de objeto para formar o bico. O que é necessário é o apoio e suporte de um profissional de saúde especializado no assunto para que, de fato, ela possa ter a ajuda e, independente do tipo de mamilo, ter sucesso com a amamentação se ela assim desejar e escolher amamentar.

Agência Brasil: Como saber que o bebê mamou o suficiente?

Maíra Domingues: Alguns sinais mostram isso. O primeiro deles é que a amamentação aconteceu sem dor. Se o bebê está mamando, está sugando, sem dor, muito bom. O segundo sinal é que após a mamada a mãe sente uma leveza na mama, sente a mama um pouco mais murcha. E destaco: sempre vai ter leite no peito, sempre vai continuar leite no peito, mas ela sente essa leveza, porque o bebê realmente mamou. E, por último, um terceiro sinal importante para saber que ele está mamando bem é a frequência de troca de fralda ser ideal, o bebê geralmente urina por, pelo menos, cinco ou seis vezes em 24 horas. Então, se a mãe não está sentindo dor, se ela sente a mama mais leve e se ela depois vê que o bebê tem urinado, muito possivelmente ele está mamando e crescendo adequadamente.

Agora, claro, o melhor indicador de crescimento da criança é o peso. A avaliação do crescimento acontece na consulta pediátrica ou na consulta com enfermeiro nas unidades de saúde. Nessa avaliação, vai se confirmar aquilo que a mãe e o pai já estavam suspeitando a partir desses três primeiros sinais, que já trazem certa segurança para os pais no domicílio, antes mesmo da consulta.

Agência Brasil: O ideal é ter horários para amamentação ou a livre demanda?

Maíra Rodrigues: Não existe tempo, não é recomendado amamentar em horários pré-estabelecidos. O nome disso é amamentação sobre livre demanda, lembrando que a livre demanda deve ser da criança, quando demonstrar sinais de fome - levando a mãozinha na boca, procurando o seio, botando a linguinha para fora -, mas também a livre demanda é feita pela mãe, quando ela está com a mama cheia ou quando ela quer amamentar mais cedo para poder descansar um pouco depois em outro horário. Então a livre demanda é quando a mãe ou o bebê quer que aconteça. A mamada em si também não deve ter tempo estipulado previamente, o bebê demonstra quando está saciado: ou ele larga o seio ou ele simplesmente dorme.

Vale destacar que ela deve oferecer preferencialmente os dois seios por mamada, para que a mãe e o bebê tenham um bom descanso entre as mamadas e o bebê cresça adequadamente. Isso não é uma regra, mas geralmente a mãe deve estar oferecendo os dois seios a não ser que o bebê não queira.

Agência Brasil: Qual intervalo um bebê pode ficar sem mamar?

Maíra Domingues: O pediatra que está acompanhando o bebê na maternidade dará maiores esclarecimentos sobre a amamentação até a primeira consulta para avaliar o crescimento e o desenvolvimento da criança, que acontece por volta de 7 a 15 dias de vida.

Destaco que se a mãe verifica uma boa frequência na troca de fralda e, além disso, o pediatra ou o enfermeiro avaliam um adequado crescimento para a idade na primeira consulta do bebê, ela não precisa se preocupar em acordar o bebê para mamar, pois ele mesmo irá acordar sozinho e demonstrar sinais de fome. Não existe intervalo preestabelecido para a amamentação. Existe a livre demanda.

Naya Rivera, conhecida por ter vivido Santana Lopez em Glee, desapareceu após um passeio de barco com o filho, Josey, de quatro anos de idade. A atriz alugou o veículo no Lago Piru, na Califórnia, e horas depois o pequeno foi encontrado dormindo sozinho.

As buscas por Naya continuam, porém a polícia não está muito otimista e a atriz está sendo considerada presumidamente morta. Em uma coletiva de imprensa dada na última quinta-feira (9), o xerife Kevin Donoghue, do Condado de Ventura, disse que as chances do corpo ser encontrado são pequenas, segundo informações da People. "Se o corpo estiver preso em algo debaixo da água, ele pode nunca aparecer. Nós não sabemos", disse.

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As condições do lago também não ajudam e complicam a busca, segundo continuou dizendo Donoghue. A autoridade explicou que, a essa altura, a visibilidade do local não é muito boa, é terrível. "Há muitas árvores e plantas e outras coisas que estão debaixo d'água que podem causar emaranhamento. Torna inseguro para mergulhadores e uma busca complicada", contou.

Além disso, a polícia está confiante que Naya ainda está na água já que as buscas também aconteceram na costa. A equipe procurou por quaisquer pistas, itens pessoais, pegadas, qualquer coisa que indique que ela saiu da água e por causa da ausência dessas pistas, é por isso que o foco da busca, agora, está na água. "Ela pode ter sofrido um problema médico. Nós simplesmente não sabemos. Não saberemos até encontrá-la", observou.

Mesmo com essa possibilidade de que ela não tenha saído da água, a polícia investigou extratos de seu cartão de crédito só para garantir que eles não foram usados.

"Nós estamos procurando para trazer um encerramento e trazer paz para a família, mas até isso acontecer, isso é terrível, isso é trágico", concluiu.

No barco foram encontrados objetos pessoais da atriz, como sua bolsa, sua carteira de identidade. Lá também estava um colete salva-vidas, que não se sabe se era de Naya. Caso ela estivesse com o colete, talvez fosse possível encontrá-la, já que o seu corpo estaria boiando na água.

Uma das grandes compositoras da música popular brasileira, Ângela Ro Ro anunciou, em suas redes sociais, nesta sexta (19), que está passando por dificuldades financeiras. A artista publicou sua conta bancária e está pedindo a ajuda dos fãs para se sustentar, devido à agenda paralisada pela pandemia da Covid-19.

A artista disse que tentou vender algumas lives por um preço acessível, mas teve suas propostas recusadas. "Estou passando dificuldade financeira. Quem puder depositar apenas R$ 10, eu agradeço! Saúde a todos", escreveu Roro.

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