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Empregados de uma pedreira instalados em um cortiço em péssimas condições de vida enfrentam as consequências da exploração de sua força de trabalho. A sinopse de “O Cortiço”, clássico da literatura brasileira escrito por Aluísio de Azevedo no século XIX, logo capturou a atenção do estudante Kaio Silva, usuário assíduo da Biblioteca Popular do Coque, uma das comunidades mais pobres do Recife. “Eu preciso de um dicionário para ler, mas é meu livro brasileiro preferido. Acho que é porque ele trata de coisas que tem aqui no cotidiano da comunidade, como crianças brincando na rua, lavadeiras, brigas e vizinhos comprando fiado, por exemplo”, comenta. Aos 16 anos, Kaio conta que já leu, em 2023, 360 livros emprestados pela biblioteca comunitária, composta por um acervo de cerca de 3 mil livros, todos eles doados por seus entusiastas.

Dois deles, a administradora de empresas aposentada Penellope de Moura Silva e seu filho, e o estudante de administração Rafael de Moura, vivem a menos de seis quilômetros do endereço da sede da biblioteca, em um condomínio de classe média no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife. Há alguns meses, os dois cederam cerca de 20 livros para a Biblioteca Popular do Coque. “Minha sobrinha é biblioteconomista e me falou dessa comunidade muito carente, em que os livros seriam bem-vindos. Aqui em casa a gente já tem o hábito de doar alimentos, roupas, móveis e livros. Em cada sorriso de gratidão ou muito obrigada, a gente vê que recebe muito mais do que dá quando faz uma doação”, celebra Penellope.

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Responsável pela maior parte dos livros cedidos pela família, Rafael ressalta a importância dos títulos entregues para sua própria formação como leitor. “São livros que adquiri na adolescência, quando desenvolvi o hábito da leitura e têm uma importância inestimável para mim. Hoje em dia, não aprecio mais essa literatura infantojuvenil, então espero que eles sejam a porta de entrada para muitos jovens no mundo da leitura”, comenta.

Antigo xodó de Rafael, "O Lar da Senhorita Peregrine para Crianças Peculiares", de Ransom Riggs, já foi notado por Kaio e é o próximo alvo de sua lista de leituras. “Queria agradecer, né? Porque você tá fazendo com que uma pessoa que não tem condições de comprar um livro, que provavelmente não tem uma biblioteca perto de casa se não for essa, possa entrar em outro mundo. Viajar sentada. É muito legal isso”, agradece o garoto.

Criado por sua mãe- que não possui hábito de leitura- na comunidade com o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Recife, Kaio desbanca até mesmo as teses deterministas que influenciaram o autor de seu livro predileto, criticado por correntes estéticas posteriores por tratar o ser humano como consequência invariável do meio em que vive. Ao lado de Aluísio Azevedo, o garoto elege Machado de Assis e Júlio Verne como os melhores que já leu, mas tagarela com empolgação quando o assunto é sua atual leitura, “...E o vento levou”, de Margaret Mitchell. Com facilidade, Kaio se diverte ao encontrar similitudes entre o clássico da literatura norte-americana e o quadrinho Sin City, que folheia durante a entrevista. “Com os quadrinhos que pego aqui, ensinei minha irmã mais nova a ler. Ela tem 10 anos, então lê os da Turma da Mônica que levo”, comemora.

Antenado, Kaio aponta a escritora Coleen Hoover como um fenômeno entre o público adolescente e cobra mais livros dela nas prateleiras da biblioteca. O garoto, que estuda em uma escola localizada na própria comunidade do Coque, se esforça para convencer os colegas a frequentar o espaço. “Acho que a literatura aproxima as pessoas. Nesse ano, eu trouxe dez colegas da escola para frequentar a biblioteca e eles se apaixonaram pela leitura. Gosto de ver essas pessoas falando de livro, dá alegria ver que influenciei alguém a fazer uma coisa boa”, celebra. Modesto, Kaio se considera o terceiro da turma escolar, mas garante que está pronto para assumir a monitoria da disciplina de português. No futuro, ele pensa em estudar letras ou pedagogia, mas deixa claro que entrar na universidade não é seu único sonho. “Gostaria que as pessoas da comunidade, ao invés de pensar no que vão comer amanhã, possam pensar no livro que querem ler”, conclui.

Dificuldades

Orgulhoso, o articulador pedagógico da Biblioteca do Coque, Ednílio da Silva, conta que Kaio frequenta a biblioteca há dois anos, desde que participou de um dos eventos literários promovidos pela instituição. “A gente tem muitas ações de leiturização, de onde conseguimos prospectar nosso público. Ele participou de uma delas e passou a frequentar o espaço, muitas vezes acompanhado de colegas da escola que ele traz para cá. É um dos frequentadores mais assíduos”, afirma. De acordo com Ednílio, que é nascido e criado no Coque, a biblioteca existe há 16 anos, atravessados a despeito de uma série de dificuldades financeiras e estruturais. “Já tivemos quatro sedes, todas elas localizadas em casas alugadas na comunidade. A gente saiu da última em razão de infiltrações causadas pelas chuvas. Isso provocou a perda de um acervo que também tinha três mil livros”, lamenta.

Com um novo acervo organizado a partir de doações, o espaço sobrevive através com o apoio do projeto Itaú + Leitura, com término previsto para o final deste ano. “Se a gente não conseguir renovar um projeto que permita o pagamento de pessoal, não sei se poderemos manter as atividades. Estamos iniciando uma campanha, em busca de parcerias para poder construir formas de impedir que isso aconteça. Se a gente fechar, vamos perder toda essa estrutura, muito importante para a comunidade”, ressalta Ednílio.

Formação de leitores

Em 2007, um grupo de bibliotecas comunitárias da Região Metropolitana do Recife (RMR) deu início à Releitura- Bibliotecas Comunitárias em Rede, uma iniciativa conjunta para promoção do diálogo entre as instituições.“A Releitura hoje congrega nove instituições dos municípios de Olinda, Recife e Jaboatão dos Guararapes. A princípio, várias delas passavam pelas mesmas dificuldades, a exemplo de falta de conhecimento de gestão, captação de recursos, manutenção e catalogação de acervos. Com a rede, passamos a contar com um fórum que dialoga com o poder público, pois infelizmente Pernambuco ainda não possui uma política pública voltada para apoio e permanência de bibliotecas comunitárias”, cobra.

Sob a batuta da Releitura, o grupo buscou articulação nacional e fundou a Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias, atualmente composta por 133 instituições de todo o país. “Na rede, nosso foco é estimular a formação de leitores. Por esse motivo, geralmente a gente não aceita doações de livros didáticos, dicionários e enciclopédias, que ficam desatualizados muito rápido e não têm viés literário. Além disso, pedimos que os livros estejam em bom estado, com todas as páginas, sem mofo e sem rasuras, até porque se você empresta um livro rasurado para as crianças, está incentivando essa prática”, ressalta.

Cultura: o oposto de morte

Em 1997, Rogério fez parte do grupo de artistas que decidiu ocupar de forma autônoma a estrutura do antigo Matadouro Municipal Industrial de Peixinhos, um dos grandes responsáveis pelo arruado que fez deslanchar o bairro homônimo, localizado na região limítrofe entre Recife e Olinda. Inaugurado em 1919, o Matadouro funcionou até 1970, a partir de quando se tornara uma espécie de não-lugar, tomado por mato, prostituição e tráfico de drogas. Apenas no ano 2.000, a inauguração de uma biblioteca comunitária transformou em Nascedouro um espaço que parecia vocacionado à morte. “Ela surgiu como um equipamento importante inclusive para os fundadores. A maioria de nós não teve uma boa relação com a escola formal, onde a biblioteca costumava ser tratada como depósito de materiais ou sala de castigo. A biblioteca foi criada para ser o oposto, é o que chamamos de biblioteca viva, que dialoga com outras linguagens artísticas, contando com cineclube e espaço de leitura coletiva”, lembra Rogério.

Sem recursos, o grupo contou com a solidariedade dos moradores do bairro para organizar a biblioteca. As primeiras prateleiras, por exemplo, foram improvisadas em caixas de tomate cedidas por feirantes. “Hoje, a gente conta com cerca de 8 mil livros. Apesar disso, as doações seguem sendo muito importantes para a renovação do acervo”, ressalta Rogério. Nascida e criada em Peixinhos, a fotógrafa Renata Rodrigues atribui à biblioteca uma profunda ressignificação de sua relação com o bairro. “Quando eu comecei a frequentar o Nascedouro, ainda na adolescência, eu mesma reproduzia vários preconceitos contra o bairro, que eu via como um lugar ruim e violento. Ainda é uma comunidade muito invisível, composta por maioria de população negra e pobre. Além disso, fica localizada entre Olinda e Recife, parece que nenhuma das duas prefeituras quer assumir a responsabilidade pelos problemas daqui”, denuncia. Aos 32 anos, Renata deixou de ser apenas usuária, para se tornar doadora da instituição. “É uma forma de agradecer por tudo que esse lugar me proporcionou. Aqui descobri que Peixinhos tem uma cultura forte e uma história muito interessante”, orgulha-se, citando o cantor e compositor Chico Science como um dos ícones culturais revelados pelo bairro.

