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A população LGBTQIA+ encontra uma série de dificuldades para acessar serviços públicos em favelas do Rio de Janeiro. Essa população acaba acessando menos serviços de educação e saúde, por exemplo, e está sujeita a diversas violências.

1º Dossiê anual do Observatório de Violências LGBTI+ em Favelas reúne dados e relatos de episódios de agressão e exclusão vividos por lésbicas, gays, bissexuais, pessoas trans, queer, intersexo, assexuais e outras nesses territórios.

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A pesquisa reuniu informações de 1.705 pessoas de mais de 100 bairros, territórios e favelas do município carioca. Os dados tratam de segurança pública, educação, saúde, moradia e empregabilidade e renda.

A população travestigênere – pessoas trans, travestis e não-binárias – é a que mais sofre com falta de acesso. Na educação, por exemplo, 25,5% de travestigêneres abandonaram a escola antes de concluir os estudos e sequer acessou o ensino médio, enquanto entre o restante dos entrevistados, as pessoas não trans, esse índice é de 8%.

Em relação ao emprego, o dossiê mostra que cerca de 9,4% dos respondentes estão vivendo com renda mensal abaixo de R$ 500. Dessas, 60% são pessoas travestigêneres. Outro dado mostra que 80% das mulheres lésbicas disseram ter sofrido assédio sexual no trabalho. Na saúde, 28% dos homens trans não conseguem acessar os medicamentos necessários no posto de saúde por ausência desses remédios.

Em relação à segurança pública, a maior parte dos respondentes (69,56%) disse ter ficado impossibilitada de acessar sua moradia em decorrência das operações policiais. Dentro desse grupo, cerca de 66,59% são pessoas negras. Além disso, 48,28% do total de respondentes do formulário já sofreram algum tipo de violência durante uma abordagem policial.

“O cenário que a gente encontrou é um cenário muito cruel. A gente realmente não esperava, foi algo que impactou bastante, porque a gente viu que estamos muito distantes de algumas coisas que são básicas, para falar no sentido mais claro”, diz uma das pesquisadoras do dossiê Agatha Christie dos Anjos de Oliveira.

O dossiê foi elaborado, segundo os autores, para suprir a ausência de dados específicos da população LGBTQIA+ nas favelas do Rio de Janeiro:

“Sob o argumento de que não existem evidências concretas acerca de tais violações, o poder público tem se ausentado de sua responsabilidade na garantia dos direitos fundamentais das pessoas de favelas no Rio de Janeiro, em especial no que diz respeito às pessoas LGBTI+ e negras. Contrariamente, são os próprios mecanismos do Estado a propagar uma série de abordagens violentas, invasões domiciliares por vezes criminosas e numerosos episódios de outras naturezas”, diz o texto.

Coleta de dados

Os dados foram coletados por meio de entrevistas e de aplicação de um formulário respondido tanto online quanto presencialmente. As entrevistas foram realizadas tanto em grupos focais, nos quais foram discutidos temas e questões específicas, quanto de forma individual para abordar questões que poderiam ser delicadas para ser tratadas coletivamente.

As informações foram coletadas entre janeiro de 2022 e outubro de 2023. Foram 111 formulários aplicados em 2022 e 1.594 aplicações ao longo de 2023, totalizando 1.705 participantes.

Os questionários foram respondidos por moradores da Maré (35,37%); Cidade de Deus (18,01%); Madureira (4,57%); Rocinha (4,40%); Alemão (3,99%); Vila Sapê (2,93%); Vila Cruzeiro (2,76%); Serrinha (2,64%); Palmares (2,52%) e Gardêna Azul (1,35%).

Em relação à orientação sexual dos respondentes, 30,09% declaram-se heterossexuais; 18,65%, gays/bichas; 14,72%, bissexuais; 14,37%, pansexuais; 9,85%, lésbicas/sapatões; 6,8%, homossexuais; 4,4%, assexuais; 0,93%, nenhuma das opções; e, sem informação, 0,17%. O relatório ressalta que as pessoas que se declararam heterossexuais são pessoas travestigêneres que se identificam como tal. Pessoas cisgênero heterossexuais não participaram do estudo.

Sobre a identidade de gênero, 22,82% declaram-se como homem cisgênero; 10,50%, como homem trans; 5,69%, como transmasculino; 10,26%, como mulher cisgênero; 20,59%, como mulher trans; 13,08%, como travesti; 11,91%, como não-binárie; 2,93%, como agênero; 0,7%, nenhuma das opções; 1,41%, como outro/a; e, 0,11%, sem informação.

A maioria das pessoas, 52,49%, se autodeclarou negra. Outras, 24,52% se autodeclaram brancas, 13,43%, amarelas, 9,27%, indígenas e, sem informação, 0,29%.

Recomendações

O dossiê traz ainda uma série de recomendações direcionadas aos âmbitos municipal, estadual, federal e até mesmo internacional. De forma geral, chama atenção para a necessidade de coleta de dados sobre a população LGBTQIA+, para que haja informações para subsidiar políticas públicas voltadas para essa população nas favelas.

O documento também aponta a necessidade da capacitação de agentes públicos das mais diversas áreas para lidarem com as especificidades dessa população e, assim, garantirem o cumprimento de direitos fundamentais. Além disso, recomenda o fortalecimento de órgãos de denúncia, fiscalização e monitoramento de situações de violência, entre outras.

 

O Náutico apresentou, nesta terça-feira (26), dois atletas: o atacante Júlio César e o lateral-esquerdo Luiz Paulo. O ponta de 29 anos disputou a última temporada pelo Avaí, que jogou o Campeonato Brasileiro Série B de 2023. Já o defensor vem da Portuguesa-RJ, por onde competiu na última Série C. 

