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A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) opera atualmente com apenas 50% do estoque estratégico de sangue. O nível de estoque de sangue de novembro é o menor registrado nos últimos 5 anos. “Caso o cenário permaneça, há risco de desabastecimento dos hospitais”, alertou a entidade, responsável por abastecer toda a rede pública de saúde do Distrito Federal, além de instituições conveniadas, como o Hospital da Criança e o Hospital das Forças Armadas.

De acordo com o Hemocentro, há necessidade de doação de todos os tipos sanguíneos, mas a situação é urgente para os grupos O positivo, O negativo e A positivo, que têm maior demanda entre os pacientes e estão 40% abaixo do nível considerado seguro. Além dos pacientes que precisam de transfusões regulares, pessoas com doenças do sangue, pacientes oncológicos, pacientes submetidos a diversos tipos de cirurgias e atendimentos de emergência também demandam o estoque.

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Dados da entidade mostram que o mês de outubro registrou uma média de 127 doações de sangue por dia. Para manter o estoque estratégico e atender toda a rede pública do Distrito Federal e os hospitais conveniados, entretanto, o hemocentro precisa receber pelo menos 180 doações diárias. A preocupação é ainda maior em razão do número elevado de feriados e pontos facultativos em novembro, além da proximidade das férias e festas de fim de ano, quando o fluxo de doadores tradicionalmente cai.

“As doações também precisam ser contínuas porque alguns hemocomponentes – as partes do sangue que vão para os pacientes – têm validade limitada. As plaquetas usadas em tratamento contra cânceres, por exemplo, têm duração de apenas 5 dias”, destacou o Hemocentro, por meio de nota.

Doações

O agendamento da doação de sangue pode ser feito pelo site do Serviço de Agendamento do Distrito Federal ou pelo telefone 160, opção 2. Há ainda a possibilidade de encaixe, de acordo com a disponibilidade de vagas ociosas no dia.

O Hemocentro de Brasília está localizado no Setor Médico Hospitalar Norte, no início da W3 Norte, próximo ao Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) e à Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências de Saúde (Fepecs), e atende de segunda-feira a sábado, das 7h15 às 18h.

Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos de idade, pesar mais de 51 quilos e estar saudável. Para quem passou por cirurgia, exame endoscópico ou adoeceu recentemente, a recomendação é consultar o site do Hemocentro para saber se está apto a doar sangue.

O estoque total de operações de crédito do sistema financeiro subiu 1,6% em junho ante maio, para R$ 4,956 trilhões, informou nesta segunda-feira (29) o Banco Central. Em 12 meses, houve alta de 17,8%.

Em junho ante maio, houve alta de 1,3% no estoque para pessoas físicas e elevação de 2,1% no estoque para pessoas jurídicas.

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De acordo com o BC, o estoque de crédito livre avançou 1,8% em junho, enquanto o de crédito direcionado apresentou alta de 1,3%.

No crédito livre, houve alta de 1,4% no saldo para pessoas físicas em junho. Para as empresas, o estoque também avançou 2,3% no período.

O BC informou ainda que o total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) foi de 53,7% para 53,9% na passagem de maio para junho.

Nesta segunda-feira, o BC divulgou os dados de maio e junho, mas as Estatísticas de Crédito continuam defasadas devido aos efeitos da greve dos servidores do órgão, encerrada no início de julho. Nesta época do ano, já estariam disponíveis os números do sétimo mês de 2022.

Habitação e veículos

O estoque das operações de crédito direcionado para habitação no segmento pessoa física cresceu 1,2% em junho ante maio, totalizando R$ 867,957 bilhões, informou o Banco Central. Em 12 meses até junho, o crédito para habitação no segmento pessoa física subiu 14,3%.

Já o estoque de operações de crédito livre para compra de veículos por pessoa física subiu 0,5% em junho ante maio, para R$ 247,788 bilhões. Em 12 meses, houve alta de 8,2%.

Setores

De acordo com o BC, o saldo de crédito para as empresas do setor de agropecuária subiu 2,8% em junho, para R$ 42,357 bilhões.

Já o saldo para a indústria avançou 1,6%, para R$ 807,111 bilhões. O montante para o setor de serviços teve alta de 2,1%, para R$ 1,186 trilhão.

No caso do crédito para pessoa jurídica com sede no exterior e créditos não classificados (outros), o saldo subiu 12,0%, aos R$ 6,208 bilhões.

BNDES

O saldo de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empresas teve alta de 1,6% em junho ante maio, somando R$ 379,333 bilhões, informou o Banco Central. Em 12 meses até junho, o avanço acumulado é de 1,2%.

No sexto mês, houve alta de 1,6% nas linhas de financiamento agroindustrial do BNDES, aumento também de 1,6% no financiamento de investimentos e avanço de 1,5% no saldo de capital de giro.

Setor não financeiro

O saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro subiu 3,00% em junho ante maio, para R$ 14,139 trilhões. O montante equivale a 153,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, conforme dados divulgados pelo Banco Central.

O crédito ampliado inclui, entre outras, as operações de empréstimos feitas no âmbito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e as operações com títulos públicos e privados. A medida permite uma visão mais ampla sobre como empresas, famílias e o governo geral estão se financiando, ao abarcar não apenas os empréstimos bancários.

No caso específico de empresas, o saldo do crédito ampliado cresceu 4,6% em junho ante maio, para R$ 4,848 trilhões. O montante equivale a 52,7% do PIB.

Concessões

As concessões dos bancos no crédito livre caíram 1,8% em junho ante maio, para R$ 449,0 bilhões, informou o Banco Central. No acumulado dos últimos 12 meses até junho, o aumento foi de 28,1%. Estes dados não levam em conta ajustes sazonais.