Cultura de doação

Após a perda do pai, a engenheira civil Patrícia Torquato também escolheu as bibliotecas comunitárias como principal destino para centenas de livros que herdou. “Meu pai sempre nos mostrou que através dos livros a gente poderia conhecer muita coisa e que esse conhecimento precisava ser repassado para outras pessoas.Ele tinha um acervo bem eclético, era um amante de literatura de maneira geral”, afirma. Segundo Patrícia, não houve apego no processo de repasse dos títulos, pois a família já nutria forte cultura de doação. “Sempre fomos uma família estimulada a doar aquilo que a gente não estivesse utilizando. O que a gente ganha com isso é saber que o conhecimento está sendo multiplicado e com isso a educação está sendo ampliada, especialmente para pessoas que não têm condições de comprar um livro”, coloca.

Segundo a Pesquisa Doação Brasil 2022, promovida pelo Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS), 84% dos brasileiros realizaram alguma doação no ano passado, dos quais 75% praticaram repasses de bens, materiais e alimentos. Além disso, 48% dos doadores brasileiros fizeram doações em dinheiro, 36% repassaram dinheiro para ONG’s e 26% doaram o próprio tempo, através de trabalho voluntário. “Outro dado interessante é o aumento do valor doado no ano, que passou de R$ 200, em 2020, para R$ 300, em 2022. Esse número representa uma mediana, isto é, o valor que ficaria no meio se a gente fizesse uma reta entre todos os valores doados”, explica a gerente de comunicação do IDIS, Luísa Lima.

De acordo com Luísa, o doador brasileiro não possui um perfil específico, em relação a categorias como classe social, raça, gênero e adesão a uma religião. “A doação está muito enraizada em diferentes níveis e estratos da população”, frisa Luísa. Apesar disso, a pesquisa traz um recorte específico sobre a participação de jovens entre 18 e 27 anos nas doações. “Eles são menores doadores porque têm menos recursos, mas estão mais conscientes em relação ao trabalho das organizações. De forma geral, nossa leitura é a de que a pandemia de covid-19 teve um impacto muito grande na cultura de doação, com uma série de campanhas e iniciativas convocando pessoas e empresas a realizarem doações”, comenta Lima.

Para ela, o aquecimento do debate sobre as doações na opinião pública e nos meios de comunicação é a maneira mais eficaz de difundir a importância de doar. “Quando falamos de cultura de doação, falamos de pessoas que entendem a doação como um ato cívico, que contribui para a transformação dos problemas e combate às desigualdades. É diferente de uma doação pontual, que muitas vezes tem o objetivo de aliviar o sofrimento de alguém. A cultura de doação é quando as pessoas entendem que podem ir além da emergência”, defende.

Espontaneidade e autonomia

De acordo com a professora aposentada do Centro de Educação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Ester Rosa, as bibliotecas comunitárias têm em comum o fato de que não serem fruto de iniciativas do poder público, mas da atuação de pessoas ou grupos já envolvidos na luta por direitos e melhores condições de vida das comunidades, que colocam em pauta a importância do acesso à leitura. “As bibliotecas comunitárias surgem e se mantêm de forma autônoma. Mesmo quando recebem recursos de editais, elas têm autonomia para gerir a programação ou escolher quem vai trabalhar lá. Outra característica é que normalmente quem atua na biblioteca muitas vezes são jovens, mulheres e vizinhos do próprio bairro, que têm vontade de manter um projeto, mas também precisam ser remuneradas por seu trabalho”, explica.

Coordenadora do projeto de extensão “Bibliotecas Comunitárias na UFPE e UFPE nas Bibliotecas Comunitárias”, que articula alunos dos cursos de letras, biblioteconomia e pedagogia a 13 bibliotecas comunitárias da Região Metropolitana do Recife (RMR), a professora também observa que esses equipamentos costumam surgir como espaços de apoio às tarefas escolares, com acervos inicialmente compostos por livros didáticos e informativos, que, com o tempo, passam a ganhar perfil mais literário. “A gente vê uma predominância de literatura para jovens e crianças, bem como um estímulo para práticas de leitura compartilhada. Em Peixinhos, há um cineclube, enquanto na biblioteca comunitária de Caranguejo Tabaiares há um trabalho com idosas. São bibliotecas que têm o cuidado de atender às demandas dos leitores”, completa.

Uma das bibliotecas contempladas pelo programa “Bibliotecas Comunitárias na UFPE e UFPE nas Bibliotecas Comunitárias”, a Biblioteca Comunitária Inez Fornari- Mangueira da Torre, na Zona Norte do Recife, foi inaugurada em outubro de 2019 com o objetivo de preencher a carência de atividades para crianças e jovens no horário de trabalho das mães. “Aqui temos muitas mães solo, mulheres negras, que precisam trabalhar e não tem com quem deixar os filhos. Eu mesma trabalho das 16h às 00h e uso a biblioteca como uma creche temporária ”, diz a atendente Tássia Andrea da Silva, mãe de Maria Laura Silva, de 10 anos.

A menina frequenta a biblioteca desde os quatro anos de idade e, graças ao contato intenso com a leitura, aprendeu a ler ainda aos seis anos. “Minha mãe me deixava aqui e eu vinha ler com a tia. Aí, um dia, eu juntei as palavras de um livro e comecei a ler. Gosto de vir para cá ficar com as tias, brincando e lendo”, diz Maria Laura.

Composta por apenas três ruas, Mangueira da Torre é lar de 600 famílias e curiosamente não possui nenhuma casa para vender ou alugar. Imprensada entre os edifícios dos bairros da Torre e da Madalena, ambos majoritariamente habitados pela classe média, a pequena comunidade se desenvolveu a partir de casamentos entre membros de quatro famílias, que ao longo de pelo menos cem anos de existência foram construindo moradias para os parentes em seus quintais e garagens. “Aqui não tem problema de violência nem de drogas, todo mundo se conhece. Mesmo assim, a gente não vê ninguém descer dos prédios para ajudar nossa biblioteca, que é o único equipamento cultural que temos”, acrescenta Tássia.

Uma das responsáveis pela biblioteca, fundada com o apoio das lideranças comunitárias, ela ressalta que a biblioteca só conta com o apoio dos bolsistas da extensão da UFPE para manter suas atividades, motivo pelo qual não consegue se manter aberta todos os dias. “Os livros sempre são bem-vindos, mas o que a gente está precisando muito de voluntários para fazer atividades com as crianças, sejam leituras, brincadeiras e ou sessões de cinema”, cobra Tássia. Na biblioteca também falta acesso à internet, bem como fornecimento de água e alimento em atividades importantes. “Outra coisa que a gente queria era uma parceria para oferecer passeios culturais para as crianças. É importante ler, mas elas não podem ficar fechadas no mundo lúdico dos livros, sem conhecer o mundo real, os museus e espaços culturais do estado. Principalmente os que são voltados para nossa história, como uma comunidade de maioria negra”, completa.

A ONG Amigos do Bem está com uma campanha aberta para arrecadar fundos com o objetivo de manter em pleno funcionamento as atividades da instituição que ajuda a transformar a vida de milhares de crianças e jovens que vivem em situação de vulnerabilidade.  

Os interessados em contribuir podem participar pela internet https://doar.amigosdobem.org/toddynho. No site, há opções de valores para doação e métodos de pagamento, incluindo boleto, cartão de crédito, débito ou pix. Além disso, há a possibilidade de programar uma doação mensal à instituição. A campanha é promovida pela marca Toddynho.

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“Queremos ampliar ainda mais o impacto positivo da nossa parceria com a Amigos do Bem e incluir o público nessa corrente, fazendo com que todos possam ser agentes de transformação e contribuam com o futuro dessas crianças e adolescentes”, diz Thais Nascimento, gerente de marketing da PepsiCo Brasil. 