"É um prazer estar vestindo a camisa do Náutico e estar fazendo parte desta equipe tão grande”, contou Júlio César, que chegou ao Timbu à pedido de Allan Aal. “O que me motiva, é o tamanho do clube, a gente sabe que o Náutico é para estar muito além de uma Série C”, contou o atacante sobre a motivação ao vestir o manto Alvirrubro. 

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“Eu vim para buscar o acesso, eu vim para com certeza marcar meu nome aqui no Náutico e dar o meu melhor”, concluiu o ponta, que chegou no alvirrubro com muita expectativa da torcida. 

“Acima de tudo, competitividade é o que o professor Allan tem passado para a gente durante os treinamentos. É um campeonato muito difícil (Série C), têm que competir forte para atingir o objetivo principal que é o acesso”, afirmou Luiz Paulo, que chega para disputar vaga na lateral esquerda do Timbu.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu nesta sexta-feira, 22, limitar o acesso de partidos pequenos ao Supremo Tribunal Federal (STF). A medida é defendida também pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e pelo ministro Gilmar Mendes, integrante da Corte.

Como mostrou o Estadão/Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), a cúpula da Câmara quer votar um projeto de autoria do deputado Marcos Pereira (Republicanos), vice-presidente da Casa, que foi apelidado de "PL da Moderação dos Poderes".

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A proposta é aumentar o "sarrafo" para que partidos possam ingressar no STF com Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) e Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC). De acordo com o texto, somente siglas que alcançarem a cláusula de desempenho nas eleições terão esse direito. Na prática, isso reduz o poder de partidos menores.

Esse projeto é resultado de propostas feitas em 2020 por uma comissão de juristas presidida pelo próprio Gilmar Mendes. Na época em que foi constituído esse grupo de juristas, o presidente da Câmara era Rodrigo Maia.

"Uma proposta que poderá vir, e eu sei que tem a concordância do ministro Gilmar, (foi) um debate que tivemos recentemente, que é a da limitação de acesso ao Supremo. É muito alargado o rol daqueles que podem ingressar no Supremo para poder pedir inconstitucionalidade de lei", declarou Pacheco, durante café da manhã com jornalistas na residência oficial do Senado.

"Há um grande debate no Congresso Nacional, ganha (a aprovação do projeto) com 350 votos na Câmara, 50 e tantos votos no Senado, e aí um partido judicializa e diz que é inconstitucional, como se não tivesse crivo de constitucionalidade no Congresso", emendou. Pacheco disse não conhecer os detalhes do projeto da Câmara, mas afirmou que o conteúdo geral terá "simpatia" no Senado.

Projeto é alternativa mais 'ligth' a PEC que limita poderes do Supremo

O projeto articulado na Câmara por Lira e Gilmar, relatado pelo deputado Alex Manente (Cidadania-SP), também inclui uma limitação das decisões monocráticas de ministros do STF e é visto, nesse contexto, como uma alternativa à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) aprovada no Senado, por ser mais "light".

Ao invés de proibir a concessão de liminares para suspender leis aprovadas no Congresso, como prevê a PEC, o projeto apresentado por Marcos Pereira propõe que ministros do STF tomem decisões individuais somente no recesso do Judiciário, em caso de "extrema urgência, perigo de lesão grave e excepcional interesse social".

Além disso, a decisão precisaria ser fundamentada em jurisprudência anterior da Corte e deve ser julgada pelo plenário na sessão subsequente.

Quando a PEC das decisões monocráticas foi aprovada no Senado, em novembro, Gilmar chegou a dizer que os senadores haviam dado sinal verde à proposta de "pigmeus morais". Pacheco reagiu, na ocasião, e disse que o Senado não aceitaria intimidações O presidente da Casa disse naquele momento e repetiu nesta sexta-feira que a reação de integrantes da Corte foi "desproporcional".

Aquém do pouco mais de 20% de chances de acesso na Série B, segundo a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o Sport ainda acredita que pode retornar à elite do futebol nacional em 2024. Pelo menos, é o que garante o lateral-esquerdo Felipinho, falando sobre a partida do Leão contra o Sampaio Corrêa, neste sábado (25), na ilha do Retiro, pela última rodada do certame.

“Acho que a gente não tem que se lamentar pelas partidas que já passou. Acho que a gente tem que estar com a cabeça boa porque é um jogo muito importante para toda a nossa equipe. Acho que quando tiver chance a gente tem que buscar. E jogo é importante porque para a gente só importa um resultado, que é a vitória. Então temos que vencer esse jogo, fazer a nossa parte. E a gente, todos, o elenco aqui, a comissão, a diretoria, todo mundo acredita”, falou.

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“Acho que a equipe está bastante focada, está acompanhando o nosso dia a dia que está aí, está vendo a gente aí se adaptando ao que o professor está passando para a gente e não tenho dúvida que a gente vai sair com esses três pontos aí”, adicionou Felipinho.

O atleta também falou que o torcedor do Sport não pode deixar de acreditar. “O nosso torcedor não pode duvidar disso, é apoiar até o final e que a gente possa fazer um grande jogo, sair com os três pontos para buscar esse acesso.”

O Rubro-negro tem 60 pontos conquistados e precisa derrotar a Bolívia Querida por qualquer placar e torcer por uma combinação de resultados. Na oitava colocação, aparece atrás de Mirassol e Novorizontino (7º e 6º, com 60), Atlético-GO e Vila Nova (5º e 4º, com 61) e Juventude (3º, com 62).

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À espera de um milagre. O Sport está a 90 minutos de definir seu futuro na temporada 2023. Às vésperas do confronto com o Sampaio Corrêa, a equipe se apega as esperanças para vencer, contar com uma combinação de resultados na Série B, e conquistar o tão sonhado acesso à elite do futebol brasileiro no ano que vem.

É com este pensamento que o atacante Edinho encara a partida diante dos maranhenses, às 17h, na Ilha do Retiro. Vale lembrar que o Sampaio tem 39 pontos, dois a mais que o Tombense, primeiro integrante da zona de rebaixamento à Terceirona.