Em junho, no crédito para pessoas físicas, as concessões caíram 4,7%, para R$ 229,6 bilhões. Em 12 meses até junho, há alta de 26,7%.

Já no caso de pessoas jurídicas, as concessões subiram 1,3% em junho ante maio, para R$ 219,4 bilhões. Em 12 meses até junho, o avanço é de 29,8%.

Após denúncia de líderes da oposição na Câmara, foi descoberto que o Ministério da Saúde estoca mais de 28 milhões de vacinas da Covid-19 perto do vencimento. Os imunizantes custaram cerca de R$ 1,21 bilhão aos cofres públicos, verificou o Tribunal de Contas da União (TCU).

Do estoque total de imunizantes da Pfizer e da AstraZeneca, cerca de 11,7 milhões de unidades vencem em julho e 16,3 milhões em agosto. Em meio ao recente aumento de contaminações e hospitalizações de pacientes infectados pela doença, apenas 45,35% da população foi vacinada com a dose de reforço.

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Em seu despacho, o ministro Vital Rêgo determinou que o Ministério da Saúde haja de forma rápida para evitar a perda das vacinas em estoque. Ele ainda destacou a urgência em repassar as vacinas para conter a transmissão do vírus e os consequentes casos graves da doença.

Após o fim do estoque de vacinas contra a influenza, a Prefeitura de Paulista, na Região Metropolitana do Recife, anunciou que aguarda o envio de novos lotes para retomar a vacinação na cidade.

A campanha de imunização contra a gripe iniciou em Paulista no mês de abril do ano passado, quando o município começou a disponibilizar a vacina em todas as unidades de saúde. 

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No entanto, a prefeitura salienta que no ano passado, após o surto da doença, o governo municipal intensificou a campanha disponibilizando o imunizante em todos os polos que aplicam a vacina contra a Covid-19.

"Diante do cenário epidemiológico da cidade, com a pandemia de Covid-19 e a epidemia de Influenza, é fundamental reforçar as medidas de prevenção contra os dois vírus, com o distanciamento social, uso de máscara e higienização constante das mãos", pontua o Executivo municipal.

As cenas picantes de Verdades Secretas 2 está dando trabalho para a equipe de figurino da novela. De acordo com Patrícia Kogut, do jornal O Globo, durante as gravações, já foram usados mais de 300 tapa-sexos em cena.

Com o material esgotado nos estoques do Rio e em São Paulo, a equipe está à procura do acessório em outros estados. Os tapa-sexos são laváveis e reaproveitáveis, podendo ser utilizados até três vezes. No entanto, quando as cenas são mais movimentadas ou feitas na água é preciso descartar o material logo.

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Camila Queiroz e Romulo Estrela já teriam gravado uma das cenas mais quentes da trama. Nas sequências picantes, uma equipe de apenas seis pessoas fica no estúdio, a fim de deixar todos à vontade.

Camila ainda terá cenas de sexo sadomasoquista com Gabriel Braga Nunes, que interpretará um cliente de Angel, sua personagem. A atriz usou dublê nos momentos com risco de dor, envolvendo cordas.

Um levantamento da Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope) mostra que a instituição enfrenta problemas para manter os estoques de sangue em nível seguro. Com ausência de doadores agravada pela pandemia da Covid-19, na sede Recife, no primeiro trimestre de 2021, a redução foi de aproximadamente 12% nas doações de sangue, o número caindo de 21.000 doações para 18.500. Segundo a fundação, há urgência na reposição dos reservatórios e a situação é crítica para a maioria dos tipos sanguíneos.

Até esta segunda semana do mês de abril, se encontrava estável apenas o estoque para o sangue tipo AB-. Os tipos A-, A+, O-, O+ e B+ estão em nível crítico, enquanto o B- está sob alerta. Doações de todos os tipos são bem-vindas.

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Em nota, a fundação apela à população: “solicitamos que os doadores compareçam a uma das suas unidades para ajudar a salvar vidas, doando sangue, sendo um serviço essencial para a população, pois trata-se de uma instituição que salva vidas, o atendimento para doações de sangue continuam em horário normal em todas as suas sedes”.

Quem pode doar

Quem está em boas condições de saúde e tem entre 16 e 69 anos, neste último caso, desde que a primeira doação tenha sido feita até os 60 anos. É preciso pesar, no mínimo, mais de 50kg, estar descansado (ter dormido pelo menos seis horas nas últimas 24 horas), alimentado e apresentar documento original, com foto, emitido por órgão oficial (Carteira de Identidade, Cartão de Identidade de Profissional Liberal, Carteira de Trabalho e Previdência Social). Menores de 18 anos precisam estar acompanhados dos pais ou responsáveis legais e ambos devem estar munidos de documento com foto.

Para quem faz uso de medicamentos de uso continuado como ansiolíticos e depressivos podem impedir a doação por três meses até o término do tratamento. O tempo de inaptidão varia de acordo com a vida média da droga, sendo no mínimo de 14 dias. Para aqueles que fizeram tatuagem recentemente, é preciso esperar 12 meses após o procedimento para poder doar sangue novamente. Também é possível doar sangue no período menstrual.

Onde Doar

No Recife, os candidatos podem comparecer ao Hemope Recife, de segunda-feira a sábado, das 7h15 às 18h30, independente de feriado. Se o doador preferir, pode agendar a sua doação através do 0800-081-1535, (de segunda a sexta) em horário comercial. A sede Recife fica localizada na Rua Joaquim Nabuco, 171, no bairro das Graças, Zona Norte da cidade.