Realizações Da ONG Amigos Do Bem: 

150 mil pessoas atendidas todos os meses;

300 povoados atendidos no sertão de Alagoas, Pernambuco e Ceará;    

10 mil crianças e jovens nos 4 Centros de Transformação;    

1,8 milhão de refeições servidas por ano para as crianças dos Centros de Transformação;    

1,5 mil empregos gerados no sertão (Plantações, Fábrica de Beneficiamento de Castanha de Caju, Oficinas de Costura e Artesanato, Fábrica de Doces e Mel e Educadores e postos administrativos);     

10.600 voluntários que dedicam mais de 372 mil horas do Bem por ano;  

35 mil m2 de edificações construídas (centros de atendimento, entre outros);    

123 cisternas para levar água à população;    

60 poços artesianos perfurados;    

543 casas construídas; 

Mais de 187 mil atendimentos médicos e odontológicos no último ano;    

Mais de 500 bolsas de estudo para faculdade.

 

Sobre a Organização 

 

A  ONG Amigos do Bem atua há 30 anos no sertão nordestino, promovendo o desenvolvimento social e econômico de comunidades que vivem em situação de extrema pobreza. Atualmente, a instituição atende mais de 150 mil pessoas em 300 povoados isolados de Alagoas, Pernambuco e Ceará. 

 

*Da assessoria 

A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) opera atualmente com apenas 50% do estoque estratégico de sangue. O nível de estoque de sangue de novembro é o menor registrado nos últimos 5 anos. “Caso o cenário permaneça, há risco de desabastecimento dos hospitais”, alertou a entidade, responsável por abastecer toda a rede pública de saúde do Distrito Federal, além de instituições conveniadas, como o Hospital da Criança e o Hospital das Forças Armadas.

De acordo com o Hemocentro, há necessidade de doação de todos os tipos sanguíneos, mas a situação é urgente para os grupos O positivo, O negativo e A positivo, que têm maior demanda entre os pacientes e estão 40% abaixo do nível considerado seguro. Além dos pacientes que precisam de transfusões regulares, pessoas com doenças do sangue, pacientes oncológicos, pacientes submetidos a diversos tipos de cirurgias e atendimentos de emergência também demandam o estoque.

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Dados da entidade mostram que o mês de outubro registrou uma média de 127 doações de sangue por dia. Para manter o estoque estratégico e atender toda a rede pública do Distrito Federal e os hospitais conveniados, entretanto, o hemocentro precisa receber pelo menos 180 doações diárias. A preocupação é ainda maior em razão do número elevado de feriados e pontos facultativos em novembro, além da proximidade das férias e festas de fim de ano, quando o fluxo de doadores tradicionalmente cai.

“As doações também precisam ser contínuas porque alguns hemocomponentes – as partes do sangue que vão para os pacientes – têm validade limitada. As plaquetas usadas em tratamento contra cânceres, por exemplo, têm duração de apenas 5 dias”, destacou o Hemocentro, por meio de nota.

Doações

O agendamento da doação de sangue pode ser feito pelo site do Serviço de Agendamento do Distrito Federal ou pelo telefone 160, opção 2. Há ainda a possibilidade de encaixe, de acordo com a disponibilidade de vagas ociosas no dia.

O Hemocentro de Brasília está localizado no Setor Médico Hospitalar Norte, no início da W3 Norte, próximo ao Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) e à Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências de Saúde (Fepecs), e atende de segunda-feira a sábado, das 7h15 às 18h.

Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos de idade, pesar mais de 51 quilos e estar saudável. Para quem passou por cirurgia, exame endoscópico ou adoeceu recentemente, a recomendação é consultar o site do Hemocentro para saber se está apto a doar sangue.

O casamento do empresário brasileiro Henrique Dubugras, na Ilha de Fernando de Noronha, território que pertence ao estado de Pernambuco, neste sábado (7), vem dando o que falar nos últimos dias. Um dos pontos turísticos mais visitados da ilha, o Forte dos Remédios, local onde será realizada a cerimônia entre Henrique e a engenheira de software Laura Fiuza, ficou fechado para visitação por dez dias. 

Segundo informações da administração do equipamento, o Forte, que costuma receber cerca de 500 turistas por dia de semana, e aproximadamente 900 por dia nos finais de semana, deixou de receber a visita de 5 mil pessoas pelos dias que ficou fechado. O aluguel do espaço foi feito por R$ 1 milhão, com a diária custando R$ 100 mil. 

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A cerimônia será realizada para cerca de 400 convidados, que têm chegado na ilha nos últimos dias. Ao menos três pousadas de luxo foram reservadas exclusivamente para o evento, Nannai, Maravilha e Akanã. Dugubras também está pagando o translado e hospedagem de 300 pessoas contratadas para trabalhar no casório. 

O casal, no entanto, não pediu presentes aos convidados, como tradicionalmente é feito. O valor que seria dado em um produto para a nova família deverá ser revertido em doação para alguma organização não governamental (ONG), e eles indicam duas do arquipélago, "Tubarões e Raia" e "Aves de Noronha". 

Os projetos promovem ações de proteção e preservação das espécies que habitam a área costeira. Eles foram criados entre 2018 e 2019 e atuam com a promoção da biodiversidade e estudos. O Aves de Noronha, por exemplo, já recebeu R$ 25 mil em doações. 

Além da cerimônia tradicional, outros eventos fazem parte da agenda de celebrações da união dos noivos. Uma festa na praia será realizada, sem o consumo de bebidas alcóolicas, por exemplo. Outro espaço reservado para o final de semana da nova família é o Bar do Meio, estabelecimento popular entre turistas, além de passeios de barcos fretados exclusivamente para convidados. Os funcionários contratados para trabalhar no casamento ainda assinaram um termo de confidencialidade, sob risco de multa caso alguma informação vaze. 

Henrique Dugubras é um dos donos da Brex, fintech especializada em disponibilizar cartões corporativos para startups. Fundada em 2017, junto com o sócio Pedro Franceschi, a empresa conta com mais de 1000 funcionários, e sua sede fica nos Estados Unidos. O patrimônio de Henrique é avaliado em US$ 1,5 bilhão, cerca de R$ 7 bilhões. 

Um extrato bancário entregue à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro revela que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) obteve lucro de R$ 20 mil em três dias após investir nas doações recebidas por ele em uma arrecadação feita por apoiadores. Ao todo, o antigo mandatário investiu R$ 16 milhões por meio do certificado de depósito bancário (CDB), entre 27 e 30 de junho deste ano, no Banco do Brasil. A informação foi divulgada pelo g1

A "vaquinha virtual" organizada por bolsonaristas teve como objetivo cobrir custos judiciais, diante das multas recebidas pelo ex-presidente durante a pandemia da Covid-19, que seriam de aproximadamente R$ 1 milhão. O extrato não informa se o valor foi resgatado, mas indica que, entre 2020 em 2023, Jair Bolsonaro nunca utilizou esta conta, até aplicar os R$ 16 milhões.  

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Fábio Wajngarten, advogado de Bolsonaro, diz que o dinheiro foi aplicado "para não ficar parado" e que o dinheiro arrecadado via Pix foi usado para pagar custos judiciais. 

Em 23 de junho, parlamentares e ex-integrantes do governo anunciaram uma campanha e pediram doações via Pix para Jair. Na época, a Justiça de São Paulo tinha bloqueado mais de R$ 370 mil de Bolsonaro pelo não pagamento de multas durante a pandemia por não ter usado máscara em diversas ocasiões. 

Doações 

De acordo com um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), só entre os dias 1º de janeiro e 4 de julho o ex-presidente da República recebeu mais de 769 mil transações via Pix, que totalizaram R$ 17.196.005,80. O montante corresponde a quase todo o valor movimentado por Bolsonaro no período, de R$ 18.498.532. 

O órgão classificou as movimentações como "atípicas" e afirmou que os lançamentos "provavelmente" têm relação com a vaquinha feita pelos apoiadores. O lucro obtido, entretanto, ainda não era conhecido. 

O governo gaúcho criou a conta SOS Rio Grande do Sul para receber doações em dinheiro, na modalidade PIX, para ajudar as vítimas das enchentes que atingiram o estado nesta semana.  

A chave PIX da conta criada no Banrisul é o CNPJ: 92.958.800/0001-38. 

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O anúncio foi feito pelo governador do estado, Eduardo Leite, nesse sábado (9), nas redes sociais. O objetivo, segundo ele, é ajudar no restabelecimento da economia das cidades e na reestruturação do meio de vida das pessoas.  

De acordo com Leite, os valores transferidos para a conta bancária serão geridos pelo estado em parceria com entidades já reconhecidas pelo trabalho de assistência social e ajuda humanitária. “As entidades que são conhecidas, com credibilidade, vão fazer a gestão desses recursos para fazer chegar àqueles comércios que foram afetados, ajudar os pequenos comerciantes a se reerguerem, para ajudar quem perdeu tudo na sua casa a reconstruir a casa, a comprar mobiliários, a restabelecer essas condições dignas de moradia”, explicou. 

O governo garantiu que as doações serão aplicadas de forma transparente, com acompanhamento, com auditoria e fiscalização do Poder Público.  