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“Esses jogos com os times da parte de baixo da tabela são os mais difíceis. Sabemos que vai ser um jogo bastante complicado. Mas eu acredito que a gente deve pensar em conquistar o resultado positivo para sentir que ainda pode dar certo o acesso”, destacou Edinho, antes de comentar suas primeiras impressões do treinador interino César Lucena.

César estará à beira do gramado já que o ex-técnico Enderson Moreira foi desligado do cargo no último domingo (19). Enderson, inclusive, está no radar no Sporting Cristal, que disputa a pré-Libertadores no ano que vem.

“O César está há muito tempo no clube. É um cara que conhece bem de futebol, que já foi jogador, que conheceu bem o clube. Então ele está tentando passar essa experiência para nós e eu tenho certeza de que ele vai mostrar o seu trabalho no dia a dia”, comentou.

O Sport na tabela

O Leão tem 60 pontos conquistados, na oitava posição, atrás de Mirassol e Novorizontino (7º e 6º, respectivamente, com 60), Atlético-GO e Vila Nova (5º e 4º colocados, com 61), além do Juventude (3º, com 62). Vitória e Criciúma já subiram.

Segundo o departamento de matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o Sport tem 20% de chances de acesso.

"O pulso ainda pulsa". Parafraseando o ex-Titã Arnaldo Antunes, o Sport viu todos seus concorrentes diretos tropeçarem e, apesar de não sair do 0 x 0 com o Atlético-GO na última sexta-feira (10), chega à penúltima rodada da Série B do Campeonato com chances reais de acesso à elite do futebol nacional. Agora, precisa fazer o seu papel se não quiser bater na trave pelo segundo ano consecutivo - foi sexto lugar do certame em 2022.

Para contrariar a icônica música dos Titãs, do álbum "Õ Blésq Blom" (1989), o Leão terá que mostrar que o "pouco não é pouco". Ou seja, garantir o máximo dos pontos possíveis diante de Vitória, próximo sábado (18), em Salvador, e Sampaio Corrêa, no sábado subsequente (24), na Ilha do Retiro.

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Com dois triunfos, o Sport praticamente carimba o acesso, ficando com 99,99% de chances. Se vencer um jogo e empatar outro, a probabilidade é de 92,79%. A pontuação mínima para subir de divisão é 61 pontos (0,57%), tendo a equipe pernambucana na 5ª colocação - soma 60 pontos, na cola de Juventude, Criciúma e Atlético-GO, todos com 61.

Para o atacante Vagner Love, que caiu de rendimento nas últimas partidas e foi relegado ao banco de reservas, o momento é de entrega total do elenco. "Fazer tudo um pouco mais, correr, se concentrar mais, lutar mais, para que a gente volte a vencer, fazer gols e dar esperança ao torcedor. Por tudo que o torcedor fez durante o ano, por tudo que a gente tem feito no nosso dia a dia (...) Por tudo aquilo que nós criamos e conquistamos", disse, antes de mostrar confiança no jogo contra o Vitória.

"Em nome de Jesus sim (para fazer o gol), eu estou muito confiante pra essa partida, confiante que a nossa equipe vai vencer o jogo. A gente sabe que vai enfrentar a equipe campeã da competição, mas a gente sabe das nossas condições. Nós mostramos isso em vários jogos no campeonato", completou.

Lembrando que o rubro-negro baiano pode chegar para o confronto com o "freio de mão puxado". Isso porque, após vencer o Novorizontino e contar com tropeço do Criciúma, garantiu o acesso e o título da Segundona com duas rodadas de antecedência.

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Chances de acesso por pontuação no Série B:

61 pontos - 0,57%

62 pontos - 21,58%

63 pontos - 70,54%

64 pontos - 92,79%

66 pontos - 99,99%

Fonte: UFMG

Com o Sport não dependendo apenas de si para conquistar o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro, os jogadores precisam estar bem preparados mentalmente nos dois últimos compromissos pela Segundona, contra Vitória e Sampaio Corrêa. Ciente da necessidade de superação, o goleiro Jordan, que retornou ao time titular diante do Atlético-GO, destacou a preparação dos atletas.

“Acho que todo mundo já viveu momentos de superação na vida. E é bom a gente trazer esses momentos na memória por tudo aquilo que nos fez chegar aqui. É um momento que eu particularmente gosto de lembrar de todos os momentos difíceis que passei e consegui superar as dificuldades. Estamos fazendo uma boa preparação, tanto física quanto mentalmente, para chegar lá (em Salvador) e sair com a vitória”, pontuou.

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Jordan também aproveitou o ensejo para convocar a torcida leonina para o duelo decisivo diante do rubro-negro baiano.  Além disso, agradeceu a festa do torcedor no empate sem gols frente ao Atlético-GO, na última sexta (10), quando mais de 26 mil espectadores estiveram presentes na Ilha do Retiro.

“Primeiramente, queria agradecer a torcida pela festa linda que eles fizeram no último jogo. A gente não conquistou o resultado que esperávamos, mas não foi por falta de apoio. Agora, espero que o maior número de torcedores compareça fora de casa para nos empurrar em jogo um jogo tão importante. Para nós, é decisão”, salientou.

Com apenas três vitórias nos últimos 14 jogos, o Sport se vê com a corda no pescoço nesta reta final da Série B, já que precisa fazer seu papel e torcer por tropeços dos concorrentes diretos. A equipe da Praça da Bandeira aparece na quinta colocação do certame, com 60 pontos conquistados.

A semana que antecede o confronto entre Sport e Atlético-GO, se notabilizou pelos pedidos de apoio da torcida para a partida que acontece na Ilha do Retiro nesta sexta-feira (10). O presidente do Leão Yuri Romão, o treinador Enderson Moreira e diversos jogadores como o ídolo Diego Souza vieram a público pedir a presença e o apoio dos torcedores no jogo válido pela 36ª rodada da Série B

Até esta quinta-feira (9), véspera do duelo, foram vendidos mais de 22 mil ingressos. A expectativa é de casa lotada, já que as vendas vão até o dia do confronto. 