No interior do Estado:

Hemope Caruaru localizado na Av. Oswaldo Cruz, S/N - Maurício de Nassau, funciona de segunda a sexta, das 7h30 às 12h  e 13h30 às 17h.

Hemope Petrolina localizado na R. Pacífico da Luz, s/n - Centro, Petrolina – PE, funciona de segunda a sexta, das 7h30 às 11h30.

Hemope Garanhuns localizado na Av. Gonçalves Maia – Heliópolis, funciona na terça, quarta e quinta-feira, das 13h30 às 17h30.

Hemope Salgueiro localizado na R. Joaquim Gondim, 65, funciona de segunda a sexta, das 8h às 12h.

Hemope Serra Talhada localizado na R. Joaquim Godoy, 382 - Nossa Sra. da Penha, funciona de segunda a quinta, das 7h às 9h

Hemope Ouricuri localizado na R. Ulisses Guimarães – Centro, funciona na segunda, terça, quinta e sexta, das 8h às 10h.

Hemope Arcoverde localizado na Av. Joaquim Nabuco, 418 – Centro, funciona de segunda a sexta, das 8h às 11h30.

 

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, autorizou a utilização imediata de todas as vacinas contra a Covid-19 que foram entregues aos estados e municípios. Inicialmente, a orientação do Ministério da Saúde foi pela manutenção de estoques para aplicação da segunda dose dos imunizantes, mas, diante da confirmação de entregas semanais pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pelo Instituto Butantan, a medida foi tomada para ampliar o número de vacinados em todo o País.

A recomendação também vale para as 5 milhões de doses que serão entregues neste final de semana pelos dois órgãos. Segundo a pasta, a liberação das doses que seriam mantidas em estoque estava em estudo há duas semanas e foi implementada após o aceleramento da produção nas duas instituições brasileiras com a chegada de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) importado.

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“Com a liberação para aplicação de imediato de todo o estoque de vacinas guardadas nas secretarias municipais, vamos conseguir dobrar a aplicação esta semana, imunizando uma grande quantidade da população brasileira, salvando e protegendo mais vidas”, disse o ministro.

Desde o final do ano passado, a fabricante de processadores e placas de vídeos Advanced Micro Devices (AMD) relata que o estoque não tem conseguido atender a demanda do mercado tecnológico. Durante o relatório financeiro do último ano fiscal, a CEO da empresa, Lisa Su, explicou que a situação permanecerá igual durante os próximos meses.

De acordo com o relatório, a produção e reabastecimento de estoque da AMD deve normalizar no segundo semestre de 2021. Isso impacta no fornecimento dos consoles da nova geração, Playstation 5 e Xbox Series X/S, lançados em novembro do ano passado, pois os aparelhos possuem processadores da AMD.

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Não foram definidos os motivos exatos da escassez de estoque, mas especula-se que as razões estão ligadas à pandemia de Covid-19, que impactou diversos setores, junto a alta procura pelos novos videogames da Sony e Microsoft. A produção de peças para computadores da AMD também foi afetada, como os processadores da linha Ryzen, principais concorrentes das CPUs da Intel, e as placas gráficas Radeon, que competem com as Geforce da Nvidia.

Nos últimos meses, o Banco de Leite do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), localizado na área central do Recife, vem enfrentando dificuldades para manter o seu estoque de leite no nível ideal. Neste período de pandemia, a situação ficou mais complicada. 

Segundo a coordenadora do Banco de Leite, Vilneide Braga, em dezembro de 2020 houve uma queda de 33,6% nas doações, comparando com o mesmo mês de 2019. 

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O Banco de Leite do IMIP é Centro de Referência para o Ministério da Saúde, beneficiando cerca de 120 recém-nascidos, prematuros, internados na UTI Neonatal da Instituição. Para atender essa demanda são necessários em torno de 400 litros de leite por mês. No entanto, a coleta do último mês de dezembro somou menos de 220 litros. 

“Se essa mulher tiver muito leite, e estiver sadia, é muito importante que ela mantenha a doação de leite humano da mesma forma que vinha fazendo. Caso ela esteja com uma gripe comum, qualquer doença, ou até a Covid-19, a doação deverá ser interrompida”, explica Vilneide.

A Instituição continua com opção de retirada do leite materno nas casas das doadoras da Região Metropolitana do Recife. Para tirar dúvidas, basta ligar para o Banco de Leite do IMIP através dos telefones 2122-4719 ou 2122-4103.

Além das doações de leite humano, as pessoas que desejam ajudar, mas não são mães lactantes, podem fazer doação de frascos para o armazenamento. O frasco apropriado para doação deve ser de vidro de café solúvel, com tampa plástica rosqueada. São necessários cerca de 150 frascos por dia, segundo a equipe do setor.

Questionado pela reportagem do LeiaJá, o governo de Pernambuco garantiu que possui estoque regular de oxigênio para tratar os doentes da covid-19. Na semana passada, ao lado da Prefeitura do Recife, o estado encaminhou 200 concentradores para Manaus, capital do Amazonas, que enfrenta crise de abastecimento do produto.

De acordo com o secretário executivo de Administração e Finanças da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), Caio Mulatinho, Pernambuco possui consumo anual de 437 mil metros cúbicos de oxigênio. “Nossa principal fornecedora tem uma planta industrial em funcionamento no estado, que também é responsável pelo fornecimento de Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte”, comenta.

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Isenção sobre o ICMS

Nesta quinta (21), o Conselho Nacional de Polícia Fazendária de Pernambuco (Confaz), aprovou, em reunião extraordinária, feita de maneira remota, a isenção do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o oxigênio hospitalar. Através da Secretaria da Fazenda, o governo do Estado foi favorável à isenção. 