Eduardo Leite destacou que o governo continuará a ser o responsável pela reconstrução da infraestrutura das cidades. “O estado vai se encarregar da parte da reconstrução, mas essas pessoas vão precisar de apoio para se reerguer e restabelecerem suas condições de vida. E essa doação pode ajudar muito.” 

As doações podem ser feitas em qualquer valor. 

Em apoio às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, após a passagem de um ciclone no último domingo (3), Grêmio, Internacional e Juventude montaram pontos de coletas de doações de água, alimentos roupas e produtos de higiene, em várias cidades do estado. Inúmeras famílias estão desabrigadas e municípios da Serra Gaúcha entraram em estado de emergência. 

Além do estádio Alfredo Jaconi, o Juventude, clube de Caxias do Sul, concedeu o espaço do Centro de Treinamento (CFAC) para coleta de doações; A prefeitura de Caxias e os bombeiros recomendam a doação de agasalhos, água mineral, itens de limpeza e alimentos não perecíveis.

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“Nossas cidades vizinhas estão em uma situação difícil, com famílias que perderam tudo, e o Juventude se viu em condições de colaborar de alguma forma. As doações já superaram as expectativas e todos os itens arrecadados serão destinados a quem precisa”, comenta Fábio Pizzamiglio, presidente do Juventude, que já entregou até o momento, mil litros de água, 32 cestas básicas, 150 sacolas de alimentos, 90 itens de higiene, 3 colchões e 100 sacolas com diversos outros produtos.

O Tricolor gaúcho também montou centros de arrecadação de doações na GrêmioMania Megastore e no Departamento Consular da Arena Grêmio, além dos Consulados Femininos de outras cidades.

Já o Internacional anunciou que receberá doações às vítimas das enchentes no ginásio Gigantinho - no complexo do estádio Beira-Rio - a partir desta sexta (8) até a próxima terça (12), sempre das 8h às 18h. Na próxima quarta (13), também haverá três pontos de coleta de alimentos, itens de higiene e roupas Beira Rio, em Porto Alegre, durante o confronto Inter x São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro.  Além disso, a torcida colorada destinou R$ 10 mil às vítimas das enchentes do Vale do Taquari, verba convertida em 100 kits de higiene e 100 cobertores, que serão entregues pela Defesa Civil do RS.

Toda ajuda é extremamente importante e muito bem-vinda, isso faz a diferença. O apoio da nossa torcida, também através dos nossos Consulados das cidades mais atingidas, foi fundamental e de uma sensibilidade única. Nosso papel, sob as condições que temos, é ajudar a nossa sociedade em momentos como esse”, afirmou Cauê Vieira, secretário-geral do Colorado.

Criado pelo governo federal em 2008 e paralisado em 2019 na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, o Fundo Amazônia foi retomado este ano e, desde então, recebeu doações de cinco países e da União Europeia. Os novos recursos - que ainda não foram efetivamente transferidos - chegam a aproximadamente R$ 3,43 bilhões. O montante irá se somar aos R$ 5,7 bilhões que o fundo acumulou ao longo dos últimos 14 anos.

As novas doações foram feitas por Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos, União Europeia, Suíça e Dinamarca. Os alemães formalizaram a intenção de fazer a doação ainda em dezembro do ano passado, enquanto os demais se comprometeram com os valores ao longo deste ano.

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O mais recente deles foi a Dinamarca, após encontro entre o ministro de Cooperação para o Desenvolvimento e Política Climática Global do país, Dan Jørgensen, e a ministra do Meio Ambiente e da Mudança do Clima, Marina Silva, em Brasília.

Novas doações ao Fundo Amazônia

Alemanha: R$ 190 milhões (35 milhões de euros)

Reino Unido: R$ 500 milhões (80 milhões de libras)

Estados Unidos: R$ 2,5 bilhões (500 milhões de dólares)

União Europeia: R$ 100 milhões (20 milhões de euros)

Suíça: R$ 30 milhões (5 milhões de francos suíços)

Dinamarca: R$ 110 milhões (150 milhões de coroas dinamarquesas)

O Fundo Amazônia reúne dinheiro doado por governos estrangeiros para ser investido em projetos de prevenção, combate ao desmatamento, conservação e uso sustentável da floresta. O fundo é gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e as doações só são depositadas mediante a confirmação de efetiva redução de desmatamento alcançada pelo Brasil.

De acordo com o ministério do Meio Ambiente, "o aumento das ações de fiscalização permitiu que as áreas sob alertas de desmatamento no bioma reduzissem 42,5% de janeiro a julho de 2023 em comparação com o mesmo período do ano passado".

Dinheiro em caixa

Ao Estadão, o BNDES informou que o Fundo Amazônia acumulou R$ 5,7 bilhões em recursos desde 2009. Os valores se referem a aproximadamente R$ 3,3 bilhões em doações, mais os rendimentos no período. Desse montante, 93,8% foram doados pelo governo da Noruega, 5,7%, pelo governo da Alemanha, e 0,5% pela Petrobras.

"Foi desembolsado cerca de R$ 1,5 bilhão e outros R$ 200 milhões, aproximadamente, estão comprometidos porque são recursos destinados a projetos já contratados. Esses números fazem do Fundo Amazônia a maior e mais bem sucedida iniciativa de REDD+ do Mundo (em valores e resultados). Já foram apoiados 102 projetos, em todos os estados da Amazônia Legal.

REDD+ é a sigla de "Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação florestal". O conceito, adotado pela Convenção de Clima da ONU, trata de um mecanismo que permite a remuneração daqueles que atuam para evitar as emissões de gases de efeito estufa associadas ao desmatamento e degradação florestal.

As doações ao Fundo Amazônia feitas este ano ainda serão contabilizadas pelo banco de fomento. Segundo o BNDES, os R$ 190 milhões prometidos pela Alemanha em dezembro de 2022 "estão em processo de internalização e se somarão aos números acima". Os demais recursos, por sua vez, "ainda não foram contratados e internalizados no BNDES".

Várias estrelas de Hollywood, incluindo George Clooney e Meryl Streep, doaram um milhão de dólares ou mais cada uma para apoiar os atores sem emprego devido à greve iniciada em maio, informou a fundação de caridade do sindicato da categoria.

A greve do sindicato de atores (SAG-AFTRA) e dos roteiristas de cinema e televisão começou em maio para exigir melhores condições salariais e proteção diante da ameaça do uso de Inteligência Artificial (IA). O movimento paralisou a produção do setor audiovisual nos Estados Unidos.

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Algumas celebridades, que incluem Clooney, Streep, Matt Damon, Leonardo DiCaprio, Dwayne "The Rock" Johnson, Nicole Kidman, Julia Roberts e Oprah Winfrey, entre outros, contribuíram com um milhão de dólares ou mais, cada um, para o fundo de apoio aos atores da fundação SAG-AFTRA.

Nas últimas três semanas, a fundação sem fins lucrativos recebeu mais de 15 milhões de dólares para ajudar milhares de atores que enfrentam dificuldades econômicas, anunciou a fundação em um comunicado.

"A indústria do entretenimento está em crise e a Fundação SAG-AFTRA está processando atualmente mais de 30 vezes o número habitual de pedidos de auxílio emergencial", afirmou em um comunicado Courtney B. Vance, presidente da fundação.

De acordo com declarações da presidente do SAG-AFTRA, Fran Drescher, ao jornal The New York Times 86% dos 160.000 membros do sindicato recebem menos de 26.500 dólares por ano.

Sete das 20 pessoas que mais enviaram Pix ao ex-presidente Jair Bolsonaro já haviam doado R$ 470 mil para a campanha à reeleição do ex-presidente.

A lista dos maiores doadores inclui o integrante de uma empresa acusada de exigir dos funcionários voto em Bolsonaro nas eleições de 2022 e um marinheiro que ganha R$ 4 mil e doou R$ 20 mil. Os dados aos quais o Estadão teve acesso foram levantados pelo Coaf a pedido da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os ataques aos Três Poderes em 8 de janeiro.

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No total, Bolsonaro recebeu R$ 17,2 milhões via Pix ao longo deste ano. O valor corresponde quase à totalidade dos R$ 18,5 milhões que circularam nas contas do ex-presidente em 2023.

Em junho, assessores, deputados e influenciadores promoveram uma campanha pedindo doações por Pix a Bolsonaro. Os aliados alegaram que o ex-presidente seria vítima de "assédio judicial" e que precisava de ajuda para pagar o que chamaram de "diversas multas em processos absurdos". As multas, contudo, ainda não foram pagas e Bolsonaro investiu o valor arrecadado. Em evento na semana passada, ele disse que o dinheiro era suficiente para comprar pastel e caldo de cana para ele e a ex-primeira-dama Michelle.