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O jogo é fundamental para que o Sport continue brigando pelo acesso à Série A do Brasileirão. O clube saiu do G4 esta semana, após o Cricíuma vencer o ABC. Agora o Leão precisa vencer o Dragão no confronto direto, se quiser assumir o lugar do time de Goiás entre os quatro primeiros do campeonato. 

Um copo meio cheio, outro meio vazio para o Sport. A cinco rodadas do término da Série B, o Leão faz as contas na briga pelo título da Série B e pelo acesso à Série A do Campeonato Brasiliero. Aparece na segunda posição da tabela, com 59 pontos, cinco a menos que o líder, Vitória, e quatro a mais em relação ao Guarani, primeiro time fora do G-4.

Segundo a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o rubro-negro da Praça da Bandeira tem apenas 4,1% de probabilidade de título, atrás de Atlético-GO e Vitória, com 6,7% e 87,6%, respectivamente. A equipe de Enderson Moreira terá confrontos diretos diante destes dois adversários.

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Outros times também ainda alimentam chances de título, porém bem remotas, como o Juventude, com 1,1%.

Em relação ao acesso, segundo a mesma fonte de pesquisa, os comandados de Enderson possuem 76,6% de probabilidade. O Dragão goiano e o Leão baiano têm 85,1% e 99,92% cada.

"Acho que a gente não tem definição nenhuma que estamos [com o acesso], porque não está. Não está definido. Nem a questão do título, são situações que a gente precisa controlar. Está muito em aberto essa Série B. À exceção do Vitória, talvez, que pode estar muito perto da questão matemática, o restante todo mundo está na briga. Ninguém pode relaxar", opinou o treinador.

Sport e Vitória se enfrentam pela penúltima rodada da Segundona, no Estádio Manoel Barradas, o Barradão, em jogo que pode valer a taça. O compromisso está marcado para o dia 19 de novembro. Já o encontro com o Atlético-GO acontece na rodada anterior, no dia 11.

"A Série B, como costumo falar, tem quatro campeões. Ninguém se considera menos. O quarto colocado não se acha menos do que o primeiro. O nosso primeiro objetivo sempre foi estar entre os quatro. Temos um confronto direto contra o Vitória em que podemos tirar a diferença para dois pontos. Se o Vitória tiver algum tropeço e a gente ganhar, pode acontecer", salientou Enderson.

Após vencer a Chapecoense por 2 x 1 na última rodada, o Leão volta a campo nesta sexta-feira (27), quando visita o Ceará, no Castelão, em Fortaleza. 

As chances do Sport na Segundona (

Arte: Felipe Santana/LeiaJá

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou, nesta segunda-feira (23), o ataque na Escola Estadual Sapopemba, Zona Leste de São Paulo, que deixou uma pessoa morta e duas feridas. Segundo o presidente, não podemos “normalizar” que jovens tenham acesso a armas.

“Recebi com muita tristeza a notícia do ataque na Escola Estadual Sapopemba, Zona Leste de São Paulo. Meus sentimentos aos familiares da jovem assassinada e dos estudantes feridos. Não podemos normalizar armas acessíveis para jovens na nossa sociedade e tragédias como essas”, escreveu no X, antigo Twitter.

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O ministro da Educação, Camilo Santana, também se pronunciou sobre o ataque e classificou o fato como “inaceitável”.

“Meus sentimentos aos familiares e amigos das vítimas desse episódio de violência na Escola Estadual Sapopemba, zona leste de São Paulo. Um fato profundamente lamentável, inaceitável, que entristece a todos nós”, disse Santana.

Uma aluna morreu e outros três ficaram feridos na manhã desta segunda, após um adolescente de 15 anos, que também é aluno da Escola Estadual Sapopemba, entrar armado e efetuar os disparos. O autor dos tiros foi apreendido.

 

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou nesta segunda-feira, 11, o pedido de acesso, feito pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ao depoimento prestado pelo tenente-coronel Mauro Cid no inquérito da Polícia Federal que apura o desvio e a revenda de joias do acervo presidencial. Esse depoimento durou mais de oito horas no dia 31 de agosto.

Cid teve homologado seu acordo de delação premiada no último sábado, 9. Quando prestou esse longo depoimento, o ex-faz-tudo de Bolsonaro já tentava a aprovação do acordo. Por isso, para a defesa do ex-presidente e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o sigilo é um sinal de que esse depoimento já foi prestado conforme as exigências feitas para acordos de delação premiada, em que os delatores não podem mentir nem ficar em silêncio e precisam indicar caminhos para a obtenção de provas contra outros investigados.

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É rotineiro na Justiça que depoimentos prestados em acordos de delação premiada fiquem em sigilo até que algumas revelações sejam verificadas pela polícia ou até que o inquérito seja concluído.

No inquérito das joias, a defesa de Bolsonaro só não teve acesso, até agora, ao depoimento de Cid. Foram liberados os depoimentos prestados também no dia 31 de agosto pelo pai de Cid, o general Lourena Cid, pelo tenente Osmar Crivelatti e pelo advogado Frederick Wassef, também investigados no caso. Assim como Bolsonaro e Michelle, também ficaram em silêncio nesse dia de depoimentos o coronel Marcelo Câmara e o advogado Fábio Wajngarten. A PF tinha se organizado para realizar os interrogatórios de maneira simultânea para dificultar que os investigados combinassem versões.

Depois da homologação do acordo de delação premiada, Cid teve a prisão convertida para regime domiciliar e deixou o Batalhão da Polícia do Exército, em Brasília, no último sábado, 9. Ele será monitorado com o uso de tornozeleira eletrônica e não poderá manter contato com outros investigados, exceto seu pai.