No Amazonas, por exemplo, os valores do ICMS sobre o oxigêio hospitalar produzidos dentro e fora do estado são, respectivamente, de 7% e 18%. "Em Pernambuco, o monitoramento do estoque de oxigênio é feito pelo Gabinete de Enfrentamento à covid-19, de maneira diária, para que não falte nenhum insumo para atender a população”, ressalta Mulatinho.

Em audiência no Congresso Nacional nesta quarta-feira, 2, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que "está caminhando" a análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a prorrogação da validade de cerca de 7 milhões de testes RT-PCR que estão encalhados em armazém do governo federal. "Essa validade pequena seria e será renovada", disse Pazuello.

Pazuello afirmou que o produto entrou no Brasil com uma validade "emergencial", de oito meses, mas que a "validação" do novo tempo de uso está em discussão "há muito tempo". A Anvisa, porém, afirma que a validade foi definida pela própria fabricante do teste, o laboratório coreano Seegene. A agência ainda diz que não há decisão sobre a extensão da validade.

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Na mesma reunião, o secretário nacional de Vigilância Sanitária, Arnaldo Medeiros, disse que uma resposta definitiva da Anvisa deve ser dada em uma semana. Já o secretário-executivo da pasta, Elcio Franco, afirmou que aguarda "apenas a formalização" da agência.

Além de aprovar a renovação da validade do produto, a Anvisa terá de dar aval para que os testes estocados sejam usados após os oito meses. Em casos similares durante a pandemia, a agência aceitou a alteração no registro do produto, mas negou que o estoque fosse esgotado. Ou seja, a validade estendida passou a valer apenas para as próximas importações. Segundo apurou o Estadão, a agência deve dar um tratamento diferenciado ao caso do Ministério da Saúde, exigindo a análise de cada lote do produto encalhado, para ter certeza de que ele segue eficaz e seguro.

No último dia 22, o Estadão revelou que 7,1 milhões de exames do tipo RT-PCR estão em um armazém do ministério, ou seja, não foram enviados ao SUS em plena pandemia. Do total estocado, 96% (cerca de 6,86 milhões de unidades) perdem a validade entre dezembro deste ano e janeiro de 2021. Considerados de "padrão ouro" para o diagnóstico, os testes comprados pelo ministério têm validade de 8 meses e são armazenados a -20º. Com base em estudos da fabricante, o Ministério da Saúde pediu à agência para prorrogar a vida útil dos exames por mais 4 meses.

O número de testes encalhados é superior aos 6,27 milhões de exames RT-PCR já feitos no SUS. Neste exame, o material para análise é coletado por meio de um longo cotonete, chamado "swab", e o resultado positivo mostra que o vírus está ativo no organismo.

Pazuello também minimizou a baixa testagem no SUS. O governo prometia realizar mais de 24 milhões de exames RT-PCR até o fim do ano, mas alcançou cerca de 25% desta meta. "Alteramos o diagnóstico para diagnóstico clínico, do médico. É o verdadeiro diagnóstico. O verdadeiro diagnóstico não é o teste, é o diagnóstico clínico. Porque o teste pode ser falho. É o médico que diagnostica", disse Pazuello.

"Nunca aqui partimos da premissa de que os testes vão vencer agora em dezembro", disse Pazuello. Ele voltou a repetir, de forma equivocada, o argumento do ministério de que a validade do exame poderia chegar a 2023, pois este seria o prazo de um dos reagentes presentes no teste. A validade, porém, não é definida desta forma, mas a partir da estabilidade de todo o conjunto de reagentes do teste RT-PCR. "Essa validade pequena seria e será renovada. Porque os componentes do teste todos têm validade muito mais estendida. Sempre soubemos disso, não é uma novidade."

Em audiência, ontem, na Câmara dos Deputados, o Ministério da Saúde minimizou a notícia de que cerca de 7 milhões de testes RT-PCR encalhados em seu armazém em São Paulo estejam próximos de perder a validade. O secretário Nacional de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, disse que esse prazo é "cartorial", definido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, apenas para entrada emergencial do produto no País.

Minutos depois, no entanto, a própria diretora da agência, Cristiane Gomes, discordou, informando que o período foi fixado pela fabricante do teste, a coreana Seegene. O produto, que deve ser armazenado a -20 graus Celsius, vence a partir de dezembro.

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Medeiros disse que a Saúde recebeu ontem estudos da fabricante que permitiriam ampliar a validade por mais quatro meses. Os testes que expiram em dezembro, por exemplo, poderiam ser usados até abril. O ministério afirma que já havia pedido estudos para ampliar a validade dos exames antes de sair a reportagem do Estadão. A prorrogação, porém, depende de aval da diretoria colegiada da Anvisa.

O secretário ressaltou que conversará com a fabricante do produto e com a Organização Pan-Americana de Saúde para definir como será feito o pedido à Anvisa. Os testes foram comprados com um fundo da Opas.

No domingo, o Estadão revelou que 7,1 milhões de exames estão em um armazém do ministério - ou seja, em plena pandemia não foram enviados ao SUS. Do total estocado, 96% (cerca de 6,86 milhões de unidades) perdem a validade entre este dezembro e janeiro de 2021.

Durante a audiência na Câmara, Medeiros chegou a afirmar que na "caixinha" do kit para testagem a validade "cartorial" era de seis a oito meses. Disse, ainda, que alguns reagentes usados para o teste teriam data de vencimento até 2023. Após a manifestação da diretora da Anvisa, porém, ele admitiu que, apesar de os componentes terem diferentes validades, o exame só pode ser feito até a data indicada pela embalagem. "É essa interação entre componentes que muitas vezes altera a validade do conjunto", afirmou.