Professora da Faculdade de Direito da USP, Elizabeth de Almeida Meirelles considera que, caso fique comprovado que a quantia arrecadada não foi utilizada para o fim anunciado na campanha de arrecadação, os organizadores podem ser obrigados a devolver o dinheiro. "As pessoas que doaram e que estiverem se sentindo lesadas podem entrar com uma queixa criminal contra os organizadores da campanha", diz Elizabeth. Para a professora, o próprio Ministério Público (MP) pode alegar que houve fraude ou tentativa de golpe, visto que a campanha foi pública.

Já o professor Eduardo Tomasevicius Filho, da Faculdade de Direito da USP, diverge. Para ele, a campanha de arrecadação foi estruturada de tal modo que configuraria uma doação pura, ou seja, feita sem condições ou encargos. "(Neste caso), quem doa, não pode reclamar que doou", conta.

O relatório do Coaf enviado à CPMI traz a lista dos 20 maiores "remetentes". As doações, por sua vez, variam entre R$ 5 mil e R$ 20 mil no período.

No topo está o marinheiro reformado Pedro Cipriano, de 78 anos, que enviou R$ 20 mil para o ex-presidente. Ele também doou à campanha de Bolsonaro nas últimas eleições, mas o valor foi bem mais modesto: R$ 2. Cipriano foi cabo da Marinha e está reformado desde maio de 2001. Ele tem uma remuneração bruta de R$ 4.019,31, segundo informações do Portal da Transparência. O militar também é sócio, ao lado de outras 16 pessoas, de uma empresa de navegação, a Itajaí & Navegantes, com capital social de R$ 38 mil.

Apesar da doação de R$ 20 mil, o marinheiro acumula hoje em seu nome dívidas ativas de R$ 4,1 mil em IPTU à Prefeitura de Itajaí, além de R$ 1,6 mil ao governo de Santa Catarina. Essas informações foram obtidas pelo Estadão junto aos órgãos públicos. A reportagem tentou contato com Cipriano, mas não houve sucesso.

A lista dos maiores doadores inclui ainda o empresário Gilson Lari Trennepohl. Ele é vice-prefeito de Não-Me-Toque, no interior do Rio Grande do Sul, e sua família é dona da Stara, empresa do ramo de máquinas e implementos agrícolas. A companhia foi alvo de uma ação do Ministério Público do Trabalho (MPT) acusada de assédio eleitoral a favor de Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2022. Na ocasião, a Stara emitiu um comunicado ameaçando cortar 30% do orçamento caso Lula ganhasse a eleição.

Em abril deste ano, a Stara firmou um acordo com o MPT e assegurou pagar R$ 1,5 milhão em indenização por danos morais coletivos. O valor será revertido a projetos sociais na região. Duas parcelas de R$ 250 mil foram pagas.

Gilson Lari já havia doado R$ 350 mil para Bolsonaro nas eleições de 2022, o que o deixou entre os maiores financiadores do TSE. Agora, repassou mais R$ 5 mil para ajudar o ex-presidente a pagar suas dívidas. A Stara também enviou tratores para a comemoração do bicentenário da Independência, em 7 de Setembro de 2022, em um movimento que flertou com ataques às instituições democráticas.

As doações também foram realizadas pelo ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Admar Gonzaga, pelo locutor de rodeios Cuiabano Lima e pelo empresário Marcos Ermírio de Moraes, herdeiro do Grupo Votorantim. Em entrevista ao Estadão, o ex-ministro disse que "não está preocupado se Bolsonaro vai usar o dinheiro para pagar Pix".

Confira a lista das pessoas que mais enviaram recursos a Bolsonaro em 2023:

- Partido Liberal - R$ 47.865,34

- Cecilia Nascimento Crippa - R$ 20.000,00

- Pedro Cipriano - R$ 20.000,00

- Carlos Monteiro De Oliveira - R$ 10.010,00

- Jurema Caldas Siqueira Amaral - R$ 10.000,00

- Marcos Ermírio De Moraes - R$ 10.000,00

- Andraus Araujo De Lima - R$ 10.000,00

- Banco Daycoval S.A. - R$ 9.647,43 (62 lançamentos)

- Paolo Papaiz - R$ 5.000,00

- Maria Bernardete Demeterco Raad - R$ 5.000,00

- Marcelo De Toledo Cerqueira - R$ 5.000,00

- Rosângela Deliza - R$ 5.000,00

- Luiz Ricardo Samia - R$ 5.000,00

- Amauri Heitor De Mendonça - R$ 5.000,00

- João Carlos Colpo - R$ 5.000,00

- Gilson Lari Trennepohl - R$ 5.000,00

- Admar Gonzaga Neto - R$ 5.000,00

- Karina Carvalho De Almendra Freitas Mendes - R$ 5.000,00

- Haroldo De Sa Quartim Barbosa - R$ 5.000,00

“Depois que a Taís entrou na Creche-Escola Iris, tudo mudou. Ela ficou mais comunicativa, está aprendendo a ler, a escrever, a ser grata por tudo o que tem e o que ganha. A ONG está sendo uma bênção na vida da Taís e na vida das mães de todos os alunos que estudam lá”, disse Laudiana Valente, mãe de aluna atendida pela ONG Creche-Escola Íris - Crianças aos Olhos De Deus, que atende mais de 200 crianças no bairros de Águas Lindas, em Belém.

Criada em 2018, a ONG Creche-Escola Íris nasceu da necessidade de acolher crianças em situação de vulnerabilidade social em um dos bairros mais carentes de Belém. O espaço foi pensado para atender, principalmente, famílias de baixa renda, que não têm como pagar alguém para cuidar de dos filhos e só contam com ajuda de amigos e familiares.

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A Creche-Escola foi idealizada e fundada por Clô Santos, atual diretora da ONG. Clô ressalta a importância da creche para o desenvolvimento socioeducacional da comunidade, com prioridade às mulheres chefes de família. “Nosso foco são as mães que deixam de trabalhar, porque não têm com quem deixar seus filhos, ou aquelas que deixam seus filhos com outras pessoas, parentes ou amigos, para poderem ir trabalhar”, disse a fundadora do projeto.

Atendendo crianças do maternal à educação infantil, de 2 a 6 anos, a Creche-Escola Iris tem como principal objetivo combater a violência sofrida por crianças com uma educação de qualidade, aliada ao acolhimento dos alunos e os pais dos alunos.

Casa de Izabel

Anexo à Creche-Escola Íris, o projeto de extensão Casa de Izabel tem como objetivo dar continuidade ao acolhimento das crianças que passam para o ensino fundamental, de 6 aos 10 anos. “A gente cansou de ver crianças que, quando saíam da nossa creche, acabavam por não serem acompanhadas nas outras escolas, ficando nas ruas e sem uma educação de qualidade. As crianças acabavam crescendo em um ambiente social muito mais vulnerável”, disse Carla Rodrigues, coordenadora do projeto há cinco anos.

A Creche-Escola Íris Crianças aos Olhos de Deus é uma ONG sem fins lucrativos, que se mantém por meio da ajuda da comunidade, doações e parcerias com empresas solidárias ao projeto. Também são realizados sorteios de brindes e bazares com objetivo de arrecadar recursos para custear as despesas da ONG com alimentação, material de higiene, material escolar, entre outras necessidades da instituição.

Serviço

A Creche-Escola Íris aos Olhos de Deus está localizada na rua Vitória 41-b, Águas Lindas. Para fazer doações ou firmar parcerias, bastar estrar em contato com a ONG pelos números (91) 8358-4771 ou (91) 98358-4771. A ONG também atende pelo e-mail contatocrecheiris@gmail.com ou pelo Instagram @projetoiris_oficial.

Por Renato Carneiro, especialmente para o LeiaJá.

Após incêndio em sua sede, o Lar Paulo de Tarso, abrigo para crianças e jovens, está recebendo doações. Na madrugada desta sexta-feira (14), a instituição, localizada no bairro do Ipsep, na Zona Sul do Recife, foi atingida por um incêndio, que deixou quatro pessoas mortas e outras sete feridas. 

Em suas redes sociais o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) divulgou os dados para a doação. O órgão também está com ponto de coleta disponível, para que desejar fazer doações de maneira presencial. Confira:

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Razão social: Instituição de Caridade Lar Paulo de Tarso

Pix: 35.618.933/0001-21 (CNPJ)

Banco: Banco do Brasil (001)

Agência: 1245-9

C/C: 119346-5

Ponto de coleta MPPE - Ed Roberto Lyra Rua do Imperador Pedro II, 473, Santo Antônio - Entregar na administração do prédio

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A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), visando à redução da mortalidade infantil e à melhoria da qualidade da saúde infantil, alerta para a importância e necessidade de aumentar o abastecimento do estoque de leite humano e estimular as doações.