A Meta começou, nesta terça-feira (01), a bloquear o acesso dos canadenses a notícias no Facebook e Instagram, em resposta a uma nova lei, que exige que as gigantes digitais paguem por este conteúdo.

O Google, outro crítico da lei de notícias digitais, informou que estuda uma resolução semelhante, em meio a um debate global, à medida que mais governos tentam fazer com que as empresas de tecnologia paguem pelo conteúdo de notícias.

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"Os links para notícias e conteúdo publicados por veículos no Canadá já não poderão ser acessados pelas pessoas no país", anunciou a Meta. As notícias publicadas em sites estrangeiros tampouco estarão visíveis para os usuários canadenses do Facebook e Instagram.

Segundo a Meta, as mudanças serão implementadas ao longo das próximas semanas. Um repórter da AFP conseguiu ver notícias no Facebook hoje, mas alguns usuários relataram que haviam recebido mensagens avisando que este conteúdo estava sendo bloqueado.

A lei busca apoiar o setor de produtores de notícias do Canadá, que observou o fechamento de centenas de publicações na última década. O texto exige que as gigantes digitais façam acordos com a mídia e os sites de notícias canadenses envolvendo as notícias e informações compartilhadas em suas plataformas.

Segundo a Meta, o projeto de lei apresenta falhas e se baseia "na premissa incorreta de que a Meta se beneficia injustamente do conteúdo de notícias compartilhado em nossas plataformas, quando o correto é o contrário".

A mídia compartilha conteúdo no Facebook e Instagram para atrair leitores, o que ajuda em seus próprios resultados, acrescentou a empresa: "As pessoas que usam nossas plataformas não nos procuram em busca de notícias."

A ministra do Patrimônio, Pascale St-Onge, chamou de irresponsável o bloqueio das notícias e ressaltou que 80% da receita com publicidade digital no Canadá vai para a Meta e o Google.

"Uma imprensa livre e independente é fundamental para a nossa democracia", disse a ministra, acrescentando que outros países consideram introduzir uma legislação semelhante à do Canadá "para enfrentar os mesmos desafios".

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), comentou nesta segunda-feira, 24, o pacote para segurança pública lançado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva na semana passada, que traz medidas para dificultar a compra de armas pela população. Tarcísio afirmou que "nunca se dificultou a compra de armas pelos criminosos no Brasil" e defendeu que "a arma na mão do cidadão" significa "poder de dissuasão" contra a criminalidade.

"Eu entendo que a arma na mão do cidadão é sempre um poder de dissuasão. No final das contas, você não sabe se o cidadão está armado ou não. Ele para pra pensar duas vezes se vai fazer uma abordagem ou não. Você ter o cidadão desarmado, o bandido sabe: 'Esse cara está desarmado'. Eu tirei essa dúvida da cabeça do bandido", defendeu o governador em entrevista a jornalistas para detalhar uma operação conjunta de forças policiais dos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul contra quadrilhas de tráfico de drogas.

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A facilitação do acesso a armas foi uma das principais bandeiras do governo Jair Bolsonaro (PL), do qual Tarcísio foi ministro da Infraestrutura, e que agora é alvo da gestão Lula. Ao dificultar o acesso a armas, um dos objetivos do governo federal é evitar que os arsenais cheguem ao crime organizado. Segundo Tarcísio, "o criminoso está armado até o dente" no Brasil.

"Nossa ação de segurança pública, entre outras questões, é combater o contrabando de armas. Nunca se dificultou a aquisição de armas por parte dos bandidos, estão com armas que só os melhores exércitos do mundo têm. O que a gente tem que fazer é impedir que essas armas cheguem aos bandidos", disse, ao afirmar também que o governo estadual vai investir em inteligência para combater o contrabando de armas.

O Supremo Tribunal Federal retomou na sexta-feira, 23, uma série de julgamentos sobre os decretos editados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para ampliar o acesso a armas e munições no País. A discussão estava travada desde 2021, por um pedido de vista do ministro Kassio Nunes Marques.

Em razão da paralisação, o Supremo acabou suspendendo as normas, antes da eleição de 2022. Depois, algumas das regras foram revogadas por decreto baixado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, a Corte máxima ainda precisa dar a palavra final sobre o tema.

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Na retomada do julgamento, o indicado do presidente Jair Bolsonaro apresentou voto com afirmações alinhadas ao discurso do ex-chefe do Executivo. O ministro disse não comprar a narrativa que ‘armas matam’. Segundo ele, ‘armas disparam, facas cortam’ e ‘quem mata é o homem’.

"Assim como o direito à saúde se presta a garantir o direito à vida de cada cidadão, também o direito de se defender de modo adequado contra ameaça injusta à sua própria existência parece decorrer de garantia constitucional , constituindo consequência e meio de proteção de seu direito constitucional à vida", afirmou.

"Se, num universo de mais de 200 milhões de brasileiros, ocorreram episódios esporádicos de violência, não vejo como podem eles, no que isolados, justificar regra voltada a tolher algo que me parece um meio bastante eficaz de autodefesa", emendou.

O posicionamento foi externado no bojo de quatro julgamentos que voltaram ao plenário virtual do STF. As ações em discussão estão sob relatoria da ministra Rosa Weber e do ministro Edson Fachin. A sessão virtual para análise dos casos começou nesta sexta, 23, e tem previsão de terminar no próximo dia 30. Até o momento, só se manifestaram os relatores, Kassio e o ministro Alexandre de Moraes.

As ações que tramitam no gabinete de Rosa questionaram decretos de Bolsonaro que alteravam pontos do Estatuto do Desarmamento. Já os processos que estão com Fachin, contestam: norma que flexibilizou a posse, a compra e o porte de armas; a resolução que zerou os impostos para importação de revólveres: e ainda a decisão do ex-chefe do Executivo de aumentar a quantidade máxima de munição que pode ser adquirida por instituições e pessoas autorizadas a portar armas.

