Parlamentares culpam Covid-19 por problemas
O Ministério da Economia não respondeu sobre o baixo índice de execução de emendas nem às críticas ao governo
Os parlamentares com pior desempenho na execução de emendas atribuíram ao ano atípico, marcado pela pandemia, as dificuldades em fazer com o que o dinheiro do Orçamento chegue ao destino indicado. E ressaltaram que os recursos podem ser pagos até o fim do ano. "Não é um campeonato de quem executa primeiro, mais importante é a qualidade das emendas", disse o senador Reguffe (Podemos-DF).
A senadora Daniella Ribeiro (PP-PB), que registra o mais baixo índice de execução de emendas, afirmou que havia destinado recursos para Ciência e Tecnologia que ficaram em "compasso de espera" para avaliação do governo sobre a necessidade de redirecioná-los a ações de combate ao coronavírus.
Para a deputada Tabata Amaral (PDT-SP), a execução das emendas abaixo do esperado não se deu por ineficiência do mandato, mas por ineficiência do governo federal. Joenia Wapichana (Rede-RR) e Erika Kokay (PT-DF) também culparam a gestão de Jair Bolsonaro pela demora nos pagamentos.
O Ministério da Economia não respondeu sobre o baixo índice de execução de emendas nem às críticas ao governo.
Prazo. A deputada Bia Kicis (PSL-DF) disse que boa parte das suas emendas foi destinada a investimentos, o que exige prazo maior para sair do papel, mesma justificativa dos deputados Natália Bonavides (PT-RN) e Vitor Lippi (PSDB-SP).
O deputado Celso Russomanno (Republicanos-SP), candidato a prefeito de São Paulo, lembrou que 2020 é ano eleitoral, com prazos mais curtos para apresentação e análise dos projetos, e que todas as emendas indicadas por ele ainda têm condições de serem empenhadas.
Sobre a emenda recusada para associação de capoeiristas, a senadora Leila Barros (PSB-DF) disse que o valor foi remanejado para outra instituição.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.