Atualmente, o estoque de leite pauterizados nos bancos da rede pública de saúde de Pernambuco encontra-se em baixa. De acordo com a coordenadora do Banco de Leite do Hospital Agamenon Magalhães (HAM), Agnes Freitas, para um cenário confortável o ideal seria de 60 litros em estoque, entretanto, essa não tem sido a realidade, que no momento conta com 20 litros de leite humano. Devido ao baixo estoque, a distribuição está priorizando os recém-nascidos da UTI Neonatal e bebês de baixo peso. O quadro se repete nos demais bancos da rede estadual (Hospital Barão de Lucena: 20 litros; Hospital Dom Malan: 20 litros; Hospital Jesus Nazareno: 29 litros).  

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“O leite materno é o alimento ideal para criança, de forma exclusiva até os seis primeiros meses de vida e após esse período, conforme a rotina da mamãe e do bebê. Os benefícios são inúmeros como imunidade, valor nutritivo, desenvolvimento intelectual, proteção contra doenças, entre outros”, destaca a coordenadora.

Estão aptas para doação todas as mulheres em fase de lactação, que estejam amamentando, sejam saudáveis e não façam uso de medicamentos que interfiram na amamentação. Também são consideradas as nutrizes que precisam suspender temporariamente o aleitamento materno diretamente no seio, devido à condição clínica do recém-nascido.

A coordenadora estadual de aleitamento materno, Celina Lira, reforça a importância do apoio das mães que podem ser doadoras. “Qualquer que seja o volume doado fará muita diferença e, com certeza, vai contribuir para salvar a vida de bebês prematuros internados”, pontua.

O processo de doação é simples. Para doar no HAM, a mãe deve entrar em contato através do telefone 3184 -1690 ou ir até o banco de leite para triagem e cadastro, apresentar os exames de pré ou pós-natal compatíveis com a doação de leite ordenhado e receber a orientação do profissional em relação à coleta e armazenamento do Leite Humano.

Banco de Leite

Da assessoria

O governo de São Paulo comunicou neste sábado, 25, que irá isentar de ICMS as empresas que fizerem doações de mercadorias ao Fundo Social de São Paulo ou entidades assistenciais de utilidade pública para distribuição aos municípios do Litoral Norte, castigados pelas chuvas do último final de semana.

"Não teria cabimento cobrar imposto das doações de empresas, então decidimos tirar o ICMS", explica o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

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Para ter o abatimento do imposto é necessário que a empresa doe ao Fundo Social de São Paulo, órgão que está concentrando o recebimento e distribuição dos donativos. Depois é só emitir o documento fiscal sem o destaque do ICMS, diz o boletim do governo do Estado.

O Fundo Social de São Paulo e a Coordenadoria Estadual da Defesa Civil distribuem, nesta terça-feira (21), 7,5 toneladas de doações de itens de ajuda humanitária às vítimas dos temporais que castigaram o litoral norte do estado no fim de semana. Os insumos foram recolhidos no primeiro dia de doações da campanha organizada pelo órgão.

A primeira-dama do Estado de São Paulo, Cristiane Freitas, e o coordenador estadual da Defesa Civil, Coronel Henguel Ricardo Pereira, participam da entrega dos alimentos, roupas e itens de higiene e limpeza para as pessoas desabrigadas e desalojadas no município de São Sebastião.

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Além de donativos como alimentos não perecíveis, água mineral e roupas limpas e em bom estado para uso, os interessados também podem fazer depósitos, transferência ou PIX para auxiliar as famílias desalojadas ou desabrigadas de São Sebastião, por meio de duas contas do Fundo Social de São Paulo. Saiba mais clicando aqui.

Estradas

O Departamento de Estradas e Rodagem (DER) liberou parcialmente o tráfego em diversos pontos que antes estavam totalmente obstruídos na rodovia Rio-Santos (SP-055), no trecho entre São Sebastião e Ubatuba.

Atualmente, as equipes seguem trabalhando para liberar o tráfego na altura da Praia Preta. No restante da via no sentido de São Sebastião, os usuários conseguem seguir com a operação pare e siga. A Rodovia dos Tamoios permanece totalmente liberada ao tráfego.

Neste momento, as seguintes rodovias administradas pelo DER estão com pontos de interdição total e parcial:

Total:

Rodovia Dr. Manoel Hyppólito Rego (SP-055)

Km 174+500 – queda de barreira

Parcial:

Rodovia Dr. Manoel Hyppólito Rego (SP-055)

Km 061 – queda de barreira;

Km 066 – queda de barreira;

Km 084 – queda de árvore;

Km 87– queda de barreira e árvores;

Km 095 – alagamento;

Km 95 ao 96 – queda de barreira;

Km 116 – queda de barreira;

Km 142 – queda de barreira e árvores;

Km 136 ao 142 – queda de barreira e árvores;

Km 157 ao 162 – queda de barreira;

Km 164 – queda de barreira;

Km 180 – queda de árvore;

Km 188 – erosão.

Mogi-Bertioga (SP-098)

A Rodovia Mogi-Bertioga (SP-098) segue interditada, em razão do rompimento de tubulação, na altura do km 82, em Biritiba Mirim. Também há interdição parcial nos km 90 e 91, devido à queda de barreira; e no Km 87, devido a uma erosão. Nesta terça-feira (21), uma equipe do DER inicia os serviços de recuperação no local. O investimento previsto é de R$ 9,4 milhões e prazo de execução é de até 180 dias.

Segundo informou o governo do estado, será realizada a recuperação completa da pista; novo sistema de drenagem, com escada hidráulica e linha de tubo; novo muro de arrimo; e reforço do muro existente.

Caso necessário o deslocamento, os motoristas devem usar como rotas alternativas as rodovias do Sistema Imigrantes/Anchieta (SP-160 e SP-150). Devido a uma queda de barreira no km 174+500 da SP-055, na Praia do Juqueí, o acesso a uma rota alternativa pela Rodovia dos Tamoios está interditado para quem está entre Bertioga e Juqueí.

Oswaldo Cruz (SP-125): Km 11 – queda de barreira; Km 13 – queda de barreira; Km 58 – queda de barreira.

Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA)

Equipes do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA) prestam apoio na região. Grupos de trabalho estão nos municípios de São Sebastião e Caraguatatuba para auxiliar no socorro às vítimas.

Rodovias Concessionadas

A Agência de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP) informa que não há interdição nas rodovias estaduais concedidas. As principais rodovias que dão acesso ao litoral paulista e ao interior do Estado de São Paulo não apresentam congestionamentos na manhã desta terça-feira (21).

Rodovia dos Tamoios – Tráfego normal, sem congestionamentos.

Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI) – Tráfego normal, sem congestionamentos. Operação 5×5 permanece nas Rodovias Imigrantes e Anchieta.

Sistema Castello Branco-Raposo Tavares – Tráfego normal, sem congestionamentos.

Sistema Anhanguera-Bandeirantes – Tráfego normal, sem congestionamentos.

Rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto – Tráfego normal, sem congestionamentos.

Identificação das vítimas

Até o momento, 40 óbitos foram confirmados, sendo 39 em São Sebastião e um em Ubatuba. Equipes do município com psicólogas e assistentes sociais fazem um trabalho de acolhimento dos familiares das vítimas. Sete corpos já foram identificados e liberados para o sepultamento. São dois homens adultos, duas mulheres adultas e três crianças.

Os trabalhos de busca, resgate e salvamento seguem ininterruptamente na região. Atualmente, são 1.730 desalojados e 766 desabrigados em todo Estado.

Atendimento médico

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informa que 18 adultos e cinco crianças vítimas das chuvas foram atendidas, até o momento, no Hospital Regional do Litoral Norte (HRLN). Deste total, seis estão em estado grave e 13 estáveis. Outros dois pacientes já receberam alta hospitalar e outras duas, uma grávida e uma puérpera, foram transferidas para o Hospital Stella Maris.

Desde domingo, as unidades de Saúde do Estado no Litoral Norte estão em alerta para receber os possíveis feridos do desastre que atingiu a região. Outras unidades de saúde da Baixada Santista, Alto Tietê e da Capital também estão aptas a receber os feridos.

A SES acrescenta que, dos 23 pacientes que já passaram pelo HRLN, um não teve a família localizada. Esta paciente, uma mulher de 42 anos, deu entrada nesta madrugada e o serviço social da unidade trabalha para localizá-los.

Além de reforçar o atendimento, a SES-SP encaminhou um conjunto de insumos ao atendimento às vítimas desse desastre. Foram encaminhadas, 36 ampolas de soro antiofídico para cobras, 5 mil frascos de hipoclorito de sódio, 940 bolsas de glicose, 900 bolsas de soro, 180 kits intravenosos, 30 kits de sutura, 30 talas para imobilização, além de sedativos e outros medicamentos.