Nos processos conduzidos pela presidente do STF, Kassio primeiro defendeu que as ações estavam prejudicadas, uma vez que os decretos questionados foram revogados por norma baixada por Lula. Já no mérito, o ministro disse que acompanharia a relatora, ‘em respeito à ótica adotada pela maioria dos integrantes desta Suprema Corte’ e ‘com ressalvas de entendimento pessoal’.

Nas ações em que Fachin é relator, o ministro divergiu. Defendeu que a Corte máxima rejeitasse parcialmente os questionamentos. Por outro lado, Kassio acompanhou o ministro para declarar a inconstitucionalidade de algumas portarias editadas por Bolsonaro, ‘também em respeito ao entendimento majoritário firmado pela Suprema Corte, com ressalvas de entendimento pessoal’.

O percentual de domicílios brasileiros com acesso à coleta de lixo por serviços de limpeza e com conexão à rede geral de esgotamento sanitário cresceu entre 2016 e 2022. A constatação é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua 2022), divulgada nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

De acordo com o levantamento, a parcela de residências do país com lixo coletado diretamente por serviço de limpeza em frente à residência passou de 82,7% em 2016 para 86% em 2022. Houve um crescimento de 8,2 milhões de domicílios nesses oito anos. 

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Os 14% restantes estavam divididos, em 2022, entre as modalidades de coleta por meio de caçamba (6,2%), queima do lixo na propriedade (6,8%) e outro destino (0,9%). Este último pode significar o depósito do lixo em terrenos baldios, ruas, rios etc. 

Apesar da alta na coleta direta em domicílio, ainda havia diferenças regionais e entre o campo e a cidade em 2022. A Região Sudeste tinha o maior percentual de coleta diretamente pelo serviço de limpeza (92,4%), seguida pelo Centro-Oeste (90,7%) e Sul (89,6%). Já Nordeste e Norte tinham percentuais menores: 75% e 75,2%, respectivamente. 

“Apesar de registrar o menor percentual de cobertura desse serviço, a Região Nordeste assinalou a maior expansão desse indicador. Em relação a 2016, houve expansão de 7,6 pontos percentuais. Em relação a 2019, houve expansão de 3,4 pontos percentuais”, afirma o pesquisador do IBGE Gustavo Fontes. 

Na zona urbana, a coleta direta atendia a 93,8% das residências, enquanto na zona rural, esse percentual era de apenas 31,8% em 2022. “Nas áreas rurais do país, a queima na propriedade, é o principal destino [do lixo] em 51,2% dos domicílios. Ou seja, nos domicílios rurais pouco mais da metade do lixo é destinado sobretudo à queima”. 

A menor disparidade entre campo e cidade era encontrada na Região Sul: 95,7% nas cidades e 47,6% no campo. Já a maior diferença era encontrada no Centro-Oeste: 96,9% na área urbana e 19,8% na área rural. 

Esgoto

Em 2022, 98,2% dos domicílios tinham banheiro de uso exclusivo. A proporção de residências com conexão à rede geral de esgotamento sanitário cresceu de 66,8% em 2016 para 69,5% em 2022. 

Esses percentuais incluem tanto os domicílios com acesso direto à rede coletora quanto aqueles que possuem fossa séptica conectada à rede de esgoto. Ainda havia no país, em 2022, 16,3% dos domicílios que usavam fossa sem conexão à rede e 14,1% que davam outro destino ao esgoto residencial. “São formas consideradas inadequadas: a fossa rudimentar, a vala e o esgotamento direto em rio, lago, córrego ou mar”, destaca Fontes. 

Na zona urbana, eram 71,5% das residências conectadas à rede geral, 6,5% com fossas ligadas à rede, 13% com fossas não ligadas à rede e 9% com outros destinos ao esgoto. Enquanto que, na zona rural, a ligação à rede geral atingia apenas 4,4% das residências e as fossas com conexão à rede apareciam em 5% das casas. As fossas não ligadas às redes somavam 40,2% dos domicílios e os outros destinos, 50,5%. 

O crescimento da conexão à rede coletora atingiu todas as regiões brasileiras, com exceção do Sudeste, que passou de 89,2% em 2016 para 89,1% em 2022 (depois de passar por 88,1% em 2019). O maior avanço foi observado no Norte, que passou de 19,5% (em 2016) para 31,1% (em 2022). No Nordeste, houve crescimento de 45,9% para 50,1% no período.  

“Um destaque aqui é a Região Norte, onde apenas 31,1% dos domicílios tinham esgoto por rede geral ou por fossa séptica ligada à rede geral, enquanto fossa séptica não ligada à rede era de 33,4% e outro tipo de esgotamento 35,5%. Apesar de ser a região com menor acesso à rede geral, foi a região que, nesse período de 2016 a 2022, apresentou o maior crescimento dessa proporção, mas ainda assim é um percentual baixo, com menos de um terço dos domicílios com acesso à rede geral”, afirma Fontes. 

Luz e água

Se, por um lado, houve ganhos no país em termos de acesso às coletas de lixo e de esgoto, o mesmo não pode se dizer para o acesso à rede geral de abastecimento de água, já que o percentual de residências nessa situação passou de 85,8% em 2016 para 85,5% em 2022. 

“A gente observou que, ao longo do período de 2016 a 2022, não houve expansão do percentual de domicílios que possuíam rede geral como principal fonte de abastecimento de água”, afirma o pesquisador. 

Portanto, ainda havia, em 2022, 14,5% de domicílios brasileiros que precisam recorrer a outras fontes para se abastecer com água potável. São elas: o uso de poço profundo ou artesiano (7,8%), poço raso ou cacimba (2,8%), fontes ou nascentes (2%) e outras formas (1,8%). 