Ampliação

A diretora da Anvisa afirmou que a agência fará análise técnica sobre o pedido de ampliação da validade - mas ressalvou que a solicitação ainda não foi encaminhada.

O secretário de Vigilância Sanitária abordou na conversa a estratégia de testagem nacional por meio do programa Diagnosticar para Cuidar. Não explicou, porém, a razão de o SUS estar distante da meta de realizar mais de 24 milhões de exames até dezembro. Segundo Medeiros, foram feitos somente 7,2 milhões.

Em sua apresentação, o secretário também não comentou a baixa entrega de reagentes para extração do RNA, insumo indispensável para realizar a amostra laboratorial. A pasta enviou aos Estados cerca de 9,3 milhões de testes RT-PCR, mas apenas 3 milhões de reagentes de extração de RNA.

Após cobranças de parlamentares, o diretor de Logística do ministério, Roberto Lopes, disse que a Saúde recebeu apenas 3 milhões de reagentes para extração, pois uma compra que totalizava 10 milhões de unidades teve de ser cancelada. Lopes afirmou que a pasta deve abrir pregão para aquisição de 8 milhões desses reagentes em 10 dias.

Presidente da comissão da Câmara sobre a resposta à pandemia, o deputado Dr. Luizinho (PP) disse estar preocupado com o uso desses testes, mesmo se a Anvisa aceitar a prorrogação da validade, pois o volume de reagentes nas mãos do SUS ainda é muito baixo. Ele perguntou se não há um plano B, como negociar com a Opas a substituição de parte dos testes por outros novos. A resposta foi que essa negociação ainda não foi aberta.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Benjamin Zymler cobrou explicações do Ministério da Saúde sobre os cerca de 7 milhões de exames RT-PCR, revelados pelo Estadão, que estão encalhados em armazém do governo federal e vencem em dezembro e janeiro. Durante sessão do tribunal nesta quarta-feira, 25, Zymler disse que o ministério deve adotar "posição centralizada de liderança para coordenar a atuação em todo o Brasil", em vez de alegar que envia insumos, como testes, apenas quando há pedidos de Estados e municípios.

O questionamento foi encaminhado na segunda-feira, 23, à Saúde. A pasta terá de 2 a 5 dias para responder sobre o seu estoque de testes RT-PCR, além de apresentar contratos de compra destes insumos e explicar por quais motivos os exames não foram distribuídos. O ministro também questiona o que a pasta fará para evitar o descarte dos testes.

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Relator de processos sobre a ação da Saúde durante a pandemia, Zymler disse que a ideia é "evitar a ocorrência de desperdício de recurso público", caso os testes expirem. No domingo, 22, o Estadão revelou que 7,1 milhões de exames estão em um armazém do ministério, ou seja, não foram enviados ao SUS em plena pandemia. Do total estocado, 96% (cerca de 6,86 milhões de unidades) estão próximos de perder a validade.

O ministério tenta prorrogar a validade dos exames, o que depende de aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A fabricante do produto entregou nesta quarta-feira, 25, estudos à Saúde indicando que o produto pode ser usado por mais 4 meses.

Em reunião nesta quarta, os membros do TCU criticaram a atuação do ministério na pandemia. O ministro Bruno Dantas disse que é um "crime de lesa-pátria" o encalhe e possível descarte dos exames. "Trata-se de menosprezo com a saúde da população. Não estou atribuindo responsabilidades ainda, mas chegará o momento de fazê-los" disse Dantas.

Além da cobrança de Zymler, o Ministério Público junto ao TCU pede uma investigação sobre os testes parados. A representação foi assinada pelo subprocurador-geral Lucas Furtado. Ele aponta "inépcia" do governo federal em relação ao planejamento e logística de distribuição para a rede pública de saúde.

Considerado "padrão ouro", o RT-PCR é um dos exames mais eficazes para diagnosticar a covid-19, além de ser arma poderosa para o controle da pandemia por ajudar a localizar e isolar infectados e seus contatos próximos. A coleta é feita por meio de um cotonete aplicado na região nasal e faríngea (a região da garganta, logo atrás do nariz e da boca) do paciente. Na rede privada, o exame custa de R$ 290 a R$ 400. As evidências de falhas de planejamento e logística no setor ocorrem em um período de aumento dos casos no País. Detalhe: o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, assumiu o cargo justamente por sua experiência em logística, sempre elogiada pelo presidente Jair Bolsonaro.

Após sofrer com a queda de 40% em seu estoque, a Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope) aproveita a chegada do Dia Nacional do Doador de Sangue, celebrado nesta quarta-feira (25), para sensibilizar a população sobre a importância da doação. A diretora da entidade conversou com o LeiaJá e tirou dúvidas sobre o procedimento, derrubando alguns mitos sobre quem pode e quem não pode participar da campanha.

"No período do pico máximo da pandemia aqui no Estado, que foi entre abril e maio, nós chegamos a ter uma queda de 40% nas doações", disse a diretora de hemoterapia do Hemope, Ana Fausta Cavalcante. Ela acredita que a situação só não foi pior no estado porque houve suspensão das cirurgias eletivas.

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No período entre março e outubro deste ano, foram coletadas 46.497 bolsas de sangue. O dado colhido durante a pandemia representa uma retração de 7% em relação ao mesmo período em 2019.

Para estimular os pernambucanos, Ana Fausta esclareceu dúvidas recorrentes sobre a liberação para as doações, como o peso necessário, a faixa etária apta e se ex-pacientes da Covid-19 ou Chikungunya podem participar da campanha nacional.