Abastecimento de água

Os técnicos da Sabesp seguem trabalhando para o restabelecimento dos sistemas de abastecimento de água no Litoral Norte e Baixada Santista. Em São Sebastião e Ilhabela, 40 caminhões-tanque da companhia realizam o abastecimento emergencial até a regularização total dos sistemas.

Nesta manhã (21), equipes de operação e de manutenção já estão em Boiçucanga para tentar o reparo do sistema de produção de água. Caminhões-tanque também estão a caminho. A produção de água em Maresias já foi retomada e mais de 8 mil imóveis já estão com o abastecimento em recuperação (Maresias e Barra do Una).

Em Caraguatatuba e Ubatuba, os sistemas de abastecimento continuam em processo de recuperação. Ao todo, 104 técnicos da companhia estão empenhados nesse trabalho, com o apoio de caminhões de hidrojateamento e alto vácuo, seis retroescavadeiras e outros veículos.

Previsão do tempo

Segundo os serviços meteorológicos, a terça-feira (21) começa com sol entre nuvens no Litoral Norte e as temperaturas sobem rápido. A partir do final da manhã, áreas de instabilidade se formam e favorecem a formação de nuvens carregadas sobre a região.

No início da tarde voltam as condições para pancadas de chuva, com risco de temporais, raios e até chance de granizo em pontos isolados. Essa situação pode ocorrer de forma intermitente até o início da noite. Diante dos volumes previstos, a orientação para a região do litoral norte é de atenção devido ao solo encharcado e das ocorrências de deslizamentos já verificadas nos últimos dias.

 

Em processo de retomada, o Fundo Amazônia pretende financiar projetos de proteção a povos indígenas, de controle do desmatamento, combate ao garimpo ilegal e promoção do ordenamento territorial da região, afirmou o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, após a reinstalação do Comitê Orientador do Fundo Amazônia (Cofa), realizada na sede do banco, no Rio de Janeiro. O comitê estava parado desde 2018.

Conforme Mercadante, o fundo já recebeu R$ 3,3 bilhões em doações, como R$ 1 bilhão provenientes da Noruega e R$ 200 milhões da Alemanha. No total, o fundo, gerido pelo BNDES, acumula R$ 5,4 bilhões, com R$ 1,8 bilhão já contratado. 

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O presidente disse ainda que foram liberados R$ 853 milhões para operações de comando e controle coordenadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), R$ 253 milhões para ordenamento territorial e R$ 244 milhões para ciência e tecnologia.

“O grande desafio é sair do modelo predatório para o modelo de desenvolvimento sustentável na Amazônia. E, para isso, nós precisamos de projetos estruturantes que impulsionam uma nova dinâmica, uma nova indústria, uma agricultura de baixo carbono, uma recuperação de pastos degradados. Esse é o grande objetivo estratégico do governo e do fundo. São 28 milhões de pessoas que precisam ter formas alternativas de vida, quando nós vamos combater, de forma implacável, o processo de devastação e destruição da Amazônia”, disse. 

Novos doadores

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que o governo recebeu sinalização de interesse da França, da Espanha e da União Europeia de doarem recursos para o Fundo Amazônia. Na última semana, os Estados Unidos também manifestaram interesse em participar.

Para a ministra, o interesse de doadores de peso mostra a volta da política ambiental brasileira, com participação e ações da sociedade civil, da comunidade científica e dos governos estaduais e federal.  Sobre a reinstalação do comitê, Marina Silva informou que há 14 projetos, datados de 2018 e estimados de R$ 480 milhões a R$ 600 milhões, já analisados e qualificados para aprovação pelo fundo e que podem ter continuidade se o for o desejo dos proponentes.  A ministra anunciou ainda que o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm) será revisado e atualizado até abril, trazendo novas prioridades e destinação de recursos. Até a apresentação desse plano, as ações adotadas terão como base os critérios estipulados em 2018, quando o fundo foi extinto pelo governo passado.

“Por unanimidade, nós priorizamos, dentro do foco do que já está estabelecido, projetos para atendimento à situação emergencial das comunidades tradicionais”, afirmou a ministra, elencando os yanomamis, kayapós e mundurukus.  Dia histórico Para a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, o dia de hoje foi histórico.

“É muito importante e necessário retomar o Fundo Amazônia para que a gente possa atender e tirar os povos indígenas dessa emergência em que a gente se encontra hoje, depois desses quatro anos de abandono do governo federal”, disse a ministra, acrescentando que os povos indígenas são responsáveis pela proteção de 82% da biodiversidade mundial.

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, destacou que o fundo irá apoiar no reflorestamento de assentamentos na Amazônia e também de áreas ilegalmente desmatadas nos últimos quatro anos.

“Estamos recuperando um tempo em que vamos recuperar a floresta amazônica, para que ela cumpra um papel para o clima no Brasil e no mundo. Para isso, estamos convidando os agricultores familiares, os assentados, a integrarem esse esforço de recuperação dessas matas que foram destruídas”.

O PL está diante de um impasse sobre quando vai fazer o primeiro pagamento do salário de R$ 39 mil ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O partido entregou o cargo de presidente de honra ao ex-mandatário.

Com o ex-presidente nos Estados Unidos, aliados do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, dizem que o PL deve recorrer a doações para pagar o salário e assim evitar o uso de recursos públicos. A legenda está com os recursos bloqueados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) depois de receber uma multa de quase R$ 23 milhões por tentar anular parte dos votos do segundo turno.

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Em reserva, um interlocutor da legenda disse que Bolsonaro ainda não assumiu o novo "emprego", por isso não há previsão sobre os recursos. Outra fonte ligada ao partido pondera que Bolsonaro pode atuar a distância fazendo lives e participando de eventos virtuais.

Valdemar publicou nesta terça, 3, um vídeo reiterando o apoio e agradecendo ao ex-presidente, que, segundo ele, "tem crédito". Parlamentares e integrantes da sigla se dizem "frustrados" e "apreensivos" com os últimos gestos de Bolsonaro. O partido de Bolsonaro terá 76 deputados federais e 14 senadores.

Os partidos que dão sustentação à candidatura à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) receberam o maior volume de doações eleitorais feitas por pessoas físicas autuadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Partido Liberal, Republicanos e Progressistas receberam, juntos, R$ 10,2 milhões do total de R$ 17,7 milhões.

As doações beneficiam 67 candidatos aliados de Bolsonaro, além do próprio. A campanha do presidente recebeu R$ 3,9 milhões - R$ 1 em cada R$ 4 doados por infratores ambientais. Os dois partidos mais beneficiados são o PL e o Republicanos, com R$ 7,7 milhões e R$ 1,9 milhão, respectivamente. O Progressistas recebeu R$ 631,6 mil. Juntas, outras 24 legendas receberam repasses de R$ 7,5 milhões.

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Até sexta-feira passada, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) havia registrado 523 doações feitas por infratores ambientais, sendo que a maioria (269) foi destinada às campanhas das três legendas. Procurados pela reportagem, PL, Republicanos e Progressistas não responderam.

A Justiça Eleitoral permite doações eleitorais de pessoas físicas, desde que limitadas a 10% do rendimento do doador no ano anterior à eleição. As doações de infratores ambientais ou devedores à União a campanhas não são ilegais.

O Estadão cruzou a base de dados das receitas dos candidatos disponibilizadas pelo TSE com a lista de multados pelo Ibama desde 1995. O cálculo considera as doações de pessoas físicas a candidatos para todos os cargos em disputa, e não leva em conta multas de outros órgãos ambientais.

O compilado de multas aplicadas aos doadores ultrapassa R$ 361,9 milhões em valores nominais. Apenas 1% deste total foi quitado, enquanto 4,4% tiveram baixa administrativa ou fecharam acordos, o que deixa um passivo em aberto de R$ 342 milhões.

AMAZÔNIA

São 559 multas. A maioria se concentra em Mato Grosso, Amazonas, Pará, Mato Grosso do Sul e Rondônia. O bioma amazônico é o mais impactado. As infrações mais comuns envolvem destruição ou danificação de vegetação nativa, desmatamento e descumprimento de embargo de obra, e 45% do grupo de infratores é reincidente, ou seja, foi multado mais de uma vez.

Ainda que existam infratores que não acertaram as contas com o Ibama, a maioria recorre das decisões e está com o processo administrativo em aberto há anos. Nesse tipo de processo, porém, o autuado já se torna infrator a partir da constatação da irregularidade por um agente público. Após receber a multa, ele pode tentar provar que não cometeu ilícito ambiental.