A região com menor abastecimento por rede geral era a Norte (60%), enquanto no Sudeste o percentual chegava a 91,8%. “Na Região Nordeste, o que se destaca é que 5,4% dos domicílios tinham outras formas de abastecimento de água como principal fonte, como, por exemplo, águas armazenadas em cisternas, tanques, água de rios, açudes ou caminhão-pipa”. 

Na zona urbana, eram 93,3% dos domicílios abastecidos pela rede geral, enquanto nas zonas rurais eram 32%. No campo, também havia um destaque para os poços artesianos ou profundos (29,7%). 

Entre os domicílios com acesso à rede geral no país, 88,2% deles eram abastecidos com água diariamente, enquanto 5,3% tinham abastecimento de 4 a 6 dias na semana e 4,8%, de um a três dias. 

A energia elétrica continuou com cobertura praticamente universal, com 99,8% das residências abastecidas, das quais 99,4% recebiam luz da rede geral. “Observou-se uma elevada cobertura de energia elétrica tanto em áreas urbanas, com 99,9%, quanto em rurais, com 99%”, disse o pesquisador. 

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas de 8 de janeiro apertou o cerco neste terça-feira, 13, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao aprovar o requerimento para ter acesso a dados extraídos pela Polícia Federal (PF) de seu celular. Em outro documento aprovado em bloco, os deputados e senadores conseguiram acesso às informações contidas nos celulares de Mauro Cid e Ailton Barros, que discutiram a aplicação de um golpe em trocas de mensagens após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os dois requerimentos foram apresentados pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE). O parlamentar solicitou ao diretor-geral da PF, Andrei Passos, os dados obtidos pela corporação por meio da Operação Venire, que investiga fraudes nos cartões de vacinação da família Bolsonaro.

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"Sejam compartilhados, em formato digital, dados extraídos de celular e outras provas referentes ao ex-presidente Jair Bolsonaro, obtidos pela Polícia Federal na Operação Venire, deflagrada com o objetivo de investigar fraudes nos cartões de vacinação do ex-presidente, de familiares e de assessores", diz o requerimento apresentado pelo senador.

Os parlamentares de oposição alinhados a Bolsonaro chegaram a cobrar que o requerimento fosse indeferido por, segundo eles, desviar do objeto de investigação da CPMI. O presidente da comissão, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), porém, negou o pedido e encaminhou a proposta de Carvalho para votação. A proposta de Carvalho acabou aprovada por 20 votos a 11 na análise em bloco de diversos documentos.

"Não é de maneira alguma um requerimento para tratar de cartão de vacinação. O que o senador está requerendo são as informações contidas no celular do Mauro Cid, que segundo a imprensa, tem ligação com o que estamos investigando nesta CPMI", argumentou Maia em resposta às queixas da oposição.

A base governista ainda impôs outras derrotas a Bolsonaro ao aprovar a convocação de seus ex-ministros Anderson Torres, da Justiça, Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e Walter Braga Netto, que comandou a Defesa e a Casa Civil, além de ter sido candidato a vice na chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022. Também foram aprovadas as convocações de Mauro Cid, que foi ajudante de ordens do ex-presidente, e Ailton Barros, que se autointitula o "01 de Bolsonaro".

Na sessão, os parlamentares aliados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda conseguiram blindar o governo ao rejeitar um conjunto de requerimentos da oposição que pedia a convocação do ex-ministro Gonçalves Dias, que pediu demissão do GSI após vazar vídeos em que ele aparecia caminhando pelo Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro.

O site da Receita Federal apresentou instabilidade na manhã desta quarta-feira (24), com o grande volume de acesso neste primeiro dia de consulta à restituição do Imposto de Renda Pessoa Física de 2023.

Diante das queixas de contribuintes nas redes sociais, a Receita Federal divulgou uma nota na qual diz estar monitorando o sistema de consulta da restituição e que aumentará a infraestrutura da rede.

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"A Receita Federal informa que está monitorando o sistema de consulta de restituição das declarações do IRPF 2023. Devido ao elevado número de consultas, fora do padrão normal, estamos providenciando o aumento da infraestrutura."

O primeiro lote contempla 4,1 milhões de contribuintes que estão fila de prioritários, como idosos acima de 80 anos, pessoas com deficiência, professores e quem fez a declaração pré-preenchida ou optou por receber a restituição pelo Pix. Os valores serão pagos pela Receita no dia 31 de maio.

Para consultar se a restituição estará disponível, o contribuinte deve acessar a página da Receita Federal na internet e clicar nos itens Meu Imposto de Renda, em seguida: Consultar a Restituição.

No primeiro lote, considerado pelo órgão o maior da história, serão distribuídos cerca de R$ 7,5 bilhões aos contribuintes.

A entrega da declaração do imposto começou no dia 15 de março e termina em 31 de maio, às 23h59.

Três meses depois de integrar a inteligência artificial generativa a seu mecanismo de busca Bing, a Microsoft acabou nesta quinta-feira (4) com a lista de espera para testar o chatbot, apesar das preocupações com a rápida implantação da tecnologia.

"O Bing superou 100 milhões de usuários ativos diários e o número de downloads do aplicativo móvel quadruplicou desde o lançamento", afirmou Yusuf Mehdi, vice-presidente do grupo americano de tecnologia.

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"Como resultado, a participação de mercado do Bing está crescendo e a de nosso navegador Edge está crescendo pelo oitavo trimestre consecutivo", acrescentou em um comunicado.

A Microsoft consegue assim uma vitória contra o Google, após anos de domínio da empresa com seu mecanismo de pesquisa homônimo, seu navegador Chrome e também na área de inovação em inteligência artificial (IA).

Nos últimos meses, os dois conglomerados iniciaram uma disputa frenética pela IA generativa, depois que a empresa OpenIA disponibilizou ao grande público o ChatGPT, uma interface capaz de produzir todo tipo de texto a partir de uma solicitação simples.