Acompanhe

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“Em meio à pandemia, há a possibilidade de os doadores agendarem seus atendimentos em todos os hemocentros do Estado para evitar aglomerações. No Hemope Recife, o agendamento pode ser feito pelo número 0800.081.1535 e para ligações interestaduais: (81) 3182-4630. Já na sede de Caruaru, o agendamento é feito pelo (81) 3719-9569; em Serra Talhada tem a opção de marcar também pelo Whatsapp através do (87) 99930-8777 ou telefone (87) 3831-9330. Em Garanhuns, também ocorre pela ferramenta Whatsapp pelo (87) 98128-7133 ou no (87) 3761-8520. Para Petrolina o número é (87) 3866-6601; em Salgueiro, os doadores podem ligar para o (87) 3871-8569. Em Ouricuri, o número é (87) 3874-4890; e para Arcoverde (87) 3821-8559”, informou a Secretaria Estadual de Saúde.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, desviou, nesta terça-feira, 24, de perguntas sobre o estoque de 6,86 milhões de exames RT-PCR para covid-19 que perdem a validade em dezembro deste ano e janeiro de 2021. Revelado pelo Estadão, o número é superior aos 5 milhões de testes deste tipo já feitos no SUS.

Pazuello foi questionado por jornalistas sobre os testes, entre outros assuntos, na saída de um evento no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mas deixou o local sem falar com a imprensa. O presidente do órgão, ministro Luiz Fux, e Pazuello assinaram mais cedo a renovação de acordos para fortalecer estudos técnicos em discussões da Justiça sobre acesso à saúde.

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No domingo, o Estadão revelou que 7,1 milhões de exames estão em um armazém do ministério, ou seja, não foram enviados ao SUS em plena pandemia. Do total estocado, 96% (cerca de 6,86 milhões de unidades) estão próximos de perder a validade.

Pazuello ainda não se pronunciou sobre o caso. Em nota, o ministério afirma que os exames são entregues conforme demandas de Estados e municípios. A pasta também afirma que já pediu estudos de estabilidade ao fabricante do teste para, na sequência, solicitar à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a prorrogação da validade do produto. O RT-PCR é um dos exames mais eficazes para diagnosticar a covid-19, além de ser importante ferramenta de controle da pandemia.

Ao ser cobrado ontem sobre os testes que podem parar no lixo, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que são governadores e prefeitos, e não o governo federal, quem deve explicações. "Todo o material foi enviado para Estados e municípios. Se algum Estado/município não utilizou, deve apresentar seus motivos (sic.)", disse Bolsonaro a um apoiador que o questionou se a informação procedia. Não é verdade que todo o material foi encaminhado. Como mostrou o Estadão, os testes estão num depósito do governo em Guarulhos e não foram repassados para a rede pública. Os dados sobre o prazo de validade dos testes em estoque estão registrados em documentos internos do próprio Ministério da Saúde.

Contato: mateus.vargas@estadao.com

A Fundação de Hemoterapia de Pernambuco (Hemope) se uniu ao Shopping Guararapes, localizado em Piedade, Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR), para promover a 3ª campanha de doação de sangue deste ano, a partir desta quinta-feira (19). A queda de cerca de 50% nos estoques provocada pela pandemia preocupa a entidade.

As doações poderão ser feitas entre a quinta (19) e o sábado (21), das 10h às 12h e das 13h30 às 16h, em um espaço montado no mesmo corredor das Lojas Americanas. Todos os tipos sanguíneos podem participar da campanha, que contou com 113 voluntários na última ocasião.

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Os doadores precisam portar documento de identificação original, legível e com foto – RG, CNH (física ou digital), Carteira de Trabalho, Carteira Profissional, Passaporte, Registro Nacional de Estrangeiro, Certificado de Reservista.

“Os interessados devem ter entre 16 e 69 anos e 11 meses (sendo a primeira doação, até 59 anos e 11 meses). Os menores de idade precisam estar acompanhados dos seus responsáveis. Além disso, outras recomendações são ter boa alimentação no dia da doação, evitando gorduras; pesar acima dos 50kg; não doar em jejum; não ultrapassar o tempo de 3h entre a refeição e a doação, e ter dormido, no mínimo, durante 6 horas", explica o Hemope, que disponibilizou o site www.hemope.pe.gov.br para mais informações.

Quase seis meses após decretar o estado emergência pela covid-19 no País, o Ministério da Saúde ainda guarda em seus estoques 9,85 milhões de testes, segundo documentos internos da pasta aos quais o Estadão teve acesso. O número é quase o dobro dos cerca de 5 milhões de unidades entregues até agora pelo governo federal aos Estados e municípios. O exame encalhado é do tipo PT-PCR, considerado "padrão-ouro" para diagnóstico da doença.

O principal motivo para os testes ficarem parados nas prateleiras do ministério é a falta de insumos usados em laboratório para processar amostras de pacientes. Isso porque, segundo informam secretários de saúde, não adianta só enviar o exame, também é preciso distribuir reagentes específicos.

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O governo federal comprou os lotes de exames sem ter a garantia de que disporia de todos esses insumos, indispensáveis para usar os testes. Estes produtos não são entregues "com regularidade" pela pasta, afirma o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

Questionado, o Ministério da Saúde disse que enfrentou dificuldades para encontrar todos os insumos no mercado internacional, mas que está estabilizando a distribuição conforme recebe importações de fornecedores. A pasta não explicou se recebeu algum alerta dos técnicos, durante o planejamento, sobre o risco de os testes ficarem parados pela falta de insumos. Também não informou quantos reagentes utilizados na etapa de extração das amostras foram entregues.