A urbanista Suely Araújo, que presidiu o Ibama entre os anos 2016 a 2019, afirmou que as multas não são arbitrárias. "A fiscalização é baseada em esforço de inteligência, inclusive com incursões prévias de análise de imagens de satélite, análise de dados, compra e venda de mercadorias."

Para a diretora da Transparência Brasil, Juliana Sakai, a doação eleitoral é legítima na democracia e serve para viabilizar uma candidatura. "O que acontece no Brasil é que você tem uma concentração, não só de renda, mas de doação", disse. "Quando esse aporte é muito volumoso, você espera um retorno", afirmou.

A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) calcula ter recebido aproximadamente 300 mil doações individuais nas últimas 24 horas, após aliados e simpatizantes pedirem transferências de R$ 1 por pix para ajudar na tentativa de reeleição de Bolsonaro Planalto e combater "fraudes" na urna eletrônica.

Nas redes sociais, apoiadores vincularam a iniciativa a uma contagem paralela de votos contra fraudes na urna - tese de Bolsonaro que nunca foi comprovada e é contestada pela própria Justiça Eleitoral. Integrantes da campanha dizem que esse discurso não partiu do comitê, mas começaram a usar a iniciativa para turbinar o pedido de doações.

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No início da semana, uma mensagem começou a circular em grupos de WhatsApp e em outras redes sociais sugerindo que os eleitores de Bolsonaro enviassem um Pix para o CNPJ da campanha e assim organizassem um "parâmetro antifraude". O movimento gerou uma onda de doações com o valor de R$ 1 e preocupação com a prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que precisa ser feita de forma individual e enviada após 72 horas.

Pelas redes sociais, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do presidente, divulgou uma mensagem pedindo as doações e reforçou que a campanha está precisando de dinheiro. "Surgiu espontaneamente uma campanha de doação de R$ 1,00 para a campanha do Presidente Bolsonaro (assim como há outra de R$ 1.022,00 de produtores rurais). Informo que doação de qualquer valor é bem-vinda, desde que seja do seu coração. E, sim, estamos precisando", escreveu o parlamentar.

A deputada Carla Zambelli (PL-SP) gravou um vídeo para incentivar os eleitores a transferirem o Pix para a campanha do presidente. "Tem muita gente falando: doa 1 real porque a gente vai saber quantas pessoas vão votar no presidente. Na verdade, não é nem por isso que a gente pede a sua doação. A gente pede a doação para ajudar mesmo a campanha presidente porque é uma campanha cara e a sua contribuição pode fazer a diferença", disse.

Ao Estadão, Zambelli afirmou que a vinculação do Pix ao "parâmetro antifraude" foi feita por apoiadores e nem faz sentido porque não são todos os eleitores que farão a transferência. "A gente falou: vamos aproveitar que isso está viralizado e vamos dizer que pode ser feito realmente, mas qualquer valor."

O contador responsável pela campanha de Bolsonaro, Guilherme Sturm, disse ao Estadão que aproximadamente 300 mil doações foram feitas nas últimas 24 horas - o número ainda não foi confirmado, o que deve acontecer até quinta-feira (15). Ele estima que a maioria foi pix de R$ 1.

"Nós vamos processar isso mecanicamente e o processamento é feito com ferramentas digitais. É algo inusitado, mas já passou o primeiro susto", afirmou o contador, dizendo que será possível transmitir todas as informações ao Tribunal Superior Eleitoral em tempo hábil após uma preocupação inicial com o volume de doações.

O PL não priorizou a campanha de Bolsonaro na distribuição do fundo eleitoral. Candidatos a governador e o conjunto de deputados e senadores acabaram recebendo a maior fatia, o que levou o comitê a pedir doações individuais para empresários e outros eleitores - desde ruralistas até pessoas que possam ajudar com R$ 1. De acordo com a prestação de contas feitas pela campanha até o momento, Bolsonaro arrecadou R$ 21,9 milhões: R$ 10 milhões do fundo partidário, R$ 11,8 milhões de doações individuais e R$ 90 mil do fundo eleitoral.

A prestação de contas deve aumentar o custo da campanha de Bolsonaro com contabilidade. O contador afirmou, porém, que o gasto não inviabiliza o processamento. Para cada doação, ele calcula um custo de 10 centavos para fazer a prestação de contas.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) contratou o coronel da reserva Marcelo Lopes de Azevedo para responder pela função de tesoureiro de sua campanha à reeleição. Por sua vez, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entregou o caixa da candidatura ao deputado Márcio Macêdo, do PT de Sergipe. A busca de dinheiro nas duas principais campanhas ao Palácio do Planalto, porém, envolve figuras mais influentes que os tesoureiros oficiais.

No comitê de Bolsonaro, a tarefa de obter recursos foi delegada especialmente ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Entre os arrecadadores atuam também ex-ministros, como o general Braga Netto, candidato a vice-presidente na chapa. Na campanha petista, a função de conseguir recursos envolve uma equipe maior, formada por advogados próximos de Lula.

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Até o momento, Bolsonaro arrecadou R$ 10 milhões em doações individuais, principalmente do setor do agronegócio. Lula amealhou somente R$ 385 mil. Antes de a campanha começar, porém, o PT havia angariado R$ 10,8 milhões em contribuições de ruralistas, advogados, investidores e do setor de saúde. O PL também arrecadou, mas optou por ocultar temporariamente as contribuições destinadas ao partido na pré-campanha.

DOBRADINHA

No assédio a potenciais doadores para a campanha à reeleição, Flávio e Costa Neto atuam em dobradinha. A divisão do dinheiro e a contratação de despesas passam por ambos. Do outro lado, o tesoureiro Márcio Macêdo tem experiência em controlar as finanças do PT. Em 2015, com a confiança de Lula, ele assumiu a tesouraria nacional do partido, no auge da Lava Jato, que atingiu outros titulares da função como Delúbio Soares, José de Filippi Jr., João Vaccari Neto e Edinho Silva.

Na atual disputa presidencial, Macêdo participa de reuniões, mas o trânsito é facilitado por empresários e advogados ligados a Lula. Os advogados Walfrido Warde e Marco Aurélio de Carvalho, do Grupo Prerrogativas, já organizaram jantares para levantar doações e aproximar o candidato de empresários. Um deles levantou cerca de R$ 4 milhões, segundo um dos promotores. Os encontros vão se repetir, de acordo com conselheiros de Lula.

HISTÓRICO

Desde a década de 1990, tesoureiros de campanha figuram no noticiário político e policial. O caso mais emblemático foi a morte de Paulo César Farias, o PC Farias, tesoureiro da campanha vitoriosa do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1989. Ele emprestaria nome a um esquema de corrupção que culminou no impeachment e seria encontrado morto em Maceió (AL), em 1996. Mais recentemente, tesoureiros se envolveram em episódios de corrupção, como o mensalão, a Lava Jato e o caso JBS.

Quem desempenhou a função de tesoureiro sempre evitou holofotes. As doações oficiais, declaradas e legais, conviveram por anos com uma realidade obscura de caixa 2 e contribuições irregulares, como revelou a Lava Jato, por exemplo. Para minimizar a influência da prática, desde 2015 as doações de empresas privadas foram proibidas, e o financiamento eleitoral passou a ser feito, majoritariamente, com verbas públicas dos fundos eleitoral e Partidário, repartidas entre os candidatos. Pessoas físicas ainda podem contribuir, até o limite de 10% de sua renda individual.

Se antes administravam recursos milionários, sem limites preestabelecidos, hoje os tesoureiros das campanhas convivem com um teto de gastos, financiamentos coletivos pela internet e manejam menos dinheiro. Nem sempre são eles os encarregados de procurar diretamente os empresários com maior poder de fogo, tarefa desempenhada agora por caciques partidários, arrecadadores "informais" e aos próprios candidatos.

O comitê de Bolsonaro contratou ainda a tenente da ativa Cristiane de Souza Pontes, que auxilia o coronel Marcelo Lopes de Azevedo. O coronel recebeu R$ 50 mil pelo serviço de administrador financeiro da campanha, enquanto a auxiliar, R$ 22 mil. Os dados constam em declarações informadas à Justiça Eleitoral. Conforme dados do Portal da Transparência, o coronel está aposentado, mas a tenente, não.

NOMES

O candidato do PDT, Ciro Gomes, apresentou Laudênio Antonio de Oliveira Bastos como administrador financeiro de sua campanha. Laudênio faz parte da equipe do prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), aliado de Ciro. O próprio tesoureiro fez a única doação direta à campanha de Ciro, de R$ 1 mil.

Simone Tebet (MDB) não arrecadou nada até agora. Na prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral, a candidata declarou que o advogado Gustavo Loyola é o administrador financeiro da campanha.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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