Mas o sucesso de ChatGPT, Bing, Bard (Google) e outros softwares provoca muitas perguntas, que vão da propriedade intelectual até os perigos da desinformação, fraude ou substituição de muitos postos de trabalho pela IA.

Na Europa e nos Estados Unidos, os governos examinam as maneiras de regulamentar uma indústria em plena expansão.

A Microsoft, principal investidora da OpenAI, adicionou ao Bing o mais recente modelo de linguagem da start-up californiana GPT-4, transformando a pesquisa online em um diálogo com um chatbot.

"Em 90 dias, nossos clientes tiveram mais de 500.000 conversas e usaram o Bing para obter respostas sobre todo tipo de tema", explicou Mehdi.

O Bing "Image Creator" foi recentemente integrado ao repertório do chatbot de IA, o que também permite gerar conteúdo visual.

Em fevereiro, a Microsoft limitou o número de interações consecutivas com o Bing para evitar uma "confusão de modelo", depois que o chatbot declarou seu amor a um repórter do jornal New York Times.

A ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), bateu o martelo e decidiu que o processo em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) questiona o acordo de leniência da Odebrecht fica no gabinete do ministro Edson Fachin até segunda ordem.

Com a decisão, Fachin será responsável por decidir pedidos urgentes. A redistribuição foi necessária porque o ministro Ricardo Lewandowski, que era o relator do caso, se aposentou neste mês. O substituto ainda não foi nomeado.

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Lula conseguiu vitórias importantes no processo. Em fevereiro do ano passado, a Segunda Turma do STF decidiu que as provas do acordo de leniência da construtora não podem ser usadas contra ele.

O presidente também recebeu autorização para ler as mensagens hackeadas da Operação Lava Jato, que depois foram usadas para reforçar a narrativa de que o ex-juiz Sérgio Moro e a força-tarefa de Curitiba perseguiram Lula.

A reclamação chegou ao STF em agosto de 2020 pelas mãos do advogado Cristiano Zanin, agora cotado para assumir a vaga aberta no tribunal com a aposentadoria de Lewandowski.

Outros alvos da Lava Jato pegaram carona no processo e pediram a extensão das decisões que beneficiaram Lula. O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, por exemplo, conseguiu acessar parte das conversas hackeadas da Lava Jato. Outros tiveram sucesso em suspender ações penais baseadas nas provas do acordo da Odebrecht.

Rosa Weber precisou intervir porque o advogado Rodrigo Tacla Duran e o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, juntaram pedidos ao processo e endereçaram os documentos ao ministro Gilmar Mendes, defendendo que ele seria o substituto adequado para herdar interinamente a ação.

A controvérsia gira em torno do artigo 38 do regimento interno do STF. O texto define que, na vacância do relator, ele será substituído na análise de pedidos urgentes pelo ministro 'imediato em antiguidade' na mesma turma ou no tribunal. A norma não explica se essa sequência deve ser traçada em ordem crescente ou decrescente.

Lewandowski fazia parte da Segunda Turma do STF. Ele entrou para o colegiado depois de Gilmar Mendes e antes de Edson Fachin.

A presidente do STF afirmou que a substituição da relatoria não é uma questão 'nova' no tribunal e defendeu que o substituto deve ser o ministro imediatamente inferior ao relator em antiguidade.

Rosa citou um precedente traçado pelo ministro aposentado Carlos Ayres Britto, quando ele era vice-presidente do Supremo, e lembrou que o ministro Luís Roberto Barroso substituiu Teori Zavascki após o acidente aéreo que vitimou o ministro.

A 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça analisa na tarde desta terça-feira, 18, um pedido dos familiares da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes para terem acesso aos autos da investigação sobre os mandantes do duplo assassinato ocorrido em abril de 2018. Apesar de os executores do crime terem sido identificados e colocados no banco dos réus, a pergunta 'quem mandou matar Marielle e Anderson' segue sem resposta, mesmo cinco anos após os homicídios.

O pedido de acesso às apurações tramita em segredo de Justiça, sob relatoria do ministro Rogério Schietti. A partir das 14h desta terça, os magistrados que integram a 6ª Turma começam a avaliar recurso das famílias de Marielle e Anderson.

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O assunto chegou ao STJ após o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro negar aos familiares da vereadora e do motorista o acesso aos autos da investigação sobre os mandantes do crime.

Em primeira instância, a Justiça fluminense também negou o pedido, feito em dezembro de 2021 por meio de uma carta.

Representantes do Comitê Justiça por Marielle e Anderson, do Instituto Marielle Franco, entidades e familiares da vereadora e do motorista vão acompanhar o julgamento em Brasília.

O assassinato de Marielle e Anderson ocorreu em 2018, quando o carro em que ambos estavam foi alvejado por tiros na região central do Rio, após deixarem um evento do PSOL. Uma assessora da então vereadora sobreviveu ao atentado.

Dois ex-policiais estão presos e são réus pelo assassinato de Marielle e Anderson. Ronnie Lessa, PM reformado, é apontado como executor dos disparos. Élcio Queiroz seria o motorista do carro que perseguiu o veículo ocupado por Marielle que foi alvejado por tiros naquela noite.

Lessa e Élcio foram mandados a júri popular, com o reconhecimento de qualificadoras nos crimes de homicídio - 'motivo torpe', 'outro meio que dificultou a defesa da vítima' e 'para assegurar a impunidade de outro crime'.

Em fevereiro, após requisição do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, a Polícia Federal no Rio abriu um inquérito para apurar o assassinato, em parceria com as autoridades fluminenses. De acordo com o Ministério da Justiça, o inquérito é um procedimento interno, sem prazo para conclusão.

A portaria de abertura dessa investigação diz que a PF vai investigar 'todas as circunstâncias' do crime. O texto destaca que é atribuição da corporação 'apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme'.

O documento cita o princípio da razoável duração do processo.

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