A escassez provoca uma espécie de efeito cascata nos Estados, que ficam com seus locais de armazenamento lotados com os testes recebidos, e à espera dos demais produtos. "No primeiro momento não tínhamos testes porque estavam escassos. A Fiocruz começou a produzir, além de laboratórios privados. Aí começou a faltar tubo, material de extração, depois de magnificação", afirma o professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), Gonzalo Vecina. "Agora está faltando só competência. Falta só disposição do Estado para distribuir, coletar e processar", acrescenta Vecina, ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e colunista do Estadão.

Dados apresentados na sexta-feira pelo ministério mostram que o Brasil fez 2,3 milhões de testes do tipo RT-PCR para a covid-19, sendo 1,4 milhão na rede pública e 943 mil, na rede privada. No mesmo período, o País fez outros 2,9 milhões de testes rápidos, que localizam anticorpos para a doença, mas não são indicados para diagnóstico.

Como o Estadão revelou no dia 13, a entrega incompleta do kit faz o Brasil se distanciar da meta de exames para covid-19. Além da falta dos reagentes, o ministério entregou poucos equipamentos para coletar e armazenar amostras de pacientes. Dados da pasta mostram que só 1,6 milhão de cotonetes (swab) e 873,56 mil tubos de laboratórios foram enviados até a semana passada - número bem abaixo dos 5 milhões de testes.

Secretário executivo do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, Mauro Junqueira reforça que os testes ficaram estocados no País pela falta de todo o equipamento para a análise. "Não tinha o material de extração. Chegou incompleto. Foi feito um acordo e (a compra) está sendo centralizada. (A situação) já melhorou muito nas últimas semanas", disse.

Técnicos do ministério chegaram a projetar que o País realizaria 110,5 mil testes por dia, mostra ata do Centro de Operações de Emergência (COE) da pasta, de 4 de junho. A média diária em julho, porém, foi de 15,5 mil exames, segundo último boletim epidemiológico da Saúde.

Em ata do COE, de 4 de junho, técnicos da pasta colocaram como "pontos críticos" a falta de insumos para coleta e processamento das amostras.

Apesar do atraso nos diagnósticos, o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, já minimizou a falta de testes. "Criaram a ideia de que tem de testar para dizer que é coronavírus. Não tem de testar, tem de ter diagnóstico médico para dizer que é coronavírus. E, se o médico atestar, deve-se iniciar imediatamente o tratamento", afirmou em entrevista à revista Veja no último dia 17.

A falta de testagem se reflete no alto número de casos sem diagnóstico adequado. Até 18 de julho, o Brasil registrou 441.194 internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), sendo 213.280 para covid-19. Há ainda mais de 80 mil internações em investigação e 141,6 mil classificadas como síndrome "não especificada".

Na opinião da presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva, Gulnar Azevedo, os exames encalhados no ministério evidenciam a falta de integração entre governo federal, Estados e municípios.

Entrega e armazenamento

De acordo com dados do ministério, obtidos pelo Estadão, a União já fechou contratos para receber 23,54 milhões de testes RT-PCR, por R$ 1,58 bilhão. A pasta ainda espera a entrega de 8,65 milhões de unidades para depois repassar a Estados e municípios. Sobre o estoque de kits parados, o Ministério da Saúde disse que os Estados "não possuem capacidade para armazenar uma grande quantidade de insumos de uma só vez". E portanto, "os testes em estoque são distribuídos à medida que os Estados demandam". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A pandemia também foi sentida nos bancos de sangue, que sofreram uma baixa em suas reservas devido à redução de doadores. Para movimentar os estoques, a Paróquia Nossa Senhora da Conceição Aparecida promove uma ação no próximo sábado (4), em parceria com o Instituto de Hematologia do Nordeste (IHENE).

A campanha de doação ocorrerá das 8h às 17h, na própria paróquia, localizada na Praça Aleixo de Oliveira, no bairro do Ipsep, Zona Sul do Recife. Para evitar aglomeração e preocupada com a segurança dos doadores, as coletas ocorrerão por meio de cadastro, em horário marcado e sem a presença de acompanhantes.

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As inscrições devem ser feitas no link: docs.google.com/forms/d/1lYbXojxbkkDAh9McdZuR5ok_VYENPGzEogecw_JxjGs/viewform?edit_requested=true. Os interessados devem seguir algumas orientações. Confira:

- Podem doar sangue pessoas entre 16 e 69 anos e que estejam pesando mais de 50kg.

- Menores de 18 anos só podem doar com consentimento formal dos responsáveis.

- Pessoas com idade entre 60 e 69 anos só poderão doar sangue se já o tiverem feito antes dos 60 anos.

- Para pessoas com diabetes só não podem doar quem faz uso de insulina

- É preciso levar no dia documento oficial com foto ou xerox autenticada (não pode ser carteira de estudante)

- A frequência máxima é de quatro doações de sangue anuais para o homem e de três doações de sangue anuais para as mulheres.

- O intervalo mínimo entre uma doação de sangue e outra é de dois meses para os homens e de três meses para mulheres.

Impedimentos temporários:

- Para quem fez tatuagem, piercing ou colocou brinco só poderão doar após 1 ano do procedimento (piercing em cavidade oral ou região genital impedem a doação);

- Pessoas que tiveram COVID-19 só poderão doar após 30 dias do contágio,

os assintomáticos ou que tiveram contato com infectados podem doar após 14 dias

- Gripe, resfriado e febre: aguardar 7 dias após o desaparecimento dos sintomas;

- Período gestacional;

- Período pós-gravidez: 90 dias para parto normal e 180 dias para cesariana;

- Amamentação: até 12 meses após o parto;

- Ingestão de bebida alcoólica nas 24 horas que antecedem a doação;

- Extração dentária: 72 horas;

- Apendicite, hérnia, amigdalectomia, varizes: 3 meses;

- Colecistectomia, histerectomia, nefrectomia, redução de fraturas, politraumatismos sem sequelas graves, tireoidectomia, colectomia: 6 meses;

- Transfusão de sangue: 1 ano;

- Vacinação: o tempo de impedimento varia de acordo com o tipo de vacina;

- Exames/procedimentos com utilização de endoscópio nos últimos 6 meses;

- Ter sido exposto a situações de risco acrescido para infecções sexualmente transmissíveis (aguardar 12 meses após a exposição).

 Impedimentos definitivos:

- Quem teve hepatite após os 11 anos de idade não pode realizar a doação

- Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue:  Hepatites B e C, AIDS (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV I e II e Doença de Chagas, impossibilita a doação.

-Uso de drogas ilícitas injetáveis;

- Malária

 A quarentena por causa do coronavírus (Covid-19) tem obrigado algumas pessoas a planejar os gastos com alimentos. Enquanto alguns fazem estoque de comida, outros compram apenas o essencial. O professor de marketing e comunicação Higor Gonçalves, 33 anos, conta que tem planejado a aquisição de alimentos para o período de uma semana. "Saio de casa uma vez por semana para repor os alimentos. Vou sempre ao mercado nas segundas-feiras à noite, perto do horário de fechar, para evitar contato com as pessoas", conta.

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O professor Higor Gonçalves | Foto: arquivo pessoal

Já na casa da estudante de medicina veterinária Júlia Monteiro, 19 anos, a regra é comprar apenas o essencial. A jovem mora junto de sua mãe e divide as contas da casa. "Todo início de mês fazemos a compras, mas agora reduzimos aquilo que não é essencial, como bolacha, leite condensado e refrigerante. Também reduzimos as quantidades de frutas", conta ela, que, além dos cortes, tive que aumentar a quantidade de outros produtos, como álcool e sabonete.

A estudante Júlia Monteiro | Foto: arquivo pessoal

A dona de casa Elisabete de Carvalho, 60 anos, diz que sempre foi orientada pela igreja a armazenar alimentos em casos de urgência. O estoque deve durar no mínimo 3 meses. "Quando apareceu o coronavírus, já estávamos adaptados. Só precisei acrescentar mais coisas", informa.

Fazer as compras, mas mantendo na lista apenas os itens essenciais, sem excessos, é o que orienta o especialista em gestão de finanças André Aragão. Dessa maneira, os supermercados continuam abastecidos para atender a todos. "O essencial é alimentação e saúde. É recomendável que as pessoas coloquem numa planilha todos os gastos, pois esse histórico ajudará no planejamento de suas despesas", indica. "Independente da compra ser feita para a semana ou o mês, o importante é que as pessoas saibam o quanto elas podem gastar em cada alimento. Feijão e arroz devem ter preferência", complementa.

Além do essencial, Aragão aconselha as pessoas a não estocarem produtos, pois os preços não estão oscilando e muitos alimentos podem ser adquiridos em promoções. "Também deve-se ter um cuidado com a data de validade, principalmente em produtos perecíveis, que devem ficar em geladeiras ou em locais refrigerados. Por isso não vale a pena estocar", explica. "O ideal é se programar, comprar apenas o que você vai consumir e evitar desperdícios", complementa.

Os estoques dos bancos de sangue do País diminuem de forma significativa. O motivo, segundo profissionais da área, é que as pessoas estão deixando de sair de casa como forma de conter o avanço do novo coronavírus. Especialistas reforçam a importância de evitar saídas, mas pedem que as pessoas compareçam aos hemocentros ao ressaltar que não há riscos de contaminação nesses locais.

De acordo com o oncologista do Hospital Israelita Albert Einstein Fernando Maluf, as pessoas devem mesmo evitar sair de casa, mas não podem deixar de doar sangue. "O risco de contrair a covid-19 em uma ida e volta ao banco de sangue é muito pequeno, enquanto o potencial de salvar vidas é muito grande", afirmou.

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O oncologista tranquilizou as pessoas que têm medo de serem contaminadas no local da doação de sangue. De acordo com o médico, quase todos os hemocentros estão localizados em um ambiente que fica separado do hospital principal, diminuindo o risco de infecção. "É uma área bastante segura", afirmou.

Apesar de os hospitais terem suspendido parte dos procedimentos eletivos, ainda há muita necessidade de sangue nesses locais.

Segundo Maluf, a necessidade não está ligada diretamente aos pacientes diagnosticados com a covid-19, mas relacionada às cirurgias de emergência e aos pacientes que precisam manter os níveis de plaqueta e hemoglobina mais altos, por exemplo. "É uma necessidade vital para todos os hospitais", disse o médico. "Não podemos deixar os pacientes da covid-19 ou de outras tantas doenças sem esse elemento", falou.

A Fundação Pró-Sangue, vinculada à Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, informou que está com o estoque abaixo do ideal. Em fevereiro, explicou a entidade, a doação de sangue registrou forte queda, atribuída ao carnaval e à campanha de vacinação contra o sarampo - que causa restrição ao doador. Até a semana passada, a instituição operava com 40% da reserva necessária para atender pelo menos 100 instituições de saúde da rede pública.

Triagem

O Ministério da Saúde publicou uma nota técnica atualizando os critérios para doação de sangue. O documento instrui os hemocentros a questionar, durante o processo de triagem, se o doador esteve em países com transmissão local da doença. Se esteve, ele precisará esperar 30 dias desde a chegada ao Brasil para fazer a doação.

Pessoas que tiveram contato com casos suspeitos ou confirmados de covid-19 também devem aguardar um mês antes de doar. Já aqueles que foram infectadas pelo coronavírus devem esperar 90 dias.

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